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2 dias em Lisboa + SINTRA + FATIMA (COM MAPAS E FOTOS)


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[creditos]Este é um post resumido do relato de viagem completo no meu blog, acompanhe os posts com TODAS AS FOTOS aqui :

 

A vida do viajante - EUROPA 2014[/creditos]

 

[t1]As primeiras impressões de Lisboa[/t1]

 

Pela facilidade de possuir a mesma língua, muitos escolhem Lisboa para ter o primeiro contato com o velho mundo, e a pátria Lusa costuma servir bem a esse propósito. Apesar de no começo causar certo estranhamento, você logo se acostuma com o sotaque português e isso realmente facilita bastante a vida do viajante que não sabe outras línguas mais difundidas, como o Espanhol ou o Inglês.

 

Mas as semelhanças não páram por aí : a arquitetura das cidades brasileiras , principalmente as mais antigas, são uma cópia do estilo português. Fora do Centro Histórico de Lisboa, são comuns aqueles prédios antigos, quadrados com vidraças, muito parecidos com os prédios comerciais do Centro da maioria das cidades Brasileiras, como o Rio de Janeiro. Já no Centro Histórico, os becos e vielas pavimentadas com pedras , as praças simples, sem o paisagismo requintado dos demais países europeus nos remete diretamente às nossas cidades históricas de Ouro Preto, Parati, Olinda, etc e não deixa dúvidas que herdamos muitas das características urbanas portuguesas. A sensação de familiaridade é imediata.

 

Imigração

 

 

Uma boa notícia é que realmente a imigração em Lisboa é muito mais fácil do que em outros países da Europa. Além da vantagem óbvia de poder falar sua língua nativa, eles fizeram bem menos perguntas que em Londres e Frankfurt. Para ser mais exato, na realidade só me fizeram uma pergunta, se estávamos a turismo, e carimbaram o passaporte quase que imediatamente.

 

[t3]Roteiros Detalhados - O essencial de Lisboa em um roteiro de 2 dias[/t3]

 

 

Apesar de Lisboa é uma cidade de médio porte, fácil de se conhecer e andar, prepare-se para uma certa dificuldade de encontrar informações sobre a localização exata das atrações turísticas. A sinalização da cidade é deficiente e o transporte público que serve aos turistas, apesar das boas condições, está sempre lotado. Isso sem falar do constante relatos de furtos, principalmente no conhecido bondinho 28. É interessante portanto, ter uma prévia noção do que deseja visitar e que meio de transporte pode utilizar.

 

Mesmo para quem tem dificuldade de orientação não é muito difícil se localizar em Lisboa. A dica é localizar no mapa a Av da Liberdade, a linha que começa na Praça Marquês de Pombal e termina na Praça dos Restauradores. Um pouco mais abaixo está o Rossio (uma praça onde se localiza a estação de trem homônima) e a Rua Augusta e demais ruas perpendiculares que levam até a Praça do Comércio, na beira do Rio Tejo. Este é o centro de Lisboa, chamado de Baixa Pombalina. A sua esquerda fica o morro onde se situa o Bairro Alto/Chiado, região mais popular a noite, frequentado pelos jovens (de todas as idades). A direita fica outro morro onde fica o bairro mais tradicional da Alfama.

 

Se você tem pouco tempo para aproveitar na capital de Portugal, é nessa região que você deve se concentrar na sua visita à cidade. Além dele, reserve pelo menos meio dia para o mais afastado, mas indispensável, Bairro de Belém, onde se localizam a maioria das atrações da época áurea do Império Português. Como um bom planejamento, dá pra ver quase tudo desses bairros em apenas dois dias.

Caso deseje visitar o bairro mais moderno do Parque da Expo-92 terá que reservar mais um dia no seu roteiro, quem sabe combinando com o fantástico Museu Gulbenkian.

 

Apesar de pequena, Lisboa tem muitas atrações, especialmente museus e monumentos históricos que em sua maioria não tem entrada gratuita. Nesse ponto, o cartão turístico chamado Lisboa Card, se bem usado, pode lhe ajudar a economizar uns bons euros. O cartão permite entrada franca ou um bom desconto na maioria dessas atrações, assim como o uso irrestrito do transporte público e até mesmo algumas atrações fora da cidade, como o trem para Sintra e Mosteiros de Alcobaça e da Batalha. Mais informações consulte a página oficial do cartão aqui.

 

[t3]Roteiro Dia 1 - A Baixa e a Alfama[/t3]

 

Manhã - Baixa Pombalina

 

Minha sugestão de roteiro de 1 dia começa na Av da Liberdade,uma arborizada e movimentada via que concentra cafés e lojas de grife, bastante agradável de se andar em uma manhã em Lisboa. Em poucos minutos de caminha chega-se à Praça dos Restauradores e ao Rossio. A partir daí, sugiro um roteiro até o Castelo de São Jorge, voltando à praça do comércio, de onde pode-se pegar um ônibus ou metrô de volta ao hotel. Ao final deste itinerário , você terá visitado os principais pontos de interesse da região da Baixa e do bairro da Alfama.

 

[googlemap]https://maps.google.com.br/maps?saddr=Rossio&daddr=Rua+Augusta+81,+Lisboa,+Portugal+to:Pra%C3%A7a+do+Com%C3%A9rcio,+Portugal+to:Casa+dos+Bicos,+Rua+dos+Bacalhoeiros,+1100-135+Lisboa,+Portugal+to:Igreja+de+Santo+Ant%C3%B3nio+de+Lisboa+to:S%C3%A9+de+Lisboa+to:Largo+Das+Portas+Do+Sol+to:Castelo+de+S%C3%A3o+Jorge+to:Wine+Bar+do+Castelo+to:Largo+Das+Portas+Do+Sol&ie=UTF8&sll=38.7107648,-9.1389817&sspn=0.0128604,0.0219748&t=h&geocode=FfG5TgId84x0_yntYmdchzMZDTGv_4rJiK2DBA%3BFWyqTgIdt5J0_ylvQjMKeTQZDTGRRkNiQ0REZQ%3BFaWhTgIdwpl0_yndbI06ejQZDTG24noUeLAvhg%3BFSanTgIdeKV0_yklKswtdzQZDTH8ugK_GwQ2Sw%3BFYqqTgId1aF0_yn3la4QwdkeDTHXVYgpRxpNkQ%3BFXeqTgId2KV0_ymb3FE-dzQZDTEZYrfhHB1ukg%3BFSS0TgId9610_ymnSzlCdjQZDTHBOW0uxNChHA%3BFTW6TgIdXKJ0_ymbww60dzQZDTHXM-SZQXDAtA%3BFVOyTgIdpaR0_ylv0lyjdzQZDTHhfcz9MOb4BA%3BFSS0TgId9610_ymnSzlCdjQZDTHBOW0uxNChHA&dirflg=w&z=16[/googlemap]

 

Após passear pela Av da Liberdade, observe as lindas fontes da Praças dos Restauradores e Rossio, assim como o imponente casario histórico resultado da reconstrução dessa região , idealizada pelo Marquês de Pombal, após um devastador terremoto ocorrido em 1755, que destruiu grande parte da cidade. Escolha um restaurante para almoçar ou aproveite um dos inúmeros e charmosos cafés e padarias da região. Aproveite o intenso comércio da Rua Augusta, onde costumam haver boas promoções em lojas como a Zara e interaja com os portugueses. Agora atravesse o Arco da Augusta para a Praça do Comércio, uma das mais bonitas da Europa, tendo ao fundo o Rio Tejo.

 

Tarde - Bairro da Alfama

 

 

De lá, dê uma passadinha rápida pela Casa dos Bicos, curiosa construção com detalhes pontiagudos, e siga pra a Igreja de Santo Antônio de Lisboa, onde é possível visitar o local onde o Santo nasceu, acessivel por uma porta do lado esquerdo. Bem próximo daí estará a Sé, a catedral de Lisboa. Apesar de simples por fora, tem um interior muito bem ornamentado e a luz dos vitrais reflete uma colorida combinação de cores no interior sombrio de estilo gótico. A Capela do Santíssimo Sacramento, do lado esquerdo, contém diversas obras de arte belíssimas.

 

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Imagem de Santo Antônio de Lisboa

 

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Iluminação Natural na Sé de Lisboa

 

Em frente a Sé, pode-se subir até o Miradouro de Santa Luzia a pé ou pelo elétrico (bonde) 5 ou 28. Os bondinhos são uma atração a parte, conservados exatamente como eram há decadas atrás, porém são pequenos e costumam andar lotados na alta estação. Do Miradouro de Santa Luzia siga o tortuoso caminho até a entrada do Castelo São Jorge.

 

Dica : Se você estiver com pouco tempo, pegue o ônibus ao invés do bondinho, que também passa em frente a Sé. A vista do castelo é mais bonita que a do Miradouro de Santa Luzia e o ônibus, diferentemente do bondinho, andam bem menos cheios e lhe deixam em frente ao Castelo de São Jorge.

 

O Castelo de São Jorge remonta a época que os mouros ocupavam a região, sendo então utilizado pelo primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henrique, homenageado com uma estátua no pátio externo. Depois caiu em ruínas e hoje se encontra parcialmente restaurado. O passeio rende belas paisagens , principalmente se realizado ao pôr do sol. Reserve pelo menos uma hora e meia para passear livremente pelas muralhas.Não perca a vista do Convento do Carmo pelo lado mais interno das muralhas do castelo, simplesmente imperdível!!

 

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Castelo de São Jorge

 

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Vista do Bairro Alto a partir da Alfama

 

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Vista a partir da Alfama

 

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Vista de Lisboa a partir do Castelo de São Jorge

 

Noite - Museu da Cerveja

 

Na volta, existem algumas boas opções gastronômicas no alto da Alfama, como o wine bar do Castelo ou você pode descer a pé (bondinho e ônibus também são opções) de volta à Praça do Comércio, curtindo as vistas e lojinhas da área e lá embaixo curtir os restaurantes e barzinhos alto astral da praça , dentre ele, o Museu da Cerveja, onde paramos para jantar.

 

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Bife de Vacuno ao molho de maracujá

 

Apesar do nome, trata-se de um restaurante, com uma bela decoração interna ou mesas no terraço com vista para a Praça. O museu em si é bem pequeno, e conta com cervejas de todos os países de lingua portuguesa. Algumas dessas cervejas são servidas no cardápio, porém muitas indisponíveis. A melhor escolha acaba sendo o chopp da casa. Para acompanhar o bife de vacuno (vaca) com molho de maracujá é uma excelente pedida, apesar do preço um pouco salgado para os padrões lisboetas. Custou cerca de 18 euros em Maio de 2014.

 

[t3]Dia 2 - Belém e Bairro Alto[/t3]

 

Manhã - Bairro de Belém

 

Reserve a manhã para visitar o Bairro de Belém, onde está a maior concentração de monumentos nacionais portugueses em Lisboa, especialmente relacionado à época dos descobrimentos, momento em que Portugal atingiu seu apogeu. O dinheiro ganho com o comércio nas novas terras descobertas, juntamente com o ouro trazido do Brasil financiaram a construção de prédios riquíssimos como o Mosteiro dos Jerônimos.

 

Acorde cedo e pegue o elétrico 15 na Praça do Comércio. A maioria dos turistas desce na parada próxima ao mosteiro dos jerônimos, localizada no começo do bairro. Porém, logisticamente falando, faz mais sentido esperar a próxima parada mais próxima a Torre de Belém para não ter que ir e voltar pelo mesmo caminho. Fazendo desta forma, o caminho até lá não é muito agradável e tem que atravessar a linha de trem por meio de uma passarela bem alta e cheia de escadas, mas dá para poupar um bom tempo de caminhada.

 

[googlemap]https://maps.google.com.br/maps?saddr=Torre+de+Bel%C3%A9m,+Avenida+Bras%C3%ADlia,+1400-038+Lisboa,+Portugal&daddr=Padr%C3%A3o+dos+Descobrimentos,+Avenida+Bras%C3%ADlia,+1400-038+Lisboa,+Portugal+to:Mosteiro+dos+Jer%C3%B4nimos,+Lisboa,+Portugal+to:Museu+Nacional+de+Arqueologia,+Pra%C3%A7a+do+Imp%C3%A9rio,+1400-206+Lisboa,+Portugal+to:Past%C3%A9is+de+Bel%C3%A9m,+Rua+Bel%C3%A9m+84-92,+1300-085+Lisboa,+Portugal+to:Museu+Nacional+dos+Coches,+Pra%C3%A7a+Afonso+de+Albuquerque,+Lisboa,+Portugal&ie=UTF8&t=h&geocode=FQBjTgIdF2Bz_ylLnMLDQsseDTE_UVLPrdwCMA%3BFd1qTgIdMIhz_ylJyl4NRMseDTEZ5vmLDvBIfw%3BFaN7TgIdUIRz_ylLnMLDQsseDTHt65aONF11hw%3BFeV5TgIdioJz_yl1pVFCQ8seDTEItayDCNCuKA%3BFe95TgId45Fz_ylbcf0uRcseDTFllm20xvbv_w%3BFVV6TgIdeKBz_ylPZSJiRcseDTG9qCdKcm23AQ&dirflg=w&z=15[/googlemap]

 

A Torre de Belém é um espetáculo a parte, localizada atualmente em uma praia no Rio Tejo, na época dos descobrimentos ela situava-se muito mais adentro no rio, servindo como a primeira defesa e, consequentemente, última vista das naus que partiam rumo ao Novo Mundo. A visita interna é coordenada por um sistema interessante que aloca determinado tempos para subir e descer entre os níveis da Torre.

 

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Torre de Belém

 

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Vista da Torre de Belém

 

Logo adiante, chega-se ao imenso Padrão dos Descobrimentos, um monumento de 50m de altura em homenagem à era dos descobrimentos. Construído em formato de caravela, a figura de Dom Henrique, o Navegador, domina o ponto mais alto do monumento seguido de diversas figuras da época como sacerdotes e cartógrafos. Não perca a rosa dos ventos no centro da Praça contígua à atração.

 

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Padrão dos descobrimentos

 

De lá, atravesse a Avenida, por meio da passagem subterrânea, para a Praça Império, de onde se chega a principal atração de Lisboa, o Mosteiro dos Jerônimos. Segundo a wikipedia foi "encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia, foi financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias". Repare nas referências à era dos descobrimentos como o teto decorado com motivos náuticos e os animais exóticos. Além do claustro, os túmulos de Vasco da Gama, Camões, Alexandre Herculano e Fernando Pessoa são atrações imperdíveis. Se tiver tempo, ainda é possível visitar o Museu da Marinha e o Museo Arqueológico, em construções contíguas ao Mosteiro.

 

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Claustro do Mosteiro dos Jerônimos

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Porém, se começou a visita pela manhã, a esta hora você já deve estar faminto, então nada melhor do que seguir a Rua Belém até a Fábrica de Belém, local onde são produzidos os famosos pastéis de belém. É verdade que o restaurante não tem o atendimento muito simpático, mas não é por isso que você deve deixar de conferir esse patrimônio lisboeta. Servidos com canela ou açúcar, as guloseimas são unanimidade entre o s turistas locais, sempre com casquinhas crocantes e farto recheio.

 

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Pastéis de Belém

 

Reserve forças , porém para uma última parada neste fantástico bairro : o Museu dos Coches, como se chamam as carruagens em Portugal. Observe o coche utilizado por Carlota Joaquina, mas o grande destaque são as da embaixada de Portugal no Vaticano, com esculturas douradas de tamanho real. Recordações de uma época de ouro em Portugal, em que rivalizava com as demais nações do continente.

 

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Carruagem da Embaixada no Vaticano

 

Tarde e Noite - Bairro Alto

 

Hora de retornar ao Centro de Lisboa para curtir o restante do dia no Bairro Alto. O mesmo elétrico 15 pode deixá-lo na Praça do Comércio de onde se chega facilmente ao Elevador da Santa Justa, início do nosso roteiro pelo Bairro Alto.

 

[googlemap]https://maps.google.com.br/maps?saddr=Pra%C3%A7a+do+Com%C3%A9rcio,+Portugal&daddr=Elevador+de+Santa+Justa,+Rua+do+Ouro,+1150-060+Lisboa,+Portugal+to:Largo+do+Carmo,+Lisboa,+Portugal+to:38.7117076,-9.1423026+to:Igreja+de+S%C3%A3o+Roque,+Largo+Trindade+Coelho,+1200-470+Lisboa,+Portugal+to:Fado+in+Chiado,+to:Cervejaria+Trindade,+Rua+Nova+da+Trindade+to:A+Brasileira,+Rua+Garrett+120&ie=UTF8&sll=38.7105683,-9.1438723&sspn=0.0128604,0.0219748&t=h&geocode=FaWhTgIdwpl0_yndbI06ejQZDTG24noUeLAvhg%3BFUKzTgIdGot0_ykvjYq3eDQZDTF8aXDgYnwU4Q%3BFYayTgIdyoR0_ym7qgs4fzQZDTFYM2S5u6xFJw%3BFZuxTgId4n90_yn5db8SfzQZDTHvEdsl3SzaXA%3BFay4TgIdU3t0_ykb8Ed5gDMZDTHvfkDdYy2IUA%3BFX6wTgIdxX10_ynPcTIIfzQZDTFc8XsU8cwaHw%3BFbe0TgId-X50_ylvKY15fzQZDTE5edkzKr5bEw%3BFXKtTgIdoYB0_yl7ZwYgfzQZDTHIjkp96ZzMTg&via=3&dirflg=w&z=16[/googlemap]

 

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Vista do Bairro da Alfama a partir do mirante do Elevador de Santa Justa

 

A saída do Elevador leva diretamente ao Largo do Carmo, onde se pode visitar as ruínas dessa Igreja fundada por D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável, figura de grande importância na história portuguesa, como pode ser visto no mosteiro da Batalha, que visitei nos dias seguintes.

 

A Igreja foi destruída e incendiada durante o Grande Terremoto, nunca mais sendo reconstruída. Hoje, junto às ruínas do local, abriga um museu arqueológico muito interessante, com vários túmulos de nobres portugueses e outras curiosidades, como múmias egípcias e peruanas.

 

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Múmias peruanas no Museu do Carmo

 

No meu roteiro inicial, havia previsto uma passadinha pela Igreja de São Roque, que dizem ser uma das mais ricas de Portugal, porém como o tempo estava curto e cansados , preferimos ir diretamente para o espetáculo de tango que havíamos reservado na noite anterior. O show se chama Fado in Chiado, é curto, demora cerca de 1 hora, e é essencialmente turístico. Apesar disso, o show em si é muito bem executado e os fadistas e músicos são muito competentes, cantando temas que valorizam a cultura local. Pode ir sem medo para ter um gostinho do autêntico fado português.

 

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Cervejaria Trindade

 

Não se vende comida nem bebida dentro do teatro, mas isso não é problema, pois o Bairro Alto é um dos mais animados na noite de Lisboa, com diversas opções gastronômicas. Escolhemos a Cervejaria Trindade para jantar. O serviço, como de costume em Lisboa, foi um pouco lento, nos deixando muito tempo em pé para levar até a mesa. Os pratos pedidos variavam de qualidade, uns estavam bons, mas outros as carnes pedidas não estavam macias. A cerveja também foi decepcionante. O mais legal era o ambiente, decorado com azulejos de rara beleza. De uma maneira geral, acredito que devem haver melhores opções para jantar nas redondezas. De lá, seguimos até o tradicional café A Brasileira, com a famosa estátua de Fernando Pessoa. Provamos uma bica (café pequeno) com um pedaço de torta doce e mais pastéis de nata. E, para finalizar a noite, nada melhor do que a Ginjinha, delicioso licor que é uma bebida tradicional de Portugal.

 

[t3]Resumo final[/t3]

 

 

Lisboa é uma cidade cheia de boas surpresas, muitas atrações , mirantes de perder o fôlego e com custo mais acessível se comparada a outras capitais Européias. Em dois dias dá pra ter uma boa idéia da cidade, mas certamente ainda há muito mais a se desfrutar. O ponto negativo foi a super lotação do transporte público e má qualidade do cartão de papel do Lisboa Card. No fim do segundo dia, dos cinco cartões que compramos, dois já não validavam nas máquinas do metrô, nos obrigando a dar um jeitinho Brasileiro para passar nas roletas, que apesar de encararmos com bom humor, não deixava de ser constrangedor em alguns momentos.

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Olá Márcia,

 

Na região da Praça Marquês de Pombal pode-se achar acomodações mais em conta, ao mesmo tempo em que se fica bem localizado. Não é a área mais animada de Lisboa, mas tem metrô, transporte para aeroporto , restaurantes e supermercados por perto. Eu indico uma categoria de hotel chamado Residencial, que possui um custo bem acessível, mas normalmente não servem refeições (porém isso não é problema, pois tem muitos cafés na região). Eu fiquei no Residencial Vila Nova, com quartos recem reformados, limpos, seguros, elevador e ar condicionado individual. Agora se quiser agito noturno, melhor procurar um hostel no Bairro Alto mesmo.

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  • 2 semanas depois...
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[t1]Sintra - A cidade[/t1]

 

A Vila de Sintra é uma cidade (concelho) pequena, considerada Património Mundial/Paisagem Cultural da UNESCO dada a quantidade e importância das atrações existentes espalhadas pela área. Conta com vestígios de habitações desde a época em que os Mouros dominavam a Península Ibérica e foi a cidade preferida de vários nobres e de famílias reais portuguesas. Ainda hoje conserva o clima ameno e charme dos tempos áureos do Império Português.

 

[t3]Como visitar e se locomover em Sintra em um passeio de 1 dia[/t3]

 

 

Em Sintra, teoricamente, não é necessário contratar uma excursão nem alugar um carro. Para chegar até lá, saem trens frequentemente da estação ferroviária do Rossio em Lisboa e dentro da cidade existem duas linhas turísticas que levam às principais atrações. A linha 435 leva a Quinta da Regaleira e Palácio de Monserrate, enquanto a 434 faz a rota Castelo dos Mouros e Palácio da Pena. As paradas se localizam tanto ao lado da estação de trem quanto no centro da vila.

 

Dito isto, agora é preciso saber que, infelizmente, o transporte público para turismo ainda não funciona 100% em Lisboa e imediações, incluindo Sintra. Na minha experiência, tomei o metrô até a Restauradores/Rossio, porém, se havia realmente alguma ligação subterrânea do local de onde saem os trens, a sinalização estava bastante deficiente e acabamos tendo que sair da estação e procurar a entrada de superfície estação Rossio, que por sinal, também não contava com nenhuma identificação na sua fachada. Reparem na foto abaixo.

 

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Imagem da Wikipedia

 

Dentro da estação de trem, mais problemas com a falta de informação. Perdi mais uns preciosos minutos pegando uma fila na bilheteria para imprimir um bilhete pro trem, no entanto quando apresentei o Lisboa Card, a atendente disse que bastaria seguir direto para roleta de acesso à plataforma de embarque. Não custava explicitarem melhor isso nos folders do cartão né? Aliás, vou reforçar aqui de novo a má qualidade do material em que o Lisboa Card é impresso, resultando em falhas tanto na validação nas estações de metrô, quanto aqui no trem de Sintra, muito cuidado para não amassar seu cartão, para não ter que pular a roleta =)

 

Ao chegar em Sintra, você pensa : agora vai. Que nada, os ditos ônibus turísticos da cidade, se assemelham muito ao de Lisboa, ou seja, andam sempre lotados e demoram muito mais do que o tempo previsto pela 'timetable'. Na prática, os ônibus que deveriam circular em intervalos curtos de 20 minutos, levaram quase 1 hora para nos levar de uma atração à outra, o que impossibilitou cumprir o meu planejamento inicial de roteiro. Tivemos que trocar o almoço por um lanche e sacrificar a visita ao Palácio de Sintra (também chamado Palácio da Vila).

 

Pode ser que tenha dado azar, por ter visitado a cidade em um feriado (1 de Maio), lotada de turistas. Mas a impressão que ficou é que este passeio tipo bate e volta pode ser bem melhor aproveitado se feito de carro ou mesmo em uma van, pois apesar de sair mais caro, você não fica dependendo desses meios de transporte locais que parecem ser deficientes em todo Portugal.

 

[t3]Roteiro detalhado de 1 dia em Sintra[/t3]

 

 

[t3]Manhã - Quinta da Regaleira e Monserrate[/t3]

 

 

Quinta da Regaleira

 

Bem, deixando de lado os problemas com o transporte, Sintra é uma beleza de cidade. Espere charmosos edifícios, um clima serrano e uma vegetação exuberante. Para o dia render mais, pegue a linha 435 e desça na atração que abre mais cedo no dia, a Quinta da Regaleira, um sítio repleto de curiosas construções cheias de elementos místicos e simbólicos. Logo na bilheteria perguntamos se poderiamos levar o carrinho de bebê conosco, e seguimos até a Capelinha da propriedade. Logo, a administração do local enviou uma acompanhante para nos guiar pela propriedade, e foi realmente uma grata surpresa, porque sem ela não teria dado para ver nem metade dos locais que visitamos.

 

Eu realmente não fazia idéia de quanto o local é enorme e com uma riqueza de detalhes impressionante. Aprendemos muito sobre a história do lugar, o dono original era um brasileiro, por sinal, o cafeeiro Antônio Augusto Carvalho Monteiro, filho de pais portugueses. Visitamos suas grutas, fontes, cachoeiras, pontes, o poço místico, torres, muralhas, pátios, entradas secretas, ufa!!! E no fim, ainda tem o palacete, infelizmente, aberto somente o andar térreo para visitação. É tanta coisa que não dá para falar de tudo aqui, meu conselho : se gosta de natureza e/ou misticismo, chegue cedo e reserve umas duas a três horas por lá e aproveite tudo o que o lugar tem a oferecer, é uma experiência que não se arrependerá.

 

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Palácio da Regaleira

 

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Vista do Castelo dos Mouros e do Palácio da Pena da Quinta da Regaleira

 

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Poço Iniciático

 

Palácio de Monserrate

 

Com o mesmo ticket do ônibus ainda dá pra fazer uma segunda visita : o Palácio de Monserrate. A entrada fica no alto de um morro e deve-se seguir uma trilha de areia e pedras até o palácio e seus jardins, que fica mais embaixo, a cerca de uns 10 minutos, passando por uma cachoeira no caminho. O palácio em si, construído para ser a residência de verão da nobre família Cook, não é muito grande, mas é bonito e fotogênico, rodeado de roseiras e um agradabilíssimo jardim paisagístico, ideal para um piquenique.

 

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A visita interna tem como pontos altos o salão com o colorido domo e os corredores em estilo árabe. Como já estava em horário de almoço, aproveitamos para fazer um lanche por ali mesmo e foi nossa sorte, porque o ônibus da volta demorou simplesmente mais que uma hora para passar, "roubando" nosso tempo de almoço programado no centro da cidade.

 

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Abóbada dentro do Palácio

 

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Detalhe da abóboda

 

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Jardins do Palácio

 

 

[t3]Tarde - Vila de Sintra (Palácio da Vila) e Palácio da Pena[/t3]

 

 

Descemos do ônibus 435 em uma parada próximo ao Centro da Vila e esperamos mais uma meia hora para o próximo transporte (agora da linha 434) que leva ao Castelo da Pena aparecer. Novamente, ônibus atrasado, lotado e ruim de andar com carrinho de bebê. Depois de uma longa subida, descemos na bilheteria do Palácio da Pena, que ainda fica bem abaixo do local do castelo propriamente dito. Não pensamos duas vezes e compramos mais um ticket para o ônibus interno do parque que leva até a porta do castelo em si, acho que valeu muito, porque estávamos famintos e exaustos da maratona de ladeiras e ônibus desconfortáveis do dia. Mas o esforço foi recompensado com a visão do castelo da Pena, no alto do morro

 

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Palácio da Pena

 

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Árvore Genealógica da Familia Real Portuguesa

 

O Palácio foi mandado construir por Fernando II, rei consorte de Maria II, esta conhecida no Brasil como Maria da Glória, filha do Imperador D Pedro I e D Maria Leopoldina. No interior do palácio tem até a Árvore Genealógica da família Real de D Pedro I, nos dando uma gostosa sensação familiar de que também fazemos parte desta história. A visita começa pelo pátio, com uma belíssima vista das montanhas e do mar. repare nos portões de entrada, os elementos góticos, torres e monstros marinhos encravados na fachada são fantásticos. É uma versão portuguesa dos castelos românticos que tomaram conta da Europa por volta dos séculos XVIII e XIX, como o castelo de Neuschwanstein da Alemanha.

 

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Portão de entrada do Palácio

 

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Subindo a entrada do Palácio

 

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Monstro Marinho na fachada do Palácio

 

Nosso ticket permitia ainda a entrada no interior do palácio, o que é interessante, mas nãi imprescindível. Explico, diferentemente do exterior, os aposentos do palácio são bastante simples, sem as decorações extravagantes nem o luxo que seria esperado para uma construção desse porte. Se tiver pouco tempo ou achando o ingresso completo caro (que de fato é), compre a opção mais barata que inclui somente os terraços que já vale a pena (desculpe o trocadilho).

 

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Decoração extravagante do castelo

 

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Pátio interno

 

A visita termina no terraço superior que dá acesso a cafeteria do Castelo. Para nossa sorte, estavam a venda as famosas queijadas da Sapa, além de café, bebidas e salgados em local com vista de tirar o fôlego. Perfeito para aplacar nossa fome. Na volta, pegamos mais uma monstruosa fila para o ônibus e, devido ao horário e cansaço, nem nos atrevemos a parar no centro da vila, indo direto para a estação de trem, sem dar tempo de visitar a última atração do dia : o Palácio da Vila (Sintra).

 

[t3]Resumo Final[/t3]

 

Sintra foi a cidade mais bonita e agradável que visitamos em Portugal. Algumas pessoas, visitam apenas o Palácio da Pena e seguem para Cascais antes de voltar para Lisboa. Mas na minha opinião, Sintra merece muito mais do que isso, na realidade achamos um dia muito pouco para fazer justiça à cidade. A cidade tem potencial suficiente para uns dois dias inteiros, incluindo um pernoite. Ô vontade de voltar...

 

  • Dicas :

  • Se tiver o Lisboa Card, vá direto para a catraca de acesso ao trem, não é necessário bilhete de trem.

  • Use calçados confortáveis, pois as visitas das atrações são em terrenos acidentados e normalmente em trilhas de pedra e areia.

  • Caso queira visitar mais de três atrações no mesmo dia , considere alugar um carro ou uma excursão, pois o transporte público em Sintra demora muito para passar.

  • A entrada do Castelo da Pena é muito cara, mas existe um ingresso que permite somente o passeio pelos terraços que já pode valer a pena.

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[t1]Um pouco da mais profunda Religião, Cultura e História de Portugal[/t1]

 

Um dos passeios mais famosos oferecidos pelas agências de viagem de Lisboa é o Oeste de Portugal, que inclui visitas ao Santuário de Fátima, Mosteiros de Batalha e Alcobaça, a pacata Nazaré e a simpática Vila Óbidos.

 

Apesar de aparentemente ser um passeio com tema religioso, na realidade este é tour que certamente agrada a todos os gostos, pois inclui também uma grande quantidade de atrações de interesse histórico, cultural e natural.

 

[t3]Escolhendo a agência de viagens[/t3]

 

 

A primeira pergunta que se faz em um tipo de passeio "fechado" desses é : vale a pena pagar ou é melhor ir por conta própria? Se estiver pensando em transporte público, esqueça, não dá pra fazer nem metade desse roteiro em um único dia. Lembre-se, como já mencionei nos posts passados que o transporte público em Portugal ainda é muito deficiente. É claro que você pode alugar um carro e tentar fazer o passeio por conta própria, mas eu acho dificílimo acertar o "timing" para cobrir todas essas atrações no mesmo dia. Além disso, não há muito o que ver ou que se fazer fora as atrações principais dessas cidades, salvo algum interesse religioso em Fátima, não é muito vantajoso ter um tempo livre a mais além do que as agência oferecem.

 

Por estes motivos, esse é um daqueles casos que compensa , e muito pagar uma agência de turismo. Mas escolha uma agência não somente pelo preço, mas também com bons reviews no Tripadvisor. Escolhemos a Premium Tour, e não nos arrependemos. O guia foi muito simpático e paciente, nos pegou antes das 8h00m da manhã e só voltamos as 19h00m da noite. A van da Mercedes Benz era novinha e ainda tinha água mineral de cortesia incluso.

 

[t3]Primeira parada : Fátima[/t3]

 

Para a maioria dos Brasileiros, talvez a principal razão de fazer esse passeio seja a visita ao santuário de Fátima, um complexo de prédios, nos quais se destacam a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, a Capelinha das Aparições, no Centro do complexo e a nova Basílica da Santíssima Trindade. Mesmo sem maiores interesses religiosos, dá pra curtir e muito a história do lugar, antes conhecido como Cova da Iria, no ano de 1917 Nossa Senhora teria aparecido aos três pastorinhos : os irmãos Francisco e Jacinta e a sua prima Lúcia e pedido que fosse erguida uma capela em sua homenagem. A chamada Capelinha das Aparições foi concluída no ano de 1919 e marcou o primeiro edifício do Santuário. Com o passar dos anos, e aumento crescente de peregrinos, foram sendo adicionados as duas Basílicas para comportar a quantidade de fiéis, que se aglomeram no local, principalmente próximo ao dia 13 de Maio, data da primeira aparição da Santa.

 

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Basílica do Rosário

 

Do ponto de vista arquitetônico e estilístico, a principal atração é sem dúvida a Basílica de Nossa Senhora do Rosário com a bela colunata que rodeia a praça central. Dentro da Igreja, não deixe de visitar o túmulo dos três pastorinhos que se encontram nas laterais próximas ao altar principal. A capelinha das aparições tem valor mais sentimental e histórico, enquanto a nova basílica não chama muita atenção pelo estilo mais moderno de construção, semelhante ao que encontramos no Brasil.

 

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Colunata na Basílica antiga do Rosário

 

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Vista da Basílica nova e capelinha a partir da Basílica velha

 

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Túmulo das primas Jacinta e Lúcia na Basílica do Rosário

 

Saindo dali, nosso simpático guia, o Sr Franscisco, nos levou até Valinhos, a pequena cidade que conserva praticamente intocada as casas de Francisco, Jacinta e de Lúcia. Ali, mesmo quem não é religioso, se emociona com a simplicidade dos cômodos da casa dos irmãos que morreram tão jovens e se surpreende com a fé inabalável dessas crianças, mesmo com tanto sofrimento.

 

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Casa de Francisco e Jacinta

 

A vila é muito simpática, com construções bem preservadas que complementam a história dos pastorinhos (compare as fotos tiradas na época com as casas no local). Ali também é possível adquirir diversos tipos de lembrancinhas em casas especializadas por toda a redondeza e a preços bem razoáveis. Artesanato, confecção e bebidas típicas estão por toda parte, que fazem de Valinhos o lugar ideal para trazer uma lembrancinha para os parentes que ficaram no Brasil.

 

 

[t3]Os Mosteiros de Batalha e Alcobaça[/t3]

 

Saindo de Valinhos, o Sr Francisco conduziu a Van até o Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Mandado construir por D João I, em 1386, em comemoração à vitoria Portuguesa sobre a Espanha na lendária Batalha de Aljubarrota, ocorrida bem próxima dali. Hoje em dia, o Mosteiro é mais conhecido como o Mosteiro da Batalha.

 

No local, nosso guia contou a impressionante história da Batalha e do Santo Condestável. Logo ao chegar, o visitante se surpreende com a gigantesca estátua equestre de Don Nuno Álvares Pereira (lembre dele do Mosteiro do Carmo de Lisboa neste post ), conhecido como o Condestável do Reino, e que foi o grande Comandante responsável pela memorável vitória Portuguesa , em menor número, perante as forças reunidas de Castela, que ameaçava retomar o trono português. A vitória foi tão impressionante que Don Nuno atribuiu a vitória à Nossa Senhora e o Rei Dom João I prometeu construir o mosteiro em sua homenagem.

 

A conquista Portuguesa consolidou definitivamente o Reino de Portugal e abriu caminho para seu desenvolvimento que culminou com a Época dos Descobrimentos.

 

O Mosteiro é uma das construções mais impressionantes de Portugal, na minha percepção, até mais que o Mosteiro dos Jerônimos, dado sua grandiosidade e imponência. Visite o Túmulo do Rei D João I, os Claustros e se assombre com as Capelas Imperfeitas, uma parte inacabada do Mosteiro, que a luz do sol se ilumina de uma maneira mágica.

 

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Fachada do Mosteiro da Batalha

 

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As Capelas Impefeitas

 

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Don Nuno e o Mosteiro da Batalha

 

Dali, seguimos para o Mosteiro de Alcobaça, que ao invés do tradicional estilo Manuelino possui uma fachada mais moderna, parecida com nossas Igrejas da época colonial. Por dentro, percebe-se que é uma construção menor que a anterior e um pouco mais simples, onde se destaca a Igreja principal, cuja principal atração são os túmulos de Dom Pedro I e Dona Inês de Castro, protagonistas de uma história de amor digna de um filme. Já conhece a história?

 

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Fachada do Mosteiro de Alcobaça

 

Enquanto príncipe, Dom Pedro I casou com a castelhana Dona Constanza, mas se apaixonou pela camareira de sua esposa, Dona Inês de Castro. Após a morte de Constanza, Pedro e Inês passam a viver juntos, suscitando o ódio do seu pai, o rei Afonso IX, que termina por ordenar o assassinato de Inês de Castro. Ao herdar o trono, Dom Pedro I alega um casamento secreto com Dona Inês e obriga a Corte a aceitá-la como Rainha póstuma e manda trasladar seu corpo , com todas as honras, para um sacórfago no Mosteiro de Alcobaça. Alguns falam até que teria obrigado os nobres da época a beijarem a mão do cadáver, em uma macabra cerimônia póstuma de coroação, o que deu origem a expressão "Agora Inês é morta!".

 

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O sacórfago de Inês de Castro e do próprio Dom João I ainda estão lá até hoje, de frente pro outro, de forma a propiciar aos amantes se olharem nos olhos ao ressuscitarem no dia do Juízo Final. Vale a pena visitar também o refeitório e a cozinha utilizada pelos antigos habitantes do edifício, com um engenhoso sistema de circulação de água.

 

[t3]Nazaré[/t3]

 

 

Nazaré é uma pequena cidade de pescadores, que ainda conserva várias tradições antigas. Primeiramente, repare nas bem preservadas construções com fachadas de azulejos, as ruas de pedra e finalmente nas casas e vestimentas simples das moradoras locais, com seus vestidos invariavelmente negros, quando viúvas. É sem dúvida, um lindo pedaço das raízes mais tradicionais de Portugal.

 

Em pouco tempo se chega à gruta de de Nazaré. A lenda conta que no ano de 1182 um antigo nobre português se descuidou em uma caçada e quando deu por si, encontrava-se no meio de um nevoeiro, a beira da morte, no alto da falésia hoje conhecida como Sítio da Nazaré. Ao reconhecer a gruta onde se venerava uma antiga imagem de Nossa Senhora pediu seu auxílio naquela situação difícil, e seu cavalo milagrosamente estancou diante do precipício. A imagem foi trazida da Galiléia por um monge eremita que havia se refugiado naquela gruta no ano de 711. Foi então construída a capela, que abrigou a imagem até sua transferência para o altar da mais recente e bonita Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, que se encontra a poucos passos de distância.

 

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Basílica de Nossa Senhora de Nazaré

 

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Falésia do sítio da Nazaré

 

Do mirante em frente a capela, temos a vista da linda praia de mares azulados e ondas propícias ao desenvolvimento do surfe, que anda atraindo cada vez mais turistas à cidade. É do mar que vem também outra grande atração de Nazaré : a sua gastronomia. Mariscos e peixes fresquinhos são servidos em fartos pratos em alguns dos muitos restaurantes existentes na região. Nosso guia levou-nos até o restaurante O Marcos, onde saboreamos o melhor Bacalhau que já provamos na vida. As porções eram tão gigantescas que, apesar da fome, ninguém conseguiu terminar o prato.

 

 

[t3]Última parada : Óbidos[/t3]

 

 

Era tarde do dia, mas ainda havia tempo para mais uma atração neste incrível passeio : a vila de Óbidos, uma cidadela fortificada totalmente murada e tão bem preservada, que até hoje conserva as mesmas dimensões que possuia em 1527. Como nas outras atrações do dia, a história da vila é tão pitoresca quanto o local em si.

 

Situado no alto de uma colina, o Castelo de Óbidos é o típico burgo medieval romântico que vemos nos livros de história de cavaleiros e donzelas. A cidade, inclusive, era comumente dada a rainhas como dote por diversos reis lusitanos ao longo dos anos. Junte um punhado de ruas de pedra, charmosos casarios e monumentos preservados, acrescente uma bebida típica - a ginja - e você terá um lugar mágico, quase cenográfico. Isto é Óbidos, pena que a principal atração da cidade, o Castelo, hoje seja um hotel de luxo com acesso restrito aos visitantes, uma pena mesmo...

 

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O castelo medieval de Óbidos

 

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Uma das ruas de óbidos

 

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Pórtico de entrada da vila

 

Óbidos também é um bom lugar para comprar vinhos, existem diversas lojas especializadas na cidade, perfeitas para trazer lembranças de volta pra casa. Não deixe de provar a Ginja, um licor feito de cereja selvagem, que lá é servido com um copinho de chocolate e agrada a todos os paladares e bolsos (custa apenas 1 euro).

 

Ah, e se tiver um tempinho a mais, passeie pelas muralhas do castelo, dizem que vale muito a pena, inclusive para umas vistas privilegiadas do castelo que hoje abriga o hotel

 

[t3]Impressões Finais[/t3]

 

Portugal é um país singular, que reserva inúmeras atrações e belezas a serem desvendadas pelo viajante. Se alguns torcem o nariz para o jeitão pessimista das pessoas e da falta de organização em alguns serviços públicos, a situação no país ainda é muito melhor e estruturada que muitos outros países como o Brasil e até mesmo alguns da Europa. Lisboa, Sintra e Óbidos já são excelentes motivos para uma visita a nossos patrícios, que nos remetem a nossas própria raízes e nos recordam que um povo sem história nunca terá qualquer futuro.

 

 

  • Dicas :
    Procure agências de viagem com boas recomendações no tripadvisor
    Peça para seu guia passar em Valinhos, nem todas as excurssões passam por lá e a visita vale a pena.
    Use o Lisboa Card para entrar de graça nos Mosteiros de Alcobaça e Batalha
    Prove a ginja em óbidos no copinho de chocolate por 1 euro, vale a pena.

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