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Fim de semana em Igarassu, Itamaracá, Caruaru e Bezerros - PE


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Meses atrás, no dia da tal Black Friday, fui conferir se havia promoções da tal Black Friday para algum canto do Brasil. Sim, tinha. 85 pratas para o Recife. Não recusamos!

 

Como já estamos ficando muito familiarizados com Pernambuco, a questão era: para onde ir dessa vez? Curtir Carneiros novamente (foi bom demais e merece repetecos)? Curtir Olinda (passamos apenas uma tarde – muito boa -- por lá)? Achei que deveríamos conhecer lugares novos e explorar um pouco do interior, sair do litoral. Ainda assim, queríamos conhecer um pouco do litoral norte. Assim, bolamos um fim de semana passando por Igarassu, Itamaracá, Caruaru e Bezerros. Até gostaria de ir ao Vale do Catimbau, mas avaliamos que seria necessário mais tempo.

 

Como fonte de pesquisa para algumas atrações, descobri o ótimo site Desbravando Pernambuco (desbravandopernambuco.blogspot.com). Espero que eles desbravem o Estado inteiro e que sirva de referência para outros viajantes.

 

Chegamos ao Recife na madrugada de sexta para sábado. Direto dormir.

 

No dia seguinte, começamos nossa jornada. Optamos por incluir a Capela Dourada no roteiro. Era caminho e tinha faltado quando da nossa visita ao Recife (estava fechada na ocasião). Fomos para lá logo cedo, chegamos pouco depois das 8hs. Os arredores da Capela sinistros, muitos moradores de rua, mas ninguém nos incomodou. A capela é muito bonita, muito dourada. Foi uma visita rápida.

 

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Capela Dourada

 

Seguimos para Igarassu. Até que pegamos pouco trânsito, achava que ia ser pior. O plano era conhecer o Centro Histórico, que é bonito. Já sabíamos que as igrejas estariam fechadas (elas fecham no fds!). Numa delas, a Sagrado Coração de Jesus, a porta estava aberta! Fomos lá conferir. Era apenas uma sala pequena, com um guia e um grupo dentro.

 

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Sagrado Coração de Jesus

 

A outra, a Igreja de Cosme e Damião, é a mais antiga igreja do Brasil! Estava com a fachada bem conservada. Mas é pena que um lugar histórico tão importante tenha pouca visitação, a ponto de fechar (!!) nos fins de semana. Outros prédios históricos e interessantes que ficam por ali, como o Museu Pinacoteca e o Convento de Santo Antônio, também estavam todos fechados. Paciência. Admiramos externamente e seguimos para Itamaracá.

 

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Cosme e Damião, a mais antiga (ou uma das mais) do Brasil

 

Fomos direto ao Forte Orange (grátis). Antigo forte construído por holandeses e reconstruído por portugueses. Há muita História brasileira em Pernambuco, acho que esse aspecto merecia uma maior divulgação. O forte proporciona uma bela vista dos arredores e está relativamente bem conservado.

 

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Forte Orange

 

Depois fomos visitar o Projeto Peixe-Boi (R$ 10). Fica pertinho do Forte. Muito legal conhecer melhor esses bichos ameaçados de extinção. O Projeto tenta almeja a preservação deles, criando alguns em cativeiro. Conversando com o pessoal, eles disseram que soltam os filhotes em Alagoas. Deve ter sido por isso que vi um desses na praia de Barra Grande, quando estivemos em Maragogi. (VERRRR). No fim da visita, assistimos a um filminho interessante. Visita bem legal.

 

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Projeto Peixe-Boi

 

Por fim fomos conhecer a ilhota Coroa do Avião, rapidamente acessível por barco (R$ 10 cada um) a partir da praia do Forte Orange. A ilhota é legal, passamos o fim da manhã por lá. Não era nosso plano curtir praia nesse fim de semana, de modo que ficamos pouco mais de uma hora por lá. Estava bem seco, parecia ser possível andar até Maria Farinha, que fica do outro lado.

 

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O Forte visto da praia

 

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Na Coroa do Avião

 

No começo da tarde, partimos para Caruaru. No caminho, em Bezerros, paramos para visitar o Centro de Artesanato de Pernambuco (R$ 2). Trata-se de uma rápida e interessantíssima visita guiada, demonstrando o artesanato característico de cada região do Estado de Pernambuco. Foi das coisas mais legais da viagem -- para quem tem interesse em arte popular. Eu ainda sou amplamente ignorante em termos de arte, mas devo muito o pouco que sei do artesanato brasileiro a uma visita que fiz anos atrás ao Museu do Pontal, no Rio de Janeiro.

 

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Centro de Artesanato de Pernambuco, em Bezerros-PE

 

Gostaríamos de ter visitado também o Memorial J.Borges & Museu da Xilogravura, mas já estava fechado.

 

Seguimos para Caruaru, direto para o Alto do Moura. Chegamos lá no fim da tarde e fomos direto comer no famoso Bode Assado do Luciano. Adoramos carne de bode, que praticamente inexiste no Rio de Janeiro e é muito comum em Pernambuco. Comemos bem!

 

Passeamos um pouco pelo Alto, mas já começava a escurecer e os ateliês foram fechando. Seguimos para a cidade e fomos procurar a famosa Feira de Caruaru. O GPS andou saindo de prumo em meio às ruas apertadas da cidade, mas achamos o lugar, a Praça 18 de maio. Só que não tinha nada, nem ninguém! Depois soubemos que a feira bomba mesmo é durante a semana. :(

 

Achamos um hotel guerreiro e fomos dormir.

 

 

No domingo rumamos direto para o Museu do Barro. O principal do museu são as peças de arte do Alto do Moura, sobretudo as obras de Mestre Vitalino. Mas também tem salas dedicadas a Luiz Gonzaga e Elba Ramalho, lugares por onde começamos a visita. O Museu fica na praça de eventos onde rola a famosa festa junina de Caruaru. Quando fomos, havia um circo montado na área.

 

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A visita ao Museu do Barro (R$ 2) também é guiada. E demos uma sorte tremenda porque nosso guia foi excelente. Só havia nós dois visitando o museu durante todo o período da visita (!!). E ficamos incríveis duas horas por lá – o papo com o guia estava muito bom e transbordou largamente a extraordinária arte de Mestre Vitalino e Mestre Galdino, assim como as salas dedicadas ao rei do Baião e à Elba. Figuraça, o guia!

 

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Passamos na feira, onde havia algumas tendas de artesanato abertas. Chamam de Feira de Artesanato, mas estava bem abaixo do que se espera quando se fala de feira em Caruaru. Os únicos outros visitantes eram alguns torcedores do Santa Cruz, que jogaria contra o Bahia pela Copa do Nordeste (parece que o Santa Cruz perdeu o mando de campo e estava jogando suas partidas em Caruaru). Ainda passeamos pelos corredores vazios da feira, mas logo seguimos viagem.

 

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A área da famosa Feira de Caruaru -- vazia, não funciona aos domingos!

 

Voltamos ao Alto do Moura. Passeamos por lá, visitamos alguns ateliês. Acho que criei uma expectativa maior do que o Alto realmente é. De qualquer forma, há boa quantidade de ateliês e lojinhas por lá, além do museu/casa de Mestre Vitalino.

 

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Museu/Casa do Mestre Vitalino

 

Terminada a visita a Caruaru, fomos para Bezerros. Tinha uma dica de conhecer a Serra Negra, um oásis de temperaturas mais amenas em pleno agreste pernambucano. Erramos o caminho algumas vezes (o GPS foi inútil dentro da cidade), mas chegamos lá. Estava um tempo bem nublado e, com o vento, estava realmente até um pouco frio lá em cima. Um belo visual a partir do Pólo de Eventos da cidade, onde paramos para curtir. Ali rola o carnaval da cidade, famoso pelos Papangus.

 

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Visual da Serra Negra, em Bezerros

 

Fizemos um pit-stop no restaurante da área para relaxar e curtir o mega visual. Nosso plano seguinte era ir para o Parque Ecológico, mas começou a cair uma chuvinha. Deixamos o Parque para uma outra vez e seguimos viagem de volta para o Recife.

 

Havíamos marcado de jantar com uma amiga no Entre Amigos, o Bode, mas chegamos mais cedo. Fomos curtir um pouco da Praia da Boa Viagem. Andamos um pouco e compramos um coco pra curtir o momento. Minutos depois, a chuva chegou. Trouxemos a chuva, ahahahaha. Ela foi piorando a ponto de corrermos de volta para o carro e irmos logo para o Bode. Nosso voo de volta partiria no fim da noite.

 

E assim foi mais um fds desbravando o Brasil.

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