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A seguir deixo um relato da viagem. Está sem imagens. Mas no arquivo em anexo eu coloquei imagens e outros dados.

 

Fiz ainda um blog com o relato, caso alguém queira ver: https://sites.google.com/site/ednardoemchalten2013/home

 

 

Apresentação

Obs.: Há uma versão web deste relato. É o mesmo conteúdo deste arquivo, com algumas informações a mais. Está em https://sites.google.com/site/ednardoemchalten2013/home

Este relato traz informações a respeito da segunda viagem que fiz à Patagônia.

Apresento informações que poderão ser úteis a qualquer viajante. Posto fotos e comentários meus.

Meu intento é ajudar outros que venham depois. Certamente esta viagem poderia ter sido mais otimizada. Mas creio que será útil!

Para os gastos, adotei como câmbio médio os valores de:

1 real = 2,4 pesos;

1 dólar = 2,5 reais (devido ao valor do dólar em casa de câmbio e etc...).

Ainda falando em dinheiro, compensava comprar dólar aqui e usar lá. O dólar oficial lá para eles valia uns 5,7 pesos. Mas em Chalten e Calafate quase todo mundo aceitava cotação de 1 dólar por 6,7 ou mesmo 8 pesos. Outro alerta é você lembrar de habilitar seus cartões para uso no exterior. E na Argentina não é todo estabelecimento que aceita cartão, especialmente os que tem chip.

Pode ir sem falar espanhol. Todo mundo lá se entende. Um inglesinho é legal para conversar com a gringaiada. Francês ou alemão até serve, porque tem muito desse pessoal por lá.

E quanto ao frio... Pode se preparar. Não é tanto quanto Ushuaia, mas quando o vento bate (e ele faz isso o tempo todo)...

Quem quiser ver todas as fotos, em tamanho original, estão aqui:http://www.flickr.com/photos/49813126@N08/sets/72157638163714195/.

Elas estão fora de ordem.

Agradeço muito a Deus e à minha noiva por poder viagem!

 

 

Antes da Viagem

Decidi viajar no dia 11 de novembro de 2013. Minhas férias de 2012 iam expirar e eu estava desesperado precisando viajar. Até minha noiva aprovou minha ida! Olhei as opções e decidi fazer minha ‘despedida de solteiro’, pois caso início de 2014. Minha amada noiva me liberou! J

Como ia ter um evento na igreja no dia 1 de dezembro de 2013, que eu não poderia faltar, vi que minhas datas tinham de ser entre 15 de novembro e dia 27 de novembro. Vi o preço para Calafate e decidi ir, voltando à Patagônia argentina e fazendo Chalten, que não tinha feito no ano anterior.

Foi uma viagem que eu amei. Pretendo voltar lá outras vezes.

Gastos (em reais):

> Passagem 1244,00

> Seguro 104,00

Comprei uns 400 dólares e uns 1000 pesos numa casa de câmbio.

Deixei reservado albergues para os primeiros 7 dias. “Lago Argentino” para a primeira noite em Calafate e “Condor de Los Andes” em Chalten, por seis noites.

Uma coisa importante é que eu já tinha uma ótima bota (Nômade) e roupas adequadas para frio (corta-vento, meias grossas, gorro, segunda pele, luvas). Uma boa roupa e botas não saem por menos de R$ 800,00 por Brasília.

Sim... foi coisa de doido. Decidir viajar assim tão ligeiro! Mas era ir ou ir!

 

 

Dia 1: Domingo, 17 de novembro de 2013

Tomei um táxi de minha casa de madrugada e fui ao aeroporto de Brasília. Embarquei num vôo da Aerolineas Argentinas e, chegando em Buenos Aires, tomei outro vôo, da mesma empresa, no mesmo aeroporto (Ezeiza) para El Calafate. Cheguei lá cerca de meio dia.

Peguei o táxi e nem vi o preço. Aqui, a maior mancada financeira da viagem. Saiu uma fortuna. 180 pesos, cerca de 75 reais. Fiquei muito aborrecido. Deveria ter procurado outra alternativa, que nem sei se teria... mas ok. Aprendizado. Quem mandou não se preparar?

Cheguei no albergue Lago Argentino. Simples, mas era o que eu procurava. A uns 100 metros da rodoviária e a uns 300m da avenida principal de Calafate. Ótima localização. Fui almoçar e logo depois fui comprar minhas passagens de ida e volta para Chalten. Havia uma empresa um pouco mais barata, mas optei por esta mesmo, que era a que a maioria do pessoal estava comprando. Momento Maria-vai-com-as-outras.

Havia viagens pela manhã e fim da tarde, mas optei por uma viagem que saía às 13h do dia seguinte. Queria dar uma descansada. Eu tinha dormido muito pouco nas noites anteriores a viagem.

Dei uma volta, pesquisei uns preços e voltei ao albergue para jantar e dormir. Para minha sorte, fiquei sozinho no quarto.

Gastos do dia:

Data Item Valor Moeda Em reais

17/11/2013 almoco 72 pesos 30

17/11/2013 feira - comida 208 pesos 86,67

17/11/2013 diaria em calafate (hostel lago argentino) 19 dolares 47,5

17/11/2013 Internet 16 pesos 6,67

17/11/2013 cachecol protetor pescoço 40 pesos 16,67

17/11/2013 taxi de casa ao aeroporto de Brasília 38 reais 38

17/11/2013 taxi do aeroporto ao albergue em calafate 180 pesos 75

17/11/2013 onibus de ida e volta a chalten 57 dolares 142,5

 

 

 

Dia 2: Segunda, 18 de novembro de 2013

Acordei até cedo. Dei sorte. Fiquei sozinho no quarto.

Dei um rolé em Calafate, me informei de preços de passeios, comprei comida (não sabia como eram as coisas em Chalten) e comprei um protetor para o pescoço, devido ao frio. Comprei ainda coisas que esqueci em Brasília e eram fundamentais: Sabonete líquido e um relógio. O relógio comprei um despertador, porque os outros eram muito mais caros que eu pensava em pagar. Quem faz trilha sabe que relógio é indispensável. Despertador é esquisito, mas quem não tem cão caça como gato.

Deixei para alugar equipamentos que precisasse em Chalten. De fato, lá tinha TUDO que eu poderia precisar. Como descreverei, Chalten é miúda mas é muito bem preparada para receber trilheiros.

Fiz o check-out, almocei e embarquei para Chalten. A viagem muito tranqüila. Policiais no caminho pediram para ver os documentos, mas só coisa de rotina. Ônibus muito confortável. Na viagem dá para ver o glaciar Upsala, bem de longe. E dá para ver as montanhas principais (Fitz Roy e Torre), mas no dia que fui o céu estava nublado. Tinha uns guanacos no caminho também. Cheguei umas 16h ou 17h em Chalten.

 

Imagem 2.1: Se o tempo estiver bom, verás isto. Esta foto é da Internet, mas a estrada é realmente assim! Na volta eu pude ver.

 

Imagem 2.2: Na estrada já dá para ver o glaciar Upsala, de longe.

Tem uma indispensável parada na entrada de Chalten, onde os guarda-parques nos dão uma palestra sobre o parque e suas trilhas. Palestra curta e excelente. A dica que deixo aqui é olhar, além do mapa que eles te darão, uma maquete da área. É muito boa para a gente ter uma visão da declividade do terreno.

Uma dica que dou é que os tempos de viagem dos mapas é você caminhando sem parar. Isto é, nem para descanso nem para curtir a paisagem. Assim, sugiro inflacionar os tempos se não for atleta (como não sou).

Aliás, coisa que um colega do site mochileiros já tinha dito, a gringaiada aprecia pouco a trilha. Parece que estão sempre em corrida. Isto eu já tinha visto ano passado em Torres Del Paine e vi de novo este ano.

Ah! Este parque não cobra taxa!

 

Imagem 2.3: Um mapa da região. Tratarei das trilhas mais tarde.

 

Imagem 2.4: Imagem da maquete. O bom dela é ter uma idéia dos declives e da região.

Daí fomos até a rodoviária. Como Chalten é muito miúda, nem precisei caminhar muito para chegar no albergue Los Condores. Quando cheguei estava ventando muuuuuuuuuuuuuuito e com chuva.

Fui me informar dos passeios e das condições climáticas. A coisa estava complicada. Eu tinha posto na minha cabeça fazer a trilha mais recomendada no parque, que é de duas noites e três dias que o parque oferece. Mas eu estava com um medo danado. Nunca tinha feito uma trilha carregando tanta coisa (barraca, fogareiro, comida, muda de roupa, capa de chuva, lanterna...), por tanto tempo, fora de forma, mirradim, acampando depois de 15 anos numa barraca que não era minha, num lugar frio, na montanha, caminhando só. Mas eu precisava me provar que poderia. E... ora pitombas... se tinha tanta gente que fazia eu faria.

Era uma segunda-feira. O tempo só melhoraria na quarta, e ainda assim não ia ser lá estas coisas todas. Isto dificultava mais as coisas. Ainda mais que os melhores lugares só se chegava caminhando entre pedras, sujeitas a ventos fortíssimos (até 90km/h) e chuva. E eu tenho verdadeiro PÂNICO de lugares altos!

Mas vamos que vamos. Orei muito a Deus e pedi a Ele orientação. Vamos que vamos!

 

 

Gastos do dia:

Data Item Valor Moeda Reais

18/11/2013 adaptador de tomada 20 pesos 8,33

18/11/2013 relógio 55 pesos 22,91

18/11/2013 sabonete 22 pesos 9,17

18/11/2013 paguei 36 pesos para sacar 1000 36 pesos 15

18/11/2013 almoço 66 pesos 27,5

18/11/2013 hospedagem em chalten (condor de los andes), 6 noites 120 dolares 300

18/11/2013 Internet 12 pesos 5

 

 

 

Dia 3: Terça, 19 de novembro de 2013.

A noite foi tranqüila. O quarto era para quatro pessoas. Tinha mais dois franceses e um cara não sei de onde. O albergue era melhor que o de Calafate. Atendentes muito atenciosas.

O café da manhã, assim como no Lago Argentino, era bem fraquinho. Suco, pão, geléia e só. Mas albergue é para isso mesmo! J Quer luxo tem hotel.

Optei por fazer uma trilha simples. Ir até os Miradores (Mirantes, em espanhol) Condor e Áquila. Eram trilhas que serviriam de ‘aquecimento’ e, como o tempo estava mais ou menos, e só havia previsão de melhora para dia 20, eram trilhas mais indicadas.

A imagem a seguir mostra onde eles eram. Parti então de Chalten até eles.

 

Imagem 3.1: Caminho percorrido. As trilhas laranjas da maquete mostram o caminho.

Trilha realmente simples. Sem sobressaltos que não fosse o vento. Muito forte. Em inúmeros momentos tive de parar para que ele não me derrubasse. Aliás, o tempo vira o tempo todo.

Outra coisa chata que me aporrinhou a viagem toda era o tira e bota de roupa. Isto foi necessário porque a temperatura variava demais ao longo do dia. E eu fiz a burrada de não levar uma mochila pequena, destas de 25l. Iria me ajudar muito a administrar tudo que levei.

Como todas as trilhas do parque, muito bem marcadas. Não tem como se perder. Não precisa de guia em momento algum.

A seguir, imagens desta trilha. Eu até teria outras melhores, mas o vento não me deixou tirá-las. Sério! J

 

Imagem 3.2: Começo da trilha, com uma visão de Chalten e do Fitz Roy, encoberto.

 

Imagem 3.3: Mais uma imagem da trilha.

Esta caminhada me tomou umas 3 horas. Mas parando, curtindo os lugares, etc... Voltei para almoçar num simpático restaurante chamado Ahonikenk. Comi lá mais umas 2 vezes.

 

Imagem 3.4: Restaurante. Sim. Ali tem uma bandeira do Curintia.

Pela tarde fui fazer compras, me informar de passeios, ver equipamento para trilha, e estas coisas. O frio na barriga aumentou. Eu iria no outro dia. O ‘psicológico’ começou a fazer eu sentir joelho e tudo mais. Mas eu sabia que era só medo. Cabra frouxo é assim mesmo! J

Gastos do dia:

Data Item Valor Moeda Em reais

19/11/2013 almoço 92 pesos 38,33

19/11/2013 Internet 12 pesos 5

19/11/2013 feira - comida 16 dolares 38,4

 

 

 

Dia 4: Quarta, 20 de novembro de 2013.

Chegou o grande dia. O início da trilha.

 

Deus disse: “Vai comigo!!!”.

 

O tempo amanheceu maravilhoso.

 

 

Imagem 4.1: Olhaí como o dia amanheceu bonito!

 

Deixei o albergue pago nas 2 noites que eu caminharia e acamparia. Se eu precisasse voltar, teria meu lugarzinho. Estes albergues vivem ocupados. E olha que era baixa estação!

 

Na noite anterior já tinha arrumado tudo. Fui até a loja que escolhera e aluguei o equipamento. Minha boa e velha mochila Trilhas e Rumos mostrou que já deveria ter sido aposentada. Mas eu fui com ela mesmo. Depois de brigar para colocar a barraca, fogareiro, saco de dormir e esteira térmica dentro da mochila, comecei a viagem.

 

Aí cometi mais um erro que não foi crucial, mas que me deu uma canseira a mais. Eu deveria ter começado a trilha indo primeiro ao Fitz Roy e depois ao Cerro Torre. Mas acabei fazendo ao contrário! De qualquer forma, aí vai a imagem do circuito que fiz.

 

Mas não foi um errrrrrrrro inaceitável. Muitos fizeram o mesmo. E até pior, como mostrarei!Eu deveria ter feito ao contrário. Isto porque as inclinações de terreno são mais favoráveis. Mas já que errei mesmo, e isto já tinha visto nos primeiros 10 minutos, fui em frente!

 

 

Imagem 4.2: Itinerário de minha caminhada de 2 noites e 3 dias.

 

Seguem agora imagens da trilha no trecho do dia 4, que era de Chalten até o acampamento Lago Torre.

 

 

Imagem 4.3: Bem no início da trilha. Aqui eu já tinha percebido que estava indo no sentido contrário. Mas deu ‘preguiça’ de dar a volta.

 

Imagem 4.4: Este mirador fica quase na metade da trilha. Daqui dá para ver as montanhas na área do Cerro Torre. A vista é linda. Mas vale ir até a base do Lago. Vir só até aqui não é tão legal. E olha a primeira aparição da bandeira do meu querido Ceará!

 

Imagem 4.5: É ou não bonito o caminho?

 

Imagem 4.6: Num é uma lindeza? Ao fundo, o Cerro Torre.

 

Enfim, depois de sobe e desce, pesão de uns 12kg de bagagem, chego no acampamento Lago Torre. O que tem lá é só uma área direcionada para camping, com o terreno limpo, rio por perto para pegar água e uma casinha para latrina.

 

Aliás, tinha que ser muito valente para usar a casinha. Literalmente era só um buraco. Dentro deste buraco tinha papel higiênico, absorvente e dejetos. E nem adiantava procurar ‘mato’, porque a vegetação aqui é muito aberta. Tem que andar muito para achar um cantinho.

 

 

Imagem 4.7: Olha o banheiro. Pense num cheirim bom.

 

Bem... Dito isto, hora de montar acampamento.

 

Minha vida, nestes três dias, cabia em uma mochila. E eis aí tudo que eu tinha:

 

 

Imagem 4.8: Tudo que eu levava. Barraca, mochila, bastões, câmera, algumas peças de roupa secando.

 

Imagem 4.9: Preparando o jantar. Cada refeição tinha que reacender o fogareiro umas 8 vezes. O vento o apagava o tempo todo.

 

Imagem 4.10: Hum... nhâmi nhâmi

Mas este dia não parava aqui. Isto era umas 14h. Montado meu acampamento, vamos ver o tal Lago Torre. Lindíssimo!!!

 

Imagem 4.11: Chegando no Lago... Sente a maresia!

Imagem 4.12: Vale ou não vale a pena vir até aqui? Estando lá ainda é muuuuito mais lindo!

 

Imagem 4.13: Seguindo a trilha para o mirador Poincenote. Este mirador fica a uma hora do acampamento Lago Torre.

 

Imagem 4.14: Mais da trilha para o mirador Poincenote.

 

Imagem 4.15: Que tal esta vista? Este gelo todo vem de um campo de Gelo de mais de 1000km2.

 

 

Imagem 4.16: S’imbora Vozãaaaaaaaao!

 

Imagem 4.17: Minha noiva me puxou a orelha. Foi aqui que queimei os dedos! Mas é lindo!

 

Imagem 4.18: Apaixonei!

 

Imagem 4.19: Se já admirava alpinistas... imagina depois de ver uma coisa destas!

 

Imagem 4.20: Pedaços de gelo do tamanho de uma carro. Já miudinhos.

 

Imagem 4.21: Ceará eu te amo sua porqueira!

Well... Hora de dormir! Apesar de só escurecer lá pelas 21h, eu queria logo estar na barraca. Porque a temperatura cai e ia chover um pouco. Eu estava morrendo de medo de entrar água na barraca, coisa que aconteceu com outras pessoas que conheci. Imagina eu, cearense, molhado no meio do frio de madrugada longe de algum lugar protegido? Será que a barraca agüentaria? Será que instalei tudo direitinho?

Sim! Fiz tudo certo! Apesar da ventania e da chuva, tudo ok!

Se tive um problema na hora de dormir: eu estava poooooodre. Uma catinga só! E a barraca era minúscula e o camping não tinha lugar para banho. Aguentei a mim mesmo e vamos dormir!

 

Imagem 4:19: Pense numa barraca miúda!

Gastos do dia:

Data Item Valor Moeda Em reais

20/11/2013 aluguel equipamento de camping (barraca, saco de dormir, fogareiro, panela, prato, gás) 270 pesos 112,5

 

 

 

Dia 5: Quinta, 21 de novembro de 2013

Feliz! Dormi bem, passei no teste físico e de camping! Levantei tudo e vamos agora ao próximo trecho, que seria entre o Cerro Torre e o Fitz Roy.

 

Pela minha falta de costume, eu era quem mais demorava para armar e para desarmar acampamento. Todo mundo fazia em 20 minutos, e eu em uma hora!

 

Tentei mudar o jeito de organizar as coisas na mochila. Não melhorou e minhas costas doeriam a viagem toda. O preparo físico pesou, mas a mochila atrapalhou muito. Mas vamos em frente.

 

 

Imagem 5:1: A trilha sempre muito bem marcada.

 

 

Imagem 5:2: Os musgos mais simpáticos que já vi.

 

 

Imagem 5:3: Só molha o pé quem quer.

 

 

Imagem 5:4: Cara de pau.

 

 

Imagem 5:5: Laguna Hija e Madre. Biita. Conheci uma simpática dupla de israelenses que não sabe ler mapa.

 

Imagem 5:6: Chegando ao acampamento Rio Poincenot, perto do Fitz Roy.

Uma coisa engraçada neste meio tempo é que a dupla de israelenses que encontrei no caminho queriam visitar o Fitz Roy, mas pegaram o caminho do Cerro Torre!!! Resultado, andaram uns 8km a mais!!! E sem ver o Cerro Torre! Tem que aprender a ler mapa, nêgáda!!!

Cheguei então ao acampamento Rio Poincenot. Parecido ao outro. Não tinha pôrra nenhuma. Mas a graça da viagem era justamente isso!

Um problema que tive foi levar comida demais que não usei. Foi meio quilo a mais. E as costas doendo devido a mochila.

 

 

 

Olhaí minha barraca armada:

 

 

Imagem 5:7: Minha barraca, minha vida.

 

Imagem 5:8: Era barraca para uma pessoa. A mochila ficava na varanda da barraca, em cima de uns troncos, para caso chovesse não molhá-la.

 

 

Imagem 5:9: Sempre tinha um gavião passeando pelo acampamento.

 

Mas agora vinha realmente a hora da verdade. Ir até ao Lago de Los Tres.

 

Já era cerca de 15h. Eu estava bem cansado, estava ventando e perigava chover. Como já citei, morro de medo de lugares com risco de queda. Ok, vi dezenas de pessoas indo até o Lago Los Tres, até mesmo gente de idade. Mas medo é medo. E pela hora, eu já seria um dos últimos a subir. E NUNCA seja o último numa trilha destas. Uma simples torção de pé vira um pesadelo num lugar assim. E se não houver alguém depois de você, mesmo que apenas para buscar ajuda, a coisa pode ficar feia.

 

Pensei, pensei e o tempo passando. Decidi subir. A idéia era deixar para a manhã seguinte, mas na base do vai um pouquinho, mais um pouco, mais um pouco, acabei subindo tudo. Eu subindo e todos já descendo. E eu me preocupando com o céu fechando e eu sempre bem lento nestes cantos íngrimes.

 

As imagens a seguir dão uma idéia da subida. 400m de desnível em apenas 2km de trilha. Era uma rampa de mais de 60 graus. Trilha bem definida, mas para um medroso como eu um desafio. E medo é mais perigoso que o obstáculo!

 

Nunca orei tanto na vida!

 

 

Imagem 5:10: Sente o drama.

 

Imagem 5:11: Trilha bem marcada, mas olha a inclinação. Láaaaaa em baixo era o acampamento.

 

Imagem 5:12: Mais da trilha até o Lago Tres.

 

 

Imagem 5:13: Eu num disse que o tempo estava perigando chover?

 

Imagem 5:14: Quaaaaase chegando. O sorriso esconde um cabra morreeeeendo de medo!

Mas valeu demais chegar lá em cima. Deu tudo certo. A ida e a volta. Mas foi uma decisão burra. Deveria ter deixado para ir na manhã seguinte. Mas temi o tempo piorar. Deus me abençoou e me deixou ir e vir. Mas não deveria ter tentado neste dia. Mais pelo meu medo que por outra coisa.

 

Imagem 5:15: Olha o Lago congelado. Tinha gente que ia lá em baixo. Não era recomendado pelos guada parques. Não fui porque já era bem tarde e eu estava morrendo de medo de ser o último a voltar. E quase fui.

 

Imagem 5:16: Pedi este casal para, caso eles me alcançassem na volta, que me acompanhassem. Eu estava com medo de ser o último. Muito gentilmente toparam. Como desci meia hora antes deles, acabou que não precisei. Mas só em saber que havia pessoas atrás de mim, já me acalmou muito. Lá em baixo eles me alcançaram (viu como sou lento em lugar com risco de queda?). Agradeci muito a eles e disse como foram importantes. Orei por eles até hoje. Scott e Kate. Às vezes podemos ser muito importantes por coisas simples.

Hora de dormir. Estava tudo resolvido. Desenvolvi uma técnica de higiene básica com uma garrafa d’água, uma tampinha, uma toalha e um sabonete. Consegui limpar os ‘pissuído’ e me dar um banho de gato. Dormi muito mais tranqüilo só em não estar parecendo um bode azedo.

Não houve gastos neste dia.

 

 

 

 

Dia 6: Sexta, 22 de novembro de 2013

 

Hora de voltar a Chalten. Estava ficando cansado. Comi algo e já estava ficando craque em me arrumar para sair. O tempo estava chuvoso. Ainda bem que tinha subido para o Los Tres na tarde anterior. Mas mesmo assim eu sabia que tinha abusado...

 

 

Imagem 6:1: As fontes de água eram rios. Sempre água ótima!

 

 

Imagem 6:2: Manhã de chuva. Mas Graças a Deus eu já tinha visto os principais trechos da viagem.

 

 

Imagem 6:3: Uma leva de caminhantes que vinham de Chalten. A maioria opta por fazer o Cerro Torre e o Fitz Roy partindo de Chalten, visitando o lugar, e voltando a Chalten. Isto dá cerca de 20km de caminhada por dia. Mas sem ter que levar muita tralha. Pelo menos umas 200 pessoas estavam nestas trilhas por dia. Assim, nunca ficamos sozinhos.

 

 

Imagem 6:4: Minha barraca e meus vizinhos. Como se vê, não tem matinho para se esconder.

 

 

Imagem 6:5: Que tal fazer o rango com chuva e frio?

 

Mas era hora de partir. De volta a Chalten. Eu estava doído nas costas, mas missão quase cumprida. A viagem de volta foi tranqüila. Teria sido realmente bem mais fácil ter ido no sentido contrário que fui.

 

Cada dia eu caminhava por volta de 6 a 8h. Em parte porque eu era mais lento mesmo, ainda mais com bagagem. Em parte porque eu chegava nos destinos e ia caminhar ainda mais para ver os locais, como foi o caso do mirador Poincenot (que não fui até o fim, mas vi quase todo) e do Lago Tres.

 

 

Imagem 6:6: Eu indo, eles chegando.

 

 

Imagem 6:7: Paradinha na Laguna Capri. Bonitinha, mas não vale caminhar só para vê-la Mas estava no caminho...

 

 

Imagem 6:8: O caminho tem suas belezas.

 

 

Imagem 6:9: Mais da trilha... tranquila...

 

 

Imagem 6:10: O bonitão das tapioca.

 

 

Imagem 6:11: O vale.

 

 

Imagem 6:12: Chegando em Chalten. Como se vê, longe de ser uma roça rústica.

 

Chegando no albergue, tomei aquele banho, mandei lavar as roupas de baixo e camisetas que estavam em estado de putrefação. Dei uma lavada básica nas roupas da viagem e tentei virar gente.

 

 

Cheguei morto. Mas cheguei!Imagem 6:13: Um merecido rango. 300g de Chorizzo. Afinal, eu estava de férias. Orgulhoso que a despeito de todas as minhas limitações, eu fiz a trilha!

 

 

Imagem 6:14: Curiosidade. Mapa das Malvinas dizendo que elas são argentinas.

 

Incidentes engraçados típico de albergue foi chegar no quarto e ter uma dona saindo do banho só de calcinha e sutiã. Eu não sabia, mas aquela altura só tinha eu de homem no quarto! A gente se acertou e ela voltou mais vestida! E de noite uma tiazona de uns 55 anos só de calcinha e top lendo um livro! Faz parte.

 

Vamos dormir, né?

 

Gastos do dia:

 

Data Item Valor Moeda Em reais

22/11/2013 almoço 126 pesos 52,5

22/11/2013 internet 15 pesos 6,25

22/11/2013 feira - comida 40 pesos 16,67

 

 

 

Dia 7: Sábado, 23 de novembro de 2013.

Dia de fazer nada. Eu não tinha programado nada para este dia. A viagem foi feita nas pressas, lembram? E eu preferi não reservar passeio porque a caminhada poderia ter me esgotado. Estava cansado mas inteiro. Afinal, eu tinha caminhado cerca de 45 km em 3 dias, subindo e descendo, com uns 12 kg de bagagem, no frio!

 

Olhei preços de lojas, fui e aqui e ali, conversei aqui e acolá, e fui rangar num restaurante mimoso. E fui dormir. Nada demais para dizer deste dia.

 

 

Imagem 7.1: Pense num salmão bom!

 

 

Imagem 7.2: Restaurante bem aconchegante.

 

Gastos do dia:

 

Data Item Valor Moeda Em real

23/11/2013 Internet 20 pesos 8,33

23/11/2013 almoço 108 pesos 45

23/11/2013 lembranças 597 pesos 248,75

23/11/2013 roupas lavadas 50 pesos 20,83

23/11/2013 Internet 9 pesos 3,75

 

 

 

Dia 8: Domingo, 24 de novembro de 2013

ria daqui para El Calafate. Deixei tudo arrumadinho para ir embora e fui caminhar até o Chorrilo Del Salto. Uma pequena cachoeira. Nada demais. Aqui no Planalto Central tem coisa muito mais bonita. Mas num tinha nada mesmo para fazer.

 

 

Imagem 8.1: Bonitim. Mas nada demais. Aqui pelo Cerrado tem cachoeiras muito mais bonitas para qualquer lado que se vá.

 

 

Imagem 8.2: Brincando com a câmera.

 

 

Imagem 8.3: O céu estava ficando cada vez mais generoso. Mas graças a Deus tive dias de bom clima!

 

 

Imagem 8.4: Uma típica rua de Chalten. Tudo bem bonito e organizado. Só é pequeno, mas muito bem preparado para turismo.

 

 

Imagem 8.5: Turista típico de Chalten. Montanhista, alpinista e inxirido, feito eu. Esta é a turma que mais se vê por lá. Quem não está indo para a montanha está voltando. Eu me senti um amador, que sou mesmo.

 

 

 

Imagem 8.6: Voltando a Calafate. Na ida não tinha visto estas cenas porque as montanhas estavam nubladas.

 

 

Imagem 8.7: Olha que céu!

 

Mas tinha de ir, né? Deixei uma gorjeta e fui para Calafate. Na volta o ônibus quebrou já no posto policial na entrada de Calafate. Mas em 20 minutos outro nos levou até a rodoviária. Voltei ao albergue Lago Argentino, que eu já tinha reservado (sempre reserve pelo menos 1 semana antes) e fui dar um role por Calafate para ver o que faria nos próximos 3 dias.

 

Eu passei um tempão pensando em fazer um passeio bem caro de uns 800 reais, que era caiaque no meio de icebergs. Meu bolso me dizia que era caro demais. Mas como nunca me dou estas extravagâncias, decidi ir. Mas quando fui à agência, eles disseram que naquela época não faziam. Tudo bem. Fiquei contente por quebrar minha pão-durice.

 

Eu já tinha feito os passeios mais interessantes no ano passado. E cada passeio legal era pelo menos uns 350 reais. Mas estava lá mesmo, e valia a pena fazer de novo. Optei por ir no dia seguinte até a Estância Cristina, ver o glaciar Upsala e fazer mais uma trilha. E no outro dia caminhar mais uma vez no gelo.

 

Muito importante, reservei no albergue uma van para me deixar no aeroporto. Sairia só por 50 pesos! Mas reserve com antecedência se não fica sem vaga!

 

Hora de dormir... E quem disse que consegui???

No meu quarto puseram um alemão muito simpático. O cara era trilheiro profissa. Já tinha ido ao Nepal e tudo. Ele ia fazer o circuito completo em Torres del Paine (8 dias) e um circuito esticadão em Chalten (6 dias). Ele estava se planejando e tal.

 

Quando fui dormir, o horror, o horror. O cara roncava de maneira absurdamente alta. Não dava para dormir. Aí me agoniei. Já era cerca de 23h, e eu ia acordar cedo para fazer trilha! Pensei: vou dormir na sala! Não havia mais quarto disponível.

 

Só que na bendita sala havia uma equipe de uns 6 austríacos que iam fazer um documentário a partir do outro dia. Os caras estavam ajustando equipamentos e tudo o mais! Aí me lasquei. A galera toda com pena de mim, porque o alemão realmente roncava alto. Até a dona do albergue teve pena.

 

Sei que no fim das contas só consegui dormir umas 2h da manhã, quando milagrosamente o alemão deu uma acalmada no ronco. Faz parte!

 

Gastos do dia:

Data Item Valor Moeda Em reais

24/11/2013 lanche 18 pesos 7,5

24/11/2013 almoço 91 pesos 37,92

24/11/2013 gorjeta 10 pesos 4,167

24/11/2013 taxa da rodoviária 5 pesos 2,083

24/11/2013 passeio a estÂncia cristina 1210 pesos 504,17

24/11/2013 feira - comida 108 pesos 45

24/11/2013 minitrekking 103 dólares 257,5

24/11/2013 hospedagem em calafate 45 dolares 112,5

 

 

 

Dia 9: Segunda, 25 de novembro de 2013

Vamos à Estância Cristina? O passeio foi melhor que eu pensava. Só recomendo ele se você já tiver feito o minitrekking e o passeio de barco. Mas como eu já tinha feito no ano anterior, fiz este aqui. E ele é legal para quem gosta de geologia e fósseis.

 

O rango tinha que levar. Almoçar lá era uma fortuna, e o passeio que optei, o mais caro, tinha caminhada. A gente ia de Calafate até um porto, de lá pegava um barco, chegando na instância tomava um 4x4 e ia até o Upsala, e de lá voltava caminhando. 12km. Pois é! Paguei 500 pilas por isso!

 

 

Imagem 9.1: Indo para Estância. As nuvens... Olha as massas delas!

 

 

Imagem 9.2: Embarcando... Pegamos o menor.

 

 

Imagem 9.3: Bem confortável por dentro.

 

Imagem 9.4 : Fala sério! Um lugar destes e ficar dentro do barco???

 

Imagem 9.5: Uns icebergs desprendidos do glaciar. Chamei este de Pikachu.

 

Imagem 9.6: Olha que côrra mais linda!

 

 

Imagem 9.7: Que azul!

 

Imagem 9.8: A navegação era bem segura entre os blocos de gelo, alguns maiores que uma casa.

 

 

Imagem 9.9: Indo no 4x4 até o Upsala. Cada curva um infarto devido ao risco de capotagem. Mas a coisa era segura.

 

 

Imagem 9.10: Um pouco apertado.

 

 

Imagem 9.11: Caminhando do carro até o glaciar. Saca o frio! 3 argentinos, 2 espanhóis, 4 franceses, 2 holandeses, 1 australiano e eu.

 

 

Imagem 9.12: Mas saca a vista... Que coisa linda!

 

 

Imagem 9.13: Olha que lago lindo! Mas pense num frio e vento!

 

 

Imagem 9.14: Olha o cabelo de pessoal! Pense num vento! E nunca parava.

 

 

Imagem 9.15: Caminhando... e eu, sempre o último devido a meu medo de cair!

 

 

Imagem 9.16: Estas manchas brancas são fósseis de lulas. É o Cálcio da boca delas

 

 

Imagem 9.17: Mais caminhada. Este lugar esteve debaixo de gelo séculos atrás.

 

 

Imagem 9.18: Fósseis para muitos gostos.

 

 

Imagem 9.19: Veja as conchinhas presas na pedra. Eles ficaram debaixo de milhões de toneladas de rocha por séculos.

 

 

Imagem 9.20: Uma festa de lulinhas pegas num grande evento cataclísmico. Olha o dilúvio aí... Este lugar é a mais de 500m acima do nível do mar.

 

 

Imagem 9.21: Mais caminhada. Aqui o clima estava começando a azedar entre o guia e um australiano. O cara ficava tentando tirar onda com a cara do guia e ficando para trás o tempo todo. Ele aproveitava que eu era mais lento.

 

Teve um momento que eu fiquei meio para trás porque era uma grande descida. E sou lento nelas, já disse. Depois dela o guia deu um cagaço no australiano, que disse que a culpa era minha e que ele ficava para me acompanhar. Foi chato, porque eu sabia que era mesmo o mais lento. Mas o crocodilo dundee tava querendo se dar bem jogando a culpa em cima de mim.

 

A partir daí a trilha ficou mais chata, porque eu não queria atrasar ninguém. No fim dela, falei com o guia, e eu pedi perdão a ele por ser lento. Ele disse que não era problema e até pediu perdão por algo que ele tenha dito. Mas deixou claro que o problema mesmo era o australiano, que ficava desafiando ele. E era mesmo. Aqui e acolá o australiano soltava alguma piadinha do tipo “posso bater foto agora?” e coisas assim.

 

Embarcamos de novo e vamos voltar a El Calafate.

 

Um casal de franceses me chamou a atenção para as nuvens... nossa... fiquei fã delas! São muito impressionantes!

 

 

Imagem 9.22: Olhai, máaaah!

 

 

Imagem 9.23: “Aquela nuvem que passa, lá em cima sou eu...”

 

 

Imagem 9.24: Olha a altura

 

 

Imagem 9.25: Compare com o monte!

 

 

Imagem 9.26: Pense nuns indianos preparados para o frio! Roupa não estava muito adequada, mas eles nem ligavam!

 

 

Imagem 9.27: Mais vistas bonitas!

 

Chegamos em Calafate. Fui comer algo e dormir. A dona do albergue me pôs em outro quarto. O alemão ficou meio desconfiado mas acho que ele sabe porquê eu troquei de quarto! Mas o cara era gente boa.

 

Gastos do dia:

 

Data Item Valor Moeda Em reais

25/11/2013 jantar 72 pesos 30

 

 

 

Dia 10: Terça, 26 de novembro de 2013

Minitrekking, mais uma vez! Ok, repeti passeio. Mas se é de repetir, vou fazer um bem legal!

 

Saímos de Calafate e fomos até o parque Los Glaciares. De lá pegamos um barquinho e fomos até perto do Perito Moreno. Assistimos preleções e vamos caminhar!

 

 

 

Imagem 10.1: Embarcando para cruzar o Lago Argentino e ir caminhar no gelo!

 

 

 

Imagem 10.2: Esta parede aí tem uns 80m de altura! E mais uns 120m de profundidade em alguns lugares do lago.

 

 

Imagem 10.3: Chego já, glaciar! Já desembarcado.

 

 

Imagem 10.4: Olha o pessoal caminhando no gelo!

 

 

Imagem 10.5: Lindão!

 

 

Imagem 10.6: Colocação dos grampos! Só com eles dá para andar no gelo. As luvas servem para proteger a mão caso se caia no gelo, que pode queimar ou arranhar sua mão.

 

 

Imagem 10.7: Foto para pintar de artista.

 

 

 

Imagem 10.8: Reencontrando o glaciar! O céu, esteve ano, estava perfeito!

 

 

Imagem 10.9: Note que a gente está bem na borda do glaciar e do terreno seco.

 

 

Imagem 10.10: “Eu vou, eu vou...”

 

 

Imagem 10.11: Levar uma água destas lá para minha terra!

 

 

Imagem 10.12: Olha que água azulzinha!

 

 

Imagem 10.13: Os guias são muito atenciosos e prestativos. O perigo é mínimo.

 

 

 

Imagem 10.14: Olha a subida!

 

 

Imagem 10.15: As sempre impressionantes nuvens!

 

 

Imagem 10.16: Azulzim.

 

 

Imagem 10.17: Pense numa água boa!

 

 

Imagem 10.18: O bonitão das tapioca!

 

 

Imagem 10.19: Gosto mesmo destas nuvens.

 

 

Imagem 10.21: Uma cascatinha no gelo.

 

 

Imagem 10.22: Sempre prometo a mim mesmo colocar poucas fotos. Mas toda vez que faço uma triagem acabo colocando mais.

 

 

Imagem 10.23: Dando tchauzinho, depois de mais de 1h no gelo.

 

 

Imagem 10.24: Já fora do glaciar, uma bela imagem dele!

 

 

Imagem 10.25: Mais uma vista do Perito Moreno.

 

 

Imagem 10.26: é sério. Estava com calor nesta hora.

 

 

Imagem 10.27: Um dos passeios de barco pelo Lago Argentino.

 

 

Imagem 10.28: Não é sempre que vejo uma vaca pastando ao lado de gelo.

 

 

Imagem 10.29: O glaciar lutando contra a península.

 

 

Imagem 10.30: A força de um glaciar. Das passarelas do parque a gente vê o glaciar Perito Moreno, que é apenas o terceiro maior da Patagônia. Este aí tem uns 30km lá para o horizonte, uns 5m de largura, paredes de 80m na borda e mais de 500m lá para dentro. Colossal. E nem está entre os 50 maiores do mundo. Um verdadeiro rio de gelo.

 

 

Imagem 10.31: As passarelas te deixam a pouco mais de 150m do glaciar. Só vendo para acreditar como é bonito!

 

 

Imagem 10.32: Mais uma imagem do glaciar.

 

 

Imagem 10.33: Saiba que depois do horizonte tem ainda uns 350km de gelo. Só o glaciar Perito Moreno tem 258km2.

 

 

Imagem 10.34: Para que fazer a barba?

 

 

Imagem 10.35: No exato instante que eu posava, este pedaço de gelo caiu. O som é ensurdecedor. Mas era uma coisinha de nada. Imagina quando é um blocão!

 

 

Imagem 10.36: Mais uma olhadela...

 

 

Imagem 10.37: O encontro do continente com o glaciar. A força exercida ali é descomunal. Milhões de toneladas de rocha contra milhões de toneladas de gelo.

Mais uma olhadela...

 

 

Imagem 10.38: Tchauzinho!

 

Sempre é difícil deixar de apreciar o glaciar. Pode-se olhá-lo por horas e não enjoar!

 

Mas tenho de ir! Na volta para Calafate Comprei um livro sobre a Guerra das Malvinas (gosto de assuntos militares, mesmo sem ter sido um), comi algo num bom restaurante e vamos dormir! Amanhã eu parto!

 

Gastos do dia:

 

Data Item Valor Moeda Em reais

26/11/2013 entrada no parque glaciares 90 pesos 37,5

26/11/2013 Livro 20 dolares 50

26/11/2013 Jantar 85 pesos 35,42

 

 

 

Dia 11: Quarta, 27 de novembro de 2013

O que dizer? Arrumar as coisas e o mais importante de tudo: comprar caixas de alfajor!!!

Almocei e esperei pela van que eu tinha contratado. Ela chegou na hora certinha, pegou outros passageiros e nos levou até o aeroporto.

Ventava muito. Muito mais que eu esperava.

Chagando na fila de check-in, olha o que estava acontecendo:

 

Imagem 11.1: Vôos cancelados e atrasados! Pelo menos o meu, o AR 1885, só estava atrasado!

 

 

Imagem 11.2: Dos 9 Vôos, 5 cancelados e 2 atrasados! E mesmo os atrasados poderiam não chegar!

Estava uma baaaaaaaaaaaaaaaaita ventania! Vários vôos cancelados! Centenas de pessoas sem informação. Aos poucos todos foram se acertando! Como Deus é muito batuta comigo, meu vôo só atrasou! Consegui decolar ainda no mesmo dia!

 

Imagem 11.3: A ventania estava tão forte que olha as ondas lá em baixo!

 

Mudaram as conexões e tal mas cheguei em Brasília no dia seguinte. Estava tudo programado para eu chegar 2h da manhã do dia 28 de novembro. Acabei chegando às 6h. Mas bem melhor que outros que ficaram presos em Calafate. Cheguei só o caco para a confraternização de meu trabalho e nem pude comprar o presente que seria sorteado na hora... faz parte...

Gastos do dia:

Data Item Valor Moeda Em reais

27/11/2013 almoço 124 pesos 51,67

27/11/2013 alfajores 19 dolares 47,5

27/11/2013 almoço 124 pesos 51,67 * pago no cartão

27/11/2013 transporte ao aeroporto 50 pesos 20,83

28/11/2013 taxi para casa 47 reais 47

 

 

 

Gastos da Viagem

data item valor moeda moeda em reais

11/11/2013 passagem aérea 1244 reais 1244

11/11/2013 seguro de viagem 104 reais 104

17/11/2013 almoco 72 pesos 30

17/11/2013 feira - comida 208 pesos 86,66666667

17/11/2013 diaria em calafate (hostel lago argentino) 19 dolares 47,5

17/11/2013 Internet 16 pesos 6,666666667

17/11/2013 cachecol protetor pescoço 40 pesos 16,66666667

17/11/2013 taxi de casa ao aeroporto 38 reais 38

17/11/2013 taxi do aeroporto ao albergue em calafate 180 pesos 75

17/11/2013 onibus de ida e volta a chalten 57 dolares 142,5

18/11/2013 almoço 66 pesos 27,5

18/11/2013 hospedagem em chalten (condor de los andes) 120 dolares 300

18/11/2013 Internet 12 pesos 5

18/11/2013 adaptador de tomada 20 pesos 8,333333333

18/11/2013 sabonete 22 pesos 9,166666667

18/11/2013 paguei 36 pesos para sacar 1000 36 pesos 15

18/11/2013 relógio 55 pesos 22,91666667

19/11/2013 almoço 92 pesos 38,33333333

19/11/2013 feira - comida 16 dolares 38,4

19/11/2013 Internet 12 pesos 5

20/11/2013 aluguel equipamento de camping (barraca, saco de dormir, fofareiro, panela, gás) 270 pesos 112,5

22/11/2013 almoço 126 pesos 52,5

22/11/2013 feira - comida 40 pesos 16,66666667

22/11/2013 internet 15 pesos 6,25

23/11/2013 almoço 108 pesos 45

23/11/2013 Internet 20 pesos 8,333333333

23/11/2013 Internet 9 pesos 3,75

23/11/2013 lembranças 597 pesos 248,75

23/11/2013 roupas lavadas 50 pesos 20,83333333

24/11/2013 lanche 18 pesos 7,5

24/11/2013 almoço 91 pesos 37,91666667

24/11/2013 feira - comida 108 pesos 45

24/11/2013 hospedagem em calafate 45 dolares 112,5

24/11/2013 gorjeta 10 pesos 4,166666667

24/11/2013 passeio a estÂncia cristina 1210 pesos 504,1666667

24/11/2013 minitrekking 103 dólares 257,5

24/11/2013 taxa da rodoviária 5 pesos 2,083333333

25/11/2013 jantar 72 pesos 30

26/11/2013 jantar 85 pesos 35,41666667

26/11/2013 livro 20 dolares 50

26/11/2013 entrada no parque glaciares 90 pesos 37,5

27/11/2013 almoço 124 pesos 51,66666667

27/11/2013 alfajores 19 dolares 47,5

27/11/2013 almoço 124 pesos 51,66666667

27/11/2013 transporte ao aeroporto 50 pesos 20,83333333

28/11/2013 taxi para casa 47 reais 47

 

 

 

Quem sou eu

Sempre que olho os relatos do pessoal, fico me perguntando que tipo de cara é aquele que fez a viagem. Especialmente para saber se é uma pessoa sedentária ou um atleta! Se está acostumado com isso ou é 'noob'. Assim vejo se tenho coragem de encarar ou não!

 

Pois meu nome é Ednardo Ferreira. Nasci em 1975, no meu Ceará! Sou analista de transportes. Minha vida é bem corrida. Trabalho com transporte público e ajudo muito uma ONG que ajuda recuperação de presos. Sou Adventista do Sétimo Dia e sempre estou nas atividades da igreja.

 

Meus hobbies são filmes, livros e fotografia. Preparo físico ruinzinho. Consigo correr uns 15 minutos na esteira e nos aparelhos da academia nunca levanto mais do que 5 blocos! Já deu para ver que não sou o mister saradão. Nunca vou mais que 3 vezes por semana a academia. E para ser franco, passo de mÊs sem ir às vezes.

 

Quando adolescente eu acampava muito. Mas desde 1997 que eu não acampava.

 

Gosto de viajar sozinho. Mas companhia é sempre bom!

 

Minha noiva é maravilhosa e deixou eu vir!

 

Deus é incrível e tem me dado oportunidades de conhecer lugares maravilhosos no mundo!

 

Como descrevi, um cara normal. Não sou atleta nem aventureiro. Assim, se eu fiz, você pode fazer!

GastosPatagonia2013.xls

Relato da viagem em 2013 - final.doc

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