Membros Lívia Cunha Postado Dezembro 21, 2013 Membros Postado Dezembro 21, 2013 Continuando meu relato da viagem feita agora em outubro de 2012. Saímos de San Pedro de Atacama, no Chile, de ônibus para Salta, na Argentina. Compramos a passagem na Andesmar por 32000 CLP, que dá uns 140 reais. Escolhemos o chamado "cama", que seria uma classe executiva, por conta do conforto. O ônibus deveria sair às 10h, contudo, saiu com um bom atraso...coisa de 30 ou 40 minutos. Eles estavam tentando regularizar um problema técnico no ar condicionado, que, CLARO, não foi resolvido. Quando finalmente o ônibus chegou para embarcarmos, o cara nos informou que ficaríamos sem ar condicionado toda a viagem e se não quiséssemos mais ir por conta disso, que teríamos que ou esperar 2 dias, quando sai o outro, ou poderíamos devolver o dinheiro e não ir. Ah! Atentem para os dias que saem os ônibus... A andesmar faz esse percurso somente 3 dias na semana, mas não lembro quais... A geminis faz outros dias. Bom, voltando... Como tínhamos dias contadinhos, tivemos que ir mesmo sem ar condicionado. Foi horrível!!! As janelas não abriam, fez um calor infernal. Após termos passado na fronteira da Argentina, do nada, apareceu um ônibus novo da Andesmar. Então fomos transferidos para o busu bom... Continuamos a viagem pelo chamado El Paso de Jama: "é uma fronteira entre as repúblicas do Chile e da Argentina, localizado a 4.200 metros. É um dos passos mais importantes, permitindo uma estrada lisa, ligando a região norte dos dois países e constitui um sector estratégico do corredor bioceânico, que liga os portos do Atlântico do Pacífico." Enfim, muito bonito!!! Chegamos em Salta quase 22h, por conta dos atrasos. No final, a viagem foi cansativa... Ficamos hospedados em um albergue simpático chamado Laprisamata (a pressa mata, rs), onde o recepcionista nos deu várias dicas de caminho. O hostel era super bem localizado!! Bom, em Salta, não tivemos oportunidade de conhecer muita coisa; somente a feira de artesanato, a galeria de empanadas (uma delicia!) e queria muito ter ido no Museu de Arqueologia de Alta Montanha, onde se encontram alojadas a múmias de Llulaillaco, mas o mesmo não abre às segundas. Fotinha feita no centro de Salta Inciada a viagem de carro - custo de 400 reais por pessoa com GPS para todos os dias (éramos em 5). 1º dia - Salta > Tilcara > Pumarmarca Ficamos logo impressionadas com a beleza da Quebrada de Humahuaca!! Muita curva, mas montanhas lindíssimas iam aparecendo... Seguimos sempre o GPS, que costuma concordar em rota e tempo com o que havíamos pesquisado anteriormente no google maps. Fora isso, a sinalização é bem boa! Primeira parada foi na Pukará de Tilcara. Foi uma fortaleza construída pelos Tilcara, em um ponto estratégico na Quebrada de Humahuaca. O passeio só vale a pena se você pegar um guia local, pra ir te explicando como eles viviam, os seus hábitos, identificar as diferentes classes, organização da localidade, a resistência do povo...enfim, que conte a história do local! O passeio é rapidinho e você só precisa pagar o que achar justo... Demos sorte ainda pois na segunda não se paga entrada. Quebrada de Humahuaca Pukará - Tilcara Depois, seguimos direto pra Purmamarca, vilarejo simpático e bem tranquilo. A cidadezinha tem um artesanato muito bacana e ainda fica no pé do Cierro de las siete colores, que é lindíssimo!! Chegamos a tarde, passeamos pelo pequeno centro, tendas e lojas de artesanato e buscamos hospedagem. Não tivemos dificuldade em achar opções e fechamos com uma moça um quarto numa casa bem no centro... não saberia dizer o nome, mas não recomendo por conta do banheiro. Ao escolher onde ficarem, prestem atenção nos chuveiros, se são aqueles a gás, com o recipiente logo na sua cabeça. A água sai igual a um conta gotas, é horrível!!! Também não comemos bem, mas recomendo que comprem queijo de cabra nas padarias da região e/ou no caminho, sempre que puderem - costumam ser deliciosos! Apesar dos probleminhas na hospedagem e comida, adoramos a cidade! Muito tranquila e vale uma noitezinha... Cierro de las siete colores 2º dia - Purmarmarca > Cafayate Saímos logo cedo do hotel rumo a Cafayate, através da Ruta 68. A estrada está em boas condições e tudo realmente é muito lindo. Nos últimos 50 Km da estrada passamos por um vale cercado de formações rochosas muito diferentes de qualquer coisa que já tenhamos visto: Quebrada de Cafayate. O mais bonito da viagem deste dia é o próprio caminho! Encontramos diversas formas rochosas inusitadas, como La Garganta del Diabo, Los Castillos, El Obelisco, El Anfiteatro, El Sapo - todas tem placas com sinalização. O lugar lembra um deserto e as pedras tem uma coloração avermelhada, que vai mudando de cor conforme o horário do dia e o sol... Realmente não há fotos que possam ilustrar a beleza deste caminho! As paisagens vão mudando a cada curva... incrível!! Cafayate é uma cidade muito charmosinha e agradável. Foi tranquilo encontrar opções de hospedagem... estou com dificuldade de lembrar o nome do local que ficamos, mas caso queiram saber de algum lugar específico, é só falar que procuro saber com os os outros membros da viagem. Lembro que pagamos coisa de menos de 30 reais por pessoa, numa pousada agradável, bem no centrinho e com um suposto café da manhã (café, torrada, manteiga...algo assim e olhe lá). Comemos bem num restaurante chamado Bacco! Fora isso, tome sorvete e bebam o vinho da região: torrontes - um branco frutado característico da Argentina e originário de Rioja, em Espanha. É muito bom! Cafayate 3º dia - Cafayate > La Rioja A primeira parada fica a 55 km de distância de Cafayate (em direção a Tucumán): Ruínas de Quilmes. "É uma tribo pré-hispânico e pré-incaico. Habitavam o que hoje corresponde aos arredores de Amaicha. Faziam parte de um povo maior, o dos Vales Calchaquíes (região de montanhas e vales ao longo do norte andino da Argentina), os quais estavam espalhados entre as províncias de Tucumán, Salta e Catamarca. Estima-se que, na época de pico de população, chegaram entre sete e 10 mil habitantes. A intenção deste dia era fazer uma parada para almoçar com calma na cidade de Taffi Del Vale, mas acabamos saindo um pouco tarde e o almoço ficou corrido. A cidade não oferece muito, porém tem um clima gostoso, mais friozinho... tem um dique grande, que nem chegamos a ir. Tem alguns restaurantes e parece mesmo uma cidade de veraneio, apesar de não termos visto - mesmo que de longe - barcos ou esportes aquáticos, como li em algum lugar. É isso, vale como passagem, pra descansar no meio do caminho de uma viagem longa até La Rioja. Como toda a viagem, as paisagens mudavam drasticamente conforme andávamos... apareceu um estrada com um verde quase amazônico, logo depois de um mundaréu de pedras e cactos. Estrada Chegamos em La Rioja no comecinho da noite e, novamente, passamos por poisagens que mudavam a cada esquina - um caminho repleto de curvas, despenhadeiros, pedras rolando, penhascos...mas sempre muito linda e emocionante, diria. La Rioja foi escolhida no roteiro por estar em um local estratégico, afinal, seria muito puxado ir direto de Cafayate pra região do parque Talampaya, nosso próximo destino. Escolhemos um chalé um pouco fora do centro (Cabañas El Solar del Cerro), onde pudemos cozinhar com calma e descansar do dia longo de viagem... Lá era todo equipadinho, cozinha completa, banho bom, camas deliciosas e a moça que nos recebeu era muito simpática. Super recomendo este lugar no caso de estar viajando de carro! Caso contrário, talvez fique um pouco afastado. 4º dia - La Rioja > Parque Nacional Talampaya > Mendoza Fomos direto pro Parque e pegamos o passeio que saia as 11h. De lá, tem que deixar seu carro e pegar um especial do lugar. O passeio é bem bonito!! Pra fechar com chave de ouro antes de chegar em Mendonza. Citar
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