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Cachoeiras refrescam visitantes na Mata Sul de Pernambuco


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FONTE: Jornal do Commercio

http://jc.uol.com.br/canal/lazer-e-turismo/noticia/2009/05/14/cachoeiras-refrescam-visitantes-na-mata-sul-de-pernambuco-187534.php

 

 

Queda do Roncador, em São Benedito do Sul

Foto: Divulgação SÃO BENEDITO DO SUL – Um pequeno paraíso de água corrente e vegetação original, a 200 quilômetros do Recife. É a Zona da Mata Sul do Estado, que ganhou uma rota turística própria, a Águas da Mata Sul. O roteiro inclui as cidades de Quipapá, São Benedito do Sul e Palmares e foca nas cachoeiras, trilhas, hotéis-fazenda e na tradição dos engenhos de rapadura e casas de farinha, além da cultura popular.

 

São 20 cachoeiras catalogadas em toda a região da Mata Sul, apenas cinco abertas à visitação. O motivo é que as quedas d’água incluídas na rota são todas próximas às nascentes dos rios e, assim, livres de poluição e doenças como a esquistossomose, endêmica em toda Mata Sul do Estado.

 

Logo na cidade de São Benedito do Sul, são duas cascatas. A primeira, a Queda do Roncador, localizada na fazenda Cabeça Dantas, tem um leito de pedra vasto, onde é possível sentar e observar a natureza local. Ainda em São Benedito, a cachoeira do Peri-Peri oferece 23 metros de queda num paredão localizado na antiga usina hidrelétrica Peri-Peri, que abastecia alguns distritos da região. Em época de chuva, a força da arrebentação forma uma nuvem de vapor capaz de refrescar o calor. É o ponto preferido dos praticantes de rapel.

 

A trilha no meio da mata desce por uns 50 metros e pode espantar os menos preparados. Subindo a trilha e pegando outra rota em uma nova descida, é possível chegar ao Poço do Peri-Peri, uma pequena queda de cerca de um metro que forma mais uma piscina natural de águas calmas. É o ponto perfeito para um mergulho.

 

Para os aventureiros, a dica: existe uma trilha avançada de uma hora e meia que parte da queda do Peri-Peri e desemboca no lado posterior do poço. É possível, ainda, visitar uma casa de farinha que funciona das 3h até o cair do dia.

 

Em Quipapá, o foco é a cultura popular. No engenho de cachaça e rapadura Laje Bonita, os processos de criação dos mais famosos derivados da cana são os mesmos usados no tempo do Brasil Colônia. Até a moagem da cana é feita por uma roda movida por queda d’água.

 

No engenho, que aceita visitas e tem day use, o turista pode acompanhar de perto o processo de criação da rapadura. Só é preciso cuidado com as abelhas que, por causa do mel da rapadura, enchem o lugar. Na cidade, o destaque é para as festas juninas que, este ano, devem receber apenas artistas da terra, num palhoção montado em frente ao Centro Cultural.

 

Já Palmares, é o lugar para relaxar, principalmente na Fazenda Betânia, hotel cuja proposta é refletir a vida no campo sem abrir mão do conforto. São 80 leitos em 18 suítes, algumas com quartos para crianças. A fazenda de 184 hectares de área começou como local de produção de cana e gado e, há 20 anos, passou a receber hóspedes.

 

Ela conta com opções de recreação como bica natural, lago e ordenha matinal. Diárias custam R$ 130 por pessoa nos fins de semana, com as três refeições. Durante a semana, as diárias vão de R$ 80 a R$ 110. Crianças até cinco anos não pagam e até 12 anos pagam R$ 60. Detalhe: toda a água usada na fazenda, do consumo ao banho, vem de fonte mineral própria.

 

Apesar dos atrativos, a rota Águas da Mata Sul sofre com vários problemas de infraestrutura. A começar pelo acesso. Apenas o trecho de estrada que cruza Palmares está em reforma e em vias de duplicação. Como as cachoeiras estão na zona rural das cidades, os entraves só se agravam. Com chuva, trechos íngrimes no meio da terra batida tornam-se inacessíveis. Já as trilhas a pé, não têm qualquer sinalização, nem pontos de apoio.

 

A falta de leitos e de informação das prefeituras também comprometem o roteiro. Um exemplo é São Benedito do Sul, que só este ano formou uma Secretaria de Turismo e ainda está levantando o número de leitos disponíveis. Outra dificuldade é a comunicação. Na maioria dos trechos, celular serve apenas para indicar as horas se passando.

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