Membros de Honra Pericles David Postado Janeiro 13, 2014 Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2014 (editado) Existem muitos tipos de pessoas nesse mundão, mas podemos classificar todo mundo de forma BEM GENÉRICA em duas categorias: o povo filé e o povo fubá. Não preciso explicar muito, né? O povo filé é a galera fina e elegante (não necessariamente rica) e que sabe se comportar bem em qualquer ambiente. O povo fubá é nóis galera!!! Kkkkkkkkkkk (sempre prontos pra qualquer presepada da vida!!) Em 2012 fizemos uma aventura juntos por Bolívia e Peru, (link do relato aqui) num grupo um pouco maior e a galera se empolgou e quis ir novamente pra algum outro lugar em 2013... Só que entre a “empolgação” e o “vamos ver” alguns desistiram, por vários motivos. Mesmo assim fomos em 6 pessoas: Eu, a minha esposa Tina, o Wesley, a Janete e o casal Orlando e Ângela. Nesse relato vou postar os valores de alimentação, hospedagem, transporte e passeios, que acho que são informações fundamentais pra quem planeja um mochilão. Preparativos: Antes de partir a gente não sabia se ia conseguir levantar vôo, pq o aeroporto da nossa cidade não tem vôo por instrumentos e quando o tempo tá fechado os aviões não pousam. Nosso vôo seria as 3:30 da madrugada e dependia da chegada do avião às 23:45 da noite anterior. Mas naquela semana da viagem, todos os vôos noturnos foram cancelados. Então o que fazer? A gente simplesmente comprou passagem de busão com saída na noite anterior e decidimos ir pela estrada, pq perder o vôo em SP significaria perder boa parte da viagem e pior, boa parte da grana já gasta!! É nóis de busão!! Dia 19/09/2013 – Saída: Embarcamos às 17:50h do dia 19/09 rumo a SP. Ainda dentro do busão, quando foi próximo da meia noite um amigo que trabalha no aeroporto municipal avisou que o avião tinha descido... ou seja, certamente iria levantar voo para Campinas e nós perdemos o vôo! A gente já sabia dessa possibilidade e não ficamos de lamentação! Essa foi a primeira surpresinha ruim da viagem... Paramos para jantar pouco tempo depois em Rio Brilhante. Foi uma janta muito simples na rodoviária mesmo, mas o suficiente pra nós! Depois da janta PUTZ... esqueci minha escova de dentes!!! Dia 20/09/2013 – Primeiros contratempos: Umas 15 horas depois desembarcamos no Terminal da Barra Funda em SP. Fomos comer alguma coisa e ver o transporte (Airport Serviçe) até o aeroporto de Cumbica. O próximo ônibus ia demorar pra sair, então resolvemos almoçar em uma lanchonete em frente ao guichê da Airport Service. Depois do almoço pegamos o outro busão, caro pra cacete (R$ 38,00), para o aeroporto de Cumbica. Depois de uma hora e pouco chegamos. A primeira coisa que fizemos foi ir até o famoso “puxadinho” (terminal 4) e procurar pelo escritório da Azul. A gente queria saber se teria possibilidade de receber pelo menos uma parte do valor da passagem perdida... Lá, de cara, ficamos sabendo da 2ª surpresinha! Além de não termos direito a nenhum ressarcimento, pq a passagem era super promocional, ainda tinha uma multa de 150 dilmas por pessoa por motivo de “no show”, ou seja, para garantir nosso vôo de volta a gente teve que desembolsar mais essa graninha que não tava no previsto!! Voltamos para o terminal onde a gente ia embarcar e fizemos nosso check-in. Ainda deu tempo de passar numa farmácia e comprar um kit com escova, creme e fio dental. Tomamos mais um lanchinho (só pra variar) e embarcamos. Tudo ok, partimos após as 17:00 no vôo direto a Bogotá. Pouco depois de 5 horas de viagem chegamos e, depois do desembarque lento, pegar as mochilas (mais lento ainda) e passar pela migração conseguimos sair da área de desembarque. Ficamos igual baratas tontas andando de um lado pro outro atrás de fazer câmbio, pq só tínhamos dólares e reais. Enfim um carinha começou a falar com o Wesley e foi atrás de um conhecido que trocaria grana pra gente! Claro que ficamos com o pé atrás, então decidimos trocar somente o básico pra poder pegar um táxi e pagar o hostel. O cambista chegou e ofereceu uma cotação de 1.800 pesos por dólar, bem abaixo do esperado, mas no fim o cara se enganou e pagou 1.875 pesos por dólar, o que já ficou bem melhor! Ficamos de boca fechada e pegamos a grana rapidinho. Combinamos de apenas um trocar grana e depois a gente dividiu o valor por todos até o dia seguinte, quando cada um trocaria suas doletas! (Aeroporto El Dorado em Bogotá. Desembarque) O mesmo carinha que conseguiu o cambista foi atrás de um taxista pra nos levar ao hostel. Eu sempre fico com o pé atrás com essas coisas, pq eu gosto de escolher (geralmente ao acaso) um taxista oficial, pq já tivemos situações desagradáveis antes.... Mas como era tarde e todos muito cansados, resolvemos ver no que ia dar... Eis que surge o Sr. Ernesto Soares, dizendo que ia levar os 6 pq tinha uma caminhonete grande e tal... Fomos atrás do dito cujo com nossas mochilas pesadas... Ele foi em direção a duas vans novinhas daquelas Hyundai pra 10 passageiros (quem já foi pra Peru, Chile ou Colômbia, sabe qual é). Aí e eu perguntei: é uma dessas? Ele disse: não, mas a que eu tenho é igual! Fiquei animado, pq essas vans são grandes e confortáveis... Chegamos ao estacionamento e aí veio a grande surpresa! Aliás, chamar de grande só pode ser piada! O cara tinha uma micro van daquelas do tamanho de uma Towner! Só faltava ter uma placa de anúncio de hot-dog! Não tinha nem bagageiro e o cara colocou todas as mochilas cargueiras no banco da frente ao lado do banco dele e nós viemos amontoados naqueles bancos de trás super pequenos. (Quarto de casal no Alegria's Hostel, Candelária, Bogotá) Até o hostel foram 35 minutos que duraram uma eternidade naquele aperto! Mas enfim, o valor cobrado (30 dólares) dividido pelos 6 seria um bom preço. Chegamos ao Alegria’s Hostel (COP 22.000 em quarto coletivo sem wc), na Candelária, onde o recepcionista Eduardo já aguardava a gente. Cara bem gente boa e educado! Nossa reserva era para um quarto com 6 camas, mas houve algum contratempo e ele colocou 4 em um quarto com 2 beliches e eu e a Tina em um quarto de casal (saí no lucro hehehe). Todos os quartos eram com wc compartilhado. Aliás a água era bem quente e não tivemos problemas com filas pra usar o banheiro. Comprei duas garrafas pequenas de água (COP 4.000) e fomos dormir, afinal a gente já estava bem cansados! Editado Janeiro 15, 2014 por Visitante Citar
Membros de Honra Pericles David Postado Janeiro 13, 2014 Autor Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2014 (editado) 21/09/2013 – Voando para Quito.... será???? Acordamos muito cedo. Apesar dos alarmes programados pra despertar cedinho, acabamos acordando antes... Deve ser o fusorário. O café-da-manhã era incluso, mas a gente decidiu sair antes pra aproveitar bem a curta manhã na cidade. O Orlando e a Ângela só teriam esse tempo pra dar um rolé por Bogotá, já que voltariam pro Brasil antes da gente e não teriam tempo de conhecer quase nada da cidade. A gente já tinha escolhido ficar no bairro da Candelária, por considerar que é o melhor lugar pra conhecer a parte histórica de Bogotá, incluindo alguns museus... (Caminhando pela Candelária. Bogotá) Fomos até a Plaza de Bolívar, onde ficam os principais prédios históricos da cidade. Andamos pelos arredores e encontramos uma frutaria e cafeteria, a El Septimazo e decidimos entrar pra tomar o desayuno (COP 3.950 pra cada um). De cara pedimos arepas, buñuelos e outros bolinhos típicos, mas não gostamos de nenhum! Mesmo aqueles que são salgados tem uma massa adocicada e nenhum de nós curtiu essa mistura! (Catedral de Bogotá) Continuamos andando e fomos até o Museo Del Oro. Lugar interessante! Mas acabou sendo o único museu de nossa viagem. Nem mesmo o museu do Botero conseguimos ir. Logo depois fomos até uma galeria de artesanatos chamada Casona Del Museo, bem em frente ao museu. Já era hora do almoço e a Tina estava com bastante fome, pq não tinha conseguido comer nada no café. Então encontramos uma lanchonete bem legal, chamada Kaldivia Café. Eu não quis pedir comida pq tava sem fome, então fiquei só no suco, mas a Tina pediu um lanche (COP 7.500 para os dois). Uma única moça atendia o balcão, as mesas e o caixa e até agora eu me espanto de ver como ela era ágil, pois já estive em muitos outros lugares em que tinha uma pessoa para cada função e demorava muito mais pra atender!! Por ela estar sozinha o pedido demorou um pouco e até a gente terminar de comer já era umas 11:20h. Nosso horário de check-out era 11:00h e a gente deveria ir pro aeroporto nessa hora também, ou seja, chegamos mais tarde ao hostel, e ainda bem que não cobraram nenhuma taxa extra! E só depois de alguns minutos fomos conseguir um taxi e colocar nossas coisas na maior correria! Partimos pro aeroporto e quando cheguei lá fui arrumar meu mochilão e tirar os remédios pra por na bagagem de mão, por causa da migração. Dei falta de todos os meus remédios! Só pra registrar, tenho que tomar remédio para pressão, entre outros... Fiquei apavorado e comecei a revirar tudo e cadê minhas coisas.... só depois de alguns minutos fui me lembrar do que aconteceu! Antes da gente sair eu fiquei com medo de deixar meus eletrônicos no quarto (que tinha janela direto pra rua) e coloquei no cofre do hostel, junto com os remédios!!! Na correria de pegar o taxi eu esqueci tudo lá! Nessa hora eu pensei: “tenho que voltar e buscar tudo”... Mas aí na mesma hora eu lembrei que a gente iria voltar pra Bogotá, e que eu poderia mandar um e-mail avisando o hostel pra não mexer no cofre... restava só encontrar pelo menos os remédios essenciais de uso regular na farmácia do aeroporto. Dito e feito, encontramos o mesmo remédio e só então fiquei tranqüilo (COP 42.000, muito caro!). Nosso vôo era as 2:00h da tarde e saiu na hora prevista. Chegamos em Cali para uma conexão e aí veio mais uma surpresinha!... O pessoal da Lan (um bando de moleques, tanto na Colômbia como no Equador) disse que estava muito mau tempo em Quito e que a gente não poderia descer lá, que a gente ficaria em Cali e pior, sem direito a nada.... Isso foi só o começo pq a gente começou a engrossar pro lado deles e exigir cada hora mais explicações e direitos! A cada vez eles diziam uma coisa diferente e o tempo foi passando! Ao mesmo tempo um grupo de umas 20 pessoas da 3ª idade, todas a passeio, também estavam na mesma situação que nós. Aí vieram dizer que se eles desistissem de ir, sobraria lugar pra gente no próximo vôo que pudesse descer em Quito... tudo mentira! (Em Cali, quando chegamos, sem saber o que viria...) Enfim, pra resumir, passaram-se algumas horas e então vieram dizer pra gente que eles iam colocar todos em um hotel e o translado seria por conta deles, e a janta e o café-da-manhã do dia seguinte também. Então, já que não tinha outro jeito, exigimos nossas bagagens pra poder ir pro hotel e tomar um banho. Só que aí veio mais um monte de lorotas e no fim o carinha trouxe apenas meu mochilão e o do Wesley. Todos os outros estariam na bodega e a “polícia” não estaria deixando pegar nenhuma outra! Tudo mentira novamente! Fomos hospedados no Hotel MS Centenário, no centro de Cali. Lá fomos muito bem tratados pela equipe do hotel. Era muito bom, com quartos enormes e banheiros de primeira! As oito da noite chegou nossa janta (marmitas). Estava boa, ainda bem! Logo depois que comemos avisaram que as bagagens chegaram... Descemos ansiosos, mas cadê as nossas! De todo o pessoal que estava lá, somente as nossas 4 mochilas restantes não apareceram! Sabe por que? Porque elas foram despachadas para Quito e DESCERAM lá!! Ficamos putos com isso! Mandaram apenas 2 kits de higiene e pijamas, um pra mim (pq a bagagem da Tina estava em meu nome) e outro para o Orlando. A Janete e a Ângela ficaram sem kit e sem explicações! Mesmo com todos esses tropeços resolvemos sair e andar um pouco. Tinha um shopping bem em frente ao hotel, o Centro Comercial Centenário, e fomos lá pra bater perna e distrair. Tomei um sorvete não muito bom (COP 4.100). Depois fomos tomar umas cervejas no Café de Los Turcos, ao lado do hotel (COP 11.900 para os dois). Foi bem divertido e conhecemos um garçom pra lá de engraçado, o Vitor Hugo, figuraça! (Tentando comemorar em Cali...) Bem em frente ao bar onde a gente estava tinha um restaurante. Como a gente passou um bom tempo por ali, percebemos que na entrada do restaurante de tempos em tempos chegavam garotas bonitas, usando roupas curtas, bem curtas. Elas chegavam geralmente de taxi e ficavam um tempinho paradas e, de repente, aparecia algum sujeito em um carrão e então elas entravam. Esse movimento se repetiu diversas vezes enquanto a gente tomava umas cervejinhas. É claro que se tratavam de garotas de programa, só achamos estranho o local, tão na vista de todos, ao lado do shopping e em frente a bares, restaurantes e hotel. Normalmente os clientes preferem lugares mais discretos pra não serem flagrados... coisas de Cali.... Depois da cerveja só restava dormir e ver no que ia dar o final daquela história toda em Cali! O Orlando e a Ângela foram colocados em um vôo às 6:00h da manhã, coitados! Teriam que acordar muito cedo pra ir pro aeroporto. Eles tinham a missão de chegar ao hostel Marsella, em Quito, e conversar a respeito da nossa reserva que foi adiada por conta do vôo perdido. Editado Janeiro 14, 2014 por Visitante Citar
Membros de Honra Pericles David Postado Janeiro 13, 2014 Autor Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2014 (editado) Dia 22/09/2013 – Agora sim, rumo a Quito! Como nosso vôo seria somente às 11:00h acordamos tarde e tomamos o café-da-manhã sossegados. Aproveitei a boa vontade da recepcionista e tentei ligar no Alegria’s Hostel. Não consegui, então ela se ofereceu pra enviar um e-mail em nome do Hotel MS avisando sobre o conteúdo do cofre e que eu faria uma reserva oficialmente, para nosso retorno. A apenas uns 20m do hotel estava a Iglesia Del Sagrado Corazón e naquela manhã estava tendo missa. Eu e a Tina fomos até lá, mas infelizmente já estava no final. Fizemos orações pedindo para que tudo desse certo e voltamos ao hotel. A van chegou às 9:30h pra buscar a gente e o trajeto foi bem rápido, afinal era domingo! Chegando no aeroporto vi uma daquelas empacotadoras de bagagem e como o preço estava bom (COP 10.000) resolvi proteger a mochila cargueira. Nosso check-in foi na Avianca, onde a Lan nos encaixou! Esse procedimento começou a demorar demais e perguntamos o que tava acontecendo. A atendente disso que havia um problema com o imposto. A gente entendeu que era pra gente pagar 70 mil pesos de impostos cada um, mas no fim descobrimos que eles é que estavam devendo essa grana pra gente (até agora não entendemos o porquê, mas quem quer saber, né? kkk). Ficamos muito surpresos e felizes! Era uma boa quantia! Dava mais que o valor perdido na diária do hostel em Quito! Enquanto a gente aguardava o embarque a Tina comprou uma batata frita que estava bem salgada e sal na altitude não é nada bom, ainda mais pra quem tem pressão alta hehehe (COP 4.000). Ao embarcar outra surpresa boa! A gente foi colocado na classe executiva! Êita fubazada chique demais! Nunca pensei que um dia eu ia conseguir viajar do lado de lá da cortininha kkkkkkkkkk. Antes do embarque a gente aproveitou pra dar uma zoada no povo da Lan e dissemos: “Que engraçado, a gente não conseguiu descer em Quito, mas nossas bagagens puderam, estranho, né?” Eles ficaram super sem graça, pq era óbvio que toda a lorota deles tinha ido por água abaixo! (Nóis é chique na executiva!) (Dá uma olhada no naipe da comida!) Voltamos para Bogotá e só 13:30h embarcamos num outro vôo direto pra Quito, também pela Avianca e de novo na executiva!! Agora a gente já tava se sentindo um povo filé! Kkkkkkkkk Chegamos depois de quase duas horas de vôo em Quito. Após o desembarque começou nossa luta para encontrar as mochilas extraviadas. Mais uma vez a Lan foi decepcionante! Fomos até o escritório interno da empresa no aeroporto e após muito tocar a campainha da porta uma funcionária apareceu dizendo que uma outra funcionária, responsável pelas bagagens estava no desembarque e iria nos atender. Fomos até lá e nada! Andamos de um lado pro outro... voltamos no escritório e já não tinha mais ninguém!! Então eu tive a idéia de ir até o centro de informações pra pedir ajuda. Eles foram muito prestativos e anunciaram 3 vezes (sim, 3x) no auto falante que um funcionário da Lan estava sendo solicitado. Ninguém apareceu!!! Então a menina das informações apontou um senhor que passava e disse: aquele homem trabalha no setor de bagagens da Lan. Imediatamente eu corri até ele e implorei por ajuda! Ele me disse: “fique tranqüilo, me espere aqui que daqui 5 minutos eu volto pra te ajudar!” Os minutos foram passando e nada do cara aparecer... foram 5, 10 minutos e nada... até que de repente ele voltou! Eu já estava achando que seria mais um que iria me deixar na mão!! Mas não. Ele foi até o fiscal e pediu pra nos deixar entrar no setor de desembarque. O fiscal permitiu, pq ele já tinha explicado a situação. Entramos e imediatamente vimos nossas mochilas amontoadas no chão, junto com outras bagagens e outros objetos extraviados. Foi um momento em que nos emocionamos! Na hora peguei uma grana e falei pro funcionário da Lan (o nome dele é Fred): aceite essa recompensa! Ele se recusou e eu tive que colocar na mão dele à força e dizer: por favor, aceite!!! Esse senhor, chamado Fred, foi pra mim o maior exemplo de caráter durante nossa viagem! Me fez lembrar o taxista de Calama (Chile-2011) e também o taxista de La Paz (Bolívia-2012). Parece que em cada viagem sempre tem alguém que dá um grande exemplo de dignidade!!! Com nossas mochilas nas costas e os olhos cheios d´água saímos rumo ao nosso hostel. Foi praticamente uma hora de taxi entre o aeroporto e o hostel (U$ 13,00) e, quando finalmente chegamos já estava escurecendo! Nossa alegria foi maior ainda quando vimos a Ângela e o Orlando esperando a gente! Eles tinham conseguido as mochilas e estavam bem! O dono do hostel, chamado Estuardo (...que nome heim??) foi camarada e fez um desconto na diária perdida da noite anterior (U$ 43,00 por 2 diárias e meia em quarto de casal com wc coletivo). Agora sim, nossa viagem estava começando de verdade!! Até que enfim!! Então pra comemorar fomos jantar no setor da Mariscal, por indicação do Estuardo. Pegamos um taxi que concordou em levar todos nós (U$ 1,40 para cada). A gente não tava conseguindo nenhum taxi, então, pedimos pro primeiro que conseguimos pra levar todos e ele concordou. (Jantando na região da Mariscal) Os restaurantes já estavam fechando, mas deu tempo de comer em um deles. Por conta de uma lei nacional que o presidente Rafael Correa impôs, as bebidas alcoólicas estavam proibidas no domingo, então, não foi possível experimentar uma cervejinha Equatoriana! Ficamos no suco mesmo, mas a comemoração foi igual (U$ 12,00 para cada)!! Voltamos pro hostel pra dormir logo, afinal o dia seguinte prometia! Editado Janeiro 14, 2014 por Visitante Citar
Membros de Honra Pericles David Postado Janeiro 13, 2014 Autor Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2014 (editado) 23/09/2013 – A viagem começou de verdade! O Hostel Marsella não tinha café-da-manhã, então o Estuardo (putz... não consigo me acostumar com esse nome... hehehehe) indicou um lugar muito bom e próximo. Era um tipo de lanchonete, especializada em frutas, a Fruteria Monserrate (U$ 3,50 para os 2)! (Banca de frutas na praça) Depois do café havia um tiozinho vendendo porta moedas em frente a frutaria. Como a gente iria utilizar muitas moedas no Equador resolvemos comprar 2 (U$ 3,00) por conta da praticidade. Fomos em busca do ponto de ônibus que nos indicaram pra chegar até o ramal que nos levaria ao parque Mitad Del Mundo. A estação Santa Prisca (cada nome!!) fica próxima à Basílica del Voto Nacional, que é majestosa! Pegamos o ônibus que é um alimentador do ramal central do Metrobus e em alguns minutos chegamos à estação. Lá trocamos de ônibus e entramos em um que tinha o destino final exatamente o parque Mitad Del Mundo. O ingresso dava direito a entrada principal (U$ 3,00) mas outras atrações eram pagas à parte. O parque é grande, mas não tem muitos atrativos interessantes. Tem o insetário, planetário, museu etnográfico (único que fomos), entre outros. Há também vários restaurantes e lojinhas de artesanatos. A grande atração mesmo é a linha do Equador. A coisa mais legal que aconteceu foi a gente ter chegado exatamente no dia do equinócio, em que o sol estaria no seu ponto mais reto ao meio dia!! Ficamos esperando o horário até que o sol ficou tão perpendicular que o mastro que indica a linha do Equador não tinha mais nenhuma sombra! Fiz até um pequeno vídeo desse momento! (Cada um de um lado do mundo! No parque Mitad Del Mundo) Logo depois subimos no museu etnográfico (U$ 3,00) e fomos até o terraço, onde está a escultura do planeta Terra. De lá dá pra tirar boas fotos pq a vista é muito bonita. Almoçamos no restaurante La Catanga, que tem uma sacada de frente para o museu etnográfico, e eu fiz questão de me sentar bem no meio da linha, pra almoçar nos dois hemisférios ao mesmo tempo...kkkkkkk (U$ 13,00 para os 2). Como há várias lojinhas de souvenires dentro do parque fomos comprar algumas lembranças. Eu acabei comprando um chapéu típico (U$ 7,00) já que a praia era um dos destinos e o sol estava bravo! Aproveitamos também pra carimbar o passaporte com o símbolo do Mitad Del Mundo. Saímos do parque e fomos pegar outro busão pra voltar. A gente tinha decidido subir o vulcão Pichincha, apesar de já ser um pouco tarde. No Metrobus tinha um carinha cabeludo tocando violão e cantando uns clássicos do rock. O melhor foi quando ele cantou Hotel Califórnia do Eagles... massa! Depois de algumas dúvidas conseguimos pegar o busão que deixou a gente em frente a entrada principal pra subir o vulcão. Ali, tem um micro-ônibus que leva até a portaria, pq a pé o trecho é um pouco longo e bem íngreme. Compramos os ingressos para o teleférico (U$ 8,50) e entramos todos em uma cápsula que cabia exatamente 6 pessoas. Pra quem olha de longe, o trajeto do teleférico parece curto, mas levou cerca de 20 minutos pra ser percorrido! Em algumas cápsulas tinha um suporte próprio para carregar bicicletas. Na volta vimos um pequeno grupo de bikers que iam fazer um downhill. Achamos muito legal, já que todos nós somos ciclistas de trilha! A vista da cidade é incrível. Por incrível que pareça Quito é uma cidade relativamente plana e cercada de montanhas. Paisagem fantástica! Como já era tarde e começou um vento muito frio, fora o cansaço enorme depois de tantas coisas que já tinham acontecido, resolvemos não fazer a trilha até a cratera do vulcão, pq levaria um pouco mais de uma hora pra chegar lá e quando a gente voltasse já estaria escuro e mais frio ainda! (No topo do Pichincha, com Quito ao fundo) Voltamos de teleférico até a portaria e pegamos novamente o micro-ônibus pra descer até a entrada principal. Mas aí, ao invés de pegar um taxi pra voltar ao hostel, decidimos ir descendo à pé. Paramos em uma pequena mercearia onde havia cabines telefônicas para ligar para o Brasil (U$ 4,75). Durante toda nossa viagem achamos mais difícil a comunicação por telefone pq tinha poucas cabines nos lugares que fomos. Era mais difícil de encontrar. Quando a gente já estava mais perto do hostel resolvemos ir direto a um lugar pra comer. Decidimos ir a algum shopping, pq alguns queriam comprar algumas coisas e o comércio em geral estava fechado. Foi muito difícil conseguir taxi pq a gente precisava de dois carros (U$ 0,65 para cada). Quase que o grupo se dividiu, pq cada taxi seguiu um caminho diferente e, mesmo parando no mesmo shopping, os lugares onde os carros pararam foram diferentes. Mas a gente se encontrou rapidinho e fomos jantar. Comemos (U$ 6,25 para os 2), alguns compraram o que precisavam, tomamos um sorvete de sobremesa e voltamos ao hostel. Editado Janeiro 13, 2014 por Visitante Citar
Membros de Honra Pericles David Postado Janeiro 13, 2014 Autor Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2014 (editado) 24/09/2013 – Dando uma de turistão! Nosso café-da-manhã desse dia foi na mesma frutaria do dia anterior e fizemos o mesmo pedido. Assim que terminamos, resolvemos seguir até o Parque La Carolina, local onde o Estuardo disse que sairiam os ônibus do City Tour (U$ 12,00). Esse passeio já tinha sido bem recomendado por outros mochileiros e, mesmo sendo caro e bem típico de turista, eu acho prático quando não se tem muito tempo na cidade. Pegamos um ônibus e rapidinho chegamos. Acabamos descendo bem perto do Estádio Olímpico Atahualpa e passamos em frente a um grande shopping. Dois quarteirões abaixo já encontramos o Parque e também uma pequena banca onde eram vendidos os ingressos do passeio. Só que estava fechado e ao lado tinha uma tabela com os horários. O próximo sairia dali uma meia hora e então fomos caminhar um pouco no parque. O lugar é bonito e muito bem cuidado. Há pista de caminhada e de ciclismo, muita área gramada e vários playgrounds. Avistamos um avião enorme e antigo, usado como brinquedo para crianças. Quando a gente estava distraído tirando fotos, um de nós viu que o ônibus tinha chegado. Só então percebemos que estava em cima da hora do próximo passeio. Saímos feito doidos no meio do parque pra não perder o ônibus, pq senão a gente só poderia ir depois de uma hora e isso seria péssimo! A gente se atrasaria pra ir pra Latacunga, nosso próximo destino. Conseguimos chegar a tempo, pagamos o ingresso (uma fortuna para os padrões equatorianos!) e aguardamos a saída do City Tour. De acordo com o roteiro, todo o percurso duraria cerca de 3 horas. Mas reparando bem no mapa eu sugeri que a gente parasse antes, descendo na Igreja Basílica del Voto Nacional pq a partir dali, o próximo ponto de parada seria na entrada do vulcão Pichincha, onde já tínhamos ido e depois o retorno ao ponto de partida. Seria um trecho de uns 40 minutos que acabamos economizando no fim. Como todo City Tour esse passou por lugares interessantes e bonitos, mas não prestei atenção em nada do que o guia/narrador disse... kkkkkkkkk. Em todos os pontos numerados no mapa havia opção pra gente descer e passear até a vinda do próximo ônibus, mas não ficamos em nenhum desses lugares. A única parada de 20 minutos para todos era no alto de um morro onde há uma estátua gigante de um anjo (que pra mim representa Maria descrita no livro do Apocalipse). Nesse lugar tinha umas barraquinhas de artesanato e comidas. Aproveitamos pra ir ao WC e olhar alguns artesanatos. No trecho da volta, conforme combinado, descemos perto da Basílica del Voto Nacional, que só o Orlando e a Ângela tinham conhecido. É realmente uma construção magnífica, em estilo gótico, com detalhes da cultura do país (U$ 1,00 para entrar em horários que não tem missa). (Basilica del Voto Nacional) Já era hora do almoço e eu tinha visto um pequeno restaurante, numa galeria abaixo da igreja. Era bem simples e todos toparam almoçar ali. Foi nosso primeiro menu turístico e, por apenas 2 dólares tivemos uma ótima sopa de entrada, um prato principal (que cada um pôde escolher), salada e um copo de suco. A maioria quis macarrão com carne e eu escolhi frango com arroz. Só pra variar a salada vinha com abacate e quase ninguém gostava. Bem, pra dizer a verdade só eu gostava! Então, pela primeira vez, depois que todos acabaram de comer, pedimos açúcar para a dona do restaurante e a Tina e a Ângela amassaram o abacate em um prato separado, misturaram com o açúcar e pimba! Sobremesa instantânea! Depois do almoço fomos a pé para o hostel, que estava perto dali. Pegamos nossas mochilas e o Estuardo explicou qual o terminal a gente precisava ir. Chamamos 2 taxis por telefone e rapidinho eles chegaram. Entramos eu, a Tina e a Janete no primeiro e o Orlando a Ângela e o Wesley no segundo. A gente chorou pro taxista e ele acabou fazendo o percurso todo, que era longe pra caramba, por 8 dólares. Nossos amigos tiveram menos sorte e acabaram desembolsando 12 dólares pela mesma corrida no outro carro! E ainda tiveram que aturar um motorista que falava mais que o homem da cobra! Chegamos ao terminal sul, chamado Terminal Interprovincial Quitumbe, praticamente fora da cidade! Entramos e fomos ver as passagens para Latacunga. Como já é comum nesses terminais, sempre tem uns caras gritando o nome das cidades e oferecendo passagens. Aí a gente viu que tinha um busão saindo pra lá em 5 minutos (U$ 1,75). Perfeito! Enquanto a gente comprava as passagens encontramos um cicloturista em uma bike Cannondale com suspensão Lefty. Como todos nós somos bikers, já trocamos uma idéia com o cara. Ele estava fazendo alguns trechos mais perigosos de busão e também estava indo pra Latacunga. Como a gente estava em cima da hora, foi só o tempo de encontrar a plataforma e embarcar. A Tina ainda conseguiu comprar um tipo de doce de goiaba para sobremesa (U$ 1,00). Passei uma conversa no “rodomoço” e entramos todos com as cargueiras na parte de cima. Como ele queria clientes não implicou na hora, mas depois de uns 20 minutos de viagem veio perguntar se os lugares ocupados pelas mochilas seriam pagos. Apenas o Orlando, a Ângela e a Janete estavam com as mochilas nos bancos e apenas colocaram abaixo das suas pernas, então o carinha não implicou mais! A viagem dura menos de 2 horas e no caminho já avistamos alguns vulcões, inclusive o Cotopaxi, nosso grande objetivo por lá! Chegamos ao terminal terrestre e tivemos que tomar 2 taxis de novo (U$ 2,35). Só que dessa vez demos azar. O grupo que pegou o outro taxi conseguiu chegar bem antes e nós, por muito pouco, fomos impedidos de entrar na rua que seria a mais próxima pra chegar ao Hostal Tiana, bastante indicado por outros mochileiros. Isso aconteceu pq chegamos na época da maior festa da cidade, chamada de Fiesta de La Mama Negra. Por isso a maioria das ruas centrais da cidade estavam sendo impedidas. Mais tarde passariam ali diversos cortejos (ou blocos... não sei o nome) para a festa. Depois de rodar por quase uma hora resolvemos parar e descer 4 quarteirões abaixo do hostel, pq não teria como chegar mais perto. Subimos cansados com nossas cargueiras e logo encontramos o pessoal que já estava esperando fazia tempo! Infelizmente não tinha mais vagas no hostal, mas pelo mesmo preço conseguimos ótimos quartos no Hotel Cotopaxi apenas um quarteirão de distância dali, só que sem café-da-manhã (U$ 40,00 duas diárias para os 2 em quarto de casal com wc privativo). A galera que tinha chegado antes já tinha pesquisado sobre os passeios e resolvemos fechar a subida ao Cotopaxi com o Hostal Tiana, que já tinha sido bem recomendado. Fechamos o passeio com o downhill de bike pelo vulcão incluso (U$ 50,00). A festa da Mama Negra mobiliza a cidade toda e, mais uma vez, tivemos a sorte de chegar em um dos dias mais festivos. Assim que a gente se acomodou nos quartos e tomamos um banho, partimos pra ver como era a festa. (Festa da Mama Negra) Esperamos em uma esquina, próxima a uma pequena praça, onde a visão seria melhor e depois de alguns minutos a imensa caravana começou a passar. Pessoas fantasiadas passavam distribuindo muita bebida para todos os que queriam. Cada fantasia tinha um significado, mas não conseguimos saber todos pq eram muitas! A Tina foi escolhida por um grupo de mascarados e recebeu um ritual, com direito a cusparada de bebida forte que impregnou seu cabelo e roupa! A Janete fez questão de experimentar uma das bebidas! A impressão que deu é que havia vários blocos pq a cada quantidade grande de foliões havia uma bandinha e as fantasias se repetiam. O que mais impressionou foram os estandartes muito pesados, carregados por homens e até por crianças. Esses estandartes eram feitos com um porco adulto inteiro e sem as vísceras, pronto para ser assado. Ao redor do porco havia muitas garrafas de bebida, frangos depenados e muitos cuys pelados, todos prontos para ir ao forno! Depois de mais ou menos uma hora que a gente estava ali, resolvemos ir jantar, pq a fome estava grande e pelo que vimos não ia parar de passar foliões tão cedo! Aliás a festa entrou madrugada a dentro! O comércio estava praticamente todo fechado e encontrar um restaurante aberto foi uma tarefa super difícil. Acabamos encontrando uma lanchonete fast food especializada em frango. Sem muitas opções acabamos entrando e jantamos ali mesmo (U$ 6,25 para os 2). Voltamos para o hotel pra dormir depois de um dia muito longo!! 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Membros de Honra Pericles David Postado Janeiro 13, 2014 Autor Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2014 (editado) Dia 25/09/2013 – O desafio do Cotopaxi. Acordamos bem cedo e, como o hotel não oferecia café-da-manhã fomos até o Hostal Tiana onde já tinham sugerido que a gente comesse por um preço bacana (U$ 2,50). Chegamos e ainda não tinham servido o café, então esperamos um pouco. Pouco depois do café saímos para o passeio, nós 6 e mais 3 canadenses, um holandês e 1 chinês. Compramos 3 garrafas de 1L de água (U$ 3,00) para o passeio. O trajeto durou mais ou menos uma hora, por uma estrada muito boa. Durante quase todo o tempo fomos avistando o Cotopaxi. O tempo não estava ajudando muito, pois o céu estava cheio de nuvens e parecia que ia encobrir totalmente o vulcão. Tivemos sorte e quando chegamos as nuvens maiores já tinham ido embora e também não choveu. A primeira parada foi na entrada do parque, onde existe uma lanchonete grande. Aproveitamos pra tomar um chocolate quente (U$ 1,50) e ir ao wc. Continuamos mais um pouco e paramos em um tipo de museu, onde tivemos uma rápida explicação sobre o Cotopaxi e os outros vulcões próximos, Chimborazo, Ilinizas, Tungurahua, Cayambe e Antisana. Nesse lugar o frio já estava batendo doído! Não levamos muitos agasalhos, mas pusemos quase tudo o que a gente tinha pra enfrentar o ar gelado. Esse era o lugar mais frio da nossa viagem. Finalmente chegamos ao estacionamento já perto do primeiro abrigo do vulcão. O trecho entre o estacionamento e o abrigo devia ser percorrido a pé e aí veio o meu maior desafio durante nossa viagem. Com um problema sério nas pernas eu tive muita dificuldade pra percorrer aquela curta distância na altitude e no frio que a gente estava. Depois de mais ou menos uma hora consegui chegar ao abrigo! Eu, a Tina e o Wesley resolvemos ficar por ali mesmo, pq a gente estava sentindo muito o esforço! A Janete o Orlando e a Ângela resolveram seguir com o grupo até o glaciar. (Preparando para encarar o Cotopaxi) Enquanto a gente aguardava a volta dos amigos eu avistei uma pequena raposa. Ela passou rapidamente por nós, mas deu tempo de tirar uma foto. Depois voltamos para o estacionamento, pra esperar por eles no carro e, quem sabe, escolher uma bike melhorzinha pra fazer o downhill. Pra nossa surpresa a raposinha resolveu ir até o estacionamento também, então tive a oportunidade de tirar muitas fotos dela! Depois de uns 40 minutos a galera desceu e então fomos colocar os equipamentos de segurança e pegar as bikes. Os gringos, trataram de pegar as bikes melhores rapidinho enquanto a gente se equipava e sobraram só as meia boca pra gente! Fazer o que? Eles foram mais espertos! Kkkkk. Não tivemos muitas instruções para a descida. A estrada era tranqüila e a equipe iria acompanhar a gente com a van. (Prontos para o Downhill) Os gringos saíram voando e nós, apesar de acostumados a pedalar ficamos para trás com aquelas bikes desreguladas. O downhill no vulcão é muito sossegado, principalmente pra quem já fez o trajeto da “Carretera de La Muerte” na Bolívia! A estrada era bem larga com poucos trechos mais perigosos. A descida é rápida e logo chegamos ao trecho praticamente plano. Logo adiante paramos na laguna Limpiopungo, aos pés do Cotopaxi. É uma laguna que não tem nada de mais. Dizem que se vc der a volta nela poderá tirar fotos do vulcão refletido em suas águas, mas não quisemos ir. O passeio de bike segue até a entrada do parque, mas eu já estava bem satisfeito e como o restante do trecho seria apenas pela estrada de asfalto praticamente plano resolvi parar por ali mesmo e poupar minhas pernas que já doíam muito. A Tina resolveu parar também pq estava sentindo muita dor de cabeça. Entramos na van enquanto o restante seguia o percurso. Mais adiante a Ângela resolveu parar também pq estava sentindo náuseas por causa do mal da altitude! E ela foi piorando até que não agüentou e vomitou! O motorista da van parou imediatamente, mas ao invés de perguntar se ela estava bem, a primeira coisa que perguntou é se tinha sujado o banco e o assoalho da van PQP que mala! Mas ela, percebendo o que ia acontecer, pegou rapidamente o saquinho onde tinha vindo nosso lanche e fez o serviço nele! Paramos mais uma vez no museu para aguardar a galera que estava mais lenta no pedal. Depois seguimos para a portaria do parque onde tomamos mais um chocolate quente e descansamos um pouco. Logo depois voltamos para Latacunga e fomos direto fechar o passeio à laguna Quilotoa para o dia seguinte também no Hostal Tiana (U$ 35,00). Voltamos para o hotel, tomamos um belo banho e tiramos um cochilo pq a gente estava quebrado! Quando eram umas sete da noite, conforme a gente tinha combinado, saímos para jantar. Resolvemos ir a uma pizzaria que pertencia ao filho do dono do hotel. A Pizzeria Buona. Quando chegamos vimos uma portinha pequena e uma fachada muito discreta. Desconfiamos um pouco do lugar, mas quando entramos vimos um espaço muito amplo, limpo e organizado. Todo mundo estava com vontade de comer uma salada e então pedimos uma para mim e a Tina, uma para o Orlando e a Ângela, uma para o Wesley e outra para a Janete. Também pedimos uma pizza grande para todos. Quando a salada chegou quase caímos para trás! Cada uma delas era enorme e se a gente soubesse tínhamos pedido uma só para todos! Ainda sobrou espaço para uma bela sobremesa: morango com creme No fim o jantar saiu “caro” pra cada um (U$ 9,30). Depois da janta fomos dormir, afinal o cansaço estava enorme e até ali nenhum de nós tinha parado! Tudo estava muito intenso e non stop! (Jantinha com pouca salada!) Editado Janeiro 13, 2014 por Visitante Citar
Membros de Honra Pericles David Postado Janeiro 13, 2014 Autor Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2014 (editado) Dia 26/09/2013 – Laguna Quilotoa Mais uma vez acordamos cedo pra tomar café no Hostal Tiana. Chegamos um pouco antes de servirem. Quando serviram eu procurei pelo leite e não encontrei. Depois que eu já tinha sentado pra comer vi que um rapaz tinha colocado algumas canecas com leite. Fui até o balcão e perguntei se aquele leite era para todo mundo. Pra falar a verdade entendi errado o que o rapaz disse! Ele disse que era para “pintar com café” e entendi que era para por café na caneca e tomar, mas o que ele disse é que era para por um pouco de leite na xícara onde a pessoa colocou o café! Mancada graúda kkkkkkk. Ainda bem que tinha o chinês do passeio na mesa ao lado que fez a mesma coisa que eu e então não passei vergonha sozinho! Saímos para o passeio e o trajeto durou um pouco mais que o do dia anterior. Fizemos uma rápida parada para tirar fotos no Cañon Del Rio Toachi. O guia disse que o cânion era formado pela descida da lava do extinto vulcão Quilotoa, mas observando bem, dava pra ver que a formação era igual à erosão causada pela água! Em seguida fomos direto para o pequeno vilarejo no topo da cratera do vulcão Quilotoa. A Laguna é maravilhosa e é vista em sua totalidade do topo da cratera. O guia então avisou que na hora do almoço ele iria chamar todos pra ir a um pequeno restaurante e quem quisesse poderia descer até a margem da laguna. Por causa da inflamação na perna eu decidi não descer, pq a subida seria punk! A Tina e o Wesley também não quiseram, então foram o Orlando, a Ângela e a Janete. Enquanto eles desciam nós ficamos tirando fotos. Fomos até um restaurante/hostel e tomamos um chocolate quente (U$ 1,50). (Lugar bonito demais!) Quando estávamos andando a toa um dos guias nos chamou pra ir até o pequeno restaurante onde seria nosso almoço. Eu perguntei para o dono se na vila tinha alguma cabine telefônica pra ligar para o Brasil. Ele disse que não, mas que ele tinha um telefone via satélite, ou algo do tipo, que eu poderia usar e o preço não era tão caro. Imediatamente eu e a Tina topamos e ele foi buscar o aparelho que era igual a um telefone fixo, só que usava tecnologia celular. Fizemos a chamada dali mesmo e pudemos matar um pouco a saudade dos nossos filhos (U$ 15,00)! (Matando a saudade dos filhos) Como o cansaço estava acumulado eu deitei em um dos bancos pra dar uma cochilada. Quando o dono me viu deitado, fez questão de oferecer um quarto pra mim e para a Tina, como cortesia, bem ao lado do salão do restaurante. Nesse vilarejo todos os restaurantes são também hostels. Fiquei muito feliz e agradecido. Então fomos deitar em uma cama limpa e confortável. Realmente o povo equatoriano é muito gentil! Mais ou menos uma hora depois o pessoal chegou da aventura de ir até a laguna. Estavam cobertos de poeira! Assim que eles chegaram nós almoçamos. Finalizada a visita voltamos para Latacunga. Como a gente já tinha combinado antes com o guia, levamos toda a nossa bagagem e ele nos deixou em uma rua onde saíam os ônibus para Ambato (U$ 1,00). De lá a gente pegaria outro para Baños (U$ 1,00). Chegamos no ponto e já tinha um ônibus pronto pra sair para Ambato. Embarcamos e pagamos a passagem já dentro dele, diretamente para o cobrador. Mais ou menos uma hora depois chegamos em Ambato. O ônibus mal parou e já tinha outro, na rua mesmo, saindo para Baños. Foi só o tempo de tirar as bagagens de um e colocar no outro! Saímos imediatamente e em pouco menos de uma hora chegamos a Baños. Dessa vez desembarcamos na rodoviária da pequena cidade! Eu já ia pegar o papel com as dicas de hospedagens e um rapaz veio oferecer quartos de um hotel em frente à rodoviária. Ele foi bastante insistente e cobrou um preço muito bom. (U$ 12,00 a diária em quarto de casal com wc privado)! Resolvemos ver os quartos e decidimos ficar ali mesmo. A proposta era para ocupar um quarto grande, mas no fim ele mostrou um quarto de casal e outro com uma cama de casal e um beliche. Eu e a Tina ficamos no quarto de casal e por isso a diária saiu mais cara pra nós. O hotel se chama Encanto Natural. Tem quartos com wc privado, mas não oferece café-da-manhã. Deixamos nossas coisas nos quartos e saímos pra pesquisar sobre os passeios. Baños é uma cidadezinha muito pequena, mas bem aconchegante e acostumada a receber turistas. Fomos em algumas agências e na central de infos turísticas. De repente, passando por uma agência, a Estâncias Tour, vimos umas bikes interessantes e aparentemente muito boas. Resolvemos perguntar sobre o aluguel e o dono, um figuraça, deu uma idéia que achamos muito boa. Ele sugeriu nos levar até o alto do morro, no mirante Casa Del Arbol e dali a gente poderia descer de bike, fazendo um tipo de downhill e depois pegar a Ruta de las Cascadas. Resolvemos topar a idéia e deixamos tudo acertado para sair às 8:00 do dia seguinte (U$ 10,50). Com o passeio definido fomos jantar. Escolhemos o restaurante Bambu Steak House. O preço não era lá dos mais baratos, mas a comida era muito boa (U$ 22,00 para os 2). Voltamos para o hotel e eu perguntei ao dono onde tinha uma lavanderia, pra aproveitar o tempo que a gente ia ficar lá e lavar nossas roupas. Ele disse que poderia lavar nossas coisas no hotel mesmo e fez questão de mostrar as máquinas de lavar, no terraço. Cobrou um preço barato e então achamos uma boa idéia deixar as roupas pra lavarem ali (U$ 3,00). Mas, como nem tudo é perfeito, nesse meio tempo a esposa dele começou a implicar com a gente e até hoje não sabemos qual foi o motivo! Deixamos as sacolas com as roupas na recepção. Eu simplesmente enfiei todas as nossas roupas na sacola, sem nem mesmo contar! A Janete fez uma lista com tudo o que tinha colocado na sacola dela. Depois disso fomos dormir. Editado Janeiro 13, 2014 por Visitante Citar
Membros de Honra Pericles David Postado Janeiro 13, 2014 Autor Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2014 (editado) Dia 27/09/2013 – Rota das Cascatas e parabéns pra você! Acordamos por volta de 7:00h e saímos pra tomar café-da-manhã. Quando colocamos o pé pra fora da porta do hotel sentimos um cheiro maravilhoso de pão feito na hora! Bem ao lado tinha uma padaria e tinham acabado de tirar uma fornada de um pão meio doce, com recheio de coalhada (ou algum outro queijo meio azedo). Estava uma delícia e muito barato! Por apenas 1 dolar vinham 6 paes de tamanho médio. Em uma mercearia, do outro lado do hotel, compramos achocolatado de caixinha (U$ 0,30) e fomos até uma ponte próxima, onde sentamos na sarjeta e tomamos nosso café improvisado. Logo depois fomos direto até a agência para sair para o passeio do dia. O proprietário já estava aguardando e rapidamente chegou um outro senhor com uma pequena camionete. Atrapalhando o trânsito da pequena cidadezinha colocamos as bikes em cima e partimos para o alto do morro. Em alguns minutos chegamos. Conforme sugestão do motorista, deixamos as bikes todas cadeadas umas às outras e fomos até o mirante Casa Del Arbol. Subimos uns 50 metros à pé e já avistamos a pequena casinha construída no alto de uma árvore. Procuramos por algum responsável pelo lugar, já que havia um rádio ligado, mas ninguém apareceu. De repente o Orlando desenrolou um balanço pendurado em uma barra de ferro bem ao lado da casinha. Na hora eu fiquei muito feliz, pq lembrei da foto do perfil da mochileira Samantha Vasques, cujo relato da viagem ao Equador eu utilizei pra preparar a nossa viagem. Na foto ela estava exatamente naquele balanço. (Olha aí Samantha, matei minha inveja!! hehehehe) Eu nem precisei sugerir pra galera tirar fotos no balanço. Imediatamente o Orlando se sentou e mandou ver! Depois dele, um a um foram experimentando a sensação de balançar no abismo! Isso mesmo, o balanço fica bem no cume do morro e quando a gente embala ele se projeta sobre o abismo, centenas de metros abaixo!! Uma pequena tontura e babau, já era o cabra morro abaixo! Fui o último a me balançar, depois de tomar coragem vendo os outros fazendo o mesmo! Quando saí e eles me mostraram as fotos eu fiquei decepcionado, pq não aparecia o abismo nelas... então vai eu novamente me balançar no abismo pra tirar fotos melhores!! Kkkkkkk Na nossa frente havia um outro morro e em seguida já era o vulcão Tungurahua que não só está ativo como sua última erupção ocorreu em 2009! Mesmo assim nenhum de nós ficou com receio de estar tão perto desse gigante nervoso! Descemos até onde estavam as bikes e nessa hora chegou o senhor que mora/cuida do mirante. Ele nos cumprimentou educadamente, desejou um bom passeio, mas pediu uma contribuição. Dei umas moedas e ele ficou feliz. Começamos nossa aventura de bike que iria durar o dia todo. O primeiro trecho era de paralelepípedos mal conservados, então fomos bem devagar por causa dos solavancos. Assim que encontramos o asfalto a gente começou a se empolgar. Saí em disparada, curtindo pra caramba o vento na cara e a paisagem linda demais! Mais adiante o Wesley me ultrapassou, mais empolgado ainda. O restante do pessoal ficou bem lá pra trás. Só que a empolgação terminou na próxima curva! Sem conseguir manter o controle o Wesley acabou caindo na pequena valeta ao lado da estrada e a bicicleta travou, dando um pinote! Ele saiu voando sobre a bike e caiu girando o corpo, sendo atingido pela bike na sequencia. Eu estava logo atrás e parei imediatamente pra socorrer ele. Perguntei se ele estava bem e assim que ele disse que sim e se sentou eu pedi desculpas e caí na risada! Ajudei ele a tirar o capacete e fomos ver o braço pra verificar se tinha alguma fratura. Graças a Deus só escoriações leves. Do lado direito da cabeça ele fez um corte razoável, que começou a sangrar bastante, mas não seria necessário dar pontos. Nesse momento o restante do pessoal chegou. Como a gente estava na curva, uma caminhonete passou raspando então tiramos as bikes fora da estrada pra evitar mais acidentes. Uma das meninas pegou lenço umedecido e limpou os ferimentos dele. Começamos a conversar pra ver se a gente ia levar ele a um pronto socorro, mas ele estava muito decidido e se negou a ir! Quis continuar o passeio de bike! Então eu levantei a bike dele e vi que ela estava toda desregulada, mas não tinha amassado nada. Entrou um pouco de sujeira na caixa de direção, o que fez a bike ficar bem dura para manobras. Ele recolocou o capacete, que perdeu alguns pedaços, mas ainda dava pra usar e subiu na bike. Êita rapaz duro na queda! Guardamos os pedaços do capacete pra mostrar pro dono da agência, caso ele encrespasse com a gente! Se ele estivesse sem o capacete, provavelmente teria sofrido uma fratura no crânico (#ficadica!). Terminamos a descida, agora bem mais cautelosos, e sempre observando as reações do Wesley pra ver se ele precisaria ser atendido por um médico ou não. Logo no pé do morro passa a estrada que segue a Ruta de las Cascadas. Então só viramos à direita e continuamos o trajeto pela estrada. O movimento de veículos era muito intenso e tivemos que redobrar a atenção. Em muitos lugares a gente tinha que ir em fila ou subir nas calçadas pra não ser atropelados. Fazer a rota das cascatas de bike, além de ser mais saudável e barato permite que a gente possa parar com calma para conhecer cada uma das cachoeiras além de ir admirando a paisagem pelo caminho. Logo na entrada do caminho havia vários restaurantes e o cheiro estava de matar! A dona de um dos restaurantes nos convidou para almoçar quando a gente retornasse, lá pelas 3:00h da tarde (!). Pra mim, essa hora já seria o lanchinho da tarde kkkkk. Seguimos adiante e a primeira parada foi na cachoeira Agoyan. Tiramos algumas fotos e o pessoal se interessou pelo Canopi, que é uma tirolesa bem grande que atravessa o cânion da cachoeira. Eu disse que eles não precisariam fazer esse, logo de cara, afinal haveria muitos outros pelo caminho. Nessa hora já estava um pouco tarde e passava da hora do almoço. A Tina estava sentindo mal e precisava comer. Ela tem algumas restrições alimentares e precisa sempre comer no horário. Fomos saindo, mas o pessoal ficou e decidiu fazer o canopi. Eu fiquei bastante irritado e decidi seguir adiante pra procurar um restaurante. Depois de uns 15 a vinte minutos de pedalada encontramos um restaurante aberto na entrada da cachoeira Manto de La Novia. Pedimos nossa comida e rapidamente ficou pronta (U$ 13,50 para os 2). Finalmente almoçamos e a Tina ficou bem melhor. Depois que terminamos, enquanto a gente dava um tempinho pra comida abaixar o pessoal chegou. Então decidimos esperar que eles também almoçassem pra seguir o passeio. Foi até bom pq descansamos um pouco mais! (Manto de la Novia) Depois que todos almoçaram, resolveram descer até a cachoeira, usando a Tarabita (pequeno teleférico aberto, parecendo mais um cesto de metal). Todos desceram, menos eu (com meu terrível medo de altura). Fiquei filmando a descida deles. Depois de um tempinho ali, a toa, esperando por eles, vi que demorariam e, como a paisagem era muito linda, tomei coragem e resolvi descer sozinho na tarabita (U$ 1,50). Chegando lá embaixo apareci de repente e todos ficaram surpresos em me ver! Eu menti pra eles dizendo que desci a pé todo o morro, por uma trilhazinha na encosta. Eles não ficaram com o pé atrás e depois de um tempo eu contei a verdade! Hehehehehe. Ficamos por ali durante um tempinho e retornamos para a estrada. Passamos por outras cachoeiras durante um longo trajeto, mas o objetivo maior era chegar na Pailon Del diablo, considerada a cachoeira mais bonita do Equador. Depois de um bom tempo de pedalada chegamos a uma entrada para essa cachoeira famosa. Pagamos um ingresso (U$ 1,00) e percorremos a pé um bonito caminho pela mata até chegar a umas pontes de onde dava pra tirar fotos da cachoeira. Mas ela é tão grande que não coube inteira em nenhuma de nossas fotos!! Seguimos adiante e fomos até a escadaria que chega até a parte de trás da cachoeira. Foi aí que percebemos que chegamos por um caminho secundário, pois a escadaria principal fica do outro lado e a gente tinha que ter pedalado um pouco mais até essa outra entrada, mas valeu a pena mesmo assim! (Na escadaria por trás da cachoeira) (Tina feliz) Continuamos o caminho e decidimos ir até a cachoeira Machay, que seria nossa última, pois já estava ficando tarde. Logo que chegamos à entrada da cachoeira, havia uma lanchonete e depois que pagamos o ingresso (U$ 1,00) chegou um pequeno caminhão que fazia o serviço de levar ciclistas e suas bicicletas de volta à cidade. Acertamos o retorno com ele (U$ 2,00), que disse que nos aguardaria até a visita à cachoeira. Essa última cachoeira trouxe uma surpresinha nada agradável!! Para chegar até ela a gente tinha que descer uma escadaria com um milhão de degraus!! Tá, ok, ok tirando o exagero deu pra perder muitas calorias na descida, ainda mais depois de um dia todo de pedal e tudo mais! Quanto mais a gente descia mais eu me arrependia, pq lembrava que teria que subir tudo de novo! Quando chegamos ao pé da cachoeira, já não era tão bonita e nem tão emocionante assim... kkkkk Ficamos pouco tempo, afinal já estava tarde e tinha toda a escadaria pra subir. E encaramos os degraus de novo. Entre a descida e subida levamos mais de 1 hora. Assim que chegamos novamente à lanchonete procuramos algum sorvete, mas só tinha um exótico picolé de banana. Era exótico pq não era um sorvete feito com banana... era a própria banana com uma cobertura de chocolate e aquelas bolinhas de confeito colorido por cima, simples assim! A Tina comprou um e achou ótimo (U$ 0,50)! Finalmente retornamos até a cidade, depois de uns 30km de pedal ao longo do dia! Devolvemos as bikes e os capacetes, inclusive o do Wesley, com direito aos pedacinhos que recolhemos. O tiozinho da agência ficou bem impressionado com o acidente e deu pra ver que ele ficou com medo que a gente fosse reclamar alguma coisa a respeito dos itens de segurança dele. No fim ele ainda quis fazer uma massagem (com incentivo da Janete) no ombro do Wesley com um daqueles massageadores elétricos genéricos do Paraguai hehehehe. O Wesley ficou bem irritado e logo caiu fora dali kkkk. Fomos andando pelo centro e, nesse dia era aniversário do Orlando, então a Tina e a Ângela fingiram ir a uma farmácia comprar algum remédio e nós ficamos engambelando ele no mercado. Compramos alguns doces e cerveja, que abrimos e tomamos ali mesmo na frente do mercado. Fomos até o hotel depois de um tempinho de enrolação e, tudo deu certo. As meninas tiveram tempo de preparar uma pequena surpresa de aniversário para o Orlando. Quando subimos até o andar de nosso quarto elas já estavam esperando com bolo, refrigerante e com direito a chapeuzinho e tudo! (Niver do Orlando) Ele ficou todo faceiro com a surpresa. Comemos um pedaço de bolo e decidimos sair para jantar. Nosso presente de aniversário foi pagar o jantar do Orlando e da Ângela. Optamos pelo restaurante La Caldera, que estava quase fechando... ufa! Infelizmente não anotei o valor do jantar nesse dia. Depois do jantar, que estava muito bom, voltamos para dormir, pois a gente estava um bagaço só! Chegamos e pegamos nossa roupa lavada. Pra nossa surpresa a roupa estava socada dentro das sacolas, extremamente amarrotada e uma camiseta minha novinha tinha marcas dos prendedores e por muito pouco não estragou ela. A Janete estava muito brava, pq faltaram algumas roupas da lista dela! Isso tudo só fez piorar o clima com a esposa do dono! Editado Janeiro 15, 2014 por Visitante Citar
Membros de Honra Pericles David Postado Janeiro 13, 2014 Autor Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2014 (editado) Dia 28/09/2013 – Águas termais. Acordamos no horário habitual. Uma coisa interessante é que eu estava acordando cedo sem precisar do despertador, por conta do fusorário. Assim que saímos a gente decidiu tomar café em uma padaria/lanchonete no mesmo quarteirão do hotel, só que um pouco mais distante. Era um lugar mais estruturado, com mesas e cardápio. Escolhemos cada um seu café e serviram rapidinho (U$ 3,40 para os 2). Aproveitamos pra ligar pro Brasil em um mercadinho ao lado (U$ 5,60). Assim que terminamos atravessamos o quarteirão da rodoviária e pegamos 2 taxis para ir até as termas (U$ 0,67 para os 2). Pagamos o ingresso (U$ 3,00) e a primeira coisa que achei diferente foi a obrigatoriedade do uso de uma touca plástica (U$ 0,25) para evitar soltar cabelos nas piscinas. Foi muito engraçado todo mundo com aquelas touquinhas! Alugamos toalhas pra evitar deixar as nossas molhadas e entramos. Em baños existem vários lugares para banhos termais, mas nos indicaram apenas 2. Escolhemos um deles, pois disseram que era mais novo e a água era melhor cuidada. Ao entrar tivemos que deixar nossas coisas em umas caixas (grátis... ufa) e o rapaz responsável por guardar elas conferia tudo e anotava o que tinha de valor, para o caso de faltar alguma coisa na hora de pegar. Eu mostrei até o dinheiro... vai que... No mesmo local estão os vestiários. A gente se trocou e fomos cair na água. Esse local tem várias piscinas, umas mais quentes, outras menos e também algumas com água fria, mas não fria assim, igual da torneira... eu digo FRIA pra cacete!!! Escolhemos uma piscina onde tinha mais gente e entramos. Putz, que água quente! Ficamos um pouco ali e logo fomos procurar uma outra menos quente. Enfim achamos uma piscina com pouca gente e com água bem agradável, apesar de ser bem quente também. Além das piscinas havia também dois conjuntos de bicas d’água, cada um com 3 tubos. Um conjunto com água quente e outro com água fria. Adivinha onde tinha um monte de gente, inclusive com fila pra tomar uma ducha massageadora? Nas bicas quentes, claro! Absolutamente ninguém nas bicas frias! Ficamos um bom tempo naquela piscina quentinha. De repente entra umas crianças e começam a nadar e espirrar água em todos. Em todas as piscinas há um aviso que não é pra nadar, exatamente pra todos relaxarem. A Janete já estressou com a molecada e deu uns gritos com eles. Eu fiquei por ali um pouco mais e, de repente, me deu na doida e resolvi entrar na piscina fria. Nunca tinha feito uma coisa assim e, pode acreditar, a hora que eu entrei quase todo mundo olhou com cara de espanto, afinal a água estava gelada demais! Encarei a piscina fria e pensei, tenho que entrar de vez, se eu for devagar eu desisto. E mandei ver. Entrei de uma vez! A sensação era de que havia uma agulha entrando em cada um dos meus poros! O corpo todo formigava! Ao mesmo tempo que era angustiante, aquela sensação era revigorante! Depois de uns 30 segundos de agonia, o corpo foi se acostumando com o choque térmico e posso garantir que foi bom demais!!! Fiquei um tempo na piscina fria, e em seguida, já que eu tinha praticamente virado um picolé, resolvi encarar a bica fria. Para minha surpresa foi menos impactante que a piscina e como a água caía com abundância, fazia uma ótima massagem! Mais uma vez uma galera ficou olhando com cara de espanto! (Termas de Baños) Em 2012 todos nós fomos para Machu Picchu e encaramos as águas termais de Águas Calientes. Lá as águas fedem urina e é difícil permanecer nas piscinas. Dessa vez praticamente não sentimos mal cheiro e o lugar todo era bem mais estruturado. Resolvemos ir embora, depois de passar por toda aquela seção relaxante. Achei incrível e estava realmente precisando daquele relax, afinal o cansaço era grande depois de uma semana de aventuras. Quando saímos não pegamos taxis e fomos caminhando devagar, aproveitando a paisagem da cidadezinha cercada de montanhas. Tiramos algumas fotos e continuamos caminhando rumo ao centro para almoçar. Escolhemos um restaurante que a gente já tinha tentado ir antes e estava fechado, mas dessa vez ele estava aberto, o La Cuccina de Dulcelina. Mas logo que sentamos percebemos que foi uma péssima escolha. Apesar de ter sido recomendado por algumas pessoas, o restaurante tinha um péssimo atendimento. Pela primeira vez quase levantamos pra ir embora, mas já tínhamos feito o pedido (U$ 20,00 para os 2)! Pra piorar o clima, a Janete foi ao wc e quando foi sair não conseguia abrir a porta kkkkkkk. Depois do almoço continuamos nossa caminhada sossegada. Tomamos um sorvete muito bom (U$ 2,00) e comprei um adaptador de tomada e um carregador de celular (U$ 5,20) já que o meu tinha ficado preso no cofre em Bogotá... Fomos até o mercadão, que era logo ali (aliás, tudo era logo ali...). Compramos mais algumas guloseimas. Voltamos para o hotel e a partir desse momento o drama com a mulher do dono chegou ao ponto máximo! A gente tinha combinado de ficar no quarto até a hora de embarcar para Cuenca, mas quando chegamos o dono veio pedir pra gente desocupar o quarto pq havia hóspedes para entrar. Até aí tudo bem, mesmo tendo sido combinado a gente não ia ficar atrapalhando. Juntamos nossa bagagem que já estava organizada e colocamos tudo no pequeno hall daquela andar, para que o quarto pudesse ser limpo. Mas o problema é que percebemos que na verdade a mulher dele queria que a gente saísse dali imediatamente. Resolvemos ir embora, pois era melhor passar mais tempo na rodoviária do que ficar ali naquele clima pesado. Antes de sair eu pude ver a esposa do dono chorando em um pequeno quartinho atrás da recepção. Ela fechou a porta pra que mais ninguém visse ela chorar. A gente imagina que ela brigou com ele por causa do valor que ele cobrou pelas diárias, além de um possível ciúme dele por causa das meninas. Nosso busão ainda ia demorar mais ou menos uma hora e meia pra sair, então ficamos ali fazendo uma cera na rodoviária. Para ir até Cuenca a gente tinha que ir até Ambato (U$1,00) e lá comprar outra passagem. Assim que o ônibus chegou embarcamos. Eu e a Tina ficamos nos 2 primeiros lugares, apesar do ônibus estar quase lotado. Pouco antes de sair, entrou no busão a figura mais bizarra de toda a viagem! Um cara, com jeito de morador de rua entrou e antes de dizer a que veio foi logo enfiando dois pregos imensos (isso mesmo 2 pregos), um em cada narina. Uma cena que deixaria qualquer um totalmente agoniado! Os pregos tinham pelo menos 10cm e ele enterrou os dois!!! Não sei como ele fez aquilo, só sei que não conseguimos ficar olhando pra ele! Aí o cara começou a ladainha da vida sofrida dele e coisa e tal, ou seja, ele queria grana! Assim que ele terminou eu peguei umas moedas e dei pra ele, pra que ele simplesmente saísse o mais rápido possível do nosso campo de visão! Tentei tirar uma foto com o celular, mas ficou muito desfocada. Foi só a bizarrice terminar e nosso ônibus saiu. Uma hora depois chegamos em Ambato. Imediatamente compramos as passagens no próximo ônibus para Cuenca (U$ 8,00), que sairia lá pelas 22:00h. O Ônibus para Cuenca não sairia dali da rodoviária, então tivemos que levar as bagagens até a garagem da empresa a 2 quarteirões da rodoviária. Aproveitamos para jantar na própria rodoviária. A tina não estava bem do estômago e aproveitamos para comprar um remédio numa farmácia ali perto. Viajamos durante a noite toda e como o cansaço era grande praticamente não vimos nada. Simplesmente apagamos durante o trajeto. Editado Janeiro 15, 2014 por Visitante Citar
Membros de Honra Pericles David Postado Janeiro 13, 2014 Autor Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2014 (editado) 29/09 – Cuenca devagarinho Chegamos em Cuenca muito cedo, antes das 6:00h da manhã. Pegamos um taxi (U$ 0,85 pra cada) e fomos até o primeiro hostel da nossa lista. Não havia vagas e pediram pra gente ir até o hostel ao lado. Por coincidência era o segundo da nossa lista e esse tinha vagas. Hostel Hogar Cuencano (U$ 20,00 a diária em quarto casal com wc e sem café-da-manhã)! Acertamos a diária e fomos dormir um pouco mais, afinal todos estavam quebrados! Combinamos de acordar um pouco mais tarde pra sair. Lá pelas 8:00h levantamos e fomos tomar café ao lado do hostel, em uma lanchonete muito agradável (U$ 7,60 para os 2). Enquanto a gente tomava café, uma senhora com seu filho já adulto estavam na mesa ao lado e, vendo que a gente era brasileiro, se identificou. Eles eram do Rio de Janeiro e tinham ido a um casamento no Equador e resolveram aproveitar para conhecer Galápagos. Ficaram encantados com a ilha e deixaram a gente com muita vontade de ir. Mas vai ter que ficar para uma próxima vez, pq a gente já estava no final do nosso período no Equador. Após o ótimo café saímos meio sem rumo pelas belas ruas de Cuenca. Andamos um bocado até que chegou a hora do almoço. Almoçamos em um pequeno restaurante chamado El Campestre (U$ 5,10 para os 2). A comida era simples mas estava boa. Continuamos a caminhada e chegamos até uma praça chamada Parque Abdon Calderon, onde está localizada a Catedral de La Imaculada Concepcion. (A bela praça e Catedral de Cuenca) Logo avistamos o ônibus do City Tour. Fomos até lá e já compramos os ingressos para a saída que seria dali alguns minutos (U$ 10,00). Assim como Quito, Cuenca tem um belíssimo centro histórico. Muitos a consideram a cidade mais bonita do Equador e eu acredito que seja verdade! (Ruínas incas dentro da cidade de Cuenca) Depois do passeio continuamos caminhando pela cidade. Encontramos um restaurante bem convidativo, o Raymipampa Cafe-Restaurante, na Calle Benigno Malo 8-59, bem no centro. O jantar foi ótimo (U$ 20,00 para os 2). Pegamos um taxi (U$ 1,00 para cada) e retornamos ao hostel. Editado Janeiro 14, 2014 por Visitante Citar
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