Membros zibuia Postado Novembro 7, 2013 Autor Membros Compartilhar Postado Novembro 7, 2013 SANTA CRUZ – SUCRE Fomos para o aeroporto pegar o voo (acho que 07:00hs). O bom é que o El trompillo é bem perto do Jodanga, ñ levamos nem 10 minutos de táxi. Outra coisa interessante: quando o avião decola, parece que ele ñ pára mais de subir... sobe, sobe, sobe... e sobe mais um pouco... dá até gastura! Olhando pela janela já é bem perceptível a diferença de relevo/terreno do nosso Brasil. As montanhas da viagem começam a surgir. Uma hora depois, estávamos em Sucre. A primeira vista, ñ me pareceu essas coisas que falavam aqui. Mas quando fomos chegando ao centro, nossa, que cidade linda. Suas ruas estreitas, com aquela arquitetura toda pintada em branco, é muito legal de se ver, realmente impressiona! Saímos a procura de hospedagem (usando as indicações daqui). Chegamos ao Hostel Amigo e ñ gostei ñ.. cama detonada e quartos sem janela, as portas pareciam porteiras de fazenda, tamanho era o barulho que faziam, sem falar que lá estava em obras. A caminho do Residencial Bolivar, entramos no Hotel Libertad p/ dar uma olhada. Wi-fi, café, Tv a cabo, cama boa, armário bem espaçoso, ducha caliente e o melhor de tudo: frigobar! Foi o único local da viagem que vimos frigobar dentro do quarto. Fechamos por Bs150, bom preço contando a localização (ao lado da Praça Central). Acho que uma coisa também pode ser dita aqui, caso possível, tente fechar as diárias sem desayuno, porque de todos locais que ficamos, ñ houve um bom café da manhã, no máximo razoável. Se conseguir abater Bs10, acho que tá valendo. Com esse valor você consegue comer duas saltenhas e um chá/café, bem melhor que o que nos é oferecido. Ajeitamos as tralhas e fomos andar pela cidade. A única coisa que fiquei meio bolado foi que ñ deu p/ ir a Feira de Tarabuco por causa do horário que chegamos. Mesmo assim, o gerente/dono do Libertad conseguiu arrumar um táxi por um preço bom p/ nos levar, mas como já estava por volta das 10:00hs e ainda levaria cerca de 01:30hs até lá, adiamos (se ver pelo lado bom, é um motivo p/ voltar a cidade rsrsrsrs). Nota 10 pro hotel e pro gerente, sempre muito solícito quando precisamos. :'> :'> :'> Porém logo meu descontentamento passou, surpresa novamente: na cidade estava tendo uma festa chamada Morenada, homenagem a Virgem de Guadalupe. É tipo a nossa Cavalhada, com vários grupos religiosos e suas vestimentas em alusão a região de que vieram e outros santos de devoção. Cada grupo tinha sua banda e música própria. Olhem esse vídeo abaixo p/ ter uma idéia da festa ( tá meio tremido, mas ficou bem interessante... reparem nos menudos!!! Rsrsrsrs): ASSIM QUE POSSÍVEL POSTAREI O VÍDEO, PORQUE NO MOMENTO ESTÁ DANDO ERRO Os integrantes também bebiam todas. Durante o desfile, as pessoas ofereciam um gole do que estavam bebendo ... e gole vai, gole vem, muita gente vai ficando boracha! ãã2::'> ãã2::'> ãã2::'> As mulheres também bebiam bastante. Ficamos um bom tempo acompanhando a festa e depois fomos forrar o bucho no Mercado Central (este foi nosso primeiro test-drive estomacal). Comida bem saborosa e farta. Fato: enquanto estávamos comendo, a tia da barraca perguntou a gatona se ela queria lechuga. Ela me perguntou o que era isso, e respondi que também ñ sabia... eis que a tiazona puxa um balde debaixo da mesa que ela estava preparando os rangos, mete a mão dentro, começa a chacoalhar e tira um punhado de alfaçe!!! Ñ sabia se ria ou se chorava!!! Mas não encaramos a lechuga ñ. A Praça Central é muito bonita também, com seus prédios imponentes. Aliás, quase todas as praças que conhecemos durante a trip são bem bonitas e muito bem conservadas , algo que para nós ñ é nada comum, acho que na verdade é exceção. Parabéns aos compadres latino-americanos! Continuando a bateção de perna, fomos até o Recoleta (calma gente, de táxi). Se bem que alguns sobem até lá de pé mesmo. Boa vista da cidade e arredores, mas ñ é lá essas coisas. Bom mesmo é o barzinho que tem lá. A igreja e o museu que ficam ao lado são interessantes. Uma burrada que cometi: queria conhecer o Museu de Artes Indígenas, só que no endereço de um mapa que peguei no hotel, mostrava a parte de trás do museu, com uma porta grande e uma placa do local. E o besta aqui ficou achando que estava fechado... Era só eu perguntar a alguém, mas ñ... só porque eu estava com a bosta de um mapa achava que conhecia toda a cidade! Pois bem, quando vcs forem, a entrada desse local é bem ao lado do mirador, numa passagem onde tem uns artesãos. Só percebi isso quando estávamos descendo para ir embora. Pelo lado bom novamente, mais um motivo p/ voltar a cidade. Fomos ao Jurassic Park, é legalzinho, mas dispensável. Fomos também a uma feirinha que estava tendo a noite, chamada Paceña. O que mais tinha nessa feira eram cobertores. Experimentamos uns doces de uma cholinha lá. Pessoal, com certeza vale a pena reservar uns 2 dias para Sucre, Ciudad Blanca! SUCRE – POTOSI Aqui começa uma das partes mais sofridas da viagem. No dia que fomos comprar a passagem para Potosí, fomos informados na rodoviária que estava tendo o famoso “El Paro”. A mulher do guichê nos falou que era possível furar o bloqueio se comprássemos para o horário mais cedo do outro dia, ou seja, 07:00hs da matina (vou ficar devendo o valor da passagem e a companhia, mas lembro que ñ foi caro e era num ônibus razoável). Decidimos tentar a sorte! Pois bem, compradas as passagens, decidimos ir para outro hostel para “economizar” na diária. Digo isso porque ñ estava nos planos ficar mais de 2 dias em Sucre. Fomos para o Residencial Bolívar (Bs100, baño compartido), que fica bem pertinho do Libertad. Mais outra cagada nossa... E desde quando Bs50 é alguma economia, ainda mais no começo da viagem, quando vc ainda está “rico”??? Só se realmente vc estiver com o orçamento apertado, pq fora isso, esse valor é mixaria, né ñ??? Pois é, vacilo tremendo, ainda mais pq nós ñ fomos olhar o naipe do baño compartido, somente o quarto. A ducha ñ era caliente, no máximo, morna. E nas portas do quarto e do banheiro têm uma grande abertura embaixo, esses só percebemos na hora de dormir e tomar banho, pelas ventanias que entravam. Então p/ constar: ñ recomendo o Bolívar! Continuando a viagem, rumamos a rodoviária bem cedo. O busão atrasou uns 45 minutos. Após a partida, andamos cerca de umas 2hs até que ele apareceu... pedras espalhadas por toda a pista, veículos parados, cholas com suas crianças a postos: “O Temido Bloqueio!”. Tivemos que descer do busão e atravessar com nossas tralhas a pé, visto que aquela manifestação ñ iria acabar tão cedo. E os integrantes eram bem organizados. Quando algum veículo tentava furar o movimento, prontamente eles cercavam o dito cujo, já xingando de tudo quanto era nome (aprendi novos palavrões, hehehe!!!). E mesmo de longe, quando achávamos que já era possível arrumar uma condução, sempre tinha um deles em cima de algum barranco/montanha para avisar os outros... iam gritando nas alturas, um para o outro, até que a mensagem chegasse a “polícia do movimento”, que saíam correndo feito loucos p/ conter o desafortunado. Andamos cerca de uma hora, e apareceu um abençoado com uma van, que nos carregou por alguns quilômetros. Mas a sorte nesse dia foi temporária, mais a frente outro bloqueio... Descemos novamente e continuamos nosso calvário. Andamos bastante tempo até atravessarmos um local onde havia uma indústria de mineração, com uma estação ferroviária própria. Cerca de uns 2km depois desse local é que o trânsito estava fluindo. Resumindo: como saímos bem cedo e ñ tomamos desayuno. Sofremos mais de três horas na mistura de sol com altitude carregando mochilas pesadas nas costas (acho que a minha tinha uns 15kg). Creio que paguei boa parte de meus pecados nessa travessia maldita! Depois desse balacobaco todo, pegamos (nós e 3 chilenas que fizemos amizade durante o acontecido) condução com um daqueles mini-caminhões... as chilenas foram na caçamba! O restante desse trecho ñ durou mais que 15 minutos, e avistamos a cidade. Chegamos por volta das 14:30hs. Galera, nesse momento sou muito suspeito p/ falar, mais achei Potosí uma cidade horrível, principalmente vista de cima!!! Também depois de tudo que havia acontecido, só pensava em comer e descansar... estava no roteiro fazer o passeio das minas, mas cadê a energia??? O frete nos deixou na rodoviária antiga ( atente-se a isso, para ñ ir ao local errado e perder o busão) e compramos nossa passagem p/ Uyuni às 19:00hs (o último sai às 21:30hs). Saímos para almoçar e comprar roupas para o Salar (as roupas citadas no começo do relato foram compradas aqui no Mercado Central, por cerca de Bs300). Aqui também que tivemos nossa primeira experiência com a folha de coca... pedimos aquelas pedrinhas (uma de sal e uma de doce) e elas realmente potencializam o efeito da folha (mas ñ gostei do gosto de ambas), preferi somente a folha. No Mercado também, pedimos p/ uma chola fazer um chá bem forte e colocar numa garrafa de 2L. Outra coisa: aqui vc vai realmente sentir a falta de ar...caminhávamos cerca de 100mts e parávamos p/ recuperar o fôlego! Resolvidos esse trâmites, decidimos descansar numa padaria perto do terminal, e foi lá que conheci a cerva Potosina (aprovada)!!! Ficamos bebendo/descansando, olhando o movimento da cidade(teve até uma boliviana gente boa que morou em SP, e percebendo que éramos brasileiros, veio puxar um papo), até a hora de embarcar, pois estava louco p/ sair dali. Além da cerva, o que também me agradou foi a iluminação do mirador a noite (vi de longe, mas é perceptível a beleza). Potosí, hasta la vista, baby ! (SERÁ???) Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros ana_leticia Postado Novembro 12, 2013 Membros Compartilhar Postado Novembro 12, 2013 Show de bola seu relato. Pretendo fazer algo bem parecido em Abril/2013. Pelo seu roteiro em PDF não é possível precisar em quantos dias vc fez a viagem... Poderia informar? Grata Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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