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CARACAS

 

Como chegar

Pesquisei passagens para Caracas por muito tempo através da Decolar.com até encontrar uma com bom custo benefício. Primeiro tentei para o Carnaval mas todas possuíam preços exorbitantes. Depois tentei para os feriados prolongados mais próximos até que, em outubro, encontrei uma oferta vantajosa para a Semana Santa prolongada do Rio (18/04 a 23/04). A passagem de ida e volta pela TACA/Avianca estava por US$470 + taxas. O vôo da Taca faz escala em Lima, tem 10 horas de duração e chega em um horário em que já não há vôos possíveis para Los Roques (14:55 hs) mas, atualmente, parece que não é possível chegar a Caracas e embarcar para Los Roques no mesmo dia devido aos horários desencontrados de vôos. Isso significa que você precisará pernoitar na ida ou na volta.

O governo venezuelano chegou a exigir seguro saúde para a entrada no país mas ninguém exigia. Aparentemente vai se tornar obrigatório daqui há alguns meses então é bom pesquisar. Eu não fiz e não precisei.

Também é recomendado que se tome a vacina contra febre amarela no mínimo 10 dias antes da viagem e leve o comprovante da Anvisa. O prazo de duração da vacina é de 10 anos e a minha ainda não havia expirado mas não levei comprovação e também não precisei.

 

 

Aeroporto e câmbio

O aeroporto de Maiquetía fica a 30 km do centro de Caracas (entre 50 minutos e 1h30 de trajeto, dependendo do trânsito). Tem dois terminais, o internacional e o nacional. Os dois terminais são unidos por um corredor interno e não é recomendável sair do prédio para ir a pé de um aeroporto a outro por fora do prédio.

 

A corrida do aeroporto até a cidade dá entre 45 minutos e 1h30, dependendo do trânsito. Fui altamente recomendada a não ir a Caracas passear devido a falta de segurança da capital, especialmente durante as manifestações na época em que fui (abril/2014) e, durante o pouso do avião, fiquei feliz por ter seguido essa recomendação. A cidade mais parece uma enorme favela (nada diferente do que temos no Brasil, maaas...). Se, ainda assim, você preferir arriscar, durante as minhas pesquisas encontrei as 2 opções de lugares “menos perigosos” pra ficar: Altamira, bairro mais relax, e La Castellana, mais agitado. Ambos ficam ao longo da principal linha do metrô, dizem que o metrô de Caracas é bem eficiente, custa uns poucos bolivares, mas é cheio e calorento.

 

A dica mais importante para a viagem é levar dólar e não gastar nada no cartão de crédito para não tornar sua viagem mais cara. Não só pelo IOF de 6% mas também porque na Venezuela existem basicamente 2 câmbios: o oficial e o paralelo ou “negro”. Quando fui, o câmbio oficial estava em 1 dólar para 6,5 bfs e o paralelo por 50 bfs (aeroporto) ou 55 bfs (farmácia de Los Roques). Trocar seu dinheiro pelo câmbio paralelo pode ser arriscado (a menos que tome alguns cuidados) mas fará sua viagem ser muito barata (o custo por pessoa de TODA a viagem, incluindo gastos pessoais, ficou em torno de R$2500 e R$3000).

 

Logo que você pega suas malas e sai no saguão do Aeroporto de Maiquetia (Caracas), o assédio dos carregadores de malas e até dos funcionários do aeroporto é enorme. Juro, não podíamos ficar 2 minutos parados em algum lugar que logo éramos abordados por alguém oferecendo troca de dólares, inclusive por até 60 bfs. A prática é ilegal mas a polícia faz vista grossa (ou leva algum por fora). Mesmo assim, preferimos não arriscar já que havia ouvido falar de vários golpes e de notas falsas. Para evitar o golpe das notas falsas, alguns brasileiros usam a técnica de fazer “pacotes” de US$100 com notas de U$20, grampeadas de 5 em 5. Infelizmente, a maioria das casas de câmbio do Brasil não dão dólares trocados, apenas notas de 100. Um jeito de se expor menos é trocar o mínimo possível no aeroporto, apenas o suficiente pra uma refeição (caso você precise pernoitar em Caracas), táxi (caso seu hotel não possua transfer aeroporto – hotel – aeroporto) ,a taxa de embarque para Los Roques (que fica em torno de 150bfs por pessoa) e a taxa de conservação do arquipélago (cerca de 214bfs por pessoa).

 

Para evitar qualquer aborrecimento em fazer o câmbio com um desconhecido no banheiro, combinei de encontrar com o Miguel no desembarque, onde ele me esperaria com uma placa com meu nome. Miguel é muito recomendado por brasileiros na página do Facebook e todos os fóruns de viagens por “desenrolar” praticamente toda a viagem, desde o câmbio e transfers até passagens Caracas-Los Roques. Infelizmente, ele furou comigo e me deixou na mão. Mas, como a maioria das pessoas que trataram com ele só despendem elogios, acho que custa tentar (desde que tenha também um plano B). O e-mail dele é miguelserrano10@gmail.com. Meu plano B foi trocar com o motorista da van do hotel que reservei mesmo, que estava nos esperando com uma placa. Ele fez o câmbio pelo mesmo valor oferecido pelo Miguel (1:50) e fez uma troca discreta e rápida. Trocamos 50 dólares por pessoa e deu pra jantar à noite, tomar café da manhã no aeroporto na manhã seguinte, pagar a taxa de embarque nacional e ainda sobrou bastante. Vá trocando aos poucos, a medida em que precisar, pra não morrer com bolívares na mão (não é possível trocar os bfs restantes por dólares novamente)

 

 

Onde pernoitar

Se você não quiser se arriscar em Caracas, o ideal é encontrar um hotel razoável próximo ao aeroporto de Maiquetia, de preferência que ofereça transfer próprio aeroporto-hotel-aeroporto. Esse fator foi primordial para a nossa escolha, já que li relatos de sequestros e assaltos a turistas que pegaram taxi para se locomover. Reservei daqui do Brasil a estadia no Hotel Catimar, que fica a cerca de 10 minutos do aeroporto e possui transfer gratuito. Tentei fazer a reserva através do e-mail do hotel mas o mesmo cobrou o valor da diária em bolívares por transferência bancária, ou seja, pelo câmbio oficial. Isso deixaria a diária quase 10x mais cara do que realmente é. Por isso, optei por fazer a reserva através da VeneBrasil onde o valor cobrado foi de US$20 por pessoa. A VeneBrasil é a principal agência usada por brasileiros para ir a Los Roques. Possui um site de fácil visualização e onde se pode simular orçamentos de pacotes prontos (pernoite em Maiquetia, passagens para Los Roques e hospedagem no arquipélago). Como gosto de ter flexibilidade e a liberdade de fechar tudo por fora, acabei não utilizando nenhum dos outros serviços. Pode parecer mais prático fechar o pacote completo mas terá seu preço, a agência cobra 10% em cima do valor total mais 6% de taxa administrativa. Reservar a pernoite através deles saiu mais barato, porém foi mais caro do que se pagasse a diária em bfs pelo câmbio negro no hotel na hora. Optei pela segurança de ir com reserva já que fomos no feriado da Semana Santa (alta temporada). Se for em baixa temporada, talvez valha a pena arriscar.

 

A maioria das pessoas reclama da simplicidade desse hotel, mas eu achei o custo-benefício bem válido. Os quartos são pequenos mas as camas são confortáveis, além de ter TV, ar condicionado, água quente e elevador. Se for alérgico, vá preparado porque os quartos são bem úmidos (não há janelas). Tive 2 problemas ao chegar no hotel, ambos rapidamente solucionados. O primeiro foi não encontrarem minha reserva. Eles localizaram minha tentativa de reserva por e-mail e disseram que a mesma não havia sido concluída por falta de pagamento. Após mostrar o voucher e mencionar que a reserva havia sido feita através da VeneBrasil, tudo ficou esclarecido. O segundo problema foi terem acomodado 3 pessoas em um quarto com 2 camas de solteiro. Ao reclamar, alegaram que não haviam outros quartos disponíveis, que a VeneBrasil não havia repassado o valor pago pela 3ª pessoa, etc... Mas logo depois eles realocaram o trio para um quarto com cama extra. Recomendo que você imprima e leve TUDO que possa precisar, vouchers, e-mails, passagens, etc...

 

Devido a esse “aborrecimento” com o hotel, decidimos fazer a nossa refeição em algum restaurante próximo ao invés do restaurante deles. Não é recomendável circular pelo entorno do hotel mas não me arrependo. Encontramos um restaurante com vista pra praia chamado Puerto Mar com música ao vivo brega mas comida muito boa. O atendimento foi péssimo mas comemos uma entradinha típica chamada mojito (deliciosa), ceviche, paella de frutos do mar e filé mignon e a conta deu o equivalente a uns 8 dólares pra cada (grupo de 5 pessoas). Conseguimos até beber umas cervejas apesar da maioria dos lugares não estarem vendendo bebidas alcóolicas (durante a Semana Santa existe uma “Lei Seca” por lá).

 

 

 

LOS ROQUES

O pequeno arquipélago Los Roques, na Venezuela, com apenas 40 km², é grandioso em beleza. São 42 ilhotas e 300 bancos de areia cercados de águas cristalinas e muitos recifes de corais. Sua temperatura média anual gira em torno de incríveis 29 C, e o sol é presença constante durante praticamente o ano todo. Deve-se ficar no mínimo 4 dias. A viagem é longa e um pouco cansativa para ficar apenas um final de semana. Se você for mergulhar, com certeza vai querer ficar pelo menos seis dias, porque cada saída para mergulho toma um dia inteiro. A temporada de pesca da lagosta começa em novembro e dura até abril (fomos em abril mas esse ano encerraram a temporada 2 meses antes).

 

 

Como chegar

O voo Caracas-Los Roques dura cerca de 40 minutos. Todos os vôos saíam do aeroporto de Maiquetia. Atualmente, devido a uma determinação do governo, os vôos de aviões de pequeno porte serão transferidos para o aeroporto de Higuerote. Antes da minha ida, li relatos de pessoas que tiveram seus vôos transferidos para esse aeroporto, inclusive em cima da hora. Isso pode ser um problema já que Higuerote fica a umas 2 horas de Maiquetia. Felizmente, não tive problemas, meus vôos de ida e volta foram através de Maiquetia mas aparentemente a partir de 05/05 isso deve mudar então é bom pesquisar.

 

Os vôos para Los Roques são operados por basicamente 2 companhias aéreas: LTA Aerotuy (http://www.tuy.com/home_espanol.html) e Chapy Air (http://www.chapiair.com). Os horários variam muito, entre 6:30 e 16:00hs, dependendo do dia da semana e época do ano. As passagens não são vendidas pelo site das empresas. A melhor maneira de comprar as passagens aéreas é deixar essa tarefa para a pousada em que você ficará hospedado. Quando eu estava planejando a viagem, cheguei a entrar nos sites das companhias para ver os preços e tentar comprar. Na Chapi Air só dá pra comprar via email. Na Aerotuy achei o site e os preços meio complicados. Acabei fechando os voos pela Chapi Air com a pousada El Pelicano mesmo, por US$150 ida e volta por pessoa, mas tinham pousadas cobrando até US$280 então é bom ficar esperto. Também pode-se comprar com o supracitado Miguel ou agências, mas aí realmente não sei como é o procedimento. Fiquei um pouco desesperada porque minha pousada fechou e confirmou os vôos não me mandava nenhum voucher. Mas não se preocupe, na Venezuela é tudo meio bagunçado mesmo.

 

Não recomendo deixar para comprar as passagens lá. Os aviões são pequenos, lotam rapidamente e você perderá um tempo precioso que poderia ser aproveitado no arquipélago. Comprei com 4 meses de antecedência e já não havia todos os horários. É mais fácil conseguir lugar nos aviõezinhos de 2ª a 5ª. O limite de bagagem é de 10kgs e paga-se por excesso de bagagem portanto, tenha bom senso. Você estará indo para um arquipélago rústico, com ruas de areia e só precisará de roupas de banho, chinelos, protetor solar e, no máximo, equipamento para snorkel. Chegue no aeroporto com, no mínimo, 1:30hs de antecedência. Ao fazer o check-in no guichê e despachar a bagagem, paga-se uma taxa de embarque nacional de 150bfs por pessoa. Ao se desembarcar em Gran Roque, paga-se uma taxa de conservação de 214 por pessoa.

 

 

 

Onde ficar

Como em toda viagem que faço, pesquisei muito sobre as pousadas do lugar pelo TripAdvisor e em fóruns de viagem. Pude perceber que a maioria são parecidas, tanto no preço quanto nas comodidades. Em geral, quase todas não oferecem chuveiro com água quente, possuem poucos quartos (pequenos), ar condicionado, funcionários atenciosos e grande preocupação com a culinária oferecida. Pode-se optar por regime B&B (apenas café da manhã), meia pensão (café e jantar) ou pensão completa (café, almoço na cava, jantar e passeios para ilhas próximas incluídos). Não vou entrar no mérito de determinar qual opção vale mais a pena mas posso dizer que o sistema de pensão completa foi muito cômodo e nos atendeu muito bem com bom custo benefício. Nos passeios você tem tudo o que precisa: cadeiras, guarda sol e cava, um cooler com gelo onde ficam as bebidas e almoço. Tudo levado pelo barqueiro e montado pra você.

 

Primeiro porque os recursos na ilha são escassos nas lojas e supermercados (a ilha é abastecida por um barco apenas uma vez por semana), segundo porque a maioria dos restaurantes atende por demanda, ou seja, mediante reserva. Terceiro porque as pousadas são muito preocupadas em proporcionar refeições agradáveis e a comida da pousada acabou superando minhas expectativas. E, por último e mais importante, porque é prático ir a Ilha e ter a sua disposição cadeiras, guarda sol e uma cava cheia de bebidas e com comida e se preocupar apenas em relaxar. Nesse plano, as pousadas variam muito pouco em relação a preços, quase todas cobram entre US$100 e US$150 por pessoa na diária.

 

Priorizei a pousada que estava melhor avaliada no TripAdvisor, a La Corsaria. Após uma tentativa frustrada e demorada de tentar reservar por e-mail (tentei em dezembro e em janeiro ainda não haviam respondido), venci a pãodurice e fiz um DDD para descobrir que já não havia mais quartos disponíveis para a data desejada (em abril). Depois disso, fui procurando QUALQUER pousada que tivesse disponibilidade e a grande maioria já não tinha mais vagas. Isso com mais de 3 meses de antecedência, por isso, recomendo que faça a reserva da pousada assim que comprar as passagens, principalmente se for viajar em alta temporada ou feriadões.

 

Em geral, notei que a maioria dos turistas são só elogios às suas pousadas (salvo raras e grotescas exceções). Comigo não foi diferente. A pousada escolhida foi a El Pelicano, com a qual negociei tudo por e-mail (info@pelicano.it), inclusive as passagens da Chapi Air. Ela não é muito famosa entre os brasileiros e isso é uma pena porque foi perfeita. A diária de US$120 por pessoa era pensão completa e incluía os passeios de lancha até Madriski e Fransciski. Sua grande vantagem em relação às outras começa pelos quartos. São grandes e espaçosos, limpos e o banheiro tem pia dupla. Meus amigos ficaram em um quarto que tinha, inclusive, mezanino para a cama extra. Não tem água quente mas nem fez falta. Tem ar condicionado e wifi (apesar do modem estar quebrado quando fomos, mas também não fez falta). As refeições são bem servidas e muito gostosas. O café da manhã, servido às 8 ou 8:30hs, sempre tinha suco, café, leite, geléia, queijo, presunto, uma pasta de peixe ou de frios, torradas e uma opção entre cachapa (panqueca de milho), arepa (panqueca de trigo) ou omelete. Nos 2 primeiros dias de passeio nas ilhas, nos enviaram comida numa bolsa térmica quente ao invés dos almoços frios que as outras pousadas enviam nas cavas. Como não conseguíamos comer direito pelo sol, pedimos que enviassem sanduíches ao invés do almoço quente e fomos prontamente atendidos. Além dos sucos, refrigerante, água, frutas, biscoitos e cerveja (não incluso na pousada mas custava apenas 40bfs). No jantar, servido às 19:30 ou 20hs, sempre havia uma sopa de entrada, um prato principal (sempre com pescados) e sobremesa. Todos foram uma delícia, mas o do último dia foi especial e pra fechar com chave de ouro, servido pelo próprio chef.

 

 

O que fazer

O lugar é lindo, maravilhoso, praias lindas com águas em todos os tons de azul, bom para mergulhar e fazer snorkel, porém sem estrutura turística. A noite não se tem nada especial para fazer a não ser tomar uma cerveja e conversar com os locais. A energia elétrica vem de gerador e as quedas de luz são constantes. Durante os 5 dias em que estive lá, houve 3 apagões, dois de dia e um à noite, todos duraram menos de 2 minutos.

As ruas são todas de areia e as casas e pousadas são simples, quase todas sem água quente. Aliás, a água é bem racionada pois passa por um processo de dessalinização antes de ser própria para o consumo, o que faz com que ela não seja abundante. Nas pousadas, seja consciente na hora de consumir água e beba somente água engarrafada. Quanto à telefonia celular e acessos à internet, não espere muito e nem conte com o sinal ou acesso a todo momento. O centro de comunicaciones ficou sem internet alguns dias mas havia a opção de realizar chamadas. 1 hora de internet custa 30bfs e 1 minuto de DDI custa 8bfs.

 

Gran Roque é a ilha onde fica o “aeroporto” e demais comodidades mas lá não tem boas praias, então todos os dias você vai passar o dia em alguma ilhota. Quem está em pousada com sistema de meia pensão precisa contratar traslados (e lanches) à parte. Os mercadinhos, lojinhas e a farmácia de Gran Roque têm poucas opções e são abastecidas por um barco apenas uma vez por semana (acho que 5ª feira). Por esse motivo, os bares e restaurantes não abrem todos os dias e alguns só atendem sob demanda, ou seja, mediante reserva. Reserve uma tarde na volta da praia para subir ate o farol, a vista é linda. Na ilha, o único meio de transporte é um caminhão que recolhe o lixo. Do cais do pequeno porto, partem os passeios para as ilhas. À noite, não há muito o que fazer. Pode-se dar uma caminhada ou jantar no Aquarena. À noite, é um ótimo local para tomar uns drinks típicos, como Mojito ou Araku (rum com café), cada drink é mais ou menos 150bfs. Cadeiras e pufs são dispostos na areia, de frente para o mar.

 

Não há muito o que comprar. Tem uma barraquinha que vende bijuterias de pérolas (verdadeiras) e pedras semi preciosas. Os preços variam entre 150bfs e 2500bfs. Barganhe em tudo e negocie brindes (regalos). No Acuarena também há umas lembrancinhas, mas nada muito interessante. Os preços dos protetores solares são muito bons. Um Banana Boat fator 30 custa 430bfs, um protetor La Roche custa uns 720bfs e um Avene uns 670bfs. Mas não conte só com isso porque os produtos acabam rápido. Leve muito protetor solar de fator alto porque o sol é forte e, como venta, você não sente estar queimando. Procure passar protetor antes mesmo de sair para o passeio, pois o trajeto para algumas ilhas pode levar até mais de 1 hora, e durante este período o sol já estará forte o suficiente para causar queimaduras. Inclusive couro cabeludo e lábios. Leve também repelente, inclusive aqueles de tomada para colocar no quarto. Falando em tomada, elas são de 110Ve de 2 pinos chatos, portanto, leve adaptador. Se você toma algum medicamento, ou sente-se mais seguro em ter alguns medicamentos básicos por perto para casos de urgência, uma dica é levar os seus próprios, ou comprar antes de chegar a Los Roques.

 

No mais, também há uma loja de bebidas e algumas lojinhas que vendem chocolates venezuelanos (deliciosos) mas os preços do free shop são melhores. Aliás, o free shop de Caracas está escasso de importados, só tem rum e chocolates mesmo. Recomendo os runs Cacique (entre 180 e 300bfs) e Diplomático (uns 400bfs) e as caixas dos chocolates Savoy (160bfs), Cricri (120bfs), Carré (330bfs) e EL Rey (não havia no free shop, só nas lojinhas do aeroporto).

 

Resumindo, para quem fica em regime de pensão completa, os gastos são poucos. Esse valor depende muito do perfil do casal e de quanto estará o câmbio na época. Ficamos 5 dias e gastei apenas 120 dólares incluindo: alimentação no pernoite em Caracas, taxas de embarque nacional e de conservação de Los Roques, passeios em Los Roques, protetor solar, vinhos e cervejas (algumas pousadas incluem bebidas alcóolicas, outras não), drinks no Acuarena, almoço em Fransciski, alimentação no aeroporto de Caracas no voo de volta e o free shop de Caracas.

No primeiro dia fomos para Madriski (incluso na pousada), no segundo dia fomos para Dos Morquises e Cayo D’agua (o tour deveria incluir Espenki também mas o barqueiro deu uma enrolada, sempre combine antes) por 600bfs por pessoa, no terceiro dia fomos para Fransciski (incluso na pousada) e, no último dia, alugamos um charter (barqueiro a disposição) por 6.000bfs para Noronski, Carenero e Craski (até 8 pessoas na lancha).

Não deixe as ilhas distantes para os últimos dias, pois se estiver com muito vento eles não vão.

 

Ilhas:

1. Madriskí e Cayo Pirata:

É a mais próxima e também inclusa no pacote de hospedagem da maioria das pousadas e é quase sempre para lá que as pousadas mandam seus passageiros que acabam de chegar pois fica a apenas 10 minutos de navegação. Nos levaram para lá no primeiro dia pois era Semana Santa e todas as outras ilhas estavam cheias. Como possui uma grande faixa de areia, pode estar com muita gente e, ainda assim, “vazia”. Ótima para banho e, também, com águas translúcidas. É ocupada pelas casas de veraneio de venezuelanos.

Colado com Madriskí, onde o barco lhe deixa, você caminha até Cayo pirata sentido dos barcos ancorados, passe todos, ande o máximo que conseguir pela praia (com sua sapatilha de borracha) e venha nos corais a favor da maré, onde há os maiores peixes e variedades, baixa profundidade de 1 a 3m, com água cristalina. Tire um dia para essas duas ilhas pois você pode andar de uma para outra.

 

2. Cayo D’água, Dos Morquises e Espenki:

Cayo D’água é a ilha mais distante com visita permitida. Até lá, é 1 hora de barco e custou 600bfs por pessoa. A ilha é um pouco mais distante, mas é imperdível: o trecho em que uma nesga de areia cria duas praias paralelas é o maior cartão-postal do arquipélago. Venta muito é uma das únicas ilhas com ondas. Não deixe para o último dia pois, dependendo da agitação do mar, não é possível fazer o passeio. Os pequenos lagartos (guaripetes) estão por todo lado em todas as ilhas mas principalmente nessa. Eles são inofensivos, mas de vez em quando dão um susto no pessoal, pois são muito curiosos e ficam passeando por cima das suas coisas - até em cima de você, se bobear!

Normalmente, toda ida à Cayo de Agua vem acompanhada de uma passadinha pela ilha de Dos Mosquíses onde fica a “Fundacion Cientifica de Los Roques”, um programa de preservação das ‘tortugas’ marinhas, parecido com o Projeto Tamar, mas bem modesto. São cobrados apenas 20bfs pela entrada mas todos que foram acharam que não valia a pena. O guia dá uma explicaçãozinha básica sobre as espécies comuns da região, mostra algumas que ficam em uns tanques, e te direciona ao que eles chamam de museu, mas que nada mais é que um rancho com uns painéis antigos e mal conservados. Já tínhamos lido em outros relatos a recomendação de não ir a Dos Mosquíses, mas você acaba indo por estar incluso. Valeu a pena pra mimporque fiquei na praia mesmo (linda).

Regressando de Cayo D’água para Gran Roque, geralmente o barqueiro passa em mais uma das duas ilhas: Sarkí ou Espenkí (estas duas ligadas por um banco de areia). Ambas são belas, com mar calmo de águas translúcidas e areia branca e fina. Em Espenki é possível tirar fotos com estrelas do mar, desde que não as tire da água por mais de alguns segundos. Assim que descer em Sarkí, siga por uma trilha formada por conchas. A ilha tem uma vegetação mais densa e esse caminho leva até uma piscina natural de um mar azul profundo e uma montanha de conchas acumuladas que mais pareciam ter caído do céu. É proibido a retirada de qualquer material das ilhas. O local é ótimo para mergulho e arrisco dizer que é onde mais detalhes do fundo do mar são revelados só com o uso do snorkel.

O nosso barqueiro nos enrolou dizendo que preferiu nos deixar curtir mais tempo em Cayo D’água... Fique esperto e combine tudo antes.

 

3. Franciskí, a mais bela

A ida a essa ilha normalmente está inclusa no pacote das pousadas porque fica a 15 minutos de barco de Gran Roque. É uma das mais próximas e, consequentemente, uma das mais procuradas. É tão linda quanto as outras, mas não tem a mesma tranquilidade. Está sempre cheia de turistas e barcos ancorados, a maioria com um som alto e aquela musiquinha de gosto duvidoso, principalmente nos fins de semana. Existem 3 Franciskís: Arriba, Medio e Abajo. A Arriba que é a mais famosa, é nela que fica um restaurante especializado em peixes e frutos do mar, mas achei a comida fraca com exceção do tartar de atum. Do outro lado da ilha tem uma das melhores piscinas naturais para snorkel. Pode-se arriscar um snorkel noturno, mas quem vai acaba voltando reclamando de picadas de insetos. Boa também para kitesurf, stand up paddle, fotos... Pedi o SUP pro meu barqueiro, que foi buscar em Fransciski Abajo por 600bfs a hora.

 

4. Noronski, Careneero e Craski:

É possível visitar Noronsqui na volta de Carenero. É onde se concentram as tartarugas marinhas. Quando o barco chega, elas começam a se afastar para águas mais profundas, mas conseguimos ver algumas. Fomos antes de Carenero justamente para ver as tortugas. O tempo estava ruim então seguimos para Carenero. Uma ilha bem ao estilo Caribe mesmo, com vários tons de azul turquesa. Ela fica cerca 40 minutos distante de barco e é a melhor, na minha opinião. Linda como Fransciski e bem mais vazia. Como fica no caminho de Cayo d’água, muitos barqueiros sugerem ir às 2 ilhas no mesmo dia mas seria um desperdício ir correndo até ela. Tem um imenso banco de areia, uma área verde e, do lado norte da ilha um caminho leva até uma espécie de lagoa. Caminhando um pouco para o lado direito, há uma pequena trilha que começava atrás de uma casa de pescadores. A trilha era muito curta, uns 30 metros, e dava na parte de trás da ilha, numa linda praia deserta. Caminhe uns 100 metros para esquerda, onde o mar é protegido e forma uma linda piscina natural rasa e azul bem clarinho.

Crasqui fica a cerca de 20 minutos de barco. Ela é uma das ilhas mais “estruturadas” do arquipélago, o que significa que ela possui uns 3 restaurantes e uma dezena de casas de moradores e abrigos de pescadores. Mas não era tão bonita.

 

 

Mergulho e snorkel em Los Roques

Levamos nossos snorkels então não precisamos alugar mas os preços giram em torno de 150bfs a márcara e 150bfs pelo pé de pato. O aluguel é feito ali mesmo no píer antes de embarcar na lancha, com a Líbia. Nem todos os snorkels estão em bom estado de conservação. Recomendo que leve de casa também sapatilhas de borracha ou neoprene porque o fundo de alguns lugares bons para snorkel são cheios de pedras. As que são vendidas na loja da praça são caras e vagabundas.

- Mergulho: 3 saídas de mergulho com 6 imersões saem por Bsf 1000.00 (equipamento completo sai mais Bsf 375.00). Se houver mais saídas, sai mais barato por dia. Na volta eles podem deixar os mergulhadores em alguma outra ilha, mas tem-se que levar seu próprio lanche/almoço e avisar para um barqueiro ir buscar (sai Bsf 30.00 para irem buscar).

Disseram-me que um dos melhores mergulhos é no local LA GUASA. Acabei não indo lá. Recomenda-se também a CUEVA DE CAYO SAL e LA BUCEADORA. Já em LAS GATAS e LA SABA não há muitos peixes, mas muita flora marinha e corais, esponjas, etc. Ao mergulhar ou ter qualquer outra interação com a fauna e flora local, consulte sempre seus guias sobre o que pode ou não tocar. Assim, evite o risco de ter alguma lesão ou passar por alguma situação desagradável com os animais. Uma das operadoras de lá chama-se ARRECIFE DIVERS: http://www.divevenezuela.com/ o e-mail deles é operaciones@divevenezuela.com (tratar com Juan). Para se ver outras informações de pontos de mergulho, pode-se acessar o site da ECOBUZOS: http://www.ecobuzos.com/excursiones.htm

Lá eles NAO ALUGAM MAQUINAS FOTOGRAFICAS SUBAQUATICAS.

 

 

Na volta de Los Roques o voo desce no aeroporto nacional. Para ir do aeroporto nacional até o internacional, basta pegar um corredor interno que faz a ligação entre os aeroportos. É preciso percorrer um bom trecho, talvez uns 500 metros. Mas é a melhor opção, já que sair na rua e pegar um táxi pode ser perigoso. Se você vem de Los Roques e vai pegar o vôo de volta para o Brasil no mesmo dia, não saia para o saguão de desembarque. Vire à direita no corredor que há antes da saída e siga em frente, que você vai dar no aeroporto internacional sem precisar sair do prédio. Se tiver que fazer alguma refeição, faça-a no ainda no terminal nacional pois há mais opções. No internacional só tem um restaurante e um Subway.

A taxa de embarque internacional foi 276bfs por pessoa.

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