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Antes de tudo...

 

...anteriormente, em alguma de nossos rolês já tínhamos cogitado de fazer um ataque ao Pico do Marins num rápido bate/volta, mas o problema seria a organização da logística somada às várias dúvidas > qual horário começar a trilha? Qual horário sair de Sampa? Será que iria compensar subir e descer no mesmo dia sem ter algum atrativo natural? Ex.: pôr/nascer do sol, o crepúsculo, tapetes de nuvens ao amanhecer, coisa e tal.

Mesmo sem saber como isso terminaria, ficou decidido que seria feito como combinado (num simples bate/volta). Até que surgiu um novo objetivo junto a uma contraproposta: sair do centro de Sampa ao meio dia de um sábado, começar a subida às 16:00h, acampar no cume pra ver o sol nascer, e descer por volta das 10:00h. Essa ideia, foi com certeza a mais audaciosa que tivemos pra concluir a subida ao Marins, sendo quê, nenhum dos envolvidos já tinha ido lá antes, ninguém conhecia o caminho. E justamente por isso, foi uma escolha por unanimidade. rsrs

 

Mas de quem foi essa idéia idiota mesmo? Kkkkkk

 

Com o consentimento de todos, Valério marcou de voltar lá (pela terceira vez),porém, ele e os dois de seus amigos que o acompanhariam eram os únicos que sabiam o caminho, eles iriam na sexta feira a noite para dormir em Piquete e começariam a subir no sábado pela manhã, nos esperando acampados no cume.

 

PRESSÃO PSICOLÓGICA

 

Eu estava com a ansiedade a flor da pele, igual aos adolescentes que desejam a primeira transa rsrs.

Dois dias antes, coisas aconteciam como se quisessem dizer que não deveríamos ir a essa missão. Mesmo que estando preparados.

Um dos amigos de Valério que iria com ele, sofreu um infarto e ficou hospitalizado, o outro companheiro se manteve solidário no hospital oferecendo apoio moral e aguardando a recuperação do amigo. Desmotivado, o trio retrocedeu. Aliás, é de se entender, não haveria clima pra continuarem com o plano. Passado isso, o grupo que seria de 8 integrantes num total, se reduziu a 5, e nos finalmente se formou um quarteto >>>> Diego Lopes, Eduardo Oliveira, Léo Almeida e Eu (Vgn Vagner).

 

Na véspera, eu acordei lesado, malzão... com uma baita dor de cabeça, dores pelo corpo e garganta inflamada. Pensei: Pronto, com essa gripe me destruindo? agora que não vai rolar mesmo! Como que os "cara" vão, se o combinado era de irmos com o meu carro?

Aaahhhh não... Me afundei em remédios e melhorei rsrs.

 

E por fim, no dia de nossa empreitada (21/06/2014), pouco antes de sair de casa, minha esposa que já é bem acostumada com minhas viagens, me deu um abraço apertado e em silêncio começou a chorar baixinho, preocupada, sem saber me dizer com o quê, ou o por quê desse choro (inédito). Isso fez com que eu pegasse o carro com um certo medo antes de ir trabalhar, bem preocupado com o que poderia vir pela frente. Será que esses acontecimentos era algum tipo de presságio, premonição, aviso? Sei lá. Não pensei duas vezes #partiuobonde kkk

 

Ainda no trabalho, eu olhava o céu e via uma manhã sinistra, fria e com nuvens carregadas. Aff, minha preocupação só aumentava. Mas nada de pensar em desistir.

 

 

Relato

 

Mesmo com a mente rodeada de incertezas e uma cisma de que nada conspirava a favor, ao meio dia e quinze eu já estava de encontro com meus amigos. Na real, "quando você sente medo, deve dizer ao seu coração que quando se parte na busca de um sonho, você está em busca da companhia de Deus, e que todas energias do universo conspiram ao seu favor". Então eu fui em busca do meu sonho, e só não compartilhei meus receios com os camaradas para não atrair mais pensamentos negativos e azedar as intenções dos Brothers.

 

Saindo da Rod Presidente Dutra, entrando em direção a Piquete escolhemos o caminho mais curto até o Acampamento Base dos Marins, fomos avisados que por essa parte a estrada estaria péssima, mas na verdade estava péssima elevado à décima potência multiplicado por 3.000 = HORRÍVEL rs.

Nem 2 km de subida, e os meus Brothers já tiveram que descer do carro duas vezes para que pudéssemos vencer a buraqueira e prosseguir. Nossa sorte foi acreditar num sertanejo e família, que desciam a serra com um Renault Duster (4x4) todo chapiscado de lama. Perguntei se estava difícil lá pra cima. Ele disse que estava feio, que no dia anterior tentou subir com um Prisma e não conseguiu. Lançou aquela olhada de desdém no meu valente Fiesta 1.0 e disse: você não vai conseguir subir com esse carro aí não!! Vocês nem começaram a subir a serra ainda, disse a mulher no banco do passageiro. Pior que o fdp estava certo -pensei. Não pensamos de novo, fiz o balão e retornamos à BR-459 pra tentar recuperar o tempo perdido, mas foi complicado devido ao trânsito de carretas subindo a serra. Inclusive, tentando ultrapassar uma delas, quase fomos prensados na traseira de um caminhão que seguia lento. Caminhoneiro é lokão, sentando o pé e ultrapassando nas curvas em aclive... saaaaiii Zica rs.

 

Quando chegamos na base, Milton, que é um dos maiores conhecedores e guia da região questionou:

 

- Vocês vão subir ainda hoje?

- sim- respondemos

- já estiveram aqui antes, conhecem o caminho?

- não. Primeira vez.

- vocês estão com pique, hein!? - e botando fé na nossa jogada, ele ainda nos encheu de dicas descrevendo o caminho e dando ênfase aos pontos de referência que iríamos passar.

 

Um grupo que acabava de chegar da travessia Marins x Itaguaré também questionou, e quando dissemos que ninguém do grupo conhecia o trajeto, um olhava pro outro com cara de reprovação como quem diz: vocês são loucos, sem conhecer, no escuro e só o GPS como guia? É roubada, vão se perder. Aconselharmos a subirem pela manhã, pelo menos terão visibilidade.

Afirmaram que o GPS deles (mesmo que o nosso ) tinha horas que dava margens de erro num diâmetro de 30 metros, e reencontrar a trilha durante a noite só dificultava o andamento. Essa mesma reprovação se tornou repetitiva quando, após às 17:50h dávamos os primeiros passos firmes rumo ao ataque.

 

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A partir dali, o que nos movia era um misto de coragem, bravura, cumplicidade e respeito às permissões divina.

O tempo de subida foi além das expectativas. Fomos carrascos de nos mesmos enquanto as horas passavam. As mochilas eram aliadas por compactar nossos utensílios, mas se tornavam inimigas de peso quando tentávamos avançar morro acima. Aff, haja ombro.

 

Mesmo que primários nesta montanha, estávamos no mínimo preparados...

 

Passamos por um trio que retornava do cume, e numa curta conversa rendeu nova reprovação às nossas intenções. Mas um deles, bem que queria comprar umas das nossas lanternas de cabeça por 50 mangos hehe. O segundo grupo já era maior, umas 10 pessoas, entre adultos e crianças, desciam no breu da noite na mata com apenas um celular para iluminar o caminho. Logo a frente o terceiro grupo, três adultos e uma criança, desciam sem nenhuma iluminação. Não tiveram nem a ideia de ligar a luz do celular que estava na bolsa de uma delas. Muito despreparo.

 

Pouco depois apagamos nossas lanternas pra se ter a noção do que eles realmente passavam. Noooooosssa, é a mesma coisa que estar de olhos fechados, breu total. Essa situação nos deu mais segurança em relação aos equipos que tínhamos em mãos.

 

Quando chegamos no Morro do Careca, 1.805 mts de altitude (ponto de partida "oficial" da trilha), a neblina tomava conta, e mesmo em campo aberto foi difícil visualizar a direção correta, e mesmo assim, encontramos a placa que indica um mapeamento do percurso.

 

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Como seria bom se as dificuldades fossem somente as que encontramos até então rs. O caminho era muito cumprido a ser cumprido, e toda brincadeira estava só começando (mto frio). ::Cold::

A navegação era difícil, contornar rochas, escalar rochas, mergulhar dentre moitas de capim elefante que hora fechavam a passagem e encobriam a visão num terreno totalmente irregular. Aaahhh meu amigo, isso é coisa pra gente grande. E com certeza isso traria consequências.

O Edu foi quem mais sofreu por causa da mochila extremamente pesada e exigências de seu organismo. Além de estar carregando um saco de dormir gigante que cabem 85 pessoas kkk, ele também tinha muita água pra consumo. O menino parece um camelo a andar no deserto do Saara por 500 dias rsrs. No frio que fez, ele pingava suor. Imagina a sede.

Todo sacrifício que ainda estava por vi já trazia sua recompensa antecipada. Em um das pausas pra comer e descansar, foi só olhar pra cima e ver um céu altamente estrelado, mas tão estrelado que me senti no Atacama. Aliás, o Edu já esteve no deserto do Atacama assistindo tal espetáculo, ele disse que estávamos vendo e vivendo tudo tão grandioso e lindo como no Atacama/Chile, que dizem ter o melhor planetário do mundo para observar o universo.

Volta e meia repetimos essas paradas pra retomar as forças. Apagávamos nossas lanternas na intensão de vitalizar ainda mais o cenário, enquanto cada estrela cadente que cruzava o céu deixava um rastro mágico de luz, eu particularmente só admirava, e ainda não sei descrever o que sentia. Fantástico.

 

Horas passaram e a os maciços chegaram trazendo as partes mais tortuosas entre trechos de escalaminhadas. A única parte em que se tem um ponto de apoio seguro é onde está amarrada uma corda dupla, com nós para se fixar e vencer fácil fácil a subida de uns 10 metros em forte inclinação. Fora isso, é na raça mesmo, e no braço é osso meus amigos ! hehe.

 

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Com o Primeiro maciço ficando pra trás, logo após da treta que foi subir "a canaleta" , tendo como obstáculo uma aranha do tamanho de uma caixinha de fósforos entre as fendas, passamos pelo 2° maciço pouco antes da nascente do ribeirão. Aí sim a coisa Com-pli-cou.

Já era perto das 23h e o GPS calhou de dar "aquela margem de erro" que o outro grupo alertou antes da gente subir. Mas justo agora?

Em certos momentos o tracklog indicava caminhos que levariam a vales e penhascos. Batemos cabeça um bom tempo procurando "o 4° acampamento" pra poder desancar, o stress já era fortemente presente, minha lanterna descarregando, o Edu a tempos já afirmava que não dava mais pra prosseguir. O peso, o cansaço, a incerteza de quanto ainda teríamos pela frente deu um down na nossa resistência. O Edu chegou ao ponto de pedir pra seguirmos sem ele, que ele poderia acampar sozinho e em qualquer lugar que fosse pra não atrapalhar a continuação da bagaça. NUNCA, JAMAIS!!! SETÁLOKO??? -reagimos-

Entramos juntos, sairemos juntos, se for pra parar, paramos todos juntos, e mesmo se for pra desistir, vencidos por qualquer motivo, estaremos juntos. Essa força nos torna uma unidade, mostra o respeito que devemos ter com o ser humano e amigo/companheiro que se dispõe nas aventuras com a gente, pois, coisas boas é o que desejamos, mas, coisas ruins também podem acontecer.

Lembramos do caso do "Desaparecimento" mais famoso do Brasil, quando um garoto, de 15 anos de idade, sumiu enquanto tentava alcançar o cume acompanhado de guia + um grupo de Escoteiros. O ocorrido foi no próprio Pico dos Marins, no dia 08/06/1985. Esse caso rendeu reportagens, dois livros: Operação Marins 1 e 2 que relacionam o desaparecimento à Ufos (Et's).

 

"O desaparecimento misterioso de Marco Aurélio e o fato de não conseguirem encontrar nenhum tipo de vestígio do escoteiro deixou perplexos os homens que participaram das buscas, bem como as autoridades envolvidas. Não foram encontrados rastros, marcas, roupas ou pertences como faca, cantil ou canivete. Nada foi encontrado. Foi como se ele nunca estivesse estado naquele local. Seu desaparecimento transformou-se em um enigma até os dias de hoje."

 

Mais infos neste site >>> http://www.sobrenatural.org/materia/detalhar/20597/o_misterioso_desaparecimento_do_escoteiro_nos_anos_80/

 

Depois de andar um tanto a esmo, a intenção era achar o camping que estava por perto. Paramos pra raciocinar e estudar as possibilidades, foi quando dentro de uma barraca, a uns 20 mts de nós, acenderam uma lanterna na tentativa de saber o que acontecia nos arredores. Já era dez pra uma da madruga. Foi só o tempo de montar as barracas e comer alguma coisa antes de dormir.

 

Como não alcançamos o cume numa jornada de 7 horas, e o nosso objetivo era ver o sol nascer, acordamos às 04:00 da manhã, tomamos um cafezinho esperto, e partimos em ritmo forte ao que restava.

Devido às dores no quadril e já leve torção no tornozelo o Edu decidiu ficar e se poupar prã conseguir retornar sem complicações. Todos os equipos ficaram nas barracas ainda montadas. Subimos, e subimos forte a parte mais íngreme e perigosa da direita rochosa ainda no escuro, e uma hora depois alcançamos o cume lotado de barracas.

A claridade demorou, mas logo trouxe nossa recompensa. O sol nasceu lindo emergindo por trás da Serra Fina dando vida a paisagem e aquecendo bem devagar aquela manhã.

 

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Ficamos pouco mais de duas horas e tiramos 3.985 fotos cada um kkkk- brincadeira. Foi o suficiente para valer a pena. Nossa descida foi tranquila até o nosso acampamento. Preparamos o café da manhã enquanto o sol secava nossos pertences molhados pelo sereno da madrugada. Com a luz do dia foi beeeem mais fácil refazer o caminho, que entre paradas para fotos, comes e bébes nos rendeu 4 horas pra voltar com pique. Mas na reta final a galera se arrastava feito zumbis, o Diego e o Edu não sabiam mais falar kkkkk não tinham forças pra mais nada. Kkk

 

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O Milton nos recebeu curioso sobre o que passamos. A fome era gigante, e um almoço seria um bênção de Deus naquele momento, mas como não há nada por perto, o Leo pediu aqueeela porção de calabresa, a mais gostosa de todas as viagens rs. E tome-lhe conversa. Inclusive, o Milton disse que se fossemos numa data mais pra frente não o conheceremos, por que a dona do lugar onde tem o Acampamento Base não quer mais alugar à ele, então, ainda sem saber qual a procedência do destino, ele não terá mais aquele local como fonte de trabalho. Ele continuará guiando grupos pela região, continuará fazendo os "resgates" de quem faz a travessia Marins x itaguaré, mas, é bom se informar antes através os contatos.

Depois disso finalizamos nossa missão. Era hora de enfrentar horas de trânsito até chegar em casa.

 

 

Agradeço a Deus por nos guiar nesse caminho, nos levando e nos trazendo de volta sob seus cuidados. > Diego, Edu e Léo, obrigado irmãos <

 

 

Dicas

 

Percurso: 6 km

Tempo de percurso: de 4 a 8 horas dependendo do que se carrega

Grau de dificuldade: médio p/ alto

Altitude do cume: 2.421 metros

Obs.:existem três tipo de marcações pelo caminho: totens de pedra, setas brancas e setas amarelas. Escolha apenas uma partes orientar e não se confundir. Dizem que a melhor opção são os totens e a mais confusa são as setas amarelas.

Contatos do Milton: Telefone (11) 9770-1991

E-mail: basemarins@yahoo.com.br

Site: http://basemarins.multiply.com/

 

O o próprio site destinado ao Marins contém mais dicas importantíssimas pra que vai a primeira vez:

Saiba como chegar, o quê levar, e tenha conhecimento neste link >>>

http://www.marinzeiro.com/home.htm.

 

Histórico referente a distância e altitude da trilha:

Planilha de distâncias:

 

Distâncias e altitudes aproximadas e relativas ao início da trilha no Acampamento Base Marins

 

Ponto

Distância

Altitude

Início da trilha

0 m

1.561 m

 

Início da crista

2,45 km

1.807 m

1ª Porteira

600 m

1.600 m

 

2º Acampamento

3 km

1.982 m

Estrada

640 m

1.592 m

 

Portal

3,3 km

2.038 m

2ª Porteira

850 m

1.614 m

 

1º Pico

3,6 km

2.080 m

1º Mirante

1,2 km

1.684 m

 

Rampa

3,75 km

2.065 m

2º Mirante

1,3 km

1.697 m

 

3º Acampamento

3,9 km

2.089 m

3º Mirante

1,5 km

1.716 m

 

Lance de escalada

4,4 km

2.208 m

1ª Bifurcação

1,6 km

1.740 m

 

4º Acampamento

4,8 km

2.228 m

Platô inferior ao cume

1,84 km

1.797 m

 

Água não confiável

5 km

2.219 m

Ponto de Água

2,1 km

1.772 m

 

5º Acampamento

5,6 km

2.338 m

1º Acampamento

2,3 km

1.786 m

 

Pico dos Marins

6 km

2.420 m

 

 

É isso.

 

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Editado por Visitante
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Da hora Vagner, vocês tiveram muita coragem. Ainda não rolou minha ida ao Marins este ano, mas irá acontecer na hora certa. Show de bola o relato!

  • Colaboradores
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Valério, Irmão...

 

tô ligado que o relato não passa a sensação que tivemos nessa aventura. Foi muuuuuito bom. Eu faria tudo de novo, no mesmo horário e com os mesmos perigos! rs e se eu tiver essa oportunidade, repetirei a expedição. Quem sabe não estaremos juntos na próxima!!???

Abraço ::otemo::

  • Colaboradores
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Edu, presente. ::lol3::::lol3::::lol3::

 

O Edu foi quem mais sofreu por causa da mochila extremamente pesada e exigências de seu organismo. Além de estar carregando um saco de dormir gigante que cabem 85 pessoas kkk, ele também tinha muita água pra consumo. O menino parece um camelo a andar no deserto do Saara por 500 dias rsrs. No frio que fez, ele pingava suor. Imagina a sede.

E essa zoeira ae fera? No Talibã faz calor po , varios litros d'agua. kkkkkk ::lol4::::lol4::

 

Parabéns pelo relato mano.. ficou show!! Que perrengue foi esse? Quando nos volta mesmo? kk

 

Galera, só pra registrar..

O Vagner relatou a situação que passei .. tudo isso por topar essa doideira sem preparo.. fazia 6 messes que não trilhava, não fazia nenhum tipo de exercício físico.. e foi tiro e queda.. tive câimbra, cheguei a torcer o pé, dores fortes, ombro destruído devido o peso da mochila... e por mais perrengue que já passei na minha vida, essa foi a primeira vez que eu cheguei a falar que não dava mais. Tava foda literalmente, ainda aguentei mais um pouco até o camping 4 e decidi não forçar mais, pra voltar bem.

 

Edu, mesmo sem preparo porque topou ir nessa loucura? Ahhhhhh sabe como é né.. rs Dos tempos queria fazer o Marins, e amizade é foda.. vamos, então vamos. Os parças ai não é de hoje, já passamos alguns outros perrengues juntos.. e como eles dizeram, começamos juntos, terminamos juntos.. Apoio deles que fizeram eu chegar até o camping 4 .. embora não tenha visto o nascer do sol .. foi uma das loucuras mais foda que fiz na minha vida. rs

 

E por essas e outras que falo aqui.. Se não tem preparo físico, somente trilhe com quem conhece, se não conhece contrate um guia especializado. Porque digo isso? Já vi alguns relatos, e "conheço" pessoas que faria trilha junto e largou todo mundo pra trás e foi sozinho.. nem todos tem essa vontade de ajudar o "próximo".. em relação a guia; no caso do Marins, quando chegamos a base de volta o Milton falou que o rapaz da frente com o grupo de 10 pessoas era guia, e simplesmente não tinha lanterna. Detalhe, um breu que não se via nada. Que guia é esse? Que imprudência!! Se for pro Marins, fala com Milton antes.. ele vai poder ajudar. ::cool:::'>

 

É isso ae galera.. Marins não vai sair de lá, em breve eu volto pra ver o nascer do sol.. e com menos peso. ::lol4::::lol4::

 

Grande abraço.

 

Segue fotos da vista do camping 4.. ::tchann::

 

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  • Colaboradores
Postado

Poh Edu, só pra descontrair... kkk

 

Vencer tudo isso nas condições de dor que vc estava foi mais do que superação mano. Máximo respeito.

 

Bem lembrado o detalhe da cumplicidade que se deve ter, das idas somente com pessoas que conhecem e já estão acostumdas a trilhar. Deve-se ter realmente um cuidado ao escolher um guia, pq levar um grupo grande e voltar no escuro sem nenhuma lanterna... esse erro guia que se preza não comete.

 

Obrigado por tudo irmão.

Abraço

  • 9 meses depois...
  • Colaboradores
Postado

Vagner.. demais seu relato!

muita coragem de vocês fazerem o percurso à noite, mas valeu a pena, hein..

tenho mta vontade de fazer o Marins, mas fico meio assim pela minha falta de preparo físico pra encarar as subidas tão íngremes de lá..

  • Colaboradores
Postado

Olá Keka...!!

Obrigado pela atenção ao relato.

 

Confesso que foi um "cadinho" de audácia e coragem, ter subido o Marins durante a noite e sem conhecer o caminho foi insano, mas valeu cada passo dado.

 

Em relação de você ter vontade de fazer o Marins, e fica meio assim por causa de preparo físico...

 

Não tem essa não! Vá lá e faça, independente do que possam pensar os outros, trave esse desafio a você mesma. Só vc saberá seus limites, só vc saberá se controlar mental e fisicamente.

Respeite seus limites, feche os olhos e vá na fé minha querida, Que tudo dará certo, e se não der, vc poderá olhar no espelho, com orgulho, e dizer: PELO MENOS EU TENTEI.

*coloque fé em si mesma ;)

  • 1 mês depois...
  • Colaboradores
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Informações recentes:

 

- O acampamento base está sob nova direção, e agora serve refeição pra quem volta do Pico ou da Travessia (mediante reserva), pela bagatela de $18 o PF;

 

- O estacionamento está custando $20 p/ 24h, logo depois disso, são adicionados $10;

 

- O resgate de quem fax a travessia está custando $70 com o carro do "trilheiro;"

 

 

Mais infos, procurar o Paulo e a Marcia AlojamentoMarins (no facebook).

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