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Viagem de carro Brasil - Uruguai - Argentina - Chile e Paraguai + trekking curto Aconcágua sem guia


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Fizemos essa essa viagem de carro, meu namorado eu, em março/13. Foram 21 dias viajando, sendo que por 03 dias fizemos um trekking no Aconcágua e creio que será interessante pra quem pretende se aventurar por lá sem guia. O custo total da viagem ficou em R$ 6.859,00, contado com seguros, "permissos", mapas para GPS, ficando de fora pequenas lembranças e presentinhos que cada uma comprou. O dólar turismo na época estava em torno de R$ 2,11 e o peso argentino R$ 2.40.

 

 

01/03/13 – São José do Rio Preto/SP a Marialva/PR

Saímos de São José do rio Preto em 01/03/13 as 18 horas, abastecemos e seguimos viagem com destino a Marialva, no caminho nos deparamos com a primeira surpresa da vaigem, a estrada que levava a Presidente Prudente estava interditada, por sorte havia um desvio passando por Brauna, pois o caminho passava obrigatoriamente por Presidente Prudente. Por volta das 22 horas paramos no Posto Amigão e fizemos um lanche rápido. Por volta da meia noite chegamos em Marialva, nos hospedamos no hotel Vinhedo, hotel confortável e com um ótimo café da manhã.

lanche posto 15,00

pedágio) 3,30

TOTAL R$ 18,30

 

02/03/13 – Marialva/PR a Foz do Iguaçu/PR

No dia 02/03 deixamos o hotel por volta das 09h30min rumo a Foz do Iguaçu, não paramos para o almoço e chegamos lá as 15h. A esta altura estávamos felizes com o desempenho do novo GPS do Manoel rs.

Ao chegarmos em Foz um casal de amigos, Paula e Guto, nos esperava pra uma visita à Usina de Itaipu. Realmente a usina é um grande projeto, enorme e digno de visita. Depois da visita fomos para casa de Paula e Guto onde ficaríamos hospedados, jantamos uma pizza comprada por perto e dormimos.

Hotel vinhedo 138,00

abastecimento 42,15 l 118,00

pedágio 9,20

pedágio 9,20

pedágio 9,20

pedágio 8,20

pedágio 10,80

pizza- jantar Foz do Iguaçu 30,00

TOTAL R$ 332,60

 

03/03/2013 – Foz do Iguaçu/PR

No dia seguinte iríamos até Ciudad Del Este para comprar algumas coisas (muambeiros! Rs). Por volta das 08h30min saímos para o Paraguai, o Guto, muito solícito, nos acompanhou. Em Ciudad Del Este muitas lojas estavam fechadas, mas como não tínhamos muito o que comprar, apenas umas encomendas feitas por colegas e outros itens como uma máquina pra mim, não tivemos muito problema em encontrar. Voltamos a Foz meio dia e meia e fomos almoçar em um restaurante com boa comida e um ambiente bem acolhedor, chamado Costela Grill. Brincamos que seria o nosso último almoço decente até o final da viagem, o que se comprovou uma verdade, pois comida farta e com preço acessível não encontramos fora do Brasil . Muitos cup noodles e bolachas kidlat rs.

Durante a tarde fomos conhecer as fantásticas Cataratas, realmente algo digno de ser considerado um patrimônio natural da humanidade, belíssimas. Depois da visita voltamos para a casa dos nossos anfitriões organizamos as coisas para seguirmos viagem no dia seguinte, comemos e dormimos.

Almoço rest. Costela Grill 46,50

Entradas + estac. Cataratas 65,00

02 águas cataratas 6,00

TOTAL R$ 117,50

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04/03/13 – Foz do Iguaçu/PR a Uruguaiana/RS

Acordamos 06h30min, tomamos café e fomos até uma casa de câmbio comprar pesos argentinos, o Guto foi com a gente até lá, nos despedimos e fomos procurar a Anvisa de Foz pra fazermos a carteira internacional de vacina do Manoel, o que tomou algum tempo, pois procuramos no aeroporto e lá não havia agência da Anvisa, fomos informados pela Infraero que a Anvisa só atendia no centro, seguimos para lá e em poucos minutos o Manoel conseguiu sua carteirinha. Seguimos para Uruguaina sob uma forte chuva, que felizmente não nos acampanhou por muito tempo. Fizemos o trâmite de migração na Aduna de Puerto Iguazu e oficialmente começamos nossa viagem em “terras estrangeiras” rs. Apesar de estar no carona achei muito legal estar em estradas estrangeiras, no começo é tudo novidade, no decorrer da viagem percebemos que são como no Brasil rs. Neste dia aconteceu o nosso primeiro “auto almoço on the Road” (vulgo cupnoodles), o primeiro de muitos, almoços à beira da estrada, comemos nosso macarrão instantâneo e satisfeitos seguimos em frente. Chegamos em Passo de los Libres, 21 horas, abastecemos ali, demos saída na Aduana e fomos para Uruguaiana procurar hospedagem, tivemos um pouco de dificuldades, mas depois de 3 tentativas resolvemos ficar no hotel Montecarlo. Era o último quarto disponível e o café começava apenas as 7 horas (pra nossa surpresa esse foi um dos café mais adiantado que tomamos).

pedágio 1,69

Abastec. 20,14 l 65,41

Abastec. Passo de los libres 36,49 l 113,94

Colaboración 2,11

abastecimento 42,97 l 124,05

jantar rest. Uruguaiana - filé 38,00

Hospedagem Uruguaiana - hotel Montecarlo 100,00

TOTAL R$ 445,20

 

05/03/13 – URUGUAINA/RS A MONTEVIDÉU

Tomamos o café, super farto e gostoso e fomos procurar casa de câmbio para comprarmos pesos uruguaios. Neste momento fomos surpreendidos por muitas lojas ainda estarem fechadas depois das 8 horas da manhã, parece que é um costume incorporado dos países vizinhos onde tudo abre mais tarde do que o costumeiro no Brasil. A casa de câmbio abria também às 9 horas, enquanto isso demos uma volta pela cidade, e assim que abriu, fomos comprar os pesos uruguaios. Voltamos ao hotel, pegamos o carro e as 9:30 saímos para Montevidéu. Passamos pela Aduana, fizemos os trâmites de entrada no país e seguimos viagem.

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A estrada para Montevidéu é ainda mais tranquila que a de Foz do Iguaçu a Passo de Los libres/Uruguaiana, em quase toda viagem o percurso foi em pista simples, desta vez com menos movimento de veículos que no dia anterior. Fizemos nosso almoço, vulgo cupnoodles, debaixo de grandes árvores no caminho, satisfeitos, fomos em frente. Paramos para abastecer em uma cidadezinha no caminho, e o preço da gasolina era bem maior do que supúnhamos.

Chegamos a Montevideú às 19h30min, ainda pudemos ver a luz da tarde sobre o Rio da Prata.Chegamos ao Hostel MVD Live sem muita dificuldade, mas a nossa reserva pra cama de casal não havia sido repassada pelo booking.com e fomos acomodados em um quarto com duas beliches, o que no momento causou certa tensão, mas como não havia o que fazer, deu-se o assunto por resolvido. Fomos procurar o estacionamento que havia ali perto pra deixar o carro e voltamos ao hostel para tomarmos banho e sair pra jantar. O recepcionista do Hostel nos indicou um restaurante não muito longe, chamado Las Palmas, que fica na Av. 18 de julho, uma das principais avenidas de Montevidéu e próxima ao hostel. Chegamos lá e fizemos nosso pedido a um garçom não muito simpático, quando os pedidos chegaram, frango acompanhado de arroz para o Manoel e peixe com fritas pra mim, tivemos uma enorme decepção, tudo veio encharcado de óleo, havia óleo para mais uns 6 pratos como aqueles rs. Comemos, afinal, tínhamos pedido e estávamos com fome. Na hora de pagar a conta, bem acima do “benefício” que tivemos, deixamos uma pequena gorjeta para o garçom mal humorado, por ser praxe e ele ainda fez cara feira e resmungou. Não voltar mais ao Las palmas, anotado! Retornamos ao hostel e fomos dormir, o café da manhã no hostel começava às 8 horas.

Abastec. Salto - 21,37 l (38670 km) 87,00

pães p/ pancho 5,83

pedágio 6,05

Abastec. Young 16,212 l 66,01

pedágio 6,05

jantar Las palmas - caro, comida ruim, atend. Ruim 60,51

Buquebus p/ 07/03/13- saída 20:01 357,50

TOTAL R$ 588,94

 

06/03/13 - MONTEVIDÉU

Acordamos tarde, 9 horas, pois estávamos meio cansados e fomos tomar o café da manhã, tinha pão feito ali mesmo, na máquina, chá, café, leite, geléia e doce de leite à vontade. Comemos e fomos passear pela cidade. Só teríamos aquele dia, então resolvemos andar pela cidade para conhecê-la. Seguimos pela 18 de julho, entramos em muitas livrarias, lojas de presentes, compramos cadeado pra deixar na Fonte dos Cadeados, paramos pra almoçar nosso lanchinho numa praça, visitamos uma galeria de artesanato e depois de caminharmos bastante chegamos à Praça da Independência, bem bonita, e tomada por turistas, na sua maioria brasileiros.

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Após passarmos pelo portal que marca a entrada da Ciudad Vieja, tinha muitos vendedores de rua e mais a frente uma feira de antiguidades, com os objetos mais inusitados para chamar de “antiguidade”, torneiras, vidros de azeitonas, garrafas de coca cola, tudo muito caro, afinal é um comércio voltado para turistas.

Como estávamos perto do rio, fomos ver a imensidão do Prata. Depois voltamos para a 18 de julho, comprar algumas lembrancinhas da cidade (e procurar banheiro pra mim, que depois de muita procura pelas galerias, fomos informados por uma senhora que só havia no McDonalds, que eu entendi “Madonas” e achei que fosse uma loja de departamentos kk). Compramos casquinhas pra eu poder usar o banheiro rs. Olhamos algumas lojas e fomos procurar um lugar pra jantar. Ainda com medo da decepção no jantar anterior, optamos por uma pizza, que pra nosso alívio estava gostosa e o preço não era extorsivo. Fomos para o hostel nos organizar, pois, no dia seguinte, 07/03, iríamos para Buenos Aires. Acabamos mudando nossos planos na noite anterior à ida a Baires, pois ainda em Foz fomos comprar a passagem para o Buquebus, balsa que faz a travessia de Colônia do Sacramento no Uruguai para Buenos Aires/Argentina. Não tínhamos ideia que as passagens se esgotavam tão rapidamente, pretendíamos ir no horários das 12:45 no dia 07/03, mas só conseguimos vaga no barco que demora 3 horas pra fazer o trajeto, às 20:01h. Diante deste fato resolvemos ir conhecer a famosa Punta Del Leste, a pouco mais de 130 km de Montevideu, antes de ir pra Colonia. Ao ler sobre Punta no guia da América do sul, presente do Manoel, li sobre Piriápolis, que dizia, ser Piriapolis uma cidade que tinha montanhas e praias e estava no caminho para Punta. Pareceu-nos bem atraente.

Cadeado – para colocar na fonte dos namorados 2,20

Cadeado – para colocar na fonte dos namorados 2,20

02 Cocas 11,00

Pizzaria La Passiva - av 18 de julho - Montevideu 35,86

MC Donalds (Madonas = banheiro) 5,50

Mercado - água e batata 12,76

TOTAL R$ 69,53

 

DIA 07/03/13 - MONTEVIDÉU/PIRIÁPOLIS/PUNTA DE LESTE/COLONIA A BUENOS AIRES

Acordamos, tomamos café, pegamos o carro no estacionamento, abastecemos (gasolina mega cara) e fomos para Piriápolis e Punta. Muitos pedágios pelo caminho, e cerca de 100 km depois chegamos a Piriápolis, uma cidadezinha muito charmosa, com casas lindas à beira mar, o clima estava meio nublado, mas foi tudo perfeito. Almoçamos nossos cupnoodles próximo a um lago na saída para Punta. Passamos por Maldonado, que a princípio achamos ser Punta Del Leste, mas depois vimos que Punta é mesmo só a Península que fica na avenida que margeia o mar de Maldonado até lá. As duas cidades são muito bonitas, muito luxo por toda parte, passamos pelo famoso Cassino Conrad e fomos direto procurar a praia onde fica o monumento La Mano. O encontramos na Praia Brava, tiramos fotos, fomos ver o mar, passeamos um pouco e retomamos viagem, afinal deveríamos estar em Colônia Del Sacramento até as 18 horas.

 

Muitos pedágios novamente, estradas calmas e às 18 horas chegamos a Colônia. Vimos pouco da cidade porque precisamos seguir para o terminal do Buquebus, que funciona basicamente como um aeroporto, como o carro embarcaria junto, o deixamos no estacionamento dos veículos a serem embarcados e fomos fazer nosso check in. Depois do check in passamos pela migração, que está integrada, fazemos a saída no Uruguai e damos entrada na Argentina em sequência. Às 19h os donos de veículos foram chamados ao estacionamento para embarcarem os veículos, sem os acompanhantes. As 19h20min todos os passageiros foram chamados a embarcar. Encontrei o Manoel já dentro da balsa. O visual do final do dia era lindíssimo, vimos a luz do final do dia beijando o rio da Prata. Como o frio era grande voltamos para dentro assim que anoiteceu e fomos procurar algo pra comer, só havia uma lanchonete dentro da embarcação, que também tem um free shop. Os preços na lanchonete, assim como nos aeroportos, eram muito caros, e os lanches bem fraquinhos. Mas como estávamos com fome, lanchamos/jantamos lá mesmo. Depois do assalto/lanche/janta, fomos nos acomodar, as poltronas eram bastante confortáveis, descansamos um pouco, eu dormi e às 22 horas chegamos em Buenos Aires. Desembarcamos com o carro e fomos procurar o estacionamento que existe no próprio Buquebus pra deixar o carro. Na internet havia informação que o preço da diária era de 60 pesos, no entanto, ao chegar lá, constatamos que custava 100 pesos. Como não tínhamos conhecimento de estacionamentos próximos ao hostel, que tentei contatar várias vezes, por vários meios, pra saber se havia algum próximo, mas não obtive resposta, deixamos o carro lá mesmo. Saímos do terminal de ônibus pra tentar buscar um táxi mais barato, tomamos um na avenida Belgrano, que passa ao lado do terminal, e seguimos para o Hostel. Chegamos às 23 h, o hostel é bem velhinho, o banheiro compartilhado estava bem menos cuidado do que em Montevideu, mas hostel é assim mesmo. No dia seguinte tínhamos uma extensa “programação”. O café nesse hostel só era servido a partir das 9 horas.

táxi Baires - Buquebus ao hostel 14,35

Estacionamento 2 dias - Montevideu 41,80

Mercado - funil e banana 6,60

Abastec. Saída Punta - 28,38 l 115,51

Pedágio 6,05

Pedágio 4,95

Pedágio 1,10

Pedágio 6,05

Pedágio 6,05

Pedágio 6,05

Pedágio 6,05

Hostel MVD - bom no conceito de hostel 168,80

TOTAL R$ 383,37

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Dia 08/03/13 - BUENOS AIRES

Às 9:30 fomos procurar o café, não havia café e nem recepcionista rs. Um hóspede nos informou que era “temprano” ou cedo ainda, para o café rs. Fomos ao nosso passeio e o Manoel encontrou um Starbucks, franquia de cafés que eu adoro, tomamos nosso café lá. Café tomado, fomos ao Congresso, passamos pelas lojinhas, tiramos fotos dos prédios de bela arquitetura que existem em Buenos Aires. Antes de chegarmos à Plaza de Mayo, compramos empanadas e torta de uma ambulante, refrigerante em um kiosco e tivemos um almoço “especial”, sem cupnoodles rs. Comemos sentados no meio fio da praça, olhando os belos prédios ao redor. Tiramos fotos da Casa Rosada e fomos passear pela Rua Florida. Lá compramos equipamentos, casaco e mochila, pra o trekking que faríamos no Aconcágua nos próximos dias. Fomos à Galeria Pacífico, apenas para conhecer mesmo, demos uma olhada e voltamos ao nosso roteiro, Iríamos ao Cemitério da Recoleta. Longo caminho até lá, meus pés já doíam. Chegamos lá por volta das 15h45min, vimos o túmulo da Evita Peron, e tiramos algumas fotos do lugar, com suas belas estátuas. Antes das 17 horas saímos de lá rumo à Livraria El Ateneo da avenida Santa Fé, que está instalada no prédio de um antigo teatro, o que a torna muito especial. Além de muitos títulos, uma arquitetura toda preservada e ainda conta com um café. Tínhamos planos de ir ver o pôr do sol em Puerto Madero, mas estávamos cansados demais pra isso, paramos pra comer Kidlat numa pracinha próxima à El Ateneo, descansamos e começamos o caminho de volta. Desta vez fomos de metrô. Chegamos no hostel, tomamos banho e saímos pra jantar. Comemos uma pizza num bar/restaurante próximo ao hostel, que fica em San Telmo. O bar chama-se El Secreto, é bem agradável, comemos nossa pizza, pagamos um preço justo e ainda tivemos um sorvete de sobremesa. Sendo hoje dia 08/03, dia internacional da mulher, o jantar foi um presente do Manoel rs.

Almoço - torta e empanadas 7,60

Almoço - torta e empanadas 7,60

02 refris 7,60

café da manhã starbucks 10,55

café da manhã starbucks 10,55

água 2,11

metrô 2,11

metrô 2,11

Hostel Mantengase - café muito tarde - banheiro sujo 99,17

TOTAL R$ 149,39

 

Dia 09/03/13 - BUENOS AIRES A MENDOZA

A princípio, nossa programação era sair de Buenos Aires e irmos até San Luiz, 700 km de distância. Neste dia fomos parados pela polícia argentina e multados por conta dos faróis que estavam apenas em meia luz. Foi um pequeno transtorno e ficamos com um pouco de receio, no fim, guardamos a multa como lembrança rs.

Durante o caminho pensamos na possibilidade de irmos direto pra Medoza, 265 km depois de San Luiz, pois o dia tinha rendido bem, e assim acordaríamos já em nosso destino, sem necessidade de outro dia dirigindo. Assim decidido paramos em um posto pra procurar um hotel, encontramos o Hotel Petit, que tinha preço e jeito de hostel e seguimos direto pra Mendoza. A estrada até San Luiz era boa, e depois que passamos pela cidade, bem grande por sinal, ingressamos em uma rodovia de pista dupla, toda iluminada, achamos que o caminho seria apenas perto da cidade, mas andamos 100 km com a estrada iluminada. Depois seguimos por estradas em boas condições, dupla, mas sem iluminação. Ah e claro, muitos pedágios, muitos pedágios no Brasil, Uruguai e Argentina, não muito caros, mas em grande quantidade.

Chegamos ao hotel em Mendoza às 23h30min. A cidade é imensa, mas o Manoel não teve dificuldades. Chegamos ao hotel, tomamos banho e dormimos. O Sono era maior que a fome.

táxi hostel ao buquebus 25,32

Estacionamento 2 dias - BUQUEBUS 84,40

Abastec. Baires 39,807 l N.P. 118,58

Café da manhã padaria - 6 medias lunas + 1 café c/ leite 11,61

Pedágio 1,69

Pedágio 1,69

Pedágio 3,38

Pedágio 3,38

pedágio 2,53

Abastec. Baires 34,815 L 398,9 km 116,05

Abastec. 21,77 L 247,7 km 67,52

pedágio 2,11

abastec. 13,768 L 165,5 km 46,42

Pedágio 2,53

Pedágio 2,53

Pedágio 1,69

Pedágio 1,27

TOTAL R$ 492,69

 

 

Dia 10/03/13 - MENDOZA

Domingo,acordamos 08h30min, tomamos café da manhã, bom para os padrões argentinos/uruguaios, fizemos o check out, pois tinha reserva em outro hostel pra esse dia, e fomos comprar nossos permissos para o trekking. Como era domingo, tudo estava fechado na cidade, por sorte o ministério do turismo abre num horário especial aos domingos e feriados, então conseguimos preencher os formulários e emitir a taxa para emissão do permisso. A tarefa difícil seria pagá-lo. Os lugares possíveis estavam fechados, a informação era de que talvez abrissem mais tarde. Fomos procurar um mercado grande aberto pra comprarmos vinhos e a alimentação para o trekking no Aconcágua. Em meio a tantas opções encontramos apenas uma lojinha aberta, mas com muitas lembrancinhas e vinhos. Compramos algumas coisas lá e continuamos a procurar um mercado pra comprar alimentos para o trekking. Perto das 11h30min encontramos um Carrefour, compramos alimentos e água e mais vinhos rs. Fomos até o lugar onde disseram que poderíamos pagar as taxas. Estava aberto, pra nosso alívio, mas tinha uma só atendente que estava atendendo outra pessoa e demorou muito, o Ministério do turismo fecharia em 20 minutos. Finalmente fomos atendidos e o Manoel saiu correndo pela av. San Martin até o Ministério do Turismo pra emitir o permisso, eu, de chinelos, e “tomada pela emoção” kk... saí correndo atrás rs.

Chegamos em cima da hora, mas os atendentes, que foram sempre solícitos, nos atenderam e finalmente tínhamos os permissos (que é o nome que dão à autorização para entrar no Parque Provincial Aconcágua).

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Permissos em mãos, fomos almoçar, encontramos um restaurante que ficava em um hotel, almoçamos lá, lugar simples, comida simples e preço justo. Depois das 13h alguns estabelecimentos começaram a abrir, mas em sua maioria continuaram fechados. Mendoza é uma cidade muito bonita, com ruas largas e arborizadas, e durante o domingo, muito calma, realmente um grande prazer caminhar por suas ruas.

Pegamos o carro que havia ficado estacionado em uma rua longe e fomos procurar o outro hostel que havia reservado. O hostel chama-se Simplemente Mendoza. A recepção e a área de convivência já não agradou muito. Mas o dono e o ajudante foram solícitos. Deixamos o carro em um estacionamento ao lado e fomos conhecer nossa “habitacion”, até lá passamos por um pátio/corredor com muito lixo amontoado, em frente a nossa porta havia o banheiro que seria compartilhado, minúsculo, segundo o Manoel era 3 em 1. Podia-se usar o sanitário, escovar os dentes e tomar banho ao mesmo tempo kk. Ao lado do banheiro tinha um quarto coletivo. Ao adentrarmos o quarto eis a grande surpresa, a janela do quarto dava para o tal pátio/corredor, onde todos passavam, o vidro era claro e a cortina era um pano transparente, ou seja, ficaríamos numa espécie de quarto “big brother”. Realmente achei demais, segundo o Manoel eu tive um ataque de pelanca rs e falei que não ficaria lá. Já tinha perguntando no hotel anterior se tinha vaga pra mais essa noite e haviam dito que sim. Sendo assim, falamos com o dono do hotel Simplemente Mendoza, simplesmente horroroso, e voltamos ao Petit. Quando chegamos ao Hotel Petit resolvemos arrumar nossas coisas e equipamentos para o trekking que faríamos de 11/03 a 13/03, ou seja, que começaria no dia seguinte, ficamos horas no estacionamento ajeitando tudo, por volta das 19 horas estava tudo pronto. Voltamos ao hotel, descansamos e saímos pra jantar. Comemos uma pizza em um restaurante na rua Las Heras, chamado Monkey, a pizza era boa, e num telão passava clipes de músicas excelentes. Uma noite deliciosa. Infelizmente deixamos Mendoza sem visitar as livrarias que o Manoel queria tanto conhecer, uma pena, mas é uma cidade pra voltar.

almoço Mendoza - rest. Hotel - bife a lo pobre 38,82

hospedagem Hotel Petit - bom hotel 113,94

permisso Aconcágua 295,40

permisso Aconcágua 295,40

sorvete 5,06

jantar pizzaria Monkey -com música boa 29,54

sorvete 5,06

compras Carrefour - alimentação trekking 67,03

TOTAL R$ 850,27

 

 

11/03/13 – MENDOZA A ACONCÁGUA

Na segunda-feira tomamos café da manhã e seguimos para o Aconcágua. Foram 200 km fantásticos, a paisagem da estrada é simplesmente maravilhosa, em meio à cordilheira dos Andes, lindíssima, só essa vista compensa a viagem de carro. Paramos várias vezes pra tirar fotos, é de tirar o fôlego e perigosa. Muitas curvas margeando precipícios. Depois de 140 km passamos por uma cidade chamada Uspallata que ficamos conhecendo por conta de relatos de outros viajantes de carro que a mencionaram. Passamos por ela e continuamos, passamos direto por Puente Del Inca, povoado onde tem uma formação rochosa bastante peculiar e belíssima. Chegamos à entrada do tão desejado Parque provincial Aconcágua, fomos até o mirador que existe ali e tivemos uma pequena amostra do frio congelante e dos ventos fortes que nos esperavam durante o trekking. Resolvemos retornar até Puente Del Inca pra comermos e visitarmos o monumento natural. Chegamos lá e fomos seduzidos pela feirinha de “artesanias”, compramos umas lembrancinhas, tiramos a fonte da Puente Del Inca e comemos a melhor pizza da viagem.

 

Voltamos ao parque, fizemos o check in e recebemos nosso saco de lixo numerado que deve ser devolvido com todo o lixo que produzirmos durante o trekking, na saída, com multa pra quem não entregar.

 

Iniciamos nosso trekking às 14h30min com temperaturas muito baixas e um vento que quase nos jogava no chão. Sentia-me em um filme, nunca vi uma paisagem tão linda, totalmente diferente do que estou acostumada morando em Rondônia, em plena Amazônia. Fiquei deslumbrada com a imensidão das montanhas, foi mágico pra mim. Porém, a subida não foi nada mágica, enfrentamos um desnível de 450 m de altitude, ou seja, uma caminhada cansativa, a temperatura começou a ficar mais amena, e o vento também.

 

Ao chegarmos mais perto de Confluência, lugar onde dormiríamos, o caminho era mais aberto e o vento era violento, manter-se em pé tornou-se novamente um desafio. Depois de 3 horas de caminhada chegamos à Confluência, que é o primeiro lugar a se acampar para as pessoas que vão escalar o Aconcágua. A partir daí toma-se outros caminhos, que depende de qual rota do Aconcágua o montanhista vai escalar. Rota normal, toma o caminho de Plaza de Mulas, oito horas de caminhadas dali, para escalar a temida face sul,rota que apenas poucos montanhistas do mundo conseguiram fazer, toma-se o caminho de Plaza Francia, a 5 horas de caminhada. No nosso caso não tentaríamos o cume, apenas faríamos um trekking até Plaza Francia e dormiríamos duas noites em Confluência. Quando decidimos fazer esse trekking buscamos bastante informações na internet, mas ao digitar trekking aconcágua, o que aparecia eram diversos sites de empresas que oferecem esse site, seja aqui ou na Argentina, e pasmem, o preço ficar em torno de USD 2.550,00.

 

Chegamos a Confluencia às 17h30min sob um céu ameaçador, o vento estava ainda mais forte do que quando começamos a caminhada e a temperatura havia baixado muito. Enquanto o Manoel falava com o guarda parque, eu saí correndo para o único banheiro que havia disponível ali, pequeno, sem trinco, tinha que ficar segurando a porta q teimava em ficar aberta por conta do vento, e o pior, a descarga não funcionava, e parece q não funcionava há muito tempo, pois o estado do vaso era pavoroso, mas como não havia alternativas (não se pode fazer ao natural no parque rs) tive que usá-lo. Voltei para ajudar o Manoel com a barraca, montamos a barraca brigando com o vento, e o Manoel colocou pedras para assegurar que a barraca não voasse (e mesmo assim quase voou rs). Barraca armada, entramos, fizemos um cup noodles (esse sim não nos abandona, ao contrário do Rexona rs), comemos e ficamos lá deitados tentando nos aquecer e ouvindo o vento feroz.

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Eu não saí mais da barraca, mas o Manoel teve coragem pra ir ver o céu e as estrelas e tentar fazer alguma foto, voltou logo e pois estava frio demais. A noite foi muito difícil pra mim, tive febre e nada me aquecia, coloquei todas as roupas, o Manoel colocou o edredon por cima de mim, ficou encostadinho e nada, me sentia gelada, fora o desconforto , chão duro, isolante fino, e nenhuma posição era confortável. Depois de algumas horas, a febre passou e comecei a setnir muito calor, e dor de cabeça devido à altitude Não tivemos tempo de aclimatar, então já senti os efeitos dos 3400 msnm. No dia seguinte iríamos até Plaza Francia, mas só depois de passarmos pelo médico do Parque que segundo nos foi informado, só chegaria por volta das dez horas.

Abastec. Mendoza 23,955 L 288,6 km 69,65

almoço Puente del Inca - Melhor pizza da viagem 29,54

hospedagem Hotel Petit - bom hotel 99,17

TOTAL R$ 198,36

 

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Dia 12/03/13 - ACONCÁGUA

Levantamos às 8 horas, e a manhã estava extremamente gelada, tomamos coragem pra ir escovar os dentes, e ao fazer isso descobrimos que o médico já estava lá, escovamos os dentes e passamos pelo médico que nos deu ok pra continuar o trekking. Fizemos nosso chá, digo, suco de pacotinho quente (recomendo o de abacaxi com hortelã, ficou muito bom rs) e biscoitos kid lat. Saímos de Confluencia quase 11 horas, e o caminho já começou duro, muitas subidas, muito expostos ao vento, o que aumentava ainda mais a sensação de frio.

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A trilha é exaustiva, mas com umas das paisagens mais incríveis que já havia visto. Depois da primeira hora, a dificuldade aumentou muito, dávamos dois passos e parávamos pra respirar. As duas primeiras horas foram as mais duras, com muita subida, sem descanso, depois disso, começamos a caminhar por um vale, de onde já víamos, com grande satisfação, a linda face sul do Aconcágua.

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Por volta das 15h vimos a placa indicando o mirador, que felicidade!! Estávamos muito cansados e o vento não dava trégua. O mirador fica em um morro e lá o vento era mais intenso... fiquei um pouco lá e desci até uma pedra logo abaixo pra me esconder do frio enquanto o Manoel apreciava a vista lá de cima. Quando ele foi até mim, eu acordei, porque consegui cochilar por uns dois minutos encostada naquela pedra rs. Estávamos completamente felizes por chegarmos lá, por ter a tão temida face sul à nossa frente, linda, soberana e senhora de muitas histórias. Tiramos fotos, apreciamos e apreciamos, mais fotos e era hora de voltar para Confluencia.

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A volta, assim como na ida, tivemos a trilha só pra nós, não encontramos mais ninguém fazendo o trekking.

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Achei que a volta seria mais tranqüila e rápida, mas pra nossa surpresa, o acampamento não chegava nuncaaaa! Num momento o Manoel verbalizou o que eu estava pensando fazia alguma tempo “não chega nunca “ kk. Andamos, andamos e 4 horas depois chegamos ao acampamento, totalmente exaustos, entramos na barraca e dessa vez não teve nem janta, só tentamos dormir com o vento quase levando a nossa barraca rs.

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13/03/2013 – ACONCÁGUA A USPALLATA

Acordamos por volta das 8 horas, muito frio ainda, faltava coragem pra desmontar a barraca e ajeitar tudo, mas como ninguém faria por nós, começamos a juntar tudo.

 

Por volta das 09h30min deixamos Confluência, olhamos bem pra aquele acampamento e seguimos para a portaria, decidimos tomar “café da manhã” no caminho, quando o sol surgisse, no entanto, a vontade de chegar nos fez seguir sem o café da manhã rs. Quando vi a ponte nem acreditei que estávamos tão perto, encontramos um grupo que estava começando a o trekking e também iriam até Plaza Francia, demos algumas dicas e seguimos em frente. Por volta do meio dia fizemos o check out, tiramos mais umas fotos, demos adeus ao parque, e fomos almoçar em Puente Del Inca aquela pizza super gostosa da lanchonete que tem lá rs. Comemos e começamos a pensar onde iríamos pernoitar, cogitamos ficar ali no povoado mesmo, mas tínhamos que abastecer e também como gostamos muito de Uspallata resolvemos voltar até lá. Chegando lá consultamos vagas e preços em alguns hotéis que tinham praticamente todos o mesmo preço, em torno de 300 pesos. Optamos por ficar no El Montanhês... ah banho quente, como eu te quero! rs. Ficamos por lá descansando, e no final da tarde saímos pra passear na cidade, que é bem pequena e simples, poucas ruas pavimentadas. Compramos algumas lembrancinhas e tomamos um chocolate quente num lugar chamado Tibet Bar, super lindo, com o teto feito de vigas expostas, muito charmoso e acolhedor. Tomamos o chocolate e continuamos nosso passeio, mais algumas lembrancinhas e voltamos o hotel deixá-las no carro.

Pesquisamos alguns restaurantes e escolhemos um que tinha um ambiente bem familiar, lá tinha um grande forno exposto de onde saíam empanadas quentinhas. Pedimos duas milanesas, empanas de entrada e eu pedi vinho pra beber... Eu toda feliz e contente tomando o meu vinho, o primeiro da viagem, com o sentimento de missão cumprida depois do trekking, se achando com o direito de comemorar e nesse sonho lindo sinto algo sólido na boca, cuspi e qual a minha surpresa ao ver que era um lindo mosquito rs... coloquei de ladinho e o Manoel veio todo curioso ver o que era... Em outros tempos ficaria horrorizada, mas depois de umas trilhas, alguns acampamentos, esse tipo de coisa perde o brilho, chamei o garçom e pedi pra trocar de vinho, não duvido que fosse da mesma garrafa kkk... continuamos a nossa bela noite de comemoração. Depois fomos para o hotel, bem alimentados e satisfeitos rs!!

almoço Puente del Inca - Melhor pizza da viagem 29,54

Chocolate quente - tibet bar - lindo/aconchegante/boa musica 11,82

jantar - 3 jotas - boa comida/empanada - mosca vinho 42,62

Hotel El Montanes - 126,60

TOTAL R$ 210,58

 

 

14/03/2013 – USPALLATA A SANTIAGO/CH

Esse era o dia planejado pra irmos até Santiago, acordamos e fomos tomar café da manhã, não muito farto, mas diante dos últimos, estava excelente. Enquanto tomávamos café o Manoel olhou para uma das fotos que tinha no hall, tinha um casal no cume do Aconcágua, ele disse que a moça da foto se parecia muito com a da recepção. Eu não me agüentei, afinal não conhecia ninguém que tivesse chegado ao cume do Aconcágua, e pra minha surpresa realmente era a Natasha e seu papá rs. Natasha chegou ao cume com seu pai, o dono do hotel, em 2009, sendo que seu pai já alcançou o cume do Aconcágua 12 vezes, isso mesmo, DOZE VEZES. Fiquei extasiada, quase pedi um autógrafo a ela rs. . Porém, todavia, era hora de seguir viagem, juntamos nossa malinha, pagamos nossa conta e por volta das 10 h seguimos para o Chile. Na ida passamos pelo Cemitério do Andinista que fica próximo ao povoado de Puente Del Inca, achei bastante triste, muitas vidas são ceifadas na montanha. Depois dessa visita continuamos nossa viagem. No caminho encontramos um fila gigante, cheia de caminhões, mas os carros de passeio deveriam seguir pela esquerda, que não havia fila, logo chegamos ao Passo Internacional Los Libertadores, fronteira de Argentina e Chile. Recebemos o documento para preencher e apresentar na aduana. Demos saída da Argentina e em seguida entrada no Chile, o carro foi revistado, pediram pra eu abrir alguns pacotes e depois disso fomos liberados. Compramos uns pesos chilenos ali mesmo para os pedágios. Já no Chile, passamos por Los Caracoles que estava com o trânsito bem lento por conta de obras, mas é realmente fantástica e dá um friozinho na barriga, uma atração à parte rs.

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Por volta das 14 horas chegamos a Santiago, mas antes disso, durante o caminho, nos surpreendemos com a paisagem desértica e a quantidade de cactos que vimos no caminhos, não imaginávamos o quanto o Chile era árido rs.

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Chegando a Santiago fomos procurar o endereço do apartamento que havíamos reservado. Fiz a reserva pelo http://www.booking.com, para um apartamento em um prédio residencial, o nome é Apart in Chile Carmen 390, super recomendo, no entanto, não enviei email ao dono perguntando o seu nome o numero do apartamento. Primeiro demoramos bastante pra encontrar o prédio, quando pedimos informação em um prédio vizinho, fomos informados que este número não existia naquela rua, mas como somos brasileiros e não desistimos nunca, continuamos a procurar e logo ali na esquina estava o prédio (ufa, não era o conto do vigário rs). Fomos até a recepção e um senhor nada simpático nos recebeu, e foi uma luta pra encontrar o tal apartamento, e também ouvir as reclamações do mal humorado senhor ao dizer que não tinha obrigação de ficar prestando serviço para o tal dono do apartamento (ai meu saco!!). Enfim, conseguimos estacionar o carro na garagem do prédio e fomos até o apartamento que era super gostosinho, tinha uma cozinha, equipada com microondas, fogão, utensílios domésticos, geladeira, cafeteira. Tinha uma pequena sala, um banheiro, e um quarto com TV, ar condicionado, aquecedor e também tinha wifi. Em relação ao apartamento, foi uma ótima escolha, bem localizado, tinha uma lavanderia que pudemos usar pra lavar a montanha de roupa suja dos primeiros 14 dias de viagem rs. Neste dia, chegamos, nos instalamos e fomos passear, visitamos algumas lojas, fomos até a Praça de Armas, e depois fomos tentar trocar dinheiro, sem sucesso, pois estava tudo fechado, já passava das 20 h. Nesta procura por casas de câmbio pedimos informações várias vezes para policiais que faziam a segurança das ruas, pelo quais fomos muitíssimos bem tratados, todos foram muito solícitos e educados. Sobre Santiago, não tenho muito a dizer, é uma cidade grande, a correria típica de cidade grande, me lembrou um pouco São Paulo.

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Passeamos em torno da Praça de Armas, fomos até o Mercado Central que já estava fechado e retornamos a Praça de Armas para comermos, ali mesmo existe uma galeria com diversos restaurantes bem populares, comemos no Rincón El Portal com comida muito boa e farta e atendimento prestativo, mas sem nenhum luxo.

Comemos e satisfeitos voltamos caminhando para o apartamento, passamos no supermercado e compramos algumas coisas para o café da manhã.

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Abastec. Uspallata 23,662 L 281,2 km 63,30

pedágio 1,27

Jantar Chile - Rincon El Portal - praça de Armas - boa comida 46,09

mercado - compras café da manhã 36,65

empanadas de rua 0,89

TOTAL R$ 148,20

 

15/03/2013 - SANTIAGO/CH

Acordamos, fizemos nosso pequeno café da manhã e saímos à procura de uma casa de câmbio, trocamos em uma perto da Praça de Armas e fomos andar pela região e procurar umas lojas que vendiam pedras e outros souvenires que havíamos visto no dia anterior. Em Santiago as pedras são muito, muiito baratas, pra quem gosta (como eu rs), é uma prato cheio. Compras algumas coisas, passeamos e fomos até o Mercado Central almoçar, lá além do mercado de peixe e vários restaurantes que em sua maioria servem peixes e frutos do mar, tem também algumas lojas de souvenires. Almoçamos um delicioso salmão e fomos passear mais um pouco pela cidade. No meio da tarde voltamos ao apartamento para descansar um pouco para depois irmos ao Cerro San Cristóbal, no entanto, acabamos dormindo demais e só aí nos demos conta que o Cerro tem horário pra fechar, ou seja, não o visitamos rs. Nos arrumamos e sairmos para dar mais uma volta pela cidade e jantar. Nosso plano era jantar ali por perto mesmo, mas acabamos quase chegando a Praça de Armas de tanto que andamos, a maioria dos lugares ou eram finos demais ou derrubados demais rs... Fomos a um restaurante, entramos e havia vários garçons em grupos pelo restaurantes, sentamos e nenhum veio nos atender, chamamos por um e ao pedirmos fomos informados que naquela hora não serviam mais refeições, aff... 22h de um sábado, esperávamos mais, fomos a um restaurante em frente a este que se chamava Completo, atendimento bem ruinzinho e comida ruim também e não muito em conta. Se passar pelos dois, fuja! Voltamos para o apartamento e uma missão nos esperava ainda, lavar roupas!! Terminamos por volta da 1 da manhã rs. No outro dia iríamos até La Serena.

Almoço mercado central 62,58

02 Sorvetes 11,62

Padaria 7,43

jantar 36,57

sorvete 8,05

02 Diárias - apart. Santiago - 211,00

TOTAL R$ 337,25

 

 

16/03/2013 - SANTIAGO/CH – LA SERENA - COPIAPÓ

Sábado, levantamos, tomamos nosso café e seguimos viagem até La Serena, em torno de 470 km de Santiago. Parte do caminho podíamos ver o pacífico de um lado e aquela paisagem desértica do outro.

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Quase não havia cidades, apenas indicações e praticamente não havia retornos. Queríamos ir ver o mar, tirar umas fotos, mas não conseguimos, tamanha a dificuldade de encontrar retornos (ao menos para nós rs). Fizemos nosso almoço de cupnoodles na estrada, na entrada de uma propriedade onde havia um “nano abismo” rs. Continuamos viagem e chegamos a La Serena por volta das 15h:30min, a estrada até aí era boa e não havia um grande trânsito. La Serena é uma cidade com cerca de 160.000 habitantes, com praias, até onde vimos, bem estruturada, muito bonita e agradável. Mas durante o caminho decidimos não ficar ali e seguirmos até Copiapó. Passeamos pela praia, demos uma volta na cidade e seguimos viagem pra Copiapó. Daí em diante tudo mudou, em boa parte do caminho havia trânsito pesado, pista simples, muitos caminhões, pelo caminho muita areia e pedra e nada de cidades.

Chegamos a Copiapó por volta das 22h, não tínhamos reservado hotel, demos uma volta pela cidade e não vimos nenhum, voltamos ao posto de combustível na entrada da cidade e o fomos atendido por um senhor peruano muito simpático, ele conversou bastante com o Manoel e indicou um hotel não muito longe, perto da praça. Fomos até lá, mas a diária estava muito cara, quase USD 100, fomos a outro, quase ao lado, mais caro ainda, demos uma volta, e fomos a um hotel bem mais simples e também estava caro e não havia estacionamento. Resolvemos dar mais uma volta, aí o Manoel viu um hotel, o Los Girassoles, em que a diária não estava barata, mas estava mais em conta, USD 70,00, pedimos pra ver o quarto e fechamos ali mesmo. O quarto não era muito grande, mas não precisamos de muito pra passar a noite. Pedimos uma pizza pela internet, que chegou quando já estávamos dormindo, depois de muito baterem na porta o Manoel foi atender e explicou que a pizza demorou o triplo do tempo previsto pra chegar e não queríamos mais rs. Voltamos a dormir e sem despertador não acordamos muito cedo.

pedágio 4,02

pedágio 7,60

Abastec. Santiago 19,549 L 275 km 76,00

pedágio 17,43

pedágio 11,62

abastec. Santiago 32,150 L 353,7 km 120,70

pedágio 11,18

abastec. Copiapó 38,93k2 l 453,5 km 148,11

TOTAL R$ 396,66

 

17/03/2013 – COPIAPÓ – REGIÃO DO DESERTO DO ATACAMA/CH - PASSO SAN FRANCISCO/AR

Como ganhamos um dia indo direto pra Copiapó, não sabíamos se ficaríamos lá ou seguiríamos viagem pra Aimogasta como o previsto. Resolvemos seguir em frente, arrumamos nossas coisas e fomos tomar o café da manhã. O café consistia em um sanduíche bem pequeno pra cada um e café solúvel e chá. Cara de paus que somos, complementamos nosso café da manhã com uma kidlat kk. Depois do café tínhamos um problema a resolver, estávamos quase sem pesos chilenos e as casas de câmbio estavam fechadas, o hotel aceitava dólar, mas não tinha troco nenhum pra nos dar e nem aceitava cartão. Sorte que encontramos um caixa eletrônico em uma farmácia e sacamos dinheiro lá. Pagamos o hotel e fomos comprar algumas coisas que precisamos no mercado. Compramos inclusive ovinhos de páscoa (porque para nós, a Páscoa era no dia 17/03 rs). Almoçamos uma comida de fast food bem gostosa (e com preço justo) no supermercado mesmo. Demos uma volta na cidade, que é bem grande, ao contrário do que pensávamos, mas estava quase tudo fechado por ser domingo. Copiapó é a cidade em ficava/fica a mina em que mineiros ficaram soterrados por mais de dois meses devido a um acidente. Passamos no mesmo posto de combustível do dia anterior pra encher o galão de gasolina que levamos. (Só encontraríamos outro posto de combustível em Fiambala, já na Argentina, 470 km depois). Prontos pra seguir viagem, 12h30min estávamos a caminho de Aimogasta, começamos o caminho e a estrada era uma casquinha de asfalto, e depois uma estrada de pedra, no meio do nada, nos primeiros 100 km vimos uns 4 ou 5 carros que, creio eu, eram das minas que há pela região. Começamos a subir, subir. Copiapó fica a 300 m do nível do mar, começamos a ver placas indicando a altitude, a cada 500 m “subidos” havia uma placa. Os primeiros 180 km são de puro deserto e pedra, vemos ao longe algumas montanhas com picos nevados, eu fiquei completamente encantada com tudo que vi nesse dia, uma beleza exótica, nada é óbvio ali. A surpresa foi quando saímos do carro pra tirar fotos, no começo ventava muito, 150 km percorridos e já havia vento e muito frio, era difícil permanecer muito tempo fora do carro.

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No caminho passamos pelo Salar de Maricunga, já próximo à aduna Chilena, muito bonito, com alguns pequenos lagos, e o nevado Três Cruces ao fundo. Já estava um pouco tarde, o caminho até ali foi feito de forma lenta, as estradas de rípio não são as mais divertidas pra dirigir rs. Tiramos algumas fotos, apreciamos a vista e fomos até a aduana fazer o procedimento de saída. Depois da aduana encontramos um asfalto perfeito, foi empolgante encontrar estrada boa depois do rípio. Mas o pior ainda estava por vir. Não demorou muito para o asfalto acabar e a paisagem ficar ainda mais linda, com muitas montanhas distantes, de cores diferentes, no meio daquele deserto. A estrada era de pedra, de terra, e com muitos buracos, era difícil passar dos 40 km/h.

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O frio foi aumentando, não havia carros, nem pessoas e nem nada, só nós, o deserto e as montanhas. Estávamos na expectativa de passar pelo Parque Nacional Nevado Três Cruces, mas acabamos não passando por ele, pois deveríamos fazer um desvio no caminho que acabamos não percebendo, no entanto, avistamos uma placa que indicava o Ojos Del Salado, o maior vulcão em altura do mundo.

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Tinha muita vontade de conhecê-lo, tenho fascínio por vulcões, gostaria muito de conhecer um. Seguimos por uma estradinha perto de onde estava a placa (a placa não apontava pra lado nenhum e havia muitas montanhas que poderiam ser o vulcão rs), por isso resolvemos chegar mais perto quando avistamos algo que parecia uma barraca. Era a imensidão do deserto nos pregando peças, percorremos muito mais estrada do que imaginamos e quando chegamos mais perto vimos que não era uma barraca e sim um refúgio. A essa altura, 19h, a luz já estava indo embora, a aduana Argentina que fica no Passo San Francisco não chegava nunca, estávamos preocupados onde passaríamos a noite, já que a aduana, segundo vimos em outros relatos, fechava às 18h. Chegamos até o refúgio e vimos vários homens sentados na varandinha, perguntamos qual a montanha era o Ojos Del Salado e cada um apontava numa direção... pra garantir tirei foto de todas as montanhas ao redor (mas não tiramos fotos “com o vulcão” rs), perguntamos se o passo San Francisco estava longe, eles responderam que sim, disseram que aquele refúgio estava lotado, mas que havia outro mais pra frente. Voltamos pela mesma estradinha e continuamos nosso caminho. Por volta das 19h40minh chegamos à Laguna verde, que ficou ainda mais linda com a luz do crepúsculo, mas o frio era tão intenso que não tínhamos ânimo pra tirar mais fotos. Seguimos e um pouco mais a frente, vimos um refúgio do Carabineiros, só que ele estava vazio e fechado! Cogitamos ficar em um pequeno “puxadinho” que havia ao lado, mas o frio próximo à Laguna era ainda mais intenso do que nos restante da região, seguimos em frente e não demorou muito encontramos asfalto e a aduana argentina. Chegamos lá a passagem já estava trancada e o lugar onde fica a aduana todo fechado. Como estávamos ali mesmo resolvi ir lá averiguar a aduana, foi grande a minha surpresa quando ao tocar o trinco a porta se abrir. Se a porta estava aberta é possível que ainda nos atendam, afinal, nada nos foi dito oficialmente sobre o fechamento, chamei na porta, depois chamei em outra porta e de repente apareceram dois homens. Nossa salvação!!

Um dos homens era cabo dos Gendameria Argentina, muito solícito, falava um pouco de português, perguntou de onde éramos e pra onde iríamos. Explicamos que éramos brasileiros, que estávamos indo pra Aimogasta. Ele falou que já estava fechado, mas que o homem que estava com ele ali, era da imigração e que poderia fazer nossa entrada, mas que a estrada àquela hora era muito perigosa, pois havíamos muitos animais na pista, que se quiséssemos havia um refúgio ali, que custava 60 pesos por pessoa, que poderíamos ficar lá. Primeiro pensamos que animal poderia atravessar a pista, já que durante toda a travessia não vimos nenhum ser vivo rs, mas logo cedemos a idéia de ficar ali, pois estávamos muito cansados e estava extremamente frio! O Cabo Jerônimo, muito prestativo e gentil nos levou até o refúgio, nos apresentou ao dono e disse que no outro dia, às 8 horas eles estariam abertos pra dar a nossa saída. O refúgio era um quarto de uns 7 m por 4m de largura com umas 5 camas beliche em cada uma das duas paredes. Não havia roupa de cama, mas havia cobertores. Pra nós era o paraíso, afinal nos livramos de dormir na barraca ou no carro no meio daquela ventania e frio. Havia também uma cozinha, onde preparamos nossa janta (miojo com molho de tomate rs) e jantar sentadinhos confortavelmente em cadeiras. Jantamos, pegamos nossos sacos de dormir e fomos pra cama. No refúgio estava um argentino que tinha feito o mesmo trajeto que nós mas em uma moto YBR 125cc. Se não foi fácil pra gente, imagina pra ele rs. A altitude do Passo San Francisco é de 4.748 m, ainda mais alto que a Plaza Francia, passar a noite ali não foi fácil, afinal não estávamos aclimatados, subimos 4357 m de carro em algumas horas.

hospedagem refúgio Passo San Francisco 25,32

Hotel los Girassoles - bonzinho - café da manhã pobre 143,05

almoço - mercado líder - pollo - empanadas - fritas 28,92

compras super. Lider - copiapó - café da manhã 34,60

Abastecimento galão - copiapó 20 L 76,09

TOTAL R$ 307,99

 

18/03/2013 - PASSO SAN FRANCISCO/AR A AIMOGASTA/AR

 

Acordei por volta das 7 h, o Manoel já havia levantado, medido a temperatura que estava em 1 grau e já estava esquentando água para o chá. Ganhei chá na cama (estilo trilha no Peru rs), arrumei nossas coisas e fomos tomar café na cozinha. O rapaz da YBR também se arrumava pra continuar viagem. Às 08h30minh juntamos todas nossas coisas e fomos até a aduana que fica a uns 50 m. Chegamos lá e estava fechado (teoricamente abriria às 8h). Aguarmos um pouco e o senhor que nos atendera na noite passada e um outro policial veio nos atender. Passamos pela polícia e pela imigração e estávamos liberados. Quando chegamos na noite anterior não pudemos apreciar a vista, que ali era muito diferente do que vimos até a Laguna Verde. Passou de um deserto total para montanhas com uma gramínea que coloria os campos e montanhas. Da aduana tínhamos uma visão privilegiada do vulcão Incahuasi, aproveitamos pra tirar fotos naquela manhã linda e fria e fomos rumo a Aimogasta. O caminho é realmente fantástico, a estrada toda asfaltada, muitos guanacos correndo por todos os lados, inclusive na pista (sim, os animais existiam), viam-se ainda alguns picos nevados, e muitas montanhas coloridas, simplesmente maravilhoso.

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A viagem de carro é mais cansativo, toma mais tempo, mas com tudo o que vimos durante o trajeto compensa tudo, é realmente uma paisagem imperdível! Depois da aduana, a primeira cidade que encontramos foi Fiambala, uma cidade muito pequena, onde fomos até um posto pra colocar a gasolina do galão no tanque e terminar de completar o tanque. Lá tentamos trocar pesos chilenos que nos sobraram por pesos argentinos, mas não tivemos sucesso. Então seguimos viagem. A partir daí a paisagem foi mudando, as montanhas diminuíram de tamanho, e tinham uma cor e formação bem diferentes, mas ainda belas! Quando chegamos mais perto de Aimogasta a paisagem mudou bastante, foi ficando mais plana, com uma vegetação que parecia savana e muita, muita areia. Ao chegamos em Aimogasta tive a impressão de estar numa cidade do litoral nordestino, tanto a areia que tinha por lá rs. Chegamos em Aimogasta já eram 14 h, fomos procurar um lugar pra almoçar e encontramos um restaurante perto da praça, a comida já estava quase acabando, mas deu pro gasto. As duas refeições saíram por 80 pesos. Lá pedimos informação sobre caixas eletrônicos pra retiramos dinheiro. Fomos até lá, fizemos a retirada e fomos procurar um lugar com wifi pra tentarmos encontrar um hotel em Santiago Del Estero, afinal, não era muito tarde, Aimogasta não era uma cidade com muitos atrativos, poderíamos continuar a viagem (fora que havíamos passado em um hotel pra ver o preço, e a diária era de 300 pesos e a outra opção de hotel q havia era mais cara ainda). Fomos até o posto, e reservamos um hotel através do booking.com achando que era em Santiago Del Estero. Depois de confirmar a reserva com cartão de crédito como de praxe, fomos calcular a rota no Google mapas e descobrimos que o hotel ficava a quase 300km da cidade. Não sabíamos o que fazer, então mandamos um email ao booking explicando o ocorrido, que não queríamos ficar em um hotel tão distante do nosso destino se havia como cancelar sem custos. A resposta demorou pra vir e só tivemos certeza que não foi cobrado quando chegou a fatura do cartão, e já estávamos no Brasil. Acabamos perdendo muito tempo com esse equívoco e resolvemos morrer nos 300 pesos mesmo a ter que dirigir à noite e ainda sem hotel reservado numa cidade desconhecida (Copiapó nos deixou um pouco de receio). Ficamos no hotel Arauco. Era um hotel honesto, o quarto era confortável, com TV, ar, frigobar e banho quente (não tomamos banho no refúgio rs). Descansamos, e à noite optamos por não sair pra jantar e pedimos comida no restaurante do hotel, que não servia pizza, apenas “minutas”. Pedimos duas minutas que foram servidas no quarto, ao preço de 105 pesos (muiiiiiiiiiiiiiiiito caro para os nossos padrões rs!!). Estamos lá comendo nossa comidinha, e antes de metade do meu bife vejo uma coisa desagradável, um belo cabelo preto brilhante incrustado entre a carne e a camada de milanesa e queijo. Ao contrário do dia que comi/tomei a mosca, fiquei com bastante nojinho e não comi mais da carne, e não comi mais milanesa durante a viagem e até hoje não comi mais milanesa kk. Nem me dei o trabalho de reclamar. Depois disso fomos dormir.

abastec. Fiambalá 15,09 L (35,09 l 496,2 km) 48,53

Abastec. Aimogasta 12,188 L 165 km 38,83

almoço rest. Don Jaime aimogasta 33,76

jantar rest. Do hotel Arauco - milanesa com cabelo 48,53

TOTAL R$ 169,65

 

19/03/13 – AIMOGASTA/AR A - QUIMILÍ/AR

Era o grande dia em que conheceríamos a incógnita da viagem, Quimilí, cidade que nem o grande oráculo Google soube dar informações. Acordamos, fomos tomar o café no restaurante do cabelo, sentamos, recebemos nosso pedido (café ou café com leite), mas dois pãezinhos cada um. Comemos, nos despedimos do cabelo, pagamos a conta e fomos rumo ao desconhecido bem desconhecido. Andamos muito e Quimili nunca chegava. Comemos os últimos cupnoodles que nos restava, aliás, eu comi, porque só havia um, o Manoel comeu miojo, e seguimos viagem. Andamos um trecho em meio à “savana” argentina, e depois a passamos a ver uma paisagem bem conhecida nossa, agricultura. Por volta das 17 h, chegamos finalmente a Quimili (ela existe). E não é tão pequena (eu moro em Rondônia, pra ser pequena, tem que ser muiiiiiito pequena rs). Acho que tem uns 10.000 habitantes, o centro é bem movimentado, vimos 3 hotéis na cidade, algumas lanchonetes, sorveterias, restaurantes, muitas lojas, praça, enfim, uma cidade! Nos hospedamos no hotel Peniel, 160 pesos a diária, simples, cama, chuveiro quente, café da manhã, estacionamento e wifi (até em Quimili tem wifi grátis e no Brasil, wifi é luxo aff) . Não precisamos nem nos registrar! Nos instalamos, tomamos banhos, descansamos um pouco e saímos pra jantar. Fomos a um restaurante chamado Puento de Encontro, um lugar bem bonitinho, diria até sofisticado (os guardanapos eram de pano) e as opções do cardápio meio caras! Pedimos uma pizza, pra não perdermos o hábito, e também pra ficar dentro do orçamento. Preciso relatar minha surpresa com a estrutura do restaurante, pelo que vimos pelo caminho Quimili deve ser uma cidade que vive da atividade agrícola o que faz girar bastante dinheiro. No caminho de Aimogasta até Quimili passamos por muitas cidadezinhas (que não apareciam no Google mapas), pequenas, mas bem desenvolvidas, bastante movimentadas e com muitas representações de multinacionais do setor de maquinários agrícolas, insumos e de veículos. Parece ser uma região voltada mesmo para a produção agrícola. Voltamos para o hotel e fomos dormir o sono dos justos.

Hospedagem hotel Arauco - bom- café regulado 126,60

Abastec. Catamarca 13,8532 L 171,7 km 50,64

Abastec. Santiago del Estero 17,271 L 237,74 km 52,75

jantar Puento de Encontro - rest. Super bonito 20,26

TOTAL R$ 250,25

 

20/03/13 - QUIMILÍ/AR A ASSUNÇÃO/PY

Acordamos e fomos tomar nossa café, esquema café ou café com leite mais dois pães (por 160 pesos nem ligamos muito). Depois do café, juntamos as mochilinhas, pagamos a conta e fomos para Assuncion (Galopeiiiiiiiiraaaaaaaaaaaaa rs).

Este dia foi bastante longo, a paisagem ficou monótona e estávamos com certo medinho do Paraguai. Chegamos à fronteira do Paraguai às 18:30h, ao chegarmos à aduana, logo veio um homem muito solícito, solícito demais a ponto de levantar suspeitas, nos mostrar onde deveríamos ir. O Manoel o seguiu até os guichês e pouco depois voltou com um guarda pedindo todos os documentos que nos recomendaram levar, querendo saber se o carro estava quitado (caso contrário ia pedir a autorização da financiadora para o veículo sair do país), enfim, tentando encontrar brechas para uma possível “propina”. Nada foi encontrado de errado, nos devolveram os documentos, o homem solícito cobrou sua ajuda e continuamos rumo a Assunção. O asfalto agora tem muitos buracos, atravessamos um ponte bem longa e pouco depois encontramos outra barreira policial na estrada, muitos pedidos de documentos depois e revista, pedimos informações sobre como chegar a Assunção, já que não tínhamos mapas pra GPS do Paraguai. Andamos mais uns 35 km, e não demorou muito encontramos nosso hotel. O hotel foi o melhor da viagem, com um quarto gigante, super confortável e com um preço excelente, o nome era Excelsior Inn, simplesmente o melhor hotel que fiquei em minha vidinha rs. Fizemos o check in e fomos guardar o carro no estacionamento, que na verdade era o estacionamento de um shopping que fica na rua de trás e aproveitamos pra jantar lá mesmo. Janta ruim, com direito à feijão azedo (tudo por conta pela vontade de comer feijão depois de 20 dias sem kk). Pegamos nossas coisas e fomos para o hotel.

Hotel Peniel Quimili - simples, mas confortável 67,52

Abastec. Quimili - 19,792 L 213,6 km 48,53

Pedágio - Resistência 2,11

Abastec. Resistência 32,24 L 433,4 km 99,17

Abastec. Clorinda 22,637 L 273,9 km 69,63

Hospedagem Assunção - Hotel Excelcior Inn - fabuloso 45,58

amigão Aduana Argentina/Paraguai 4,22

TOTAL R$ 336,76

 

21/03/13 - ASSUNÇÃO/PY A FOZ DO IGUAÇU/PR

Neste dia tivemos uma surpresa ainda melhor, o café da manhã é servido no ambiente de outro hotel, que fica separado deste pela área da piscina. O outro hotel chama-se Excelsior é um hotel 5 estrelas, o salão onde o café estava servido era enorme e lindo, e o café da manhã espetacular. Nos esbaldamos depois de uma viagem com tantos cafés regrados rs. Às 11 h do 3 juntamos nossas coisas, pegamos o carro, trocamos USD 20 por Guaranis para o pedágio e seguimos pra Foz do Iguaçu.

Como não tínhamos mapa pra GPS do Paraguai e eu esqueci o mapinha que Manoel havia feito no hotel rs, paramos e pedimos informação no caminho, um paraguaio muito solícito disse que estava indo para o caminho que levava até Ciudad Del Este e que poderíamos segui-lo. O trânsito em Assunção é um suplício, muito lento, demoramos muito pra chegar à estrada. E aí começa uma nova novela! Fomos parados por seis barreiras policiais, SEIS, um exagero a julgar que andamos cerca de 350 km neste dia. Todos pediram documentos, fizeram revista e insinuaram que estávamos levando vinhos demais, coisa que estava totalmente errada, pois os vinhos que o Manoel e eu compramos não somavam USD 150. Na quinta barreira deste dia, já muito cansados destes policiais, o policial depois de nada encontrar e não ter mais como nos reter, pediu abertamente uma “ajuda pra coca cola”, apesar do nosso princípio de não fomentar esse tipo de comportamento e pra isso tentar estar totalmente dentro da legislação do país pra evitar esse tipo de transtorno, não foi possível fugir desse, afinal o Manoel pediu pra dar alguma coisa o guarda pra nos livramos dele e seguir viagem. Peguei na bolsa e dei o dinheiro ao guarda. Ao voltar para o carro o Manoel perguntou por que dei tanto dinheiro ao guarda, e eu disse que havia dado apenas 5000 guaranis e ele me avisou que eu havia dado 50.000 guaranis. Fiquei muito contrariada, afinal, não era uma boa causa, era um policial corrupto e descarado, além do mais por pouco não ficamos sem dinheiro para o próximo pedágio, que era 12.000 guaranis e haviam me sobrado 13.000 Guaranis. Depois disso fomos parados em outra barreira por um homem que se apresentou como comandante da polícia, muito feliz e contente. Os policiais todos portavam um rádio para comunicação e desconfiamos que as 6 paradas que fomos obrigados a fazer durante esta viagem aconteceram por conta da comunicação entre os policiais, pois apenas nosso carro era parado e os outros podiam seguir. Enfim, por volta das 19h chegamos em Ciudad Del este, fizemos nossa saída do país e seguimos para Foz do Iguaçu. Olá, Brasil!! Rs

22/03/13 – FOZ DO IGUAÇU/PR A SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

pedágio paraguai 2,67

pedágio paraguai 5,88

pedágio paraguai 6,41

Hotel Samambaia - foz do Iguaçu – excelente 22/03 120,00

Refeição Foz do iguaçu - rest. Hotel Samambaia 46,00

Abastec. Foz - 32,759 L (44517 km) 391,2 km 94,02

Pedágio 10,80

pedágio 8,20

pedágio 9,20

pedágio 9,20

abastec. Maringá 36,69 L (44933 km) 415,9 110,03

lanche poto maringá 29,00

pedágio 9,20

abastec. SJRP 42,161 l (45412 km) 479 km 118,01

TOTAL R$ DIAS 21 E 22/03 578,62

 

Seguro carta verde 33,00

Compra de alimentos p/ viagem no Brasil 98,00

seguro viagem 243,00

Aluguel Mapas p/ GPS Argentina/Chile/Uruguai 103,00

TOTAL R$ 477,00

 

MÉDIA PREÇO COMBUSTÍVEL R$ 3,22

TOTAL KM RODADOS 8640 KM 8640 KM

MÉDIA KM/L 11,99

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Parabéns pelo relato!! eu li somente até a parte que fala do uruguai e uma parte da argentina.. estou correndo contra o tempo.. estou indo também de carro em alguns dias.

 

Você teve algum problema com a polícia na argentina? Vi tanta gente reclamando disso que estou meio com o pé atrás.

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Parabéns pelo relato!! eu li somente até a parte que fala do uruguai e uma parte da argentina.. estou correndo contra o tempo.. estou indo também de carro em alguns dias.

 

Você teve algum problema com a polícia na argentina? Vi tanta gente reclamando disso que estou meio com o pé atrás.

 

Oi, Thiago! Na Argentina foi super tranquilo, em apenas uma das paradas um guarda pediu "contribuição" para construção de uma caixa D'Água. De resto foi super tranquilo, o problema mesmo foi o Paraguai, se você ler até lá vai ver como foi chato, pra dizer o mínimo. Quando você irá pra Argentina e pra que região?

  • Amei! 1
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Parabéns pelo relato!! eu li somente até a parte que fala do uruguai e uma parte da argentina.. estou correndo contra o tempo.. estou indo também de carro em alguns dias.

 

Você teve algum problema com a polícia na argentina? Vi tanta gente reclamando disso que estou meio com o pé atrás.

 

Fala Thiago!

 

Em janeiro cortamos a Argentina duas vezes, de Corrientes até Mendoza para chegar ao Chile, e depois de Bariloche até a Capital Federal, passando antes por Puerto Madryn. O único problema que tivemos foi que esquecemos de reascender os faróis após parar para tirar fotos e fomos parados pela Policia Caminera na província de Córdoba. Fomos multados e nada mais.. Em Corrientes nos pararam oferecendo um código de trânsito no valor de AR$50,00 heheheh.. compramos e acho que ajudou deixar ele a vista durante as outras paradas.

 

Boa viagem!

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Oi, MKoerich

 

Agora que você comentou sobre a multa, lembrei que fomos multados na Argentina, estávamos com meia luz, porque havíamos lido que deveríamos dirigir com os faróis acesos, mas acreditamos que meia luz seria suficiente. Mas não foi, e nos multaram rs. Perdemos um tempinho lá, tinham uns chilenos que estavam há um tempão esperando, mas ficamos cerca de 30 minutos, fizeram a multa e nos mandaram seguir. Agora de faróis totalmente acesos rs.

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Parabéns pelo relato!! eu li somente até a parte que fala do uruguai e uma parte da argentina.. estou correndo contra o tempo.. estou indo também de carro em alguns dias.

 

Você teve algum problema com a polícia na argentina? Vi tanta gente reclamando disso que estou meio com o pé atrás.

 

Oi, Thiago! Na Argentina foi super tranquilo, em apenas uma das paradas um guarda pediu "contribuição" para construção de uma caixa D'Água. De resto foi super tranquilo, o problema mesmo foi o Paraguai, se você ler até lá vai ver como foi chato, pra dizer o mínimo. Quando você irá pra Argentina e pra que região?

 

Vou ler ele todo neste final de semana, estou indo agora na segunda quinzena de dezembro! Comecei a bolar o plano semana passada..rs super em cima da hora... mas já estou com todo o roteiro pronto... só falta mesmo pesquisar alguns lugares etc. e comprar os mapas..

 

obrigado e parabéns de novo..hehhehe

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Parabéns pelo relato!! eu li somente até a parte que fala do uruguai e uma parte da argentina.. estou correndo contra o tempo.. estou indo também de carro em alguns dias.

 

Você teve algum problema com a polícia na argentina? Vi tanta gente reclamando disso que estou meio com o pé atrás.

 

Fala Thiago!

 

Em janeiro cortamos a Argentina duas vezes, de Corrientes até Mendoza para chegar ao Chile, e depois de Bariloche até a Capital Federal, passando antes por Puerto Madryn. O único problema que tivemos foi que esquecemos de reascender os faróis após parar para tirar fotos e fomos parados pela Policia Caminera na província de Córdoba. Fomos multados e nada mais.. Em Corrientes nos pararam oferecendo um código de trânsito no valor de AR$50,00 heheheh.. compramos e acho que ajudou deixar ele a vista durante as outras paradas.

 

Boa viagem!

 

Bacana heheeh vou dar um jeito de comprar um também e já estampar ele no Parabrisa...kkkkkkkkkkk

 

abraço

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Parabéns pelo relato!! eu li somente até a parte que fala do uruguai e uma parte da argentina.. estou correndo contra o tempo.. estou indo também de carro em alguns dias.

 

Você teve algum problema com a polícia na argentina? Vi tanta gente reclamando disso que estou meio com o pé atrás.

 

Oi, Thiago! Na Argentina foi super tranquilo, em apenas uma das paradas um guarda pediu "contribuição" para construção de uma caixa D'Água. De resto foi super tranquilo, o problema mesmo foi o Paraguai, se você ler até lá vai ver como foi chato, pra dizer o mínimo. Quando você irá pra Argentina e pra que região?

 

Vou ler ele todo neste final de semana, estou indo agora na segunda quinzena de dezembro! Comecei a bolar o plano semana passada..rs super em cima da hora... mas já estou com todo o roteiro pronto... só falta mesmo pesquisar alguns lugares etc. e comprar os mapas..

 

obrigado e parabéns de novo..hehhehe

 

Thiago, também estamos pensando em uma pequena viagem para o final de dezembro, também estamos começando a pensar o destino, creio que norte da Argentina. Se tudo der certo, a gente se "topa" por estes caminhos rs! Boa sorte com sua viagem!!

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Muito legal o relato, em dezembro estou indo para Santiago de carro e de lá para a região dos lagos e volto por bariloche, buenos aires e montevideu.

 

Ano passado fui ao atacama, recomendo ::otemo::

 

PS: Qual o carro de vocês? O Paso san francisco pra um carro baixo dá pra encarar?

 

Obrigada,Hlira! Estávamos numa EcoSport, e foi tranquilo, o caminho de Copiapó até o Passo San Francisco tem um trecho bem ruim, a estrada principal de ripio , estava em obra, então a segunda opção estava exigindo muita paciêcia, a maioria do tempo não passamos de 40km/h , mas como escrevi, teve um rapaz que fez de ybr125, então é ir devagar, ter paciência que chega tranquilamente!! rs

 

Li o seu relato sobre a viagem ao Atacama, lindas fotos!! Você passou algum tempo em Salta e Purmamarca ou só de passagem?

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