Colaboradores William Garcia Postado Março 1, 2014 Colaboradores Postado Março 1, 2014 (editado) Boa tarde pessoal, este vai ser meu primeiro relato aqui no Mochileiros. Primeiro é bom informar que fiz minha trip sozinho e teve uma duração total de 17 dias, começando em 7 de outubro até 24 de outubro de 2013. Pretendo ser objetivo, e abordar bastante sobre custos que é algo que o pessoal sempre questiona. Para tanto vou colocar o valor em real pago na data das moedas utilizadas: * Soles - R$ 0,85 * Bolivianos - R$ 0,34 * Chileno - R$ 0,0045 * Dolar - R$ 2,39 [t1]1º dia - São Paulo / Cusco[/t1] Bom, após passar o final de semana verificando o que levar e arrumando a mochila, finalmente tudo pronto para partir. Nunca tinha viajado pela LAN e gostei bastante dos serviços, meu vôo saiu pelas 21h. Porém esse era um vôo de conexão em Lima e tive que passar 4 horas aguardando o próximo vôo para Cusco. Até aí tudo bem, saí do avião peguei minha mochila e já fui direto despachar. Enfim, fui me encostar num canto para relaxar e esperar o tempo passar. De repente, ouço algo nos auto-falantes do aeroporto que se parece meu nome e algo relacionado a comparecer em algum lugar OK, lá vou eu no guichê da LAN me informar, e adivinhem, ninguém sabia de nada, logo não deve ser nada. Lá vou eu de novo me encostar, quando dessa vez eu entendi perfeitamente: - Sr. William Garcia, favor comparecer na alfandega imediatamente. Como assim? Já até despachei minha bagagem, já sei, alguém vai querer me extorquir e inventar que tem alguma coisa na mochila. Mas fazer o que, vamos lá ver o que que ta pegando... Detalhe que me apresentei lá e ninguém sabia de nada, e sei que improviso no meu portunhol, mas parecia que ninguém queria me entender. Até que aparece uma guarda me chamando pra entrar na sala de desembarque, revistou minha mochila pequena que estava carregando e enfim explicou o que tava acontecendo. O que de fato aconteceu é que peguei a mochila errada O legal é que conheci um casal simpático de Curitiba e que acabamos passando essas últimas 3h que faltavam. Bom, foi só um susto. Mas é bom contar que nossa mochila estava com a transport cover assim (sem identificação): Tive os seguintes gastos: * Airport bus service para Guarulhos - R$ 36,50 * Mc Donald's - R$ 24,50 * Impressões de vôos e seguro de viagem - R$ 4,00 * Alguns snacks - R$ 15,00 * Livro de viagem (Diário de Anne Frank) - R$ 20,00 [t1]2º dia - Cusco[/t1] Chegando na cidade de Cusco, o aeroporto é simples mas achei suficientemente organizado e limpo. Eu já tinha reservado o hostel (Loki) e incluso o transfer do aerporto. O que me chamou a atenção foram os taxistas no lado de fora que ficavam disputando turistas, e inclusive teve um que veio me acompanhando dizendo que o Loki hostel nunca manda ninguém pegar Mas sim, mais a frente tinha alguém com meu nome e correu tudo bem, portanto fiquem atentos, afinal se você ta chegando sem transfer, sempre podem cobrar um pouco mais. A região de Cusco é bem simpática, uma cidade que não teve muitos investimentos e ainda parece muito na sua idade colonial. O Loki hostel é uma das hospedagens mais afastadas do centro, mas é um lugar bem agitado e ótimo pra quem gosta de beber e conhecer gente. No meu caso estava bem cansado e optei por experimentar um Cusqueña Dorada, comer algo e descansar, afinal teria que ir para Águas Calientes no dia seguinte. Tive os seguintes gastos: * Água - 4,80 soles * Loki hostel (diária + transfer + cerveja e comida) - 24,00 dolares [t1]3º dia - Cusco / Ollantaytambo / Águas Calientes[/t1] Nesse dia eu acordei cedo, tomei um café da manhã no hostel e saí caminhando para olhar um pouco da região, mas confesso que subir qualquer morrinho me deixava bem ofegante. Bom, como já tinha comprado meus tickets para o trens ida/volta para Águas Calientes, tive que arrumar um modo de chegar até Ollantaytambo, local de onde partia o trem. No próprio hostel solicitei um taxi e não demorou a chegar, me levou para a rua Pavitos, onde você não precisa falar nada, todos verão que você é turista e te oferecerão um transporte para Ollanta, sim, acredito que a maioria faz esse trajeto. Fechei com um cara lá e me enfiei numa van cheia de peruanos, é disso que eu gosto, contato com os locais. Algumas fotos não ficaram boas, afinal aquela van balançava muito e o trajeto foi bem demorado, mas a vista compensava e diferente do que eu pensava, não foi aquela muvuca e aquele monte de gente conversando... Após muito chão, chegamos enfim em Ollantaytambo, eu me arrependo de não ter pego 30 dias de férias para aproveitar melhor essa localidade, bem como outras que acabei por descobrir no meio do caminho. Logo no desembarque, que fica na única rua que adentra a plataforma de trens, há feiras com vários mimos. E sim, foto no celular, a noite, e com pressa, fica assim... Chegando lá com tudo impresso e passaporte/identidade em mãos foi bem simples e rápido, o trem que peguei foi o mais barato que tinha. Desculpem não postar o valor dos trens e do ticket de Machu Picchu pois realmente não lembro e teria que buscar aqui nos extratos do cartão de crédito. Dicas para quem vai comprar tickets para o trem e para Machu Picchu O trem foi bem simples, consegui fazer tudo pelo site do Peru Rail (http://www.perurail.com) sem problemas. Existe um site do governo Peruano onde oficialmente devem ser comprados os tickets para Machu Picchu, mas muita gente tem problemas para passar o cartão ou mesmo com a disponibilidade do site, que convenhamos não é nada bom. Eu utilizei essa agencia Fabulous Peru Tours (http://www.fabulousperutours.com/availability-on-line.html) e foi ótimo, pelo site eu vejo os dias que estão disponíveis a visitação, quantos tickets ainda restam por tipo de passeio, eles vão pessoalmente comprar seu ticket nominal e te enviam por e-mail Bom, o trem anda devagar então é bom ter paciência e puxar aquele livro de viagem. Serviram bebida e uns snacks a escolha. Tomei a famigerada Inka Cola, e é bem peculiar, longe de ser algo saboroso, mas valeu a tentativa. Quando chegamos em Águas Calientes já era noite, passava das 22h e o pessoal rapidamente se dispersou, afinal tinha muita gente com plaquinha dos hóteis/hostels. Não para mim Já havia feito a reserva no Pirwa hostel, o qual recomendo, justamente porque a localidade é pequena e não comporta muitos turistas. Bom, logo devia ter alguém me esperando, mas rodei de um lado pro outro e nada, até que pensei em ir buscar sozinho mesmo. Mas surpresa! Aparecem duas meninas despreocupadas e caminhando lentamente: - Olá, William Garcia? Sim, sou eu, ainda bem que vocês apareceram E de lá foram me guiando até o hostel, que fica subindo o morro quase lá em cima. E confesso que aquela hora da noite fiquei um pouco apreensivo, mas tudo correu bem e tranquilo, as meninas eram bem comunicativas e simpáticas. Já no hostel, fui para meu quarto qual dividiria com mais 3. E para minha felicidade estava vazio , foi só aproveitar a noite de sono, afinal no dia seguinte Machu Picchu me esperava... Tive os seguintes gastos: * Taxi para calle Pavitos - 5,00 soles * Onibus para Ollantaytambo - 10,00 soles * Pirwa hostel - 40,00 soles * Água 2,5L - 5,00 soles Editado Março 2, 2014 por Visitante Citar
Colaboradores William Garcia Postado Março 1, 2014 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2014 [t1]4º dia - Águas Calientes / Machu Picchu[/t1] Este foi um dia longo. Acordei as 5h da madruga e tava aquele ar fresquinho com o barulho do rio correndo ao lado, perfeito! Desci para tomar meu café da manhã reforçado, achei bem completo por se tratar de um hostel, inclusive tinha umas folhinhas de coca. Tomei meu café, peguei minha mochila de ataque e o dia já estava clareando quando saí. Águas Calientes como ainda é conhecido, foi um nome utilizado pelos colonizadores e hoje existe um movimento para adoção de nomes ligados a cultura local, tanto que oficialmente esta localidade hoje se chama Machu Picchu pueblo. É um lugar muito aconchegante e me senti muito bem lá com as montanhas abraçando a comunidade, obviamente que não há muito o que fazer mas é adorável. Bom, àqueles que quiserem se recuperar após a caminhada, podem utilizar os diversos serviços de massagens que estão espalhadas por todo canto. Ótimo, estou no horário e pronto para subir, com meu ticket e passaporte. Pelo site do Fabulous Peru Tours que eu havia comentado acima, você pode escolher o tipo de ticket para Machu Picchu. Observem que tem 3 tipos, sendo: 1. Machu Picchu apenas a entrada no parque; 2. Wayna Picchu a montanha mais alta, vista sempre ao fundo nas fotos tradicionais da região, com opção de dois horários diferentes, identificados como grupo 1 G1 e grupo 2 G2. Onde o primeiro grupo inicia as 7h e o segundo as 10h; 3. Mountain Machu Picchu é a montanha que fica a frente da paisagem tradicional, este é o menos visitado e confesso que não conversei com ninguém sobre essa opção. Já estava decidido que iria subir de ônibus, afinal teria que estar as 7h para o primeiro grupo do Wayna Picchu. É muito fácil encontrar os transportes, afinal vai ter muita gente em volta e diversos ônibus circulando. A questão é onde comprar a passagem. Entrei na fila e pensei que pagávamos na hora, mas não, tem uma casinha que fica voltando a rua e que nunca eu pensaria ser a bilheteria do ônibus, afinal parecia mais uma barraca de festa junina. Enfim, comprei e peguei a fila de novo, que foi rápida, e lá fui eu. Por acaso uma moça peruana que trabalha lá sentou ao meu lado, ela era guia e captava os clientes lá em cima na hora mesmo. Melhor dizer os desavisados, ela cobraria 180,00 soles pra mim e se eu conseguisse mais alguém eu dividiria. Bom, ter um guia é sempre bom eu pensei, mas eu já li o guia do Lonely Planet que eu tinha, então deixa pra lá. E assim fomos com uma bela paisagem. Chegando lá foi rápida a entrada e nem chegou a formar fila como alguns comentaram. Entrei no parque e fui direto para Wayna Picchu, afinal já estava na hora e não é preciso de guia. Até onde sei não existem guias que fazem Wayna Picchu, mas obviamente que você pode negociar em particular e conseguir alguma coisa. Calma, agora que cheguei na entrada de Wayna Picchu. Passaporte e assinar, liberado, vamos subir. Eu tinha me "preparado" para isso antes da viagem, mas a subida é puxada e o efeito da altitude pode fazer a diferença. Principalmente se você pratica algum esporte e ta acostumado a fazer tudo em digamos "uma velocidade", ali você vai precisar de mais paciência, mas tem gente de todas as idades, devagarinho a gente chega lá. O fato é que quando vi essa plaquinha (abaixo) eu não sabia se estava triste ou feliz hahahahaha. Ao menos o visual já compensava. E enfim no topo. Uma parada pra tomar um ar, uma água e comer alguma coisa. No meu caso eu levei um refil de hidratação dentro da minha mochila de ataque e funcionou muito bem, não levei snacks, apenas alguns sachês energéticos. Eu sou uma pessoa que não gosto de tirar fotos (minhas), mas como estava viajando sozinho e precisava de um registro de minha passagem por lá, acabava pedindo pra alguém. Nessa altura da viagem eu tinha pedido por uma foto e acabei por conhecer 4 meninas cariocas, muito gente boas, e valeu muito a pena ter conhecido elas, já explico melhor... Lembram que não contratei um guia? Pois bem, essas meninas o fizeram e disseram que eu poderia ficar com elas e nem precisaria pagar nada Bom, isso foi bom, pois mesmo após subir e descer Wayna Picchu ainda não tínhamos chegado a meio-dia, ou seja, tínhamos muito tempo para aproveitar. Ah, e tinha um casal que veio junto com o guia. Se vale ter um guia? Pra mim valeu, mais pelo fato de dispensar mais algumas horas lá com a explicação sobre cada etapa e visualizando tudo ao mesmo tempo. E sendo sincero, não aprendi nada além do que já havia lido sobre Machu Picchu. Então acho que é uma questão pessoal. Seguem mais fotos, agora guiadas. E não, não fui eu quem decidiu fazer minhas poses Antes que o fim de tarde chegasse, decidimos voltar para a parada do ônibus e voltar para Machu Picchu pueblo. Um lembrete, na entrada do parque tem um funcionário que fica carimbando os passaportes com a estampa de Machu Picchu, e é free Mas a parada de ônibus tava dando volta, fiquei atento ao tempo que esperamos ali e foram 40 minutos, o que não é ruim tendo em vista a quantidade de gente que fica esperando lá. Uma coisa que notei na entrada/saída do parque, é que tinham algumas pessoas sendo tratadas com entorses, então pra quem já tem algum problema de ligamento e afins, é bom ficar atento e até levar um gelol, pelo menos vai dar uma aliviada. Chegando de volta a Machu Picchu pueblo tinha muita gente oferecendo massagens, inclusive até pensei, mas de novo fiz meu roteiro apertado e tinha que me preparar pra pegar o trem de volta. No Pirwa hostel eu paguei por uma ducha e foi renovadora depois do dia inteiro caminhando, lembrando que pra chegar no hostel eu tive que subir aquele morro de novo Por sorte encontrei um gaúcho gente fina lá e fomos comer uma pizza antes da partida. Não lembro o nome da pizzaria mas pedimos a Pizza Machupicchu com salsa de tomate, tocino, champignon, chorizo e oregano. Não sei se era a fome, mas me parecia uma das melhores pizzas que já havia comido. Fui à estação de trem e estava lotada, parecia que tinha muita gente perdida mas hoje penso que não. A sorte foi ter encontrado uma francesa de Lille que estava também mochilando sozinha. E sorte foi porque primeiro pude praticar meu francês na viagem de volta e segundo porque não tinha transporte de Ollanta para Cusco, e ela já tinha agendado e tinha como me encaixar Ótimo, chegando em Cusco foi cada um para seu hostel, voltei para o Loki pegando um taxi no centro, onde o ônibus nos deixou. Nesse momento foi quando não gostei do hostel, pois estava realmente cansado e num quarto com 12, mas tinha uma inglesa que tava muuuito bêbada e não parava de chorar, pior que isso? As amigas querendo ajudar... Tive os seguintes gastos: * Ônibus subida/descida Machu Picchu - 51,60 soles * Banho no Pirwa hostel - 10,00 soles * Pizza - 20,00 soles * Ônibus de Ollanta para Cusco - 8,00 dolars * Taxi para Loki hostel - 5,00 soles Citar
Colaboradores William Garcia Postado Março 1, 2014 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2014 [t1]5º dia - Cusco[/t1] Nesse dia eu acordei um pouco mais tarde, sentindo minhas coxas mas mentalmente pronto pra próxima. Uma coisa que alguns comentam e ocorreu comigo, é o sangramento nas narinas, na verdade não sangrou muito, mais parecia meleca vermelha ou meleca com sangue Enfim, no próprio hostel tem uma agência onde eu comprei o city tour e o boleto turístico, que da direito a entrada em vários locais que se comprado separado sai mais caro. Mesmo não visitando tudo, vale a pena. Uma moça foi lá no hostel me pegar (a pé) e eu era o único dali que faria o city tour naquele dia. Pois bem, fomos caminhando até outro local onde já tinha uma menina esperando. Que coincidência, essa menina era paulistana e estava viajando com a namorada, mas a namorada passou mal de algo que comeu já tinham comprado os passeios ela decidiu ir assim mesmo. Chegou um ônibus que nos levou e passou em outros ponto buscando mais turistas. A primeira parada foi numa igreja, que tinha que pagar a entrada e levaria 40 minutos. Eu e a paulistana Kamila decidimos que iríamos comprar alguns mimos ali por perto e não entraríamos na igreja, afinal é só voltar antes dos 40 minutos. Feito, vamos atrás dos mimos. Essa igreja é a que fica em frente a Plaza de Armas, e fomos andar pela Avenida El Sol que termina na dita praça. Eu comprei duas estatuetas de pedra das figuras locais em uma galeria que tinha nessa avenida e em seguida voltamos para a igreja, tudo cronometrado no relógio. Lá estávamos na igreja, com 15 minutos de antecedência, o que é bastante levando em conta que permaneceriam 40 minutos. Aguardamos os 15 minutos e nada de ninguém sair. Ora, perguntemos aos funcionários na porta. Que surpresa, o pessoal já partiu, sem nós Fazer o que? Ir atrás deles. Mas como? Tinha um roteiro que nos foi entregue no momento da compra do city tour, e a cidade é minúscula. Logo se você está acostumado a se achar em São Paulo, se achar em Cusco não é problema. Fizemos isso, e... Encontramos eles na atração seguinte, Quoricancha, um templo Inca antigo que foi pelos espanhóis transformado em igreja. Fui conhecer e realmente é interessante, mas não sei se vale a visita. Bom, ao menos na saída eu comprei umas balas de coca para experimentar. E fomos fazer os outros passeios, dessa vez não nos deixaram pra trás hahahaha No geral os locais são historicamente interessantes, mas sinto que muito do que é mostrado é mais uma forma de tentar explorar o turismo. Teve o nosso guia que fez a galera levantar os braços pra receber energia e até fazer uma oração Inca, e tiveram as moças com suas alpacas. Todos sabem que elas cobram propina (gorjeta em espanhol) para tirar fotos, tanto que fui perguntar quanto uma delas cobrava. O detalhe é que as outras vieram de penetra e depois também queriam cobrar O dia basicamente foi esse tour, depois voltei pro hostel e dispensei algum tempo bebendo e conhecendo o pessoal. Afinal aqui se acaba Cusco e no dia seguinte é o momento de partir para La Paz Tive os seguintes gastos: * City tour - 11,00 soles * Entrada Quoricancha - 10,00 soles * Água 2,5L - 2,50 soles * Mimos - 15,00 soles * Balas de coca - 3,00 soles * Boleto turístico - 70,00 soles * Propina para foto - 8,90 soles Citar
Colaboradores William Garcia Postado Março 1, 2014 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2014 [t1]6º dia - Cusco / La Paz[/t1] Esqueci de contar, mas no dia anterior teve BBQ no Loki em Cusco. Acordei cedo, tomei meu café e arrumei minhas coisas pra partir. Pedi na recepção pelo taxi, e olha que eu estava saindo muito cedo. Adivinha, o taxi atrasou, mas tudo bem, falta ainda umas 2 horas pro vôo. Bom, acontece que o taxi não ia vir mais e tiveram que chamar outro sério isso? OK, cheguei a tempo no aeroporto e sem problemas. O visual é incrível, teria fotos melhores se a janela do avião não tivesse tão arranhada e suja Chegando em La Paz, quando me levantei pra sair do avião eu senti um pouco de mal-estar, peguei minha mochila na esteira e fui para a checagem da bagagem. Algo bem rústico, sem cães ou máquinas de escanear, a moça abriu minha mochila e ficou metendo a mão em tudo hahahahaha Troquei algum dinheiro no aeroporto mesmo pois estava sem bolivianos, e fui para o taxi, também agendado com o Loki de La Paz. O taxista bem gente boa, foi me explicando um pouco da cidade e falando de copa do mundo, me recomendou descansar um pouco e tomar chá de coca para passar o mal-estar. Cheguei no hostel e que considero muuuito melhor que o de Cusco, principalmente na staff, mas na própria estrutura dos alojamentos e na acústica, o que faz muita diferença quando você realmente precisa dormir e tem uma galera festando até o amanhecer. Fiz o que o taxista me disse, tomei um chá de coca e deitei. Fui acordar lá pelas 21h, quando subi pra comer alguma coisa. Logo em seguida começou a rolar um som e a bebedeira, eu fiquei mais tranquilo pois recém estava chegando e não queria vivenciar outro mal-estar. Desci para o pátio pra acessar Facebook e falar com meus familiares. No pátio acabei conhecendo uma colombiana muito gente boa que tava de saída, mas mesmo assim fomos tomar uma cerveja no bar. Nessa já foi juntando mais gente e quando vi já acabei me envolvendo com a cachaça de novo. Ela partiu e eu fiquei lá conversando com um holandês doidão. OK. Agora é 1h da manhã e o som vai ser desligado - que maravilha, pensei, um hostel que respeita seus hospedes - mas o problema é que eu realmente não estava com sono, acabei por dormir a tarde toda e parte da noite. É então que surge o convite do hostel para todos irem à uma balada. Certo. Por que não? E lá fomos, era uma casa pequena mas muito bem ajeitada, visual clean, músicas atuais e um bar com muitas opções. É o que digo pra todos, La Paz é o lugar mais barato que já estive. Mas isso não vale para baladas, pelo menos não para essa. Fiquei pouco tempo, o holandês que estava comigo também tinha que voltar, afinal a namorada dele tinha ficado no hostel. Depois de ouvir muitos comentários, digo que em nenhum momento me senti ameaçado/correndo risco ao utilizar taxis. Tive os seguintes gastos: * Loki hostel em Cusco - 78,00 soles * Taxi para aeroporto em Cusco - 15,00 soles * Taxi para Loki hostel em La Paz - 10,00 bolivianos * Balada chamada Mythology - 20,00 * Taxi de volta ao Loki - 5,00 bolivianos Citar
Colaboradores William Garcia Postado Março 1, 2014 Autor Colaboradores Postado Março 1, 2014 [t1]7º dia - La Paz[/t1] Como já devem imaginar, não acordei cedo Aproveitei o dia para andar por La Paz, peguei minha mochila de ataque e saí para andar. Caminhei por quase todo o centro, andei em algumas lojas que vendiam peças em couro, é tudo mais barato que no Brasil, mas os modelos nem sempre agradam. Andei pela rua das bruxas, e claro estava batendo fotos, quando um cara que estava numa das lojas me disse que tinha que pagar propina Na volta para o hostel eu vi uma banca de rua onde eram vendidas empanadas, e pensei em comprar umas para experimentar. E como eram muito baratas, pedi 3 sabores salgados e 1 doce, pasmem, isso custou 5,00 bolivianos, na época aproximadamente 1,70 reais Comi tudo e tava muito bom, não passei mal como alguns também já comentaram. Voltei para o hostel e arrumei minhas coisas para a próxima etapa. Mas não sem antes experimentar uma cerveja local. Eu ainda voltaria para La Paz, então nesse dia eu iria para Uyuni e já tinha agendado com uma empresa chamada Todo Turismo (http://www.todoturismo.bo). Fui até o escritório da Todo e junto com diversos outros turistas fiquei aguardando a chegada do ônibus. O ônibus é muito bom e confortável, quando você compra o ticket é possível pedir assentos juntos, pois são numerados. Eu sou uma pessoa que ocupa um bom espaço, e tive sorte de sentar ao meu lado um brasileiro muito gente boa que vamos dizer, ocupava menos espaço que eu. A noite faz frio por lá, mas tinha cobertor no ônibus e uma calefação que funcionava na altura dos pés. O tempo que ficamos esperando a partida do ônibus não foi muito longo, tudo dentro do esperado, e serviram a janta antes mesmo de sairmos, e era satisfatória. O ônibus era relativamente silencioso, mas digamos que os 30% finais do trajeto foram complicados. Era uma estrada de chão, areia, buracos, e impossível de descansar mais um segundo que fosse. Ao menos já amanhecia e a esperança era de chegar logo. No total foram 12h de viagem de ônibus, sem paradas oficiais, mas tivemos uma para trocar de veículo Tive os seguintes gastos: * Loki hostel em La Paz - 34,00 dolars * Mimos - 30,00 bolivianos * Empanadas - 5,00 bolivianos * Ônibus Todo turismo - 34,00 dolars * Powerade - 15,00 bolivianos * Quesadillas - 22,00 bolivianos * Taxi para ônibus - 15,00 bolivianos Citar
Colaboradores William Garcia Postado Março 2, 2014 Autor Colaboradores Postado Março 2, 2014 [t1]8º dia - Uyuni[/t1] Finalmente cheguei em Uyuni. E a Todo turismo nos entregou um pequeno 'café da manhã', com bolachas Oreo, um iogurte e balas, o que não é muito mas é alguma coisa. Assim que paramos o ônibus tinham vários agentes de turismo 'recepcionando'. Todos acabavam por oferecer a mesma coisa e pelos mesmos preços. Antes de ir pra Uyuni eu tinha fechado com a Blue Line Service, por recomendação de um hospede que conheci em La Paz. Mas eu tinha agendado com eles e dito horário e empresa de ônibus que eu chegaria, mas advinhem, não tinha ninguém me esperando. Enfim, tinha esse brasileiro que veio sentado ao meu lado que não tinha nada fechado ainda, e tava garimpando com os agentes que por ali estavam. Acontece que eu estava certo que a Blue Line seria a melhor opção, e assim fui até a agência. Acontece que a agência estava fechada e então o que fazer? A essa altura, em teoria, as agências já estavam fechando os passeios e não teria mais espaço pra gente. Será? Todos os agentes tentam te convencer disso, só falta você, já estamos fechando... Acontece que conseguimos fechar por um bom valor com uma agência, me desculpem, mas não lembro o nome. Depois de tanto falar com um e outro, já não sabíamos para qual agência estávamos negociando. Enfim, fechamos com uma que já tinha um casal aguardando, um espanhol e uma peruana. O valor estava bem bom, e já sabíamos que as agências são intermediarias de motoristas, então a agência em si não faz qualquer diferença. Tudo pago e resolvido, vou ao banheiro antes de sair. Detalhe, não tem papel higiênico... Eu já tinha ouvido falar, e para aquele momento não seria problemas, mas mulheres fiquem atentas. Finalmente vamos partir, chegou nosso motorista, nosso carro, as malas foram postas, e agora? Vamos passar em algum lugar para pegar mais alguém... Hãn? Sim, vieram mais duas brasileiras conosco enquanto aguardávamos eu fui comprar água. A cidade é pequena e não tem nada pra fazer, mas ao mesmo tempo tem seu charme. Agora sim, primeira parada, cemitério de tens, não fica muito longe de onde partimos. Uma coisa interessante é que todos os motoristas se relacionam e se ajudam, até aí é o esperado. A parte legal é que todos os veículos que notei pelo caminho eram Nissan ou Toyota, mas de cada marca eram os mesmo modelos. Isso me faz lembrar dos carros que davam problemas, e a facilidade de repor peças. Mas a questão de repor peças está mais para substituir de um pro outro do que de fato colocar uma nova. Após o cemitério de trens nós passamos por uma comunidade onde tinha um pequeno museu de sal com esculturas e coisas para vender. Tinha uma espécie de feira na rua com artigos de lã e fabricações locais. E então adentramos o deserto de sal. Nosso motorista/guia foi ótimo e diante de tantas reclamações tivemos a certeza de ter dado muita sorte. Nos explicou bastante sobre o salar e nos tirou diversas dúvidas. Nos dirigimos para a região onde tem diversas bandeiras de países e fizemos lá nossa pausa para o almoço, deixo que analisem as fotos, mas digo que gostei muito. Este é um ponto onde todos param para fazer as fotos clássicas do salar, nessa época o salar estava seco e não tinha o efeito espelhado. E chegamos a Isla de Pescado, um lugar bem bacana e diferente, vale a pena a visita, mas não é nada imperdível. Mais uma parada pra fotos e essa é o crédito para nosso motorista/guia. Após o dia na estrada, chegamos numa comunidade das inúmeras que possuem hospedagens de sal. Gostei bastante, um tanto exótico e aconchegante. Uma coisa importante a falar é que água é muito valorizada por lá, sendo assim, a ducha também é cobrada, mas vale a pena. E de novo, levem papel higiênico. Por sorte o brasileiro que veio no ônibus comigo tinha e me emprestou Ajudamos a descarregar o carro, as comidas e mochilas. Então cai a noite e nosso motorista nos diz onde conseguir umas cervejas, e melhor, nos leva até lá Já no hotel tomamos nossa janta e estava muito boa (e tinha mais coisa além do que aparece na foto), e depois de um dia cansativo o negócio era dormir. A acomodação é boa, mas muita coisa é limitada, o que já é esperado pela distancia de tudo. Tive os seguintes gastos: * Tour 3 dias 2 noites - 595,00 bolivianos * 2 águas 2,5L - 10,00 bolivianos * Todo Turismo - 230,00 bolivianos * Isla de Pescado - 30,00 bolivianos * 6 garrafas de cerveja - 60,00 bolivianos * Ducha - 10,00 bolivianos Citar
Membros nattisal Postado Março 2, 2014 Membros Postado Março 2, 2014 Olá William! Estou curtindo seu relato. Já fui ao Peru, mas devo voltar em 2014 fazendo essa trip Bolívia-Chile-Peru. Seu relato deve me ajudar bastante...rsrs Surgiu uma dúvida em relação à parte da sua ida para Uyuni. Vi que durou cerca de 12h, mas você lembra mais ou menos que horas iniciou a viagem? Obrigada. Bjs, Natalia. Citar
Colaboradores William Garcia Postado Março 2, 2014 Autor Colaboradores Postado Março 2, 2014 Olá William! Estou curtindo seu relato. Já fui ao Peru, mas devo voltar em 2014 fazendo essa trip Bolívia-Chile-Peru. Seu relato deve me ajudar bastante...rsrs Surgiu uma dúvida em relação à parte da sua ida para Uyuni. Vi que durou cerca de 12h, mas você lembra mais ou menos que horas iniciou a viagem? Obrigada. Bjs, Natalia. Se não me engano era pra sair pelas 21h, mas acabamos saindo as 22h. Pelo que eu me lembre também, todas as empresas têm saídas nesse horário, a fim de chegar lá pelas 9h ou 10h da manhã. Vou continuar postando os próximos dias. Citar
Colaboradores William Garcia Postado Março 2, 2014 Autor Colaboradores Postado Março 2, 2014 [t1]9º dia - Uyuni[/t1] Passamos a noite muito bem, nada de frio. Acordamos cedo e ajudamos nosso motorista a por a mesa. Tomamos nosso café e pegamos a estrada, dessa vez eu fui no banco de tras. A gente passa muito tempo dentro do carro, mas a vista compensa, tirei muitas fotos e vou me limitar a colocar apenas algumas para ilustrar cada situação. Nosso motorista passava a maior parte do tempo mascando coca com uma pedrinha cinza. Curioso do jeito que sou, perguntei o que era e pedi pra experimentar. A folha de coca acho que todos acabam por experimentar numa trip como essa, mas aquela pedrinha era na verdade quinoa prensada com sal do deserto. Ele tira um floquinho dessa pedrinha e põe na boca junto com algumas folhas de coca. A moral disso é que o salgadinho tira um pouco o gosto amargo das folhas. Eu não gostei nada, parecia uma areia muito salgada ãã2::'> Depois de muitas paisagens fantásticas e algumas paradas para fotos, vamos almoçar. E de novo me vem a cabeça, como é possível cobrarem só isso por esse passeio (em torno de R$ 200,00), refeições inclusas, hospedagem, motorista/guia e tem gente que ainda reclama E após a pausa para o almoço - sempre em um local para fotos - seguimos pelo deserto com mais paisagens magnificas e um mirante para o vulcão. Detalhe é que não está ativo mas ainda sai um pouco de fumaça, e segundo me informei, é possível agendar um passeio para visitar mais de perto. Outra coisa interessante é que o deserto vai mudando de paisagem, o que o torna mais interessante e menos entediante. Começamos num salar, passamos por trechos de areião, trechos com vegetação baixa... Seguimos dali para ver as inúmeras lagunas coloradas, existem várias espalhadas pelo deserto, mas por uma questão de facilidade de acesso e seguir um trajeto mais retilíneo, os passeios passam sempre nas mesmas. É importante lembrar que mesmo com sol a pino - e sim, ele queima bastante - faz frio , e grande parte desse frio é por causa do vento. Sendo assim se você levar um corta vento e algum casaco mais fino, acredito ser suficiente. Digo isso pois levei meu casaco que serviu muito bem e em alguns momentos até ficou quente, mas o problema maior é ter que carregar ele durante toda a viagem, e sem usar. Tem flamingo em todos os lagos, alguns mais outros menos. Mas o legal é ficar atento às três espécies diferentes que existem por lá. Tem uma casinha lá no meio do nada que oferece Internet a preços bem salgados. O detalhe é que nem dá tempo de você pensar em conectar, mas fiquei curioso e fui perguntar. Para minha surpresa, ou não, estava temporariamente sem conexão Todas as lagunas que passamos eram lindas e é indescritível estar lá vivenciando. Acho importante lembrar que na última laguna que passamos, onde vimos apenas de longe, faz muuuito frio. O vento lá era bem forte e poucas pessoas ficaram fora do carro para fotografar e "tomar um ar" por ali. Ah, eu levei protetor labial com filtro solar, o que pra mim fazia sentido e seria suficiente. Acontece que o vento ressecou bastante. Sorte de uma das meninas ter me emprestado Bepantol, que é uma pomada cicatrizante. Fica a dica. No trajeto nós passamos por outra comunidade no deserto e claro aproveitamos para comprar umas cervejas locais. Em seguida nos dirigimos para a nossa próxima hospedagem, lá nosso motorista reabasteceu o tanque, e era possível tomar banho também por uma taxinha. A questão é que o chuveiro dessa vez não era muito bom e o frio tava pegando, afinal é tudo de pedra e não tinha qualquer sistema de calefação. Acho que ninguém tomou banho aquela noite Ainda bem que levei lenço umedecido, e quem ta acostumado a acampar fora de camping já sabe do processo, isso me serviu bem e me mantive limpo. Novamente tivemos uma janta, que achei suficiente, uma sopa com pães e um macarrão no alho e óleo. Ah, e teve um vinho - bem meia boca - que ganhamos para janta. Essa noite fazia bastante frio, e depois de comer e beber tivemos a brilhante ideia de tirar umas fotos na noite estrelada. Tiveram muitas fotos, mas confesso que a maioria ficou ruim e realmente tava bem escuro. Tentei ajustar minha câmera no tripé com superexposição, algumas coisas eu captei bem mas outras nem tanto. Bom, o negócio foi se recolher, usar aquele monte de cobertor que tem no hotel e tentar se esquentar. Isso porque os cobertores não esquentam muito bem, então colocam uns 5 desses e fica aquele peso te cobrindo e dificultando se virar durante a noite. Perdi o sono uma vez durante a noite, mas não pelo frio e sim pelo ar seco que tava incomodando meu nariz. Levantei pra ir ao banheiro e voltei pra dormir. Tive os seguintes gastos: * Ticket parque nacional - 150,00 bolivianos Citar
Colaboradores William Garcia Postado Março 2, 2014 Autor Colaboradores Postado Março 2, 2014 [t1]10º dia - Uyuni[/t1] Nesse dia acordamos bem cedo, era escuro ainda quando foram nos chamar e foi servido o café da manhã. E pegando a estrada novamente vemos a paisagem se transformando, os gêiseres e o que pareciam algumas decorações esculpidas em gelo. Esta foi então a laguna que havia comentado, a laguna onde mais batia vento e muita gente nem saía do carro. Em seguida fomos tomar um banho em águas termais. E como quase tudo por lá, ali também não existe uma boa infra-estrutura para acolher os turistas. Sendo assim, te cobram para usar o banheiro apenas para trocar de roupa. Muita gente se trocava ali do lado dos carros mesmo. E depois de passar alguns minutos me banhando ali - em torno de 40°C segundo relógio do brasileiro - eu me senti pesado e com sono Passamos por mais uma laguna e seguimos para almoçar, dessa vez numa comunidade chamada Villa Mar. Devem ter uns 100 habitantes, mas tem ginásio de esportes Seguimos dali para uma vila chamada San Cristóbal, conhecida pela mineração, tem uma história interessante. Lá tinha uma feirinha de rua e um mercado onde comprei uma chicha morada e um tal de aba. Não sei se é assim que escreve, e já pesquisei pra tentar descobrir mais, mas não consegui encontrar nada, ainda... E infelizmente acabou o tour pelo deserto. A volta é bem cansativa, afinal depois de percorrer todo aquele caminho só de ida, tem que voltar tudo de uma só vez. Assim que cheguei em Uyuni fui comer alguma coisa, e encontrei um restaurante que vendia carne de llama. Decidi experimentar, degustando uma cerveja que segundo sua auto-descrição é feita na cervejaria mais alta do mundo. A cerveja não era muito boa, e a carne de llama é dura mas com um sabor característico. Valeu a tentativa. Já havia comprado a passagem de volta com a Todo turismo também, e saí dali correndo para pegar o ônibus e encarar mais 12h de volta para La Paz. Dessa vez não sentei na janela, então não pude me encostar. De qualquer modo foi tranquilo, mas dormir mesmo só depois de sair daquele chão batido. Tive os seguintes gastos: * Biscoito - 10,00 bolivianos * Aba e chicha morada - 11,00 bolivianos * Jantar carne de llama - 55,00 bolivianos Citar
Posts Recomendados
Participe da conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.