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Sensacional seu relato, Larissa!

Texto, fotos, tudo.

Se puder, tem como nos informar os nomes dos hostels de sal que vocês se hospedaram? E o nome da agência que vcs fecharam os tours também (não me recordo bem se vc já citou ou se era somente o nome do motorista de Dakar).

Prossiga com o relato, tá ficando muito bom!

 

Ah, meu email é layshortademiranda@gmail.com . Me envie a planilha de custos também, por favor?

Obrigada :)

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Gente, eu tenho todos os gastos anotados em papel, ainda não terminei de passar pro Excel, na verdade estou contando com a ajuda do meu namorado pra isso porque sou meio pata no programa, assim que ficar pronta mando pra todos vocês que deixaram o email aqui!

 

Respondendo às dúvidas aqui de cima: fui em casal. Por enquanto o hostel de San Pedro chamava-se Tuyasto, e a empresa que fechamos os passeios no Atacama foi a agência do próprio Hostel, fica lá dentro e imagino que chame Tuyasto também. A empresa do Salar de Uyuni chama Colque Tours, e o nome do hostel de sal eu não sei, na verdade acho que nenhum deles tinha nome de fato. São alojamentos, em sequência, era o segundo que passamos, no sentido do passeio indo para o Salar, e não partindo dele. Acho que esse é o mais próximo de uma localização que eu posso te dar :| Quanto a outra pergunta, é meu primeiro tópico, espero ter outros no futuro com próximas viagens hehe! Fiz um mochilão pra Europa só, mas faz 3 anos, não creio que consiga fazer um relato bonitinho!

 

continuando o relato...

 

DIA 10 e 11 - LA PAZ

 

> Conversão: 1 real = 2,8 bolivianos

> Temperatura: instável, às vezes fazia um frio nível 2 casacos, logo logo parecia estar 25 graus. Andávamos sempre com os casacos à mão, portanto. Lembrando que era verão!

> Estadia: 4 dias no hostel WILD HOVER

> Preço médio das refeições: um almoço num lugar bonzão sai 30 bolivianos por pessoa. Geralmente a cerveja é praticamente o mesmo preço do menu (entrada, prato principal e sobremesa), entre 15 e 20 bolivianos nos restaurantes. Mesmo outras bebidas são bastante caras em comparação ao preço da comida. Pra economizar então, só comer a seco! :lol: Comendo em lugares equivalentes a botecos aqui em São Paulo, também com menu de entrada e prato principal, sai metade, tipo 15 bolivianos. No mercadão, incríveis 5 bolivianos por algo similar a um PF com higiene duvidosa.

 

Chegamos em La Paz de manhãzinha na rodoviária e pegamos um táxi até o hostel. É o famoso Wild Rover, super recomendado por amigos. Fica perto de muitos outros hostels, perto da Praça Murillo, a principal. Existem muitos hostels também na rua do mercado das bruxas. Eis que eu não exatamente recomendaria o hostel. É um barulho dos infernos, festa o tempo inteiro, dormir a noite inteira só com o sono muito pesado. Se você não quer festejar desde o anoitecer até o amanhecer, vá pra outro lugar. Em compensação o restaurante do lugar é muito bom e barato, a água quente e o chuveiro com pressão. Não tem cozinha e a atmosfera é bem impessoal, não esperem dicas da recepção ou algo do gênero. O café da manhã é pobre: pão, geléia, manteiga, café ou chá, mas vai até tarde, meio dia.

 

Lavar roupa é muito barato, fomos numa lavanderia da rua, 5 bolivianos o quilo - tipo 2 reais. A lavanderia do hostel não se responsabilizada por itens perdidos, então fomos pessoalmente em outra que até etiquetou todas as roupas! Só procurar e perguntar, tem várias pela região, bom pra renovar os casacos e meias. Perguntamos pra pessoas diversas se La Paz era perigosa, afinal parecia um favelão. Ouvimos que 'não, mais seguro que o Rio' de um brasileiro que morava em La Paz há anos, e 'melhor não dar moleza' de nativos de lá. Só me senti insegura uma vez que fomos parar numa parte estranha da cidade e uns caras pareciam estar nos perseguindo. Em geral, porém, tinha bastante polícia na rua.

 

Em grandes cidades, pegávamos mapas no hostel ou na rodoviária e escolhíamos os pontos turísticos que nos interessavam. Existem mapas diferentes mas no geral mostram a mesma coisa. No primeiro dia fomos andar por La Paz, pra conhecer mesmo. No roteiro, esse era um dia de descanso. Depois de todos os passeios mais puxados, como o Salar ou trilhas por vir, deixamos um dia pra dormir bem ou acordar tarde sem culpa. Vimos a praça central, o mercado das bruxas, algumas igrejas e prédios históricos. Na rua do mercado das bruxas tem muitos restaurantes gostosos e lojas de souvenirs e coisas do tipo, bem mais barato que no Chile, até mais barato que no Peru. Muitas cholas na rua - aquelas moças com roupas típicas de lá - vendendo uma infinidade de coisas em camelôs - de produtos de limpeza e higiene até comida. Não sabia que ainda se mantinham essas tradições em cidades grandes, as cholas pareciam definitivamente presas no tempo. Não encontramos um mercado - e ouvi gente falando disso também no ônibus indo embora da cidade. Almoçamos num restaurante indicado no mapa que davam no hostel e jantamos no hostel. Acabamos jantando por lá todas as noites.

 

Minha primeira impressão foi de uma La Paz grande e bem pobre. Mas nesse dia só andamos no centro. A cidade se localiza num vale, então é rodeada por construções sem acabamento que dão bem a impressão de uma favela. Os arredores de La Paz já tem outro nome: El Alto, o nome da cidade que seria a periferia. Se for só pra conhecer os pontos turísticos, um dia na cidade é o suficiente, além dos dias pra fazer os passeios - já falarei deles. O que tem pra ver? Igrejas, sede do governo, do legislativo, etc.

 

No dia seguinte, perguntamos a locais sobre bairros nobres, pra não ficar com a impressão errada de uma grande favela e sair falando por aí mentiras. Andamos até um bairro conhecido por ser boêmio e de universitários - Sopocachi. De fato era mais bem cuidado, e não era distante do centro, mas ainda nada de um mercado :lol: . Alguns hotéis mais chiques por aqui, prédios comerciais, calçadas largas, áreas residenciais, bonito. Tem um mirador que dá vista pra essa parte, mas não fomos. Ficamos sabendo de bairros mais distantes, onde morava a elite, repleto de mansões e nada a ver com o centro onde ficam a maioria dos hostels e as atrações. Perguntamos para um moço de La Paz que fez a rota da morte com a gente, e ele disse que raramente a elite ia para o centro da cidade, duas La Paz diferentes. Bem desigual. O dia foi de bater perna, almoçar numa rua que tem muitos restaurantes perto do mercado das bruxas e jantamos no hostel de novo. Algumas fotos:

 

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Larissa primeiramente PARABÉNS pelo relato! eu tb já me beneficiei muito dos outros relatos e nem sempre contribuo como deveria!Parabéns pela sua iniciativa! Em março vou p essa viagem tão sonhada desde 2007! rs isso mesmo...e espero tomar vergonha na cara e fazer um relato tb! Bom, fiquei com dúvidas em relação aos seus passeios: vc fechou na própria agência do Hostel Tuyasto?eu tb ficarei lá e já fiz minha reserva! o cara do Jipe, o felipe, como vc descobriu?indica mesmo? gosto dessas pessoas mais diferentes a todo mundo no busão...já estou preferindo fazer os passeios c o felipe! rs me responde por favor? rs bjim

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DIA 12 - LA PAZ

 

Bom, depois de dois dias bem sossegados de caminhar pela cidade primeiro atrás de pontos turísticos e depois sem rumo - que na verdade já estavam se transformando em tédio :lol: - esse dia fomos fazer o passeio do Pico Chacaltaya. Pesquisamos em diversas agências - existem MUITAS. Os preços são parecidos. Fechamos em uma chamada El Solário pela simpatia da moça, chamada Gladys. Acabamos fechando tudo com ela, era um amor: passagens de ônibus para a próxima cidade e Rota da Morte. Os passeios mais tradicionais são a subida do pico Chacaltaya e a Rota da Morte, mas têm muitas opções, desde escalada no gelo até subir montanhas. Por falta de dinheiro e tempo, fizemos os tradicionais. A subida do Pico Chacaltaya é um passeio de meio dia, o ônibus te pega no hotel cedinho, algo como 8h da manhã. Vai subindo subindo e subindo eternamente, por estradinhas de terra que em certo ponto estavam cheias de neve e parecia não ser larga o suficiente pro ônibus. Em certo ponto saltamos e vamos a pé, algo como 100m até o ponto mais alto, 5390m. Parece pouco mas nessa altura tudo cansa. Qualquer um consegue subir devagarzinho, porém. Quando estávamos lá em cima o guia começou a apressar todo mundo pra baixo porque começou a cair uma nevasca forte. O tempo estava fechado, vi fotos com o tempo aberto e a vista era linda. Não vimos nada e mesmo assim foi legal ver tanta neve! MUITO FRIO!

 

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Esse passeio inclui o Vale de La Luna, não dá pra fazer só o Chacaltaya e pedir um desconto. Um lugar nos arredores de La Paz. Depois do pico Chacaltaya o ônibus passa pelo centro de La Paz pra ir para o Vale, do outro lado. Saltamos do ônibus aí porque o passeio não inclui almoço, já era duas da tarde, o passeio só voltaria as quatro, eu estava absolutamente esfomeada e já tinha visto 'um Vale da Lua' em San Pedro. Me arrependi um pouco depois, mas na hora a fome falou mais alto. O resto do dia foi só preguiça, porque não tinha mais nadinha pra fazer! Jantamos no hostel de novo.

 

Preço do passeio: 65 bolivianos pelo tour, 15 pra subir o monte (não incluso no preço do passeio pago na agência)

 

DIA 13 - LA PAZ

 

Esse dia fizemos a Rota da Morte de bicicleta. Fechamos na mesma agência, El Solario. 450 bolivianos por cabeça na melhor bicicleta, variava conforme a que você escolhia. Achamos até por 700 bolivianos na agência mais conhecida, Gravity, mas também por 250 numa bicicleta pior mesmo na nossa agência. Eles fornecem tudo, capacete, roupa, etc, todas fornecem as mesmas coisas e geralmente tem mostruários do 'uniforme'.

 

O ônibus passava cedinho no hostel, e lá vamos nós. Primeiro tem uma parada num lugar pra tomar café da manhã, incluso. Tem que pagar 25 bolivianos num posto de controle, não incluso no preço do passeio. Depois tem um 'treino' no asfalto, acho que foi uma hora de descida. Tava um frio de congelar os dedos até não sentir mais, todo mundo do grupo morrendo de frio. Importante levar algo pra cobrir o rosto, e eu usei luvas embaixo das luvas que eles dão. Meu namorado não usou e quase perdeu os dedos :lol: . Depois dessa parte no asfalto, entramos na van de novo e vamos até a estrada da morte em si. E lá se vão 4h de descida. Eu fiquei bem nervosa, com medo de cair, tem um milhão de pedras e muitos penhascos. Segurava a bicicleta com tanta força que minha mão doía :lol:! Mas recomendaria, é uma aventura e tanto. Vai uma van na frente e outras atrás do grupo, pra controle, e têm muuuuitos grupos. Há algumas paradas pra ir tirando as camadas de roupas e jogando na van, porque vai ficando bastante calor ao longo da descida. Se no começo precisava de 3 casacos, cobrir o nariz e luvas, no fim você tá suando só com o a blusinha da agência. Passa carro na estrada, mas passaram só 3 carros ao longo do trajeto todo, e como sempre tem muita gente descendo, acho que os motoristas são cautelosos e o perigo mesmo é ir na paulera e errar as curvas. Um menino caiu do penhasco quebrou 2 costelas e 2 braços de outro grupo atrás da gente, então é bom ir com cuidado pra não morrer ::otemo::

 

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No fim paramos pra almoçar (incluso), num restaurante esquema buffet, muito bom, com direito a piscina e cerveja (essa paga, mas barata). Tinha até banho quente, e ganhávamos shampo e sabão! Depois voltamos pra La Paz pela estrada nova, que construíram em opção à rota da morte. Em algumas horas, de volta a La Paz. Jantamos no hostel mesmo e arrumamos as coisas, no dia seguinte iríamos pra Copacabana, a cidade boliviana às margens do Lago Tititcaca.

 

Preço do passeio: 450 bolivianos pelo tour, 25 no posto de controle (não incluso no preço do passeio pago na agência)

 

Conclusão: La Paz é uma cidade grande e, em sua maioria, pobre, com uma pequena elite endinheirada que mora longe do centro. Existem alguns pontos históricos e é legal passar um dia batendo perna na cidade, aproveitando pra comprar presentinhos na rua do mercado das bruxas que também tem muitas lojas de souvenirs bom preços mais atrativos. Os passeios tradicionais são muito legais, e mesmo no mesmo dia deles dá pra dar uma olhada na cidade porque não vai até tão tarde.

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Larissa primeiramente PARABÉNS pelo relato! eu tb já me beneficiei muito dos outros relatos e nem sempre contribuo como deveria!Parabéns pela sua iniciativa! Em março vou p essa viagem tão sonhada desde 2007! rs isso mesmo...e espero tomar vergonha na cara e fazer um relato tb! Bom, fiquei com dúvidas em relação aos seus passeios: vc fechou na própria agência do Hostel Tuyasto?eu tb ficarei lá e já fiz minha reserva! o cara do Jipe, o felipe, como vc descobriu?indica mesmo? gosto dessas pessoas mais diferentes a todo mundo no busão...já estou preferindo fazer os passeios c o felipe! rs me responde por favor? rs bjim

 

Fechamos todos os passeios direto na agência do Tuyasto. Existem muitos guias, e o Felipe é um deles. Por acaso fomos como ele, era o guia que agência "contratou". Pedimos o email pra indicar, e ele falou da possibilidade de fechar direto com ele, mas o jipe é pra 6 pessoas, imagino que tenha que montar um grupo. Acho também que ele faz outros passeios além desse Salar de Tara, porque encontramos com ele num outro dia na lagoa Cejar, só não sei se ele estava lá guiando ou curtindo mesmo! Acho que curtindo porque ele tava paradão lá nadando :lol:

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Gente muito obrigada pelos elogios, eles incentivam! ::otemo:: Mandei a planilha pra todos que pediram e deixaram o email, por favor me peçam direto por email que fica mais fácil do que eu ter que ficar vendo aqui quem pediu!

 

DIA 14 - COPACABANA

 

> Estadia: 1 noite no hotel Utama

> Temperatura: frio! Nem tirei o moletom.

 

Havíamos contratado um ônibus, também com a empresa El Solario, para nos levar a Copacabana. Pagamos 5 bolivianos mais caro que o ônibus vendido na rodoviária para sermos buscados no hostel. Como o taxi até a rodoviária era 10 bolivianos, escolhemos pelo conforto. Tem uma parada para atravessar uma balsa, o ônibus vai separado dos passageiros. Deve-se pagar algo como 3 bolivianos, não lembro quanto, mas era pouco. Umas 4h depois chegamos em Copacabana. Há muitos hostels, ficamos no Utama. Muito bom! Tem aquecedor até pros dias frios, é espaçoso, quentinho, chuveiro quente e bom. Melhor parte: café da manhã digno de 5 estrelas! Panqueca, salada de frutas, yogurte, suco, café, chá, pão, geléia, manteiga, nem lembro mais o que! Acho que as pessoas em Copacabana valorizam o café da manhã, existem diversas 'cafeterias' que oferecem combos o dia todo.

 

Chegamos pela hora do almoço, fizemos o check in, deixamos a mala, almoçamos num lugar bem baratinho, mas não muito gostoso (existem diversos restaurantes na rua principal) e fomos ver os pontos da cidade. Existem algumas ruínas Incas, fomos atrás delas mas sinceramente não vi a menor graça. Chegávamos aos lugares indicados nos mapas e pra mim pareciam apenas pedras ::lol3:: ! Há um mirador, que apesar de não muito alto é uma subida que consegue cansar em uns 15 minutos por causa da altura da cidade. Vista super bonita!

 

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Enfim, a cidadezinha é gostosa, mas bem pequena. Um dia é o suficiente. Depois de descer do mirador e passar pela igreja principal, fizemos um lanche bem gostoso numa das cafeterias que serviu de jantar e perguntamos em algumas agências pelo barco para Isla del Sol que pegaríamos no dia seguinte. Compramos em uma delas e fomos descansar.

 

DIA 15 - ISLA DEL SOL

 

> Estadia: 1 noite no hostel Inka Pacha

> Temperatura: o sol estava quente, mas sempre que ele se escondia vinha um vento muito frio! Corta-vento necessário.

 

Existem diversas ilhas pra se visitar no Lago Titicaca, uma delas (e a única que visitamos) é a Ilha do Sol. Ela é dividida em parte norte e parte sul. A parte sul é habitada, a parte norte não, apenas paisagens, lindas por sinal! O barco passa tanto na parte norte quanto na parte sul. Costuma-se descer na parte norte e fazer a trilha até a parte sul. Era véspera de natal e íamos passar o a virada na ilha. Muitas pessoas costumam nem dormir lá, pegar o barco de manhã ou até a parte norte e andar até a sul para voltar para Copacabana ou só na parte sul mesmo. Deixamos o mochilão no hostel, fizemos uma mochilinha, pegamos o barco para a parte norte - que demora umas 2h - 8h da manhã depois do belíssimo café da manhã do hotel e fizemos o trekking de 3 ou 4h até a parte sul. Bastante subidas e descidas, cansativo, mas acho que mesmo assim não tem restrições, não precisa ser atleta. Há pontos de cobrança para manutenção da trilha, guarde os tickets porque eles pedem de novo na saída!

 

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Chegamos no Hostel (http://www.hihostels.com/dba/hostels-Inca-Pacha--Isla-del-Sol-094031.en.htm). Estava esperando subir uma ribanceira porque no site todo mundo reclamava disso, mas descobri que a ribanceira era de quem vinha da porto da parte sul da ilha. Como nosso barco nos deixou na parte norte e viemos pela trilha, nada de ribanceira. Hostel bonitinho, vista linda. O banheiro compartilhado tem aquele esquema de dar descarga indo pegar água no tanque com um baldinho (muitos lugares na Bolívia é assim, nada de descarga automática). E banho, pelo menos nas horas eu vi, só frio. As donas do hostels fizeram um almoço muito gostoso pra gente. Quando acabamos já eram umas 4h da tarde e ficamos só na preguiça até a ceia de Natal. Fechamos uma ceia, de acordo com as moças que administravam o hostel, que tem um restaurante, típica da Bolívia e... meio ruim ::lol4:: ! Depois da ceia, logo dormimos!

 

DIA 16 - DE COPACABANA ATÉ AREQUIPA

 

Acordamos cedinho pra descer até o porto da parte sul e pegar o barco de volta para Copacabana e um ônibus até Arequipa. Eu não tinha entendido que Puno era tão longe assim de Copacabana - algo como umas 3h. Achei que eram cidades vizinhas divididas pelo lago Titicaca. Eis que o lago é realmente MUITO grande. Por isso não ficamos em Puno, e não visitamos as Islas Flotantes, maior atração da cidade peruana do lago Titicaca, não reservamos tempo pra isso. As opiniões das pessoas se dividiam entre "lugar bonito" e "teatro pra turista". Mas não posso opinar :cry: . Compramos em Copacabana um ônibus pra Arequipa saindo depois do almoço. Eu recomendaria ir antes para Cusco, por logística de transporte. Fomos primeiro para Arequipa pois queríamos passar o ano novo em Cusco, mas indo de Cusco para Ica ou Lima (próximos destinos) de ônibus você é obrigado a passar por Arequipa, dando umas 22h (!!!!!) de viagem, então se economiza umas horas de viagem nessa história. Acabamos pegando um avião, mas isso é mais pra frente.

 

O dia todo foi de viagem para Arequipa. A viagem é longa porque tem que passar na imigração boliviana, depois na peruana, além das horas de viagem terrestre. Além disso, pagamos imensamente mais barato que nos ônibus por vir (130 bolivianos para dos dois), o que foi o culpado, imagino eu, pelo serviço não muito confortável: trocamos 3x de ônibus e acabamos a viagem quebrados. Não me incomodou porque era dia, mas se quisesse dormir acho que teria ficado puta... Perdemos o dia todo nisso, chegando de noite na cidade peruana.

 

DIA 17 - AREQUIPA

 

> Conversão: 1 real = 1,1 novos soles

> Temperatura: calooor finalmente! casaco só depois de anoitecer.

> Estadia: 3 noites no hostel SOL DE ORO

> Preço médio das refeições: em restaurantes, 15 novos soles por pessoa com entrada, prato principal e sobremesa ou bebida foi o mais barato que achamos. Os mercadões da cidade sempre trazem opções mais baratas que os restaurantes em si, não cheguei a perguntar quanto era uma refeição no mercadão. Os restaurantes da praça principal são bem caros, com mesas nos balcões e vistas pra praça, algo como 30 por pessoa. Comemos uma refeição e não valeu nem um pouco a pena, a qualidade da comida não diferia em nada dos restaurantes pela metade do preço.

 

Arequipa é uma cidade linda. Primeira cidade peruana que passamos, ficamos impressionados. O centro parece uma cidade européia, bem estilo colonial e repleta de igrejas e construções antigas. A chamam de Cidade Branca e pela primeira vez na viagem vimos um mercado de verdade, o que causou grandes emoções :lol: ! As cidades peruanas que passamos eram imensamente mais estruturadas pro turismo (e pra vida) que as bolivianas. Deu a impressão de um país muito mais rico também. Soubemos depois que não é o Peru todo que é assim, Arequipa é uma das cidades mais prósperas atualmente. Esse dia visitamos alguns pontos turísticos da cidade, como a Igreja principal e seu museu e o Monastério de Santa Catalina. Esse último passeio é bem caro, mas pra mim valeu muito a pena. É uma viagem no tempo, sobre como viviam as monjas em épocas anteriores. Ainda hoje uma parte funciona como convento. De novo, pegamos mapas no hostel e escolhemos onde ir. Esse dia almoçamos no restaurante Consenso, na rua atrás da igreja principal, por um preço muito barato e foi incrivelmente gostoso. Pela primeira vez comemos Lomo Saltado, o arroz com feijão peruano. Muito bom também! Ficamos no hostel Sol de Oro, muito gostoso, tranquilo, água quente, chuveiro com pressão e café da manhã muito muito bom, incluído na estadia! Yogurte, pão, geléia, manteiga, café, chá, suco. A dona é simpática ao extremo e dá diversas dicas. A única dica não válida foi ir até o mirador, que é longinho, fomos a pé e não valeu nem uma foto ::putz:: !

 

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