Membros rcvsiqueira Postado Março 18, 2014 Membros Postado Março 18, 2014 Fomos a Buenos Aires no último Carnaval e nos hospedamos no hostel Punto Cero, eu, minha noiva, o pai dela e o afilhado dela. Na época que fizemos a reserva se o lugar chamava "Hotel de los Dos Congresos". 1.o dia - Saímos do hotel de manhã, fomos pela Av. De Mayo, para poder chegar em Puerto Madero e no caminho filmamos e tiramos fotos da 9 de Julio, Obelisco, Plaza de Mayo e a Casa Rosada. Ainda na De Mayo comprei uma lembrancinha para uma amiga nossa e um CD do Thelonious Monk, os quais saíram por algo em torno de R$30,00 em uma lojinha de CDs e lembrancinhas pra turistas. Chegamos em Puerto Madero na esperança de conseguir um lugar em conta no barco da Buquebus para Montevidéu. Chegamos no prédio deles e de início tínhamos que esperar sentados (assim como vamos a uma agência bancária e aguardamos ser atendidos pelo gerente) para sermos informados sobre preço e condições de pagamento para um dia de viagem. Ao sermos atendidos a moça informou o preço, girando em torno de AR$ 1800,00 por pessoa para o Day Tour dali a 3 dias e (detalhe), só aceitavam dólares, euros ou cartão de crédito...Como assim, não aceitar a moeda do próprio país? Na hora, como percebi que estava ficando complicado demais, pois não fomos com um caminhão de dinheiro (até por que não temos), comecei a questionar e minha noiva também. Como eu não tolero muito essa coisa de estrangeirismo levado às últimas consequências (alguns podem não gostar desse posicionamento meu, mas enfim, é o gosto de cada um), desisti e como minha noiva já estava de saco cheio também, afinal de contas foram muitos malabarismos para ver se essa viagem seria viável, resolvemos ficar em Buenos Aires. Então almoçamos em um restaurante chamado "Il Gatto", onde pedimos uma promoção do dia. No meu caso comi um nhoque ao molho branco, com direito a uma bebida (7 Up, há anos que não bebia, ainda existe por lá) e uma sobremesa e cada um pediu uma variação da promoção e pagamos AR$76,00 cada um. Muito bom, recomendo! Em seguida fomos de táxi à Calle Florida, passando pela Calle Lavalle antes, mais para conhecer, pois já sabíamos que os preços não seriam assim tão convidativos. Na Galeria Pacífico tomamos o tal sorvete Freddo, o qual achei comum, nada do que falam como sendo o melhor do mundo e imperdível, pra mim o sorvete Itália aqui no RJ dá de 1000 a zero no Freddo, principalmente o sabor chocolate Equador 70%. Paramos na loja da Adidas e eu que sou fanático por futebol e coleciono camisas, quando vi uma camisa do River Plate preta, comemorativa dos 75 anos do Monumental de Nuñez, estádio deles, o qual queria também visitar, não resisti. Paguei AR$ 650,00, o que dá o mesmo preço que eu compraria em uma Centauro da vida, mas como era uma edição limitada e aquela coisa de colecionador...rs não pensei muito. O ponto negativo foi a vendedora, que me fez esperar um tempão para procurar o meu numero (GG) e depois aparecer sem a camisa, havia esquecido...Eu lembrei-a e ela em 30 segundos pegou a tal camisa. No mais, muitos pedidos na rua para câmbio clandestino, passeios guiados, city tours, etc, todos recusados com um "No, gracias" padrão, não sabia que eram tantos. Tinha até brasileiro fazendo isso, agora mais parecendo falsificado, tamanho o sotaque...rs E havia muitos camelôs de rua vendendo artesanato. Mas isso passei batido também, pois não é minha praia...rs Voltamos para o hotel de metrô. Jantamos no restaurante La Continental, gostei da pizza. Outra coisa lá muito bem recomendada são as empanadas. 2.o dia - Foi o dia de abertura do ano legislativo na Argentina, por conta disso a praça já estava cheia de gente de manhã e lotou à tarde. Voltamos à Calle Florida, pois tínhamos que comprar adaptadores para celulares, tablets e câmera filmadora que levamos. Recomendo a Galeria Jardin, muito boa em eletrônicos. No meio do caminho levei um tombo e caí em cima da mochila com a filmadora dentro...Tenso...Abri a mochila e a bateria tinha se desprendido e só ela que estava com uma rachadura, a filmadora intacta...Na pressa, tentei colocar a bateria de volta na câmera e não funcionava...Pensei "adeus filmagens"...Fui em uma loja que tinha baterias para ao menos testar se alguma nova funcionava. E nada...Mas me deu um estalo e eu tentei a bateria quebrada de novo...Funcionou!! Ufa!! E eu tinha uma sobressalente que passei a usar, com medo da outra explodir ou coisa assim. Talvez nos outros testes eu não tenha colocado adequadamente a bateria na câmera na pressa, no nervosismo e não funcionaria mesmo...Seguimos o passeio, andamos (e muito) na avenida Corrientes, almoçamos em um restaurante simples, pagamos barato (não me lembro quanto, mas algo em torno de R$ 20,00 cada um), para a comida e bebida, sem sobremesa. Fui na famosa loja de discos "Oid Mortales" à procura de vinil, mas os novos que eu queria todos caros, com imposto de importação embutidos, não comprei nada e nem achei nada que valesse a pena. Ainda paramos na Musimundo (uma espécie de Fnac deles), onde comprei um CD da Whitney Houston que no fim deu uns R$ 30,00 que também equivale ao preço daqui. Como eu já estava querendo há um tempo e estava à mão, resolvi comprar. À noite assistimos na Plaza del Congreso a uma apresentação de Carnaval que parecia mais campeonato de ginástica...rs Mas valeu a diversão. 3.o dia - Estava programado para irmos ao zoológico de Luján. Pegamos o metrô até a estação Plaza Italia, atravessamos a rua e fomos até onde fazia ponto o ônibus 57, que levaria ao zoo. Lá após passarmos um bom tempo na fila, descobrimos que a passagem não é vendida lá, que teríamos que ir em um "kiosco" (lojinha de artigos variados, em cada esquina tem uma), comprar um cartão, carregar em uma estação de trem (chamada SUBE) e usar no tal 57. Aí desistimos de ir no zoo, devido ao adiantado da hora (quase meio dia) e resolvemos fazer o passeio do Trem da Costa, pegando um ônibus (número 60) até Maipu e de lá o trem, que saiu AR$20,00 por cabeça. Um passeio muito agradável, chegamos a ver o Rio da Prata, poderíamos parar nas estações e seguir depois, mas como não queríamos perder tempo, seguimos no trem até a última estação que se localiza no ponto de saída dos barcos para fazer o Delta do Tigre. Outro passeio que valeu a pena! Saiu por volta de AR$ 80,00 por cabeça. Tem um parque de diversões à beira do Tigre, um cassino, um mercado de frutas e muitos restaurantes para almoçar, embora estivessem lotados e com preços pouco convidativos. Depois do passeio, sem almoçar, fomos a San Telmo, fazendo o caminho inverso da ida. Depois de sair da av. 9 de Julho, pegamos o caminho pra San Telmo, e no meio havia umas pessoas esquisitas. Fomos seguidos por duas pessoas, que notei inclusive serem parecidas com a dupla Cesar Menotti e Fabiano, mas como eu olhava incessantemente pra trás, na direção deles eles perceberam e desistiram de nos atacar. Feira de San Telmo: pra quem gosta de velharias, um prato cheio...rs Não comprei nada, pois já sei foi o tempo que gostava de comprar coisa já velha...rs Voltamos para o hotel de táxi, tamanho era nosso medo. Ainda com direito a ouvir no rádio o jogo River Plate x San Lorenzo...Quanta vontade de estar no Monumental...rs À noite fomos no show de tango do Café Tortoni, localizado na Av. De Mayo, local que está ali há mais de 150 anos. Saiu cerca de R$ 60,00 por pessoa, muito mais barato que o Señor Tango, tão badalado quanto caro (ouvi dizer algo em torno de R$ 200,00). Após isso jantamos um Ojo de Bife por AR$ 80,00, suficiente para 2 pessoas, no restaurante La Nueva Embajada, também na Av. de Mayo, quase esquina com a 9 de Julio, onde também pudemos trocar nossos dólares e reais por pesos (ARS$ 10 cada dólar e AR$ 4 cada real). 4.o dia - De posse do cartão carregado, saímos do hotel, pegamos o metrô sentido linha D (Callao) e fizemos baldeação na estação Carlos Pelllegrini e saltamos na estação Plaza Italia e pegamos ônibus 57 que nos levou ao zoológico. Deu AR$ 29,00 por cabeça (o preço normal dos ônibus lá saía em torno de AR$ 4,00). Demoramos a chegar, cerca de duas horas, pois parou em um monte de bairros até chegar a Luján. Lá no zoo encontramos filas enormes para entrar nas jaulas dos animais mais concorridos, como leão adulto, leão filhote, tigre filhote. Apenas um de nós foi na jaula do urso filhote dar comida a ele. Os mais ferozes pareciam meio dopados, mas o passeio valeu a pena, apesar de que para nós dificilmente repetiremos. Pagamos o equivalente a R$ 55,00 por pessoa para entrar. No cartaz aparece direito a "parrilla", pensamos que era em um restaurante, só que não! rs Haviam umas churrasqueiras de tijolo em que poderíamos fazer a tal "parrilla", acho que até a carne éramos nós que teríamos que levar. Enfim, resolvemos almoçar em Buenos Aires mesmo. Nesse dia compramos comida no mercado, já que o preço da comida nos restaurantes estava começando a pesar...Depois descobrimos que existem ônibus indo para o Zoo saindo da Plaza Miserere no Centro de Buenos Aires. Basta pegar a linha A do metrô e saltar na estação Plaza Miserere que o ônibus faz ponto final na praça é de nº57 também (pegamos esse ônibus por acaso na volta do Zoo achando que nos deixaria no ponto final na Plaza D'Italia) e para nossa surpresa ele fez outro caminho, bem mais rápido, deu menos voltas e nos deixou na Plaza Miserere (centro) e assim pudemos voltar andando para o Hostel. 5.o dia - Acordamos cedo e quando ouvi o barulho da chuva, pensei "adeus Caminito e River Plate"...Pensei: será que no passeio que eu mais queria fazer a gente teria que ficar no hotel vendo "Animal Planet" em castelhano? rs Nos levantamos, tomamos banho, nos arrumamos e tomamos café da manhã, tudo isso para dar tempo para que a chuva parasse. Quando terminamos a chuva tinha dado uma trégua e pegamos o metrô linha A até a estação Rio de Janeiro e em seguida saímos do metrô em direção até o ponto da linha número 15 o qual pegamos para saltar na esquina da avenida Libertador com a av. Lidoro J. Quinteros, já no bairro de Nuñez, onde entramos, passamos por uma pracinha e logo avistamos o estádio Monumental de Nuñez. Já havia até sol. Haviamos visto que o preço da visita guiada estava AR$ 55,00. Mas, acho que devido à crise, aumentou para AR$ 80,00. E como queria muito entrar lá e o Boca pra mim não representa muita coisa, iria só ao Caminito e filmaria la Bombonera por fora. Lá dentro do Monumental tem um museu muito interessante, a visita guiada para quem gosta de futebol é muito legal. Pode-se filmar e fotografar. De lá fomos direto ao Caminito no ônibus numero 29, pegando no cruzamento onde tinhamos saltado na chegada, só que do outro lado da rua, que atravessou meia cidade, demorou 1hora e 15 minutos, mas chegamos certinho. Na chegada ao Caminito, alguns dançarinos quiseram que a gente tirasse fotos, mas mais uma vez o "no gracias" foi de grande valia...rs Andamos, comemos no restaurante "Atelier" (onde quiseram cobrar 1 garrafinha de 7 Up a mais do que efetivamente tomamos...rs), fomos ao La Bombonera, filmei de fora, e paramos em uma lojinha em frente a ele, que vende roupas em geral. Lá comprei mais uma camisa do River, a normal, branca com uma faixa diagonal vermelha. Essa foi bem mais baratinha, US$ 28,00. A maioria só fala do Boca, que tem que ir no Boca e tal, mas como meu time já foi eliminado por ele uma vez, e por questão de identificação sou mais River...rs Quando finalizamos o passeio, já era quase de noite, comemos o restante da comida que havíamos comprado no dia anterior e mais tarde jantamos no restaurante do lado do hotel. Observações sobre o hostel: O hostel "Punto Cero" em que ficamos é meio desorganizado: - Houve uma falha de comunicação com o restaurante (do loado do hotel) que nos ofereceu café da manhã, o qual nos dava direito a duas "media lunas" e um café com leite ou um café expresso, mas um copinho de água mineral gasosa. No segundo dia da nossa estadia não tinha as "media lunas" e pedimos duas "empanadas" cada um, sem saber nem sermos informados que não teríamos direito. No final tivemos que pagar a diferença entre as 2 "media lunas" e as "empanadas" e o gerente do hotel ainda fez cara feia pra gente; - Na chegada ao hotel bebemos água mineral, pagamos depois e ainda fomos cobrados na saída, pois um dos recepcionistas não tinha dado baixa no pagamento da tal água; - Apto. pequeno demais, insuficiente para 4 pessoas (tive que dormir em um colchonete extra, que havia lá) e totalmente diferente do que nos foi mostrado no ato da reserva; - Haviam dois abajures que não funcionaram; - Não nos ofereceram adaptadores de tomadas elétricas, cujo padrão lá jamais tínhamos visto. Free Shops: O de embarque em Buenos Aires (volta) realmente é bem maior do que o de desembarque (ida). Achei os perfumes bem em conta, minha noiva comprou 3 pelo preço de 1 no Brasil, comprei 2, os quais a economia foi um pouco menor mas pelo menos renovei meu estoque até a próxima viagem. Compramos um tabletão de Toblerone por US$ 15,00, mais uns Havannetes para os amigos, que são uma espécie de Nhá Benta deles. Problema: no free shop de desembarque primeiro comprei um perfume e a moça do caixa me deu de troco uma nota de US$ 5,00 meio rasgadinha e velha. Aí em outro ponto do mesmo free shop quis comprar o Toblerone com essa mesma nota e não aceitaram...Como assim??? Voltei na mesma caixa que me deu a nota e ela foi em um lugar e voltou dizendo que não podia e que eu poderia trocar no Banco de La Nacion. Esse (no aeroporto ainda) não aceitou, alegando que que teria que trocar a tal nota em um banco americano, tipo Citibank. Não deu tempo para trocarmos na sexta, pois paramos em tantos lugares, enfim, quando encontramos um Citibank já havia se encerrado o expediente bancário. E como segunda e terça os bancos estavam fechados, definimos que iriamos trocar no Brasil. Quando fui pagar as compras da volta para o Brasil, quem aparece no caixa? A mesma moça da tal nota!! rs Expliquei que não tinha conseguido trocar a nota e ela, no fim das contas me deu um desconto de US$5,00 para compensar a nota rasgada e pelo que entendi ela teria que pagar do próprio bolso o engano. Até agora eu não entendi por que ela me deu uma nota sabendo que essa não seria aceita...Mas enfim...Valeu a experiência... Observação geral sobre a comida: é legal, mas não tem tempero, quem está acostumado ao tempero daqui, lá sente falta...Mas não é ruim. Acho que o que dava para fazer em 5 dias nós fizemos. Tudo o que a gente queria muito fazer nós fizemos. Contratempos sempre há e se a gente for se agarrar a eles nunca vai ter prazer. Uma viagem memorável, andamos muito e a maioria dos passeios fizemos de ônibus e metrô, só pegando táxi quando era inevitável. E no final, fazendo as contas, com a viagem a Montevidéu, 70% dos passeios que fizemos se tornariam inviáveis. Citar
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