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10/10 – San Andrés – Bogotá. Ta chegando ao fim!

 

Mais uma vez acordamos cedo, arrumamos as mochilas e deixamos elas na sala do hostel para desocupar os quartos. Fomos tomar café no Sea Water e mais uma vez fizemos os mesmos pedidos (em time que está ganhando não se mexe hehehe). Realmente esse café da manhã foi muito bom! Um dos melhores da viagem.

Como a gente já tinha visto com antecedência, resolvemos fazer o passeio no barco semi-submersível, que é vendido na casinha amarela também. Às 8:00h eles abriram e fomos lá comprar os tickets. Uma moça meio lerdinha atendeu a gente e vendeu os tickets (COP 35.000), mas não entregou nenhum comprovante oficial.

O tempo foi passando e chegou um outro senhor que trabalha ali. Eu fui questionar sobre os tickets e eles dois começaram a se desentender. Uma coisa é certa. Todos os passeios de San Andrés são desorganizados, prepare-se e tenha paciência!.

Ficamos esperando a saída e foi juntando gente que faria o passeio. São dois barcos que fazem o passeio, um amarelo e um branco. A gente tinha comprado o ticket para o barco amarelo, mas o carinha foi chamando a galera que tinha vouchers oficiais e logo o barco amarelo ficou lotado e a gente ficou de fora. Nessa hora pensei que a gente teria sérios problemas e podíamos ficar sem nossos bilhetes. Tinha também a questão do horário. Compramos o barco amarelo pq ele sairia uns 40 minutos antes do branco e a gente tinha medo do passeio atrasar muito e a gente se atrasar pra fazer o check-out do hostel.

Outra coisa estranha foi que a moça lerda veio perguntar que idioma a gente estava falando, pensando que era francês!! Em San Andrés eles não estão tão acostumados com brasileiros, como no continente.

Depois de uns instantes de tensão finalmente fomos chamados pra embarcar no barco branco. No fim foi até bom, pq era um barco um pouco mais novo e mais estruturado. O embarque é feito usando pequenas lanchas que levam os passageiros até o barco ancorado a uns 60, 70 metros da praia. Assim que subimos no barco fomos direcionados para uma portinha onde ficava uma escada. Descendo a escada havia um tipo de plataforma onde a gente se sentava, dando a volta ao longo de todo o barco. Na frente de cada um ficava um painel de vidro que fazia o contorno de toda a embarcação, só que tudo isso abaixo da linha da água. Em alguns minutos o barco partiu. Depois que começamos o passeio fui perceber que eu e a Tina tínhamos sentado no pior lado, mas tudo bem, na volta era só permanecer no mesmo lado que a vista seria melhor.

Vimos vários corais, ouriços e arraias. Também vimos vários tipos de peixes, mas novamente nada igual ao colorido que vimos nas ilhas Rosário. Mesmo assim o passeio valeu a pena, como um bônus de fim de estadia. Se a gente tivesse mais tempo íamos optar por fazer outros passeios e inclusive passar um ou dois dias nas ilhas de Providência e Santa Catalina, que dizem ser espetaculares... mas vai ficar para uma próxima vez!

O barco navegou por uns 30 a 40 minutos até que chegou a um ponto onde a água tinha um tom impressionante de azul. Então o guia disse que quem quisesse podia nadar ali por alguns minutos. Para quem não soubesse nadar eles disponibilizaram coletes. É claro que eu aproveitei a oportunidade única de nadar na água mais bonita que já vi na vida! Foi muito bom! Achei que foi mais legal até do que ficar vendo o fundo do mar através do vidro.

 

598dadfe2b0d4_San5.jpg.e09615e9051a67c677bc95f02032ef6e.jpg (Arraia muito grande vista através do fundo de vidro do barco)

 

Ficamos uns 10 a 15 minutos ali e em seguida voltamos para o ponto de partida. Novamente o desembarque foi feito usando as lanchas pequenas. Desembarcamos e fomos direto almoçar, no mesmo restaurante do primeiro dia, o Fisherman Place, e o atendimento continuava o mesmo (COP 56.000 para os 2).

Nosso vôo para Bogotá seria só por volta das 19:00h, mas como não daria pra fazer mais nenhum passeio e a gente já tinha desocupado os quartos resolvemos ir mais cedo para o aeroporto e ficar por lá. Fizemos o check-out e chamamos um taxi, pra não ter que andar com aquele peso todo (as mochilas ficaram muito pesadas pq tivemos que levar roupa tanto para o frio intenso, quanto para o verão). O taxista não deu chance pra gente e cobrou muito caro pra fazer um trecho muito curto (COP 3.000 pra cada). Eu considerei essa a corrida de táxi mais cara de toda a viagem.

Chegamos ao aeroporto em menos de 2 minutos e assim que entramos já fomos ver se era possível fazer check-in e despachar as cargueiras. Para nossa sorte (ou não) o check-in estava aberto. Então despachamos as pesadas cargueiras e fomos andar a toa pelo pequeno aeroporto da ilha. Ficamos por ali, tomamos café, navegamos na internet, andamos pelo aeroporto de novo... Enfim, finalmente o embarque começou. Mais um pouco de espera dentro da sala e finalmente o vôo de volta. Nós chegamos no ponto mais distante da nossa aventura e agora começava a jornada de volta, a viagem se aproximava do fim.

O vôo mais uma vez foi tranqüilo e aproximadamente em uma hora chegamos a Bogotá. Dessa vez não esperamos para o desembarque, pois o movimento estava normalizado. Desembarcamos e fomos pegar as mochilas. Enquanto a gente aguardava na esteira eu olhei de relance algumas mochilas, e outras bagagens, amontoadas num canto do salão. Foi aquela passada de olho sem rumo, mas aí me deu um estalo e voltei a olhar aquelas mochilas e percebi o quanto elas se pareciam com a minha e a da Tina. Resolvi ir até lá perto pra averiguar e pra meu espanto eram exatamente as nossas mochilas! Como as bagagens estavam começando a aparecer na esteira eu deduzi que o pessoal da Copa Airlines despachou nossas mochilas no vôo das 16:00h e, como elas chegaram e ninguém pegou, eles colocaram elas ali, amontoadas, como sempre! Foi graças ao bom Deus que eu percebi que elas estavam lá no chão, pq senão a gente ficaria esperando uma eternidade na beira da esteira e elas não iam aparecer e nós íamos ficar muito nervosos de novo!

Assim que o Wesley e a Janete pegaram as mochilas deles nós saímos e fomos atrás de um taxi pra levar a gente novamente ao Alegria´s Hostel. Pra nossa surpresa quem estava na porta aguardando clientes, quem, quem? O senhor Ernesto Soares! Isso mesmo! O mesmo taxista que levou a gente na sua super micro-van até o hostel no primeiro dia em Bogotá!

Como agora nós éramos 4 e, conhecendo o maravilhoso e “espaçoso” taxi dele, a gente sabia que caberia tranquilamente. Então negociamos o valor (COP 7.500 pra cada um) e em menos de 30 minutos ele deixou a gente no hostel.

O Eduardo abriu a porta e ficou muito feliz em nos rever! E é claro que a primeira coisa que ele mostrou foi o cofre, o bendito cofre, intacto! Ele fez questão de frisar que ninguém mexeu no cofre. Bem, o cadeado era meu, então pra abrir só se eles arrombassem mesmo! Foi um momento solene, registrado em fotos e vídeos: a reabertura do cofre! Estava tudo lá, conforme eu deixei. Medicamentos e equipamentos eletrônicos! Graças a Deus tudo recuperado e em perfeito estado.

Depois desse momento emocionante fizemos novo check-in e pagamos apenas a diária do dia 10 para o dia 11 (COP 50.000 para os 2). Pedimos pro Eduardo uma dica para jantar, pois já estava um pouco tarde e os restaurantes da região já estavam fechando. Ele indicou irmos até a região da Macarena, que não era muito longe e onde os restaurantes ficavam abertos até mais tarde. Rapidamente chamamos um táxi que levou a gente até lá em menos de 10 minutos.

Quando chegamos começamos já vimos vários restaurantes, mas aqueles que não estavam fechados iam fechar dentro de minutos e não estavam mais aceitando pedidos. A gente já estava desistindo e voltando para a esquina pra pegar outro taxi quando vimos um restaurante árabe pequeno, mas ainda aberto. Era o restaurante El Wadi. Fomos até lá e perguntamos se eles iam fechar. O garçom disse que não, mas percebemos que eles estavam realmente se preparando pra fechar. Como ele aceitou nos atender de forma muito educada, entramos e rapidamente fizemos os pedidos. Todos nós pedimos Shawarma Tirk que é parecido com um Beirute enrolado em pão árabe. O proprietário veio até nossa mesa, muito feliz por saber que a gente era do Brasil. Ele tinha passado um tempo no nosso país e arranhava um portunhol com forte sotaque árabe! Em poucos minutos serviram nossa comida e estava deliciosa (COP 22.000 para os 2)!

De barriga cheia agradecemos ao dono e ao garçom pela gentileza e pela ótima comida. Então voltamos para o hostel pra descansar, afinal a gente ainda queria aproveitar os poucos dias de viagem! Antes de dormir tirei algumas dúvidas sobre o passeio até Zipaquirá com o Eduardo, que explicou bem detalhadamente como fazer.

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11/10 – Bogotá – Zipaquirá – Bogotá. Pra debaixo da terra!

 

Mais uma vez acordamos cedo e conseguimos tomar café no próprio hostel. Em seguida já fomos a pé mesmo até uma das estações de ônibus que o Eduardo explicou. Pegamos um ônibus em direção ao terminal norte, que fica praticamente no limite da cidade de Bogotá. Esse trajeto levou quase uma hora pra ser percorrido. Assim que desembarcamos já vimos os ônibus que iam pra Zipaquirá. Embarcamos e pagamos as passagens (COP 4.100) depois que saímos. Em menos de uma hora chegamos até a pequena, mas muito acolhedora cidade de Zipaquirá. Decidimos ficar por ali um pouco, pq já era quase hora do almoço e seria melhor almoçar antes de ir para a mina de sal.

Encontramos um restaurante muito simples, especializado em frango, com preços muito bons. Então resolvemos comer ali mesmo. Eu e a Tina pedimos meio frango com batatas e refrigerantes (COP 8.500 para os dois) e veio muita comida! O detalhe mais interessante é que a gente não recebeu talheres pra comer. Recebemos luvas de plástico transparente!! Taí uma boa idéia, assim é menos louça pra lavar... kkkkk. Estava muito bom e acredito que foi o almoço mais barato dentro da Colômbia.

Depois do almoço aproveitamos que ao lado tinha cabines telefônicas e fizemos ligações para o Brasil. Aí já partimos para o passeio da mina.

 

598dadfe38d1f_Zipa1.jpg.236f6dc71354fb71dffab24906e064c1.jpg (Uma das 14 estações dentro da mina)

 

Fomos caminhando a pé até lá. Compramos os ingressos (COP 20.000 cada) somente para a Catedral de Sal pra mim e para a Tina e com passeio até a mina para o Wesley e a Janete. Vimos que há mais opções de ingressos, com mais complementos, dependendo muito do interesse de cada um.

Quando chegamos até a entrada vimos que a gente tinha que esperar até formar um grupo e um dos guias chamar esse novo grupo. Ficamos aguardando no máximo uns 10 minutos e logo um guia jovem veio chamar o grupo. Na noite anterior o Eduardo disse para a gente não se prender aos grupos guiados, que seria melhor a gente ver o interior por conta própria, no nosso ritmo. Ele estava super certo, pq o guia do nosso grupo era um mala gigantesco! Além de ficar enrolando demais nas explicações, ele não admitia que ninguém saísse mais que 2 passos de distancia e nem tirasse fotos enquanto ele falava. Nesse início há uma via sacra, esculpida nas galerias da mina e o grupo vai visitando cada uma das estações. Na segunda estação a gente já estava de saco cheio do guia e resolvemos seguir o conselho do Eduardo e seguir em frente por nossa conta.

Aí sim! Fomos no nosso ritmo e tiramos nossas fotos à vontade. Não há mistério na Catedral de Sal, nem mesmo grandes curiosidades a ponto da gente precisar do guia. Sobre a Catedral é uma construção bem interessante e por ser um passeio fácil de fazer eu recomendo.

 

598dadfe34a75_Zipa2.jpg.17dab36d467eacadcb1cf34aa29f2300.jpg (A Catedral de Sal)

 

Depois de tirar várias fotos da catedral andamos até umas galerias onde funcionam cafés e lojas de souvenirs. Percebi em uma galeria lateral que havia uma iluminação diferente no teto. Então vimos que haveria uma apresentação dentro de instantes e as pessoas estavam se sentando em cadeiras nas laterais da galeria. Em poucos minutos começou um show de luzes e sons muito bonito. Na verdade as luzes do teto era um gigantesco painel de leds que formavam lindas imagens da natureza colombiana, entre outras. A apresentação dura pouco mais de 5 minutos e acontece a cada meia hora. Pra quem já está lá, vale a pena. Logo depois a Tina quis comprar um CD de músicas cristãs, que estava tocando no som ambiente da galeria. Ficamos um pouquinho mais e depois resolvemos sair. Quando estávamos indo embora avistamos a Janete e o Wesley que já estavam iniciando o passeio secundário na rota da mina, onde teriam explicações sobre o trabalho dos mineiros, que ainda hoje acontece, em galerias mais afastadas da Catedral de Sal. Avisamos que a gente ia aguardar eles na pequena praça de alimentação do lado externo.

Enquanto a gente esperava os dois saírem do outro passeio aproveitamos pra comer uma mini-pizza (COP 12.500) e ficamos olhando os artesanatos. Mais ou menos uma hora depois eles saíram da mina. Retornamos para o centro da cidade e fomos direto até a rodoviária. Da mesma forma que aconteceu na vinda, o ônibus para Bogotá já estava de saída e entramos. Pagamos a passagem com o ônibus em movimento. A volta foi tranquila novamente. Chegando ao terminal norte pegamos o transmilênio em direção ao centro. No caminho perguntamos para outros passageiros em que estação a gente tinha que descer pra ficar o mais próximo possível da Zona Rosa. As informações foram desencontradas e ficamos sem saber direito o que fazer. Então decidimos descer em uma estação que foi mais indicada. Assim que descemos fomos atrás de um taxi pra levar a gente até a Zona Rosa. O Wesley parou um taxista e perguntou quanto ele cobrava pra levar a gente até lá. O taxista deu uma risada e disse: “mas vocês já estão não Zona Rosa”! Ficamos felizes e então começamos a caminhar meio sem rumo. Nossa intenção era conhecer o bairro e quando fosse um pouco mais tarde ir jantar no Andre’s Carne de Res, o famoso restaurante colombiano.

Nesse dia e, mais exatamente, naquela hora, estava acontecendo o último jogo pelas eliminatórias da copa e estavam jogando Colômbia e Chile. Pelas ruas parecia que a população toda de Bogotá estava de camisa da seleção. Paramos pra ver as imagens do jogo na frente de um dos vários restaurantes lotados de torcedores. O jogo ainda estava 0x0.

Continuamos caminhando quando ficamos sabendo que o Chile tinha marcado um gol. Dali alguns minutos, mais um gol para o Chile. O povo começou a ficar com o semblante desanimado. Mais um tempo e mais um gol! Três a zero, parecia que a derrota já era certa! Enquanto isso a gente chegou ao shopping Atlantis Plaza e o Wesley e a Janete quiseram ir ao Hard Rock Café que ficava bem na entrada. Nós resolvemos ir até uma loja de brinquedos ver alguns para as crianças. Enquanto a gente via os brinquedos a Colômbia marcou 2 gols. Estava muito legal ver a animação, muito parecida com a nossa. Tinha uma galera, umas 30 pessoas sentadas em um hall, bem em frente a uma TV bem grande e a cada lance o pessoal fazia o maior auê.

De repente, o terceiro gol, bem no final do jogo! Que legal! Saí cumprimentando os colombianos e já desejando as boas vindas ao Brasil para a Copa! Essa foi a quarta vez que acompanho um importante jogo de um país, estando nesse país (os outros foram Paraguai, Peru e Uruguai).

O nosso destino final era o restaurante André´s Carne de Res que ficava em outro shopping, bem perto dali. Então quando já estava na hora de jantar fomos até lá. Realmente, ir a Bogotá e não comer nesse lugar é deixar uma experiência fantástica de lado.

 

598dadfe304fd_Andredc.jpg.aa0cb4df64112a2f34bfde32d7b2fd2e.jpg (Decoração do André's Carne de Res)

 

Fomos até o segundo piso do restaurante, que já estava lotado! A garçonete (Indira) encaminhou a gente para uma mesa que achamos bem ruim, pq era escondida e embaixo de uma escada. Logo conseguimos mudar para uma mesa melhor e aí foi só alegria. Como o próprio restaurante avisa é “Bueno, Bonito e Carito”! A comida é muito boa, assim como as bebidas, mas os preços são bem mais caros que a média de preços da cidade. Pedimos pratos mais simples, mas muito bons (74.000). De repente aparece uma bandinha tocando pra nós. Colocaram coroas e faixas de visitantes ilustres (tá, fazem isso com todos kkkk). Foi bem divertido! Espero que um dia a gente possa voltar!

Pegamos um taxi de volta ao hostel (COP 8.000 total) e quando chegamos já pagamos a outra diária (COP 50.000). Fomos dormir, afinal o dia foi bem cansativo.

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12/10 – Bogotá. Pra cima da montanha!

 

Último dia em Bogotá, na Colômbia e também último dia de viagem. Faltava ainda conhecer um dos principais atrativos da cidade, o Cerro Monserrate. (COP 15.800). Depois tivemos que esperar em outra fila para subir pelo funicular. Existem 3 formas para subir: o funicular, o teleférico (que estava parado naquela hora) e a trilha a pé. Achei bem interessante esse funicular, que além de ser bem íngreme, quando chega perto do topo faz uma curva. Normalmente funiculares seguem em linha reta.

 

598dadfe492ec_Monte1.jpg.68d06171eed874abc14d242d9e6357db.jpg (O Santuário no topo de Monserrate)

 

Chegamos a estação e ainda tivemos que subir um pouco a pé. A vista de Bogotá é magnífica. No ponto mais alto do cerro há um santuário e, principalmente nos finais de semana acontecem missas em curtos intervalos de tempo. Quando chegamos a missa das 10:00h já tinha começado, então eu e a Tina decidimos participar da próxima missa, que seria as 11:30h. Enquanto isso ficamos observando os artesanatos e aproveitamos pra almoçar. Só que comemos apenas lanches (COP 16.900) muito ruins na lanchonete do local. Depois comemos um arroz doce igual ao que temos no Brasil.

Como o Wesley e a Janete não quiseram participar da missa, combinamos de nos encontrar depois, no hostel. E quando eram 11:30h fomos para o santuário. A missa foi bastante emocionante. Aproveitei para agradecer a Deus por toda a viagem e pedir por nossos filhos que já estavam sentindo muito a nossa falta.

Quando a missa terminou o padre chamou aos visitantes, principalmente os de fora de Bogotá, para uma bênção especial. Nós dois fomos até perto do altar pra receber a bênção e fechar com chave de ouro nossos dias maravilhosos nesses dois países incríveis.

 

598dadfe43a8c_Monte2.jpg.ca41f6eea37c45f7fe6c06a0474fbacd.jpg (A incrível vista de Bogotá do alto de Monserrate)

 

Assim que saímos do Santuário fomos direto ao funicular para descer. Quando chegamos na portaria a Janete estava nos esperando. Ela queria ir até o mesmo lugar que a gente, no centro de artesanatos.... pra comprar umas últimas lembranças. Então pegamos um taxi (COP 5.500 total) e fomos até lá. Compramos mais algumas lembranças e eu encontrei uma bandeira da Colômbia do tamanho que eu queria e com brasão. Bandeiras são as lembranças que eu compro pra mim a cada país novo. Não só aquelas pequenas, para bordar na mochila, mas umas maiores de uns 30x45cm, de preferência bem detalhadas. Até hoje sempre consegui comprar em todos os países que fui.

Seguimos até a mesma galeria próxima do Museo Del Oro, a Casona Del Museo. Aproveitamos o último dia para garantir as lembranças que faltavam (no nosso caso é quase uma obrigação levar umas lembranças para colegas de trabalho, amigos e familiares).

Como muita gente sabe, e quem assistiu o filme “Tudo por uma Esmeralda”, com Michael Douglas (tá bom, o filme é de 1984, mas tem gente que assistiu na sessão da tarde!) sabe bem que a Colômbia é um dos maiores produtores de esmeraldas do mundo, se não for o maior. E há lojas de jóias feitas com esmeraldas por todos os cantos. Resolvi presentear a esposa com um anel. Ela então escolheu e eles ajustaram na hora. A Tina ficou faceira demais com o presente e engana-se quem pensa que é muito caro. Há diversos anéis, brincos, colares, com esmeraldas verdadeiras e certificadas, a partir de U$ 40,00.

A Janete gostou da idéia e resolver dar a si mesma um presente e também comprou um anel. Logo em seguida tomamos um café e fomos caminhar um pouco mais. Eu queria comprar um objeto de artesanato que era uma gravura da Última Ceia em cerâmica, com traços mais contemporâneos, bem bonita mesmo, mas estava super caro (mais que o anel!). Então durante a caminhada acabei encontrando uma dessas gravuras bem pequena e, obviamente, mais barata. Mesmo assim saiu cara pelo tamanho (COP 12.000), mas valeu a pena. Era algo que eu tinha gostado desde o primeiro dia que chegamos e eu ia me sentir frustrado se não tivesse comprado pelo menos aquela pequenina. E esse foi o último “presentinho” comprado na viagem.

Voltamos para o hostel onde o Wesley já estava descansando e resolvemos fazer o mesmo. Como nosso vôo seria somente às 4:00h da madrugada eu já tinha conversado com o Eduardo na noite anterior para que ele deixasse a gente ficar no quarto sem ter que pagar uma diária a mais, pois a gente ia sair 1:30h da manhã. Ele disse que não via problemas, e que era para eu avisar a menina que estaria na recepção. Pois bem, eu fui falar com ela e não teve acordo. Ela cobrou e ainda por cima foi diária cheia (COP 50.000) pra gente ficar poucas horas a mais. Ficamos meio chateados, mas fazer o que? A gente não queria ficar na rua até a hora do embarque e precisávamos descansar um pouco, pq o retorno ia ser punk.

Então passamos o restante da tarde dormindo, já que passaríamos 24h sem dormir. Mais tarde, acordamos e já devia ser umas 20:00h. tomamos um banho e saímos pra jantar. Dessa vez resolvemos ir até um dos restaurantes próximos do hostel (que nos outros dias já estavam fechados). Escolhemos um que tinha só uma pequena portinha e entramos. Era um lugar muito aconchegante com um nome muito diferente “El Son de los Grillos” e não tinha nenhum cliente ainda. Logo depois entrou um casal. Fizemos nossos pedidos e a proprietária, antes de servir os pratos colocou uma “chimenea” que é um tipo de lareira de mesa, ou seja um objeto com fogo que se coloca na mesa para aquecer, mas preferimos que ela colocasse na mesa ao lado, pq não estava tão frio assim! O jantar de despedida estava ótimo apesar do preço salgado (COP 88.600 para os 2).

 

598dadfe3dfbf_ultimajanta.jpg.2d1215827421e27e712acc7c8f3a10de.jpg (Nosso último jantar na Colômbia)

 

Voltamos para o hostel e terminamos de arrumar as mochilas. Agora era só aguardar a hora de partir. Dali em diante não dormimos mais.

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13/10 – Bogotá – São Paulo – Campinas – Dourados. Eu to voltando pra casa outra vez....

 

À 1:30h da madrugada pedimos um taxi, que levou menos de 30 minutos até o aeroporto El Dorado. Era a última vez passando por aquele aeroporto, no total passamos por ele 7 vezes somente nessa viagem!

Antes de fazer o check-in fomos até o guichê para verificação e talvez a necessidade de pagamento da taxa de saída do país. Como ficamos menos de 10 dias, contados a partir da nossa segunda entrada no país, não precisamos pagar.

Ficamos por ali, aguardando a hora do embarque. Assim que permitiram o acesso a sala de embarque, nós entramos. No free shop havia uma loja de diversos produtos colombianos, entre eles uns chocolates rechados com várias frutas típicas. Para divulgação desses chocolates tinha uma vasilha com amostras para cada tipo. Devia ter uns 12 a 15 tipos diferentes então, fizemos a festa kkkkkkkkkkkkk. Aproveitamos para “degustar” todos os tipos, mas no final, claro, eu comprei um pacote do chocolate recheado com uchuva que é uma fruta bem típica da Colômbia e que, particularmente, eu gosto bastante (COP 21.000).

Finalmente chegou a hora do embarque. O primeiro trecho do vôo seria até Lima, no Peru, cidade que ainda quero conhecer, pois nas duas oportunidades que tive de viajar ao Peru não consegui chegar até Lima.

Sem atrasos partimos. O vôo levou 3 horas e foi o pior de todos os diversos vôos da viagem toda! Dessas 3 horas cerca de uma hora e meia foi de turbulência ininterrupta! O restante do tempo tivemos momentos de turbulência, mas para quem não gosta de voar, como eu, uma hora e meia é uma eternidade quando se trata de turbulência!

Finalmente aterrissamos em Lima e desembarcamos rapidamente para poder fazer a conexão. Enfrentamos uma fila imensa para passar pelos raio-x e pela segurança novamente. Não foi preciso fazer novo check-in. Ficamos bem pouco tempo na sala de embarque, onde a Tina gastou os 10 Soles que a gente encontrou em casa, ainda de 2012! Deu para comprar um capuccino e só (SOL 9,50)!

Em poucos minutos embarcamos com destino ao Brasil!! Agora a gente já tava mais perto de casa!

Foram 4 horas de vôo razoavelmente tranqüilo até São Paulo, com pouquíssima turbulência. Aproveitei pra terminar de assistir um filme que eu tinha começado no vôo da ida e ainda deu pra ver mais um filme inteiro.

Finalmente aterrissamos em solo brasileiro! Que alegria estar de volta! Eu sempre digo que viajar é bom demais, mas voltar pra casa também é bom!

Assim que desembarcamos resolvemos perguntar a um taxista quanto ficaria pra levar a gente até o terminal da Barra Funda e, pra nossa surpresa seria mais barato que ir de ônibus. O taxi ficou em R$ 105,00 enquanto que o busão ia sair um total de R$ 148,00 para nós 4. Foi um translado mais confortável e mais rápido. Como era domingo o trânsito tava super tranqüilo, então chegamos em, no máximo, 35 minutos, contra 1:15h de ônibus.

Do terminal da Barra Funda saíam os ônibus da Azul até o aeroporto de Viracopos, em Campinas. Quando chegamos para embarcar vimos que o próximo só ia sair dali uma hora. Tinha 4 pessoas na fila, então ficamos ali, esperando. Quando o busão chegou a fila já tava imensa! Garantimos nosso embarque e assim que o busão saiu eu apaguei. Só acordei chegando em Viracopos.

A gente ainda tinha um bom tempo antes de embarcar no último vôo da viagem, então aproveitamos pra jantar. Eu fui ao wc e tomei um banho de gato hehehehehe. Troquei a camiseta e quando cheguei na praça de alimentação a Tina já tava com um belo prato de lasanha me esperando (R$ 27,80).

É sempre uma dúvida eterna se vai ter mesmo vôo ou não, pq nosso aeroporto municipal é ainda despreparado pra vôo por instrumentos. Mas graças a Deus tudo tava ok e logo embarcamos.

Foram duas horas de vôo bem tranqüilo até nossa cidade. Quando o avião tocou o solo e rolou suave pela pista, lá de dentro a gente conseguiu ver nossos filhos grudados na janela igual adesivos! Meu Deus, que nó na garganta! Que saudade imensa!

Desembarcamos e antes mesmo de pegar as cargueiras, dentro da sala de embarque, a gente conseguiu abraçar eles, meio contra a vontade da fiscal que cuidava a porta, mas quando ela viu o tamanho da saudade não implicou!! Aquele abraço forte, aquelas lágrimas de reencontro fizeram a gente pensar e repensar muito sobre nossos planos para 2014! Uma viagem planejada nos mínimos detalhes e com orçamento já separado, para a Europa em Abril/14 foi cancelada! A partir de agora nossas aventuras terão que incluir os dois! Sabemos que é um grande desafio, mas aí é que está a graça!

Agradeço enormemente a Deus por mais essa oportunidade de poder conhecer mais dois belíssimos países sulamericanos. Espero que apareçam mais chances como essa! Agradeço também aos nossos amigos, companheiros de aventura, sem os quais a viagem não teria a mesma graça! Agradeço também aos nossos pais (meus e da Tina) por cuidarem tão bem do nosso maior tesouro!

E vamos lá! Sempre em frente! Bons ventos a todos!

  • Colaboradores
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Olá Péricles!

 

Primeiramente parabéns pelo relato, está bem completo, do jeito que eu gosto... rs

Vi que colocou todos os gastos separadamente o que também ajuda bastante, mas saberia dizer quanto gastou no total? Por pessoa ou pelo casal? Sei que muitas vezes é difícil separar os gastos..

 

Nossa, me surpreendeu ler que tem filhos pequenos e que chegou um ponto que percebeu que não dá mais para viajar sem eles, confesso que essa é uma preocupação minha. Ainda não tenho filhos, mas pretendo ter e aí fico pensando em como será tudo diferente para conseguir viajar.

 

Cheguei ao seu relato porque temos uma viagem marcada pra Maio, em um grupo de 4 camaradas. Estava tudo certo que seria no Brasil, mas por algum motivo os planos mudaram e começamos a procurar outras opções. O que temos certeza é que a viagem acontecerá em Maio e poderá durar em torno de 20 dias, como o orçamento é bem restrito, precisa ser uma viagem barata e por isso resolvi ver América do Sul. Nós 4 já viajamos pela Bolívia e Peru pelo menos, não todos juntos.

 

Qualquer informação, sugestão ou dica será bem vinda.

 

aBraço

  • Membros de Honra
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Opa, blz riquao?

Obrigado pela força! Que bom que vc gostou do relato.

Cara, peço desculpas, mas não fiz uma soma dos gastos totais, pq a gente começou a comprar as passagens (em Reais) a partir de Janeiro de 2013 e fomos comprando até agosto (já em pesos colombianos...)

Mas pra ter uma noção geral, além das despesas com passagens aéreas que eu calculo que foram em torno de R$ 6.000,00 para os dois (foram 14 trechos!), tivemos o gasto de U$ 2.100,00 + R$ 250,00 aproximadamente, para os 2. Esses valores são referentes a tudo: hospedagem, alimentação, passeios e compras.

Vale lembrar que o Equador, juntamente com a Bolívia, são os dois países mais baratos da América do Sul. Já a Colômbia não é um destino dos mais econômicos. Se vc vai para Peru e Bolívia o montante de gastos é bem diferente!

Espero ter ajudado.

Abraço.

  • Membros de Honra
Postado

Péricles,

 

Também ainda não li, só passei "uma vista", ::lol4:: vou fazer como a Letícia, ler em casa.

 

Parabéns pela trip e plas fotos maravilhosas.

 

Maria Emília

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