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Facas... Qual comprar?


ivaozim

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  • Membros

E a caravana segue seu caminho... ::mmm:

 

 

 

Teste de retenção de fio

 

Justificativa

 

Em primeiro lugar conhecer o desempenho em termos de retenção de fio das minhas facas “big league”. Como todas são consideradas mais ou menos acima do tamanho ideal para bushcraft,camping, pesca e caça ( exceção arremate final ), queria verificar as reais possibilidades de cada uma no quesito retenção de fio.

 

Outro ponto que elas tem em comum é a dureza HRC média, ficando todas na faixa entre 53 e no máximo 55 HRC ( foram todas testadas antes da afiação contra a lâmina do SAK Victorinox Solo; todas sofreram indentação sem no entanto nenhuma indentar o SAK ).

 

Eu mais do que ninguém advogo que facas são para cortar no sentido comumente entendido pela maioria; ações ditas de corte como chopping e batoning são melhores definidas como “machadadas” e na verdade emulam ações mais bem desempenhadas por machados e machadinhas.

 

Entendo esse tipo de uso muito esporádica e excepcionalmente, entretanto muitos usuários se valem destas técnicas usando facas, de forma sistemática por serem o único instrumento com que contam em suas empreitadas à campo e pelo tipo de atividades que desenvolvem.

 

 

 

Materiais e métodos

 

Foram usadas 5 facas: Guepardo Big Fish, Tramontina Commander 2, Imbel MK 2, Guepardo Delta e uma faca modelo “Rambo 2” genérica. As especificações de dimensões, materiais e peso de todas estas facas já foram postadas de forma individualizada nos fóruns Mochileiros e portanto não serão repetidas aqui.

 

Todas as facas sofreram um desbaste de alívio de 10 graus de cada lado e um micro-fio de 20 graus de cada lado ( mesmo as que já contavam com este fio, só que polido ).

 

Como muitos usuário contam apenas com uma pedra carborundum dupla-face, só usei esta pedra ( Saint Gobain 108N ) primeiro com o lado mais áspero e depois o lado mais fino para suavizar os riscos. Por questão de homogenização o fio de 20 graus foi feito em uma haste cerâmica mais grossa ( 600 grit ).

 

O meio de teste foi uma torinha de eucalipto seco de 8cm de diâmetro. A sequência de uso das facas foi a Imbel, Big Fish, Commander 2, genérica e Delta. Na segunda série a sequencia era sempre invertida para tentar deixar as coisas o mais niveladas possível, iniciando pela Delta. Entre cada faca houve um descanso mínimo de 5 minutos para evitar fadiga muscular.

 

Todos os fios foram testados antes do início do experimento cortando papel de bula. Todos passaram facilmente, o que significa dizer que deslizavam suavemente pelo papel sem nenhuma falha, rasgamento ou “empacada”. Após cada sessão os fios foram limpos com um pano seco de algodão tipo “pano de chão” para evitar qualquer resíduo de madeira aderido ao fio e retestados com o mesmo papel de bula.

 

Em nenhum dos cortes as facas entraram em contato com os nós da madeira, material muito mais lignificado e rígido e que poderia interferir no resultado.

 

Na primeira parte do teste todas as facas efetuaram 30 cortes para tirar lascas da torinha de eucalipto, como se quisesse fazer uma estaca. Isto foi feito em 2 séries, totalizando 60 cortes.

 

Na segunda parte foram também 2 séries separadas, mas de 50 golpes ( chopping ) alternados à esquerda e à direita como se quisesse fazer uma cunha para separar o tronquinho, totalizando 100 golpes com cada faca.

 

A força foi a que eu usaria para partir um galho no mato; o importante é que foi a mesma para todas as facas. O ideal seria medir a força média dos impactos em uma balança, aferindo a força em kgf, mas ficaria muito complicado. Fica o meu controle muscular como garantia de igualdade.

 

Para muitos isso é muito pouca exigência dos fios e realmente é, mas serviu para mostrar uma tendência de comportamento de cada um.

 

Como os golpes foram com força moderada, não houve interferência das diferentes geometrias de lâmina no desempenho dos respectivos fios. Todos os fios apresentavam a mesma geometria com a mesma quantidade de metal a suportá-los. Os diferenciais caso houvessem ficariam por conta dos tipos de aço e o tratamento térmico de cada um.

 

 

 

 

Resultados e discussão

 

Todas as facas se sairam bem no teste de fio após as 2 séries de 30 cortes cada. Não foi percebida nenhuma alteração na “sensação de corte”.

 

O que se pode destacar é que o melhor desempenho foi de longe o da Imbel, quer seja por sua confortável empunhadura, menor peso e distribuição do mesmo e neste caso a geometria de lâmina pode ter influenciado na eficiência do corte, mas este não era o objetivo do teste.

 

A segunda colocada em conforto foi a Big Fish, no entanto seu jimping terá que ser arredondado pois logo de início se mostrou desconfortável para o dedão.

 

As outras 3 facas por seus tamanhos e pesos foram desajeitadas e desconfortáveis para os punhos e ombros na execução da tarefa.

 

Na parte do chopping, 2 facas apresentaram uma ligeira diferença na “sensação de corte”, não sendo tão suave quanto às outras mas também não chegou a rasgar ou parar no papel de bula. Foram a genérica e a Commander 2.

 

Na efetividade as melhores foram a genérica juntamente com a Delta, seguidas pela Big Fish, Commander 2 e Imbel. Mas de novo as mais confortáveis foram a Imbel e a Big Fish.

 

As 3 facas de cabo oco com pomo rosqueável apresentaram desenroscamento de seus pomos.

 

O destaque negativo ficou por conta da Delta que no meio do teste, ou seja após a primeira série de "chopping" apresentou um ligeiro movimento da lâmina no sentido vertical. Este movimento não se alterou ( não se acentuou ) após a segunda série. ( amanhã vou procurar investigar a causa ).

 

 

 

Conclusão

 

Como os fios mantiveram-se praticamente intactos o teste não propiciou uma conclusão definitiva sobre seus desempenhos. Amanhã vou comprar um pedaço de corda de sisal para forçar o aparecimento das diferenças em cortes extremos; vamos ressaltar que o teste da corda de sisal é bastante agressivo, exigindo muito da resistência à abrasão, mas não representa a média dos cortes efetuados por uma faca em tarefas comuns.

 

Com o sisal resistência à abrasão dos fios que em boa parte determinada pela dureza HRC será colocada à prova, entretanto neste quesito o tipo de aço também é um fator importante já que alguns aços tem por característica intrínseca a maior resistência à abrasão devido à sua composição, basicamente determinado pela presença de certos carbonetos, principalmente os Cr, V e W.

 

Este teste é totalmente empírico, não sendo observada minimamente nenhuma técnica científica e portanto não servindo de fundamentação para a tomada de nenhuma decisão ou posicionamento em relação à qualquer um dos modelos de facas utilizadas.

 

Ele só serve para que eu conheça as potencialidades das minhas facas que foram sujeitas ao teste.

 

Obs: as 3 facas de cabo oco apresentam preenchimento de seus cabos até o limite do tang da lâmina, ou com durepoxi no caso da Delta ou com amálgama odontológico no caso da genérica e Commander 2.

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  • Membros de Honra

Cabral,

 

-o babado da garrafa de areia (fácil ou não) é diferente da produção de uma estrutura 3-D com dois pós (de aço ou não) e depois sinteriza-la.

 

-o que você descreveu como aço sinterizado parece o método dos vidreiros seguido de um processo de pulverização para produzir aço amorfo no lugar de policristalino seguido de sinterização, nos falávamos das misturas de dois ou mais aços ou pós, onde é difícil homogeneizar.

 

-o que a inominável diz que faz é sinterizar dois aços em uma estrutura 3D de forma a imitar o outro processo.

 

-você "força a barra" quando constroi coisas do tipo "O sandvik é ótimo porque feijão preto é rico em ferro" e não quando mostra que o vídeo repete o PDF que você sempre acreditou e eu questionei.

 

-o que você falou da "faca de matar zoombie" é que ela é inútil (e não que ela precisa de wd40 pra ficar bunitchinha) mesmo o forum lotado de análises facas de combate e degola de gente de verdade, isso sim duma inutilidade absurda (acho eu)

 

-sobre a faca inominável da empresa inominável, eu só pedi informações, como aquelas que as pessoas dão aqui depois de usar suas katanas, baionetas e degoladoras, google eu acessei antes de perguntar.

 

-quando eu falei "colecionador paga", não incluí ninguém daqui, que colecionamos sucata reciclada na China em forma de faca e sim o cara que tem SUV pra assustar fila dupla na hora de pegar o filho na escola, que paga 20 mil por uma Leica, 6 mil por um binóculo, etc.

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  • Membros
Trauco,

 

Acho que houve uma severa falha de comunicação aqui! :cry:

 

Talvez tenha me entendido mal na brincadeira da "zombie killer", achando que de alguma maneira desmereci sua faca, quando na verdade foi exatamente o oposto, pois até brinquei que gostaria de fazer parte do seu grupo no caso de um "levante zumbi" dadas a qualidade, imponência e solidez que suas facas apresentam. E a questão de "zombie killer" não foi uma troça ou gozação, pois é recorrente e notório até em fóruns especializados, se referir a grandes lâminas, quer sejam fixas ou folders como matadoras de zumbis... minha Imbel bombeiro e meu Cold Steel Spartan orgulhosamente fazem parte deste roll! :mrgreen:

 

Em uma última tentativa de colocar as coisas nos trilhos, fui reviver este post "zumbi" lá de abril; mais claro que isso eu considero impossível! Se você insistir nesse perengue te coloco na categoria "véio ranzinza" ::bruuu::::lol4:::mrgreen:

 

Damaski tramontina para mim é "zumbi morto pela segunda vez", não comento mais! ::xiu:: A única coisa próxima disso que aceitarei é "Damas aki já"! Está faltando a participação das senhoritas neste fórum! ::otemo::

 

Próximo assunto... :mrgreen:

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  • Membros

Esqueci quem falou algumas páginas atrás sobre as facas do João Alexandre Voss.

 

Well, também o conheço, na verdade tenho uma faquinha que me foi presenteada pelo próprio. (Si, sei que sou sortudo ::otemo:: )

 

Trata-se da EDC.

 

IMG_0480.JPG

 

Aqui pode ser vista no mato, em um dia de chuva, no primeiro post do blog onde ela aparece.

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