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Itália – 12 dias (Roma, Nápoles, Florença, Bolonha, Veneza, Verona, Milão)


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Por onde estivemos:

Roma, Vaticano, Nápoles (Pompéia, Vesúvio, Herculano), Florença, Bolonha, Veneza, Verona, Milão

 

Viagem realizada em Outubro/2013

 

A Itália para mim

A Itália para muitos é a terra de grandes artistas. Para mim, é a terra do carrasco Paolo Rossi (símbolo da derrota mais traumática que já vi, mesmo ainda pequeno), de Sergio Leone (autor de alguns dos filmes mais marcantes que já vi), de Ennio Morricone (autor de trilhas sonoras extraordinárias). É a terra de Pompéia. E Pompéia é terra onde o Pink Floyd gravou um inesquecível (e marcante) vídeo.

 

Eu não nasci com o espírito viajante em mim, eu o adquiri ao longo da vida. Esse espírito hibernou e “desibernou” algumas vezes. Quando da última “desibernação”, em 2010, imediatamente coloquei a Itália nos planos. Com Pompéia no roteiro, claro. Custamos a ir para a Itália, mas chegou a vez dela.

 

Quando desenhei esse roteiro, a única coisa que eu não abria mão era de reservar um dia inteiro para Pompéia. Mais que isso: avisei à Kátia que ficaria mais de uma hora no anfiteatro ouvindo “Pink Floyd em Pompéia” -- talvez o disco pirata (bootleg) mais comum de todos os tempos. Não chegava a ser um sonho de adolescente, mas tornou-se uma meta viajante diante de uma forte lembrança adolescente. Realizei esse desejo.

 

Por que tudo isso com Pompéia?

Explicando: quando eu era adolescente e estava começando a conhecer as grandes bandas de rock da História, passei a frequentar a sala de vídeos da Candido Mendes, no centro do Rio. A programação incluía vídeos de rock, e quase sempre de bandas consagradas. A ela devo boa parte da minha formação/conhecimento nessa área. Estamos falando de final dos anos 80, quando não existia internet.

 

Frequentei muito aquela sala, sempre descobrindo novidades (antigas). Numa das vezes, quando buscava conhecer mais sobre o Pink Floyd (na época a banda havia lançado o “Momentary Lapse of Reason”), vi que a sala programava apresentar o vídeo “Pink Floyd live at Pompeii” e fui lá ver. Foi das coisas mais impactantes da época pra mim, tanto o som quanto o vídeo. Adorei de cara.

 

Com o tempo fui identificando que parte das imagens do vídeo não é de Pompéia, sobretudo as de atividade vulcânica. Pouco importa. Pompéia estava no subconsciente.

 

Enfim, vamos à logística da viagem.

 

Quando

12 dias, de 16 a 27 de outubro de 2013.

 

O roteiro

Eu tinha um roteiro pronto, há anos, de 20 dias pela Itália. Tive de adaptá-lo para 12 dias. Cortei cidades da Toscana, Pisa, um dia de Roma, Capri, Costa Amalfitana e Cinque Terre. Ficam para uma próxima vez. Haverá de ter próxima vez.

 

Dia 1 – Roma [chegada cedo pela manhã]

Dia 2 – Roma [Vaticano; trem de noite para Nápoles]

Dia 3 – Nápoles [Pompéia]

Dia 4 – Nápoles [Vesúvio, Herculano, trem de noite para Florença]

Dia 5 – Florença

Dia 6 – Florença

Dia 7 – Bolonha [trem de manhã desde Florença, depois trem para Veneza]

Dia 8 – Veneza

Dia 9 - Veneza

Dia 10 – Verona [trem de manhã desde Veneza, depois trem para Milão]

Dia 11 – Milão [trem de noite para Roma]

Dia 12 – Roma [voo de volta ao Rio de noite]

 

Chegamos a Roma bem cedo do dia 1 e voltamos no fim da noite do último dia, de modo que pudemos aproveitar inteiramente os dias de chegada e de partida. Felizmente os eventuais problemas de fuso não me atrapalham.

 

Bolonha e Verona são cidades em que nós passamos o dia, num esquema que fazemos habitualmente na Europa. Saímos cedo de uma cidade, paramos numa cidade no meio do caminho, largamos a mochila na estação e vamos curtir a cidade. No fim do dia (ou quando a curtição da cidade chegar ao fim), pegamos o trem para a cidade seguinte. Passamos apenas um dia também em Milão, mas dormimos uma noite lá. Todas as demais tiveram dois dias de curtição pelo menos.

 

Leituras de viagem

- Lonely Planet – Itália (uma versão antiga que tinha lá em casa)

- Guia do Viajante Independente pela Europa

- Blogs e fóruns diversos

 

Onde ficamos

Em todos os lugares nós buscamos as opções mais em conta nos arredores da estação de trem, com raio máximo de 2 km. Isso é meio que uma regra quando se trata de Europa, gosto de ficar próximo de onde chego e parto. Usamos hotel apenas para banheiro e dormir, então sempre buscamos o que for mais econômico desde que não seja (muito) esculhambado. E desde que fosse com banheiro (ensuite). Com exceção do Ibis (que reservamos via promoção), todos os demais foram via booking.com. Todos atenderam ao esperado.

 

[cidade - lugar - valor diária]

Roma – Hebron Castle – 64 EUR

Nápoles – Hotel Zara – 45 EUR

Florença – Faceroom – 70 EUR

Veneza – Alloggi Sardegna – 120 EUR

Milão – Ibis Milano Centro – 55 EUR

Roma – Hotel Stadler 2 – 75 EUR

 

Não se assuste com o preço de Veneza – é assim mesmo se você quiser ficar na cidade e num quarto com banheiro. Por isso que muitos ficam em Mestre, pagando bem menos pela hospedagem.

 

Importante salientar que tem uma incômoda taxa de turismo cobrada por dia e por cabeça em todas as cidades. Vai de 1 euro/dia em Nápoles a incríveis 4 euros/dia em Milão.

 

Os transportes entre cidades

 

Rio – Roma – Rio / Alitalia / 2.300 BRL [ida/volta]

 

Trem:

Roma – Nápoles / 18 EUR*

Nápoles – Florença / 34 EUR*

Florença – Bolonha / XX EUR

Bolonha – Veneza / 11 EUR**

Veneza – Verona / XX EUR

Verona – Milão / 11 EUR**

Milão – Roma / 29 EUR*

 

*Trechos comprados antecipadamente, em promoção.

**Trens regionais

XX - não me lembro

 

O bilhete da Alitalia nós conseguimos numa promoção de fim de semana, graças ao site Melhores Destinos (pela enésima vez, muito obrigado, MD!). Foi comprada antes da alta do dólar.

 

Os trechos em asterisco foram comprados antecipadamente pelo site da Trenitália. Os demais foram na hora, nas maquininhas das estações.

 

Estilo de viagem

Acho que é importante salientar o estilo, porque cada um tem o seu. Uma pessoa pode se inspirar com o roteiro que fiz, mas não curtir o modo como fizemos a viagem. Cada um tem seu estilo, seu tempo e seus interesses.

 

Andamos muito, geralmente o dia inteiro. Conhecer uma cidade, para nós, é essencialmente andar por ela, respirá-la. Geralmente evitamos almoçar (bebemos cerveja com petiscos), mas jantamos bem, no início da noite. Dormimos cedo e acordamos cedo para passear. Não curtimos a noite, no máximo passeamos para ver a cidade iluminada. Geralmente evitamos museus de arte. Museus geralmente são plano B (é atração somente se chover), a não ser que seja algo de muito interesse. Adoramos passear por parques, castelos, centros históricos etc. As partes mais modernas das cidades nem sempre atraem, mas geralmente damos uma conferida. Viajamos com uma mochila de mão, não despachamos bagagem.

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Pousamos cedo em Roma, ainda era noite. 6:30 da manhã. Mesmo sem malas para pegar na chegada, leva tempo até chegar na cidade. Àquela hora não tinha nem os ônibus que vão para o centro, então fomos de trem (14 EUR). Perdemos um trem por questão de segundos e isso já nos custou meia hora (os trens aeroporto-centro passam de 30 em 30 minutos). Aproveitei pra tomar meu primeiro café italiano, um macchiato.

 

Chegamos a Termini, a estação central em Roma, em 40 minutos. Compramos o Roma Pass (34 EUR) e fomos andando para o hotel. Eu havia recebido um e-mail ainda no aeroporto perguntando a hora da chegada – ainda bem, porque tudo indica que a recepção por lá não é 24hs, embora conste que seja. Apenas largamos as mochilas por lá e partimos para conhecer a cidade.

 

Fomos andando para o Coliseu, que naquela hora estava abrindo e era nosso primeiro local a ser desbravado. De Roma Pass nas mãos fomos para o que deveria ser a fila dos que tinham Roma Pass (é diferenciada da fila comum). Mas... não havia fila alguma! Entramos direto. A bem da verdade, praticamente não havia fila comum também, apenas meia dúzia de pessoas esperava para chegar ao caixa. Viva! Eram umas 9 da manhã, acho.

 

O Coliseu é mesmo colossal, faz jus ao nome. Dispensa maiores delongas.

 

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Dentro do Coliseu

 

Ficamos lá pouco mais de uma hora. Partimos para o circuito Palatino, Forum Romano e etc. O Arco de Constantino estava com um andaime cobrindo parte considerável da beleza. Aliás, como sempre viajamos fora da alta temporada, *sempre* há andaimes, reformas e etc. em pontos turísticos. Já nos acostumamos.

 

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Rodamos um bom tempo na região, que é bem vasta. Nada de guia, apenas passeando e curtindo. Vimos vários grupos guiados com bandeirinha e tal. Sempre que eu via, me dava uma grande sensação de liberdade. Mesmo sabendo que já estive num grupo assim e que algum dia estarei novamente.

 

De lá, seguimos para o Monumento a Emanuelle II. Exploramos o prédio, onde se tem vistas excelentes da cidade (mas não fomos na tal torre que tinha de pagar). Passeamos pelo Museo del Risorgimento. A construção é muito maneira, impressionante.

 

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Seguiríamos para a tradicional e emblemática Fontana de Trevi, mas paramos o caminho para recarga e comer uma pizza. A primeira de muitas na viagem. Todas fartas, econômicas e boas!

 

Seguimos para a Fontana de Trevi e aqui cabe um parêntese.

 

Eu evito MUITO ver fotos de lugares que vou conhecer, sempre espero descobrir com os próprios olhos. Por mais famoso que seja o lugar, quando decido ir, automaticamente decido evitar ver fotos. Certamente já tinha visto a Fontana em algum canto, pelo menos no filme La Dolce Vita. Mas não me lembrava dela. Além disso, ouvi várias vozes de decepção em relação à Fontana, dizendo que era lugar muito cheio e que não era tão grande assim e que decepcionava.

 

Bom, eu adorei a Fontana, achei belíssima. Superou minhas expectativas. De fato, é lugar cheio. Mas encontramos nosso espaço. Não achei nada pequena, mas sei que tudo é questão de expectativas e perspectivas. Voltaríamos lá mais duas vezes na viagem.

 

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A galera na Fontana. Estivemos lá outras vezes na viagem e estava sempre cheia.

 

De lá seguimos para a Piazza Spagna. Rodamos na área, subimos as escadas (lotadas de gente sentada!), entramos na igreja em frente. Curtimos o visual.

 

Seguimos dali para a Vila Borghese. Alugamos um carrinho/bicicleta para 2 pessoas por lá para passear pela região. Bem legal. Passamos em frente à Galeria Borghese, que precisa ser reservada para entrar. Como não era nosso interesse, não reservamos. Apenas curtimos ficar passeando pelo parque por uma horinha.

 

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A Praça do Povo, lá de cima

 

Descemos para a Piazza Del Poppolo. De lá, pegamos o metrô para o Circo Massimo, local onde rolavam as famosas corridas de biga, que ficaram eternizadas na minha memória graças ao filme Ben-Hur. Hoje em dia tem muito pouco do que era, mas vale o registro. Fomos subindo para conhecer alguns lugares que, devido ao mau (quase inexistente!) planejamento detalhado que faço dos dias, deixamos de passar antes. Sobretudo era a Piazza Campidoglio e seus arredores, que são bem bonitos.

 

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Circo Massimo (o que sobrou das famosas corridas de biga)

 

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Na região do Campidoglio

 

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Seguimos para região de Tastevere, onde curtiríamos o fim do dia. No caminho, passamos pelo Teatro di Marcelo (meu teatro, eheheheh) – muito legal – e a região do bairro judaico.

 

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"Meu" teatro

 

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Cruzando o rio para Trastevere

 

Tastevere é uma área bem legal, bem charmosa de se andar. Rodamos bastante por lá, paramos para um chope e apreciar o visual da galera (people-watch) e jantamos num lugar meio turistão. Foi a única vez na viagem em que comi o tal menu turístico. Não estava ruim, mas não foi grande coisa.

 

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Dentro da Santa Maria in Trastevere e uma rua do próprio bairro

 

Pegamos um busum para a Termini, de onde fomos andando para nosso hotel. Um banho, finalmente! E dormir!

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Já era dia 2 e já era pra fazer check-out. Conforme o cara do hotel nos instruiu no dia anterior, era para deixarmos as mochilas lá e a chave no armário, que ele se encarregaria de guardar quando chegasse. Ou seja, tudo indica que não há recepção 24hs, embora o site e o booking dissessem que tinha.

 

Saímos bem cedo, pouco depois das 8 da manhã. Era dia de Vaticano. Fomos de metrô. Putz, metrô lotaaaado! Hora do rush local. MUITO cheio, a ponto de não ter como todos entrarem. Ainda assim, a galera respeita as regras tradicionais e espera que primeiro as pessoas saiam dos vagões para depois entrar. Vimos um cara entrando enquanto outros saíam e, por isso, tomou um esporro federal de outro passageiro. Fico imaginando isso no Brasil, onde essa regra básica é largamente ignorada.

 

Chegamos ao Vaticano, paramos para um café rápido e seguimos para a área dos Museus do Vaticano. Havíamos comprado os bilhetes antecipadamente pelo site, pra evitar filas. Quando chegamos na região da entrada para dos museus do Vaticano, eis que me deparo com a maior galera parada numa fila. Driblei todo mundo pela rua mesmo e cheguei na fila dos que compraram antecipadamente. Ou melhor, no que deveria ser uma fila: simplesmente não havia fila. ZERO de fila para entrar no Vaticano (para quem comprou pela inet)! Inacreditável!

 

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Zero de fila para nós (as filas dos cantos eram bem longas) na entrada...

 

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... e na saída não havia fila alguma!

 

Bom, pra não dizer que não havia nada, esperamos alguns breves minutos para passar as mochilas no raio x. E só! Fomos flanando rápido pelas salas (os museus do Vaticanos são majoritariamente salas) direto para a Capela Sistina. Achava que o lugar ia ficar lotado depois.

 

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Uma área aberta

 

Ficamos um tempo na Capela Sistina curtindo o visual. Nesse tempo, vimos um segurança enquadrando um indivíduo: “show me the picture and delete it”. O cara havia tirado uma foto de celular sorrateiramente e lá é proibido tirar fotos.

 

Voltamos ao início e curtimos os belos salões. Percorremos os museus nos nosso ritmo. Acho que ficamos umas 3hs no total lá dentro, mas pareceu menos. Retornamos à Capela Sistina, já no roteiro normal de visitação, e vimos gente tirando fotos. Estava mais cheio, então não havia como os seguranças fiscalizarem.

 

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Seguimos para a Praça São Pedro. No caminho um brasileiro nos abordou. Ele vendia algum tipo de tour, mas viu que não éramos clientes potenciais. Ainda assim foi bacana conosco e deu dicas do que ver na Basílica.

 

A Praça São Pedro é monumental. Tinha bastante gente, mas ainda assim parecia vazia, de tão grande que é. A Basílica de São Pedro, onde entramos a seguir, é mais monumental ainda, é a maior igreja onde já estive. Estupenda! Você pode ficar um bom tempo lá dentro admirando cada canto. E ainda homenageamos São Pedro, nosso eterno amigo!

 

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Geral da Praça São Pedro

 

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São Pedro e a galera tocando os pés dele

 

Aliás, pegamos um pouco de fila para entrar na Basílica. Na verdade a fila foi para passar pelo raio x. Foi coisa rápida. Enquanto estávamos na fila, um lamentável indivíduo veio furando a fila na maior cara de pau. Ganhou comentários gerais – uma francesa o chamou de rude – mas seguiu em frente. Ninguém criou caso com o infeliz. De vez em quando nos deparamos com figuras assim.

 

Depois da visita, paramos num lugar caríssimo pra relaxar e tomar uma cerva. Ficamos só na cerveja mesmo, os preços impediam qualquer adicional.

 

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Castelo D’Angelo

 

Seguimos para o Castelo D’Angelo, onde usamos o segundo passe grátis do Roma Pass pra entrar. O lugar é muito maneiro, com belos visuais. Enquanto estávamos no alto do castelo, comecei a ouvir “Echoes” do Pink Floyd. Opa! Alguém tocando lá embaixo! Deve ter sido algum tipo de sinal: Pompéia estava marcada para o dia seguinte. Encerrada a visita, descemos e lá estavam os caras tocando Led Zeppelin (e era “Stairway to Heaven”, que eu geralmente preservaria). Do cacete!! Demos um tempo curtindo o som dos caras, mas logo nos mandamos – ali era programa pra passar o resto da tarde, mas tínhamos uma cidade a desbravar!

 

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Do alto do Castelo

 

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A dupla que tocava (muito bem!) na rua

 

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Ponte Sant'Angelo

 

Cruzamos a bela Ponte Sant'Angelo (cheia de vendedores de bugingangas, ahahaha) em direção à Praça Navona. Paramos em algumas igrejas no caminho – a cidade tem várias, e elas geralmente são bem bonitas. A Praça Navona é um recanto extremamente aconchegante. Muito charmosa, com muita gente. Conhecemos a bela igreja (Sant'Agnese in Agone) e os chafarizes que tem na praça. É um lugar muito legal de se passar um tempo, mas seguimos em frente.

 

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Praça Navona

 

Fomos para a Area Sacra dell'Argentina, ruínas que tornaram-se local de moradia de gatos (!!). Seguimos para o Pantheon, que naquela hora estava bem cheio. Outro belíssimo lugar. Seguimos para a região do Parlamento, Piazza Colonna, e etc.

 

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Pantheon

 

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Uma bela coluna pouco antes de chegar na Piazza Colonna

 

Encerramos nossas andanças e seguimos para a região da Fontana de Trevi. Paramos para saborear uma cerva artesanal e uma bela pizza de 4 queijos. Era dia de pegarmos o trem para Nápoles.

 

Retornamos ao hotel para pegar as mochilas e... nada de atenderem o interfone! Havíamos combinado com o administrador do hotel que estaríamos por lá umas 19hs para pegar as mochilas e seguir viagem. Nosso trem era às 19:40. Chegamos no hotel um pouco antes disso e nada. Toca interfone, espera, nada. Um morador simpático tentou nos ajudar, ver telefone na internet e tal, mas parece que a rede de internet de lá não é tão melhor que a nossa assim. Longos minutos iam se passando, nós acreditando que o cara estava atrasado. Até que a Katia resolveu subir e bater na porta. Eis que o cara vem descendo as escadas – ele estava lá! Tudo indica que o interfone não estava funcionando. Pegamos as mochilas e voamos para a estação. Felizmente havia tempo (eram umas 19:20) e tudo deu certo.

 

Eu havia comprado a passagem antecipadamente pela Inet, mas havia escolhido assentos errados: em vez de um de frente para o outro, era um de costas para o outro! Preste atenção à disposição dos lugares quando comprar pelo site! Felizmente conseguimos trocar com outras pessoas no trem. A viagem para Nápoles foi bem rápida.

 

Nosso hotel em Nápoles era nos arredores da estação. A praça em frente à estação estava em obras. Aliás, isso de ter obras na praça em frente à estação aconteceu em outras cidades (Verona, Milão).

 

A região no entorno da estação é bem guerreira. Basicamente bebuns e prostitutas de baixíssimo nível. Ainda assim, saímos para comer uma pizza. Nápoles = pizza! Tentamos ir na badalada Da Michele, mas tinha gente esperando pra entrar. Nem a pau. Fomos numa que fica quase em frente, a Trianon de Ciro. Muito boa! Pizza de SETE queijos! Tamanho individual maior que muito tamanho família aqui do Brasil. E preço (7 euros!) bem menor. Estranhamente não tinha vinho no cardápio. Vai entender. Comemos muito. Fomos dormir empanturrados. Dia seguinte era dia de Pompéia.

 

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Sete queijos!

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Acho que o hotel tinha café da manhã incluso, mas ignoramos e saímos bem cedo para a estação de trem. Chegamos em Pompéia minutos depois de abrir. Ou seja, ZERO de fila pra entrar e quase ninguém lá dentro naquele começo de manhã. Já escrevi o que Pompéia representa para mim, então tratei de deixar o anfiteatro para o fim da visita.

 

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Não traçamos um roteiro prévio, fomos andando de modo a cobrirmos toda a área. Andamos muito, retornamos a lugares (coisa que poderia ser evitada se tivéssemos planejado pormenorizada e previamente o roteiro), fizemos o que bem entendemos. No meio da manhã começam a chegar os grupos guiados. Ainda assim, não tivemos problema de superlotação em canto algum. Flanamos, fotografamos, admiramos, curtimos. Andamos muito. São Pedro, amigão de todas as horas, nos deu mais um dia de sol espetacular. Eu queria muito que aquele dia fosse sem chuva. Obrigado, São Pedro!

 

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No fim da visita, no meio da tarde, o anfiteatro. O palco. Fiquei andando por ali ouvindo toda a trilha sonora do Pink Floyd em Pompéia, conforme planejado. Levou um pouco mais de uma hora. Enquanto isso, Katia descansava lendo um livro. Grandes emoções, coisas pra guardar e maturar na memória.

 

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O anfiteatro

 

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Curtindo "Pink Floyd in Pompeii" em Pompéia

 

No total, ficamos quase seis horas em Pompéia. Pode parecer muito – e é! –, mas eu achava até que ficaria mais. Tenho uma lembrança extraordinária daquele dia.

 

Assim que saímos, demos uma merecida pausa para recarga num agradável bar logo em frente. Depois retornamos a Nápoles. Ainda havia tempo para explorarmos um pouco a cidade.

 

Nápoles lembra muito o Brasil, ao menos na região mais central. Muita sujeira nas ruas (muita mesmo!) e amplo desrespeito às leis de trânsito – vi motos na contra-mão, motos na área de pedestres, etc. Ainda assim, a galera lá para pra você passar na faixa de pedestres. É bom olhar bem para os lados, gesticular pra avisar que vai atravessar e tal, mas a galera para na faixa.

 

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Não, não é o Brasil. Piazza Belini, em Nápoles

 

Fomos andando para o Duomo, acho que a maior igreja da cidade. Enorme, monumental! Belíssima mesmo. Não sei exatamente por que, mas eu não esperava ver uma igreja daquela magnitude em Nápoles. Subestimei.

 

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Duomo

 

De lá seguimos para o centro histórico da cidade, onde ficamos perambulando pelas ruas e ruelas da área. Via Tribunali e arredores. É uma área bem interessante, com ruelas e becos bem característicos. Naturalmente entramos em várias igrejas na região, mas ainda havia outras várias que não entramos. Haja igreja. A Piazza Belini é provavelmente o marco de sujeira da cidade. Área boêmia e de bares, estava impressionantemente cheia de garrafas largadas nos canteiros e no chão em plena tarde. Paramos, já no fim da tarde, para uma merecida pizza com vinho na badalada Piazza Gesú Novo. Lá também tem duas interessantes igrejas (Gesú Nuovo e Sta Clara), mas o grande barato da área, para mim, foi curtir e andar pelas ruelas.

 

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O lugar ficava a uns 3km do hotel, mas voltamos andando mesmo assim. No caminho, vimos algumas das mesmas prostitutas (terríveis!) da noite anterior, nos mesmos lugares.

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Fizemos o check-out logo cedo e partimos novamente para a estação de trem. Era dia de Vesúvio e Herculano. Chegamos rapidamente a Ercolano, a cidade, e logo achamos uma agência que leva a galera para o Vesúvio (fica à esquerda de quem sai da estação). O problema é que só sairia dali a uma hora. Ok, fomos tomar café da manhã na cidade. Pra resumir, quando chegou a hora de sair apareceu a maior galera, que os caras foram distribuindo em várias vans. Isso atrasou uns 20 minutos a saída. O pacote, com transporte e entrada, saiu por 20 euros cada.

 

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Início da subida ao Vesúvio

 

O visual do alto do Vesúvio é espetacular. Foi mais um dia de tempo bom na viagem (São Pedro, muito obrigado novamente!). Paradoxalmente eu me decepcionei com o visual da cratera do vulcão. É enorme, mas... é só um buracão. Até vimos alguma fumacinha, mas foi o máximo de atividade vulcânica da região. Rodamos bastante lá por cima até dar a hora de descer. A volta estava marcada para as 12hs, mas atrasou também. Acho que na Itália os horários são mais flexíveis.

 

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A cratera é isso

 

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Belo visual lá do alto

 

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Uma galera estava fazendo um tour pela borda do vulcão

 

De volta à cidade, rumamos para conhecer as ruínas de Herculano. É uma rápida caminhada desde a estação. A área das ruínas é bem menor que Pompéia – fica num quarteirão no meio da cidade, com moradias ao redor (fico imaginando morar com a janela de casa dando de frente para as ruínas de Herculano) --, mas é bem mais preservada. Também muito legal.

 

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Tivemos de acelerar nossa visita, porque ainda queríamos ir ao Museu de Arqueologia de Nápoles, onde estavam expostos o que de melhor se encontrou nessas ruínas – e meu objetivo principal era ver os mosaicos. Alguns deles estavam na memória, de tanto assistir ao Pink Floyd em Pompéia. Fomos de trem para Nápoles e de metrô para a estação ao lado do museu.

 

No Museu, entramos já procurando diretamente a área dos mosaicos. Só que o museu é muito maneiro – além de não encontrarmos a tal área! Fomos curtindo as salas. Tem belíssimos e conservadíssmos afrescos também. Finalmente achamos a tal sala secreta com os mosaicos. É ESPETACULAR! Peças pequenininhas que formam figuras grandes e fortes. Há também uma interessante área reservada com arte erótica da época, que vale a visita.

 

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Veja como as peças do mosaico são pequenininhas!

 

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Adoro esse tipo de trabalho

 

Encerrado o dia de passeio, era hora de voltar ao hotel, pegar as mochilas e pegar o trem para Florença. O metrô em Nápoles nada mais é do que o trem, só que subterrâneo. E é meio demorado também.

 

O trem para Florença estava lotado. Novamente conseguimos trocar de assento para viajarmos juntos. A galera desce maciçamente em Roma, de lá em diante o vagão foi bem mais vazio. Segundo o visor do trem, ele chega praticamente a 300 km/h! Uau! E eu achando que os 200 km/h do Spasan (Moscou – São Petersburgo) eram o máximo.

 

Em Florença, largamos as mochilas em nosso aconchegante BB e fomos jantar num lugar bacana, uma típica osteria toscana que encontramos nos arredores. Nhoque! Com direito a queijos de entrada e vinho (da casa, que é mais em conta). Muito boa janta. E o local em que ficamos em Florença era beeeeem melhor do que Roma e Nápoles, mesmo sendo muito pequeno e perto da estação de trem.

 

Dia seguinte era dia de Museu Ufizi e, quando fui pegar o voucher que havia comprado antecipadamente na Internet.... descobri que comprei para o dia errado! Que anta!!

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Confundimos a coisa do horário de verão e acordamos cedo pacas. Não lembro exatamente o motivo, foi alguma informação errada. Enfim, saímos bem cedo e fomos desbravar a cidade enquanto ela amanhecia. Primeiro dia nublado da viagem.

 

Fomos andando em direção ao Ufizi, margeando o rio. Belas pontes cruzando o belo rio Arno. Tudo fechado ainda na cidade, muito poucas pessoas nas ruas. Muito bom.

 

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Ponte Vecchio ainda vazia

 

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Quando o Ufizi abriu, fui lá tentar alguma coisa. Nada, o cara disse que meu voucher era pra ontem. Ok. Saí e fui comparar para o mesmo dia, então. ZERO de fila. Depois descobri que eu comprei antecipado para o mesmo dia (paguei mais 4 euros por isso), daí não ter pego fila. Ok, pago 4 euros para não pegar fila numa boa!

 

Visitamos o museu em pouco mais de uma hora. Em regra nós evitamos museus de arte em nossas viagens ultimamente, mas quisemos abrir uma exceção ao Ufizi. Foi bacana ver algumas obras famosas com os próprios olhos. Para amantes e conhecedores da arte deve mesmo ser algo imperdível. Quando saímos havia a tradicional longa fila para entrar.

 

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De lá decidimos passear pela cidade. Ainda era cedo, umas 9:30. Até pensamos em entrar na Galleria dell'Accademia se estivesse sem fila, mas.... tinha uma longa fila. Como não era exatamente nosso interesse, dispensamos. Ficamos passeando, entrando nas igrejas grátis, conhecendo as belas praças e parando para cafés, cervejas e sorvetes. Vida boa! Andamos tanto de um lado para o outro na cidade que não saberia dizer qual roteiro seguimos. Tudo pode ser facilmente percorrido a pé.

 

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Vale destacar aqui, evidentemente, o monumento que é o Duomo. Impressionante a magnitude e a beleza externa daquilo. É muito legal você ver aquilo se descortinando na sua frente, conforme você vai chegando na praça. Estupendo.

 

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Como a meta do dia era andar, não entramos no Duomo. Cruzamos a bela Ponte Vecchio (que estava completamente vazia de manhã cedo e, naquela hora, lotada), para explorar o outro lado do rio. Fomos até o Palácio Pitti (mas não entramos), cortamos para a região da aconchegante Praça Sto Spirito, onde rolava uma feirinha local bem legal. De lá seguimos até a Praça Michelangelo, mas paramos no caminho para (mais!) sorvete e pra tomar um vinhozinho num lugar pequeno e bacaninha, enquanto apreciávamos a vida. A Praça Michelangelo é de onde se tem um espetacular visual da cidade. Muitos vão lá no fim do dia, para curtir o por do sol. Nós estivemos lá um pouco antes disso. Muito bom.

 

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Cruzando a Ponte

 

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Palácio Pitti

 

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Pausa para um vinho

 

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Do alto da Praça Michelangelo

 

O único lugar pago que entramos nesse dia (além do Ufizi) foi a Basílica de Sta. Croce. Achei que não valeu a pena pagar: há outras grátis e mais bonitas – a não ser que você tenha interesses específicos nos afrescos e/ou túmulos de grandes nomes que estão lá, o que não era nosso caso.

 

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Basílica de Sta. Croce

 

Passeamos ainda um pouco mais, jantamos e fomos curtir um pouco a cidade de noite. Como geralmente saímos cedo e estamos bem cansados no fim do dia, acabamos não curtindo a iluminação noturna dos lugares. Estamos tentando corrigir um pouco disso. Florença também é bem bonita de noite.

 

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Florença de noite

 

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Arte de rua

 

Quando chegamos no nosso BB, eis que a descarga estava jorrando água continuamente! Mandei um e-mail para a moça que nos recebeu (não há recepção no BB), que respondeu rapidamente pedindo milhões de desculpas, mas que não tinha como resolver naquela hora (era domingo de noite), mas que levaria um bombeiro na primeira hora do dia seguinte. Ok, era possível dormir. Vamos em frente.

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Choveu muito na madrugada. Saímos cedo novamente para passear, umas 7:30. Rolava uma chuvinha bem leve, facilmente aceitável. Quando chegamos na Ponte Vecchia, a chuva desabou novamente. Putz! E era daquelas que não dão sinal de serem passageiras. Paramos para um café, mas nada de passar. Decidimos ativar plano B e ir para o Palácio Pitti, que era ali perto. Chegando lá – debaixo de MUITA chuva! – descobrimos que não abre às segundas-feiras! Putz! Deveria ter visto isso antes. E nós encharcados. Ok, voltamos. Debaixo de chuva novamente.

 

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Muita chuva de manhã cedo

 

Ficamos um tempo na Praça Signore. Optamos por comprar um guarda-chuva e aí veio a aplicação efetiva Lei de Murphy: a chuva foi diminuindo. Ainda bem! Mesmo assim, chovia de forma muito chata. Fomos passear, então.

 

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Conhecemos os mercados (um velho, uma feira de rua e o central). No central, coberto (ufa!), nos deliciamos com cafés e uma maravilha de diversidade de temperos. Acabamos comprando alguns. Temperos foram as únicas compras da viagem. Tudo coube na mochila.

 

De lá, fomos para o Duomo e entramos na fila para entrar na igreja. Coisa rápida. O interior é bem menos imponente que o exterior da igreja. Estranho. Embicamos para subir o Campanário (10 euros, com direito a entrar em outras atrações nos arredores). Mais de 400 degraus pra subir, muito bom. Belo visual lá do alto, mesmo em dia de chuva – que, àquela altura, já se dissipava.

 

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Dentro do Duomo

 

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Do alto do Campanário

 

Era hora de pausa para recarga e escolhemos o La Prosciutteria, que eu tinha dica acho que do TripAdvisor. Excelente! Eu não sabia exatamente o que pedir dentre as opções, então pedi que preparassem um bom apanhado de frios e de queijos para provarmos um pouco de cada. Maravilha! Acompanhado de bons vinhos. Quatro taças de bons vinhos e a tábua de frios e queijos saiu, se não me engano, por menos de 30 euros (ou foram 20?) para os dois. Achei que foi um ótimo preço. Dos melhores lugares que fomos na viagem em termos gastronômicos.

 

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La Prosciutteria

 

Voltamos à região do Duomo e entramos nas outras atrações que o ingresso do Campanário dava direito: o Batistério (belíssimo), o Museu (só pra ver Pietá) e subir a Cúpula, onde pegamos um pouco de fila. Deparamo-nos com mais um malandro de fila, dessa vez uma japa sozinha que ia sorrateiramente ganhando uma posição conforme a fila fluía. Vai entender essas figuras.

 

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Dentro do Batistério

 

O visual lá de cima também é muito maneiro. Do Campanário víamos a Cúpula, agora era o inverso. Naquela hora já havia parado de chover e até abria um pouco o tempo. Viva!

 

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Cúpula, agora olhando para o Campanário

 

Passeamos ainda bastante pela cidade e, no fim da tarde, retornamos à Praça Sto Spirito. Paramos num bar da praça para relaxar e observar o vai e vem com boas cervejas artesanais. Curtimos bons momentos. Depois fomos jantar num restaurante recomendado ali por perto. Fomos assim que abriu, e fizemos bem, porque lotou logo a seguir! La Casalinga. Muito bom também, outra das melhores noites gastronômicas da viagem.

 

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Água grátis!

 

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Praça Sto Spirito para fechar

 

Na volta ao hotel, tudo ok com o banheiro. A proprietária nos deixou uma bela caixa de chocolates como pedido de desculpas (“excuse me gift”) pelos transtornos causados. Muito amável, é daquelas coisas que ganham um cliente – e uma boa avaliação. E chocolates eram muito bons!

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Saímos cedo para a estação. Fomos comprar bilhetes na hora para Bolonha. Havia dois lugares, em vagões diferentes, no trem rápido logo a seguir. Pegamos essas duas. Seriam só 30 minutos até Bolonha, mas rolou atraso de uns 10 minutos. Largamos as mochilas na estação e fomos explorar a cidade.

 

Tava friozinho naquele dia. Andamos até a Praça Maggiatore. Lá pegamos um mapa e fomos circular pelos arredores. Há até um roteiro sugerido pelo centro de informações turísticas, que seguimos mais ou menos. Paramos na tradicional e excelente sorveteria Castiglione, a única que anotei o nome dentre as várias em que fomos na viagem. E foi a melhor! Ainda assim, mantivemos nossa meta de comer só uma bola, para provar outras sorveterias.

 

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A praça principal

 

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Basílica de San Domenico

 

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Excelente!

 

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Praça Santo Stefano

 

Bolonha tem belas igrejas e belas edificações. Tem as famosas duas torres, sendo uma delas nitidamente reclinada, tanto que nem é permitido subir. Subimos na outra. Quase 500 degraus, 3 euros pra subir. Vista geral muito bacana, mesmo num dia nublado.

 

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Do alto da torre mais alta -- a outra ali embaixo é mais a reclinada

 

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De lá seguimos para o setor universitário. Bolonha é também uma cidade universitária, então tinha a maior galera jovem nas ruas. Era hora de almoço. Fizemos uma breve pausa num pub estilo irlandês (único da viagem!), onde saboreei uma Kilkenny muito bem tirada.

 

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Estudantada

 

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Biblioteca comunale dell'Archiginnasio

 

Retornamos à região do Quadrilátero e da praça principal e ainda ficamos rodando nos arredores antes de almoçar. Estava em Bolonha, então queria comer um espaguete à bolonhesa, ora! Comi um, mas que não estava grande coisa. Ainda entramos na igreja principal (ela fecha para almoço) antes de voltarmos à estação.

 

Pegamos o trem normal, o IR, e seguimos viagem para Veneza. Duas horas depois, já no início da noite, desembarcamos na cidade que eu tinha expectativas mais controversas.

 

 

Veneza

Chegamos a tempo de andar MUITO pela cidade à noite. Largamos mochilas no hotel e fomos andando em direção à Praça São Marco, claro. O caminho tem diversas indicações. A praça é monumental, linda. E nem estava cheia. Havia uma lamentável mega-propaganda num dos lados da praça, no entanto. Talvez patrocinando alguma reforma, mas... precisava agredir o visual daquele jeito? O lugar me fez lembrar da Grand-Place, de Bruxelas, outra praça monumental (e que preciso rever).

 

Circulamos por toda a praça. Havia cafés no entorno da praça, todos absurdamente caros (um mero café a 6 euros, mais cubierto e mais uma taxa de serviço que, suponho, deve varar os 20%). Em alguns deles havia gente tocando e, eventualmente, cantando. Tudo num esquema extremamente grã-fino. O legal é que você pode curtir isso sem pagar, basta ficar em pé e assistir. E aplaudir.

 

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Tem uns malas que ficam oferecendo bugigangas, mas isso já é tradicional de grandes centros turísticos. Um não e um descarte firme geralmente resolvem.

 

Depois de rodar a região, fomos conhecer a Ponte Rialto, outro lugar bem bonito da cidade. E fomos catar um lugar para jantar. Nos perdemos várias vezes e acabamos caindo num restaurante turistão que nos ofereceu drinks grátis e tinha preços aceitáveis. Pior que foi um jantar muito bom, mas não me lembro o nome do lugar e muito menos onde estávamos! Depois de divertidamente errarmos várias vezes o caminho e de nos perdermos nas ruelas, chegamos de volta ao hotel. Noite feliz numa cidade mágica.

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O hotel tinha café da manhã servido no quarto, então saímos um pouco mais tarde que o habitual para explorar a cidade. A ideia para o dia era andar, admirar e sempre se perder. Fomos direto para a Rialto, que estava relativamente vazia naquela manhã. A Praça São Marco já tinha bastante gente naquela hora, inclusive com fila para entrar na Basílica. Era dia de explorar os cantos da cidade, não de entrar em filas, então seguimos em frente.

 

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Sinalização em Veneza -- mas é fácil (e saudável) se perder

 

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Rialto

 

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Depois de rodar pela praça e conhecer a famosa Ponte dos Suspiros, seguimos um roteiro sugerido pelo Lonely Planet. Um longo passeio, muito bom. Mesmo sem entrar nas atrações sugeridas. Aliás, boa parte das igrejas de Veneza é paga. Não entramos em nenhuma igreja paga da cidade. Depois de umas 4 horas seguindo o roteiro sugerido, paramos para recarga num barzinho com preços acessíveis e cadeiras nas ruas de uma praça. Gostamos de ficar ao ar livre, de ver as pessoas, turistas e moradores, no vai e vem.

 

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Ponte dos Suspiros

 

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Gôndolas

 

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Até a coleta de lixo local é via barco!

 

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Depois da recarga, seguimos andando novamente. Deparamo-nos com um gondoleiro que ofereceu o tradicional passeio de gôndola. Não estava nos planos, mas fui conferir o preço com ele. É facada, conforme se sabe: 80 euros por 40 minutos, conforme tabela que ele mostrou. Ou metade (40 euros por 20 minutos). Quer dizer, a cada minuto lá se vai uma moedinha de dois euros embora. Seguimos em frente. No entanto, minutos depois, bateu a vontade de ir. É turistão, é caro até dizer chega, é clichê, mas bateu a vontade e atendemos ao instinto. E foi muito bom!

 

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Era hora de almoço, os canais estavam bem vazios. Só vimos uma outra gôndola no trajeto. Fomos saboreando cada (valorizadíssimo) minuto do passeio. Maior paz, maior silêncio. De vez em quando o gondoleiro falava alguma coisa, felizmente não muito. Pra mim valeu a pena, foi dos (vários) pontos altos da viagem. O dinheiro pago eu vou esquecer. A lembrança é para sempre.

 

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Seguimos para a área da estação, para conhecer outras duas pontes. Aproveitamos para comprar o bilhete de trem rápido para Verona, sem risco de irmos separados. Depois disso, decidimos andar sem rumo e se perder – que é das melhores coisas a se fazer em Veneza. O problema é que sempre tem placa indicativa. Então buscávamos entrar em ruas onde não havia indicação. Se havia menos gente e não tinha indicação, entrávamos.

 

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Depois de outro longo passeio, paramos novamente num bar com cadeiras numa praça para recarregar e curtir a galera. Parecia ser mais galera local, porque rolava algum tipo de celebração sobre pessoas que estavam se graduando. As pessoas que graduam vestem-se com algum tipo de fantasia, algo meio exótico, foi o que consegui entender. De vez em quando a galera canta alguma coisa para elas (“dottore, dottore, dottore del ... ???”) sei lá. Divertido de ver. Se não me engano, estávamos no Campo Santa Margherita, parecia ser área de estudantes.

 

Já de noite, seguimos para a San Marco e de volta ao hotel. Decidimos comprar coisas para jantar no quarto. Esquema vinhozinho, queijos e frios. Pata Negra (a 10 euros o pacote!!), Tallegio e Pecorino. Vida boa!

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Tomamos o café rápido e nos mandamos para a San Marco. Era dia de entrar em lugares, e não apenas flanar. Entramos, sem qualquer fila, no Palácio Duccale acho que logo que abriu. 16 euros o rasgo, com direito a entrar em outras três atrações nos arredores. O Palácio é muito maneiro, são enormes salões decorados e ainda a prisão que fica no anexo, acessível pela famosa Ponte dos Suspiros. Não pode fotografar lá dentro, ainda que várias pessoas o fizessem. Não fotografamos.

 

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Amanhecer pós-chuvinha na Praça San Marco

 

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Vista a partir do Palácio Duccale

 

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A Ponte dos Suspiros

 

Depois entramos na Basílica di San Marco. Fomos barrados por causa da mocha de ataque que usamos, que tem de ser deixada num maleteiro ali por perto. Tinha fila pra entrar, mas era coisa rápida. Dentro da Basílica tem áreas pagas, que dispensamos. A Basílica por si só já é suficientemente espetacular, lindíssima.

 

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"Não alimente os pombos!"

 

Depois fomos nas outras atrações que o bilhete do Duccale dava direito, um museu e a sala da Biblioteca. Visita rápida.

 

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Decidimos caminhar pela margem do canal principal e fomos nos afastando da área central e, consequentemente, da muvuca. É maneiro andar no contrafluxo e ver a cidade se “acalmando”. Fomos até a área do Arsenale, onde entramos para nos embrenharmos novamente pelas ruelas da cidade. Depois de novas caminhadas sem rumo e buscando se perder, retornamos à San Marco para subir o Campanário. Visual muito bacana lá de cima, e justamente num momento em que o tempo chegou a abrir!

 

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Arsenale

 

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Barcos tb são carregadores de malas

 

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Do alto do Campanário

 

No caminho paramos num bar que havíamos mapeado para provar umas cervas artesanais (Furia; muito boas) e seguimos nossa empreitada de entrar onde não há sinalização e nos perdermos pela cidade.

 

Quando estávamos cruzando uma ponte, vimos dois caras numa gôndola. Durante todo o tempo que vimos, os dois ficaram teclando no celular sem tirar os olhos do aparelho. Foi assim até onde a vista conseguiu ver. Cada um na sua, mas... dois euros por minuto pra teclar no celular! :0

 

Decidimos explorar a região do Cannaregio, que nos pareceu ser bem mais calma, mais vazia do que as outras. Era a única que nos faltava explorar. Passamos o fim de tarde por lá, que era próximo do nosso hotel. Vimos as pessoas pegando os filhos nas escolas, vimos a região do antigo gueto judaico. Não retornamos mais a San Marco e Rialto. Quanto mais distante daquela área, mais você encontra uma Veneza mais calma, com menos pessoas nas ruas e mais moradores. Mas não necessariamente menos turística. Tudo em Veneza é turístico.

 

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Paramos para relaxar num restaurante (Diana) ao lado do rio, onde tomamos o pior (disparado) vinho da casa de toda a viagem! Felizmente o antipasti italiano era muito bom. Jantamos logo em seguida em outro restaurante (Osteria de Rioba) ali por perto, que era bem recomendado, mas que foi uma decepção pela falta de sabor.

 

Compramos um bom vinho para tomar sentados no chão na beira do rio (e com copinhos de plástico!) e curtir nossa última noite em Veneza, rememorando como foram os dias. Grandes momentos!

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