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Na América do Sul a minha grande vontade de consumo era a Patagônia, depois que conheci não sabia mais para onde ir, até que descobri o Monte Roraima na Venezuela. Pronto, encuquei com a montanha e vi que precisava ser meu próximo destino... e foi!

 

Depois de muito planejamento, pesquisas eu consegui finalmente ir. Pro Monte Roraima só pode ir com agência ou guia particular, no meu caso eu contratei a agência venezuelana Backpacker Tours que me cobrou R$660,00 no trekking de 6 dias, esse valor eu dividi em 2x, uma transferindo para conta deles e a outra metade pagando na hora. O valor pode sair mais barato ainda se você fechar com antecedência. Antes de partir tive alguns gastos, com equipamentos, passagens e tal, ficaram da seguinte forma:

 

Passagem Brasília - Boa Vista ida e volta: R$358,50 (foi em uma super promoção com a TAM)

Botas Trekking HI-TEC Altitude: R$229,89

Bastão de Caminhada Mormaii: R$69,99

Saco de Dormir Trilhas e Rumos -15º: R$269,00

Seguro Viagem: R$95,00 (Ninguém vai querer pagar do próprio bolso um possível resgate no Roraima, que é caro pra porra)

Medicamentos: R$61,00

Barras de Cereais, Chocolates e petiscos em geral que levei: R$57,98

1ª parcela do Trekking com a Backpacker Tours: R$330,00

1 diária na Pousada Backpacker: R$14,00

 

Total de Gastos Antecipados: R$1.390,36

Em dinheiro vivo para gastar lá eu levei R$780,00

Desse dinheiro eu somente gastei R$525,00

 

Total geral gasto: R$1.915,36

 

A primeira parada era em Boa Vista, como chegaria lá por volta das 14h fiquei com medo de tentar seguir para Santa Elena e encontrar a fronteira fechada, então optei por dormir lá uma noite. Como Boa Vista não tem hostel e decidi fazer meu primeiro Couchsurfing, através dele eu conheci o Thiciano que recebe viajantes em sua casa e pode hospedá-los de acordo com sua disponibilidade. Pra quem não sabe o Couchsurfing é um site onde você pode encontrar pessoas que hospedam viajantes em suas casas gratuitamente.

 

Dia 1 - Brasília>Boa Vista

Com a mochila pronta, uma Curtlo 75+15 eu parti para o aeroporto e depois de uma pequena parada em Manaus eu finalmente cheguei em Boa Vista. Encontrei o Thiciano no Aeroporto, ele me levou a sua casa para deixar minhas coisas e depois saímos para almoçar e conhecer a cidade. Fomos almoçar em um restaurante na Orla Taumanã, Peixe Dourado ao mohlo acompanhado com salada, arroz, batatas fritas e umas coisas a mais. Depois do almoço fui conhecer as famosas prainhas que estavam lotadas de gente, devido ao calor infernal que sempre faz na cidade. Conheci também o Bosque dos Papagaios, que é como se fosse um parque com uma trilha, pés de cajus e algumas araras. Conheci outros lugares que eram pra ser "turísticos" mas o que percebi é que Boa Vista está abandonada pelo governo, muitas praças depredadas, parques totalmente quebrados, enfim, uma lástima. A noite fomos comer um sanduíche e tomar um açaí.

 

Gasto do Dia

Almoço: R$30,00

Sanduíche + Açaí: R$18,00

Total: R$48,00

 

Dia 02 - Boa Vista>Santa Elena de Uairén

Nesse dia bem cedinho, umas 8h30m eu fui para o Terminal Intermunicipal de Caimbé de onde saem os táxis para Pacaraima, cidade fronteira com a Venezuela. No terminal você rapidamente é abordado por um taxista, quando já escolher seu táxi é preciso esperar ele lotar com outras pessoas, dependendo do carro é preciso de 4 a 7 pessoas. Mais ou menos 2 horas depois a gente chega em Pacaraima. Eu desci na fronteira e caminhei um pouco até a Polícia Federal para carimbar no passaporte a saída do Brasil, isso mesmo, brasileiros tem que carimbar a saída nessa aduana. Após uma fila de mais ou menos 40 minutos eu carimbei o passaporte e segui para a aduana venezuelana junto com o Juan e a Esperanza, 2 pessoas que conheci na aduana. Entre a aduana brasileira e a venezuelana são uns 900 metros de distância em um sol escaldante, e a menos que você consiga um táxi ali, que é bem difícil você tem que ir andando. O bom é que nesse trecho têm várias pessoas fazendo câmbio, ali o mais alto que consegui foi R$1,00 por Bs27,00. Troquei R$100,00 e fiquei com Bs2.700,00. Chegando ao lado Venezuelano já é possível ver os militares armados, fiquei meio com receio porque dizem que a polícia da Venezuela é uma das mais corruptas do mundo e que na fronteira eles adoram pegar coisas de turistas como roupas e eletrônicos, mas felizmente carimbei meu passaporte me despedi do Juan e da Esperanza e peguei um táxi para a Backpackers no centro de Santa Elena. Chegando lá eu me alojei no quarto, paguei o que faltava na agência, almocei lá também pois tem um restaurante e fui dar uma volta até o horário da reunião ao Monte Roraima. A cidade é pequena e bem zoneada, gente correndo para os lados, transito louco, bem cara de cidade latino americana. Mais tarde na agência eu conheci o pessoal que iria comigo ao Roraima, eram 2 da Eslovênia, 1 da Venezuela, 1 do Brasil, 3 da Coreia do Sul, 1 da Polônia, 1 da França, 1 da Ítalia e 1 da Bélgica.. bem misto, o nosso guia quem falou um pouco foi o Alex, super gente fina ele! No fim da noite fiquei trocando ideia com o brasileiro que ia comigo no bar da pousada até ir dormir.

 

Gastos do Dia

Táxi Boa Vista - Pacaraima: R$30,00

Táxi Fronteira - Backpacker Tours: Bs50,00 (R$1,85)

2ª Parcela do Trekking: R$330,00

Almoço: Bs196,00 (R$7,25)

Artesanato que comprei na praça: Bs550,00 (R$20,37)

Mapa do Monte Roraima: Bs50,00 (R$1,85)

Pizza + Cerveja na pousada: Bs269,00 (R$9,96) Esse valor foi para 3 pessoas.

Total: R$401,28

 

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Chegando a Venezuela

 

Dia 03 - 1º Dia de Trekking

No primeiro dia eu acordei cedinho e fui a Padaria Gran Sabana que me recomendaram por ter salgados deliciosos, e realmente tinha, comprei 2 salgados e 2 garrafas de isotônicos para levar. Quando deu mais ou menos umas 10h da manhã nós partimos em 2 4x4 até a aldeia de Paraitepui, mais ou menos 1 hora e meia de carro. Chegando lá é passado um pente fino em nossas mochilas, temos que pagar uma taxa de uso do parque, fazemos um pequeno lanche e partimos para o primeiro dia de caminhada. O primeiro dia é algo como 12km em média de 4 a 5 horas, pois boa parte do caminho é plano, quase não tem subida, mas quando tem é pra ferrar. Parávamos por diversas vezes e já no primeiro dia eu senti meus ombros, minha mochila ficou um pouco pesada pois eu levava água, isotônicos e algumas barras de cereais. A vegetação desse caminho é quase toda rasteira, o que se assemelha muito ao nosso cerrado e o Monte Roraima ao fundo dava uma visão maravilhosa. Não tinha uma noção de hora pois a bateria do meu relógio acabou mas chegamos no primeiro acampamento já de tardezinha, e meus pés já doíam muito. Chegando lá nossas barracas já estavam montadas e deu tempo de apenas tomar um banho no rio GELADO e esperar o jantar, nesse dia foi uma macarronada. Depois do jantar não há muito o que fazer, fiquei conversando um pouco com o pessoal mas quando fui ver as horas não passavam das 20h, o jeito era deitar e descansar.

 

Vale ressaltar que o guia não acompanha a gente na trilha, em Paraitepui ele diz para começarmos a seguir, pois a trilha é bem sinalizada, quando chegamos ao acampamento ele já estava lá, provavelmente foi por algum outro caminho mais rápido. Os únicos que seguiam a trilha conosco foram os carregadores, que levavam a cozinha, banheiro e equipamentos coletivos e apesar de estarem carregando um peso absurdo eles nos ultrapassavam facilmente.

 

Gasto do dia

Salgados + Isotônico: Bs185,00 (R$6,85)

Taxa do parque: Bs30,00 (R$1,11)

Total: Bs215,00 (R$7,96)

 

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Caminho longo

 

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Monte Kukenan, irmã gêmea do mal do Monte Roraima

 

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Chegando ao primeiro acampamento

 

Dia 04 - 2º Dia de Trekking

Nesse dia acordamos como às 7 da manhã, tomamos um café bem reforçado a base de ovos mexidos, uma espécie de pão indígena, suco, café e leite. Depois do café partimos para o acampamento base que ficava longe pra caramba, já no paredão do Roraima. Nesse dia tivemos que atravessar 2 rios, o Río Ték e Río Kukenan, para atravessá-los é preciso tirar as botas para não molhar e seguir de meias, pois as pedras são escorregadias pra caramba. Os dois rios são bem próximos um dos outro. Após atravessar os rios começam as subidas semi inclinadas. Esse trajeto é de cerca de 5 a 6km e o normal é ser feito em 4 horas, mas as subidas são muitas, o que deixa o trajeto bem difícil. Quando você olhava para trás dava pra ver toda a visão da Gran Sabana, muito, muito lindo mesmo. O senso de noção ali é louco, pois sempre quando parece que está chegando você se depara com mais um morro para subir, e assim sucessivamente até chegar ao acampamento base, nesse trajeto é impossível não fazer muitas paradas e se hidratar, pois o sol é violento. Chegamos ao acampamento base na parte da tarde, o clima lá em cima já é um pouco mais frio, existem 2 rios para tomar banho, mas bem pequenos e com a água ultra, eu disse ULTRA gelada. Depois que chegamos nós almoçamos, tomamos aquele banho de gato e o resto do dia foi para descansar, cuidar das bolhas nos pés e arrumar a mochila para o dia seguinte. A noite nós jantamos todos juntos, conversamos um pouco e fomos dormir.

 

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Dia 05 - 3º Dia de Trekking

Esse era o dia da preocupação, pois nele que subiríamos, ou melhor, escalaríamos o paredão do Roraima. Tomamos café, comemos Arepas, uma delícia. Depois de arrumar nossas coisas começamos a subida, e põe subida nisso. A primeira parte é uma subida bem inclinada, mas ao invés de pedra é uma subida de argila, o bom é que estava seca. Depois dessa parte de argila começam as pedras, ai meu filho a parada fica tensa, ela vai inclinando cada vez mais, e não para. Em alguns momentos eu me sentia em Jurassic Park, parecia que há qualquer momento um Velociraptor iria pular em cima de mim, o lugar é muito lindo! São mais de 2 horas para subir o paredão por completo através de uma rampa de acesso na beira do abismo. Depois de subirmos a montanha como se não houvesse fim, a gente olha pra cima e nem dá pra ver o topo da montanha. Seguindo um pouco mais a frente nos deparamos com uma das partes mais difíceis, o Paso de las Lagrimas, esse lugar é uma descida e subida super inclinadas no qual fica debaixo de uma cachoeira, as pedras são soltas e cheias de lodo e não tem sequer uma corda para se agarrar. O ideal é que você vá com calma por ali, sem pressa, observe cada pedra, veja se está firme e se molhe, a água que cai lá de cima, apesar de ser fria é revigorante e traz boas energias. Quando você termina a parte do Paso de las Lagrimas as pedras começam a ficar mais fixas, porém maiores e com diversas "gretas" uns buracos profundos que se você cair é bye bye.O Alex nos disse para subir com calma e cuidado, caso aconteça algo é preciso que o helicóptero de resgate venha buscar, esse helicóptero só resgata no topo ou na base da montanha, se estiver na parede e acontecer algo é preciso dar um jeito pra subir ou descer, mas esse é o menor dos problemas pois o custo do resgate é de mais de 4 mil reais e é o acidentado quem tem que pagar. Depois de mais uns 30 minutos de subida nós finalmente chegamos no topo do Monte Roraima, finalmente. Mas do topo até o acampamento era mais uns 20 minutos andando. Apesar do topo ser plano, o solo é completamente irregular, são muitas pedras escuras o que dificulta a caminhada. Depois de chegar ao acampamento, nos instalar e almoçar nós esperamos o tempo abrir um pouco para visitar a parte mais alta da montanha. Isso porque o tempo lá em cima é bastante instável, o mais instável que conheci, ao mesmo tempo que está sol, as nuvens aparecem e começa a chover. Quando fez uma janela de tempo bom nós fomos para a parte mais alta da montanha onde se chega aos 2810m. Subimos algumas rochas, uns 20 minutos de caminhada e lá estávamos, pertinho do céu e com uma visão linda do topo da montanha e das montanhas vizinhas. Após essa caminhada nós voltamos ao acampamento e ficamos livres ali para andar ao redor e descansar até o jantar. Durante a noite o jeito era conversar com o pessoal, beber um pouco de cachaça para esquentar do frio e contemplar as estrelas, pois o céu ficava lindo sem as luzes da cidade para atrapalhar.

 

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Lar doce lar

 

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O tal Paso de las Lagrimas, parece fácil, mas só parece tá!

 

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Dia 06 - 4º Dia de Trekking

Nesse dia acordamos cedinho, tomamos um café e fomos andar pelo Roraima, conhecer a montanha. Boa parte do solo é rocha pura, mas tem algumas partes de terra onde nascem bromelhas, orquideas e muitas plantas carnivoras, visto que o solo não é muito rico. Poucos animais vivem ali, somente vi uma espécie de pássaro e um pequeno sapinho preto e inofensivo a menos que vc coloque-o na boca ou nos olhos. No topo do Roraima também tem muitas poças de água que acabam formando piscinas naturais e até lagos e cachoeiras lá em cima, como me disseram uma vez, o Roraima é único no mundo e não existe lugar no planeta que seja igual e ele. Nossa primeira parada foi no vale dos cristais, é incrível a quantidade de cristais lá em cima, tem uma parte da trilha que você caminha sobre eles, mas é proibido levar qualquer pedra lá de cima. De lá visitamos também La Ventana, uma parte da montanha em que você pode ficar bem pertinho do penhasco e com uma vista de toda a Gran Sabana e do Monte Kukenan ao lado do Roraima, o problema foi que quando chegamos lá o tempo fechou e não deu foi pra ver nada, mas fomos recompensados ao chegarmos nas Jaccuzis, piscinas naturais e que é possível tomar banho. Quando chegamos lá o sol abriu de tal forma que ficou até quente, e nem liguei pra água gelada, fui com tudo e pulei, afinal, 2 dias sem banho até vai, mas 3 dias não rolava. Água ótima e revitalizou todo mundo que entrou. Dali caminhamos mais, vimos formações rochosas que lembravam tigres, elefantes e até o rosto de Fidel Castro. Depois de muito caminhar voltamos ao acampamento para almoçar e logo depois seguimos para uma caverna, bem profunda, estreita e cheia de fendas mais fundas ainda, achei meio perigoso entrar ali mas foi uma visita interessante. Lá embaixo a câmera fotográfica do esloveno caiu em uma fenda e tivemos que ir tirando as pedras para conseguir pegar, foi um sufoco mais conseguimos. Dali voltamos ao acampamento e ficamos com o dia livre até a hora do jantar e descansar para a descida do dia seguinte.

 

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Dia 07 - 5ª Dia de Trekking

Levantamos as 5 e meia da manhã para tomar um café e iniciar a descida até o 1º acampamento, nesse dia caminharíamos mais de 7 horas. O dia estava muito chuvoso e não parou de chover nenhum segundo, fiquei meio com receio de descer carregando minha mochila que estava grande e um pouco pesada então decidi pagar um carregador para descer com ela. Pessoalmente eu achei a descida mais difícil que a subida, pois as pernas já estavam cansadas e meu joelho deu um jeito ruim e a chuva piorou tudo. A parte mais complicada foi o Paso de las Lagrimas, pois a cachoeira que caia dobrou de tamanho. A trilha estava coberta por uma enxurrada forte que cobria meus pés e molhou toda minha bota. Depois disso continuamos descendo todo o caminho alagado até a parte onde eu tinha dito que era argila pura, dessa vez estava toda molhada e escorregadia, foi difícil até o acampamento base, mas consegui. Lá eu almocei e voltei para a trilha até o 1º acampamento, com o joelho meio ruim foi chato fazer o percurso de volta que só tinha pedras e descidas. Depois de um tempo e já lá em baixo a chuva parou e o sol veio com tudo para queimar, como não tinha passado protetor solar nesse dia fiquei com minha nuca e meu rosto ardendo e com insolação. O caminho de volta parecia ter dobrado de tamanho pois nunca chegava. Andando mais chegamos aos rios que tínhamos que atravessar, ele havia triplicado de tamanho e força devido a chuva e a pé já não dava pra passar, atravessamos ele em uma corda estendida de um lado ao outro e o jeito foi enfrentar a correnteza que estava forte. Por fim cheguei morto ao acampamento, tomei um banho, jantei e dormi!

 

Gasto do dia

Carregador da mochila: Bs700,00 (R$25,92)

 

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Dia 08 - 6º Dia de Trekking - Retorno a Santa Elena

Neste dia cedo nós arrumamos as nossas mochilas para a volta, tomamos um café e comemoramos com os guias a nossa conquista do topo e que nada de ruim ocorreu a ninguém. O Alex nos agradeceu por tudo e no fim fizemos uma vaquinha e demos um dinheiro a mais para eles. Voltamos a caminhada a Paraitepui, longa mas não tão exaustiva quanto as outras. Chegamos lá na parte da tarde onde fomos recebidos pelos indigenas com um tipo de tapioca com um caldo de pimenta e uma bebida local. Depois tomamos algumas cervejas, agradecemos a todos e esperamos o carro que nos levaria até o vilarejo de San Fransisco onde almoçamos em um restaurante e onde também havia algumas lojas de artesanatos e souvenirs. Depois de umas comprinhas os guias nos levaram a Quebrada Jasper, uma cachoeira que tem ali perto. De lá voltamos a Santa Elena para a agência. Lá nós nos despedimos do pessoal que não iria ficar e os que continuariam nós marcamos de ir jantar juntos, fui fazer um cambio para isso pois meu dinheiro em bolivar fuerte já estava quase no fim, não consegui uma cotação boa, troquei R$1,00 por Bs20,00. Mais tarde a noite nos despedimos todos e fui dormir, pois meu voo de volta a Brasília já era no outro dia.

 

Gasto do dia

Artesanatos: R$25,00

Câmbio: R$40,00

Hospedagem: Bs200,00 (R$10,00)

Total: R$75,00

 

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Molhou tudo, o jeito era deixar pra secar no sol!

 

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Mix de nações, Eslovênia, França, Bélgica, Ítalia, Brasil, Venezuela, Coreia do Sul e Polônia. Galera nota 10!

 

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Quebrada Jasper

 

Dia 09 - Santa Elena > Boa Vista > Brasília

Sai bem cedinho da pousada, peguei um táxi até a fronteira, passei pelas duas aduanas e cheguei ao Brasil onde iria pegar outro táxi até Boa Vista, só que no caminho havia um protesto dos índios, eles haviam fechado a pista para protestar a morte de alguém, isso me atrasou um pouco, tive que atravessar as barreiras que eles montaram a pé e do outro lado consegui um táxi até Boa Vista. Fui direto para o Aeroporto aguardar meu voo e voltar para Brasília. Todo quebrado.

 

Gasto do dia

Táxi Santa Elena - Fronteira: Bs200,00 (R$10,00)

Táxi Pacaraima - Boa Vista: R$55,00

Lanche no Aeroporto: R$22,00

Total: R$87,00

 

Dicas!

Água: Vc pode levar engarrafada, mas lá tem como pegar do rio pra beber. Nesse caso vc também pode levar uma pastilha de cloro para purificar a água. Eu tive dor de barriga mas não se se foi pela água ou pela comida que era diferente.

 

Banheiro: Todo mundo tem dúvida de como é o banheiro lá, bom, pra mijar vc pode ir em qualquer lugar exceto perto dos rios, mas pra fazer o "Number 2" como eles dizem lá, você tem que ir no foguetinho. É uma tenda com um assento de privada normal só que tem uma sacola plástica embaixo, daí vc joga um pouquinho de Cal, faz o que tem que fazer, somente sólidos, nada de líquido, depois joga mais Cal, tira o ar da sacola, amarra e deixa la do lado. Eles dizem que o que é feito nos acampamentos é enterrado lá perto, mas o que é feito no todo do Roraima é levado de volta a Paraitepui. O interessante é que nos acampamentos abaixo da montanha esse banheiro fica dentro de uma tenda, já no topo da montanha ele fica ao ar livre atrás de uma rocha.

 

Bastão de caminhada: Achei essencial, sem o bastão acho que a caminhada teria sido bem mais punk pra mim, isso porque ele serve como um ótimo apoio e você não força tanto as pernas.

 

Lanterna: Não leve lanterna de mão, só de cabeça, é bem melhor!

 

Capa de Chuva: Leve uma boa, que dê pra cobrir você e sua mochila, além também da própria capa da mochila.

 

Protetor e Repelente: O Protetor eu acho indispensável, levei um fator 60 e não passei por queimaduras exceto no dia que esqueci de passar. Repelente tem que ser bom porque os mosquitos lá são incomuns, repelentezinho normal não funciona não viu!

 

Remédios: Leve remédios principalmente relaxantes musculares como Torsilax e Dorflex, leve também Paracetamol, Salompas ou Gelou para os músculos, remédios para dores de barriga e intestino, não vou te garantir que a comida feita pelos guias são 100% higiênicas e tão pouco a água do rio. Leve algo para bolhas nos pés também.

 

Roupas: Lá em cima faz frio mas nem tanto, eu sobrevivia a noite com uma calça moletom normal, blusa e jaqueta, além de toca e luvas. Durante o dia roupas leves pois você fica com calor de tanto andar, mesmo que o tempo esteja frio, mas sempre deixe aquele casaquinho ao lado, pois quando você parar o corpo vai esfriar. Leve muitas meias pois elas vão molhar e você vai precisar de meias reservas. Quando não estiver em uma longa caminhada use algum tipo de chinelo sem ser havaianas, de preferência aquelas que prendem atrás.

 

Documentos: É bom, ou melhor, é preciso vc deixar qualquer tipo de documento e dinheiro embalado em plástico, pois tudo lá molha com a umidade e pra secar é foda, por isso deixar seu passaporte, dinheiro e outros documentos em um saco plástico vai protegê-los.

 

Agência: Se for ao Roraima é mil vezes melhor você fechar com uma agência venezuelana do que com as brasileiras de Boa Vista. A venezuelana cobra em torno de R$440,00 a R$800,00 pelos trekkings, já as brasileiras cobram a partir de R$2.500,00 pelos mesmos serviços praticamente. Absurdo.

  • Colaboradores
Postado

Muito bom o relato. Parabéns!

A viagem foi sensacional!

Estou planejando a minha ida. Devo ir sozinho também.

Tenho algumas dúvidas, se puder me ajudar.

 

Como foi a questão da divisão de barraca?

Tenho uma mochila igual a sua e estava pensando que ela seria muito grande para essa trip. Você não achou?

Você disse que pagando antecipadamente pode sair mais barato, mas o que já li foi que negociando no dia já na Venezuela sai bem mais em conta, o que me diz?

 

No mais, parabéns novamente!

 

Abraço!

  • Colaboradores
Postado

Oi Rpn! Então...

 

No meu grupo era apenas eu e outro rapaz do Brasil que conheci lá, dividimos a barraca nós dois, foi tranquilo, mas tinha uns lá que roncavam altíssimo rsrsrs porém com o cansaço vc dormia que nem via. Como a mochila é muito grande, ela dormiu do "lado de fora" da barraca, na verdade de baixo da entrada da barraca que tinha uma espécie de tenda, mas que nada ajudava, pois com ou sem chuva elas amanheciam todas molhadas com o sereno.

 

Eu exagerei um pouco na mochila sim, mas é a única que tenho, a minha de ataque é pequena e não daria pra levar tudo. Mas como meu casaco de frio era bem volumoso a mochila deu certinho.

 

Pois é, dizem que se você chegar lá pra fechar na hora é mais barato MAS quando eu cheguei pra pagar a outra metade foi informado que o grupo já estava fechado e quem decidiu ir na hora teve que aguardar a próxima saída que seria se não me engano 1 semana depois, sorte minha que já havia reservado.

 

Esse brasileiro que conheci lá reservou esse passeio no começo de Novembro/13 e eu reservei no final do mesmo mês, ele acabou pagando R$200 mais barato do que eu. Na verdade não há um preço fixo do trekking, eles cobram o quanto quiserem e levam em conta o país que você mora. No meu primeiro contato eles me cobraram R$600, quando realizei um segundo contato eles vieram com uma história de que o valor tinha aumentado pra R$800, liguei lá na agência pra esclarecer e me fizeram o passeio por R$660.

 

A Backpacker Tours é praticamente a única agência de Santa Elena que leva pro trekking, se você fechar em outra eles vão te encaminhar pra lá no dia da saída. É como se fosse intermediadoras dela.

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