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Meu sonho sempre foi sair do Brasil e para começar, decidi que seria o Continente Europeu. Gostaria de conhecer muitos outros países mas o tempo foi apertado. Agora em junho/14, fez dois anos que eu e dois amigos partimos. Em comemoração, acho que chegou a hora de compartilhar as impressões que eu tive da viagem.

 

Meu amigo Lucas quem fez o roteiro. Sei que ele passou dias estudando e analisando as rotas, consultando sites e outros relatos. Claro que o roteiro perfeito a gente só sabe depois que termina a viagem. Por exemplo, eu ficaria muito mais tempo em Madrid (ficamos 2 dias) do que em Barcelona (quase 5 dias). Mas o Lucas tinha ido para Barcelona e não parava de me dizer como a cidade era incrível e ficamos mais tempo lá.

 

Saímos do Brasil com todos os hostels reservados e com todas as passagens compradas e deu quase tudo certo. Teve alguns perregues mas acho que não existe viagem sem imprevistos e eles rendem experiência. Nosso orçamento era R$ 9 mil mas no final nós conseguimos fazer tudo com R$ 7 mil e confesso que não passei vontade em nenhum momento e ainda comprei presentes para todos os meus amigos.

 

O Lucas pensou no roteiro partindo de Londres. Fomos pela TAM (Voo Guarulhos - Heathrow) e lembro que na época a passagem custou R$ 2.500,00 com as taxas. Porque Londres? Por ser a maior capital da Europa, é mais barato conseguir voos diretos para lá. Depois porque na cabeça dele, ia ser mais legal se começássemos pela cidade mais diferente do Brasil e depois irmos "abrasileirando". Foi genial essa percepção dele depois explico o porquê. Saímos de Guarulhos à noite do dia 01/06. E ai começou a nossa aventura:

 

LONDRES - 02/06 - 11h00.

Eu chorei quando vi a costa da Inglaterra. Coisa meio tonta né? Mas me emocionei mesmo. Descemos no aeroporto de Heathrow e fomos para alfândega. Foi bem tranquilo. O guarda pediu minha passagem de volta, o comprovante da minha hospedagem (eu imprimi o comprovante de reserva do Hostel) e também perguntou minha profissão. Nada demais.

 

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Saímos de lá e pegamos o metrô para o hostel. Até aqui, sem mistério nenhum. O metrô de Londres é auto-explicativo. Lembro que você pode comprar os tíquetes de acordo com a região que você prefere transitar. Também tem opção de pegar viagens unitárias ou um passaporte para o dia todo (assim como aqui no Brasil).

Chegamos sem grande problemas na Victoria Station - que era a estação perto do nosso hostel.

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Metrô de Londres é conhecido como Underground - é tão funcional que praticamente é uma grife

 

Não lembro exatamente do nome do hostel mas lembro que ficava na Belgrave Road e que era super limpinho e perto do metrô. Mas acho bem difícil pegar um hostel ruim em Londres - a localização sempre será boa porque o metrô tem uma malha imensa. O que me chamou a atenção nesse hostel era que não aceitava pessoas mais velhas do que 40 anos.

Logos nos primeiros momentos saímos para explorar a cidade, pegamos um metrô para Picadilly Circus e descemos pelo centro. Comemos o tal do kebab com molho escorrendo nos nosso braços (os ingleses não tem muita culinária, é uma mistura assim como tudo aquela cidade, uma mistura de várias culturas que chegaram ali e deixaram um pouquinho. Em um ponto de ônibus eu cheguei a ouvir umas três línguas diferentes). Depois chegamos na Trafalgar Square, descemos até o Big Ben e ficamos um pouco nas margens do Tâmisa. Não andei na London Eye mas não tive vontade. Naquela hora, era momento de molhar a garganta. Pegamos um ônibus, passamos pela famosa Abbey Road e depois fomos direto para Camden Town procurar uns pubs. E eu andando maravilhada olhando para cima porque eram onze da noite e estava claro ainda.

Tem duas coisas que são chocantes em Londres: o transporte público e a sensação de segurança. Você anda na rua as 4 da manhã com se fosse às 3 da tarde. Impressionante.

 

A maioria dos pubs aceitavam o nosso Travel Money mas sempre pediam um documento comprovando a identidade e eu sempre mostrava o passaporte. Em uma dessas ocasiões, um amigo que mora em Londres estava ao meu lado e ele disse "Mariana, não fica tirando seu passaporte por ai! Mostra sua carteira de motorista!". Eu fiz isso a partir desse momento e deu muito certo, ninguém contestou.

Os pints (copos de cerveja) eram cerca de 4 pounds, cerveja quente, pub abafado tocando rock, ambiente perfeito. Quando estávamos começando a curtir, toca uma sirene e os seguranças literalmente nos expulsaram... eu até pedi um copo de plástico (tinha acabado de comprar um pint) mas o segurança simplesmente riu da minha cara, tirou os pints da minha mão e RUA. Agora eu sei porque os gringos amam o Brasil: a festa deles acaba as duas da manhã. Não teve jeito, comemos mais um kebab e fomos dormir. Detalhe: Pegamos um NIGHT BUS para voltar para casa... o ônibus da madrugada parecia uma balada, só tinha bêbados e os motoristas pareciam bem acostumados com isso. Achei demais pegar um ônibus para voltar da balada para casa... e o cartão do metrô também funciona no ônibus.

 

DIA 03/06 e 04/06

 

Era dia do Jubileu de Ouro da Rainha e os londrinos estavam na rua. Confesso que estava de ressaca mas consegui ver a rainha andando de barco pelo Tâmisa acenando. Esse dia demos uma volta pela cidade, pelos museus, tirando as fotos dos castelos e a noite fomos em uma balada em Picadilly Circus (a maioria das baladas ficam lá). Não era cara, não era muito boa também. Mas valeu a pena porque fechou um pouco mais tarde (umas 4 da manhã). No outro dia, era o último dia na primeira fase da viagem (porque no final nós íamos voltar de São Paulo também) e eu tomei um belo English Breakfast, visitamos o Hyde Park e então voltamos e pegamos nossas coisas no hostel que já estava na hora de ir. Fomos andando até a estação de ônibus que ficava ao lado da Victoria Station onde eu comi também uma torta de rim (sempre fui a favor de comer todas as comidas típicas de um país) que era mais ou menos... mas valeu a experiência. Pegamos o ônibus para o aeroporto de Luton que era um pouco mais afastado da cidade. Não é caro, alguma coisa como 8 pounds.

 

Londres é uma cidade fantástica e totalmente diferente do que vemos aqui no Brasil do ponto de vista de mobilidade urbana e urbanização. As calcadas são limpas, o transporte público funciona perfeitamente de dia e a noite - sem contar que você se sente seguro o tempo todo. Em compensação, as pessoas são fechadas e sim, chove o tempo todo, não é lenda. Gostei muito da cidade mas eu como gosto de sol, acho que não aguentaria ficar lá por muito tempo. E um conselho: não fica convertendo a moeda. Sei que a libra é bem mais caras mas como diz o ditado: quem converte não se diverte;

 

E então.. rumo a Amsterdam.

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  • 2 semanas depois...

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