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Mochilão para o sul.

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Dia 6, ônibus para Maravilha; resolvi desviar o roteiro e adiantar as coisas para visitar minha família, no ônibus tinha três evangélicos meio que radicais, me diverti muito com seus papos extremistas sobre a vida mundana. Cheguei a tarde em maravilhe (feriado nada para fazer) me dirigia ate a casa de meu avô, tomei um chimarrão (queimei a língua) e peguei seu carro emprestado para visitar meus outros parentes (queimei a língua mais umas três vezes). Na chegada da casa de minha outra avó percebi que estava com a família meio que reunida (melhor, isso fez poupar tempo em visitar todo mundo), já na entrada senti uma sensação estranha e comecei a tremer, engoli o nervosismo de voltar para a terra que nasci. Tenho uma ligação muito forte com minhas raízes, foram muito importantes na minha formação, as vezes me pego pensando se não tivesse ido embora daquela pacata cidade o que seria de mim hoje? Melhor ou pior do que sou?

 

Dia 7, despedida da cidade e o pagamento de promessa; resolvi visitar o resto do pessoal e tomar mais alguns “chimarrões” (queimar a língua mais uma vez) esperei o pessoal chegar de Matelandia e nos dirigimos a uma pequena igreja do interior a qual fiz uma promessa a exatos 15 anos, aquelas promessas que assolam os pensamentos e nos fazem voltar (por mais simples promessas são promessas e se elas não são esquecidas é porque tem que ser resolvidas). Rumo a Florianópolis com certo atraso, estrada perigosa e cheio de radares (feriado) fizemos nosso amigo que vinha de são Paulo esperar pouco mais de dez horas (me senti mal, tão mal quanto as multas que tomamos por não ver os radares). Alguns valores que cobramos não seguimos, talvez seja essa a tal hipocrisia.

 

Dia 8, Praia e sol; a previsão do tempo não era animadora pois o tempo estava fechado logo cedo, a tarde o sol rachava a “cuca”, hora de conhecer algumas praias, nos deslocamos para Praia da Lagoa (praia lotada) maravilhas da natureza, dia perfeito. Fim da tarde para evitar o transito que normalmente é de duas a três horas para voltar fomos num barzinho escondido entre vielas, coisa rara mesmo. O visual compensa a conta do bar.

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Dia 9, trilha e praia deserta; após visitar alguns pontos turísticos no centro da cidade nos deslocamos ao sul da ilha, parada na Praia da Armação para umas fotos, praia do Matadeiro e #partiutrilha, uma hora e quarenta minutos de trechos sinuosos e vista exuberante ate chegar na lagoinha do leste a água não estava fria ela estava gelaaaaada (a vista compensa). Gosto da parceria dos cachorros que vivem na praia eles servem meio que de guia turístico e acompanham a gente nas trilhas. Água é bom mas cansa muito. 

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Dia 10, praia e dunas; já no buzão para Jurerê Internacional conhecemos três garotas que nos acompanharam a “la playa” confesso que me decepcionei um pouco com a praia, todo mundo fala tão bem dela, achei um pouco suja e realmente esperava que fosse mais bela por conta da fama, fim da tarde fomos as dunas da Praia da Joaquina, vista de tirar o fôlego ficamos ate anoitecer. Não precisa ter muito dinheiro para estar na natureza, não há tecnologia que pague a sensação de ficar intimo da natureza.

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Dia 11, #partiuargentina; chá de aeroporto, fizemos uma escala em Porto Alegre e saímos posteriormente (essa brincadeira de conexão e atrasos por causa da forte chuva custou umas 6horas de molho) chegamos tarde e tivemos que pegar um taxi porque paramos no aeroporto “ezeiza “ o hostel era ate que bacaninha mas não era o “Che lagarto” hostel mais legal de todos, super barato e propicio a intercâmbios, tem em toda a America do sul, só no Brasil deve ter umas 6 filiais.

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Dia 12, explorando Buenos Aires; mudamos o hostel para o Che lagarto que foi muito bem referenciado (recomendo de verdade, muito bom). Andamos muito e exploramos, na verdade nunca tinha visto uma cidade tão bem organizada e educada como essa, outro padrão, andamos de bicicleta que é gratuita tanto para residentes quanto turistas (ótima idéia, funciona muito bem em Bs.As) se tivesse que caracterizar Buenos Aires em uma palavra seria “UAUUU”. Pode ser feito muita coisa a pé os metro é bacana e o sistema de coletivos parece satisfatório também. A arquitetura encanta qualquer pessoa, o maior charme da cidade junto com suas numerosas praças com belos monumentos.

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Dia 13, explorando Buenos Aires II; mais um dia de exploração neste momento eu já tinha 4 mapas em mão e todos do mesmo lugar porém com informações extras, ao entrar num parque florestal em Palermo tive a sacada que de todas as experiências que já tive com natureza, arvores são minha favorita (não que eu tenha goste mais, mas eu me sinto mais a vontade), eu gosto de terra mais que água. Falando em terra tive a oportunidade de ver a catacumba de Eva Peron, porém, o clima pesado não me fez ficar muito no cemitério que é de uma arquitetura maravilhosa, os museus são um boa pedida em Buenos Aires (museu de armas me fez ficar de queixo caído com seu acervo). Deitar numa praça para tomar um sol é muito comum nesta cidade (onde eu nasci usa se o termo lagartear para essa modalidade de descanso), a minha vontade era de ficar o dia todo assim. Fim de tarde uma cerveja tradicional para comemorar e eu acabei ficando de fora da balada (não estou acostumado a beber então já viu né)

 

Dia 14, calle florida e o comercio frenético do cambio negro ; resolvemos descansar de manha e sair um pouco só a tarde, fomos conhecer a famosa rua flórida onde centraliza o comercio turístico é uma rua onde só circula pessoas, movimentadissima particularmente não gostei dos preços mas acabei comprando um livro. O cambio negro é muito comum e inclusive pode-se ver brasileiros trabalhando neste ramo ilegal, não vi notas falsas e vale muito a pena recebi quase o dobro que o banco me oferecia, é a única forma de tirar vantagem no cambio, caso contrario os preços de qualquer coisa são muito parecidos com os do Brasil no comercio. A noite no hostel rolou um aquecimento para as baladas com open bar e também para ajudar no intercambio cultural conheci muita gente lá inclusive brasileiros rolou muitos papos sobre política e comparações nacionais (bebemos pra caralho) e lógico que fiquei de fora da balada que rolou depois por motivos óbvios né.

 

Dia 15, dia da ressaca dos companheiros e feira de são telmo; ficar um dia a mais para conhecer a feira de são telmo, muita coisa estranha e quinquilharias (adoro quinquilharias) pode-se comprar qualquer coisa, tem muita gente circulando essa é a parte ruim, não gosto de pedir com licença para andar. O bônus foi conhecer La boca, um bairro retirado conhecido por ocupara a “La bomboneira” estádio do Boca Juniors, pegamos ate um sanduíche de “shoriso” uma espécie de lingüiça com molho no bar em frente a entrada do estádio, a noite um rard rock café (incrível) decoração magnífica com instrumentos musicais e outras parafernalhas tipo, capa do Fred mercori, guitara zz top, Green Day, Eric Clapton, Dave mustain do megadeath e muita coisa mais. (para mim existem algumas coisas no mundo consumista que são magníficas, tipo; café e rock)

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Dia 16, #partiu Uruguai; pegamos um barco de passageiros e chegamos em colônia cerca de meio dia, cidadezinha muito simpática e bela, fiquei impressionado com a beleza natural em certo momento vi um parque que para ter acesso tinha que passar por um salão, de cara não me toquei no nome “colégio ceni” eu deitei na grama e fiquei alguns momentos, quando estava pegando no sono percebi que o gramado foi tomado por crianças, tipo muitas crianças foi então que me toquei que colégio ceni é de fato uma escola, sai daí e fui para rua onde meus amigos já me esperavam com um mini carro tipo aqueles de golf para podermos dar umas voltas na cidade, a noite fomos para Montevidéu,direto para o Hostel Che Lagarto.

 

Dia 17, Go to Punta Del East; montevidéu chovia muito e decidimos ir a Punta Del Este que fica a duas horas de buzão, dia nublado más nada de chuva, cidade parecida com aquelas cidadezinhas de filme super charmosas e de ricos, mansões maravilhosas mas as praias não me agradaram muito, de volta a montevidéu hora de pegar um sonzinho num bar muito alternativo da cidade, fomos com umas meninas ruivas que conhecemos no Hostel, (dahora, adoro ruivas) o som era tipo candomblé, me falara isso achei muito parecido com “Jazz” com tambores, perfeito.

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Dia 18, mudança de planos, um lugar muito louco; o pessoal que conhecemos no hostel nos convidaram para uma aventura diferente, um lugar chamado Forte de Santa Teresa com praias maravilhosissimas, caminhada básica e chuva,(ainda bem que estava quente a tarde) ficamos alguns km do Chuí (divisa com estado do Rio Grande do Sul). Frio muito frio, lareira foi a pedida da noite. Um parque cuidado por militares, pela estrutura deve receber muuuuuuitos turistas para acampar na alta temporada, realmente grande, tem até um mini zoológico dentro.

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Dia 19, camping; a vendinha do camping só volta a funcionar em 15 dias que é de fato quando começa a temporada, tivemos que andar 5km para encontrar a quitanda mais próxima já que o parque fica numa área militar, clima estranho muito sol mas um vento muito frio... a tarde fomos dar umas voltas, conhecer o forte de “santa teresa” e observar alguns pescadores no mar, a noite a lareira foi a boa pedida de um camping de verão com cara de inverno, de dia quente e noite gelada.

 

Dia 20, Punta Del Diablo e Laguna Negra; saímos do camping por volta de 13hs rumando Laguna Negra que ficava a alguns poucos quilômetros dali, foram aproximadamente 2 horas de caminhada ate chegar neste paraíso de água negra, ficamos algumas horas e resolvemos arrumar uma cabana na cidade próxima que fica 15 ou 20 km de distancia pegamos carona e em alguns lugares a pé mesmo, Punta Del Diablo é uma cidade com 800 e poucas pessoas com praias belíssimas se torna roteiro turístico na alta temporada, a lareira é novamente a nossa compania com um pouco de vinho e muita música. O legal é que as pessoas se preocupam muito em manter a origem de cidade de pescadores, espero que nunca mude e acabe se tornando como o povoado de Macchu Picchu que aparentemente é muito mais comercial que natural (não tudo, mas grande parte é).

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Dia 21, praia de leve; esse vento frio me faz pensar, refletir. Punta Del Diablo é o tipo de cidade que eu moraria fácil é bem cara de cidade de interior onde a pesca é a atividade principal, más neste caso o que predomina lógico é o turismo, passei o dia perambulando pela pequena cidade ate os cachorros são simpáticos, esqueci do protetor solar e me ferrei =\. Lareira fecha novamente a noite.

 

Dia 22, carona para Cabo Polonio; logo de tarde pegamos uma carona para cabo polônio, chegamos bem tarde só conseguimos curtir o hostel, este super retro meio visual de anos 70 sei lá. O trajeto é feito com carros 4 x 4 super legal os caminhões proporcionam uma certa adrenalina pois todo o trajeto tem muita areia, em uma palavra apenas “maravilhoso” parece que existe um das maiores colônias de lobos do mar do mundo, não confirmei isso, só ouvi falar.

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Dia 23, tur em cabo polônio; não se tem muita coisa para se fazer, é bem simples uma cidade pequena com um estilo de vida semelhante ao tempo em que o turismo não era tão forte, pode-se identificar todo tipo de conservadorismo local, existe uma das maiores colônias de lobo marinho do mundo pelo que me falaram e as praias são ótimas, comprando uns suvenirs recebi de presente de uma local um pouco de algo que não é proibido lá e aqui é, adorei a receptividade, dali saímos para La Paloma, outra históra pois chegamos a noite e só choveu.

 

Dia 24, La pedrera e 10km básicos; dia de "acender uma vela" pegamos um buzão a La pedreira, praia que fica a alguns km só de La Paloma, chegamos a cidade esta meio que em reformas, (só uma rua)praias muito bonitas ficamos alguns instantes e resolvemos ir andando para “casa”a água e o clima estava frio, estávamos de casaco na praia, a noite continuou frio , vela acesa, vamos dormir e esperar o buzuca para montevidéu.

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Dia 25, GO to Argentina; antes de partir vamos conhecer um pouco de Montevidéu o centro é bem charmoso mas prefiro a cidade velha, me parece bem calmo. Fim da tarde fomos de barco para Buenos Aires, vamos comemorar o aniversário dos parceiros no Hard Hock café, devido a alguns atrasos não chegamos a tempo tivemos que improvisar em outras pubs maneiras.

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Dia 26, ir pra casa; mais um dia no hostel preferido e dar umas voltas em Buenos Aires, nada de extra ordinário, aeroporto e floripa, saudades de casa já. Fiquei a noite em Florianópolis e peguei um vôo cedinho para campinas, de campinas para Paulínia onde mora minha irmãa tirei o restante do dia para descansar.

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Dia 27, shopping e romances; não gosto de shopping não gosto de muita gente por metro quadrado, mas a tarde compensou peguei o jeep do tio para dar um role, que maquina viw, pena que não pude usar todo desempenho porque estava com alguns probleminhas, não sei porque mas eu amo carros com carburador e câmbio manual. A noite rolou um pequeno churrasquinho, acabei ficando sem bateria na hora de voltar pra casa, fui socorrido por policiais,(essa brincadeira me custou uma noite inteira de sono) acabei não avisando ninguém ate porque não tinha o numero de telefone de ninguém em São Paulo, bom melhor que nem saibam que isso aconteceu (passa uma imagem de irresponsabilidade).

 

Dia 28, chá de aeroporto; quando você decide fazer uma viagem a baixo custo e for realmente estendida vai ter que se sujeitar a alguns passatempos de aeroporto, tipo ler, dormir ou ler e dormir nessa ordem, você pode fazer alguns city turs dependendo do tempo da conexão, desta vez e com ajuda da última noite que não foi dormida eu realmente decidi ficar algumas horas de molho no aeroporto de Brasília, legal via ate uns políticos e filho de políticos também. Nessas alturas do campeonato nem tenho mais tanta vontade de fazer algum intercambio cultural com alguém, quero meu cachorro e minha cama. Também sinto falta de outras coisas.

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  • 3 semanas depois...

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