Montevidéu - 4 dias

torpida · Novembro 17, 2013

Relato de minha viagem de 4 dias a Montevidéu, espero que possa ser útil.

Mais fotos e textos no http://parttimelady.blogspot.com.br/p/uruguai.html

Montevidéu Dia 1

30/03/12

O dia começou cedo, como a ponte Rio-Niterói e imprevisível preferi madrugar a correr o risco de perder o voo. Do Rio para Porto Alegre, voo tranquilo, sem atrasos, e de Porto Alegre para Montevidéu idem. Chegamos em Montevidéu por volta das 15h. O aeroporto de Carrasco surpreende, é bem bonito e moderno, bem melhor que o Aeroparque em Buenos Aires. Primeiro passo foi achar um caixa eletrônico para ter alguns pesos uruguaios em mãos. O dinheiro uruguaio assusta um pouco, é estranho pagar 27 pesos numa água, tenho sempre lembrar que isso deve ser dividido por 10 pra obter o valor aproximado em reais.

Na saída do aeroporto é sempre bom lembrar de não pegar os taxis brancos, pois eles são mais caros. A dica e ou sair do aeroporto e pegar os taxis azuis ou pegar uma van . Nós optamos pela segunda opção que por 20 reais cada, nos deixou na porta da nossa hospedagem.

Una Noche Más, é um breakfast & bed, que escolhemos pra ficar em Montevidéu. É pequena, com quatro quartos apenas, e os donos Eduardo e Carla são uns amores. A casa é fofa demais, com uma decoração linda, amei! Após, conhecermos nossos quartos fomos passear nas Ramblas de Punta Carretas, o bairro onde estávamos hospedados. Queriamos alugar uma bicicleta em Punta Carretas e ir pedalando pela Rambla até Pocitos, mas como não conseguimos a solução foi ir andando até Pocitos e lá alugar as bicicletas.

A Rambla é a orla do rio De La Plata, é bonita e bem turística aqui no Uruguai. Os uruguaios correm, andam de bicicleta e sentam para tomar Mate. Falando em Mate, você o vê nas mãos de quase todos os uruguaios. Raríssimo ver um uruguaio sem sua cuia de mate e sua garrafa térmica na mão. Os uruguaios são bastante simpáticos, sempre dispostos a ajudar o turista confuso na rua. As vezes nem é preciso pedir informação, eles reconhecem nossa cara de perdidos e se oferecem pra ajudar.

Após uns 15 minutos andando pelas Ramblas de Punta Carretas chegamos em Pocitos, e logo no comecinho achamos umas bicicletas pra alugar por 50 pesos a hora. Seguimos direto pela Rambla até a Luiz A. Herreras ( é um longo caminho pedalando). Nessa rua, nas proximidades do Shopping Montevideo, se encontram muitos bares. Escolhemos o Berlusque para tomar uma cerveja uruguaia, Zilerta, e comer alguma coisa. Após foi o caminho reverso pela Rambla ate a praia de Pocitos, devolver a bicicleta e pegamos um taxi para B&B por menos de 60 pesos. O plano era descansar e sair pra aproveitar a noite de Montevidéu mas caímos no sono e só acordamos na manhã seguinte.

A impressão inicial de Montevidéu foi boa. Cidade limpa, arborizada, pessoas educadas e bonitas. Só achei a cidade meio vazia pra uma sexta feira, não tem toda aquela agitação de Buenos Aires.

Montevidéu Dia 2

31/03/12

Quase perdemos o café da manhã. O destino hoje foi o centro de Montevidéu, pegamos o ônibus 117 até a Plaza Cagancha que é o marco 0 da cidade. É uma praça simpática, ao redor fica a feira de artesanatos ( que não entramos), e o Palácio dos Tribunais. Voltamos 2 quadras e na esquina da 18 de Julio com Yi fica a Fuente de Los Candados, onde os namorados gravam suas iniciais em cadeados e os prendem a fonte e que as pessoas voltaram ao local com seus pares, e o amor será eterno. São milhares de cadeados. Dizem que tudo começou quando o dono de um restaurante que ficava nessa mesma esquina começou essa tradição visando ter um ponto turístico neste local.

Continuamos pela 18 de Julho, rua central de Montevidéu, uma espécie de Avenida Paulista de lá. A rua tem bastante comércio. Levando em consideração que achamos a cidade meio vazia, a 18 de Julho até que estava um pouco movimentada. Seguimos até a Plaza Independencia, onde no subsolo fica o mausoléu do General Artigas, estava fechado nesse dia e não pudemos entrar.

Na esquina da praça, fica o Palácio Salvo que é um dos cartões postais do Uruguai, e já foi o prédio mais alto da América Latina. Na praça o Museu de la Casa do Govierno . O Teatro Solis fica em uma das esquinas da praça, existem visitas guiadas mas só tiramos fotos externas. Ainda em frente a praça se encontra a Puerta de La Ciudadela, entrada para a Ciudad Vieja.

Como sempre, os centros históricos são o que mais me atraem em qualquer cidade, e não foi diferente em Montevidéu. Adorei o bairro com suas ruas estreitas e a arquitetura antiga. Seguimos pela Rua Sarandi onde existem algumas feiras, restaurantes, lojas de souvenir e etc.

Passamos pela praça Matriz onde fica a igreja de mesmo nome. Na praça estava tendo uma feirinha animada e compramos algumas coisas por lá. Continuamos na Sarandi até a Perez y Castellano, uma rua que vai dar no Mercado Del Puerto.

O Mercado del Puerto e parada obrigatória em Montevidéo. Existem um considerável número de restaurantes, todos com a tradicional Parrillada, algumas lojas de souvenir e alguns pintores vendendo seus quadros. Escolhemos o Ottonello para comer. A essa hora já estávamos morrendo de fome. Cynthia pediu um Chivito ( tradicional sanduiche uruguaio) e eu Parrilla com papas fritas e arroz.

Depois do almoço, e de uma volta pelo mercado, voltamos pra Sarandi e seguimos ate o fim da rua para a Escollera Sarandi que é um píer onde algumas pessoas ficam pescando. Descansamos, admiramos a vista e voltamos pra Plaza Independencia, com parada na Freddo pra um daqueles sorvetes maravilhosos. Pegamos de volta o 117 até o Punta Carretas Shopping. Demos uma pequena volta e voltamos pro B&B. A noite foi pizza com cerveja.

Montevidéu Dia 3

01/04/12

De novo, perdemos o café da manhã. Saímos do B&B por volta das 10h e o destino foi El Cero de Montevideo. Lugar distante, difícil ir sem ser de carro, pegamos um taxi que deu cerca de 420 pesos. O taxista se ofereceu pra nos esperar com o taxímetro ligado alegando que seria difícil conseguir taxi pra voltar mas os soldados do forte se ofereceram pra pedir um taxi pra gente quando quiséssemos ir embora.

Voltando ao El Cero, é o ponto mais alto de Montevidéu, com uma bela vista, e no topo existe uma fortaleza/ museu militar cuja entrada custa 20 pesos para tirar fotos e ver o museu. Os soldados e moradores não recomendam ficar turistando fora do forte, por o local ser um pouco perigoso.

Museus militares não me atraem muito, o passeio valeu pela vista, que é encantadora.

Depois de muitas fotos, o destino foi a feira Tristan Navaja, na rua de mesmo nome. A feira ocorre todos os domingos e é realmente enorme, não se restringe só a Tristan Navaja e se estende por outras ruas paralelas e transversais. É super lotada e se vende de tudo, de doces de leite e frutas a animais e móveis, além dos clássicos souvenirs.

Depois de algumas compras e de comer uns panchos maravilhosos com queijo e bacon, e tomar uma Pilsen pra refrescar pegamos um ônibus em direção a Punta Carretas, e saltamos no Parque Rodó.

Como domingo é o dia oficial das feiras, nem é preciso dizer que também estava tendo uma lá. O parque é enorme, e muito bonito. Pessoas deitadas na grama, casais passeando, crianças brincados, pedalinhos, parque de diversão e etc. O lugar é belo, de fato.

Nessa altura, minha prima e companheira de viagem já estava reclamando de cansaço, e voltamos ao B&B. Deixei ela lá e fui dar uma volta ainda pelo parque, assistir o por do sol na praia Ramirez, em Punta Carretas e ainda dei uma paradinha num Cassino pra perder alguns pesos uruguaios.

De volta, ao B&B, descanso e a escolha da noite foi voltar a Ciudad Vieja, onde tem muitos bares. O escolhido foi um pub irlandês, o The Shannon Irish Pub, onde provamos todas as cervejas disponíveis enquanto assistíamos o show de uma banda muito boa. Estava tudo muito bom, até o incidente desagradável que ocorreu no na madrugada, e que me levou a conhecer uma delegacia uruguaia. Não culparei a cidade nem os uruguaios pelo ocorrido pois fui bem acolhida em Montevidéu.

De manhã de volta ao B&B era hora de dormir um pouco pois em breve um voo de volta ao Brasil nos esperava.

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