Membros Cristiane Neres Postado Junho 5, 2014 Autor Membros Postado Junho 5, 2014 OI Marcos, que bom que gostou! Fica de olho que tem mais! Citar
Membros Cristiane Neres Postado Junho 5, 2014 Autor Membros Postado Junho 5, 2014 16 /01 – CHETUMAL – BACALAR Eu não tinha planejado passar pelo México, mas já que tava tão perto, porque não dar uma “esticadinha”??? Então, vá lá, fiz esse sacrifício!!! Eu tinha lido sobre Bacalar e era certo que se desse eu ia dar uma passadinha por lá. Na noite anterior, consegui contato com o Paulo Boschi pelo bendito “zapzap” e ele já estava em Bacalar. Buenas, fui dormir porque estava mais quebrada que arroz de quinta e naquela altura mal conseguia raciocinar. Pernoitei em um hotel chamado Ruta Maia (400 MXN) e de manhã cedinho catei as coisas e fui atrás de um café da manhã. A recepcionista me indicou o mercado municipal que era ali pertinho E eu adoro mercados assim, os sabores são mais autênticos! No caso do México, essa autenticidade praticamente sempre atende pelo nome de CHILLI... Parei em um box bem simples e perguntei o que havia para o café da manhã, me deram para provar algumas tortilhas simplesmente maravilhosas! Foi aí que me ofereceram guacamole, eu expliquei que estava me recuperando de problemas intestinais e a tia da pensão soltou a seguinte pérola: “Casi no pica!”... Provei um pouquinho e foi suficiente para arder até a alma! Me lasquei, foi então que entendi que o que é pouca pimenta pro mexicano, para nosotros é suficiente para lacrimejar! De qualquer forma, tudo uma delícia e o melhor de tudo, não me cobraram nada! Mas eu fiquei cabreira e com medo de ter outro desarranjo... Conversei um pouco com as pessoas e disse que tava querendo ir a Bacalar, pedi algumas referencias e eis que algo bom acontece, descolei uma carona! Uma biomédica ouviu tudo e disse que estava indo para lá, pois ia trabalhar em um de seus laboratórios e me ofereceu carona! :'> :'> No caminho vi um pouco de Chetumal, muito limpa, organizada e segundo a Meki, um bom lugar para viver. Foi ótimo conhecer uma pessoa de lá, ter contato com os locais sempre traz bons aprendizados, você deixa de enxergar as suposições e conhece pontos de vistas diferentes sobre o mesmo local. O trajeto Chetumal – Bacalar é rápido, a estrada é um tapete e o dia estava muito lindo. A Meki me deu algumas dicas e disse para eu tentar conhecer outra praia perto dali chamada Mahahual e uma zona franca na fronteira com Belize. Foi um presente maravilhoso conhecer a Meki, é uma pessoa muito batalhadora e generosa, adoro esses presentes que as viagens nos reservam! Fiquei ali no centrinho de Bacalar, tomei um suco enquanto procurava por hospedagem na internet, mas foi o suficiente para perceber a vibe maravilhosa da cidade, tão charmosa, linda e pacata que eu fiquei me perguntando se as pessoas se estressam vivendo ali! Não é a toa que a cidade é conhecida como “El Pueblo Mágico” Encontrei na internet um hostel chamado Casa Chino que segundo o hostelworld ficava a 15 minutos de caminhada, então, seguindo essa referência me mandei para o local... Ledo engano, foram quase 45 minutos de pernada debaixo de um sol caribenho escaldante... O hostel tem um conceito oriental, é limpo, organizado e não se pode pisar dentro com o mesmo calçado usado na rua. Cheirinho de incenso e músicas instrumentais orientais tocando o tempo todo por um preço camarada (190 MXD), com café da manhã incluso (jabázaço!) Larguei as mochilas e fui bater perna atrás de van para ir a Mahahual, o Paulo enviou uma mensagem dizendo que estava por lá. Aproveitei para tirar algumas fotos, admirar a laguna (a grande atração da cidade) e almoçar em um restaurante simples perto da praça. Como já era um pouco tarde para ir a Mahahual, comprei um passeio de veleiro na laguna (300 MXL) com saída às 15:00 e retorno à noite. Foi um dos pontos altos da viagem, velejar na laguna foi massa demais, fomos eu, o guia e as argentinas Romina e Agostina. Velejamos até o anoitecer, se não fosse o frio seria tudo perfeito, o céu estrelado e a lua lindíssima, ponto pra Bacalar! Depois disso eu tava muito cansada, só tive forças para comprar uns tacos de carne de porco em uma barraquinha de rua, jantar e dormir! 17/01 – BACALAR – TULUM – PLAYA DEL CARMEM Dia seguinte eu decidi ir a Tulum, verifiquei o horário na internet, tomei o delicioso café do hostel e fui ao terminal pegar o bus. O terminal da ADO em Bacalar é bem simples, um escritório pequeno na carretera de acesso a Cancun. Esperei pouco tempo, os buses são muito pontuais no México. E pela segunda vez nessa trip dou de cara com menonitas, que por coincidência embarcaram no mesmo ônibus. A passagem Bacalar-Tulum custou 182 pesos e algo em torno de duas horas depois estava em Tulum. O terminal fica na avenida principal, perto de muitas lojas e restaurantes. Antes de procurar hostel parei para almoçar e acessar a internet para ver se conseguia contato com o Paulo. De cara já provei a cerveja Modelo, boa, mas nem tanto quanto sua irmã Corona. Comi uns tacos de camarão nesse restaurante que não lembro o nome, uma porção generosíssima que foi suficiente também para o meu jantar. Depois saí para procurar hostel, quando passei em frente a uma van que estava saindo para Playa del Carmem e quando eu vi, já tava embiocada na van (40 pesos). É isso aí, como não tinha roteiro programado para o México, fui onde deu na telha. Em Playa não é muito difícil encontrar hostels, aliás, não é muito difícil encontrar qualquer coisa! Caminhei um pouco e encontrei o Hostel Três Mundos, 4 quadras da praia, com preço de 200 pesos em quarto compartido com banheiro (quarto feminino só com um banheiro não presta). Larguei minhas coisas lá, e fui direto para a praia. A praia é linda, caribenha no seu esplendor, mas claro, cheia de bares na pequena extensão de areia. Comprei um baldinho de cerveja e fiquei ali lagarteando na areia até o por do sol. Depois fui caminhar um pouco pelo calçadão, ver os souvenirs... Deu para perceber que os preços são mais salgadinhos em relação a Tulum, mas há uma variedade imensa de souvenirs, tequilas, bares e restaurantes. Voltei para o hostel e marquei com o Paulo um rolezinho pela night. A noite em Playa del Carmem é bem agitada, as mesmas boates que tem em Cancun estão em Playa também. Eu não tava afim de entrar em nenhuma balada e nem precisava, a galera que fica na rua já fica agitando. Pra fechar com chave de ouro, fomos lanchar, madrugada tem que ter comida de rua e no México isso é bem comum. DIA 18/01 – PLAYA DEL CARMEM – RUINAS DE TULUM - TULUM Dia seguinte marcamos de conhecer as ruínas de Tulum e alguma praia legal, eu já ia ficar por lá mesmo. Marcamos de sair do meu hostel, pois ficava mais perto do ponto de vans e enquanto eu tomava café, o Paulo ia agendando os outros passeios dele. Confesso que até deu vontade de conhecer Chichen Itzá, mas achei melhor segurar a onda e deixar para explorar mais o México em outra trip. Seguimos de van até Tulum, deixei minhas coisas no Hostel Mama’s Home e pegamos outra van que nos deixou exatamente na entrada do parque arqueológico, claro, tendo que fazer uma caminhada básica de uns 20 minutinhos. Esse esquema de vans é muito bom e pouco demorado. As Ruínas de Tulum estão localizadas de frente para o mar, uma visão bem profética e paradisíaca. O parque é muito bem organizado, você caminha com muita facilidade e há placas contando a historia de vários monumentos. Mas o ponto alto de lá é a visão que se tem do mar. Há também muitas, mas muitas iguanas, ela são as donas do pedaço. Minha visão geral sobre essas ruínas é regular, é bonito, organizado, mas claro, quem já conheceu Macchu Picchu ou Tikal fica bem reticente nesse assunto. Depois do tour fomos almoçar, nossa intenção já era descer direto para a praia, mas não atentamos para o fato de que não há nenhum restaurante dentro do parque e tampouco levamos petiscos! Fica a dica, quando for visitar essas ruínas, leve um lanchinho na mocha! Como tivemos que caminhar um bocado, decidimos ir a alguma praia de Tulum. Pegamos a van e descemos em frente a avenida que leva até a praia, mas tivemos que pegar um táxi porque é longe pra burro! Até que compensou, a praia é realmente incrível, não é a toa que seu nome é “Paraíso”. Escureceu e de despedida, pois Paulo ia voltar para Playa, comemos uma pizza maravilhosa! Uma dica legal é alugar uma bike em Tulum, assim é possível conhecer os pontos importantes da cidade e economizar uma grana. O Léo mineiro meu deu a dica do Hostel Lobo Inn, que disponibiliza as bikes para seus hospedes. Dia seguinte eu tomei o ônibus rumo a Chetumal, para minha próxima parada, a tão sonhada Caye Calker Island, em Belize! 19 / 01 – TULUM – CHETUMAL – CAYE CALKER Levantei bem cedo para arrumar as coisas e partir rumo ao terminal rodoviário, que fica a uns 15 minutos de caminhada do Mama’s Home. Comprei o bilhete para Chetumal (238 pesos) e o bus saiu pontualmente às 10:00. Perto de chegar em Chetumal, emendei uma conversa com umas australianas e convidei elas para dividir o táxi, o que foi prontamente aceito! Sugeri que o amigo delas também poderia participar e conversei um tempinho em inglês com ele, até descobrir que ele também é brasileiro! E assim conheci o Léo, um mineiro sangue bom e acabamos fazendo um trecho da trip juntos. Chegamos em tempo a Chetumal, a lancha sai às 15:00 do muelle da cidade. Comprei a passagem (500 pesos), paguei o salgado imposto de saída do México (306 pesos)e deu tempo até pra comer uns petiscos e beber uma cervezita!! O México é um país mais que incrível, acessível, com uma infra estrutura excelente para o turismo e de povo muito acolhedor, certamente eu vou voltar para conhecer um pouco mais e visitar dois lugares que estão nos meus sonhos: Isla Marieta e Isla Holbox. *Cotação: 1 USD = 13 Pesos Mexicanos Citar
Membros Cristiane Neres Postado Junho 5, 2014 Autor Membros Postado Junho 5, 2014 (editado) 20/01 – CAYE CALKER (RECONHECIMENTO) A viagem de lancha até Caye Calker é tranquila, com uma parada para os tramites de entrada em San Pedro (Ambergris), o que torna a viagem um pouco demorada. Algo muito legal que aconteceu foi um finlandês chamado Antti que conhecemos na lancha, ele nos ouviu conversando e veio falando em um bom português! Ele e o amigo Olli estavam viajando um pouco pelo mundo (ôh inveja ) e ele já havia passado um tempo no Brasil. Além disso, Antti toca violão, o que ajuda a aproximar mais as coisas. Chegamos tarde em CC, já escuro e fomos procurar o hostel que as australian girls sugeriram. Não demorou muito para encontrar o Dirty Macnastys, bem localizado, ficamos em um dormitório grande, cama confortável e banheiros limpos, ao preço de BZD 45,00. Fomos atrás de banco pra sacar dinheiro e jantar, conhecemos o bar Enjoy que serve comida típica e a mais deliciosa (e barata) lagosta da ilha! Quando chegamos, Antti, Olli e Ira (namorada do Olli) já estavam lá. Não comemos a lagosta porque já tinha acabado, beberiquei a Belikin, a famosa cerveja de Belize! Dia seguinte eu e o Léo fomos explorar a ilha a pé, o tempo estava um pouquinho fechado, mas creio que demos a volta completa na ilha! Agendamos também o mergulho no Blue Hole e mais outros dois na Big Fish Diving para o dia seguinte. E claro, mais uma vez o vendedor perguntou sobre o Mundial... Um detalhe é que eu só tinha metade do dinheiro e mesmo assim o cara fez a reserva (porém, por um motivo bem sinistro que irei descrever depois, eu acabei pagando só isso mesmo ) Depois do almoço o tempo abriu um pouquinho e fomos lagartear na “praia”, entre aspas porque a praia de CC é em um píer, onde todos os turistas se reúnem para beber uma cervejinha, as europeias fazem topless e os descolados fumam seu baseado. Ficamos até escurecer e voltamos pro hostel pra tomar banho e jantar no Enjoy, com nossos amigos finlandeses. Nessa noite conseguimos comer a famosa lagosta, uma peça média assada na brasa e com um tempero simplesmente maravilhoso, acompanhada de arroz e legumes teppan (BZD 35)! Não tenho palavras para descrever isso, foi a melhor refeição da viagem até então! Nessa noite o Antti mostrou um pouco do seu talento para espanto meu e do Léo, porque o cara toca muito e tem um repertório de altíssimo nível. Falei pra ele que gosto muito do trabalho do Yamandu Costa, ele para mais uma vez deixar meu queixo no chão tocou uma música dele e outros clássicos. Incríveis momentos de viagem que nunca esquecemos! :'> :'> :'> Já empanturrada de lagosta fomos a um bar de reggae muito legal que não lembro o nome, bebi outra cerveja e para minha surpresa o bar em 15 minutos encerrou as atividades! Mas o engraçado é os baladeiros seguiam em romaria para outro lugar, que eu pensei até que fosse uma espécie de “casa de tolerância” devido ao seu aspecto de “inferninho”, não fiquei muito tempo porque no dia seguinte teria que estar no píer às 6:00 da matina, para a saída dos mergulhos, mas ver a gringaiada soltando a franga, as europeias tentando se pendurar num poste numa espécie de pole dance desajeitado foi legal! 21 / 01 – CAYE CALKER (MERGULHOS) Acordei um pouco atrasada e tentei sem sucesso acordar o Léo. Fui direto buscar o material na Big Fish e segui para o píer, até então, nada do Léo. Cheguei lá já havia uma galera esperando, uma hora depois o Léo doidão chegou. Houve um atraso de duas horas no horário de partida, o inicio de uma sucessão de eventos sinistros do dia... Alheia a isso eu preferi interagir com os outros, fiquei papeando com o casal de espanhóis Laura e Miguel. Quase duas horas depois nosso barco chegou, enfim, rumamos para nossa primeira imersão, o Blue Hole. No trajeto, tomamos um belo café da manhã, suficiente para sanar minha fome que naquele momento era enorme É longe pra caramba, quase duas horas para chegar a reserva do grande buraco, mas a paisagem é tão maravilhosa que a gente nem sente o tempo passar. Os másters divers eram muito gente boa, cuidadosos e deixavam o material todo no jeito. Um deles até ficou me zoando, qualquer coisa que eu falava com ele repetia várias vezes “What???”, só porque eu demorei um tempo para compreender aquele inglês escroto deles... Puro bullyng com a minha pessoa... Chegamos ao Blue Hole e rapidamente iniciamos a imersão. Foi uma experiência legal, muita vida marinha nos 15 metros, depois os paredões rochosos e cavernas, quando vi já estávamos a quase 140 pés de profundidade. O momento mais legal e ponto alto dessa imersão foi ver os tubarões. Confesso que senti uma palpitação quando vi o primeiro, mas acreditem e podem me chamar de doida, eles são muito bonitos (bem distantes, é claro! ). Pena que não tirei nenhuma fotinha, a minha câmera podrinha só funciona até os 15 metros. Depois dessa, seguimos para a próxima imersão que foi simplesmente maravilhosa, a melhor do dia! Muita vida marinha, barracudas e visibilidade sensacional! Em seguida, fomos para a ilha dos pássaros para almoçar, comidinha caseira (arroz, frango ao molho e salada) e refri à vontade, depois do almoço fomos ao observatório de pássaros! Essa ilha é tão linda que passar um dia inteiro nela não seria sacrifício. Mais ou menos uma hora e meia depois, seguimos para a terceira imersão, sensacional também e vi mais uns tubarões pra fechar com chave de ouro! A essa altura do campeonato todos já estavam cansados e loucos para retornar para o continente. Ofereceram um drink de melancia muito gostoso pra brindar o sucesso da missão e tava todo mundo naquele clima de alegria, porém, num piscar de olhos a situação não era mais essa... Não muito distante da ilha o barco encalhou nos corais. Os másters dives e o capitão do barco tentaram sem sucesso algumas manobras, mas conseguiram acionar o socorro pelo celular. Só que demorou um pouco, no começo estávamos tranquilos, mas a medida que o tempo passava o clima foi ficando mais tenso, mais escuro e com ondas mais forte que empurravam o barco e produziam aquele barulho horrendo de ferro sendo arranhado Até que enfim o barco de resgate chegou, foram nos buscar de bote para evitar que o resgate ficasse encalhado também. Depois desse incidente, cobraram somente a metade do preço combinado (220 BZD). Nessa brincadeira demoramos quase três horas entre o resgate e a chegada. Depois desse perrengue, combinamos jantar a lagosta nossa de cada dia com os amigos espanhóis e rumamos para o hostel para um belo banho na carcaça! Um pouco antes de eu sair, um suíço metido a rapper puxa altos papos comigo, sei não, acho que minha sorte (ou falta dela) estava começando a mudar! Após o jantar fomos a baladinha ao lado do Enjoy, foi uma maneira de despedir da Laura e do Miguel, pois na manhã seguinte eles estariam rumando para o México. Apesar dos momentos tensos e do cansaço, o dia até que foi legal, realizei o sonho de mergulhar em Belize e de quebra conheci pessoas muito legais! Valeu muito a pena, mergulhar é algo libertador. E na baladinha, eis que um boy magia suíço se "aprochega"... 22/01 – CAYE CALKER (ULTIMO DIA) Eu decidi ficar mais um dia para curtir um pouco mais de CC. Acordei um pouco mais tarde, até porque eu não dormi, praticamente desmaiei de tanto cansaço! Tomei café junto com o boy e rumamos para a praia, queria aproveitar cada segundo ali. Almoçamos um frango assado de rua, muito, mas muito bom! Compramos um balde de cerveja Belikin e por lá ficamos o resto do dia, tomando sol e mergulhando. O Léo mineiro apareceu e ficamos papeando o resto da tarde. À noite fomos jantar no Enjoy e provei a deliciosa sopa de marisco, uma porção bem generosa até! Depois fomos a um bar no estilo americano, tomamos uns chopps e depois dormir, íamos sair cedo de CC rumo a Belize City. Minha ideia era seguir rumo a Guatemala no dia seguinte, mas o suíço queria fazer uma parada em San Ignacio, ainda em Belize. Lembrei que de lá parte o passeio para as ATM Caves e para as ruínas de Caracol e Xanantunich, seria uma ótima chance para conhecer pelo menos uma das atrações. 23/01 – CAYE CALKER – BELIZE CITY – SAN IGNÁCIO Dia de partir de Caye Calker, levantamos cedo e fomos rumo ao píer. Pagamos 20 BZD pelo bilhete, enquanto estavam embarcando as bagagens, tomamos um café cubano em um restaurante em frente. Navegar nos mares caribenhos sempre é um presente, decidimos ir na parte de cima da lancha, para aproveitar esses últimos momentos de mar. A viagem é rápida, algo em torno de uma hora e meia (não lembro bem). Chegamos e é aquela muvuca pra pegar as malas, tem que ficar esperto! Pegamos um táxi para o terminal rodoviário, vi um pouquinho de como é Belize City, parece um lugar fantasma, que parou no tempo... Isso vi no trecho do cais ao terminal, talvez tenha uma parte mais moderna da cidade, um dia volto para andar pelo menos uns dois dias para tirar uma conclusão mais realista! Foi a minha segunda vez no terminal da antiga capital belizenha, mas só tive sorte, pois não aguardei muito tempo as saídas de ônibus. Na primeira vez, tomei o bus até a fronteira com o México e nessa vez, tomamos rumo à fronteira com a Guatemala (linha Benque). Como já relatei antes, não vá esperando um bus executivo com ar condicionado, são os famosos pinga-pinga, sempre lotados e a bagagem vai em um compartimento atrás do ônibus ou nas canaletas laterais acima dos assentos. Eu confesso que andar nos chicken buses foi uma das melhores experiências da minha vida, apesar do desconforto, você vê as pessoas como elas realmente são, no centro das suas rotinas de escola, trabalho... Mesmo com todos esses perrengues e sem muito da simpatia característica dos latinos, o povo belizenho é muito alegre, muito “pra cima”, com uma autenticidade de encher os olhos! Apesar de todo massacre cultural a quer foram submetidos todos esses anos, nota-se um esforço em resgatar/preservar suas raízes. E a diversidade, fiquei muito surpresa ao encontrar tantos chineses, indianos e muitas outras nacionalidades convivendo nesse pequeno país! E assim chegamos em San Ignácio, por um momento hesitei e pensei em seguir logo a Guate, mas como meu roteiro não era fechado, resolvi vivenciar essa experiência junto com o rapper suíço. San Ignácio é uma cidade bem pequena, até simpática eu diria e como falei antes, ponto de partida para os passeios mais incríveis de Belize. Conseguimos hospedagem em umas cabanas bem legais, tem uma área boa pra acampar também chamando Manakai (25 BZD diária). Largamos as mochilas e fomos conhecer as ruínas de Cahal Pech, que fica dentro da cidade a uns 15 minutos de táxi. O sitio é legal, limpo e organizado, paga-se a quantia de 10 BZD para entrada, mas nada comparado aos outros sítios visitados. Caminhamos bastante, subimos alguns templos, lá tudo é livre para acesso. Na boa, se você vai visitar Xanantunich ou Caracol, acho esse passeio dispensável. Voltamos a pé para a praça central, onde comemos uma pizza e fomos descansar. Pela noite fomos a praça beber uma cervejinha e socializar com os locais, em um dos quiosques estava rolando um karaokê, os velhinhos mandavam bem no gogó e o repertório de Elvis a Luis Miguel de muito bom gosto! Provei uma cervejinha boa chamada Lighthouse e uns petiscos de asinha de frango bemm apimentada!!! Nessa hora o boy suíço lamentou a parada na cidade, bom baby, azar o dele, eu até que curti! Para o dia seguinte eu estava planejando ir a Xanantunich, pois de lá poderia seguir para a fronteira com a Guatemala. Dia seguinte de muita chuva, caracas, parecia que eu tava na Amazônia! Os meus planos de ir ao sitio arqueológico foram literalmente por água abaixo! Diante do dilúvio, decidi rumar para Flores (GUA), já era hora de deixar Belize para trás ou eu não ia conseguir aproveitar tudo que eu queria nessa ultima semana de trip! Decidimos ir de taxi até a fronteira, o valor estava razoável (10 BZD) e com o chuvaréu ia ficar complicado esperar o bus na praça. E assim me despeço de Belize, um ilustre desconhecido que adorei explora um pouquinho, as experiências ali foram inesquecíveis e um dia quero voltar para conhecer mais lugares, li muito sobre as Tobacco Cayes, um conjunto de ilhas no meio do “nada” caribenho, também tem a cidade de Hopkins, me parece bem ao estilo de Placência e claro, quero explorar as ATM Caves e as ruínas de Caracol, que estavam no cronograma mas acabou que tive que abrir mão! Os temperos belizenhos são um show a parte, depois dessa viagem, passei a incluir mais curry na minha comida! Só não dá mesmo pra incluir a lagosta, porque além de não morar em uma região costeira, soy probrecita, pobrecita de marré marré! Hasta la vista, Belize! Goodby! Editado Agosto 6, 2014 por Visitante Citar
Membros marcos.gyn Postado Junho 11, 2014 Membros Postado Junho 11, 2014 show de bola na espera!!! Citar
Colaboradores Trota Nando O Ateu Postado Junho 29, 2014 Colaboradores Postado Junho 29, 2014 Humor negro eu ???? Imagina ? Sou o Trota Parabéns pela viagem... Citar
Membros Cristiane Neres Postado Junho 29, 2014 Autor Membros Postado Junho 29, 2014 Trota eu é que agradeço, suas dicas no relato ajudaram bastante! E vc gostou tanto da AC que já está voltando hein! Talvez minhas próximas férias em janeiro eu conheça o outro pedaço da AC que não conheci. Super abraço Citar
Membros cprotti Postado Julho 23, 2014 Membros Postado Julho 23, 2014 Olá, Cristiane! Muito legal teu relato! Sobre o curso em Utila: qual empresa tu contratou? o curso foi satisfatório? Valeu! Citar
Membros Cristiane Neres Postado Julho 24, 2014 Autor Membros Postado Julho 24, 2014 Olá cprotti, que bom que gostou! Ainda tá faltando mais causos e as tabelas de custo, aos poucos vou postando! Fiz o curso com a Ecomarine, no pacote estava inclusa a hospedagem (bem simples). Olha gostei do serviço, tinha a opção de fazer o curso em ingles ou espanhol . O ruim é que o tempo não colaborou muito, meio chuvoso nos tres primeiros dias. Na ilha há muitas escolas, passei perto de uma que anunciava o curso em portugues tb! Um abraço! Citar
Membros Cristiane Neres Postado Agosto 6, 2014 Autor Membros Postado Agosto 6, 2014 (editado) 24/01 - SAN IGNÁCIO (BEZ) – MELCHOR DE MENCOS (GUA) – FLORES / SANTA HELENA (GUA) Como escrevi, fomos de taxi até a fronteira com a Guatemala. O processo de saída é tranquilo, paga-se a quantia módica de 37.50 BZD para sair do país e a entrada na Guate é muito susse. A cidade fronteiriça chama-se Melchor de Mencos, bem pequena e ao que pareceu com uma infra estrutura precária, serve apenas como ponto de passagem para quem vai a Santa Helena / Flores. Um taxista queria nos cobrar 200 QTZ para nos deixar em Flores, alegando não ter outro meio de transporte... Desculpa batida essa, depois de quase batermos boca com o pobre diabo, ele nos deixou no ponto de vans, cujo valor é 40 QTZ até Flores. A estrada é bem precária, mas nada que eu nunca tenha visto pior aqui no Brasil e a viagem foi tranquila. Paramos em um posto de gasolina para abastecer e compramos umas Gallos para abrir os trabalhos na Guatemala. Chegamos umas 13 h mais ou menos em Flores, na rua principal nos ofereceram a estadia no hotel Mirador Del Lago, em frente ao lago Péten a 60 QTZ por cabeça. A essa altura eu tava com aquele vazio gritando dentro de mim, não quis nem saber de pesquisar mais, só queria uma boa refeição e dormir. Infelizmente a chuva dominou o restante do dia, uma parte do belo calçadão estava alagado! Mas é isso aí, a natureza define o que vamos conhecer, é muita petulância nossa achar que vai chegar ao lugar e ele estará exatamente como você viu nas fotos. Agendei o passeio a Tikal (80 QTZ) e comprei a passagem para Antígua (300 QTZ), caminhei um pouquinho pela cidade, a noite comi uns tacos maravilhosos em uma banquinha de rua (15 QTZ) e tive que sacar dindin para pagar as próximas despesas em Santa Helena, o caixa do mercadinho de Flores não estava prestando. Aproveitei a viagem e comprei uns biscoitos em um supermercado do shopping onde realizei o saque. Depois disso tudo, voltei para o hotel e li bastantes coisas sobre Tikal, também estudei o mapa do lonely planet, pois decidi fazer o passeio sem o guia, fiquei com receio após a experiência ruim do amigo Paulo Boschi, em que o guia safado simplesmente abandonou ele e só tava dando moral pros europeus! 25/01 – FLORES – TIKAL – CIUDAD DE GUATEMALA – ANTÍGUA Umas 3:30 da madruga estava a baixinha aqui de pé, com sua mochilinha a mão e muito, mas muito ansiosa por um dos pontos altos da trip: o passeio a Tikal, uma das mais poderosas cidades maias até então descoberta! A viagem de Flores até o parque arqueológico é um pouco demorada, aproveitei e tirei aquele ronco na van! Quando chegamos, os grupos já foram se formando com os guias, eu tava urrando de fome e só tem uma vendinha com lanche, mas bem modesto, só um café ruim e misto frio a preço bemmm turístico! Deus é mais! Enfim, me embioquei no meio da mata de posse do tablet com o mapa e as informações necessárias. Olha no começo, devido ao tempinho de caminhada, fiz aquela perguntinha básica a minha consciência: O que tô fazendo aqui!! Mas meus questionamentos não duraram muito, eis que chego primeiro a Plaza Mayor! Sim, sozinha, solita, me, I and myself! Pude contemplar, tirar fotos sem aquele mundo de pessoas, aproveitei esse momento ao máximo, afinal, não é todo dia que você tem um centro maia só para você! Bom mas aí chegou um casal de italianos, até tirei umas fotinhas deles e claro que pedi para eles registrarem as minhas também! Quando o povo começou a chegar, vazei dali e fui explorar a MINHA Tikal! Sozinha cheguei ao maior templo do parque, o Templo IV (ou Templo do Jaguar) e já fui logo subindo, queria meus momentos de contemplação/reflexão do alto de seus 72 metros! Vejam e tirem suas conclusões! Claro que não é suficiente para ver tudo, acho que seria massa passar o dia ali! Depois voltei para Flores, almocei um burrito ruim da peste perto do hotel e caminhei um pouco pela cidade, meu bus para Guate city e Antígua tava marcado para às 19:00. Eu lamentei muito não ter mais tempo para ir a Semuc Champey, mas fica pra uma próxima! Arrumei as tralhas, jantei na banquinha dos tacos baratos e embarquei no confortável bus da Maya de Oro. Se pegarem esse ônibus levem agasalho, o ar condicionado vai no ultimo! 26 / 01 – GUATE CITY – ANTÍGUA Após uma noite cansativa de viagem, cheguei ao feio/tumultuado e desorganizado terminal de Ciudad de Guatemala. Eu não sei bem se é o terminal ou se é só a garagem da empresa, porque em Honduras, por exemplo, não há um terminal central, as empresas saem de pontos específicos da cidade. Pois bem, a passagem incluía o transfer até Antígua e demorou pelo menos uma hora até me incluírem em uma das vans... Cansada e com sono, imaginem como fiquei mansa com isso... Mais mansa ainda fiquei quando o motorista da van praticamente me “desovou” em uma esquina de Antígua, perguntei se ele não poderia me deixar perto do hostel Ásia Sul e ele simplesmente me largou lá e saiu cantando pneu! Pois bem, depois do meu momento despejo saí arrastando minha malinha atrás do hostel e nada de encontrar! Dei uma buscada no lonely planet e fui atrás do Hostel Black Cat. Dei uma pernada escrota só para descobrir que o lugar havia fechado. Uma coisa que aprendi nessa trip é que quando a Lei de Murphy ataca assim “de com força”, melhor é seguir o conselho de dona Marta Suplicy... ! Então decidi matar quem estava me matando, parei em um lugar bem limpinho e bonito para tomar um super café da manhã e acessar a internet. Vi no hosteworld um lugar bacaninha chamado Casa Jacaranda, como tava pertinho rumei pra lá. O hostel é limpo, bonito e com preço bom (75 QTZ com café da manhã), o único porém é que no meu quarto com 3 beliches só havia uma tomada! Sem perder muito tempo, já deixei algumas roupas para lavar e comprei o passeio ao Vulcão Pacaya (80 QTZ) para a tarde. Dei uma voltinha pelas redondezas, comprei uma camisa, almocei numa birosquinha dentro do hostel mesmo, que serve pratos mexicanos a preço guatemalteco! Uma delícia, comi uma quezadilla e uma porção de tacos! A van foi me buscar no hostel na hora marcada e já seguiu ao povoado. A viagem é um tanto demorada, mas vale muito a pena. Chegando lá, paga-se 50 QTZ na entrada e é cheio de menino vendendo uns bastões que servirão como apoio na caminhada. O nosso grupo era até legal, tinha um casal americano, um israelense, um mexicano, pai e filho franceses, um casal jovem que não lembro de onde e uma jovem senhora americana que tem um fraco por boys latinos! E atrás dessa comitiva uns guris puxando seus cavalos, pra quando o povo pedir arrego já ter o “táxi” garantido. Olha já no inicio a caminhada é punk e bem íngreme, eu de enxerida queria ver até onde o joelho véi ia aguentar, mas depois dos 100 primeiros metros tive que alugar o pangaré! Isso mesmo, a bunitha aqui subiu até a base do Pacaya no lombo do equino! Eu queria mesmo era ter ido caminhando no meio da bagaceira, mas sabe como é, velho é flórida! A subida é puxada e pouco a pouco algumas colegas pediram arrego, menos o senhorzinho francês que subiu firme e forte! Os cavalos só vão até certo ponto, dali tem que ir na pernada mesmo em um terreno bem escorregadio. Chegamos na base do Pacaya e a visão é sensacional! Aí também tem que ter aquela coisa de turista, o guia leva um pacote de mashmalows (nem lembro como escreve) pra assar no calor que emana das fendas! Besteira, mas eu comi um bocado! O retorno foi na pernada e confesso que o joelho “pódi” reclamou, mas venci essa etapa, vinha bem devagar e batendo papo com a senhora que curte os latinos. Chegamos ao lugar de partida já tarde da noite e sem demora voltamos para Antígua. Nos deixaram na praça central de Antígua e combinamos de jantar eu, o mexicano e o boy israelense. Só esquecemos de um pequeno detalhe, já era muito tarde e a maioria dos restaurantes estavam fechados! Mesmo assim encontramos um restaurante chinês aberto e comemos sanduíche. Ainda tentamos ir a um pub, mas o cansaço era demais e decidimos aquietar e ir dormir. Editado Agosto 7, 2014 por Visitante Citar
Membros RoxaneOliveira Postado Agosto 6, 2014 Membros Postado Agosto 6, 2014 Parabéns pelo relato. Grande inspiração. Citar
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