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Foram 17 dias, 3.962 km rodados, 4 estados percorridos e muita satisfação e alegria no final.

Vou relatar pra vocês a nossa grande saga do início de 2013: ir de São Paulo até a Chapada dos Guimarães/MT de carro.

 

Antes de escrever aqui, dei uma lida nos outros relatos para a Chapada e optei por colocar dicas bem práticas e baratas (lembrando que viajamos em 7 pessoas, todas estudantes e com nem tanta grana assim! 8) )

 

1º dia [29/12/2012]

Saímos às 09h14 de São Paulo sentido Ribeirão Preto e Uberaba. A estrada, como todas dentro do Estado de São Paulo, é muito boa e tem radar de velocidade. Portanto, tem muitos pedágios também. Aliás, só tem pedágio dentro de SP. Foram R$ 70,00. Ao sairmos do Estado já é possível notar a diferença de estrada, mas ainda assim ela continua boa e com fluxo bom. Como decidimos não dirigir à noite, ao escurecer paramos em Itumbiara, primeira cidade de Goiás com divisa com Minas. Como estávamos em bastante gente, conseguimos xavecar a pousadinha que nos fez um desconto e cobrou R$ 45,00 para cada um (o que é um preço caro, mas todas estavam mais ou menos a mesma coisa). Ficamos no Hotel Bahia, em frente ao Supermercado Reis.

 

2º dia [30/12/2012]

Deixamos Itumbiara às 9h com 761 km rodados até então.

Às 21h30 chegamos (cansadérrimos!) em Cuiabá (até que enfm!!! ::otemo:: ) 1.673 km depois!

 

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Cuiabá é uma cidade grande e tem muitos hotéis perto da rodoviária. Tem uma senhora, que conseguimos contato dela na rodoviária mesmo, que tá começando uma pousadinha na casa dela, tudo ainda meio que construindo, mas ia nos cobrar R$ 15,00 para ficar por lá. Só não ficamos pois estávamos com câmeras fotográficas e computador e procurávamos um lugar um pouquinho mais seguro.

Ficamos então no Hotel Cuiabá. O dono do hotel parece o Bukowski. É um velhinho simpático e engraçado. R$ 45,00 também para cada um.

 

3º dia [31/12/2012]

Na hora do almoço nos encontramos com a Marisa, nossa amiga que mora em Cuiabá e tem uma casa na Chapada - que é onde ficaríamos por uma semana.

Almoçamos numa deliciosa peixaria, a Peixaria Popular (Av. São Sebastião). Comida deliciosa, atendimento simpático e divertido. Comemos muito! Nos demos o luxo de gastar R$ 35,00 por pessoa, mas valeu muito a pena.

 

Fomos então para a Chapada dos Guimarães.

Para chegar à cidade da Chapada são 60km numa serrinha bem razoável. Mão dupla, pista única na maior parte do percurso mas com uma visão indescritível! Durante o persurso há paradas onde é posível encostar o carro e dar uma olhada naquele paredão todo que se forma na nossa frente.

 

 

4º dia [01/01/2013]

Preguicinha pós-ano novo e pós horas e horas na estrada. No final da tarde fomos ao Mirante do Centro Geodésico.

(Para quem não sabe, a Chapada se localiza no Centro Geodésico da América do Sul).

Esse mirante fica há uns 2 km do condomínio em que estávamos hospedados (Cond. Jamacá). Por conta do ano novo, tinha bastante gente e um pessoal com o carro de som ligado... esse tipo de coisa que a gente não consegue entender e que acaba espantando a tranquilidade e os animais.

A vista do mirante é linda. Uma imensidão de natureza à nossa frente.

Vimos, pela primeira vez, um casal de araras vermelhas.

 

 

5º dia [02/01/2013]

Fomos para a Cachoeira dos Marimbondos.

Bem pertinho do centro da cidade, rola até ir de bike. É ótima para banho, um piscinão.

R$ 5 para entrar.

 

 

 

Depois fomos até a Cachoeira da Geladeira, menos de 1km pra frente.

Boa para banho também, poço bem fundo. Só não tem uma parte mais rasa, mas há umas pedras onde dá pra ficar sentado, com o pé na água.

A pedra que beira a cachoeira tem um tom azulado e solta uma argila cinza. Rolou uma pintaiada em geral!!

 

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Fomos de novo ver o pôr do sol no Mirante do Centro Geodésico, dessa vez munidos de câmeras.

Estava mais vazio e sem o fuzuê do final de semana. Sem araras vermelhas dessa vez (acho que fomos muito tarde), mas com bastante gafanhotos e pássaros. Na parte mais baixa para o lado direito do Mirante tem uma pedra que parece com a "pedra do Rei Leão". Vista mais bonita do Mirante, com certeza.

 

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6º dia [03/01/2013]

Agendamos três passeios com a Agência Pantanal Turismo (65) 3301 2441, que fica bem próxima à praça, perto do mercado.

O de hoje era para a Gruta da Lagoa Azul e a Caverna Aroe Jari.

Esse passeio tem que ser feito com o guia. O nosso foi o Uiré (Jorge) - 065 9976 3522.

Estávamos em 8 pessoas e ficou R$ 25 por pessoa por passeio porque estávamos em dois carros. Só que alguns passeios tem que pagar entrada e isso a agência às vezes não fala na hora.

 

No passeio de hoje pagamos, além dos R$ 25, R$20 para entrar na fazenda + R$ 15 de almoço à vontade.

A trilha é longa (mais ou menos 4 horas ida e volta) e muito bonita, passando pela vegetação típica do Cerrado.

Para mim, esse passeio não vale muito a pena. A Gruta é mais um "miguézinho comercial" e a Caverna também não tem nada de espetacular. Vale realmente pela trilha, pela paisagem e pelos pássaros que vemos ao longo da caminhada.

(Para esse passeio é importante ir de calça e tênis. Na entrada da Fazenda eles emprestam perneiras para se proteger de cobra.

Aliás, essa trilha foi a única que vimos cobra. Uma cobra média, preta, mas que estava no canto, longe da nossa passagem.)

 

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No caminho da volta vimos gaviões, corujas, o tucano Araçari (foto).

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7º dia [04/01/2013]

Esse dia começou errado.

Seria nosso segundo dia de passeio com a agência de viagens. Íamos ao Garimpo do Seu Salvador, mas, por conta de uma falha na comunicação entre a agência e o Seu Salvador (que mora numa vilinha onde nem celular pega) meio que perdemos o dia pois ele não estava no Garimpo.

 

Uiré nos falou de uma cachoeira ao lado do condomínio Jamacá. Uns 200m depois do condomínio, indo em direção ao Mirante do Centro Geodésico.

Estradinha longa e bem ruinzinha para um civic (carro nem um pouco apropriado para esse tipo de viagem! mas que não nos deixou na mão em nenhum momento ::cool:::'> ). Não desista de chegar nessa cachoeira! Ande, ande... você passará em cima de um riachinho, andará mais um tantão. Passará por uma casinha do lado direito, que na frente fica uns caixotes de feira, anda mais um pouquinho. Aí a estradinha vai ficar fechada de vegetação. Chegou! Deixe o carro e siga a trilhazinha. Ótima para banho, bem escondidinha. Só cuidado que se tiver chovido um dia antes, ela estará beeeem esgorregadia.

 

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8º dia [05/01/2013]

Enfim, fomos ao Garimpo do Seu Salvador.

Um dos rolês que mais vale a pena fazer!

Seu Salvador é um senhorzinho muito ativo, divertido e de bem com a vida. Falador que só!

Só que o agendamento tem que ser feito uns 3 dias antes, porque ele trabalha na roça. Custa R$ 10 por pessoa. Rolou um almoço especial por R$ 30 (pra todo mundo!) feito por sua esposa. No cardápio arroz com galinha caipira e pequi. Sobre a frutinha: pequi não se morde! Se rói!! Pedrenrique perdeu o aviso, mordeu e ficou com a boca cheia de espinhos.

Passamos a tarde inteira no Garimpo. Seu Salvador dá uma aula de como é feita a extração do diamante, como acha, parari parari. Tudinho explicado de maneira divertida e de quem gosta do que faz.

Fez muito sol e muito calor. Não tem sombrinha pra descansar. Leve bastante água, até um guarda-chuva para se proteger do sol é uma boa ideia. Tente fazer esse passeio cedo, umas 9h, que o sol é mais fraco.

 

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9º dia [06/01/2013]

Saímos da casa no condomínio onde estávamos e começamos o rolê camping na Chapada.

Por conselho de uns amigos que encontramos em terras matogrossenses, fomos para o Camping Paraíso Alternativo 8) , da Ana e da Tamara (é só perguntar para algum comércio ou mesmo para os hippies que eles conhecem). O cel é (65) 9302 5797. O preço é R$ 15 por pessoa, mas como estávamos em bastante gente, chegamos a R$ 10 por pessoa nos primeiros dias e depois meninos pagam R$ 10 e meninas R$ 15. Pagamos também, no final, mais R$ 5 por barraca pelo gás de cozinha que usamos bastante. O camping é novo, tudo meio que começando. Mas o espaço é bem bacana, com lugar para guardar o carro, uma piscinha, um gramadão e bastante árvore. Tem cozinha também.

 

 

10º dia [07/01/2013]

Visira ao Circuito das Cachoeiras, dentro do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, com o guia Uiré.

O "cartão postal da cidade", a Cachoeira Véu da Noiva é a mais sem graça de todas. Claro, ela é linda. Super alta, uma queda imensa. Mas não podemos chegar mais nem perto dela. O parque construiu um estrutura de madeira, um mirantezinho, para observarmos a cachoeira de muito longe. O que perde toda a graça.

As outras cachoeiras só podem ser visitadas com o guia, mas valem a pena. Trilhas fáceis e gostosas de andar. Cachoeiras muito boas para banho, cheias de borboletas e pássaros e araras no caminho.

Na volta pegamos chuva na trilha e nos abrigamos na Casa de Pedra, imenso abrigo onde, diz o guia, que uma onça negra vem à noite. Nessa parada fomos presenteados por um "vendaval" de gafanhotos enormes e coloridos que estavam numa árvore e voaram todos ao mesmo tempo.

 

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Jantamos no Restaurante Samambaia, da Rita. R$ 10 o prato feito, R$ 17 coma à vontade (BEM à vontade). O melhor prato feito que comemos na Chapada.

 

11º dia [08/01/2013]

Dia chuvosinho. Decidimos sair do camping depois do almoço, meio tarde já. Fomos até o Vale dos Dinossauros/Cidade de Pedra.

(Esse passeio é vendido na agência, mas não precisa de guia para ir.)

D. Judite cuida da lojinha do apiário na entrada do vale. Ex-freira, simpática pra chuchu, conversa boa até a chuva parar. Até ajudou o Rafa, que machucou o dedão, colocando propólis em seu machucado e rindo dele sofrendo por causa do ardido!

Esse também é um dos lugares que mais vale a pena visitar. Visual totalmente inesperado e uma imensidão indescritível!

Trilha super tranquila. Pegamos muita chuva no final da tarde.

R$ 10 por pessoa para entrar.

 

 

12º e 13º dias [09 e 10/01/2013]

Muita chuva o dia todo, acabamos ficando ilhados no camping. Todo mundo lendo, desenhando, conversando, cozinhando... estando...

 

14º dia [11/01/2013]

Arriscamos sair, mesmo com chuvinha. O tempo deu uma estiadinha na Chapada, mas na serra estava tudo bem chuvoso.

Fomos até o Mirante Alto do Céu/Ninho das Águias. Também não precisa de guia. Estava fechado, mas pulamos a porteira. Caminhada tranquila e a vista é muito bonita.

Pelas placas, custa R$ 10 por pessoa a entrada.

 

À noite, pegamos as bicicletas das meninas do camping emprestadas e fomos até um mirante que fica dentro de uma pousada mais chiquezinha no final da rua do Camping. Pegamos o sol dando tchau já, mas a vista é linda.

 

 

15º dia [12/01/2013]

Saímos às 8h30 da Chapada com muita chuva e friozinho. Estrada lotada de caminhões, trânsito muito lento.

Às 20h30 chegamos na primeira cidade de Goiás com divisa com MT: Alto do Araguaia. Lá, ficamos no Hotel Central (64) 3635 1480, próximo ao centro. Seu João e D. Jeni eram os donos. Fomos tratados como netos por eles. Seu João tocou por horas acordeon pra gente.

R$ 30 por pessoa. Café da manhã delícia!

 

 

16º e 17º dias [13 e 14/01/2013]

03h30 da madrugada chegamos em Campinas.

Voltamos pela divisa com o Mato Grosso do Sul chegando em São Paulo por Ilha Solteira. Estrada muito esburacada mas com muito menos caminhão. Andamos muito mais rápido que o dia anterior.

 

 

DICAS CHAPADENSES ::otemo::

 

 

- Muita água sempre.

- Protetor solar e camiseta se tornam essenciais.

- Os passeios são relativamente caros. Há muita coisa legal e bonita que não precisa de guia nem pagar para entrar. Converser com os locais, com a galera da pousada ou do camping mem que estiver.

- Desencana da agência.

- Se precisar de guia, contate por fora.

- Padaria, lojas param de funcionar 12h e só voltam às 14h. Se nao for comer comida, atente-se.

- Fecham cedo também, 20h tá quase tudo fechado. 23h então...

- Tênis confortável é bem importante. Mas fizemos todas as trilhas (exceto uma que tinha que usar perneira para se proteger de cobras) de chinelo, sem problemas nenhum )apenas um dedão esfolado)

- Aluguel de bike R$30,00 a diária (mas dá para conversar)

- No camping aluga também por R$20,00 mas elas emprestavam para pequenos percursos.

- Por volta das 17h é quando as aves estão indo se recolher em seus ninhos. Esse horário e pela manhã são os melhores para ver pássaros e tudo o mais.

- Para ir sem carro a viagem fica mais cara. Acho melhor optar por passeios mais pertos ou então combinar com outros turistas que estejam de carro. O valor fica muito mais alto se tiver que ir com carro da agência.

- Em MT é uma hora atrasado em relação ao horario de Brasilia.

- Pousadinha (estilo pensão) por 20 reais perto da Prefeitura.

- Sorveteria em frente a Prefeitura com os melhores sorvetes (cupuaçu, gengibre, buriti, murici) por apenas 3 reais!! ::love::

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Oii Galera, ótimo relato, não sei sé meu pc, mas abri o relato de vocês em 3 navegadores e sempre apareceu só duas fotos. :cry:

Passeio massa, bem explicadinho, fiquei morrendo de dó do Pedrenrique que se machucou com os espinhos, haha, mas entre Cuiabá à Rondonópolis, na beira da rodovia tem feirinhas onde vendem artesanatos, pequis em conservas (sem espinhos), e até molho de pimenta e pequi, uma delícia, ;)

Anyway, ótimo descanso a todos e um abraço ::otemo::

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