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Considerações Gerais:

 

Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, hotéis, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes.

 

Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade.

 

Informações Gerais:

 

Em toda a viagem houve bastante sol. Só choveu em 3 dias durante poucas horas. As temperaturas também estiveram altas, chegando a mais de 30 C ao longo do dia. À noite, principalmente nos dias de chuva, a temperatura caiu, mas ficou acima de 15 C. Em Blumenau houve nevoeiro em algumas ocasiões, principalmente no amanhecer e no anoitecer.

 

Deixou-me feliz ver a saúde social desta parte de Santa Catarina. Comparando com São Paulo achei as cidades muito mais equilibradas, com muito menos desnível social e menos pobreza. Achei-as também muito mais seguras. ::cool:::'>

 

A população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil. ::cool:::'>

 

Como fui em novembro, já havia alguns locais enfeitados para o Natal, o que foi muito belo. ::cool:::'>

 

As paisagens nas estradas agradaram-me muito. Viajar de ônibus durante o dia, não precisando me preocupar com a direção, permitiu-me apreciar a paisagem muito melhor. ::cool:::'>

 

As paisagens das praias também me agradaram muito (eu adoro praia). O comportamento do mar variava bastante de acordo com a praia e o tempo. De uma maneira geral, achei o mar bastante interessante para se brincar, pois tinha bastante ondas, mas não era muito bravo (mas recomendo cautela a quem não sabe nadar ou não está acostumado ao mar, principalmente nas praias mais bravas).

 

De uma maneira geral os estabelecimentos comerciais aceitaram cartão de crédito.

 

Gastei na viagem R$ 705,89, sendo R$ 101,54 com alimentação, R$ 385,00 com hospedagem, R$ 37,20 com transporte durante a viagem e R$ 182,15 com transporte para ir e voltar a SP. Sem contar o custo das passagens de ida e volta a SP o gasto foi de R$ 523,74 (média de R$ 40,29 por dia). Mas considere que eu sou bem econômico.

 

A Viagem:

 

Minha viagem foi de SP (Rodoviária do Tietê) a Joinville (rodoviária) em 08/11/2013 pela Auto Viação 1001 (http://www.autoviacao1001.com.br). Saí às 7:35 e cheguei por volta de 16 horas. A volta foi de Navegantes a SP (Viracopos) em 21/11/2013 pela Azul (http://www.voeazul.com.br). Peguei o ônibus gratuito em Blumenau às 7:40, o avião decolou às 9:35, pousou às 10:30, peguei o ônibus gratuito para Congonhas às 10:45 e cheguei por volta de 12:15. Paguei R$ 91,30 pela ida e R$ 90,85 pela volta, incluindo as taxas de embarque. Ambos aceitaram cartão de crédito.

 

Em Joinville fiquei hospedado do lado da rodoviária, no Hotel Novo Horizonte (Rua Paraíba, 766 - tel (47) 3422-7269 ou (47)3025-5107, http://www.turjoinville.com.br/pt/ondeficar/57/HOTEL%20NOVO%20HORIZONTE/'>http://www.turjoinville.com.br/pt/ondeficar/57/HOTEL%20NOVO%20HORIZONTE/) por R$ 20,00 a diária com banheiro fora do quarto e sem café da manhã. Não aceitou cartão. Fiz minha primeira refeição no Restaurante e Lanchonete Schmit, ao lado do hotel, por R$ 6,00 (com carne era R$ 8,00). As outras refeições fiz com compras do Supermercado Angeloni próximo (Rua Ministro Calógeras, 1639) e uma refeição com compras da Padaria e Confeitaria Requinte (Rua Jerônimo Coelho, 40 - Centro), pois o restaurante encerrava a oferta de jantar às 20:30 ou 21:00 horas e eu não chegava a tempo. Gastei nos 4 dias seguintes com todas as refeições (manhã e noite) R$ 42,90. Todos aceitaram cartão de crédito.

 

Consegui um caderninho turístico gratuito, com mapa da cidade e informações da região e de Santa catarina no Shopping Center Mueller.

 

Para as atrações de Joinville veja http://www.turjoinville.com.br e http://pt.wikipedia.org/wiki/Joinville. Os pontos de que mais gostei foram os mirantes (Morro da Boa Vista e Parque Ecológico do Morro do Finder), a Rua das Palmeiras, as casas de enxaimel, o Rio Cachoeira (com suas aves e peixes), a Lagoa do Saguaçu e a Estrada Bonita, principalmente uma estrada de terra na lateral.

 

Nos 2,5 primeiros dias fui conhecer a cidade. Os Parques Zoobotânico e Caieiras estavam interditados :( . Em 11/11 resolvi ir até a Estrada Bonita. Peguei um ônibus até o terminal Central, de lá outro até o terminal Tupy Norte e de lá o ônibus Rio Bonito via Canela, que me deixou próximo ao começo da estrada. Chegando lá, logo após passar por uma cobra morta (provavelmente um filhote de coral) encontrei duas pessoas esperando o ônibus, que me falaram e apontaram para trechos no meio das montanhas de uma estrada de terra usada por praticantes de motocross, que possuía belas paisagens e boa vista. Logo após começou a chover e relampaguear. Para não burlar nada, fui procurar o dono, que se chamava William e pedir autorização para andar nela. Encontrei seu filho, Grude, trabalhando na construção de sua casa, e ele me autorizou, dizendo inclusive que os outros proprietários cujo trechos eu iria cruzar concordariam, desde que eu não deixasse nenhuma porteira aberta, não pegasse palmito nem roubasse nada. A chuva e os relâmpagos pararam, mas eu já estava molhado. Fui então andar pela estrada. Achei a vegetação muito bela ::otemo::, muito provavelmente Mata Atlântica. Pude ver algumas aves, provavelmente ouvir alguns macacos (não os vi) e ver vários tipos de flores. Em alguns poucos pontos da estrada havia algumas aberturas na vegetação que permitiam uma vista da paisagem, tanto da cidade (com litoral ao fundo), como da floresta e das montanhas. Quando estava perto de voltar, decidi fazer um pouco de meditação em meio à mata. Na volta, por um descuido, eu me perdi numa encruzilhada e fiquei cerca de 30 minutos perdido, até decidir voltar pelo caminho até uma pequena queda de água e reencontrar novamente a estrada correta. Como eu estava ficando preocupado com o horário do último ônibus, acabei correndo um pouco enquanto estava perdido, o que fez com que minhas calças e minha camisa ficassem com algumas manchas de lama. Depois de sair da estrada de terra continuei na Estrada Bonita até o final (cerca de 3 Km) e peguei o ônibus Tia Marta de volta cerca de 20:00, que me levou até o terminal Tupy Norte, e daí outro ônibus até o Centro e outro até o Supermercado Angeloni para comprar o jantar. Durante o trecho de volta foi possível ver a Casa Krüger toda iluminada, no trevo de Pirabeiraba. Para informações sobre os ônibus veja http://www.midiaville.com.br/busca/horario_onibus.php e http://onibusjoinville.wordpress.com/mapas. Cada passagem custou R$ 3,20, perfazendo um total de R$ 6,40.

 

Em 12/11, além de ver alguns pontos da cidade que haviam faltado e rever alguns de que havia gostado, fui ver a Festa das Flores ::cool:::'>. A entrada era gratuita no primeiro dia. Achei muito bela, com muitos tipos de orquídeas e flores diferentes e algumas exposições correlacionadas, como paisagismo, ambientes naturais, etc. Havia também uma exposição de carros antigos em um pavilhão anexo. No final, às 21 horas, assisti ao começo do show do Oswaldo Montenegro (lamentei ter que sair no meio por causa do horário do supermercado fechar).

 

Em 13/11 saí de Joinville com destino a Barra do Sul. Peguei o ônibus da Viação Verdes Mares (http://www.vmares.com.br) às 8:35 e cheguei em Barra do Sul cerca de 10 horas. Paguei R$ 12,02 pela passagem. Aceitou cartão de crédito.

 

Quando estava em Joinville eu me informei sobre a possibilidade de ir de Barra do Sul a Navegantes caminhando pela praia. Houve muitas informações desencontradas, com pessoas dizendo que era possível e outras dizendo que não era. Algumas diziam que era perigoso e outras diziam que não. Até que no penúltimo dia, um rapaz na rodoviária olhou as fotos de satélite pelo Google e viu que o único obstáculo real era a foz do Rio Itapocu. Na Feira das Flores confirmei esta informação com uma mulher chamada Conceição (se bem me lembro), que trabalhava muito com ecoturismo na região. E eles estavam certos :!:.

 

Antes de sair para a praia, passei na Padaria Franco (Av. São Francisco do Sul, s/n - Centro de Barra do Sul) para reforçar um pouco meu café da manhã. Comprei 3 pães franceses, uma rosca, um pão de queijo grande e um sonho por R$ 3,00. Fui na direção oposta a que pretendia para apreciar a praia até o canal. Isso deu cerca de 2 Km. Depois comecei a voltar rumo a Barra Velha.

 

Como eu gosto muito de praia, achei a caminhada muito interessante. Boa parte da praia até a foz do Rio Itapocu estava totalmente deserta. Havia muitas aves. Havia algumas moscas que me incomodaram e picaram bastante a minha perna (suas marcas permaneceram por toda a viagem) ::bad::. Gostei do mar para brincar, pois tinha bastante ondas, mas não era muito bravo. O rio também me agradou muito para tomar banho e relaxar na água.

 

Quando cheguei na foz do rio eram cerca de 17 horas, vi que era um pouco extensa a travessia e o mar parecia um pouco bravo. Achei que dava para atravessar nadando, sem grande dificuldade, desde que não estivesse carregando nada. Mas com a mochila seria inviável e arriscado. Mas não havia ninguém daquele lado. Do outro lado havia várias pessoas, provavelmente pescando ou passeando e admirando a vista. Fiquei esperando por um barco e analisando a situação por cerca de 15 minutos, quando decidi voltar um pouco e gritar para a outra margem do rio para tentar pedir a algum barqueiro em casa que me atravessasse. Mas não deu resultado e ninguém me ouviu. Havia alguns bambus ou algo semelhante amarrados em algumas garrafas pet em cima de um morro e eu pensei em fazer uma pequena jangada, colocar a mochila em cima dela e ir nadando atrás para guiá-la, como se faz quando se está aprendendo a nadar com pranchas de isopor. Mas achei que seria arriscado no trecho em que o mar ficava bravo e começava a arrebentar. Quando estava voltando para a foz vi um barco passando no rio. Corri para tentar falar com ele e levei um tombo no meio da vegetação com espinhos, o que feriu um pouco meu pé. Mas consegui que ele me visse e eles vieram até a margem. Disseram que o barco era muito grande para chegar até a praia do outro lado, mas que passaria um amigo deles com um barco menor e que me atravessaria em até meia hora. Decidi esperar. Uns 15 minutos depois passou outro barco, provavelmente do amigo do anterior e disse que iria pegar uma canoa para me atravessar. Como começou a demorar, retomei a ideia da jangada e comecei e procurar mais cordas para amarrar os bambus. Mas logo veio a canoa e me pegou para a travessia. Não sei o nome do dono, só sei que era motorista de ônibus, tinha nascido em Barra Velha, morava em Barra do Sul, estava pescando por diversão, havia trabalhado em São Paulo no início dos anos 90 como servente de pedreiro por 12 dias e não queria voltar, pois assistia muita violência pela televisão e achava que em SP era perigoso sair na rua. Quando falei para ele da jangada ele me disse que eu estava louco de tentar aquilo, pois a água ali é brava e poderia me jogar para mar aberto. Acho que eu estou assistindo muito "À Prova de Tudo" ::lol3::. A travessia foi curta, uns 2 minutos. Eu ofereci R$ 1,00, depois R$ 2,00, mas ele não quis. Deixo aqui meu agradecimento a ele, que me tirou de uma situação que poderia ter sido complicada. ::cool:::'>

 

Tomei um banho no rio e outro no mar e depois continuei andando pela praia até chegar ao princípio dos moradores de Barra Velha. No caminho foi possível ver a Ponte Pênsil sobre o rio.

 

Em Barra Velha fiquei hospedado na Mima's Pousasa (Avenida Armando Petrelli, 791 - tel (47)34582228) por R$ 40,00, com banheiro privativo, mas sem café da manhã. Saí para dar um passeio à noite pela orla. Depois fui fazer compras para o jantar e o café da manhã no Supermercado Dubom (Rua dos Professores, 70) e na Cia das Frutas (Rua Paraná, 245, sala 3), ao custo total de R$ 12,37.

 

Para as atrações de Barra Velha veja https://barravelha.atende.net/#!/tipo/pagina/valor/69 e http://www.explorevale.com.br/costadosol/barravelha/turismo.htm. Os pontos que mais me agradaram foram as praias, a lagoa, o mirante do Cristo, as estátuas de Iemanjá, índia e sereia, as pedras negras e claras dos costões (onde fiz meditação) e a vista a partir da estátua da Liberdade no Havan.

 

Em 14/11, saí de Barra Velha com destino a Piçarras por volta de 14 horas. Achei as praias no caminho belas e muito boas para brincar no mar. Além disso, as casas da orla também eram belas e, na praia do Grant, havia um pequeno altar com a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes.

 

Achei as praias de Piçarras muito boas também. Já estava anoitecendo, mas foi possível tomar uns banhos de mar. Não consegui um local para hospedagem em Piçarras. Estava tudo lotado devido a uma Rave que iria haver no Parque Beto Carrero e ao feriado. Depois de muito procurar, acabei cruzando a fronteira de Penha e me hospedando na Pousada Praia e Sol (Rua Josiani Girardi, 39, (47)33451799, http://www.pousadapraiaesol.com.br). Paguei R$ 60,00 com banheiro privativo e um farto café da manhã ::cool:::'>. Ainda comprei uma ricota para meu jantar na Padaria Daisy, por R$ 4,00.

 

Para as atrações de Piçarras veja http://www.balneariopicarras.com.br/picarras/pontosturisticos.htm. Os pontos que mais me agradaram foram as praias e a Barra do Rio Piçarras.

 

Em 15/11, fui em direção a Penha, com objetivo de andar por todas as praias que eu conseguisse. Passei num posto de informações turísticas no início da cidade que me forneceu bastante informações sobre as atrações a conhecer.

 

Para as atrações de Penha veja http://www.turismopenha.com.br e http://www.penha.sc.gov.br/turismo/item/Atrativos. Os pontos que mais me agradaram foram as praias, a Ponta da Vigia e o Morro de Parapente.

 

Logo de manhã, tomei um banho de mar na Praia Alegre, que estava com o mar muito calmo e sem ondas ::cool:::'>. Depois, após um pequeno passeio começando no fim da praia de Piçarras, fui caminhando ao longo da costa, fiz uma pequena saída para sacar dinheiro e aproveitei para conhecer uma igreja católica central. Continuei na costa, fiz outra saída para conhecer por fora o Parque Beto Carrero e depois voltei para a costa. No final da Praia da Armação fiz outra pequena saída para conhecer a Capela São João Batista, construída com óleo de baleia e a igreja ao lado (ambas estavam fechadas). De lá era necessário ir um trecho por estradas, pois a costa era constituída por costões extensos e de difícil travessia.

 

Estava começando a ficar preocupado, pois já eram cerca de 17 horas e eu estava indo para um local com poucas opções de hospedagem, além de tudo estar lotado devido ao feriado e à Rave. Encontrei um rapaz chamado Rodrigo no caminho e lhe perguntei sobre opções de hospedagem baratas por ali e sobre as praias. Ele me falou que existia o camping do João e me sugeriu falar com a mulher do João, Tati, dizendo que ele havia me indicado para lá. Além disso, me explicou o caminho para as praias da Paciência e Grande. Em vez de correr, perder praias e tentar chegar a Navegantes, eu decidi arriscar e ir conhecer todas as praias e depois ver como passaria a noite. Após sair da Praia da Paciência, descobri que havia ali um morro de frente para o mar, chamado de Ponta da Vigia, onde antigamente os caçadores de baleia ficavam vigiando para ver se havia baleias e, quando as avistavam, faziam fumaça para que os barcos partissem da praia para caçá-las. Achei a vista deste morro espetacular ::otemo:: , tanto do oceano quanto das praias e da cidade. No caminho encontrei um professor de biologia marinha de uma Universidade de Santa Catarina. Minha memória me trai e eu lamentavalmente esqueci seu nome (acho que era Paulo). Ele estava passeando com seus cachorros e me falou das trilhas na região e de possíveis opções de hospedagem, de um amigo que poderia ter um quarto e até, no pior caso, de dormir ao ar livre, em alguns pontos na praia ou vegetação. Falou-me também do camping e me disse para dizer ao João que ele me havia indicado.

 

Chegando no camping, não havia vagas, mas a Tati me deixou dormir gratuitamente numa espécie de galpão desativado, onde guardavam material que não era mais usado. Não tinha luz, não tinha roupa de cama, mas era bem melhor do que dormir ao relento sem banheiro. Depois de limpar o local, colocar o colchão no chão antes de escurecer e forrá-lo com um plástico que uso como capa de chuva, fui agradecer ao professor e informar que havia conseguido local para dormir e depois fui tomar um banho de mar, mas não entrei muito porque o mar estava muito bravo e minhas roupas com carteira e documentos tinham ficado na praia. Jantei as compras que eu tinha feito no dia anterior numa mesa de uma cabana de dois hóspedes vindos de Blumenau (Cláudio e Rose). Conversamos sobre viagens, Santa Catarina, São Paulo, trabalho, natureza e me indicaram para conhecer o relógio de Sol de Blumenau, contando a história de seu confeccionador. Porém, à noite, quando eu estava saindo para ver o mar, encontrei com o João e falei para ele do combinado com a Tati e ele não concordou. Disse que não era possível e eu não poderia dormir ali nem pagando. A situação se complicou, pois já eram cerca de 21 horas e minha margem de manobra já não existia. Fomos até a Tati, os dois conversaram e ele decidiu deixar-me dormir no galpão por R$ 20,00. O nome do camping era Refúgio do Poá (Rua Waldemar Werner, 50 - Armação - Praia Grande, (47) 3345-8569, (47) 3345-1250, (47) 3345-0155, refugiodopoa@hotmail.com).

 

Em 16/11, antes do café da manhã, fui nadar na Praia do Poá. Fazia tempo que não passava um apuro no mar. O mar estava bravo, mas na ida não houve problema e eu fui depois da arrebentação. Na volta, até chegar à arrebentação também não houve, porém, como as ondas estavam muito grandes e fortes, e como eu precisava ir a favor delas para chegar à praia, assim que elas começaram a quebrar em cima de mim, ficou difícil manter o equilíbrio. Como elas vinham consecutivamente em intervalo de poucos segundos, eu acabei tendo que mergulhar repetidamente nelas, o que foi um pouco cansativo, posto que não dava pé. Até que na 3.a onda em sequência eu engoli um pouco de água, o que me assustou na hora ::ahhhh:: e me fez até nadar um pouco de crawl, o que eu quase nunca faço no mar. Mas logo eu consegui sair daquela zona, as ondas ficaram mais fracas e eu voltei à praia.

 

Fiz compras para o café e para o jantar na Mercearia Teodoro José de Souza (Rua José Camilo da Rosa, 205) no valor de R$ 6,74. Depois do café da manhã voltei à Ponta da Vigia com mais calma para apreciar o visual novamente, desci pela trilha que o professor havia ensinado e depois parti em direção à Praia Vermelha, com o objetivo de conhecer as praias restantes de Penha e chegar a Navegantes. Para ir à Praia Vermelha era necessário novamente pegar um trecho pela estrada de terra. No caminho havia o Morro do Parapente, que timha uma vista do oceano, da vegetação e de Balneário Camboriú de que gostei muito ::otemo::.

 

Na Praia Vermelha caminhei de ponta a ponta, exceto na última praia à esquerda, onde disseram que um morador deixava cachorros soltos. Achei-a bela, porém não muito boa para banho. Entrei um pouco no mar e com água no peito ainda o salva-vidas veio apitando para que eu voltasse. Imagina se ele tivesse visto o que tinha acontecido na Praia do Poá.

 

Saí da Praia Vermelha com destino a Navegantes, porém achei uma trilha que resolvi seguir, em busca de uma cachoeira que disseram que existia. Encontrei uma cachoeira, mas não sei se era a de que falaram, pois não era muito grande. Começou a chover logo após eu sair da cachoeira e decidi andar mais 30 minutos na trilha em direção a Navegantes, com esperança de achar uma saída, mas desisti e voltei pelo mesmo caminho pelo qual fui.

 

Passei pela Praia de São Miguel, onde voltou a chover e ventar e depois fui para Navegantes para procurar por um hotel ou qualquer forma de hospedagem para passar a noite. Eram cerca de 18 horas. Não consegui encontrar nenhuma vaga, nem em hotel, nem em pousada, nem de aluguel. Já estava anoitecendo, eu estava ainda de calção de banho e um homem parou de carro do meu lado para me perguntar se eu conhecia algum clube misto e depois piscou. Logo a seguir alguém gritou mais uma gracinha. Resolvi vestir a calça comprida. Atravessei de volta a divisa de Penha e também não encontrei nada. Não quis ir até o centro de Navegantes, pois no dia seguinte teria que voltar tudo para andar pela praia desde o começo. Achei um quarto para 4 ou 5 pessoas em uma pousada por R$ 400,00, que poderia ter até por R$ 300,00. Fiz uma contraproposta de R$ 75,00 (300 / 4) ou até R$ 100,00, mas não foi aceita. Resolvi ir até a igreja católica para perguntar se havia algum local em que poderia passar a noite, pagando por ele. Disseram que não e me desejaram sorte. Fui até a Assembleia de Deus e o pastor me disse que não. Um membro da Assembleia ofereceu-se para pagar uma diária em uma pousada para mim, mas não era isso o que eu queria e não havia vagas. Eu tinha dinheiro para pagar os R$ 300,00, mas achei que não tinha cabimento, pois eram apenas algumas horas de sono e os preços que eu havia pago antes por hotéis e pousadas eram de 5 a 15 vezes menores. ::bad:: Por fim, pedi ao gerente do posto de gasolina ALE (Posto Fortaleza II - Rua São Miguel,3925), perto da divisa de Penha com Navegantes para dormir no lava rápido e usar o banheiro, o que, para minha grande surpresa, ele aceitou imediatamente. Acabei jantando as compras que tinha do dia anterior sentado próximo ao lava rápido e, como estava ventando, dormi no chão do banheiro (usei o mesmo plástico que uso como capa de chuva para forrar o chão e como cobertor). Apesar do chão duro, até que não foi uma noite tão ruim.

 

Acordei em 17/11 com os funcionários chegando. Ofereci ao gerente 2 vezes R$ 10,00 pelas "acomodações", mais ele não quis. Deixo aqui meus agradecimentos a eles. ::cool:::'> Tomei café e comprei mantimentos para o jantar na Padaria e Confeitaria J.K. Eireli (Rua Timotio Perfeito Flores, 3790), por R$ 10,50. Aproveitei para experimentar uma cuca, de que muito gostei ::otemo::. Depois de usar o banheiro do posto para toda a higiene básica (menos banho), voltei a caminhar pela praia até a divisa de Navegantes com Itajaí.

 

Para as atrações de Navegantes veja http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/santa-catarina/navegantes e http://www.litoraldesantacatarina.com/navegantes/pontos-turisticos-de-navegantes.php. Os pontos de que mais gostei foram as praias, o Rio Itajái-Açu, o Molhes da Barra e a vista do mar, do rio e dos granddes navios passando, a vista do porto e a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes.

 

Às 18:50 tomei um ônibus para Blumenau pela Viação Catarinense (http://www.catarinense.net) por R$ 13,28. Aceitava cartão, mas a máquina ou a conexão estavam com problemas. O ônibus deveria ter saído às 18:15, mas esperou por um outro que vinha de Piçarras. No ônibus havia duas pessoas um pouco descontroladas (falando inclusive que não viam a hora de uma "pedrada" para relaxar), mas não houve grandes incidentes.

 

Cheguei em Blumenau cerca de 20:15. Fiquei hospedado no Blumenau Tourist Hotel (http://www.blumenautouristhotel.com.br), próximo à rodoviária, sem banheiro privativo, com TV a cabo e farto café da manhã ::otemo:: por R$ 40,00. Jantei com compras de supermercados (Bistek - Rua Sete de Maio, 933 B, Fort Atacadista - Via Paul Fritz Kuehnrich, 1400, BIG - Rua 7 de Setembro, 2883 e Giassi - Rua São Paulo, 1277). Gastei com estas compras R$ 16,03. Fiquei em Blumenau até 21/11.

 

Consegui 2 mapas turísticos gratuitos na prefeitura. Para as atrações de Blumenau veja http://www.blumenau.sc.gov.br/gxpsites/hgxpp001.aspx?1,18,191,O,P,0,MNU;E;82;4;MNU;, e http://www.guiasantacatarina.com.br/blumenau/pontos_turisticos.php3. Os pontos de que mais gostei foram a prefeitura e seu entorno (principalmente com a iluminação de Natal), a Rua das Palmeiras e sua iluminação de Natal, o Rio Itajaí-Açu, a Catedral São Paulo Apóstolo, o Museu da Cerveja, o jardim feito por Burle Marx na Hering, o mirante do Museu da Água, o Parque Nacional da Serra do Itajaí (Parque das Nascentes) e a iluminação de Natal da Vila Germânica. O mirante do Morro do Aipim e o Parque São Francisco de Assis estavam abandonados :( .

 

Em 20/11 eu fui até o Parque Nacional da Serra do Itajaí (http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/visitacao/visite-as-unidades/731-parque-nacional-da-serra-do-itajai.html). Fui a pé até o escritório da ICMBIO ( Rua Progresso, 167 - (47)33261527, (47)33295887) buscar a autorização para entrar no parque e do terminal Garcia perto de lá peguei o ônibus Nova Rússia até cerca de 4 Km antes da entrada do parque. Chegando lá o monitor André me falou de 3 trilhas, a da Chuva, a da Lagoa e a do Morro do Sapo. A primeira estimada em 2h, a segunda em meia hora e a última em cerca de 4 horas não seria viável, pois já eram 13 horas e o último ônibus saía as 18:15 a 4 Km de distância. Mesmo assim eu acabei conseguindo fazer as 3. A primeira em 1:30, a 2.a em meia hora, pois eu errei o caminho de volta e a última em 2 horas, pois fiquei tão concentrado e preocupado, que acabei indo rápido. No meio da primeira trilha começou a chover e me ensopou, mas nada que me aborrecesse, mesmo porque ela incluía 6 travessias do rio ::cool:::'> (só os raios estavam me deixando um pouco preocupado). Na 2.a trilha pude apreciar capivaras na lagoa ::cool:::'>. Comecei a subida para o Morro do Sapo cerca de 15:15 decidido a ir somente até a metade do caminho e voltar, mas gostei tanto da trilha, que resolvi arriscar e ir até o mirante. O monitor havia-me dito que depois da ponte do meio do caminho eu poderia ter dificuldade, pois havia algumas bifurcações sem indicação clara, porém procurei seguir o caminho que eu achava mais razoável e não achei nenhuma bifurcação que realmente me confundisse, sendo que num trecho da trilha havia alguns plásticos azuis amarrados nas árvores para indicar o caminho. Quando os sinais dos plásticos já haviam sumido há algum tempo após eu ter feito uma escolha numa bifurcação, vi um sapo grande branco rajado, o que me pareceu um bom sinal de que eu estava no caminho certo. Logo após vi uma placa indicando o mirante. Achei a vista lá de cima muito bela ::otemo:: , tanto da floresta quanto do horizonte, que me pareceu ser o litoral lá longe. Fiquei algum tempo contemplando a vista dos 2 pontos de observação. Quando começou a chover novamente decidi começar a voltar, já me conformando em perder o ônibus e ter que andar cerca de 6 Km adicionais para pegar o outro mais próximo que passava cerca de 19:30 ou então esperar o das 21:00. Porém quando cheguei de volta à sede e perguntei ao vigia ele me disse que eram 17:15, o que me permitiu ainda um último banho no rio que banha a entrada do parque. A entrada no parque foi gratuita e as passagens de ônibus custaram R$ 2,75 cada, perfazendo R$ 5,50 ao todo (com direito a todas as integrações na volta). Para informações sobre os ônibus veja http://www.seterb.sc.gov.br/horarioonibus/wpconsultainicial.aspx.

 

Desci até o ponto do ônibus e decidi passar na Vila Germânica para ver a iluminação de Natal, que não tinha visto no dia anterior. Apreciei a iluminação ::cool:::'> e depois passei pelo supermercado para comprar um pão caseiro ::cool:::'> para trazer para SP e voltei para o hotel.

 

Em 21/11 saí do hotel cerca de 6:45, cheguei no ponto de partida dos ônibus da Azul cerca de 7:30, tomei o ônibus para o aeroporto de Navegantes e voltei para SP, chegando na casa da minha mãe cerca de 12:50.

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