Membros Sorrent Postado Janeiro 30, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Janeiro 30, 2015 (editado) Dia 30 Él volcán Acordamos às 02:40 e não foi uma tarefa fácil. Vinte minutos depois a van passou para nos pegar. Éramos só nós dois e o motorista. Comemos um pouco e descansamos enquanto seguíamos até um vilarejo para encontrar o nosso guia, o que só aconteceu às 3:30. Rodamos mais um pouco e às 4:00 exatamente estávamos no início da trilha, e dá-lhe subida. Se você tiver a intenção de subir esse vulcão venha preparado para o frio. Eu me preparei para uma viagem de sol, praia e mar, e o vulcão que subiríamos na teoria seria o Pacaya portanto não pensei em roupas de frio e pra piorar uma blusa minha havia sumido no hostel na primeira noite, só havia sobrado um fleece bem leve que não quer dizer muita coisa contra o vento. Na agência a moça havia nos avisado que seria frio mas não achei que seria tanto. No começo da trilha ainda estava tranquilo pois como a altitude era baixa ainda estava calor e dava até pra transpirar mas aos poucos a situação ia piorando, pelo menos pra mim. Pra complicar mais ainda esqueci de comprar pilhas para a minha lanterna e a sorte foi que o Miguel (guia) me emprestou a dele para ajudar na subida. Pelo menos uma hora e meia de trilha foi na escuridão absoluta. Uma hora e meia de subia, deve estar chegando já então, não é? Nem perto Quando o dia começou a clarear pelo menos ficou mais fácil mas o frio também começava a apertar. A essa altura eu já estava sofrendo com o frio. Tinha pelo menos aquelas calças underwear para usar por debaixo da roupa mas minha blusa e nada era a mesma coisa pois venta muito e parece que a cada passo o vento piora. A solução improvisada foi usar a capa de chuva que por ser plástica bloqueia o vento, o principal vilão dessa subida. Além de tudo as condições não eram constantes. Conforme entrávamos ou saíamos da mata a temperatura mudava, então era um tira e põe capa de chuva que enchia o saco, a garoa também ia e voltava. Some a isso o fato de o solo não ajudar muito pois em várias partes (e mais ainda no topo) o solo era tipo uma areia fofa de praia onde você dá dois passos pra frente e escorrega um pra trás, e posso garantir que essa subida não é nada fácil. E dá-lhe subida. As horas finais da trilha já são perto do topo, e o caminho estreito com abismos dos dois lados mais o vento forte deixa a coisa bem emocionante. Não vou negar que a sensação de andar na beirada da cratera de um vulcão, mesmo que ela esteja fechada, é muito legal Às 10:20 chegamos finalmente ao cume do Acatenango, pois como sempre só o cume interessa Sentamos bem de frente para o vulcão El Fuego e ficamos aguardando a erupção que nunca veio . Acabei tirando um cochilo lá em cima. Hoje posso dizer que paguei U$ 80,00 para dormir no topo de um vulcão Foram mais de seis horas de subida para alcançar os 4.000 metros de altitude. Subida mesmo, ininterrupta. O frio era intenso, o cansaço batia forte às vezes, e tudo isso só faz a sensação de chegar lá em cima mais gostosa ainda. Se eu recomendo fazer essa trilha? Sem dúvida. A única questão é o motivo pelo qual você vai subir. Não suba na esperança de ver erupções, lava, aerolitos ou o que for. Vá pela sensação de subir o segundo maior vulcão da Guatemala e, segundo nosso guia disse, completar uma das trilhas mais difíceis daquele país, isso sim vale a pena e sem dúvidas é um programa diferente num roteiro repleto de praias e ruínas. Deixe a conversa sobre erupções e lava para as agências que obviamente querem te se seduzir para comprar o passeio. Quarenta minutos depois começamos a descida, e se engana quem pensa que ela é fácil, pode até ser mais rápida mas não fácil. Aquele solo fofo é até perigoso à vezes e o impacto nos joelhos é forte. Três horas depois chegamos ao início da trilha, exaustos, acabados mas felizes. Ainda tivemos que ficar uns quarenta minutos esperando o motorista voltar para nos buscar. Na volta deixamos o guia novamente na casa dele, demos uma gorjeta e o motorista nos levou para o hostel. Chegando lá, saulo foi até o banco trocar dinheiro enquanto eu fui tomar banho e enrolar um pouco. Em Antigua o banco fica aberto até as 16:30, fique esperto pois trocar dinheiro lá geralmente é melhor do que no hostel ou em outros lugares. Enquanto dava uma última volta pelar ruas de Antigua vi uma situação no mínimo curiosa. Um bombeiro pedindo dinheiro para a corporação , todo uniformizado com um potinho pedindo moedas, no mínimo estranho aquilo. Tentei registrar mas não saiu perfeito. À noite fomos comer no restaurantezinho numa rua próxima mas tinha pouca comida e acabamos apelando para um complemento no subway. Depois disso foi só passar o tempo no hostel, estávamos muito cansados. As irlandesas já haviam ido embora e por um lado foi até bom, já estávamos de saco cheio delas. Pouco tempo antes de dormir estávamos arrumando as coisas para sair cedo no dia seguinte e eis que entre uma conversa e outra entra uma holandesa maravilhosa no quarto, Eve, toda simpática, comunicativa e com uma beleza toda.......holandesa. Eu e Saulo enquanto conversávamos com ela nos olhamos com aquela cara de choro pensando por que aquilo não havia acontecido antes. O que acalma é saber que sempre haverá um novo dia pra pegar mulher em mochilão. Com uma dor no coração demos boa noite pra Eve e dormimos. Editado Janeiro 30, 2015 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rogér1o Cruz Postado Janeiro 30, 2015 Membros Compartilhar Postado Janeiro 30, 2015 Sorrent, Show de bola essa trilha para o Vulcão... achei massa tanto a trilha quanto o visual lá em cima... tbem achava que só tinha ruinas e praias por essas bandas... bom saber que dá pra sair da rotina e fazer uma trilha dessas... Novamente, parabéns pelo relato! Abs Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Sorrent Postado Fevereiro 3, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 3, 2015 Dia 31 On the road Antigua é uma cidadezinha bem legal mas era hora de ir embora. Às 5:30 a van da agência passou para nos pegar e eis que começava nossa jornada até a cidade do México, ponto de partida da viagem. Ficamos ainda trinta minutos rodando para pegar os outros passageiros até conseguir seguir. Nosso trajeto consistia em seguir até San Cristobal de las Casas, logo após a fronteira com o México e de lá pegar outro ônibus para a capital mexicana, porém o trajeto não é direto, se você tem esperanças de fazer essa viagem dormindo esqueça. Às 10:30 paramos em um posto de gasolina onde nos juntamos a outra van e foi feita a separação de quem ia pra onde. Holandesas pra lá e pra cá, seguimos. Rodamos mais algumas horas e às 13:30 chegamos na migração da Guatemala. Tudo muito rápido e tranquilo, passaportes carimbados e tchau. Enquanto esperávamos todos terminarem o processo, aproveitamos para trocar nossos Quetzales restantes por pesos mexicanos com os cambistas que enchem a fronteira, a dica é: nunca aceite a primeira cotação, eles vão melhorar. Seguimos para o ônibus que nos aguardava no outro lado da fronteira, pelo menos agora era grande e com mais conforto que a van. Uma das passageiras estava esbanjando sensualidade. Dois minutos dentro do ônibus e descemos de novo para agora fazer a entrada no México. Uma pequena fila, formulário e mais uma vez nenhum problema, passaporte carimbado. Em 30 minutos todos foram liberados. Depois de muito chão chegamos às 17:50 em San Cristolbal, cidade que logo de cara já nos agradou. Cidade pequena mas com aspecto de bem arrumadinha. Depois de um dia inteiro dentro do ônibus a caminhada nessa cidade foi muito bem vinda. Descemos numa pracinha central e fomos direto para o terminal de ônibus que fica a 5 minutos dali, queríamos comprar logo a passagem para a capital para não correr o risco de ficar por lá uma noite. Não pesquisamos nada com antecedência, só confiamos no que a moça da Ash Travel nos disse em Antigua, que chegaríamos a tempo do ônibus para a cidade do México, e no final das contas ela estava certa. No terminal havia ônibus da ADO às 18:15 e às 20:15. Até teria como pegar o das 18:15 mas estava bem em cima da hora e queríamos descansar e dar uma volta na cidadezinha antes de partir então ficamos com o outro. A passagem custou $1196 (U$ 100,00 aproximadamente). Pagamos direto em dólar mas é claro que a cotação não foi a mais favorável para nós. Aqui vale lembrar mais uma vez que é importante guardar suas passagens da ADO pois elas dão desconto na sua próxima compra. Enquanto ficamos esperávamos dar o horário do busão, fomos comer numa praça, procurei um lugar para trocar mais dólares, fomos em um mercado de artesanatos, fomos nas ótimas e baratas padarias de San Cristobal e compramos tranqueiras pra viagem, etc etc. Não sei se a cidade tem alguma coisa interessante para se fazer pois não tivemos muito tempo mas a impressão inicial do lugar foi boa, se você precisar fazer uma parada por lá vá sem medo. O ônibus atrasou um pouco e saiu somente às 21:00. Dessa vez pelo menos boa parte da viagem seria durante a noite então daria pra dormir. Uma coisa estranha que aconteceu foi que às 23;00 paramos num bloqueio na rodovia e nisso entrou um fiscal da imigração, todo uniformizado e tal mas aparentemente bem burro. Saulo estava sentado no banco da minha frente e ele mostrou o passaporte para o "otoridade" quando foi pedido, só que o Saulo tinha um visto para os EUA e o cara viu e passou. Quando chegou a minha vez o cara perguntou onde estava o meu visto no meu passaporte . Provavelmente o mané achou que o visto do Saulo era um visto mexicano e achou que eu deveria ter um também e lá estava eu tentando explicar pro "otoridade imigratória" que brasileiros não precisam de visto para o México. O mané ainda teve a cara de pau de perguntar "quem disse isso?". Não aguentei e respondi "essa informação está no site do órgão onde você trabalha". Ele fez cara de poucos amigos e foi embora. Terminei de assistir o filme que estava passado e dormi. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros icaroricardo Postado Fevereiro 3, 2015 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 3, 2015 "Uma das passageiras estava esbanjando sensualidade." Ri alto quando vi a foto logo abaixo! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Sorrent Postado Fevereiro 5, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 5, 2015 Dia 32 O que acontece no México.... Ainda no ônibus, paramos às 7:30 na rodovia pois devido à chuva forte o barranco caiu. Perdemos quase uma hora nisso. Já eram mais de 24 horas de viagem e eu queria chegar logo mas não teve jeito. Isso me lembrou da importância de pensar em entretenimento de viagem para essas situações: livros, tablets, filmes, tabuleiro ouija, etc. Nunca mais eu esqueceria. Finalmente chegamos, às 12:20, na Cidade do México. Ainda tínhamos mais 3 dias de viagem e já havíamos passado alguns dias aqui no começo então não havia muito o que fazer, a ideia era só curtir e relaxar nos últimos dias. Essa sobre de dias ocorreu devido às mudanças que fizemos no meio do caminho como por exemplo excluir El Salvador. No final das contas percebemos que poderíamos ter estendido a permanência em algum lugar mas de certa forma preferi ter voltado antes para a Cidade do México, vocês vão ver o porquê. Descemos no terminal rodoviário e como já conhecíamos um pouco da cidade não tivemos problemas em achar o caminho de volta para o hostel, que por sinal também era o mesmo da primeira vez, o Mundo Jovem catedral. No hostel fizemos nosso check-in por mais $170,00 por noite e ainda conseguimos ficar no mesmo quarto da primeira vez. Parecia mesmo que estávamos voltando pra casa. . Como faltava uma hora para liberarem os quartos ficamos passando as fotos no computador do hostel. Quando liberaram a chave, Saulo resolveu sair para trocar uns dólares e eu subi para tomar um banho e guardar as coisas. Aprimorei a milenar arte de lavar roupa no chuveiro e quando saí do banheiro estava lá todo despreocupado arrumando tudo apenas enrolado em uma toalha quando quando senti um sinal divino. Sabe tipo aquela mão invisível que toca o seu ombro e alguém diz "tudo vai dar certo" ? Pachamama nunca nos abandonaria. Logo que entrei no quarto vi que havia apenas uma cama bagunçada além da minha e do Saulo, não de muita importância na hora mas quando estava me arrumando entrou no quarto uma americana toda agitada e conversadeira, era Sara. Conversamos por alguns minutos e ela toda simpática me disse para encontrá-la no bar assim que eu terminasse pois ela estava subindo para o terraço pois uma amiga francesa estava com o cachorro dela no bar. Sim ela estava viajando com o cachorro e ele terá papel fundamental nos eventos a seguir. Por sinal pouco antes de sair do quarto ela disse que a francesa era muito bonita e que ela iria me apresentar, que eu deveria conhecer ela e tal . Assim que ela saiu agarrei meu terço e fiz uma reza de agradecimento para Pachacuti . Pouco tempo depois Saulo chegou. Contei para ele o que havia acontecido mas como eu já estava pronto subi para o bar enquanto ele tomava banho. Comprei alguns salgadinhos, subi para o bar e fiquei por lá só tomando umas e curtindo a vista da cidade......... Porra nenhuma, eu estava pensando onde é que estavam Sara e a tal francesa. Da ponta do terraço no bar, dava pra ver o andar de baixo que também faz parte do bar. Do nada vi dois caras sentados segurando um cachorro aí já fiquei aliviado pois parte da história era verdade. Havia um cachorro mas não uma francesa. Meio desanimado encontrei o Saulo e descemos para comer umas besteiras e assistir um jogo da copa. Depois do jogo o Saulo disse que ia pro quarto pois precisava conversar com alguém via internet. Pra onde eu fui? Bar. Enquanto o garçom mandava mais uma Leon cruzei com a Sara. Conversamos rapidamente e ela que estava entretida com alguns caras só me disse: "meu cachorro está ali, vai brincar com ele". E apontou........... Sabe quando você vira em câmera lenta? O cachorro dela era, se não me engano, um labrador filhote com poucos meses, do tipo que você ainda consegue colocar dentro da bolsa, e eu amo cachorros. Ele ficava mais com as outras pessoas do que com a Sara. Virou o xodó do hostel. Quando a Sara apontou e eu olhei, vi uma mesa com três mulheres sendo duas loiras, era toda a informação que eu precisava . Me aproximei pedindo pra brincar com o cachorro e fiquei ali um pouco. Não sou e não tenho a pretensão de ser o mais pegador da Terra mas sei agarrar uma oportunidade quando ela aparece e essa definitivamente era uma. Na maior cara de pau perguntei se podia me juntar a elas, que toparam. Era uma mesa pequena de quatro lugares onde havia apenas um livre, a situação em si era praticamente um convite implícito. Pouco tempo depois a Sara pegou o dog e levou para o quarto. Eu saí de lá? Jamais. Ficamos conversando um bom tempo e apesar de topo aquele papo de forma descontraída de viajantes se conhecendo, minha mente estava definindo possíveis vítimas e traçando metas . Já havia reduzido a lista para duas entre três devido a movimentos sutis e linguagem corporal, sabe, essas coisas que dizem muito. Saulo ainda passou por lá, eu apresentei ele e disse para ficar mas ele, contrariando o manual, foi embora. Cerveja vai, cerveja vem, já era noite e um cara se juntou a nós. Eddie. Do tipo "sou bombado, sou gostoso e as mulheres piram em mim". Quanto mais ele falava, mais arrogante e sem noção era e menos as meninas gostavam dele. Nisso eu agradecia mentalmente pois quem saia como o bom moço da roda era eu. Isso teve efeitos e eu percebi . Guerra é guerra e nem sempre precisamos ser honestos para vencer. Combinamos de sair para comer algo e apesar de ninguém querer que o Eddie fosse, ele foi. Pra piorar a situação dele, ele estava bêbado. Todos estávamos alegres mas ele estava no nível pernas trançadas, até tentamos nos despistar dele na rua mas ele sempre aparecia. Paramos em uma padaria e comemos algumas besteiras. A situação chegou ao ponto de o Eddie discutir com a Erica de quase se xingarem. Mentalmente eu só agradecia ele. Na volta, como havíamos combinado, todos dissemos que íamos dormir assim o Eddie iria embora, e deu certo. 10 minutos depois nos encontramos no bar no terraço novamente. A noite era uma criança. Música, shots, conversa, shots, risadas, shots. Ficamos bêbados. Ainda mandei uma mensagem para o Lalo dizendo para ele nos encontrar no dia seguinte pois eu já estava bem enturmado e as perspectivas eram boas. Quando a meia noite mexicana chegou, Erica e Anne disseram que iam dormir. Tinha sido muito legal, eu tinha planos e tinha motivos para tê-los mas ainda assim fui me despedir de verdade das três. Tchau para a Erica, tchau para a Anne e quando chegou na Caitlin ela disse: "I´ll stay here and finish my beer" . Elas se despediram e se entreolharam daquela forma que só as mulheres sabem. Eu apesar de tentar não demonstrar nada externamente, por dentro parecia o O que acontece no México fica no México! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Sorrent Postado Fevereiro 5, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 5, 2015 Dia 33 Old friends Quando Saulo acordou e eu estava livre no quarto, não demorou muito e já veio falando: "vai, conta tudo!". Dei uma bronca nele por não ter ficado conosco no bar e contei detalhes que não contarei aqui . Um pouco depois subimos para o bar para o café da manhã, sentamos numa mesa em uma ponta e vimos Caitlin e Anne na outra ponta. Nos cumprimentamos com aquele ar de "quanto tempo, não?" mas ficamos no nosso canto. Sem pressão pois ela certamente estava fazendo com Anne o que eu fiz com Saulo. Depois de comer fomos falar com elas, demos algumas dicas sobre Teotihuacan, combinamos de nos encontrarmos mais tarde pois também já dissemos que uns amigos nossos do México viriam. Fiquei o dia todo rodando com Saulo ela cidade. Fomos trocar dinheiro, procurar lavanderia, ficamos sabendo de um mercado de artesanatos e tranqueiras e aproveitamos para caçar lembranças para comprar. Descobrimos no hostel que esse mercado se chama Ciudadela e fica próximo a estação de metro Balderas ou a 20 minutos de caminhada do hostel. Escolhemos a caminhada, tínhamos tempo e seria uma oportunidade de dar aquela última passeada pela cidade. O mercado como sempre é um amontoado de lojinhas vendendo as mais variadas bugigangas. Rodamos um pouco e compramos nossos tequileiros. Ficamos a tarde toda rodando a cidade, e falando em presentes, caso você queira levar umas tequilas de presente, na calle Tacuba, a duas quadras do hostel há uma loja de bebidas bem de esquina, muito boa com muita variedade e preços semelhantes ao free shop. Fica a dica. À tarde, voltamos para o hostel e ficamos comendo e assistindo um jogo no bar do térreo, ainda vi Eddie indo embora, nem falei com ele. Às 17:00 Lalo chegou com Lara, um amigo dele muito gente boa também, ficamos colocando a conversa em dia e contando as histórias da viagem. Viajei, visitei ruínas, aprendi sobre os maias, mergulhei, subi vulcão, comi coisas exóticas, fiquei doente, bebi muito, me estressei, virei noites, dancei, fiz amigos, fiz colegas, etc. O saldo era muito positivo, mesmo as coisas ruins somavam ao resultado final que era muito positivo. Com aquela sensação de dever cumprido não havia problema nenhum em passar os últimos dias apenas curtindo com os amigos afinal experiências sociais em um mochilão pelo menos pra mim são tão importantes quanto conhecer um lugar incrível. Se tiver uma loira por perto, melhor. No final da tarde vimos as meninas passarem pela recepção enquanto estávamos lá, fizemos as apresentações rapidamente e combinamos de nos encontrarmos no bar um pouco depois. Lalo e Lara já se animaram pois viram que não menti quando disse que estava bem acompanhado, Saulo dessa vez não quis arriscar e também ficou conosco. Juntamos todos no bar e aí é a mesma velha história de sempre, álcool pra lá e pra cá e cada um tentando ganhar a sua guerra pessoal. Só disse que eles poderiam se matar na porrada pois eu já tinha feito a minha no dia anterior. Ficamos jogando um jogo de baralho que não lembro como era mas se chamava King´s Cup e era engraçado demais. Era um tal de imitar coelho, fazer rimas, por a mão na testa, abaixar, e sei lá mais o que, que terminava com alguém bebendo. Curiosamente ninguém achava ruim em perder Às duas da manhã puxei a Caitlin e fomos embora, largando os outros ali. Aquela empolgação de sempre né, até pq no quarto só havia o Saulo e a Sara. Essa última já estava se atracando desde a noite anterior com um outro gringo lá no canto dela do quarto. Posso dizer que aquele quarto estava um orgulho mochileiro viu! Entramos todos felizes e paramos quando vimos um ser estranho no quarto, era Alec, um cara do Alaska que estava na cama de cima do Saulo. Com aquele desânimo conversamos um pouco com ele enquanto fazíamos umas "arrumações no quarto" e depois ele fez uma coisa que me surpreendeu. Eram duas da manhã, só estávamos nós três por lá, ele virou e disse: "Ok, i´ll go for a walk and leave you two alone". Alec você é brother!!!! Sabedoria mochileira do dia: SEMPRE escolha a cama de baixo num hostel. Uma toalha pode ser mais útil que uma nota de cem dólares. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Sorrent Postado Fevereiro 5, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 5, 2015 (editado) Dia 34 All good things.... Logo cedo o quarto perdeu um ocupante. Subi um pouco depois com Saulo para tomar café e encontramos Caitlin e Anne. Elas contaram sobre os planos delas de ir para Xochimilco que é algo como a Veneza mexicana. Caitlin me chamou pra ir com elas, topei na hora. Era praticamente o último dia de viagem pois na tarde seguinte iríamos para o aeroporto então queria aproveitar ao máximo o último dia. Depois do café elas fizeram o check-out. No dia seguinte também seguiriam viagem e essa última noite elas ficariam em um outro hotel no bairro Condessa. Alias um bairro com bares e alguma agitação noturna caso você precise de um lugar pra sair na Cidade do México. Foi nesse bairro que fomos na balada no início da viagem. Caitlin ia aproveitar o tempo livre antes de sair e queria dar uma volta pelo centro e me chamou pra ir junto. Esses últimos três dias de viagem foram meio que um misto do , com o filme Before Sunrise.Fomos até o Palácio Nacionalque fica em frente à catedral. A entrada é gratuita e o passeio vale a pena caso você esteja lá por perto. Caitlin queria ir até o museu da fotografia que ela havia visto no seu guia, começamos então a rodar o centro à procura. Nessa volta pelo centro acabamos achando um museu com várias exposições e naquele dia havia uma do Darwin gratuita. Como o assunto nos interessava entramos. À tarde voltamos para o hostel e encontramos Saulo. Acabamos descobrindo que o museu da fotografia fica ao lado do hostel . Fomos os três pra lá. Esse museu é legal e meio que conta a história do país através de fotos antigas. Gratuito também. às 14:00 voltamos para o hostel e encontramos Anne e Erica que estavam arrumando as coisas para partirem para Condessa. Havíamos combinado com Lalo e Lara de nos encontrarmos nesse dia também. Era nossa última noite, as meninas iam pro Condessa, lá havia uns bares legais então unimos o útil ao agradável e juntaríamos todos mais uma vez mais tarde. Como a ideia era ir até Xochimilco e Caitlin havia me chamado, fui com elas no táxi até o Condessa só que no meio do caminho elas começaram a pensar no horário e não daria muito certo então descartamos o passeio e fomos dar uma volta pelos parques ali perto. Paramos para comer em um restaurante e ficamos enrolando um pouco. Depois elas foram para seu hotel se arrumar e eu, pra não ser muito indelicado, fiquei esperando num bar ali perto comendo uns nachos. Aproveitei para falar com Saulo pela internet pois ele havia ido encontrar o Lalo e Lara na casa deles. Marcamos de nos encontrarmos num bar ali perto um pouco mais tarde. Tomei algumas Indio e depois quando as meninas voltaram, caminhamos até o outro bar que ficava não muito longe dali. O bar se chama Malafama e fica na Av. Michoacan, 78 e é bem legal, recomendado. Pouco tempo depois Saulo chegou com Lalo, Lara e Jorge, um outro amigo deles. Dá-lhe mais bebida e sinuca. A noite foi muito legal. Depois de algumas horas Lalo sugeriu que fôssemos para outro bar ali perto, o Wallace Whisky Bar ele conhecia a região então topamos e no final das contas o bar era bem legal e com música ao vivo, mas o tipo de bar para você ir com amigos e não para ir pensando em conhecer alguém. Se você quiser isso prefira uma das baladas do bairro Condessa. Os últimos dias foram ótimos. Lalo, um sujeito muito gente boa que rodou metade da cidade para vir nos encontrar dois dias seguidos, Lara de quem posso dizer o mesmo, Caitlin que se mostrou uma surpresa incrível de diversas maneiras, Anne e Erica que eram muito simpáticas, e por último Saulo que hoje posso chamar de meu amigo e parceiro de viagens. Tudo isso junto nesses últimos dias não tenho certeza se ajudava ou piorava aquele sentimento de "acabou a viagem". Sentimento que sabemos que inevitavelmente chega. Seja ele bom ou ruim, a certeza é que é intenso e eu não sei mais viver sem isso. À uma da manhã eu e Caitlin nos despedimos do restante e fomos embora. Aquelas despedidas com ar de "não é um adeus mas somente um 'até logo' ". Entramos em um táxi e posso dizer que na última noite ainda vivi uma pequena aventura mas isso eu não vou contar. Vão lá e vivam as suas, certeza que elas acontecerão. Editado Fevereiro 24, 2015 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Sorrent Postado Fevereiro 5, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 5, 2015 (editado) Dia 35 .... must come to an end. Era enfim o último dia e eu resumirei essa manhã da seguinte forma: despedidas são muito difíceis. Numa última corrida de táxi pude dar uma última admirada na cidade. Às 10:20 estava de volta ao Hostel Catedral. Encontrei o Saulo no quarto e colocamos a conversa em dia enquanto arrumávamos tudo para ir embora. Aproveitamos o tempo que ainda tínhamos e fomos trocar os últimos dólares e buscar as roupas do Saulo que estavam numa lavanderia. Enquanto andávamos pelo centro Saulo foi me contando sobre alguns fatos que aconteceram na minha ausência. Realmente o quarto 110 do hostel Catedral foi um orgulho mochileiro e a Sara aparentemente tinha sempre uma carta na manga. Pegamos as roupas do Saulo na lavanderia, que por sinal fica na calle Allende, 35, passamos no metrô para carregar o cartão do metrobus. Saulo voltou para o hostel enquanto eu passei na loja de bebidas da calle Tacuba para comprar umas tequilas de presente. Às 11:00 terminamos de arrumar tudo e meia hora depois fizemos nosso check-out. Eu iria um pouco mais cedo pois o voo do Saulo era poucas horas depois. No caminho até o ponto do metrobus fomos conversando e contei para o Saulo meus próximos planos para 2015. Ásia. Deixamos o assunto no ar e nos despedimos, depois de 35 dias de muita história pra contar. Subi no metrobus e parti. Era o fim? Eu diria que é só uma pausa. Até o próximo relato. Nos vemos em Khao San Road em junho de 2015. Editado Fevereiro 24, 2015 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Sorrent Postado Fevereiro 5, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 5, 2015 Sorrent,Show de bola essa trilha para o Vulcão... achei massa tanto a trilha quanto o visual lá em cima... tbem achava que só tinha ruinas e praias por essas bandas... bom saber que dá pra sair da rotina e fazer uma trilha dessas... Novamente, parabéns pelo relato! Abs Sem dúvidas é show essa trilha e bem desafiadora. Talvez tenha parecido pior pra mim por causa do frio mas de qualquer forma não é uma trilha fácil. Se puder faça com certeza. Abraços "Uma das passageiras estava esbanjando sensualidade." Ri alto quando vi a foto logo abaixo! Hahahhaah tem coragem? Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Amanda_jc Postado Fevereiro 5, 2015 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 5, 2015 Que viagem shooowww!!! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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