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12/Abr: Planejamento e problemas antes da viagem

 

Tudo começou no ano 2011, quando eu tinha vontade de viajar para Europa. Mas recebi um correio informando de uma promoção para São Paulo desde a Cidade do México. Depois de consultar ao travesseiro, decidi cancelar a viagem para Europa e decidi pegar essa promo. Mas surgiu o primeiro problema. No México os trabalhadores só podemos tirar seis dias de férias o primeiro ano de trabalho, e achei que uma semana não seria suficiente para fazer essa viagem. Decidi me arriscar e comprei a passagem para viajar duas semanas. Depois veria como pedir licença para os outros dias. Originalmente o roteiro incluía São Paulo, Ouro Preto, Mariana, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Florianópolis, Camboriú, Curitiba y Foz do Iguaçu. Mas também queria conhecer Colonia del Sacramento e Buenos Aires, na Argentina. Alterei o roteiro e tirei Brasília, Salvador y Camboriú.

 

Quando avisei no trabalho, não tive dificuldade para ir duas semanas, pois combinei as férias com a Semana Santa. Eu viajaria o 23 de março de 2012 e voltaria 9 de abril. Mas houve um problema. Dias antes trabalhei fora da cidade, e eu pensava ficar dois dias fora, mas houve um terremoto que afetou a rede da empresa e complicou tudo. A minha viagem corria perigo. Depois de conversar com meu chefe, decidi alterar as datas da viagem, e eles pagariam as alterações, cancelamentos, etc. O problema foi que teria menos dias para a viagem, e tirei do roteiro Colonia, Buenos Aires e Floripa, mas pude adicionar Puerto Iguazú. Sairia 12 de abril e voltaria 24.

 

Finalmente chegou o dia da viagem, cheguei cedo ao Aeroporto da Cidade do México para pegar o voo com destino São Paulo e conexão em Santiago do Chile. Depois de 8 horas e meia de viagem (não pude dormir bem), cheguei ao aeroporto de Santiago, e quase correndo peguei o voo para São Paulo, pois só tinha uma hora para fazer conexão. Quando o voo decolou, passamos voando sobre a Cordilheira dos Andes, e pude ver as montanhas cobertas de neve, uma paisagem maravilhosa. Nesse trajeto meu companheiro de assento foi um brasileiro chamado Marco Antônio, fomos conversando e me desenhou um roteiro para passear em Sampa. Depois de 4 horas de voo, cheguei a Sampa às 12h.

 

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Cordilheira dos Andres

 

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Cordilheira dos Andres

 

 

 

13/Abr: Chegada a Sampa e primeiras impressões.

 

Depois de passar por migração, caminhei por um corredor, achando que era para chegar à Alfândega, mas descobri que pulei, pois já estava na área de chegadas, kkkkk. Ainda tenho a declaração da Alfândega na minha casa, kkkkkk. Quando sai do aeroporto senti uma umidade insuportável, pois eu moro em uma cidade de clima seco, e não aguentava. Peguei o ônibus para o metrô Tatuapé, paguei R$4.30. Depois de uma hora de trajeto e trânsito ruim (igual do que na Cidade do México), cheguei á estação do metrô, e estava me confundindo, pois não sabia que a estação estava integrada com a CPTM, e não sabia se pegar metrô ou trem. Peguei o metrô (R$ 3), e como a minha hospedagem estava na Vila Madalena, o peguei em direção a Barra Funda, desci na Sé, troquei de linha, desci na estação Paraíso, troquei linha de novo e finalmente desci na estação Vila Madalena. Depois de sair da estação, caminhei 10 minutos para chegar ao hostel, chamado Sampa Hostel.

 

Quando cheguei ao hostel estava suando muito por causa da umidade, fiz meu registro (Duas noites, R$ 35 a diária) e tomei banho, o que ajudou um pouquinho para me refrescar. Depois de tomar banho, decidi caminhar pela cidade, escolhendo o Centro e a Paulista como lugares para visitar esse dia. Antes fui a uma loja para comprar água e bolacha, pensei que era a minha primeira oportunidade para treinar a fala, mas não entendia (me falaram do CPF, eu nem sabia o que era), afinal só paguei.

 

Queria ir primeiro para o Centro, peguei o metrô na estação Vila Madalena e desci na estação Consolação para trocar de linha e depois trocar de novo na estação República e descer na Sé (pensei que seria mais fácil e rápido), mas não considerei que era o horário de pico e foi difícil pegar e sair do metrô. O bom é que as pessoas foram amáveis, enquanto na Cidade do México é comum a falta de amabilidade nas horas ponta ::hãã2::.

 

Quando cheguei á Sé, estava chovendo muito e as pessoas estavam fazendo fila nas catracas. Na praça da Sé vi muitos viciados, eu não imaginava que houvesse tantos, mas eles são tranquilos e não houve problema nenhum. Fui buscar uma loja para comprar um adaptador de tomada para a minha netbook. Depois de fazer a compra, caminhei pelas ruas do Centro. Muitas pessoas me disseram que o Centro era perigoso de noite, mas havia muita movimentação e muitos policiais, me sentindo seguro. Caminhei por várias ruas, identifiquei os Edifícios Altino Arantes e Martinelli, mas os mirantes estavam fechados e só estavam disponíveis em dias úteis :( Continuei caminhando e cheguei ao Vale do Anhangabaú, onde pude ver o prédio mais alto do Brasil, o Mirante do Vale, mas na verdade se vê menor do que outros prédios. Vi todo muito lindo de noite.

 

Depois decidi ir para a Rodoviária do Tietê e comprar a minha passagem de ônibus para Ouro Preto, paguei R$ 95 pela linha Util. Depois decidi ir para a Av. Paulista, pegando o metrô de novo. O metrô é um ótimo médio de transporte para conhecer a maioria dos locais da cidade, mas recomendo evitar pegá-lo nos horários de pico, as aglomerações são horríveis.

 

Quando cheguei à Paulista, vi muita movimentação e uma quantidade de prédios distribuídos pela avenida, depois de caminhar e tirar muitas fotos, estava fora do Parque Trianon e do MASP, mas como era noite, não pude entrar. Decidi voltar para o hostel e jantar, pois não comi nada esse dia.

 

Quando voltei ao hostel busquei uma padaria para preparar um sanduíche, e depois de jantar fui dormir, pois estava cansado, morto e destruído.

 

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Vale do Anhangabaú

 

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Metrô de SP - Estação Luz, linha 4-amarela

 

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Av. Paulista perto da Rua Consolação

 

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Av. Paulista perto do Parque Trianon

 

 

 

14/Abr: Caminhando pelo Centro e pela Paulista de dia

 

Esse dia tinha vontade de pegar os tours do Turismetrô, mas infelizmente acordei tarde :( . Decidi então ir ao Museu da Língua Portuguesa, pois tinha vontade de conhecer mais dessa língua que estava estudando. Peguei o metrô e desci na estação Luz. O ingresso ao museu custava R$ 6, mas como era sábado, entrei de graça. O museu é grande e muito interessante, tem vídeos, explicações, mapas, atividades e áudio. Adorei o museu.

 

Logo fui para a estação da Luz, a principal estação ferroviária da cidade, o prédio é muito lindo e elegante. O que mais adorei dele foi o piano que está no interior, tentei tocar, mas vi que não nasci para tocá-lo, :lol: .

 

Logo fui caminhando pelas ruas desse bairro muito descuidado que está atrás da estação Luz, achei inseguro e com prédios velhos e abandonados. Depois soube que esse bairro era a Cracolândia, o bom é que não vi viciados nem ladrões, eu só vi camelô fugindo da polícia.

 

Depois de caminhar cheguei ao Viaduto de Santa Efigênia, que está em frente do Colégio de São Bento. Desde aí se tem uma ótima vista do Vale do Anhangabaú, e como o céu estava limpo e com pouca nuvem, pude tirar muitas fotos.

 

Depois fui caminhando pela Rua Quinze de Novembro, e pude ver de novo os Edifícios Martinelli e Altino Arantes, e o prédio da Bovespa, a maior bolsa de valores da América Latina. Depois cheguei à Praça da Sé, e entrei ao interior da Catedral, muito linda. O estilo da fachada é neogótico, e é um dos principais cartões postais da cidade.

 

Depois queria ir para o Mercado Municipal, mas quando vi o mapa me confundi e acabei me perdendo, caminhando por um bairro descuidado e com viciados, os quais me ajudaram a localizar o caminho para o mercado. Depois de vários minutos estava caminhando pela Rua 25 de Março, com muitos negócios fechados e mais viciados. Depois de muito caminhar e perdido nessas ruas, cheguei ao Pátio do Colégio, o lugar onde a cidade foi fundada. Não estava no roteiro, mas consegui conhecer o lugar exato onde a cidade nasceu ::otemo::

 

Depois de perguntar a policiais que estavam aí pude chegar ao Mercado Municipal. O mercado é enorme, pode comprar legumes, frutas, peixes ou simplesmente comer em algum desses restaurantes. Eu comi pastel de carne, adorei. O problema é que tinha muita gente e estava quentíssimo, eu não aguentava :oops:

 

Depois de comer pastel, decidi ir a conhecer a Av. Paulista de dia, então fui caminhando à estação São Bento, e depois de fazer as combinações necessárias, desci na estação Brigadeiro.

 

Comecei caminhar pela avenida admirando os arranha-céus. Nunca vi na minha vida uma cidade com muitos prédios altos. Incluso na minha cidade estão restringidos os arranha-céus por causa dos terremotos, mas são dos mais altos da América Latina. Depois de caminhar baixo os raios do sol, cheguei ao Museu de Arte de São Paulo (R$ 15), um museu bem bacana onde se expõem obras y pinturas de diferentes artistas e diferentes estilos artísticos. Para as pessoas que gostam da arte, é um imperdível. Embaixo do museu se reúnem as pessoas, é um ponto de encontro na cidade.

 

Depois de caminhar muito, decidi voltar pro hostel. Ainda era cedo, mas meus pés doíam muito e precisavam descansar. Também estava faminto. Voltei ao hostel para tomar banho e conheci dois caras bem simpáticos, eram de Manaus e de Belo Horizonte. Com eles conversei muito, foi uma ótima oportunidade para treinar a fala. Quando esta saindo do hostel, ouvi que uma menina gritou “¡Qué onda güey!”, uma frase típica mexicana. Mas como estava faminto, não prestei atenção e procurarei lugares para comer, encontrei uma pizzaria na Rua Harmonia, perto do hostel. Pedi uma pizza caipira (grãos de milho, frango e catupiry, R$ 20), muito bom. Também bebi uma lata de Guaraná Antártica, amei e fui viciado nela enquanto estive no Brasil.

 

Voltei pro hostel e perguntei para uma menina se ela foi quem disse essa frase. Ela respondeu “sim”, e me disse que os funcionários lhe disseram que eu era mexicano. Ela se chama Luísa e estudou seis meses no México, o espanhol dela era muito bom. Estivemos conversando e bebendo no pátio de hostel. Nesse momento eu contatei um amigo mexicano que estava morando em SP, e quedamos nos ver no parque Ibirapuera o dia seguinte. Depois da conversa o sono venceu e fui dormir.

 

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Vista do Centro de São Paulo desde a Av. Prestes Maia

 

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Vista do Vale do Anhangabaú

 

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Catedral da Sé

 

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Pátio do Colégio, onde foi fundada a cidade.

 

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Pegando ar nos respiradouros do metrô

 

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Avenida Paulista

 

 

 

15/Abr: Parque do Ibirapuera, Ipiranga e Liberdade

 

Acordei cedo, mas perdi tempo pesquisando na internet como chegar ao parque, e como tinha pouco tempo, decidi pegar táxi. Como o táxi não chegava, decidi pegá-lo na rua. Peguei o táxi perto do cemitério, e o trajeto demorou 20 minutos. Nesse trajeto passamos pelos bairros Jardins e Jardim Paulista, muito lindos. O taxista me deixou no Auditório do Parque, onde veria meu amigo Ángel. Finalmente nos vimos e decidimos visitar alguns museus do parque.

 

O primeiro foi o Museu de Arte Moderna (R$ 6), o qual tinha uma coleção de fotografias da vida cotidiana nos países do Terceiro Mundo. Logo fomos para o Museu Afro, um dos que mais gostei dessa cidade. No museu pudemos ver como os negros chegaram ao Brasil, desde a época da escravidão até a integração total na sociedade brasileira. Gostei muito das mostras de costumes e tradições que eles têm. Depois caminhamos pelo parque, onde vimos pessoas fazendo exercício sem camisa ou com pouca roupa no caso das mulheres. No México é mal visto ver alguém sem camisa ou com pouca roupa na rua, mas vi que aí é comum.

 

Logo decidimos ir para o Museu Paulista, em Ipiranga. Pegamos ônibus e metrô para chegar lá. Fora do museu tive chance de comer pastel feito na rua, tão gostoso quanto o que comi no Mercado Municipal. Depois entrei ai Museu (R$ 6), onde se expõe a história da cidade e o papel que teve na Independência Brasileira, pois o famoso “Grito de Ipiranga” foi nesse lugar. O ruim é que não pode tirar fotos. Logo fomos ao Monumento à Independência, o qual é a cripta imperial, pois no interior estão os restos do Imperador Dom Pedro I. Também vimos uma praça com bandeiras de todos os Estados do Brasil. Amei essa visita, era um dos lugares que mais queria conhecer nessa trip.

 

Logo voltamos ao metrô e Ángel foi embora, enquanto eu fui para o Bairro Liberdade, o qual tem a maior colônia japonesa do Brasil. Como era domingo, estava instalado o mercado, onde se vendem muitos objetos e comidas de origem asiáticas. As ruas têm adornos orientais, sem dúvida uma prova mais de que a cidade é multi-cultural.

 

Voltei ao hostel para fazer o check-out e ir à rodoviária. Pedi um táxi para me levar, mas a minha mão fechou e decidi descer na estação Clínicas, e ir de metrô. Quando cheguei tinha muita gente, pois como era domingo estava mais movimentado. Na fila para pegar o ônibus uns senhores me perguntavam se eu era chileno, outros achavam que era argentino (Não tenho cara de argentino nem de chileno). Finalmente o ônibus saiu da rodoviária e “faria” 10 horas de trajeto. Nesse momento um vendedor subiu ao ônibus e comprei uma sacola com Cheetos (sem pimenta), chocolates, chicletes, água e refrigerantes.

 

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Museu de Arte Moderna

 

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Interior do Museu Afro

 

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Corredor no Parque do Ibirapuera

 

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Museu Paulista em Ipiranga

 

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Monumento da Independência

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Que legal Érick, é muito interessante ver a ótica de um mexicano de D.F. sobre a nossa Sampa.

Nunca pensei que alguém iria fazer turismo na cracolândia, mesmo que sem querer kkkkk

Tô no aguardo do restante...

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Meeeeeu (paulistanes batendo de volta no coração!) vc aprendeu a andar de metrô muuuuuuuito bem! Conheço tanto brasileiro que já foi várias vezes pra SP e se perde e morre de medo pela quantidade de gente!

 

Continua aí o relato que to com saudades da minha terrinha =)

 

Beijos

 

PS: vc fala bem portugues, hein! parabéns!

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Leo: nem eu imaginava que faria turismo na "Crack", caminhei por aí e achei perigoso, mas tudo deu certo. Acho que tomará vários dias para acabar o relato, mas farei o possível por finalizar logo.

 

Camila: Meeeeu (lembrei um paulista que conheci aqui no México, falava muito o "meu"), morar numa cidade de 25 milhões de habitantes e pegar todos os dias um metrô usado por 5 milhões ajudou muito, nem sofri, pois já estou acostumado a que as pessoas briguem, xinguem e empurrem para entrar nos vagões, kkkkk. O ruim é que achei muito caro. (Nessa época o metrô daqui custava R$ 0.50) Em breve finalizarei o relato

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16/Abr: Ouro Preto e Mariana

 

No trajeto ia sentado com uma menina que parecia alemã, e estava falando alemã com a mãe, mas quando chegamos a uma pequena rodoviária (o ônibus fazia escalas), ela me perguntou em português se queria ir ao banheiro. Eu vi que elas eram brasileiras, mas tinham ascendência alemã e vi como alguns descendentes ainda conservam a língua dos países de origem.

 

Segundo o roteiro, o ônibus faria 10 horas, mas o ônibus demorou 13 horas, eu estava com desespero, pois queria aproveitar o dia já que na tarde iria para Belo Horizonte, onde veria a mãe de uma das minhas professoras de português. Chegamos às 9 da manhã e deixei a mochila no guarda-volume (R$ 7). Também comprei a passagem para BH pela Pássaro Verde (R$ 27), saindo às 15h. Como o guarda-volume também era uma loja, vi que havia pão de queijo, mas me surpreendi porque eram enormes, pois os que vendem no México são pequenos.

 

Comecei caminhar pelas ruas da cidade, muito lindas, mas percebi que várias igrejas estavam sendo reformadas. Eu queria ir à Igreja da Nossa Senhora do Pilar, mas como era segunda, todas as igrejas estavam fechadas ::cry:: Continuei caminhando pelas ruas e como senti fome, fui a uma lanchonete para tomar café-da-manhã. Escolhi uma que estava na Rua São José, onde comprei pão de queijo, um copo de café (no México se bebe sempre em xícara) e caldo de cana, muito gostosos. Também ouvi o sotaque dos mineiros, achei simpático e muitos falavam de "trem".

 

Logo fui caminhando pelas ruas e cheguei à Praça Tiradentes, onde também estavam fazendo reformas. O Museu da Inconfidência também estava fechado, mas pude fotografar as igrejas. Acho que as mais belas que vi são as Igrejas da Nossa Senhora do Pilar e de São Francisco de Assis. Eu adoro fotografar igrejas. Também fui a um mercado de artesanatos onde comprei alguns presentes. Em uma loja comprei uma guia turística do Brasil muito boa, paguei (R$ 50).

 

Logo fui a parada de ônibus para ir a Mariana. Como tinha pouco tempo, só visitaria as igrejas principais e caminharia pelas ruas. Eu sabia que havia uma mina no trajeto, mas não daria tempo para fazer esse passeio. Quando cheguei a Mariana, vi que as ruas eram mais planas, a cidade é linda, mas perde para Ouro Preto sem dúvida. Fotografei as igrejas principais, a estação ferroviária e algumas casas lindas. O mais engraçado que vi foi um cartaz que cura as doenças usando a “manipulação”, kkkk. Como tinha pouco tempo para voltar a OP, estava na parada de ônibus, mas não chegava. Decidi pegar um táxi e esperei na rodoviária a chegada do ônibus. Depois de vários minutos o ônibus chegou.

 

Quando cheguei à rodoviária de Ouro Preto, o ônibus já estava saindo e o parei para que não fosse embora. Peguei a mochila e subi no ônibus, com destino BH.

 

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Igreja de São Francisco de Paula

 

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Vista de Ouro Preto

 

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Rua São José, muito linda

 

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Igreja de São Francisco de Assís

 

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Métodos para curar a saúde, ::lol4::

 

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Igrejas de Mariana (Esqueci os nomes mas vou pesquisar)

 

 

 

16/Abr - 17/Abr: Belo Horizonte, a capital mineira

 

Quando estava entrando em BH, vi algumas pequenas favelas nos morros, e lembrei aqueles morros que estão na área metropolitana da Cidade do México (têm os serviços básicos, mas a insegurança é alta).Depois de duas horas e trinta minutos cheguei á rodoviária de Belo Horizonte. Ángela, a mãe da minha professora, estava me esperando. Logo de apresentarmos, fomos para o hostel onde ia me hospedar, o Belo Horizonte Hostel, que fica no bairro Bonfim. Nessa zona tem muitas bodegas e as ruas estavam vazias, mas como ia acompanhado, tudo deu certo. O hostel é bom, mas esse dia eu era o único hóspede: o hostel sozinho pra mim. Ángela me disse que iria por mim o dia seguinte e foi embora.

 

Como tinha fome, fui buscar um restaurante para comer. Na Rua Além Paraíba, encontre um restaurante/boteco chamado “Casa Velha”, onde comi porco com batata frita e catupiry. Também pedi meu amado refrigerante (Guaraná Antártica) y dois copos de caipirinha. Amei as caipirinhas, muito boas. Estive conversando com o garçom chamado Gabriel, ele me disse que tinha planos de ir para Cancun (conheci em 2013), e dei meus dados de contato para ele, mas ainda não viajou.

 

Depois de pagar a conta (acho que gastei R$ 35, pois comi e bebi muito) voltei ao hostel para descansar, pois não dormi bem no ônibus e acordaria cedo.

 

Depois de dormir muito, tomei banho e como Ángela chegou cedo (os mexicanos quase sempre chegamos retrasados) tomamos o café-da-manhã no hostel. Depois de fazer o check-out fomos à rodoviária paga guardar a mochila (R$ 8 do guarda-volume). Pegamos um táxi coletivo e descemos na estátua de Tiradentes, na Av. Afonso Pena, a avenida mais importante da cidade. Depois fomos ao parque municipal, muito lindo. Adorei a lagoa e o trenzinho (de verdade, não o trem mineiro) para as crianças. Logo caminhamos pela Afonso Pena e viramos na Av. Amazonas, para chegar ao Mercado Municipal. Aí vi que o mercado é enorme e se pode comprar artesanatos, lembranças, brinquedos, etc. O mais foto que vi foram bonecos do Chaves, a Chiquinha, o Quico, não sabia que eles eram mais famosos e queridos no Brasil do que no México.

 

Como ainda tínhamos fome, fomos comer a um restaurante de comida por quilo, um conceito bom onde você coloca comida e paga segundo o peso total. Onde fomos custava R$ 12 o quilo. Depois de comer, voltamos à rodoviária para eu pegar um ônibus para o aeroporto (R$ 10), pois tinha um voo programado para o Rio de Janeiro. Agradeci a Angela por me ajudar e mostrar um pouco da cidade. O ônibus partiu, deixando atrás a capital mineira.

 

No trajeto pude ver o estádio Mineirão e a Lagoa de Pampulha, que conhecerei em outra viagem. O ônibus fez escala no aeroporto de Pampulha e logo foi direto até Confins. Jamais imaginei que o aeroporto estivesse tão afastado da cidade.

 

Assim que cheguei ao aeroporto, fiz o check-in e despachei a bagagem. Vi um cartaz que dizia que havia um mirante para spotting, mas infelizmente estava fechado por causa das reformas (por causa da Copa, né?). Chegou a hora do embarque e entrei no avião, com destino Rio de Janeiro-Santos Dumont. O avião estava quase vazio, mas acho que todos os passageiros eram viajantes de negócios, pois vestiam de terno, gravata, camisa e sapato, enquanto eu ia de bermuda, camiseta e chinelos, kkkkk. O avião decolou e o céu nublado ficou embaixo, para admirar o sol radiante.

 

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Estátua de Tirandentes na Av. Afonso Pena

 

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Interior do Parque Municipal

 

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Queijo Minas no Mercado Municipal

 

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Minascentro

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17/abr: Chegada ao Rio de Janeiro, a triste bem-vinda

 

O avião começou descer, e pude ver alguns bairros desde a janela, mas não sabia quais eram. Depois reconheci o estádio do Maracanã, o Sambódromo, o Aterro do Flamengo e o Pão de Açúcar. O Corcovado estava coberto de nuvens e não pude ver o Cristo. Depois viramos e vi a Bahia de Guanabara, Niterói e a ponte Rio-Niterói. Foi um pouso maravilhoso, pensei que o avião ia pousar na água, mas a pista apareceu. Estava no Rio de Janeiro.

 

O clima era quente, mas gostoso. Sai do aeroporto e perguntei como chegar ao Bairro Glória. Disseram-me que o melhor era pegar um ônibus, mas como eu queria caminhar um pouco, decidi ir à estação do metrô Cinelândia. Como era dia útil, tinha muita movimentação, pessoas trabalhando nos escritórios, comendo nos restaurantes, etc. Depois de 10 minutos cheguei ao metrô (R$ 3.20 nessa época) e o peguei. Desci na estação Glória e caminhei menos de 5 minutos para chegar ao hostel Cidade Maravilhosa.

 

Fiz o check-in e vi que todos os quartos tinham os nomes dos bairros do Rio. Eu fiquei em “Ipanema”. Depois de guardas as coisas e descansar um pouquinho, decidi dar um role pela cidade. Estava começando a escurecer.

 

Fui de metrô e desci na estação General Osório/Ipanema. Caminhei pelas ruas charmosas do bairro, e vi muitas lojas, restaurantes, etc. Encontrei uma lanchonete e pedi frango com batata e Coca Cola (Não vendiam Guaraná). Depois de jantar, fui à praia de Ipanema, tinha muitas pessoas caminhando, fazendo exercício ou esportes, etc. Cheguei à Pedra do Arpoador e conheci uma galera de portugueses que estavam tirando férias, eles me convidaram uma taça de champanha. Logo entrei no parque Garota de Ipanema, estava escuro, mas sai vivo daí, kkkk. Fui caminhando pela Rua Francisco Otaviano e cheguei a Copacabana.

 

Assim que cheguei à praia um bando de crianças (acho que nenhum tinha mais de 18) começou me perseguir e fechou o passo, um deles me pôs uma faca no pescoço e pediu todo o que trazia. Retiraram minha pequena mochila (Eu tinha o guia, um pouco de dinheiro) e sacaram do bolso a câmera. Logo foram embora e fui buscar policiais para denunciar o roubo, mas só vi uns depois de caminhar 15 minutos.

 

Eles me levaram na pratrulha à delegacia de turismo no Leblon, mas quando quis fazer a denúncia, me perguntaram se tinham me roubado os documentos (passaporte e visa). Sempre levava cópia deles, estavam salvos no hostel. Disseram-me que a denúncia não procedia porque os documentos originais não foram roubados. Eu não acreditava! E quando eu perguntava alguma coisa eles respondiam em inglês! Não quiseram me ajudar. Eu estava em “shock”, mas preferi não insistir mais, achei arriscado voltar com documentos e tentar denunciar de novo. Estava com raiva, mas não podia deixar que isso arruinasse a viagem.

 

Os policiais me levaram de volta ao hostel (eles foram amáveis) e sem querer tive um roteiro noturno gratuito, passando por Ipanema, Leblon, Copacabana, Flamengo e Lapa. Assim que cheguei ao hostel cancelei os cartões (estavam sem dinheiro, mas preferi não arriscar). O bom foi que a maioria das fotos estavam salvas porque eu levava uma netbook e fazia backup delas todos os dias. Só “perdi” as fotos que tirei essa noite. Decidi dormir e tentar esquecer esse horrível dia.

 

CONCLUSÃO: Infelizmente me confiei porque na minha cidade nunca fui roubado e já entrei em bairros perigosos sem problema. Também estava distraído, o que ajudou para eles me roubarem; como diz uma frase: “A ocasião faz o ladrão”. Desde então sou mais cuidadoso, sem ser paranoico.

 

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Pão de Açúcar

 

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Pousando no aeroporto Santos Dumont

 

 

 

18/Abr: Conhecendo o Rio de Janeiro

 

Decidi acordar cedo para comprar uma nova câmera. Perguntei aos funcionários do hostel e me disseram que na Rua Uruguaiana podia encontrar lojas que vendiam eletrônicos. Fui de metrô e encontrei uma loja chama “Casa de Vídeo”, comprei a câmera mais barata, mas tinha boas funções, custou R$ 300, com cartão SD incluso. Depois paguei e voltei ao hostel para carregá-la. Quando carregou decidi ir ao Cristo do Corcovado, mas estava desconfiado por causa do que aconteceu a noite passada.

 

No metrô comprei a integração para ir ao Cristo (R$ 4.65), desci na estação Largo do Machado e logo peguei o ônibus. Depois de 15 minutos, desci na igreja de São Judas e comprei o ingresso para subir de trem (R$ 46). Como era dia útil, só esperei 5 minutos, abordei o trem e começou a subida. Nesse passeio se interna na floresta do Parque Nacional da Tijuca, e durante vários minutos está em contato com a natureza. Em algumas partes tem casas de e também algumas favelas. Quando chegamos ao topo, estava nublado, o Cristo apenas era visto de perto.

 

Subi as escadas e cheguei aonde se encontra o pedestal do Cristo. Está bem conservado e lindo, mas achei que era maior, nas fotos se vê enorme. As nuvens seguiam cobrindo a vista da cidade, mas depois de uns minutos, se dispersaram. Foi assim que pude admirar o Centro, Botagofo, o Pão de Açúcar, a Baia de Guanabara, Copacabana, Leblon e Ipanema. A vista é maravilhosa. Também se pode ver a favela da Rocinha, talvez a mais famosa do Rio. Gostei muito desse passeio, e justo quando sai começou chegar mais gente. Peguei o trem de volta e na parada de ônibus peguei um que me deixaria perto de Arpoador.

 

Depois de 30 minutos de trajeto, desci perto de Arpoador, eu queria ver o pôr do sol, mas como era cedo, decidi entrar ao Forte de Copacabana (sabia que não corria perigo, kkk). O Museu é muito interessante, mas o melhor é a vista do bairro de Copa (aí pude tirar fotos sem medo), do Pão de Açúcar e da praia. Quando o sol estava caindo, fui para a pedra.

 

A pedra do Arpoador divide Copacabana e Ipanema. Cheguei no melhor momento, pude tirar fotos lindas do pôr do sol, se ocultando atrás do morro dos irmãos. Conheci um inglês que também estava tirando férias. Comprei um bixcoito (com X) chamado Globo, muito bom (lembrei o vídeo “O jeitinho carioca”). Havia muitas famílias cariocas, às quais pude identificar ouvindo o sotaque (Naquele momento já distinguia os sotaques das cidades que visitei).

 

Quando a noite chegou fui para Ipanema e adorei caminhar de novo pelas ruas desse lindo bairro, e aproveitei para comprar uma camiseta da qual gostei muito, tem a imagem do Cristo e do Corcovado. Senti o olhar do atendente, mas não prestei atenção. Depois soube que essa loja estava na Rua Farme de Amoedo (Rua onde se reúne a comunidade gay da cidade) e que era uma loja gay, nesse momento entendi o olhar do safadinho, kkk.

 

Voltei ao hostel e logo de tomar banho, fui para Lapa, o bairro boêmio do Rio. O trajeto estava meio escuro e vi muita prostituta, senti que era mais perigoso do que em Sampa. Cheguei a Lapa e vi os arcos iluminados, muito lindos, mas não quis tirar foto.

 

Entrei um bar e bebi umas cervejas, mas como era tarde, fui embora e voltei ao hostel, queria dormir porque estava cansado.

 

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Cristo do Corcovado

 

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Vista de Botafogo, o Pão de Açúcar e Niteroi

 

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Centro do Rio de Janeiro

 

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Ipanema, Leblon e o Morro dos Irmãos

 

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Admirando a paisagem desde Arpoador

 

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Ipanema e Leblon de noite

 

 

 

19/Abr: O passeio tradicional do Rio de Janeiro. Voltando ao Cristo

 

Como as roupas que deixei na lavanderia não estavam prontas, fui comprar camisetas e cuecas ao Centro. Perdi tempo nisso. Como tinha pouco tempo, resolvi contratar um tour para conhecer o restante. Consegui um na hora, o passeio tradicional, que incluía o Cristo, o Pão de Açúcar, o Sambódromo e Santa Teresa; custava R$ 150, mas decidi comprá-lo. Eles chegariam às 12h30.

 

Quando chegou a hora, Emily, a guia de turistas, passou por mim e subi na van para ir por outros turistas. A maioria deles estavam no Leblon e em Ipanema. A galera esta formada por seis suizas, três ingleses, uma armênia e eu. Decidimos que o tour fosse em inglês.

 

Rodeamos a Lagoa Rodrigo de Freitas e o camionete chegou ao Corcovado, mas subiu pela estrada, admirando a floresta e fazendo uma escala no Mirante Dona Marta (O bom é que o passeio foi diferente). Chegamos ao Cristo e estava sem nuvens, tirei fotos diferentes e os companheiros do tour foram meus fotógrafos. Esse dia o céu estava mais limpo, as fotos ficaram ótimas. Também percebi que baixo o Cristo tem uma capela pequena, mas poucas pessoas entraram nela.

 

Logo fomos para o bairro Santa Teresa, famoso porque muitos artistas moram aí. Visitamos algumas galerias e caminhamos pelas pequenas ruas. Uma pena que o bondinho não esteja funcionando :cry:. Daí fomos para o Sambódromo, que não é tão interessante nessas datas, mas pode alugar (R$ 5) as fantasias e tirar fotos vestidos com elas. O mais interessante é uma escultura que dizem as más línguas que parece uma bunda. Daí fomos para a famosa Escadaria Selaron, muito linda e colorida, tem muitos azulejos e alguns deles mostram cenas típicas de alguns países (No caso do México são Speedy González e uma mulher em uma cozinha típica mexicana). O que achei ruim é que havia viciados e alguns prédios precisam ser reformados.

 

Daí fomos para o Pão de Açúcar, pegando o famoso teleférico. A vista desde aí é maravilhosa, pode ver o Centro, a Bahia de Guanabara, Botafogo e o Corcovado de frente. É uma vista complementária da que oferece o Corcovado. Como era a hora do pôr do sol, a paisagem estava mais linda. Caiu a noite e todos fomos deixados em nossos hosteis. Os dias que estive no hostel havia pouca gente, mas essa noite pude conversar com uns goianos que estavam tirando férias na Cidade Maravilhosa, e assistimos a TV juntos.

 

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Admirando Botafogo

 

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A foto clássica no Cristo

 

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Na Escadaria Selaron

 

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Vista do Centro do Rio desde o Pão de Açúcar

 

 

 

20/Abr: Até logo Rio! Pequena escala em Sampa. Chegada a Curitiba

 

Acordei cedo sem tomar café da manhã, pois o voo saía às 10:45, precisava estar no aeroporto às 9. Fui de metrô a Cinelândia e daí caminhei ao aeroporto. O destino era Curitiba, mas fazia conexão no aeroporto de São Paulo/Congonhas. Tomei café da manhã no aeroporto (muito caro). Finalmente chegou a hora da abordagem e vi que a sala de espera é muito linda, de cristal e pode ver a Bahia de Guanabara, o Pão de Açúcar e as pistas. Um dos aeroportos mais lindos que já vi. Finalmente o avião decolou e tive uma vista maravilhosa da cidade.

 

Depois de 40 minutos estávamos pousando no aeroporto de Congonhas. O céu esta contaminado, mas foi possível ver a imensa quantidade de prédios que a cidade tem. Também vi pela janela muitos prédios altos embaixo do avião, achei que ia bater. Depois do pouso, esperei no terminal para pegar o voo para Curitiba.

 

O aeroporto de Congonhas estava muito movimentado, e nas duas horas que estive aí mudaram o portão de embarque três vezes, kkkk. Chegou a hora de tomar o voo e depois de 40 minutos estava posando em Curitiba.

 

O serviço a bordo da TAM é muito bom, deram sanduíches e sucos. A maioria das linhas aéreas vende ou dá salgadinhos

 

Assim que cheguei a Curitiba procurei um balcão para obter informação turística. Deram-me informação da Linha Turismo, o ônibus turístico da Cidade. Logo peguei o ônibus executivo que vai para o centro de Curitiba (R$ 10). O trajeto demorou 30 minutos, desci na rodoviária, pois o hostel que elegi (Curitiba Casa Hostel, R$35 a diária) estava perto do Jardim Botânico. Na rodoviária peguei o “Tubo” (ônibus articulado, este foi o primeiro no mundo), custava R$2.65. Desci na estação Hospital Cajuru, caminhei um pouco e cheguei ao hostel.

 

Fiz o check-in e o funcionário, chamado Pablo (era colombiano), me levou para a habitação. Adorei esse hostel, pois cada quarto tinha banho privado e embaixo dos leitos estavam os guarda-malas. Também o hostel é limpo, espaçoso e os donos são amáveis.

 

Resolvi ir para o centro, pois precisava trocar dinheiro. Fui de tubo e logo caminhando até a Rua Marechal Deodoro. Nessa rua encontrei uma casa de câmbio com uma ótima cotação, e a funcionária era linda. Logo caminhei pelas ruas do Centro, acho que uma das mais lindas é a Rua Quinze de Novembro, onde tem lojas, restaurantes e um trem-livraria, ótimo para ler calmo. Também visitei a praça General Osório, a praça Tiradentes, a Rua 24 horas (mas vi negócios fechados), a sede a UFPR e o Paço da Liberdade. Infelizmente esqueci a câmera e não pude tirar fotos :cry:

 

Logo fui caminhando à rodoviária, mas senti fome e comi em uma lanchonete, comi pastel e suco de açaí. Quando cheguei à rodoviária comprei a passagem para Foz do Iguaçu, eu sairia o dia seguiente. Voltei ao hostel e um cara gaúcho preparou picanha. Estávamos reunidos dois paulistas, o gaúcho, um pernambucano e um russo na cozinha, escutando maracatu (o pernambucano levava um CD). Depois de uma boa conversa, fui dormir, estava morrendo se sono (de novo).

 

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Decolando do aeroporto Santos Dumont

 

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Pousando em Congonhas

 

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Estação Hospital Cajuru

 

 

 

21/Abr: Passeando por Curitiba

 

Acordei cedo e tomei café da manhã, muito bom e suficiente para aguentar a tarde inteira. Depois de planejar o roteiro do dia, decidi pegar o ônibus da Linha Turismo e conhecer os principais pontos da cidade. Depois de conversar com um casal capixaba, peguei o tubo e fui direto à Praça Tiradentes. Esse dia (21 de abril) era o feriado de Tiradentes, a maioria dos comércios estavam fechados, e o centro da cidade estava quase vazio.

 

Cheguei à Praça Tiradentes e peguei o ônibus, paguei R$ 27 e subi ao segundo andar. O recorrido começou e vimos os primeiros pontos turísticos: A Rua das Flores, O Teatro Paiol, o Jardim Botânico e a Universidade Federal do Panamá. Quando cheguei ao Museu Niemeyer, decidi descer e entrar.

 

Entrei de graça, no interior tinha uma exposição de pinturas surrealistas bem lindas e de alguns dos projetos arquitetônicos que ele fez no Brasil, como prédios e outras construções. Niemeyer foi o arquiteto que desenvolveu o projeto para construir a nova capital do país nos anos 50: Brasília, a qual foi inaugurada em 1960.

 

Embaixo do museu se reúnem muitos jovens para fazer skate ou simplesmente conversar. Logo fui à parada de ônibus para pegá-lo de novo. Nesse momento começou chover e desci para evitar me molhar. O clima em Curitiba os dias que estive foi frio, muito diferente do clima do Rio de Janeiro e São Paulo. Logo passamos por outros importantes pontos turísticos, como o Bosque Alemão, a Ópera do Arame (bem linda, não pude descer por causa da chuva, mas quando voltar irei de novo) e o Parque Tanguá. Nesse momento a chuva parou e subi ao segundo andar.

 

Logo passamos pelo Parque Tingui, o Memorial Ucraniano (simplesmente fantástico) e Santa Felicidade (bairro da comunidade italiana). Fiquei apaixonado pela cidade, a quantidade de áreas verdes que tem é impressionante e deveria ser um exemplo para o desenvolvimento ecológico de outras cidades do mundo. Fazendo um parêntese, quando era mais novo li uma reportagem de Curitiba, que era a cidade com mais áreas verdes por habitante na América Latina, vi as fotos e gostei, foi por isso que adicionei ao roteiro e não me arrependi, sei que valeu a pena, e ainda não visitava o local que mais gostei.

 

Decidi parar na Torre Telepar, pois queria ver a cidade desde as alturas. Mesmo que o dia estava nublado, tive uma vista maravilhosa da cidade, pudendo ver a características que muitas capitais brasileiras têm: muitos prédios altos. Também vi as zonas arborizadas da cidade.

 

Peguei o ônibus de volta e desci na rodoviária para voltar ao hostel e descansar um pouco, pois o próximo destino era o Jardim Botânico, o motivo principal pelo qual fui a Curitiba.

 

Como o Jardim Botânico estava perto do hostel, fui a pé, fazendo 15 minutos aprox. Quando entrei ao Jardim vi a grama bem linda y cuidada, e muitas flores coloridas bem lindas. Depois vi o corredor principal e cheguei à fonte “Criança protegida pela mãe”, muito lindo e ao fundo a estufa de cristal, o cartão postal da cidade. Entrei à estufa e adorei ver essas plantas, sem dúvida valeu a pena a visita. Como era a hora do pôr do sol, a cidade se via muito linda, mesmo com nuvens. O Jardim Botânico é um excelente mirante desde a terra, se vê o skyline de Curitiba. Também tem uma lagoa e corredores para andar tranquilamente e fazer exercício.

 

Voltei ao hostel, mas antes comprei comida em uma loja, para esquentar no forno. Jantei e fiz o check-out para ir à rodoviária, pois o ônibus para Foz saia às 21h queria chegar cedo. Peguei de novo o tubo e cheguei logo, esperando para abordar o ônibus. Chegou a hora e subi no ônibus, estava confortável e pude dormir bem no trajeto.

 

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Teatro Paiol

 

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Memorial Ucraniano

 

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Museu Niemeyer

 

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Vista de Curitiba desde a Torre Telepar

 

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Eu no Jardim Botânico

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22/Abr: Foz do Iguaçu: Usina de Itaipu, Cataratas e Parque das Aves

 

Como dormi muito bem no ônibus, o motorista me fez acordar, pois chegamos a Foz do Iguaçu. Eram 5h 45. Como precisava tomar banho, deixei a mochila no guarda-volumes da rodoviária (R$ 8 ) e logo fui tomar banho (R$ 6 ). Depois de uns minutos estava pronto, mas tinha fome e tomei café da manhã (pedi um café e uma x-burguer, péssimo). Logo resolvi deixar a outra mochila, pois estava cheia, e precisei comprar uma (R$ 20) para dar o passeio. Estava esperando o ônibus para ir à Usina de Itaipu, mas como não chegava decidi pegar táxi. Como era dia domingo, algumas avenidas foram fechadas para uma carreira de corredores, e o trânsito ficou ruim. Depois de 20 minutos de trajeto, cheguei ao CRV (Centro de Recepção de Visitantes).

 

Eu não fiz reserva pela internet, mas para o horário que queria (08h30) tinha vagas, o ingresso custou R$ 55, pois paguei o circuito especial (passeio em ônibus + entrada ao interior da usina). A galera embarcou o ônibus e a guia começou a narração do passeio. Primeiro chegamos a um pequeno mirante em frente da barragem e o vertedouro, aonde vimos o rio Iguaçu, a barragem principal e o trajeto do rio desviado quando fizeram as obras. Infelizmente não pudemos ver a caída de água, dizem que o espetáculo é impressionante.

 

O projeto da usina binacional foi ideado nos anos 60, pelos governos brasileiro e paraguaio. Logo de várias negociações, os dois países decidiram construí-la. O rio Iguaçu foi desviado para construir a barragem, e uma área imensa de mato seria inundada para criar o lago. Depois de anos de obras, a usina foi inaugurada em 1984. Foi considerada a maior hidroelétrica do mundo, mas hoje em dia perde para a Usina das Três Gargantas, na China.

 

Logo fomos para a estação central, aonde vimos os enormes tubos pelos quais a água chega às turbinas geradoras de energia, e a barragem de concreto. Uma maravilha da engenharia sem dúvida. Entramos ao interior da usina e vimos à localização exata das turbinas. Logo descemos às entranhas da usina, e vimos às turbinas trabalhando, e o quarto de controle, onde a metade dos empregados é brasileira e a outra metade paraguai. A explicação foi muito boa e a experiência linda. Voltamos ao CRV, e tinha direito a entrar ao Ecomuseu, mas o tempo era pouco e peguei o ônibus com destino ao TTU (R$ 2.65).

 

O ônibus chegou a TTU (Terminal de transporte urbano) e troquei de ônibus, com destino a Cataratas. O bom e que não paguei outra passagem, sempre e quando seja no interior do TTU. Depois de 30 minutos de trajeto, chegamos à entrada do Parque Nacional do Iguaçu. Paguei o ingresso (R$ 40 para estrangeiro) y peguei o ônibus que vai a Porto Canoas (incluso no ingresso). Desci na parada da Trilha das Cataratas. Ia com um holandês que queria fazer o Sendero Macuco, então ele foi embora e eu continuei a trilha. Ai tem um mirante onde é possível ver as cachoeiras do lado argentino. A vegetação é imensa e no chão está presente um exército de quatis prestes para ser alimentados (tem cartazes que proíbem alimentá-los, mas as pessoas não prestam atenção).

 

Comecei a trilha e era possível ver as pequenas cachoeiras do lado argentino (dizem que em temporada de chuvas é muito perigoso e as passarelas são fechadas). Também podia ver a Garganta do Diabo, mas ainda estava distante. Depois de caminhar por quinze minutos estava suando muito por causa da unidade, mas via que a Garganta estava mais próxima, e era possível ver a passarela de Porto Canoas. Depois de caminhar 5 minutos mais cheguei à passarela/mirante de Porto Canoas. A vista da Garganta do Diabo é impressionante, e como o céu estava limpo e com muito sol, se via o arco-íris E ver a água do Rio Iguaçu embaixo da gente fluindo for maravilhoso.

 

Tinha muita gente e era difícil tirar fotos, mas consegui algumas bacanas e outras com cara de bêbado, kkk, mas foi massa! Logo subi pelo elevador e pude ver desde o alto o rio Iguaçu, uma pequena parte da queda de água e a passarela do lado argentino. Amei (de novo) o asseio, valeu a pena deixar Iguaçu no final da viagem.

 

Peguei o ônibus de novo e voltei à entrada do Parque Nacional e como ainda tinha tempo decidi visitar o Parque das Aves. Quando vi o valor do ingresso estava me arrependendo, pois custava R$ 25 para os estrangeiros, afinal entrei. O parque e grande e é possível ver muitas das espécies de aves e ararás que vivem no Brasil, as ararás estão em jaulas e os tucanos livres, eles adoram que as pessoas lhes tirem fotos. Os bichos mais lindos que vi foram os ararajuba e os ararás azuis, são lindos de mais. Quanto estava saindo do parque, um cara tinha uma serpente quase enroscada e me pergunto se queria que ele a colocasse em mim; duvidei um pouco, mas aceitei. Ele me pôs a serpente e mostrei cara de valor e coragem, mas na verdade estava khndo de medo, kkk. A foto ficou ótima.

 

Sai do parque e voltei de ônibus à rodoviária, pois precisava pegar a mochila e comer um pouco. Nesse momento vi que em frente havia um bar que oferecia prato feito, e decidi experimentar. O prato feito inclui arroz branco, feijão, e carne, o pão é opcional. Nesse momento estavam transmitindo na TV o jogo Corinthians-Flamengo, e as torcidas estavam atentas, esperando os seus times ganharem. Para acompanhá-lo, pedi meu vício (Guaraná Antártica) (R$ 16 ). Logo peguei a mochila e peguei o ônibus para ir a TTU e ir a Puerto Iguazú, do lado argentino.

 

Assim que cheguei esperei uns minutos, mas o ônibus não chegou, mesmo que o cartaz dizia que chegava as 19h30. Enquanto esperava, conversei com uns brasileiros da cidade, eles foram embora e um viciado chegou para me pedir dinheiro. Como ele começou toucar a mochila a peguei e fui correndo a um sítio de táxis, para ir direito a Puerto Iguazú.

 

Quando a gente passou pela migração, tudo foi tranquilo, mas na alfândega o funcionário me perguntou se “tinha uma serpente na bagagem” (???). Depois de passar a mochila por raios X, me deixou ir. Chegamos ao terminal rodoviário de Puerto Iguaçu, pois o hostel aonde ia me hospedar (Marco Polo Inn) estava em frente. Paguei R$ 35 (achei barato pela hora e a distância) e fui ao hostel para fazer o check-in. Paguei (ARS 65 por diária, duas noites). Também dei um depósito de ARS 50 que seria devolvido no check-out.

 

Quando cheguei ao quarto estava um cara argentino chamado Ignácio, bem simpático, que me disse que ia com um amigo chamado Nicolás e que também havia um mexicano chamado Uriel. Depois de vários dias de viagem, ia ver um mexicano! O Ignácio me apresentou eles e foi legal conhecer o Uriel, pois ele é também era da Cidade do México. Logo de conversar por horas, decidimos jogar pebolim (Mexicanos x Argentinos). Infelizmente os argentinos nos deram uma surra, igual do que na Copa, kkkkk. Eles me deram dicas valiosas para aproveitar a visita ao parque argentino. Como era tarde, fomos dormir, pois tínhamos planos diferentes para o outro dia.

 

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Usina de Itaipu

 

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Cataratas em Puerto Canoas

 

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Lindas as cataratas

 

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A garganta do diabo atrás de mim

 

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Com a serpente no parque das Aves

 

 

 

23/Abr: Puerto Iguazú e as cataratas do lado argentino

 

Tentei acordar cedo, mas como estava cansado por dormir pouco durante esses dias. Depois de tomar banho, os quatro (Ignácio, Nico, Uriel e eu) tomamos café da manhã. Esse foi o melhor que já comi em um hostel estrangeiro. Deram cereal, leite, café, suco natural, fruta, pão, geleia, biscoitos e doce de leite em quantidades suficientes. Logo nos despedimos, pois os argentinos voltariam para Buenos Aires, enquanto Uriel conheceria Puerto Iguazú e eu iria ao Parque Nacional. Lavei as roupas em uma lavanderia (ARS 30) e fui trocar dinheiro, pois não tinha mais pesos argentinos. Encontrei uma casa de câmbio, mas esqueci de levar o passaporte. O bom foi que o funcionário trocou dinheiro sem reclamar.

 

Depois de fazer tudo isso fui à rodoviária para pegar o ônibus para o Parque Nacional Iguazú, mas não lembro quanto paguei. O trajeto teve uma duração de 30 minutos e pudemos ver um pouco de mato do lado da estrada. Assim que cheguei ao Parque, paguei o ingresso (ARS 100). Quando me deram um mapa do parque, vi que tinha várias trilhas por fazer, então deveria aproveitar o tempo, pois o parque fechava às 17h. Decidi caminhar pela “trilha verde”, onde havia uma quantidade impressionante de quatis e macacos, todo esperando para serem alimentados pelos visitantes.

 

O dia estava muito quente, mas pude fazer a trilha (não era tão longa como eu pensava). Nesse momento cheguei á estação de trem do Passeio Superior, eu queria ir para a Garganta do Diabo, mas decidi fazer primeiro o Passeio. Depois de caminhar pelos corredores (é bastante tempo para admirar as quedas de água, como “Dos hermanas”, Ramírez e Bosseti). Depois de fazer esse passeio, estava muito ansioso de chegar à Garganta e decidi ir para a estação de trem. Enquanto esperava o trem chegar, vi como turistas espanhóis foram “assaltados” por um monte de quatis. Os turistas estavam comendo salgadinhos, e os quatis chegaram e levaram as sacolas de batata fritas, e começaram revistar os bolsos das senhoras dessa turma. Os oficiais do parque chegaram e assustaram os quatis para que fossem embora. Finalmente chegou a hora do embarque e peguei o trem para chegar à Garganta do Diabo. O trajeto demora 10 minutos mais o menos, e do lado tem uma pequena trilha, pela qual é possível chegar a pé, mas esta “proibido” segundo o parque.

 

Assim que desci tive que caminhar outros 300 metros sobre uma passarela que está sobre o rio Iguaçu, e como não tinha muita água, era possível ver os peixes nadando nas águas. Também aproveitei para tirar umas fotos bacanas da paisagem (o céu estava limpo) e gravar vídeo. Logo de caminhar a passarela, tinha a Garganta do Diabo “os meus pés”.

 

É impossível descrever a sensação que tive quando cheguei à Garganta do Diabo. Ver essa queda de água, e ouvir esse ruído atroz da queda, causou em mim uma sensação única. Podia se ver a brisa da água caindo, fluindo em direção ao Rio Paraná. E o rio Iguaçu se vê ao fundo tranquilo e calmo. Recomendo ficar aí ao menos uma hora para admirar a beleza do local. Sem dúvida valeu a pena visitar os dois lados das cataratas, pois são complementários. Depois de ficar aí 1 hora, decidi voltar para visitar a Ilha San Martín, mas o passeio havia finalizado.

 

Resolvi fazer o Passeio Inferior, o qual têm algumas cachoeiras menores, mas muito lindas. Desde este passeio é possível tirar fotos de frente da Garganta do Diabo, e ainda que seja chamado “Inferior”, e mais cansado pela quantidade de saltos e escadas que tem. Quando finalizei o passeio o parque estava fechando, antes fui a uma loja para comprar alguns presentes para meus pais e irmãos. Sai do parque e quando abordei o ônibus, estava lotado. Fui parado nesse trajeto.

 

Quando cheguei ao hostel estava um casal dormindo juntos. Entrei com cuidado para que eles não acordassem e eu pudesse pegar meu netbook para guardas as fotos. Chegou a noite e a fome apareceu, então resolvi comer na rua, mas procurando algo mais tradicional. Do lado de um hotel próximo encontrei um restaurante onde vendiam asado argentino por ARS 50 (Uriel sugeriu), e decidi comer aí. Gostei muito desse asado, tal vez porque foi o primeiro que comi na Argentina. Acho que meu pai sentiria inveja se lhe dissesse que comi isso, pois ele adora comer carne.

 

Finalmente volvi ao hostel e o Uriel estava conversando com o casal do quarto, que era israelense. Eles estavam visitando Argentina e Brasil, antes estiveram em Bariloche e se dirigiam para o Rio de Janeiro, mas antes ficariam dois dias em Iguaçu. Depois de uma ótima conversa (em inglês), dormimos, pois todos estávamos cansados, e eu voltaria pro meu país, estava curtindo as últimas horas de férias :cry:

 

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Rio Iguaçu desde o lado argentino

 

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Garganta do Diabo

 

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O rio Iguaçu atrás de mim

 

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Garganta do Diabo desde o Passeio Inferior

 

 

 

Fin da viagem :cry: : 5 cidades e 4 países em 24 horas

 

Acordei cedo, pois tinha que voltar pro Brasil para retornar a meu país. Tomei café da manhã e me despedi do Uriel e dos israelenses, que iriam para o Paraguai e o Rio de Janeiro respectivamente.

 

Tinha a opção de pegar um ônibus na rodoviária, fazer os trâmites sozinho em migração e na alfândega, ou pagar uma van turística que faria todo o processo. Como não queria fazer processo nenhum, paguei ARS 30 para pegar a Van turística. O motorista pegou outros passageiros (que iriam e voltariam do lado brasileiro), e eu ficaria aí. Depois de fazer todo o processo em migração e na alfândega, estava de novo em solo brasileiro. A van nos deixou na entrada do Parque Nacional do Iguaçu (2ª cidade Foz do Iguaçu, 2º país Brasil). Aí esperei o ônibus e o peguei para ir em direção ao aeroporto. O bom é que o ônibus deixa em frente do terminal do aeroporto, sem precisar caminhar mais.

 

Depois de passar a mochilas pelos raios-X (é uma cidade na fronteira), fiz o check-in para voltar a São Paulo. Logo fui à zona de comidas para tentar ligar o computador à rede, mas não deu certo, pois todas as redes estavam protegidas e as que estavam liberadas não davam endereço IP. Chegou a hora do embarque e passei os filtros de segurança, para chegar à sala de embarque. Embarcamos no avião e logo de uns minutos o avião decolou. Pude ver de novo o Lago de Itaipu, mas não pude ver as cataratas :cry:

 

Depois de uma hora vi as cidades litorâneas de Santos e Guarujá, o que indicava que estávamos próximos a pousar. Finalmente o avião pousou no aeroporto de Guarulhos (3ª cidade Área Metropolitana de SP), e logo de pegar a mochila da esteira, fui para os balcões de check-in da LAN (Tive que mudar de terminal, mas o bom é que os terminais estão ligados e não foi preciso caminhar muito). Fiz o check-in e despachei a mochila, faria conexão em Santiago do Chile (de novo).

 

Como ainda tinha 4 horas para o embarque, tentei usar o WiFi, mas não consegui ligar o netbook (estava saturado). Liguei a minha casa para avisar que chegaria o dia seguinte e aproveitei para comer na fast food, pedi uma hamburguesa, batata e refrigerante, isso seria suficiente para calmar a fome durante umas horas. Passaram três horas e fui embarcar, mas antes comprei cachaça no Duty Free. Abordei o avião e depois de vários minutos já estávamos decolando com destino a Santiago do Chile. Como era de noite, se podia ver a imensidade da cidade, era tão grande quanto a Cidade do México.

 

Como estava muito cansado, dormi quase todo o voo e me via pálido, ao menos isso pensou a senhora que estava na poltrona junto a mim, achando que estava doente. Só acordei para jantar e tomar água. Depois de quatro horas, pousamos em Santiago.

 

Outra vez tinha uma hora para fazer conexão, mas como já conhecia o aeroporto não tive problema. Embarquei no avião com destino Cidade do México, pronto para dormir mais, pois seguia muito cansado. O avião decolou e estive praticamente morto o tempo que o voo durou. Depois de 9 horas, o avião estava pousando na minha amada Cidade, e pude tirar algumas fotos fantásticas dela durante o mesmo.

 

Depois de passar por migração e alfândega, esperei meus pais, pois por causa do trânsito eles ainda não chegavam. Logo de 15 minutos chegaram e fomos para a casa, eu estava cansado, mas contente dessa viagem que fiz e esperando voltar em breve, coisa que será realidade em abril de 2014.

 

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Rio Iguaçu

 

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Usina de Itaipu desde o ar

 

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Pousando na Cidade do México

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João: que bom que você gostou do relato, depois de quase dois anos decidi escrevê-lo em português (O relato já existe em espanhol), espero finalizar hoje a relato do Rio de Janeiro

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Ótimo relato em português, michradu.

Acho que já li seu relato, só que em espanhol, no viajeros, nao é verdade?

 

Esperando o restante.

Abraço.

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