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PERU EM 21 DIAS - CUSCO-MACHU PICCHU-PUNO-LAGO TITICACA-AREQUIPA-CANION DEL COLCA-PARACAS-HUACACHINA-LIMA


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Fizemos essa viagem em outubro/novembro de 2013, mas só agora tive a ideia de escrever um relato. Por essa demora talvez não lembre de alguns detalhes, como preços e nomes de ruas, praças, lugares, agências... mas vou me esforçar!

 

Comprei a passagem em junho de 2013, numa promoção da TAM. Paguei R$750,00, ida POA-CUZ e volta LIM-POA. Depois de comprar a passagem fui atrás de companhia e por sorte duas amigas (Fe e Elisa) toparam a parada! Elas também compraram na promoção e pagaram menos de R$800,00.

 

Tive um probleminha técnico e tive que adiar em um dia a minha viagem, então as gurias partiram um dia antes, e eu fui depois.

 

O voo saia de POA, com escala em GRU, LIM e destino final em Cusco.

Aqui cabe um breve relato da experiência assustadora que eu tive no aeroporto de POA: já estava na sala de embarque e já estavam chamando o meu voo. Foi quando eu percebi que não estava mais com a minha carteira. Entrei em desespero. O meu dinheiro (levei dólares) estava na doleira comigo, mas na carteira estavam todos os meus cartões, eu provavelmente não teria dinheiro suficiente até o fim da viagem. Saí da sala de embarque e fui correndo pro guichê de informações, já pensando em como tinha começado mal PRA CARAMBA a minha viagem. Chegando lá... lá estava a carteira! Alguém (um santo alguém, se tu estiver lendo isso, OBRIGADO) havia achado ela no aeroporto (até hoje não sei como perdi) e entregue na guichê de informações. ALÍVIO! Voltei correndo pra área de embarque, tira relógio, tira mochila, tira notebook, tira casaco, passa no raio-X, põe relógio, guarda notebook, põe casaco, coloca mochila, corre corre corre corre corre corre. Embarquei a tempo!

De resto a viagem correu sem sobressaltos, sem atrasos, tudo em paz!

 

[t1]Dia 1 - Cusco[/t1]

Cheguei em Cusco no dia seguinte pela manhã. Peguei um táxi para o hostel, custou S./40. Parece razoável para um trecho no Brasil, mas esse foi um dos táxis mais caros que eu peguei em toda a viagem. Depois tu descobre que táxi no Peru é algo inacreditavelmente barato.

No hostel encontrei as gurias, e esse primeiro dia foi de aclimatação à altitude. Tomei uma sorochi pill (se compra nas farmácias de lá mesmo) e muito chá de coca. Não senti nenhum desconforto, exceto o cansaço que dá para qualquer pequena caminhada. Mas resolvi prevenir: a Fe, no primeiro dia, quando eu ainda não tinha chegado, passou mal, desmaiou e bateu a cabeça. ::essa:: Fiquei preocupado e decidi me precaver ao máximo. Passeamos pela cidade, fizemos algumas compras... enfim. Chilling out.

 

O hostel: Ficamos no Milhouse. Unanimidade: é um excelente hostel! Próximo à Plaza de Armas, boa estrutura, camas espaçosas, tem uma agência de turismo junto à recepção. O bar é ótimo e a comida da cozinha também. De noite é bem agitado, até cerca de 2h sempre tem um pessoal no bar. Recomendado demais!

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[t1]Dia 2 - Cusco[/t1]

Acordamos e pensamos: o que fazer hoje? Só íamos pra Machu Picchu no dia seguinte e tínhamos o dia inteiro em Cusco. Optamos pela AVENTURA.

Compramos, na agência do hostel mesmo, um passeio de cuatrimoto (quadriciclo) até Moray, naquela tarde mesmo. Custava S./180 por pessoa, mas pagamos um pouco menos porque decidimos pegar somente 2 quadriciclos, e fomos nos revezando ao longo do caminho.

Um cidadão, que seria nosso guia/instrutor, nos pegou no hostel no início da tarde.

Saímos com ele de táxi e fomos subindo os morros de Cusco, passando por umas ruas bem estreitas em um bairro bem pobre :roll: . Chegando na "sede", um porãozinho de um casebre, preenchemos um cadastro, assinamos um termo de responsabilidade e deixamos nossos passaportes com eles por precaução (deles) :roll::roll::roll:

Embarcamos em um outro carro, que nos levaria para o ponto de partida, onde estavam os quadriciclos. Aparentemente aquele carro não era exatamente legalizado, porque quando fomos passar por um carro de polícia o motorista ficou todo tenso e encostou o carro em um posto de gasolina. ::otemo:: Eu tentava fazer umas piadas pra quebrar o clima, mas as gurias temiam muito por seus órgãos. Confesso que eu também.

 

Meia hora depois, enfim chegamos na garagem dos quadriciclos. Mais tranquilos, fomos aos preparativos. Abastecer, capacetes, instruções, pequenos testes nos quadriciclos. Só. Pensando bem hoje, acho que é preciso carteira de habilitação pra dirigir um quadriciclo. Pensando melhor ainda, acho que os nossos seguros de viagem não cobriam acidentes em esportes radicais. Mas pensei nisso só hoje mesmo.

 

MAS O PASSEIO FOI DEMAIS!!!!! ::hahaha:: O caminho passava por estradas de chão, no meio de campos, ovelhas, pastores, plantações de batata, montanhas, vacas (para o desespero da Fe), lagos, penhascos... vistas sensacionais! E a adrenalina também! Aquelas maquininhas podem ser bem perigosas, vimos a morte em várias curvas quando quase perdíamos o controle dos quadriciclos.

 

Chegamos em Moray, um sítio inca, em formato de escadarias circulares, que era usado como "laboratório de pesquisa agronômica" à época. Vale boas fotos! A entrada é à parte e custa S./10. Ficamos lá cerca de meia hora e voltamos com os quadriciclos.

Fomos levados de volta a Cusco e recebemos nossos passaportes de volta!

Vale muito a pena! Existem outras agências que oferecem passeios semelhantes de quadriciclo, embora não tenhamos encontrado mais ninguém no caminho...

Em Cusco, cobertos de poeira, cansados e felizes, tomamos umas Cusqueñas (melhor cerveja do Peru!) em um restaurante na Plaza de Armas e voltamos para hostel. Estávamos acabados e fomos dormir logo.

 

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[t1]Dia 3 - Águas Calientes[/t1]

Saímos do hostel de manhã cedo para pegar o trem para Águas Calientes, vilarejo na base de Machu Picchu. O nosso trem saia da estação de Poroy, que fica dentro de Cusco, S./25 o táxi. A maioria das pessoas parte de Ollantaytambo, que fica a duas horas de Cusco, mas no nosso caso valia muito mais a pena partir de Poroy mesmo.

O trem Expedition da Peru Rail é ótimo (embora caro, cerca de US$70), tem janelas amplas, inclusive no teto. A viagem é muito agradável e chegamos ainda pela manhã em Águas Calientes.

Aqui cabe uma nota: queríamos muito ter feito a trilha inca, mas quando fomos comprar não havia mais vagas. Tivemos que reformular o roteiro e ir de trem mesmo. Eu definitivamente vou voltar para o Peru para fazer a trilha inca!

 

Haviam nos dito que não há muito o que fazer em Águas Calientes. De fato não há mesmo, mas a cidade é muito agradável. O dia estava mais quente, pois a cidade não é tão alta quanto Cusco, tem MUITOS restaurantes e bares e uma ótima vista das montanhas ao redor.

No final da tarde fomos para as águas calientes de fato, um recanto com algumas piscinas de águas termais.

Depois de uma longa subida, qual não foi a nossa decepção: as piscinas não eram exatamente o que nós imaginávamos. Eram rasas, pra ficar sentado, com pedrinhas e limo no fundo. E a água não tinha um bom fluxo, porque estava bem marrom. Voltamos pro hostel com medo da cólera.

PS.: talvez seja exagero nosso, conversamos com várias pessoas que gostaram. Você decide.

 

Tínhamos entradas para Machu Picchu no dia seguinte. A ideia era acordar bem cedo, pegar o primeiro ônibus, e ver o sol nascer lá de cima.

 

O hostel: ficamos no Ecobackpackers. Também muito bom, a moça da recepção era muito prestativa. Tem um ótimo espaço no terraço com mesas, sofás e um bar/restaurante. Ficamos sozinhos num quarto pra quatro pessoas, as beliches bem "sólidas" e muito confortáveis.

 

Dormimos só pensando no grande dia que estava por vir, Machu Picchu, e...

 

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[t1]Dia 4 - Machu Picchu[/t1]

No meio da madrugada, por volta das 3h: RAIOS E TROVÕES. :cry:

Caiu muita chuva. Amanheceu chovendo também. Mais do que o normal para outubro. Pensa no azar? O dia anterior estava lindo e aquela manhã horrível! Acabamos saindo mais tarde, por volta das 9h30, já que não ia ter sol pra ver mesmo. O ônibus para subir custava US$18, ida e volta. Vestimos nossas capas de chuva, a Fe comprou uma galocha de borracha, e encaramos. Na entrada contratamos um guia por S./20. Tem vários por lá oferecendo os seus serviços, e é muito importante ir com um, pra poder entender melhor o significado de cada ruína. A chuva já tinha diminuído. Para a nossa alegria ::ahhhh:: não tinha muita neblina e dava pra ver a paisagem razoavelmente. Fizemos uma passagem meio corrida pelas ruínas, porque tínhamos que chegar para a entrada de Wayna Picchu às 11h. Mas o lugar é sensacional. Pensar naquela cidadela, no topo da montanha, viva e exuberante há mais de 500 anos é mind blowing!

 

Fomos os últimos a entrar na trilha para Wayna Picchu. Para quem não sabe, Wayna Picchu é aquela montanha que aparece no fundo das fotos clássicas de Machu Picchu. E dá pra subir lá no topo!!! Para subir tem que pagar um pouco mais e a quantidade de pessoas que podem entrar diariamente é limitada, então tem que comprar o ingresso com antecedência. Não adianta chegar no dia e argumentar que está com um câncer terminal e que esta é a sua última oportunidade na vida de subir. Não deixam entrar sem ingresso. (Sério. Tinha um pessoal usando esse argumento - de brincadeira, espero - na entrada da trilha. Ficaram na entrada mesmo).

O caminho estava molhado e escorregadio. Os degraus, quando há degraus, são altos. É bem cansativo. As gurias pensaram em desistir umas 3 vezes. Eu fui puxando a frente. Algumas partes são muito assustadoras. Tu está à beira de um penhasco, a sabe lá Deus quantos metros de altura, às vezes se segurando numa cordinha, um passo em falso e tu escorrega pra morte. "Escorregar para a morte", aliás, foi uma expressão muito usada por nós nos momentos mais tensos.

Do início ao fim, quando encontrávamos alguém voltando, todos diziam que era sensacional, recompensador, e que nós já estávamos pertinho do topo. Muitos "pertinhos" depois, chegamos enfim! Logo antes do topo é preciso passar por uma micro-caverna apertadíssima, definitivamente feita pra pessoas com menos de 1,90m. Quase entalei lá, foi a parte mais difícil pra mim.

Tudo o que nos disseram, exceto pelo "tão quase chegando", era verdade! A vista lá de cima é sensacional e recompensadora! E a sensação de ver Machu Picchu pequeninha lá de cima e pensar "EU CONSEGUIIIII" é ótima! O topo rende belas fotos, especialmente sentados na pedra à beira do precipício.

A volta é um tanto tensa também, são várias chances de escorregar pra morte. Mas é mais rápida. A Fe sequestrou o guia particular de um casal de americanos, que desceu de mãos dadas com ela e meio que se apaixonou. Subida e descida foram cerca de 3h. Chegamos inteiros. Mas suados, cansado e MOLHADOS. Não ficamos muito mais em Machu Picchu, pegamos o ônibus e voltamos para Águas Calientes. Tínhamos trem de volta para Cusco no meio da tarde. Passamos no hostel para pegar nossas mochilas e, mais um ponto positivo para o Ecobackpackers, a moça da recepção deixou as gurias tomarem um banho quente antes de irmos para a estação.

 

 

Pegamos o trem e descemos em Ollantaytambo quando já estava escuro. Tínhamos que voltar para Cusco mas não queríamos esperar por ônibus. Pegamos um táxi que custou S./60 POR UM TRAJETO DE 2 HORAS!!! Achamos muito em conta. S./20 cada um. O carro era bem confortável. Conversei com o motorista e ele me disse que mora em Cusco e trabalha em Ollantaytambo. Todas as noites, quando vai voltar para casa, faz um bico de taxista pros turistas. Por isso é tão barato. É um jeito de tirar uma graninha a mais no final do mês. Chegamos em Cusco, esgotados, obviamente. Voltamos para o Milhouse e fomos direto pra cama!

 

As entradas para Machu Picchu: tentamos muito comprar pelo site oficial (http://www.machupicchu.gob.pe/), sem sucesso. Sempre dava erro na hora de pagar, por causa do verified by Visa. Tentamos com todos os nossos cartões, dos nosso pais, tios, primos, cachorros, periquitos, papagaios... nenhum passava. Isso aconteceu com todo mundo com quem eu conversei, então tivemos que comprar por uma agência (http://www.fabulousperutours.com/). As entradas para Machu Picchu + Waynapicchu custam S./152, mas tem uma comissão de cerca de US$15 para a agência. O pagamento é feito por PayPal e a negociação por e-mail, foi muito tranquilo. Em um dia já tínhamos nossas entradas.

 

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[t1]Dia 5 - Vale Sagrado[/t1]

Acordamos cedinho cheios de disposição para partir para mais uma passeio. Nesse dia faríamos um tour guiado pelo Vale Sagrado. Compramos na agência do hostel mesmo, mas não lembro exatamente quanto custou. Acho que algo na casa de S./40.

O tour é feito em um ônibus que vai parando em alguns pontos. Enquanto isso, o guia ia explicando tudo, em inglês e espanhol. O guia, a propósito, era uma figuraça. Jesus era o nome dele.

 

A primeira parada é Pisac. São ruinas incas cujo ponto alto são as tumbas construídas nos paredões, impressionante, parece um formigueiro gigante. A maior parte dessas tumbas foi violada há decadas, tendo os seus tesouros roubados. Ficamos cerca de uma hora lá. Sabíamos a hora de partir para o ônibus quando ouvíamos ressoando nas montanhas o grito constrangedor do nosso guia: “Grupo de Jesuuuuuuuuuuuuuus! Hora de partiiiiir”. :D

 

Almoçamos em um restaurante típico andino no caminho, buffet livre, mas um tanto caro, S./30. Mas não tem opção. De qualquer forma, é essencial provar as iguarias peruanas: carne de alpaca, rocoto relleno (uma pimenta grandalhona recheada com carne moída e especiarias, hmmmmm), lomo saltado, ají de galina... o único que não tive coragem de comer foi o cuy assado. Cuy, pra quem não sabe - e eu não sabia - é um porquinho da índia. Supercomum comer isso por lá. O problema é que o bicho vem inteirinho pra tua mesa, como se fosse um leitão assado com uma maçã na boca. Parece que tu está prestes a comer uma ratazana. Passei, não valia a experiência!

 

Depois fomos para Ollantaytambo (já havíamos passado de trem por lá no dia anterior). Muitas pessoas descem do tour ali e vão pegar o trem para Machu Picchu. Como já tínhamos ido, pudemos fazer o tour até o fim. Ollanta é um vilarejo bem agradável, diferente. As ruazinhas estreitas de terra batida parecem desertas. Subimos as ruínas, uma subida bem cansativa, e me perdi das gurias no caminho. Quando nos encontramos estávamos bem lá no alto. A vista é sensacional. Venta bastante por lá também. O vilarejo foi um importante complexo militar e religioso do império inca. Ficamos cerca de 1h e partimos de novo.

 

Já estava anoitecendo quando chegamos ao vilarejo de Chinchero. Um lugar pacato, ruas vazias, casinhas de pedra... No meio do nada! O ponto principal é a igreja. Um prédio escuro, não são permitidas fotografias, cheio de pinturas e esculturas. A igreja foi construída sobre alicerces incas, logo após a invasão espanhola. Mas, por ter sido construída por indígenas, entre os símbolos religiosos católicos podem ser vistas várias imagens que remetem à religiosidade indígena, algumas mais obscuras, outras muitos óbvias. Depois, algumas crianças locais apresentaram seus trabalhos artesanais e com lã de ovelha. Foi muito interessante ver como eles obtêm as cores para a lã a partir de folhas, frutos e sementes.

PS.: não se iluda: 99% das roupas de lã que estão à venda para os turistas no Peru provavelmente não são feitas desse jeitinho artesanal. Devem ser fiadas e costuradas em máquinas enormes e numa produção em massa em algum subúrbio de alguma metrópole peruana. Ou equatoriana.

Quando saímos o sol já havia se posto. E FOI AÍ QUE COMEÇOU A EMOÇÃO.

No caminho para o ônibus acabamos nos separando sem querer. Eu segui com o guia e com o pessoal do ônibus. E as gurias desapareceram, enquanto faziam compras. :shock: Chegamos no ônibus e nada delas. Saí correndo pelas ruelas escuras da cidade, quase deserta, perguntando nas lojinhas e pros chicos na rua se tinham visto "dos chicas deste tamaño así?" (sinal de baixinha com a mão). Várias bibocas depois, encontrei uma moça que disse tê-las visto. Saí correndo e encontrei as duas no meio da rua, perdidas, andando assustadas pra lugar nenhum. Voltamos correndo pro ônibus, que já estava quase saindo. Que tal ter que passar a noite lá? ::hahaha::

No fim das contas, elas compraram três fitinhas de lã para amarrarmos no braço, uma pra cada um. Viraram os símbolos da viagem!

 

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Chegamos a Cusco à noite e fomos para o hostel. Era nosso último dia em Cusco! :cry: Decidimos ficar um pouco mais à noite no bar. Conheci vários viajantes lá, inclusive alguns brasileiros. Tínhamos que sair cedo no dia seguinte para Puno (o ônibus saia as 7h!), mas acabei me empolgando com as Cusqueñas (as cervejas, veja bem) e fiquei lá até tarde. Me sagrei campeão do torneio de beer pong (esse esporte deveria ir para as Olimpíadas!), tomei uns drinks (prêmio do torneio), e fui dormir às 2h. Quatro horinhas de sono...

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[t1]Dia 6: ida a Puno[/t1]

Já que a viagem a Puno é longa, decidimos contratar o serviço de um ônibus turístico, que ia parando em vários pontos no caminho, com guia. O ônibus é da empresa Inka Express (http://www.inkaexpressbus.com/) e custou US$55. Já havíamos comprado ainda no Brasil. A viagem com este ônibus tem duração 10h, partindo de Cusco às 7h e chegando em Puno às 17h, pela chamada "Ruta del Sol". Em ônibus normais a viagem dura 8h, por isso muita gente viaja a noite. Mas perdem a vista da viagem, que é ótima!

 

Acordamos cedo, pegamos um táxi do hostel até o ponto de partida do ônibus (na sede da empresa, Cusco não tem uma estação rodoviária central. Custou S./7). O ônibus é bem novo e confortável e estava cheio de turistas estrangeiros. Para nossa surpresa éramos os únicos brasileiros.

 

A primeira parada do ônibus é na igreja de Andahuaylillas, conhecida como a "Capela Sistina da América". Por fora é uma igreja bem simples, mas por dentro é cravejada de metais preciosos e pinturas renascentistas. Ficamos lá cerca de meia hora, tomamos um café, e voltamos para o ônibus.

 

A segunda parada é nas ruínas de Raqchi. A atração principal é o paredão de adobe de 20m de altura, em ótima conservação. Momento decepção: o muro não é original, foi reconstruído no século passado reproduzindo a sua arquitetura original. Ficamos também cerca de meia hora lá.

 

A terceira parada já foi para almoçar. Paramos em um restaurante de comida andina, buffet livre, este melhor do que aquele do Vale Sagrado.

 

Partimos novamente e a próxima parada é em La Raya, o ponto mais alto do caminho, a 4.335 m.s.n.m! O lugar não tem nada de mais, só algumas cholas vendendo seu artesanato, mas a vista é linda, é possível ver ao fundo as montanhas com seus picos nevados! Estava muito frio também. Altitude + muito vento ::Cold:: . Essa parada foi mais curta, logo voltamos para o ônibus.

 

A última parada antes de Puno foi em Pukara. Pukara é um vilarejo DESOLADOR, parece que parou no tempo. Visitamos rapidamente um museu arqueológico, que guarda algumas peças de cerâmica, pedras, ferramentas e também uma múmia de civilizações pré-incaicas. A múmia é a atração central! Não sei se é a original, mas parecia muito bem conservada! Também tem algumas vicuñas por lá, relativamente dóceis, o que não é normal pra esses bichinhos. Importante: tu não pode sair do Peru sem saber diferenciar com facilidade llamas, alpacas, vicuñas e guanacos! Nós saímos de lá experts!

 

Antes de chegar em Puno o ônibus passa por Juliaca, a embaixada do Inferno na Terra! O trânsito é caótico, as ruas são esburacadas e lamacentas, não há carros deste século e nenhuma, ABSOLUTAMENTE NENHUMA, construção está terminada! Todas as casas e edifícios têm seus alicerces expostos e não têm telhados( Puno também é assim, mas em menor escala). O guia nos disse que tinha algo a ver com impostos. Aparentemente se o edifício ainda não está "concluído", os impostos são menores.

 

Enfim, chegamos na estação rodoviária de Puno. Pegamos um táxi até o hostel (S./6), demos um tempo e fomos caminhar pela cidade. Tínhamos que comprar nossas passagens para as ilhas do Titicaca!!!

 

Vale uma nota: nossa viagem estava planejada do Brasil até esse momento. A partir daí era no improviso, um dia depois do outro!

 

A rua principal de Puno, Calle Lima, é bem agitada, uma espécie de calçadão, cheia de agências de turismo, hotéis, lojas e restaurantes. Escolhemos uma agência ao acaso e, negociando um pouco, conseguimos fechar um passeio de 2 dias pelo Titicaca por S./100 cada. Partiríamos na manhã seguinte, dormiríamos a primeira noite na casa de nativos em Amantaní e passaríamos o segundo dia em Taquile, voltando depois a Puno.

Estávamos muito empolgados com a ideia de dormir na ilha! Nos disseram que as casas não tinham eletricidade, então eu e a Elisa compramos nossas lanternas a pilha. :D

Orgulhosos com nossa aquisição e ansiosos pelo dia seguinte, comemos um pizza em um restaurante no calçadão (a melhor pizza da viagem!!!) e voltamos para o hostel. Dia longo!

 

O hostel: ficamos no Marlon's, que era na verdade um hotel/pousada. Optamos por ele porque não ficamos muito convencidos com os hostels que vimos pela internet. A maioria não garantia água quente. :o O quarto e as camas eram muito confortáveis, o chuveiro era quente e o café-da-manhã muito bom. Recomendo.

 

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[t1]Dia 7: ilhas flutuantes de Uros e Ilha Amantaní[/t1]

Saímos cedo do hotel, o pessoal da agência passou lá para nos buscar. Fomos levados a um píer e lá entramos em um barquinho cheio de turistas que fariam o mesmo tour que nós. Estávamos no Titicaca!!! A Elisa quase passou mal com o balanço do barco e o cheiro da gasolina, mas tudo correu bem até o fim.

 

A primeira parada é nas ilhas flutuantes de Uros, um lugar que eu esperava para conhecer há muito tempo, desde quando vi no Globo Repórter :lol: . É realmente impressionante a engenharia arcaica e ao mesmo tempo eficiente daquelas ilhas feitas de palha! Tudo por lá, aliás, é feito de palha. Assistimos a uma apresentação sobre como são construídas as ilhas, e depois pudemos passear por lá. As gurias decidiram se vestir com os trajes típicos das moradoras, mas acho que não tenho permissão pra postar essas fotos :( .

Ainda quanto às ilhas, o fato é que a maioria das pessoas não mora lá, boa parte é faz-de-conta. Muitos moram em Puno e vão todos os dias para as ilhas para fazerem o "teatro". Mas também é verdade que uma das ilhas tem até escola e posto de saúde!

 

Voltamos para o barco e partimos para a Ilha Amantaní. A viagem até lá leva umas duas horas, esses barcos são BEM LENTOS, então dormimos boa parte do caminho.

Chegando lá, desembarcamos na ilha e cada grupo foi apresentado às suas "mamas", em cujas casas passaríamos a noite. Nossa mama nos levou para sua casa. O caminho era longo, uns vinte minutos de caminhada morro a cima. Nossa mama vivia com seu marido, sua filha e sua netinha. Fomos levados a uma cozinha rudimentar, de terra batida. O almoço era sopa de quinua (muito boa!) e depois um pratão do mais puro carboidrato peruano: arroz, batatas e queijo. O arroz e a batata estavam um tanto secos, mas comi tudinho. As gurias não conseguiram terminar o prato, mas pareciam satisfeitas. (mais tarde devoramos várias latas de Pringles que tínhamos levado na mochila, just in case... De qualquer forma, a ilha tem algumas mercearias onde se pode comprar comida industrializada norte-americana, não se preocupe).

 

Fomos para o quatro e descobrimos que era muito melhor que muitos hostels por aí! E tinha luz elétrica! A maior parte das casas na ilha tem paineis solares para gerar eletricidade hoje em dia.

Descansamos um pouco e saímos para encontrar o grupo todo na praça principal, de onde partimos para conhecer os templos de pachamama e pachatata, no topo da ilha, a mais de 4.000m.s.n.m.! A subida foi cansativa, mas a vista de lá é sensacional! Tiramos várias fotos e voltamos quando já estava anoitecendo. Os caminhos da ilha eram bem traçados, mas quase nos perdemos na noite em meio as plantações de batata! :shock:

Fomos os últimos a chegar. Voltamos para casa da mama, jantamos, e fomos para o quarto. Ia acontecer uma festinha na praça aquela noite, mas começou a chover e decidimos ir dormir mesmo. Turns out que, mesmo com a eletricidade, nossas lanternas foram úteis. A Elisa teve que acordar de madrugada pra ir no banheiro, que ficava de fora da casa, e precisou usar a lanterna. Segundo ela, foi um dos momentos mais aterradores da sua vida.

 

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[t1]Dia 8 - Ilha Taquile[/t1]

No dia seguinte acordamos cedo, tomamos café-da-manhã, nos despedimos de nossa mama, e nosso "papa" nos levou até o barco, de onde partiríamos para Taquile.

 

Nota: eu tinha lido em algum lugar na internet que era comum presentear a família acolhedora com alguma coisa da cidade, em forma de agradecimento pela estadia, como um saco de farinha ou uma lata de óleo. Sei lá. Na manhã que saímos de Puno, passei num mercadinho perto do hotel e comprei um saco de açúcar (era só o que tinha) e botei na minha mochila. Quando contei pras gurias, já na ilha, elas acharam absurdo e disseram que a família talvez se sentisse ofendida com esse tipo de presente. Achei que fazia sentido, já que eles tinham quase de tudo por lá, e acabei deixando o açúcar na minha mochila mesmo. Enfim. Muitas horas depois o saco rasgou e até hoje eu encontro açúcar no meu notebook. No final das contas não sei ainda se deve-se presentear a família ou não. Alguém sabe? :D

 

Pegamos o barco e fomos para Taquile, uma viagem de cerca de uma hora. Desembarcamos na ilha e subimos por uma trilha que levaria até a praça principal. O caminho era bem cansativo, paramos algumas vezes pra descansar, mas a vista do Titicaca é deslumbrante! Descansamos um pouco na praça e depois partimos com o grupo para o restaurante onde iríamos almoçar.

O restaurante era bem familiar e a comida muito boa. A Elisa achou apimentada. ::ahhhh:: Assistimos a uma apresentação sobre os costumes e tradições da ilha, demos um tempo por lá e no meio da tarde voltamos para o barco, que já estava nos esperando no pier do outro lado da ilha, para voltarmos a Puno.

 

Chegando em Puno, fomos a pé até a estação de ônibus, que fica bem perto do píer, para comprarmos nossas passagens para Arequipa. Compramos, voltamos para o hotel para pegarmos nossas mochilas e partimos de volta para a rodoviária.

 

Compramos passagens pela companhia Julsa, que era mais barata e nos tinham dito que era confortável. A viagem duraria cerca de 6h e chegaríamos no início da madrugada em Arequipa.

 

A experiência com a Julsa: eis que a Julsa não era nada do que esperávamos. Como nos disseram depois, "são como ônibus bolivianos!" Por fora parecia um ônibus normal, mas desde o momento em que partimos o ônibus começou a encher de gente, parando em todo o lugar, especialmente em Juliaca. O povo entrava no ônibus carregado de caixas e sacolas, provavelmente muamba da Bolívia, e muita gente viajou em pé. Às vezes parava em pontos desertos na estrada e alguém descia, abrindo o compartimento das malas. Tememos muito pelas nossas mochilas que estavam lá, pois há diversas histórias de pessoas que foram roubadas em ônibus no Peru. O meu banco estava quebrado, deitava sozinho, e a janela do meu lado estava emperrada, com uma fresta aberta, e quase virei um picolé na madrugada. Enfim. NÃO RECOMENDAMOS A JULSA. Prefira a Cruz del Sur.

 

Chegamos às 2h em Arequipa e pegamos um táxi para o hostel, não mais que S./7. O cara da recepção estava dormindo quando chegamos e quase não ouviu a campainha tocar. Nos atendeu com uma cara de ontem e nos acomodou no quarto.

 

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[t1]DIA 9 - Arequipa[/t1]

 

Como chegamos tarde no hostel e estávamos muito cansados, acabamos dormindo bastante. Acordamos perto das 10h, tomamos café-da-manhã, banho, arrumamos nossas coisas no quarto e demos um tempo por lá mesmo.

 

O hostel: ficamos no Arequipay. Fica em uma espécie de condomínio fechado, próximo ao centro da cidade (5 min a pé da Plaza), muito seguro. A estrutura é ótima, tem mesa de sinuca, TV enorme com Playstation, várias redes pra descansar, uma salinha de cinema e uma cachorrinha boxer de estimação muito simpática! O ponto negativo é que tem uma "lei do silêncio" a partir das 22h, embora o nosso quarto mesmo assim tenha sido bem barulhento à noite, sempre tinha alguém entrando ou saindo, e o assoalho de madeira fazia muito barulho. De um modo geral gostei, mas as gurias odiaram. Por algumas pessoas que conhecemos, sabemos que há hostels melhores pra ficar na cidade.

 

Saímos para conhecer a cidade.

 

Arequipa é uma cidade muito bonita, tanto quanto Cusco, mas de um jeito diferente. As casas, ruas e edifícios são esbranquiçados, pois a maioria das construções é feita de um tipo de rocha vulcânica de coloração branca. Por isso a cidade é conhecida como "la ciudad blanca". A vista da cidade é impressionante. Ela está localizada no meio do deserto e é vizinha de três vulcões, El Misti, Chachani e Pichu Pichu. Os dois primeiros podem ser vistos imponentes no horizonte por detrás de uma névoa, ou poeira, uma paisagem surreal para quem está acostumado às montanhas verdejantes Brasil.

Os areuipeños são muito orgulhosos da sua terra e também muito bairristas. Acham que a sua cidade é superior ao resto do País. Tem até um passaporte próprio (de mentirinha)! Nós, gaúchos, nos sentimos em casa ::hãã2:: .

 

Caminhamos pelo centro da cidade e pela Plaza de Armas, muito bonita e bem conservada. Almoçamos no restaurante Manolo, na Calle Mercadores.

Voltamos para o hostel no meio da tarde, estávamos bastante cansados dos dias anteriores, e aproveitamos muito bem a infraestrutura de redes e sofás do Arequipay. :wink:

 

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[t1]DIA 10 - Arequipa[/t1]

Acordamos cedo e fomos para a Plaza de Armas, de onde saía um Free Walking Tour. O tour é organizado pela cidade de Arequipa e os guias são estudantes das escolas públicas da cidade. Nossa guia era uma mocinha muito inteligente, falava bem inglês, e conduziu o grupo por uma caminhada pela cidade que durou cerca de 2h30.

Assim que terminamos esse tour, partimos logo pra outro! Compramos um bilhete para um ônibus turístico em um roteiro de 4h (S./40), que ocupou nosso tempo por toda a tarde. O ônibus tem uma guia e faz algumas paradas ao longo do caminho. Estava quase vazio, então tínhamos praticamente uma guia particular. O ponto alto do tour é o Mirador del Carmen Alto, que proporciona uma linda vista dos vulcões que cercam a cidade. Chegamos ao centro novamente ao anoitecer, e concordamos que o passeio valeu a pena!

 

Jantamos no centro, na Calle Mercadores, e voltamos para o hostel.

Momento medo: ::ahhhh:: Essa simples volta para o hostel foi um pouco TENSA. Embora fosse próximo ao centro, erramos uma rua (talvez eu tenha indicado o caminho errado :D ) e acabamos levemente perdidos. As gurias se assustaram. Estávamos em uma rua desconhecida e a cada pouco passávamos por pessoas estranhas que nos olhavam esquisito (talvez fossem as nossas roupas peruano-wannabe que nos deduravam como turistas). Enquanto passávamos por um desses grupos de pessoas estranhas, uma lâmpada da iluminação pública se apagou de repente e a rua ficou na penumbra. As gurias saíram correndo e eu fui correndo atrás. Ou seja, estávamos perdidos, numa cidade estranha, à noite, correndo de não-se-sabe-o-quê para não-se-sabe-onde. As ruas estavam vazias e quase não passavam carros. Atacamos o primeiro táxi que passou e pedimos para que nos levasse ao hostel. O motorista não entendeu muito bem o endereço (nosso esapñol é fueda, cabrón) e deu algumas voltas pela cidade antes de encontrar nosso destino. Fomos direto para o quarto. Levei a culpa pelo incidente, óbvio. ::lol4:: Moral da história: nunca saia para a rua sem um mapa.

 

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[t1]DIA 11 - Ida ao Canion del Colca - Chivay[/t1]

Decidimos conhecer o Canion del Colca com um tour de 2 dias de ônibus (S./65), ao invés das possibilidades de trekking disponíveis. Não confiamos no nosso vigor físico. Pensando melhor hoje acho que não é tão difícil.

O ônibus, que na verdade era uma van, passou para nos buscar no hostel por volta das 8h. Encontramos um casal de brasileiros de MG na mesma van e passamos o resto da viagem com eles (brasileiros se adoram :D).

O roteiro consiste em ir até a cidade de Chivay em um dia, passar a noite lá e partir para o canion bem cedo no dia seguinte, de modo que se possa ver o voo dos condores por lá.

No caminho até Chivay paramos algumas vezes, especialmente para ver mais de perto as vicuñas e llamas selvagens que circulam às margens da estrada. Almoçamos assim que chegamos na cidade e depois fomos levados ao hotel onde passaríamos a noite (Hotel La Estancia, incluído no tour). No meio da tarde passaram para nos buscar para que fôssemos às piscinas térmicas de La Calera. A Fe não levou biquini e optou por ficar no hotel. Eu, a Elisa e nossos novos amigos de Minas fomos e nos surpreendemos com as termas. Essas eram piscinas de verdade! Ficamos lá cerca de uma hora, a água era bem quente (cerca de 40º), tão quente que tínhamos que sair às vezes para não passarmos mal. A vista das montanhas ao redor também tinha o seu valor.

Voltamos para o hotel e à noite saímos com todo o grupo para um restaurante local. Além da jantar, pudemos assistir a uma apresentação de danças locais (um tanto quixotescas), cujos dançarinos procuravam interagir bastante com os turistas, chamando-os para dançar e encenar esquetes constrangedoras com eles :? . Me chamaram para o "palco", mas recusei esse mico.

Voltamos para o hotel e fomos dormir. No dia seguinte acordaríamos às 5h!

 

[t1]DIA 12 - Canion del Colca[/t1]

Acordamos cedinho, tomamos banho (a Elisa foi a última e teve problemas com a água quente) e fomos tomar café-da-manhã (devido aos problemas com a água quente, a Elisa se atrasou e ficou sem café :cry: ). Embarcamos na van e seguimos para o Canion. Estava ansioso para ver os condores!

A vista do canion é espetacular! Esperamos um pouco junto a Cruz del Condor para que o bichinho aparecesse, mas nada feito. Decidimos então descer até um outro mirador, na expectativa de enxergar o famoso voo. Quando chegamos lá embaixo, ÓBVIO, o condor apareceu para os que ficaram no mirador mais alto. Só pudemos vê-lo de longe. :cry: O condor é a ave símbolo dos Andes e de diversos países americanos e é uma ave impressionante: pode chegar a três metros de envergadura e viver mais de 80 anos!!!

 

Almoçamos em Chivay e voltamos para Arequipa. No caminho, passamos pelo ponto mais alto da viagem, a 4.910m.s.n.m! ::Cold:: Também paramos para contemplar a vista do imponente Misti, emergindo solitário no horizonte da estrada.

 

Chegando em Arequipa, trocamos dinheiro, jantamos e pegamos um táxi para a estação de ônibus. Era hora de ir a Paracas!

 

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[t1]DIA 13 - Paracas[/t1]

A viagem de Arequipa a Paracas é longa, leva cerca de 11h. Viajamos de Cruz del Sur (http://www.cruzdelsur.com.pe/), que disponibiliza este trecho à noite. O ônibus é muito confortável, tem serviço de 1ª classe: lanche, "comissária de bordo", coberta, travesseiros, TV, bancos que reclinam bastante... Enfim, experiência muito melhor que a da Julsa!

Cometemos um erro: compramos a passagem para Ica, cidade vizinha a Paracas, embora não fôssemos ficar por lá. Não percebemos que era possível comprar a passagem direta para Paracas, e assim que chegamos em Ica tivemos que pegar um táxi até lá. São cerca de 30min, e custou S./60. :?

 

A paisagem já era diferente e pela primeira vez na viagem estávamos ao nível do mar! Os arredores de Ica e Paracas são desérticos, embora no caminho entre as duas cidades possam ser vistos muitos parreirais. A região é a maior produtora de uvas do Peru. Também são produzidas bebidas derivadas da fruta, como vinhos e, especialmente, o pisco.

 

Chegamos ao hostel ainda de manhã e fomos muito bem recepcionados. O dono nos explicou sobre Paracas e a Reserva Nacional e também sobre as Ilhas Ballestras, detalhando como poderíamos fazer para conhecê-las. Chegamos bem a tempo de pegar o tour do dia para a Reserva Nacional de Paracas, que sairia do hostel às 11h. Deixamos nossas coisas no quarto e partimos com o ônibus.

 

O hostel: havíamos reservado apenas um dia no Paracas Backpackers' House, um dos únicos hostels da cidade, pois não sabíamos até quando íamos ficar por lá. Ficamos com uma ótima impressão. Os quartos e o hostel como um todo são bem simples, mas o staff foi sempre muito cordial e prestativo! Ficamos em um quarto misto para 8 pessoas.

 

A visita à Reserva Nacional vai das 11h às 16h e é feita em um ônibus. Muitas pessoas fazem esse tour de forma mais independente, alugando bicicletas. O ônibus vai fazendo paradas ao longo da reserva. A primeira é para que possamos ver alguns fósseis de criaturas aquáticas (são milhares de conchinhas), que demonstram que a região hoje coberta por areia já foi parte do oceano. Em seguida, paramos para ter uma vista sensacional das formações rochosas no litoral, onde antes existia a famosa formação conhecida como La Catedral, que foi parcialmente destruída por um terremoto em 2007. Depois paramos em outro ponto da costa, onde nós três tivemos pela primeira vez contato com o Oceano Pacífico. E sim, é verdade o que dizem sobre a água ser muitooo fria! ::Cold:: Foi só para molhar os pés mesmo...

Em seguida paramos para almoçar em um restaurante à beira de uma lagoa dentro da reserva. O menu, naturalmente, é baseado em frutos do mar. Eu gosto de peixes, mas não a ponto de comê-los. :? Me esforcei e pedi um linguado, que no final das contas não foi tão ruim assim.

A última parada é em um museu sobre a vida aquática da região. O acervo é bem moderno e interessante, mas tivemos que passar correndo por lá, então não deu para ver muito.

 

Chegamos ao hostel por volta das 16h30 e fomos dar uma volta pela cidade e pela praia.

Paracas é uma vilazinha à beira da baía homônima e é o destino dos endinheirados de Lima nos feriados e finais de semana. Por isso a maior parte dos bares e restaurantes por lá têm preços bem salgados.

 

Na nossa caminhada ao pôr-do-sol pela praia topamos com o hostel Kokopelli Paracas. Já tínhamos visto o hostel pelo hostelworld.com, mas não havia vagas disponíveis para aquele primeiro dia. Ficamos encantados com hostel, entramos, bebemos algumas Cusqueñas no bar e decidimos (a Fe e eu) que era lá que íamos passar os próximos dias! O clima era ótimo!

 

Voltamos à noite para o Backpackers' e, cansados da viagem na noite anterior, acabamos indo dormir cedo. No dia seguinte íamos às Ilhas Ballestras.

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[t1]DIA 14 - Paracas[/t1]

Acordamos cedo e partimos para o passeio às Ilhas Ballestras. Os responsáveis foram nos buscar no hostel por volta das 8h e nos levaram até o cais, a pé mesmo, porque é bem pertinho. Lá embarcamos em uma lancha aberta, com visão para todos os lados, iam cerca de 20 pessoas em cada.

No caminho para as ilhas as lanchas param em frente ao Candelabro, um geoglifo que está nas areias na baía de Paracas há cerca de , pasmem, 2500 anos! Parece impossível que um desenho na areia possa durar tanto tempo, mas o fato é que o local onde o candelabro foi desenhado não recebe vento por nenhum ângulo, e a pluviosidade na região não passa de 5mm ao ano. Além disso, os sulcos do geoglifo chegam a ter 60cm de profundidade, embora não aparente à distância. Impressionante!

 

As Ilhas Ballestras são sensacionais! Não se pode descer das lanchas, pois trata-se de uma área de proteção ambiental, mas a vista é muito bonita. Parece que todas as aves do mundo se juntaram naqueles montes de pedras. São gaivotas, mergulhões e até pinguins. Além das aves, também é possível ver muitos leões(ou seriam lobos?)-marinhos bem de perto. Vale muito a pena, apesar do cheirinho desagradável das fezes das aves. O passeio é bem rápido, leva cerca de 2h, e por volta das 10h da manhã já estávamos de volta.

 

Fomos comprar passagens para a Elisa ir a Lima, já que aquele era o último dia de viagem dela, pois tinha uma semana a menos de férias do que nós. :cry: Eu e a Fe seguiríamos sozinhos pela próxima semana. Não conseguimos passagens na Cruz del Sur, mas conversando com uma limenha que estava no mesmo hostel que nós (que adorava o Brasil e falava português muito bem!) descobrimos que há uma companhia de ônibus, Soyuz, que tem ônibus de meia em meia hora para Lima passando na rodovia próxima a Paracas, no estilo pinga-pinga. Como ela estava indo embora naquele dia também, as duas foram juntas até a rodovia, pra tranquilidade da Elisa. Segundo a Elisa nos contou depois, os ônibus da Soyuz são surpreendentemente bons e a viagem correu tranquilamente. Ela passou a noite em Lima e voltou para o Brasil no dia seguinte.

 

À tarde, a Fe e eu fizemos nossa "mudança" para o Kokopelli e matamos o tempo na praia pelo resto do dia.

 

O hostel: o Kokopelli Paracas foi um dos melhores hostels em que nos hospedamos. A Fe chegou a comparar com um resort. Não é por menos: fica NA praia, tem um piscinão, um bar superagitado com um clima tropical e shows ao vivo, caiaques disponíveis (grátis) para os hóspedes remarem nas baía, um slackline (consegui dar três passos! ::hãã2:: ), sala de TV com vários filmes pra assistir, pranchas de stand-up paddle pra alugar etc etc etc. Muito bom, valeu demais a pena! Recomendadíssimo!

 

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[t1]DIA 15 - Paracas[/t1]

Esse foi o nosso dia de folga! Passamos o tempo todo de pernas pro ar, na praia, no bar, na piscina, passeando nas ruas... A Fe queria ir conhecer os vinhedos de Ica, a muito custo me convenceu, mas não encontramos nenhuma agência decente em Paracas que fizesse esse tour. Acabamos ficando em Paracas mesmo. Era o nosso último dia, e no hostel mesmo reservamos nossa saída para Huacachina no dia seguinte, com estadia em um hostel de lá incluída.

 

[t1]DIA 16 - Huacachina[/t1]

Fizemos check-out de manhã e saímos com o grupo de hostel que iria passar o dia em Huacachina. Nossa van estava quase vazia, só tinha mais um casal americano (daqueles que tiram fotos até dos postes da rua). Huacachina fica colada em Ica e a viagem levaria cerca de meia hora, mas o trânsito alucinante de Ica fez demorar um tanto mais.

Huacachina é uma vila-oásis no meio do deserto. São vários hotéis(zinhos), bares, restaurantes, algumas residências, todos em volta de uma lagoa e cercados por dunas altíssimas. Visual demais!

Fomos direto para o hostel, que não tivemos dificuldade de encontrar, pois o vilarejo é muito pequeno.

 

O hostel: ficamos hospedados no Bananas Hostel, um hostel bem simples e agradável. Os quartos ficam em volta do bar e da piscina, são bem simples também. O banheiro é de qualidade duvidosa, mas relevamos, pois o clima em geral era bem bacana.

 

Almoçamos no hostel mesmo e à tarde partimos com um grupo de lá para o passeio de buggies e sandboard. O buggy é um SENHOR buggy, para 14 pessoas. O motorista, um velhinho figuraça, conhecia as dunas como a palma da mão e guiou a máquina de forma alucinante pelas areias. Eu e a Fe sentamos bem na frente, e vimos a morte de perto várias vezes :D . A cada pouco ele parava em algumas dunas para que o pessoal do buggy se aventurasse no sandboard. Eu, que nunca tinha feito, curti demais! Na última duna, muito mais íngreme que as anteriores, desci deitado ao invés de ir em pé. A prancha pega muito mais velocidade e mesmo assim é mais seguro. Engoli metade da areia do deserto nessa descida. A outra metade ficou na minha roupa.

Voltamos para o hostel quando já estava anoitecendo e aproveitamos um pouco a piscina, enquanto ainda estava quente. Depois do anoitecer esfria demais por lá! Jantamos no bar do hostel, interagimos um pouco com os outros hóspedes, mas não fomos dormir tarde, porque estava ficando bastante frio.

 

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[t1]DIA 17 - Lima[/t1]

Acordamos, tomamos café da manhã no hostel e fomos fazer uma caminhada matinal por Huacachina antes de fazermos check-out. Depois do check-out, pegamos um táxi até Ica (S./7), onde pegaríamos um ônibus para Lima, nosso último destino. Não tínhamos comprado passagem ainda, e pedimos ao motorista que nos levasse para a estação da empresa Soyuz, mas eis que nos deixou na estação da empresa Flores. Aceitamos essa engambelagem (provavelmente ele recebia alguma comissão pra levar turistas desavisados lá), pois os ônibus pareciam bons e preço bem camarada (algo como S./25). Partimos em seguida, sem almoçar mesmo. O ônibus estava quase vazio e era bem bom - a Flores parece uma Cruz del Sur wannabe - exceto pelo filme da ANACONDA ( :o ) que ficou passando a viagem toda, a todo volume.

Chegamos em Lima no meio da tarde (viagem de cerca de 4h), e pegamos um táxi para o hostel que havíamos reservado (S./25).

 

O hostel: ficamos no Pariwana Hostel. Foi também um dos melhores hostels em que ficamos! É bem grande e fica na melhor localização possível, bem no coração do bairro de Miraflores, em frente ao Parque (que tá mais pra Praça) Kennedy. As camas eram espaçosas e o nosso quarto era bem silencioso, pois ficava nos fundos. Banheiros bons também. No terraço fica uma área de convivência muito bacana, onde conhecemos um monte de gente. Tem um bar que fica aberto o dia todo, onde gastei o resto do meu dinheiro em Cusqueñas. A comida do bar também é muito boa. Aprovamos!

 

Nos acomodamos no quarto, almoçamos no bar do hostel e saímos para uma caminhada pelo bairro de Miraflores, quando já estava anoitecendo. Miraflores é um bairro muito agitado e charmoso e, como definiu uma amiga peruana, é o bairro dos ricos e dos turistas de Lima. Voltamos para o hostel e passamos a noite no terraço. Jogamos alguns drinking games, conhecemos um pessoal e saímos todos juntos para a noite limenha. Quem nos conduziu foi uma funcionária do hostel, Dominique, que era paga justamente para interagir com os hóspedes. Fomos parar em uma boatezinha muquirana num porão do outro lado da praça Kennedy. Apesar do ambiente, a noite foi legal e nos divertimos bastante. Voltamos quando já estava quase amanhecendo.

 

[t1]DIA 18 - Lima[/t1]

Como acordamos tarde, não tivemos muito tempo para passear durante o dia. Já era de tarde quando saímos para passear por Miraflores. Fomos até a beira-mar, no Parque del Amor, e caminhamos um pouco pelas redondezas. Miraflores é um bairro muito bonito, seguro, agradável, bem-cuidado... Próximo ao mar os edifícios são ainda mais luxuosos e modernos.

Fomos caminhando até o Shopping Larcomar, do qual tanto tínhamos ouvido falar. A localização do shopping é esplêndida, fica sobre as rochas costeando o Pacífico. Como nos haviam dito, é um shopping para turistas. Várias lojas caras, muitas lojas de souvenires e várias de equipamento para trekking/aventura. A praça de alimentação é a principal atração, são vários restaurantes com vista para o mar ($$$$$). Tomamos um cafezinho em um deles, na humildade, e voltamos para o hostel.

Naquela noite, saímos com o pessoal do hostel para um clube chamado Bizarro. É que o DJ que ia tocar aquela noite era um argentino que estava hospedado no hostel. A Fe fez amizade com ele e nos conseguiu entrada free. Eis que na hora de entrar a Fe decidiu ficar para trás para fazer um lanche. A multidão toda entrou de graça e na hora que ela foi entrar teve que pagar S./50! Tadinha! A festa não tinha nada de especial ou diferente dos nightclubs no Brasil, mas a noite foi divertida, de qualquer forma. Na hora de ir embora, saímos com um australiano que disse que conhecia uma festa legal nas redondezas (já eram 5:00). Seguimos o cara e ele nos levou pra mesma boate-muquirana-no-porão da noite anterior. OK. Ficamos dez minutos e voltamos para o hostel.

 

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[t1]DIA 19 - Lima[/t1]

Acordamos por volta do meio-dia e saímos para a nossa missão do dia: fazer compras em Lima. Sempre ouvimos falar que o Peru era ótimo para fazer compras, especialmente vestuário, porque muitas marcas famosas têm suas fábricas lá e os preços acabam ficando bem mais em conta que no Brasil. Fizemos uma pesquisa rápida (que depois se mostrou incompleta) e encontramos várias pessoas falando sobre um shopping de outlet que ficava próximo ao aeroporto, Lima Outlet Center Embora fosse longe e o táxi não fosse custar menos de S./80 (ida e volta), achamos que valeria a pena. Fomos sem almoçar mesmo, e em meia hora estávamos lá. Relevamos o cheiro de estrume da região :? e entramos de loja em loja. O shopping era pequeno, mas parecia promissor. Eis que não era. Lojas estranhas, roupas estranhas, preços nada convidativos. Eu saí de lá sem comprar nada. A Fe comprou algumas coisas na loja da The North Face, pra não deixar passar em branco. Enfim, fica a dica: NÃO VÁ. Ou pelo menos não tire uma tarde especialmente pra ir. Saímos de lá superdecepcionados e pegamos um táxi para o Barranco.

O Barranco é um bairro MUITO bonito, ruas tranquilas, cheio de lojinhas, restaurantes, praças, casarões bem-conservados, demais! Dá vontade de morar lá. Já eram 15h e fomos almoçar. Almoçamos no restaurante Canta Rana, especializado em frutos do mar. Muito bom, ambiente muito legal, com decoração rústica-futebolística. Acho que o dono é argentino, ou algo do tipo, embora a culinária seja peruana. Pedimos um prato de arroz chaufa cada um, mas a porção é ENORME, e nem conseguimos comer tudo.

Passamos o resto da tarde passeando pelo bairro, mas infelizmente estava sem a minha câmera e os nossos celulares ficaram sem bateria, então ficamos sem fotos do Barranco. Quando já estava anoitecendo, decidimos pela "aventura" e ao invés de pegar um táxi para Miraflores pegamos o Metropolitano, ônibus que funciona em um sistema semelhante aos BRTs. Chegamos inteiros no hostel, graças ao nosso mapa.

Naquela noite pegamos um táxi (S./10) e fomos até o Parque de la reserva - Circuito magico del agua, S./4. É um dos principais pontos turísticos de Lima, uma praça enorme cheia de fontes gigantes e ululantes, algumas delas "interativas". As 19h, quase todos os dias, há uma apresentação com projeções nas águas de uma das fontes, muito bonito. Além dos turistas o local também é bastante frequentado pelos próprios moradores de Lima, como pudemos perceber. Vale a pena a visita. Voltamos para o hostel e passamos a noite por lá mesmo.

 

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[t1]DIA 20 - Lima[/t1]

Era o último dia da viagem! :(:(:(

Acordamos tarde e fomos procurar algum lugar para almoçar. Seguimos algumas indicações e fomos parar no Restaurante Mama Lola, em Miraflores mesmo. É um restaurante italiano com um ambiente muito agradável, preço razoável e comida MUITO MUITO MUITO MUITO BOA. O gnocchi de cogumelos que eu comi ainda não encontrou par nesse mundo. Almoçamos por volta das 14h, mas quando não eram nem 19h ficamos com fome de novo e, tamanha a paixão pelo restaurante, voltamos lá! :lol: Uma overdose de carboidratos!

Aproveitamos para comprar as últimas lembranças do Peru e arrumamos nossas mochilas. Decidimos que íamos descansar nessa noite, pois no dia seguinte tínhamos voo ao meio-dia. A Fe foi dormir cedo, mas eu fiquei com vontade de aproveitar um pouco mais a noite limenha. Sabe como é, bateu uma saudade antecipada das férias que nem tinham acabado ainda... Saí com um pessoal do hostel para o Barranco. A noite começou no Ayshuasca, um lugar muito peculiar. É um casarão do século XIX que foi transformado numa espécie de point pré-night, com 8 ambientes, bares, barraquinhas de comida e bebida etc etc etc. Não precisa pagar pra entrar. Aparentemente está sempre lotado. Nunca vi nenhum lugar parecido no Brasil... Conhecemos algumas limenhas por lá que nos levaram para o El Dragon, uma casa noturna muito frequentada pelos locais, com poucos turistas. Apesar da playlist povoada de reggaetons e bregatons, a noite foi divertida. A responsabilidade bateu e decidi voltar cedo para o hostel.

 

[t1]DIA 21 - Lima[/t1]

Acordamos antes das 9h, fizemos check-out e pegamos um táxi para o aeroporto. Chegamos com tempo de sobra e ainda conseguimos aproveitar um pouco as lojas duty free (quase perdemos o voo por causa das compras da Fe :D ). Infelizmente, era o fim da nossa viagem!

  • 2 semanas depois...
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Ótimo relato. Fui ao Peru em 2011, porém somente em Cusco, Puno e Machu Picchu. Tem noção mais ou menos do gasto total, tirando as passagens?

 

Oi, André!

 

Ao todo gastei um pouco mais de R$4.000,00, então descontando as passagens foram uns R$3.300,00.

Algumas pessoas com quem conversei acharam bastante, outras acharam pouco. Não sei bem qual é a média de gastos no Peru, mas em geral as pessoas ficam bem menos que 20 dias, como nós ficamos.

 

Os gastos basicamente foram em hospedagem, comida (e bebida), passeios e deslocamento. Quase não comprei souvenires e assemelhados.

 

:)

  • 1 mês depois...
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[t1]DIA 9 - Arequipa[/t1]

 

Como chegamos tarde no hostel e estávamos muito cansados, acabamos dormindo bastante. Acordamos perto das 10h, tomamos café-da-manhã, banho, arrumamos nossas coisas no quarto e demos um tempo por lá mesmo.

 

O hostel: ficamos no Arequipay. Fica em uma espécie de condomínio fechado, próximo ao centro da cidade (5 min a pé da Plaza), muito seguro. A estrutura é ótima, tem mesa de sinuca, TV enorme com Playstation, várias redes pra descansar, uma salinha de cinema e uma cachorrinha boxer de estimação muito simpática! O ponto negativo é que tem uma "lei do silêncio" a partir das 22h, embora o nosso quarto mesmo assim tenha sido bem barulhento à noite, sempre tinha alguém entrando ou saindo, e o assoalho de madeira fazia muito barulho. De um modo geral gostei, mas as gurias odiaram. Por algumas pessoas que conhecemos, sabemos que há hostels melhores pra ficar na cidade.

 

Saímos para conhecer a cidade.

 

Arequipa é uma cidade muito bonita, tanto quanto Cusco, mas de um jeito diferente. As casas, ruas e edifícios são esbranquiçados, pois a maioria das construções é feita de um tipo de rocha vulcânica de coloração branca. Por isso a cidade é conhecida como "la ciudad blanca". A vista da cidade é impressionante. Ela está localizada no meio do deserto e é vizinha de três vulcões, El Misti, Chachani e Pichu Pichu. Os dois primeiros podem ser vistos imponentes no horizonte por detrás de uma névoa, ou poeira, uma paisagem surreal para quem está acostumado às montanhas verdejantes Brasil.

Os areuipeños são muito orgulhosos da sua terra e também muito bairristas. Acham que a sua cidade é superior ao resto do País. Tem até um passaporte próprio (de mentirinha)! Nós, gaúchos, nos sentimos em casa ::hãã2:: .

 

Caminhamos pelo centro da cidade e pela Plaza de Armas, muito bonita e bem conservada. Almoçamos no restaurante Manolo, na Calle Mercadores.

Voltamos para o hostel no meio da tarde, estávamos bastante cansados dos dias anteriores, e aproveitamos muito bem a infraestrutura de redes e sofás do Arequipay. :wink:

 

Bote.JPG.1b4c63cc8ce82addf01dde80496b3a06.JPG Essa simples volta para o hostel foi um pouco TENSA. Embora fosse próximo ao centro, erramos uma rua (talvez eu tenha indicado o caminho errado :D ) e acabamos levemente perdidos. As gurias se assustaram. Estávamos em uma rua desconhecida e a cada pouco passávamos por pessoas estranhas que nos olhavam esquisito (talvez fossem as nossas roupas peruano-wannabe que nos deduravam como turistas). Enquanto passávamos por um desses grupos de pessoas estranhas, uma lâmpada da iluminação pública se apagou de repente e a rua ficou na penumbra. As gurias saíram correndo e eu fui correndo atrás. Ou seja, estávamos perdidos, numa cidade estranha, à noite, correndo de não-se-sabe-o-quê para não-se-sabe-onde. As ruas estavam vazias e quase não passavam carros. Atacamos o primeiro táxi que passou e pedimos para que nos levasse ao hostel. O motorista não entendeu muito bem o endereço (nosso esapñol é fueda, cabrón) e deu algumas voltas pela cidade antes de encontrar nosso destino. Fomos direto para o quarto. Levei a culpa pelo incidente, óbvio. ::lol4:: Moral da história: nunca saia para a rua sem um mapa.

 

Chivay[/b] em um dia, passar a noite lá e partir para o canion bem cedo no dia seguinte, de modo que se possa ver o voo dos condores por lá.

No caminho até Chivay paramos algumas vezes, especialmente para ver mais de perto as vicuñas e llamas selvagens que circulam às margens da estrada. Almoçamos assim que chegamos na cidade e depois fomos levados ao hotel onde passaríamos a noite (Hotel La Estancia, incluído no tour). No meio da tarde passaram para nos buscar para que fôssemos às piscinas térmicas de La Calera. A Fe não levou biquini e optou por ficar no hotel. Eu, a Elisa e nossos novos amigos de Minas fomos e nos surpreendemos com as termas. Essas eram piscinas de verdade! Ficamos lá cerca de uma hora, a água era bem quente (cerca de 40º), tão quente que tínhamos que sair às vezes para não passarmos mal. A vista das montanhas ao redor também tinha o seu valor.

Voltamos para o hotel e à noite saímos com todo o grupo para um restaurante local. Além da jantar, pudemos assistir a uma apresentação de danças locais (um tanto quixotescas), cujos dançarinos procuravam interagir bastante com os turistas, chamando-os para dançar e encenar esquetes constrangedoras com eles :? . Me chamaram para o "palco", mas recusei esse mico.

Voltamos para o hotel e fomos dormir. No dia seguinte acordaríamos às 5h!

 

[t1]DIA 12 - Canion del Colca[/t1]

Acordamos cedinho, tomamos banho (a Elisa foi a última e teve problemas com a água quente) e fomos tomar café-da-manhã (devido aos problemas com a água quente, a Elisa se atrasou e ficou sem café :cry: ). Embarcamos na van e seguimos para o Canion. Estava ansioso para ver os condores!

A vista do canion é espetacular! Esperamos um pouco junto a Cruz del Condor para que o bichinho aparecesse, mas nada feito. Decidimos então descer até um outro mirador, na expectativa de enxergar o famoso voo. Quando chegamos lá embaixo, ÓBVIO, o condor apareceu para os que ficaram no mirador mais alto. Só pudemos vê-lo de longe. :cry: O condor é a ave símbolo dos Andes e de diversos países americanos e é uma ave impressionante: pode chegar a três metros de envergadura e viver mais de 80 anos!!!

 

Almoçamos em Chivay e voltamos para Arequipa. No caminho, passamos pelo ponto mais alto da viagem, a 4.910m.s.n.m! ::Cold:: Também paramos para contemplar a vista do imponente Misti, emergindo solitário no horizonte da estrada.

 

Chegando em Arequipa, trocamos dinheiro, jantamos e pegamos um táxi para a estação de ônibus. Era hora de ir a Paracas!

 

[attachment=1]DSC_0020.JPG[/attachment]

 

[attachment=3]DSC_0087.JPG[/attachment]

 

Olá, boa tarde.

 

Por qual empresa foram para o Canyon?

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Oi Karine e Cibele!

Desculpa a demora para responder!

 

O nome da agência eu não lembro, na verdade acho que nunca soube. Reservamos diretamente no hostel Arequipay, e passaram lá para nos buscar na hora combinada. Mas havia pessoas de outros hostels/hotéis também.

Fomos com a guia Liz, muito boa por sinal.

 

Abraços! :wink:

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