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Fernando de Noronha - 11/2010 - Viagem Simples


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Considerações Gerais:

 

Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes.

 

Nesta época eu ainda não registrava detalhadamente as informações, então preços muitas vezes vão ser estimativas e acomodações e meios de transporte poderão não ter informações detalhadas, mas procurarei citar as informações de que eu lembrar para tentar dar a melhor ideia possível a quem desejar repetir o trajeto e ter uma base para pesquisar detalhes.

 

Os meus locais preferidos a visitar geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade.

 

Informações Gerais:

 

Para informações gerais veja http://www.fernandodenoronha.pe.gov.br.

 

Em toda a viagem houve bastante sol. Só choveu em alguns momentos isolados, principalmente no anoitecer. As temperaturas estiveram altas, chegando a mais de 30 C ao longo do dia. À noite a temperatura caiu, mas ficou acima de 20 C. Achei a ilha muito segura. ::cool:::'> A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil. ::cool:::'>

 

Só andei a pé. Não usei bugue nem ônibus. As paisagens nos caminhos agradaram-me muito, principalmente a vista das praias e do mar, a partir de locais mais altos. ::cool:::'>

 

As paisagens das praias também me agradaram muito (eu adoro praias). O comportamento do mar variava bastante de acordo com a praia e as rochas do entorno. De uma maneira geral, achei o mar bastante interessante para se brincar e para entrar em contato com a vida marinha. Não fiz mergulho submarino. Só fiz mergulho livre (sem cilindro), mas mesmo assim foi possível ver muitos animais e estruturas marinhas.

 

Vários estabelecimentos comerciais aceitaram cartão de crédito. Havia somente uma agência bancária do Banco Real (hoje imagino que seja do Santander).

 

Na ilha os preços eram muito maiores do que os do continente. Assim sendo, decidi comprar mantimentos em supermercados e similares para as refeições, que basicamente resumiram-se a pão, queijo, legumes (cenoura, chuchu, pepino, etc) e frutas. Nos 10 dias o gasto total com refeições (2 por dia - uma de manhã e outra à noite) foi de cerca de R$ 80,00.

 

Todas as noites havia palestras na sede do Ibama sobre temas relacionados à Ilha ou de algum interesse público. Assisti palestras de apresentação geral da ilha, de Golfinhos Rotatores, Tubarões, de um artista da Grande São Paulo que fazia desenhos de natureza, do Projeto TAMAR, Geodiversidade, etc. ::cool:::'>

 

Havia também pequenos museus ou exposições para se visitar. Visitei os do Golfinho Rotator, da Tartaruga Marinha ::cool:::'>, da Cia de Água e de Energia, que narram também fatos históricos, como o grande incêndio de 2007, suas consequências e o gerenciamento do problema.

 

Foi possível visitar também a Capela da Quixaba, que era pequena, mas na sua simplicidade junto com seu entorno parecia refletir a realidade dos habitantes da ilha. E, não muito longe, havia as ruínas do Forte São Pedro do Boldró e o Mirante do Boldró ::cool:::'>, com uma vista de que muito gostei.

 

A Viagem:

 

Minha viagem foi de SP (Congonhas) a Fernando de Noronha em 11/11/2010. A volta foi de Fernando de Noronha a SP (Congonhas) em 21/11/2010. O trecho entre Recife e Fernando de Noronha foi operado pela TRIP. O comandante fez um sobrevoo rodeando a ilha antes da descida, o que permitiu vistas muito belas. Usei pontos do programa de fidelidade da TAM para as passagens de ida e volta (acho que foram 10.000 pontos por trecho). Só paguei as taxas de embarque.

 

No desembarque paguei a taxa de preservação por 10 noites (11 dias) no valor de R$ 311,65. 10 dias era o período de menor valor diário da taxa. Aceitaram cartão de crédito.

 

Saindo do aeroporto fui caminhando à Vila dos Remédios. Encontrei na estrada alguns policiais e lhes perguntei se precisaria portar documentos quando fizesse caminhadas pela ilha, ao que responderam que não, pois como era uma ilha o controle era mais fácil e tudo ficava registrado no aeroporto. No caminho consultei algumas pousadas para procurar por diárias baixas. Consegui achar diárias de até R$ 75,00, o que para Fernando de Noronha era muito baixo na época. Mas, na Vila dos Remédios acabei encontrando uma família, cujo casal era Ana e Nílson, que tinham uma suíte externa anexa à casa para alugar. Estavam fazendo alguma reforma em seu forro, mas nada que incomodasse. Tinha televisão e geladeira. E me ofereceram gratuitamente água dessalinizada (que cada domicílio de moradores recebia gratuitamente da administração da ilha). Era próxima a supermercado, agência bancária e Praia do Cachorro. Ficava entre a praça e a curva ou largo que conduzia à agência bancária. Tudo isso por R$ 50,00 a diária. Considerando que fiquei 10 dias, a estadia custou R$ 500,00. Aceitavam dinheiro (preferencialmente) ou cheque.

 

Logo no dia da chegada fui a supermercados e padarias para me abastecer, considerando que o preço que havia pesquisado nos restaurantes baratos era cerca do triplo do encontrado no continente. Fui a alguns supermercados na Vila dos Remédios e na Vila dos Trinta.

 

No dia seguinte, 6.a feira, 12/11, fui conhecer os pontos culturais da Vila dos Remédios, o Palácio São Miguel, o Forte de Nossa Senhora dos Remédios, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios e o Memorial Noronhense. A vista do oceano a partir do forte achei muito bela. ::cool:::'> Fiquei contemplando-a bastante tempo. Depois passei boa parte da tarde e início da noite aproveitando a Praia do Cachorro, incluindo a vista do Mirante do Bar do Cachorro, que também achei muito bela. Nesta praia já deu para ter uma prévia das águas e da vida marinha que eu iria ver nos dias seguintes. Havia alguns peixes e outros organismos em piscinas laterais de água do mar. Havia um grupo com vários turistas italianos também.

 

No sábado fui em direção à área do porto, em cujos trapiches (embarcadouros) caminhei bastante e fiquei contemplando o mar. Fui conhecer o açougue ou peixaria onde disseram que apareciam tubarões na praia, mas não vi nenhum no horário do almoço. Fui até a ponta de terra com vista para a Ilha Rata, apreciando as construções antigas (abandonadas) no caminho e a paisagem. Depois caminhando a partir de lá fui até o Buraco da Raquel, ::cool:::'> onde também haviam dito que era local de observação de tubarões, mas não vi nenhum. Decidi voltar à praia perto do porto e nadar em direção a um barco naufragado. O caminho era guiado por algumas boias. Ao longo do caminho foi possível ver muitos peixes, de diferentes tipos, ::cool:::'> mesmo tendo apenas meu óculos de natação e não usando cilindros. Foi possível também ver o que restou do barco naufragado. Esta natação foi um pouco demorada, cerca de 1,5 a 2 horas, porque eu costumo ser lento quando estou em contemplação e também porque não era muito próximo da praia o local. No final do dia voltei ao Buraco da Raquel para procurar os tubarões, mas novamente não os encontrei.

 

No domingo, a partir da Praia do Cachorro, fui caminhando pela areia até a Praia da Cacimba do Padre. Passei pelas praias da Conceição, do Boldró e dos Americanos. Achei as praias belas, especialmente o fim da Cacimba do Padre, com a vista dos 2 Irmãos. ::cool:::'> Nadei em algumas das praias, mas não entrei muito no canal entre os 2 Irmãos porque achei o mar um pouco agitado. Andei um pouco na trilha que ia para a Baía dos Porcos, somente para poder contemplar a paisagem. Achei muito bela a vista da Baía do Porcos, dos 2 irmãos e de toda a paisagem ao redor. ::otemo:: Apreciei o entardecer, de cima de uma pedra da trilha que ia para a Baía dos Porcos. Ver o sol se pôr no oceano não é fácil no Brasil, pois nossa costa é quase que totalmente a leste e o sol se põe a oeste. Assim sendo, esta vista foi singular, ainda mais em uma ilha. ::cool:::'> Pena que a nebulosidade atrapalhou um pouco a vista próxima do ponto em que o sol cruzava o horizonte. Quando voltava subi a alameda na Praia do Boldró e também gostei muito da vista a partir de lá.

 

Na 2.a feira fui à Baía dos Golfinhos e lá fiquei admirando os golfinhos (havia muitos) por cerca de 2 horas. ::otemo:: Além dos golfinhos, toda a vista da paisagem (oceano, ilha, mata, montes, etc) agradou-me muito. ::otemo:: Depois resolvi ir pela trilha que ladeava a costa até a Praia (Baía) do Sancho. Achei a Baía do Sancho muito bela e excelente para aproveitar a praia, além da vista da trilha, antes de começar a descida, também muito bela. ::otemo:: A descida era bem íngreme, quase lembrando a descida do Bruce Wayne pelo batposte para virar Batman na batcaverna, no antigo seriado. Havia uma escada para servir de guia e auxílio. Depois de entrar no mar algumas vezes, fui pela lateral da Praia do Sancho até a Baía dos Porcos por uma trilha que, depois, descobri que estava interditada por risco de deslizamento de pedras ou terra. Mas a placa só estava no meio da trilha, quando não fazia mais sentido voltar. Cheguei à Baía dos Porcos perto do meio da tarde, mas isso não impediu de nadar e ver muitos peixes e estruturas marinhas. ::otemo:: Acho que me entusiasmei demais, porque comecei a ver alguns peixes passarem, depois vi outros e mais outros e cardumes e os fui seguindo e, de repente, vi um barco passando. Pensei comigo: "Que absurdo um barco aqui tão perto da praia nesta velocidade!". Quando virei para ver a praia percebi que eu estava cerca de 1 a 1,5 Km mar a dentro. Levei um susto ::ahhhh:: por estar no meio do mar e resolvi voltar, o que durou quase meia hora nadando e aproveitando as ondas favoráveis. Por fim, gostei muito de ver o pôr do sol de cima da mesma pedra do dia anterior.

 

Na 3.a feira de manhã, fui ver como eram as visitas à Praia do Atalaia, que tinha acesso controlado e em que se podia permanecer por tempo limitado (creio que era pouco menos de 1 hora). Era necessário agendar a visita no dia anterior com o guia. Depois fui em direção à Praia do Sueste. No caminho parei para apreciar o Açúde do Xaréu. Depois de passear um pouco pela praia decidi andar pela encosta em direção à Ponta das Caracas. Durante todo o caminho na encosta achei a vista maravilhosa e a cor do mar sem igual. ::otemo::::otemo:: Talvez, se eu tivesse que escolher um ponto só da viagem, eu escolheria esta vista. Fiquei contemplando a paisagem por bastante tempo. Depois retornei à Praia do Sueste onde decidi alugar um colete (era obrigatório) para apreciar a vida marinha. O aluguel custou R$ 5,00, sem limite de tempo. A vida marinha que pude ver lá foi bastante variada e para mim, que só havia estado em outros locais com muito menos diversidade, foi uma experiência espetacular. ::otemo::::otemo:: Pude ver muitos peixes, cardumes, estruturas marinhas, tartarugas enormes (maiores do que eu) de vários tipos e até tubarões. Um rapaz me avisou que um tubarão estava vindo na minha direção. Eu não havia visto e até perguntei onde. Ele repetiu que estava na minha frente. Aí eu mergulhei e não vi nada, mas passados cerca de 2 segundos apareceu bem na minha frente, o que me fez sentir um frio na espinha, ::ahhhh:: mas que logo foi substituído pela contemplação do animal tão próximo e sem nenhuma barreira física para mim. Era um tubarão limão de cerca de 2 metros de comprimento. Depois disso creio que ainda vi outros 2. Raspei o pé no chão e fiquei com medo que sangrasse e atraísse os tubarões, ::ahhhh:: mas isso não ocorreu, pois no exato momento que raspei pus o pé para fora da água e me virei e vi que havia um tubarão exatamente atrás de mim, que não se interessou pelo ocorrido. De uma maneira geral, achei esta experiência de contato com a vida marinha na natureza muito interessante, ainda que sem cilindro, em que a quantidade e diversidade são muito maiores. Desisti de ir à Praia do Atalaia porque fiquei completamente satisfeito com a experiência na Praia do Sueste.

 

Na 4.a feira fui à Praia do Leão, não sem antes passar pela Ponta das Caracas para admirá-la mais uma vez. Descobri alguns caminhos na trilha que levavam a uma vista de toda a Praia do Sueste. ::otemo:: Lá de cima vi 3 tubarões Limão, iguais aos que havia encontrado debaixo d'água. Até tentei orientar algumas pessoas que estavam mergulhando sobre onde eles estavam, para que pudessem vê-los, mas elas não conseguiram encontrá-los. Achei a Praia do Leão muito boa e bela. ::cool:::'> Havia muito poucas pessoas lá e durante parte do tempo fiquei sozinho. Havia uma pequena casa que era refúgio do projeto TAMAR na praia.

 

Na 5.a feira, depois de ter conhecido todos os pontos que eu queria, decidi repetir os de que mais tinha gostado e complementar com o que havia faltado. Fui em direção ao Buraco da Raquel e aproveitei para conhecer o Museu do Tubarão, ::otemo:: que achei muito interessante, embora várias daquelas imagens já houvesse visto na palestra no IBAMA. Novamente esperei por tubarões lá, mas não vi nenhum. Perto do porto visitei algumas barracas de artesanato e também voltei aos trapiches para admirar a paisagem. Desta vez não nadei. Fiquei um tempo admirando melhor a paisagem em direção à Ilha Rata e às outras ilhas próximas.

 

Na 6.a feira, voltei para o Sueste, porém antes fui novamente contemplar a vista da Ponta das Caracas. Depois fui dar um pequeno passeio na Praia do Leão. No começo da tarde fui à Praia do Sueste para poder ver a vida marinha novamente. Antes, vi capturas de tartarugas marinhas pelos biólogos do IBAMA e o manejo dos animais, como pesagem, medição, aferição das placas, etc. ::cool:::'> Depois aluguei novamente o colete e fui para a água, mas desta vez somente encontrei os peixes, cardumes e as estruturas marinhas. Não encontrei nem os tubarões e nem as tartarugas.

 

No sábado, fui à Baía dos Golfinhos para me despedir deles e depois caminhei novamente pela trilha que vai até a Baía do Sancho. Na Praia do Sancho resolvei nadar e procurar por vida marinha. Vi vários peixes e também uma arraia, que acompanhei por algum tempo. ::otemo:: Depois fui em direção à Baía dos Porcos. Novamente peguei a trilha interditada (esqueci que estava interditada - só lembrei quando vi a placa no meio dela). Na Baía dos Porcos nadei apenas um pouco e aproveitei o fim do dia para apreciar a vista e ver novamente o pôr do sol. Resolvi voltar pela areia até a Praia do Cachorro. ::cool:::'>

 

No domingo, ainda fui às Praias do Cachorro e da Conceição pela manhã, para aproveitar o finalzinho da estadia. Depois, voltei para onde estava hospedado para tomar banho, fechar e pegar a mala e caminhar até o aeroporto, onde embarquei para São Paulo.

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