Membros ThPM Postado Julho 23, 2014 Membros Compartilhar Postado Julho 23, 2014 Fala Diego, que show de relato cara! Estou me preparando para no ano que vem cruzar a fronteira de carro pela primeira vez, penso em fazer alguma rota BR-AR-CL. Curti muito as fotos e o texto. Com certeza me deixa ainda mais motivado. Valeu por compartilhar! Tô no aguardo do relato na Bolívia. Abração! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores Diego G Cardoso Postado Julho 24, 2014 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Julho 24, 2014 Fala Diego, que show de relato cara! Estou me preparando para no ano que vem cruzar a fronteira de carro pela primeira vez, penso em fazer alguma rota BR-AR-CL.Curti muito as fotos e o texto. Com certeza me deixa ainda mais motivado. Valeu por compartilhar! Tô no aguardo do relato na Bolívia. Abração! Olá ThPM Que bom poder ajudar. Qualquer dúvida estou a disposição. Obrigado. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores Diego G Cardoso Postado Julho 27, 2014 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Julho 27, 2014 9 º Dia 12/04/2014 Tour Salar de Uyuni Neste dia iniciamos o tour mais esperado da viagem, inclusive um dos motivadores dela, o tour de 4dias/3noites até o Salar de Uyuni, o maior Salar do mundo. O ônibus da Colques tour pegou todos os outros integrantes e trouxe para o Quechua Hotel para tomar o café da manhã, nós já havíamos feito esta refeição. Após a refeição nos levaram até a aduana Chilena para fazer a saída do Chile, com os tramites concluídos fomos rumo a fronteira com a Bolívia. No ônibus fomos conhecendo o pessoal que iria nos acompanhar pelos próximos quatro dias. Subimos até aos pés do Licancabur, onde fica a migração da Bolívia, uma casa muito simples mas com um movimento incrível, muitas expedições iniciam deste ponto todos os dias, neste dia acredito que umas 20 camionetes partiram para este tour. Depois de realizados todos os tramites, sem nenhum tipo de problema, os guias nos dividiram em duas camionetes, porque estávamos em doze pessoas, assim seria seis em cada camionete. Na nossa camionete ficamos nós e mais quatro Holandesas e na outra ficaram três Brasileiros, um casal de Alemães e uma mulher do Reino Unido. Os guias das duas camionetes viajaram o tempo todo juntos, então em todas as paradas houve a interação entre os dois grupos. Logo que iniciamos a viagem, já tivemos que parar e fazer o tramite para entrada na Reserva Nacional Eduardo Avaroa, todo o tour é feito dentro desta enorme reserva, pagamos os 150 bolivianos e seguimos viagem. Da entrada do parque já avistamos a nossa primeira parada, as Lagunas Blanca e Verde, nesta segunda vimos em suas águas o reflexo do Vulcão Licancabur. Depois das Lagunas Blanca e Verde cruzamos o Deserto de Dali, é um trecho do altiplano que parece uma pintura do famoso Salvador Dali. É muito interessante como no altiplano andino atrás de cada montanha há uma paisagem diferente, lagunas de todas as cores, deserto só com terra, deserto com formações rochosas das mais incríveis formas, neve, vegetação, gêiseres, animais e muito mais. Logo chegamos à Laguna Chalviri onde estão as Termas de Polques, é uma piscina de água termal ao lado da laguna. No local há estrutura de banheiros e lanchonete, paramos por quase uma hora para banho nas termas, ficamos só curtindo, pois não tivemos coragem de encarar o frio. A próxima parada foi os Gêiseres Sol de Mañana, estes são um pouco diferente dos Geiseres Del Tatio, são buracos bem grandes no chão, onde se vê uma grande quantidade de água fervendo, uma água suja parecida com barro, mas com um cheiro muito forte. Neste local não há demarcação para os turistas, assim você pode caminhar no meio dos gêiseres e se der azar até cair em algum dos buracos. Saímos dos Gêiseres entre 13h e 14h, assim fomos direto para o local onde passaríamos a primeira noite, é um pequeno povoado que fica ao lado da Laguna Colorada, um lugar muito simples, sem energia elétrica, eles ligam um gerador às 19h e desligam às 22h, banho você tem solicitar antes porque eles acendem um fogo que aquece o sistema de água para banho, assim os moradores e os turistas tem que sincronizar o horário de banho para todos tomarem banho em sequência. Todos os veículos de todas as agências que fazem o Tour para o Salar de Uyuni passam a primeira noite neste povoado. Depois das 14h serviram o almoço do dia, nossa primeira refeição do tour, bem servida e com refrigerante, na Bolívia antes de cada refeição é servida uma boa sopa de legumes. Conseguimos deitar um pouco depois do almoço e próximo das 16 horas fomos para a Laguna Colorada, a mais famosa de todo o tour, por dois motivos que são a quantidade de flamingos e sua cor, ficamos umas duas horas batendo fotos e caminhos as margens da Laguna. É algo incrível ficar assistindo os flamingos comendo, voando, dançando e interagindo entre eles, com certeza chegar nesta Laguna é um dos pontos altos de toda a viagem. Depois de curtir muito a Laguna Colorada retornamos para nosso alojamento, enquanto esperávamos o jantar ficamos conversando com todo o pessoal do tour, no alojamento que ficamos hospedados estava somente o pessoal da Colques Tours. Logo anoiteceu e antes de servirem o jantar crianças vieram perguntar se podiam se apresentar para nós, primeiro vieram duas meninas e depois quatro meninos, eles cantam algumas músicas e pedem uma ajuda, muito legal, tentamos conversar um pouco com eles, mas são muito envergonhados. Assistir o cotidiano destes povos é o tipo de situação que nos faz refletir muito sobre a vida que levamos, nossos objetivos, nosso dia a dia corrido, nossos valores, nossa cultura e muito mais. Jantamos e depois ninguém teve coragem de tomar banho, primeiro pela condição duvidosa do banheiro e segundo pelo frio. Antes da viagem, como já sabíamos que pegaríamos muito frio, compramos algumas roupas para o frio, compramos uma segunda pele completa, uma jaqueta 3 em 1, um par de meia para até 0°C e luvas. Nesta noite dormimos com muita roupa, na parte de cima colocamos a segunda pele, uma camiseta, um moletom, depois a jaqueta 3 em 1 que possui a parte impermeável e a fleece e na parte de baixo também usamos a segunda pele e um moletom, também usamos uma meia normal e uma meia forclaz para 0°C além das luvas e da toca. O local que dormimos tinha sete camas, todas com travesseiro e cobertores, no teto não há forro e o telhado é de palha o que deixa passar muito frio, a limpeza do quarto é bem duvidosa. Ficamos todos no mesmo quarto, menos o guia, as holandesas tinham saco de dormir, nós não, foi a única coisa que sentimos falta de ter comprado para esta viagem. Durante a noite escutei o guia ligar o carro a cada hora, isto é feito para não congelar os líquidos do motor. Segundo os locais nesta noite a temperatura chegou em torno de -15°C, não passamos frio mas não tivemos uma boa noite de sono devido ao excesso de roupa. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores Diego G Cardoso Postado Julho 27, 2014 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Julho 27, 2014 10 º Dia 13/04/2014 Tour Salar de Uyuni Acordamos entre 7h e 8h, tomamos o café da manhã e seguimos viagem, a primeira parada foi no Deserto Siloli onde esta a famosa Árbol de Piedra (arvore de pedra), é uma formação rochosa incrível formada pelos ventos da região. Na região há outras rochas esculpidas pelos ventos bem interessantes. O guia nos levou até um local mais alto onde ele nos informou que estávamos em exatos 5.000 metros sobre o nível do mar, então o ponto mais alto da viagem, paramos para registrar. Seguindo viagem chegamos as Lagunas Honda e Hedionda, duas lagunas lindas mas muito fedorentas. Após a Laguna Hedionda, as duas camionetes da Colques seguiram um caminho diferente das outras, fomos em direção à cidade de Alota, uma pequena cidade onde almoçamos numa casa de apoio da Colques. Neste almoço tivemos sopa e depois arroz, salada e carne de Lhama, experimentei, é uma carne boa, mas os bolivianos não usam tempero como nós, assim a carne poderia ficar bem melhor. Saindo de Alota seguimos por um vale com vegetação rasteira utilizada para criação de Lhamas, havia muitas Lhamas e paramos para fotos, depois seguimos para a cidade de San Agustín e em seguida para Julaca, um povoado cortado por uma linha férrea que parece meio abandonado para não dizer fantasma. Depois de uma parada para descanso e fotos em Julaca seguimos rumo a Chuvica, povoado onde passamos a segunda noite, as margens do esperado Salar de Uyuni, o maior do mundo. Esta noite era uma das mais esperadas da viagem, ficamos em um hotel de sal, é muito interessante porque tudo é de sal, o chão, as paredes, as camas, as mesas, as cadeiras e outras decorações. Nesta noite conseguimos tomar um banho bem quente e dormir bem, pois já não estava tão frio. No jantar tivemos sopa, arroz, frango assado, salada, refrigerante e um bom vinho Boliviano. Notamos que pessoas de várias agências ficaram neste hotel, mas a comida é separada por agência, cada um tem a sua cozinheira e seu cardápio. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores Diego G Cardoso Postado Julho 28, 2014 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Julho 28, 2014 11 º Dia 14/04/2014 Tour Salar de Uyuni Este era o dia mais esperado, o Salar de Uyuni. Acordamos antes das 5h, colocamos as malas na camionete e entramos no Salar, ainda no escuro. Andamos por quase uma hora no Salar em linha reta, sem sabermos para onde estávamos indo, pois não há uma estrada, somente a experiência do guia nos levou pelo caminho correto e antes do sol nascer chegamos a Isla Del Pescado ou Isla Incahuasi para assistirmos o nascer do sol. É incrível a imensidão deste Salar, ele chega a quase 12.000km² de área com até 120 metros de profundidade e está a 3.650 metros de altitude. Estima-se que são 10 bilhões de toneladas de sal e também a maior reserva de lítio do mundo, ou seja, o futuro combustível do mundo. Saímos do Salar perto das 12h, depois de muitas fotos e imagens incríveis que só ficarão na memória. Paramos no povoado de Colchani, onde há muito artesanato andino, depois seguimos para a cidade de Uyuni. Mas antes paramos no Cemitério de trens. Uyuni é a maior cidade da região, mais de 20.000 habitantes, a grande maioria das pessoas que fazem este tour saindo de San Pedro de Atacama até Uyuni não voltam para o Atacama, elas continuam a viagem sentido La Paz, das doze pessoas que estavam no nosso tour somente quatro voltaram para San Pedro de Atacama. Assim para as outras oito pessoas o tour acabou com a chegada em Uyuni, para nós e mais duas pessoas o tour continuaria. O guia nos deixou em um hotel no centro da cidade onde nos encaminharam até um restaurante para almoçar, depois do almoço ficamos com a tarde livre para conhecer a cidade, assim andamos por todo o centro de Uyuni, praças, lojas, mercado público e a cultura andina pela rua, é uma cidade bem movimentada com muitos viajantes do mundo todo. À noite nos encaminharam para jantar em uma pizzaria e voltamos para o hotel. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores Diego G Cardoso Postado Julho 28, 2014 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Julho 28, 2014 12 º Dia 15/04/2014 Tour Salar de Uyuni Acordamos às 2h da manhã, colocamos as malas na camionete, agora com outro motorista, e iniciamos o retorno, como estávamos em cinco numa Land Cruiser para sete pessoas a viagem foi mais confortável, apesar de toda viagem ser em estrada de rípio conseguimos dormir quase toda a viagem, chegamos à aduana Boliviana perto das 9h da manhã, realizamos os tramites entramos no ônibus da Colques Tour e retornamos para San Pedro de Atacama, na aduana Chilena realizamos a entrada no Chile e fomos para o hotel. Chegando ao hotel pegamos nosso carro e fomos almoçar. O Tour para o Salar de Uyuni é muito bom, apesar do frio, da altitude e da precariedade de algumas instalações, vale muito a pena, todas as coisas ruins tornam-se muito pequenas perto de tudo que vimos e presenciamos. San Pedro de Atacama - Antofagasta – 310 km Depois de almoçar decidimos manter o programado inicialmente, ir até Antofagasta no litoral Chileno, e assim pegamos a estrada rumo ao Pacífico. Trecho todo em asfalto perfeito, pista simples até o entroncamento da Ruta 25 com a Ruta Panamericana (Ruta 5), depois disso pista dupla com limite de velocidade de 120km/h. Durante este trajeto tivemos a sorte de encontrar um comboio de carretas transportando os famosos caminhões gigantes das mineradoras Chilenas. Chegamos a Antofagasta no meio da tarde, é uma cidade muito bem estrutura, organizada e limpa. Rodamos por parte da Orla e iniciamos a procura por hotel, encontramos um bom hotel nos instalamos e saímos novamente para explorar a cidade. Fomos até o Monumento Natural La Portada, é uma rocha esculpida pelo mar e pelos ventos. À noite fomos ao shopping, jantamos uma pizza hut, fizemos algumas compras e voltamos para o hotel descansar. É muito legal visitar os shoppings de outros países, há muita coisa diferente do que estamos acostumados no Brasil. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores Diego G Cardoso Postado Julho 28, 2014 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Julho 28, 2014 13 º Dia 16/04/2014 Antofagasta – Bahia Inglesa – 505 km Acordamos às 7h, organizamos as malas e colocamos no carro, tomamos um café e pé na estrada. Pegamos novamente a Ruta Panamericana no sentido sul, após 75 km chegamos à famosa Mano Del Desierto, uma escultura no meio do deserto que é um dos ícones da região norte do Chile, assim tiramos a foto que sempre sonhei em ter. É engraçado como algumas coisas simples marcam nossa vidas e podem influenciar em diversas decisões, desde a minha infância via fotos desta "Mão" e sempre invejei, no bom sentido, quem tinha uma foto neste lugar, assim direcionei o roteiro para bater esta foto que foi obrigatória nesta viagem. Rodamos pelo deserto até a cidade de Chañaral, onde encontramos novamente o Oceano Pacífico e fizemos um lanche. A partir dai a estrada vai costeando o mar até a cidade de Caldera é um trecho muito lindo para se viajar, em Caldera seguimos até a praia de Bahia Inglesa, é uma praia muito linda e com uma ótima estrutura de bares, hotéis e restaurante. Bahia Inglesa – Copiapó – 75 km Depois de curtir o visual desta linda praia seguimos para Copiapó, a cidade que usamos de base para iniciarmos o Paso Internacional San Francisco, que é a travessia entre Copiapó no Chile e Fiambala na Argentina. Chegando à cidade fomos direto a praça principal onde se localiza a central de informações turísticas, onde pegamos mapas e dicas de como estava o Paso San Francisco, o atendente deu várias informações furadas, mas foi muito atencioso, disse que só 4x4 conseguem cruzar o Paso e que deveríamos levar muito combustível extra, como já havia lido diversos relatos no mochileiros.com sobre esta travessia sabia da real situação desta travessia, mas minha esposa ficou bem apreensiva e para tentar acalma-la coloquei 6 litros extras de gasolina. Assim nos preparamos para o dia seguinte, abastecemos o carro, compramos água e comida para passar o dia seguinte. Rodamos um pouco pelo centro da cidade e jantamos uma Parrilada Argentina no Chile. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores Diego G Cardoso Postado Julho 28, 2014 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Julho 28, 2014 14 º Dia 17/04/2014 Copiapó - Belén – 679 km Acordamos antes das 7h, tomamos café no hotel e iniciamos a viagem, rodamos uns 5 quilômetros até sair da cidade, até chegarmos ao local do último posto de combustível onde na frente deste posto há uma placa dizendo “Próximo Abastecimiento Combustibeles Fiambala 477km” , bateu um friozinho na barriga. Em Copiapó estamos em torno de 300 metros de altitude, a estrada para o Paso é uma leve subida e sem muitas curvas fechadas até uns 150 km da cidade aonde se chega até 3.500 metros de altitude, depois disso há um trecho de serra, ou Cuesta, aonde se vai até uns 4.200 metros, depois a estrada volta a ser uma leve subida até chegarmos à aduana Chilena, realizados os tramites que não levaram mais que 20 minutos, seguimos viagem. Até a aduana Chilena a estrada é de rípio bem consolidado, o que possibilitou andarmos a 80 km/h em quase todo o trecho, com exceção das Cuestas. As condições do rípio eram tão boas que poderíamos tranquilamente andar a 100 ou 110 km/h, mas para economizar combustível optei pelos 80. Este trecho também não possui muito pontos turísticos. A partir da Aduana há um trecho de asfalto de uns 25 km e depois estão em obra de asfaltamento até a fronteira com a Argentina, mas as condições ainda permanecem boas. Somente após a aduana Chilena que este Paso possui pontos turísticos, vulcões, montanhas nevadas e até uma pequena cachoeira, mas somente bem próximo da fronteira que chegamos à paisagem mais espetacular deste Paso, a Laguna Verde com as montanhas nevadas ao fundo e também o vulcão Ojos Del Salado que é o mais alto vulcão do mundo com 6.893m.s.n.m. e a segunda maior montanha da América do Sul, abaixo somente do Aconcágua. Logo após a Laguna Verde chegamos à fronteira entre Chile e Argentina, a 4.726 m.s.n.m, exatamente neste ponto inicia o asfalto e também tem o Refugio número 6 do lado Argentino, de Fiambala até a fronteira o lado Argentino possui seis refúgios para emergências, onde possui uma pequena estrutura para se alojar e se comunicar com a Aduana Argentina. Notamos que os frequentadores destes refúgios deixam no local tudo que julgam não mais necessários a eles e que possam ajudar os futuros refugiados, até sacolas de frutas havia no local, que devido à baixa temperatura não estavam estragadas, ficamos imaginando em que situações extremas os frequentadores destes locais ficam expostos. É incrível como é só cruzar a fronteira para a paisagem mudar completamente, o deserto sem vegetação alguma do lado Chileno dá espaço a uma vegetação rasteira amarelada que junto com as montanhas nevadas e um Salar formam uma bela paisagem, do lado Argentino também avistamos o Nevado San Francisco (6.016m.s.n.m.) e o Vulcão Incahuasi (6.638m.s.n.m.). Alguns quilômetros após a fronteira chegamos à aduana Argentina, como sempre nenhum problema e em menos de 30 minutos estávamos liberados, ainda demoramos, pois ficamos conversando com um dos oficiais que ao saber que éramos de Itajaí ficou contando que sempre passa as férias em Florianópolis e que não gosta de ficar em Balneário Camboriú pois tem muito Argentino no verão. O trecho até Fiambala é longo e sempre em descida, atravessamos um trecho entre montanhas de diversas formas, já dando uma noção das paisagens que iriamos conhecer nos próximos dias. Sobre a travessia do Paso San Francisco, realmente são 477 km sem postos de combustível, nosso carro se comportou muito bem, muito econômico, chegamos a Fiambala com meio tanque de combustível e o odometrô marcando 381 km de autonomia. Esta é uma questão muito relativa, depende muito do veículo utilizado e da maneira como é conduzido, se fosse uma veiculo que fizesse uns 7 ou 8 km/l acredito que a recomendação de levar combustível extra seria válida, mas para carros econômicos acredito que não se aplicam. Algo que deve ser levado em consideração nesta avaliação é que de Copiapó até a fronteira são 288 km em subidas, de 300 até quase 4.800 metros de altitude, sendo que mais de 150 km pode ser rodado a uma média de 80 km/h o que torna o trecho bem econômico, depois da fronteira até Fiambala é um trecho somente em descida e asfaltado o que também eleva muito a média de qualquer veículo. Aqui vale aquela teoria de que tudo que sobe tem que descer. Chegamos a Fiambala e não gostamos da cidade, seguimos até Tinogasta e lá fomos até um posto YPF, fizemos um lanche, abastecemos o carro, retiramos Pesos Argentinos num banco e fomos até o ponto de informações turísticas que fica na praça central, a moça que nos atendeu nos falou sobre a distância até as próximas cidades e nos recomendou dormir em Belén, ela mesmo ligou para um hotel na cidade e reservou um quarto, assim fomos novamente para a estrada e com a tranquilidade de ter o hotel reservado na próxima cidade. Chegamos ao hotel já era noite, tomamos uma Quilmes e fomos dormir, após um dia longo e cansativo, mas que valeu muito pena. Todas os Pasos que cruzam a Cordilheira dos Andes tem suas peculiaridades, todos com histórias boas e ruins, mas muitas histórias, desde a época dos povos pré-hispânicos. É sempre um desafio cruza-los, seja da forma que for. Assim cruzamos nosso quarto Paso dos Andes, e recomendamos muito esta aventura. 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Colaboradores Diego G Cardoso Postado Julho 31, 2014 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Julho 31, 2014 15 º Dia 18/04/2014 Belén - Cafayate – 253 km Nosso destino neste dia era Cafayate, como conseguimos adiantar um pouco a viagem no dia anterior, saímos do hotel um pouco mais tarde. No caminho visitamos as Ruinas de Quilmes, a história deste povo é muito bem explicada por guias muito bem dispostos. Chegamos a Cafayate ao meio dia, a cidade estava lotada, pois era sexta-feira santa e na Argentina também era feriadão. Almoçamos, encontramos um hotel e saímos para conhecer a cidade. Poucos sabem, mas Cafayate é a segunda maior produtora de vinho da Argentina, atrás apenas de Mendoza. A especialidade desta região são os vinhos brancos, assim o primeiro local que visitamos foi a Bodega Nanni, fizemos o tour guiado com degustação, em seguida fomos a Vasija Secreta a mais famosa Bodega de Cafayate, conhecida também como La Banda, novamente participamos do tour guiado com degustação gratuita. Voltamos ao centro da cidade e rodamos até o anoitecer, visitamos todos os comércios na praça central, compramos alguns artesanatos e alfajores e voltamos para a esquina do hotel onde ficamos, pois no outro lado da rua conhecemos o Baco Resto-Bar, ótimo restaurante onde fizemos três refeições em nossa estadia em Cafayate, sempre comemos pizza com uma cerveja Salta, mas antes pedíamos algumas empanadas, foi neste restaurante que nos apaixonamos pelas empanadas Argentinas, inclusive ante de ir embora compramos 20 empanadas cruas para trazer para o Brasil, trouxemos em uma caixa térmica e assamos em casa, também ficou perfeita. Elegemos a cidade de Cafayate como uma das mais agradáveis que já ficamos, vale muito a pena visitar esta cidade, recomendamos ficar alguns dias nela, até ficar sem fazer nada em Cafayate é muito bom. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Colaboradores Diego G Cardoso Postado Julho 31, 2014 Autor Colaboradores Compartilhar Postado Julho 31, 2014 16 º Dia 19/04/2014 Cafayate – El Charril – Cachi - Cafayate – 437 km Saímos de Cafayate pela Ruta 68 e a poucos quilômetros iniciamos a visita a Quebrada de Cafayate ou Quebrada das Conchas, que é um vale que liga Cafayate a Salta onde há diversas paisagens com formações rochosas das mais diversas formas e cores. Visitamos todas as formações mais famosas como o Anfiteatro, o Monge, o Sapo, a Garganta do Diabo entre outros. Após a Quebrada das Conchas seguimos sentido Salta até a cidade de El Carril, onde pegamos a Ruta 33 até Cachi a 2.531m.s.n.m., passando pela Cuesta Del Obispo e pelo Parque Nacional Los Cardones e pela Reta Del Tin Tin. Este caminho é muito lindo e vale a pena ser feito. Neste dia o sol estava forte, mas com algumas nuvens, o que possibilitou algumas fotos acima das nuvens. A cidade de Cachi é uma grande produtora de pimenta, e pelo que notamos é muito visitada por turista da própria Argentina. Depois de visitar Cachi seguimos pela famosa Ruta 40, cruzando a Quebrada de Las Flechas, outro tipo de formação rochosa que conhecemos nesta viagem. Chegamos a Cafayate, fomos jantar novamente no Baco Resto-Bar e voltamos para o hotel, arrumamos nossas coisas, pois o dia seguinte seria de partida rumo ao Brasil. Esta região de Cafayate vale muito a pena, até merece alguns dias a mais para explorar, inclusive para adentrar na Cordilheira e explorar alguns povoados mais distantes que nos recomendaram. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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