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Postado (editado)

Não ganhei o dom da concisão, definitivamente. Para quem gosta, segue relato detalhado sobre nossa experiência em Bonito, com algumas dicas que achei interessantes.

 

Eu e minha esposa fizemos a viagem de 7 a 12 de outubro e a data não foi por acaso. A partir do dia 12 já era alta temporada e aí vai a primeira dica – veja no calendário de turismo, a seguir, quando ela ocorre e fuja dela!

 

http://agenciaarbonito.com.br/dicas/bonito/calendario-de-alta-temporada-bonito

 

Nos acompanharam nossos padrinhos, que moram em Natal-RN, estavam no RJ passeando e resolveram nos acompanhar até Bonito. E adianto que, para eles, a cidade maravilhosa fica no MS, embora tenham gostado do RJ. Também achamos Bonito maravilhosa, com tudo o que tem a oferecer. É um turismo organizado, creio que o melhor do Brasil. Caro, sim, mas você vê seu dinheiro sendo investido em organização.

 

[t3]Vôo[/t3]:

 

Para quem vem do Rio, agora há um novo vôo para Bonito, saindo e chegando apenas aos domingos, partindo do Santos Dumont, com conexão diurna no Viracopos (Campinas). Melhor ainda para quem vem de SP. Quem pode ir e voltar nessas datas, recomendo fortemente! Meu receio era chegar em Bonito e não ter locadoras no aeroporto, nem transfer disponível. Cheguei a entrar em contato com a adm. Do aeroporto, que me confirmou que ainda não há locadoras de carro lá. Aí fomos e voltamos de Campo Grande. Indo direto para Bonito, teríamos poupado os trechos Campo Grande-Bonito, que além de cansativos, te fazem gastar muito combustível.

 

Outra coisa, na ida, propositalmente pegamos um vôo com conexão, pois eram os únicos diurnos. Os diretos são noturnos, ou seja, você vai ter que pernoitar em Campo Grande. Mesmo pegando o vôo diurno, com chegada prevista às 13:30, contando todo o tempo de espera, de acertar com a locadora, chegamos em Bonito somente às 20h, de modo que ainda enfrentamos um trecho de noite, sem nenhuma iluminação e isso deu um bom medo na gente. Não recomendo dirigir de noite lá, até mesmo porque um animal pode atravessar na sua frente e você não ver.

 

[t3]Transporte[/t3]

 

Alugamos carro. Sabíamos que era a melhor opção, pois no transfer compartilhado você depende não só da disponibilidade, como da sorte de haver nos mesmos trechos e horários que você deseja. E o custo acaba saindo maior, especialmente no nosso caso, em que eram 4 viajando.

 

A locadora escolhida foi a Movidas. A agência fica do lado de fora do aeroporto e um funcionário te busca e te leva de volta gratuitamente. Gostei, bom serviço, atendimento, não tiveram frescuras. A única coisa meio chata foi cobrarem uma taxa adicional pelo fato do usuário do cartão (responsável financeiro) não ser o mesmo que dirige o carro, no valor de 35 reais. No final, ainda há uma taxa por devolver o veículo sujo (20 reais, nosso caso) ou muito sujo (35), nada mais do que justo. Mas ainda assim compensou pelo valor da diária, que, antecipada com reserva pela internet, saiu ainda mais barata do que o “desconto” de cinqüenta por cento que a TAM (e, supostamente, ainda a GOL) está dando no aluguel do carro se você fechar a passagem aérea com eles. Por fim, o diferencial da Movidas foi o parcelamento, de 6 vezes sem juros no cartão.

 

[t3]Estradas:[/t3]

 

A ida foi muito tranqüila, estradas quase desertas e a volta foi um pouco mais movimentada, mas ainda assim bem tranquila. Como indicam na internet, não se pode confiar muito no GPS. Ele indica o caminho por Aquidauana, que possuía estradas de terra, mas o melhor caminho até agora é por Sidrolândia-Nioaque-Guia Lopes Laguna-Bonito, todo asfaltado. No trecho Guia Lopes-Bonito o GPS aponta para uma estrada de terra, quando na verdade você pode seguir em frente no trecho asfaltado e chegará em Bonito da mesma forma.

 

Paramos numa ótima padaria em Sidrolândia e no caminho, na sequência, vimos um pôr do sol lindo de morrer, se pondo no final da estrada (sou suspeito pra falar, todo pôr do sol pra mim é lindo). A imagem só não ficou melhor porque o vidro do carro estava imundo de tantos mosquitos que bateram no para-brisas.

 

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Aliás, tudo é lindo, paisagens verdes, com muito gado, cavalos e aquele céu espetacular, maravilhoso do Mato Grosso do Sul. Que saudades!!!

 

Na volta, nós erramos o caminho e voltamos por Aquidauana. A estrada está sendo reformada e pegamos todo o trecho asfaltado. Mas é asfalto novo, que fica soltando, não recomendo ainda. Além disso, toda hora tinha que parar por causa das obras e nessa brincadeira você perdia uns dez minutos por parada. Teria sido bem melhor voltar por Sidrolândia, mas acho que no futuro isso não fará diferença.

 

Ao contrário do que dizem, não achei tudo bem sinalizado. Esse povo não sabe fazer placa, há poucas e algumas (mais no trecho do Pantanal) são apontadas em direções ambíguas, como na diagonal entre duas direções perpendiculares. Até chegar em Sidrolândia nós penamos para achar a BR e tivemos que pedir informação. Depois disso foi mais tranqüilo, no trecho Sidrolândia-Guia Lopes o GPS faz o serviço. Sem falar que há uns pardais irritantes nesse trecho inicial.

 

Outra coisa relevante, não pisem fundo no volante. Vimos vários animais atropelados na estrada e nós mesmos chegamos a desviar de uma cobra no caminho para o Pantanal. Se você olhar pro asfalto, verá váriassss marcas de freadas bruscas. Adivinhe. Animais aparecendo subitamente na pista. Com atenção, é possível evitá-los, note que evitamos até um cobra. Mas, se você andar a 200 por hora, distraído e imprudente, pode ter sérios problemas.

 

Pra quem quer ir até a Estrada Parque, no Pantanal, esteja preparado para enfrentar uma infinidade de pardais, com limites de velocidade variando entre 40 e 80 por hora.

 

[t3]Hospedagem[/t3]

 

Ficamos na Pousada Segredo, que já havíamos reservado pelo Booking.com com 5 meses de antecedência e confirmamos a escolha com as boas indicações aqui no Mochileiros. A boa dica é dada pela Nathalia, daqui do fórum - peça 10% de desconto na hospedagem se fechar os passeios com eles. Nós não tivemos direito ao desconto por termos fechado a hospedagem através do Booking e disso nem reclamei. No entanto, acabei dando preferência pela Agência Ar, que tinha melhor reputação.

 

Como pontos positivos da pousada, destaco que, à exceção de um funcionário, todos os demais nos trataram muito bem. O preço por enquanto é razoável. O café da manhã não tem variedade espetacular e você sentirá falta de mais frutas, mas tem qualidade. A localização é muito boa, rua tranquila, som de pássaros, em frente a um dos melhores restaurantes da cidade (Casa do João) e muito perto da praça principal da cidade, onde você encontra tudo que precisa. O banheiro é bom e o lugar é limpo, embora não tenham feito com regularidade a troca do cesto do banheiro. Eu voltaria lá, mas apenas se consertarem o chuveiro, problema do qual falarei a seguir.

 

Dos pontos negativos, um é o chuveiro, que não tem pressão e a água consequentemente cai gelada ou fervendo (mesmo!). Aí tomar banho é uma tortura. Outro, sofremos preconceito de um dos atendentes, o Flávio, por termos fechado os passeios com outra agência. E olha que ainda a indicamos para o outro casal, que nos acompanhava. Bem chato isso, mas superamos em nome do bom atendimento dos demais, especialmente das simpáticas meninas do café da manhã. Outro aspecto é que o ar-condicionado não tem controle, é mecânico, fica lá no alto e para regulá-lo você tem que subir numa cama.

 

 

[t3]Mapas e estradas de acesso aos passeios:[/t3]

 

Muito mais tranqüilas do que esperava. Tudo bem que não choveu, não sei como fica nessa hipótese, mas secas são de chão batido e você consegue manter 60km sem muita dificuldade. Em Bonito e para chegar aos passeios tudo que você precisa é do mapa que sua agência te dará. É o mesmo mapa para todos. É excelente, um dos melhores que já vi, muito bem explicado. Não há risco de você se perder.

 

[t3]Clima e insetos:[/t3]

 

O tempo no geral foi maravilhoso, demos muita sorte. Recomendo muita atenção nesse sentido, pois uma sequência de tempo ruim impede, ou ao menos prejudica vários passeios. As agências costumam devolver o dinheiro quando o tempo ta muito ruim, mas o problema é que a cidade não tem muitas alternativas nessa hipótese.

 

Achamos Bonito muito mais tranqüilo de insetos do que esperávamos. Nem cheguei a usar o repelente, e olha que eu atraio mosquitos que é uma beleza. Mas, no Pantanal eu usei muito o excelente repelente Exposis. Anote essa marca, eu pesquisei muito e é, de longe, a melhor. A diferença é absurda entre usar e não usar quando há mosquitos por perto.

 

[t3]Refeições:[/t3]

 

Cantinho do Peixe - pedimos um pintado grelhado, tava muito bom e para dois até sobrou. Gostei do atendimento. Espere pagar entre 50 e 70 o prato para dois sem bebidas.

Casa do João – o forte de lá é a traíra sem espinhas, mas o grupo todo ficou com nojo (na verdade, eu depois desencanei) depois de ouvirmos uma estória de um vendedora dizendo que não comia traíra, pois é um peixe que afunda no barro e pega vermes, então a pessoa que trata o peixe tem que ser muito habilidosa para tirar todos. Enfim, num jantar, pedimos bife à parmegiana e tava muito bom, além de bem servido. Pagamos por volta de 65 e, novamente, deu pra dois e sobrou. O casal de amigos nossos pediu um bife com molho gorgonzola, que tava bom, mas inferior ao nosso. Noutro dia, almoçamos lá o PF do dia a 19,90 e não tava muito bom, mas dava pra comer. O atendimento é bom.

Batata - também comemos uma batata recheada, numa lanchonete especializada nisso, na rua principal, quase em frente ao Palácio dos Sorvetes. O nome não me lembro mais. Serviço péssimo, levamos mais de uma hora para sermos atendidos. A batata é boa, mas nada espetacular, no nível do Batata Inglesa (para quem conhece).

Chinês - fomos num restaurante chinês, numa rua perpendicular à principal, por indicação de um casal que conhecemos num passeio. O prato indicado era a piraputanga recheada com farofa, que podia ser de cebola ou banana, por volta de 50 reais. Pedimos a com banana, pois eu não como cebola. Eu achei tudo muito bom, mas os demais não curtiram muito farofa doce.

Dona Margarida - de lanche, comemos os famosos bombons da Dona Margarida, a 4 reais cada. É caro, mas é meio grandão. A senhora boa de prosa, bem simpática. Compramos de vários sabores para experimentar, mas o melhor mesmo é o de jaracatiá, que parece coco.

Palácio dos Sorvetes - fomos várias vezes no Palácio dos Sorvetes (ou algo parecido), a sorveteria mais famosa de lá. Pedimos o sorvete assado, o da foto abaixo. É bom, mas nada espetacular na minha opinião, além de sorvetes de outros tipos. O dono é bem simpático e orgulhoso de seu trabalho, uma sorveteria premiada e com diversos sabores. Ele permite que você deguste vários sabores de graça antes de escolher.

 

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[t3]Passeios: considerações gerais[/t3]

 

Como se sabe, quase todos os passeios de Bonito são reservados por agência, que te dá um voucher. Escolhemos a Agência Ar, pela sua reputação e não nos arrependemos. No início demoraram a responder, tive que mandar uns dois ou três e-mails, mas depois foram várias trocas, com muita atenção, inclusive pessoalmente.

 

Primeira observação quanto aos passeios em geral, procure chegar com pelo menos dez minutos de antecedência, quinze é melhor. Em muitos deles chegamos com cinco minutos e as instruções já tinham começado. Também foi o caso no Buraco das Araras, onde nos colocaram no tour seguinte sem problemas, mas em passeios disputados como a Gruta Azul isso pode significar a perda do passeio, pelo limite de visitantes por dia.

 

Outra coisa, reservem tudo com antecedência. Nós saímos de lá no início da alta temporada e o que tinha de gente sem conseguir reservar passeio não foi pouca coisa. Sem falar que se você conseguir, pega os piores horários. Antecipadamente, você tem tudo do bom e do melhor e pode trocar no caso de dar algum problema.

 

Seguimos fielmente este cronograma:

 

Dia 1 – chegada

Dia 2 – 8h - Rio da Prata e 16h - Buraco das Araras

Dia 3 – 9h - Gruta São Miguel, 10h - Gruta do Lago Azul e 16h30 - Rota Boiadeira

Dia 4 – 10h Fazenda Rio do Peixe

Dia 5 – 9h Bóia Cross e 19h Projeto Jibóia

Dia 6 – Ida para o Pantanal

Dia 7 – Pantanal

Dia 8 – Pantanal

Dia 9 – Pantanal

Dia 10 – Volta para Bonito – promo resort (explicarei depois essa ordem estranha)

Dia 11 – bate e volta Estrada Parque

Dia 12 - retorno

 

[t3]Passeios em detalhe:[/t3]

 

[t1]Rio da Prata:[/t1]

 

Bem legal, é bonito como dizem. Na verdade, a flutuação começou pelo Olho D’agua, que é mais cristalino que o da Prata, mas por uma questão de marketing o passeio todo é chamado de Rio da Prata. Você começa o passeio por uma trilha fácil, faz a flutuação nos dois rios em sequência e volta pela trilha. Há bastantes peixes, nada como as piscinas naturais do nordeste, em quantidade e variedade de espécies, mas os peixes são grandões e interessantes. Diferente do que disseram, não foi bem flutuação, tivemos que nadar o percurso todo para acompanhar o guia e não houve barco de apoio. Não sei se isso não é usual e demos azar, só sei que foi cansativo e não achei lá muito seguro. Se alguém tem uma hipotermia, hipoglicemia, fica lá atrás e ninguém vai notar, pois você está com a cabeça dentro d’agua. Aliás, recomendo fortemente levantar a cabeça de vez em quando para ver aonde vai. Eu quase peguei um caminho errado por duas vezes, pois como disse, o guia não tava nem aí e eu ia ficando pra trás, pois filmei muita coisa e não dava pra nadar enquanto filmava, só flutuar.

 

 

O passeio termina na fazenda, onde é servido o almoço. É bom, mas não achei espetacular como dizem. Comemos comidas melhores no Pantanal. O legal é que é reposto várias vezes, diferente da Fazenda Rio do Peixe, que comentarei adiante. Depois você tem um tempinho pra ficar no redário, ou andar pela fazenda. Segui essa última opção e fiz algumas fotos dos animais de lá.

 

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O acesso até lá é por estradas de terra, só nelas você vai perder de 1h a 1h30 por trecho.

 

[t1]Buraco das Araras:[/t1]

 

De lá, seguimos para o Buraco das Araras, que é perto. Fazemos uma pequena trilha e chegamos ao buraco, que é bem bonito. Nada espetacular, mas nós gostamos. Estava, sim, repleto de araras, com ótimas oportunidades de fotos se voc~e contar com um teleobjetiva (DSLR de sensor cropado com lente de pelo menos 300mm, ou compacta com zoom pelo menos 10x). Não faça como eu, configure a câmera para disparos contínuos e foco automático. Eu cheguei a colocar o foco automático, velocidade de obturador rápida, mas você tem que fazer vários disparos até acertar o foco e eu, que não tinha experiência de fotos de animais rápidos, só fui aprender no final da viagem que o macete é disparo contínuo.

 

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Todas as araras são vermelhas e há várias delas espalhadas pelo parque. O passeio em si é como a Gruta de São Miguel, que falarei adiante – foi legal fazer, mas não é indispensável, até mesmo porque você verá araras em outros passeios, como a própria Gruta de São Miguel e na Fazenda Rio do Peixe.

 

Voltamos com mais um belo pôr do sol.

 

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CONTINUA

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Nathalia e Sabrina, valeu!

 

Segue continuação.

 

[t1]Gruta de São Miguel[/t1]

 

No dia seguinte fizemos as grutas e a rota boiadeira. Começando pela gruta de São Miguel, o passeio começa numa fazenda, onde há araras vermelhas e você pode fazer fotos. O lugar é bonito, embora a área turística seja bem pequena.

 

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Depois seguem as instruções, o que me deixou meio puto da forma como é feito. Te colocam pra ver um vídeo, onde é explicada a importância da preservação do local e os cuidados a serem tomados. Pra mim, isso é trabalho de guia, é pra isso que o pagamos, mas ok. Depois ele recebe o grupo e você vai até a trilha, passando por uma ponte suspensa, que balança um pouco, mas é tranqüila até mesmo para crianças.

 

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A gruta foi a primeira que já fui na vida. Dizem os mais experientes que ela é sem graça para quem já viu muitas grutas, mas que perde a graça quando você compara com outras. Foi mais ou menos por aí. No caso de Bonito, há duas grutas turísticas, ela e a azul. E são diferentes um da outra. A de São Miguel você atravessa ela, é mais escura e tem formações diferentes. Acho que valeu o passeio, ainda mais que é dos menos caros de Bonito.

 

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[t1]Gruta do Lago Azul[/t1]

 

Depois seguimos para a Gruta Azul. É linda, como dizem. Pegamos o horário das 10, mas quanto mais cedo, melhor, pois os raios de luz da manhã são mais suaves e as cores da fotografia ficam mais intensas e bonitas. São 250 degraus e descer é moleza para adultos saudáveis e subir é cansativo para todos, mas mesmo crianças e idosos aguentaram. No caminho vi uma cobra, falsa coral.

 

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Bem pertinho do lago há uma ponte, que supostamente dá para outra entrada em construção. Não pudemos chegar até lá, ficamos mais distantes. Deu para tirar ótimas fotos, mas preferiria que tivesse sido mais perto.

 

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[t1]Rota Boiadeira[/t1]

 

Lá na lanchonete comemos um bom pastel por 5 reais, lanchamos novamente na cidade e, de tardinha, fizemos a Rota Boiadeira. Fooooooda!!! Pra mim, o melhor passeio de Bonito e pro restante do grupo é páreo duro com o Rio da Prata. O passeio, que é pouquíssimo divulgado (só nós 4 fizemos no dia e algumas agências falavam pros turistas que não tava funcionando!!!), consiste em percorrer de quadriciclo uma rota por onde normalmente passam bois. Em Bonito há pelo menos mais dois passeios de quadriciclo, o do rio Sucuri e o Zagaia. Quem já foi nesses dois últimos diz que são estradas retas, sem muita emoção. Na rota boiadeira você se sentirá no Rally Paris Dakar, uma experiência off-road, com muitos obstáculos naturais, trepidação, ondulações na pista, mas acredite, o veículo agüenta! Seguindo fielmente o que diz o Alex, cara muito gente boa e paciente, é tranqüilo. Você vai sacodir pra lá e pra cá, mas segure firme, acelere e você vai tirar de letra. E é emoção na certa.

 

O passeio dura por volta de 1h30 contando o treino inicial e a volta, achei suficiente, mas nossos amigos queriam mais. Queria ter filmado tudo, mas infelizmente perdi um suporte de um acessório da Gopro, que prendia a câmera ao braço, e o acessório ideal para filmar, que é o do peito, eu não comprei. Só de lembrar eu já quero fazer de novo!

 

A foto vou ficar devendo, tá no outro PC. Talvez eu coloque depois.

 

CONTINUA

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[t1]Fazenda Rio do Peixe[/t1]

 

O próximo dia foi o da Fazenda Rio do Peixe, que é de cachoeiras. O lugar é bem bonito. Fomos recebidos pelo Deivid, guia mais gente boa de todos os passeios. Na parte da manhã você segue por uma trilha com vários pontos de parada, o primeiro contando com um trampolim, onde uma amiga nossa protagonizou uma das inúmeras vídeocassetadas que fizemos ao longo da viagem. Depois passamos por algumas cachoeiras.

 

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sendo a última a melhor – ela desemboca num buraco de 5 metros, onde você pode saltar com relativa segurança – basta não pular em cima das pedras (e tem que ser muitoooo idiota pra cair nelas) e não escorregar. Eu resisti em pular o tempo todo, mas aos 45 do segundo tempo não resisti e saltei. Lá embaixo é belíssimo, você atravessa uma linda passagem natural para voltar. Aliás, saltei de novo tentando me filmar com a Gopro. Câmera apontada pra mim, beleza! O problema é que o reflexo ao saltar é você abaixar ou levantar os braços, para “furar” a água com mais facilidade, levantando-os após o salto. Levantei os braços e acabei filmando minha careca, vou poupar vocês desse momento trash. Mas ao menos ficou registrado o salto.

 

Na sequência, fomos já meio atrasados pro almoço, que se encerraria meia hora depois. Não gostei muito disso, pelo preço, que é quase igual ao do Rio da Prata, esperava reposição a tarde inteira. O almoço é melhor que o do Rio da Prata, mas a falta de reposição adequada o prejudica. Dessa forma, recomendo que marque a fazenda o mais cedo que puder, para almoçar com calma.

 

Depois do almoço o dono da fazenda, seu Moacir, dá uma banana pra cada (no sentido real, gente, não o figurado!) para alimentar os micos de lá. Estava pertinho do dia das crianças e havia um monte delas lá, muito engraçado. Os micos ficam doidos e as crianças, mais doidas ainda. Os micos são inteligentes, têm medo delas e só pegam as bananas dos adultos, pois sabem que a qualquer deslize virarão projeto de barbie ou Goku.

 

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Depois Seu Moacir leva as araras azuis para as pessoas tirarem fotos, mas você tem que ser rápido. Elas não ficam ali muito tempo e voam pra longe.

 

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Ouvi falar que o Seu Moacir já não era o mesmo de antes. Antigamente, dizem, ele ficava pacientemente contando histórias e gostava mais de mostrar os animais. Parece que o sucesso subiu à cabeça e agora ta mais marrento, ou impaciente. Bem, tem muito turista mala mesmo e com o tempo deve encher o saco atender tanta gente chata. Mas, por 150 de cada um, acho que ele não faz mais do que a obrigação, é um trabalho como outro qualquer.

 

De tarde fizemos mais uma trilha, que leva a uma tirolesa e mais uma cachoeira. Depois do almoço não somos ninguém, então só acompanhamos o grupo e não fizemos nada. O passeio é de dia inteiro, então dali voltamos pra pousada.

 

No último dia fizemos o Bóia Cross e o Projeto Jibóia. Bem, já sabíamos que o melhor Bóia Cross era o do Hotel Cabanas, mas na hora de pedirmos pra agência, só falamos em Bóia Cross. Resultado, nos colocaram no Bóia Cross do Parque Ecológico Rio Formoso. Não foi de todo ruim. De fato, as corredeiras chegam a dar sono, é muuuito light, com alguma emoçãozinha apenas na hora de passar pelas pequenas quedas. Bom para crianças. Os guias sabem disso e acabam fazendo palhaçada o tempo todo para tentar entreter o grupo.São gente boa. Além disso, você ganha o Day use no lugar, o que acaba funcionando como se fosse um balneário. Lá tem tirolesa, stand-up numa prancha de plástico, pedalinho e caiaque, também de plástico. Bom para famílias. Almoçamos por lá mesmo. O almoço é meia boca, mas vale o preço, 20 reais e você come à vontade. O dono também é bem gente boa, te recebe e ele mesmo faz fotos do seu passeio e te entrega de graça.

 

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De noite, fomos ao Projeto Jibóia. O lance é o seguinte, você está indo a um stand-up comedy repleto de piadas politicamente incorretas, com informações sobre jibóia. Não espere nada além. O cara fará piadas de gaúcho, de mulheres, dele mesmo, da platéia, de careca, de cachorros de madame, políticos, enfim, se você é do tipo que se ofende, isso não é pra você. Mais tarde, conversamos com pessoas que saíram de lá extremamente ofendidas. Do nosso grupo, todos riram muito. O intuito é desconstruir a crença de que jibóias são animais ruins e precisam morrer, no final você tira fotos com uma jibóia enrolada no pescoço. Até minha esposa, que tava morrendo de nojo, acabou tirando a foto.

 

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Aqui termina a parte de Bonito. No dia seguinte, bem cedo, fizemos o check-out e nos despedimos do casal de amigos e seguimos para o Pantanal. Essa parte vem depois.

  • Membros de Honra
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Os micos são mesmo uma atração a parte, rs. Quanto às fotos, foi um desafio. Lá não tem muita iluminação natural, então focar não é muito fácil. Ideal é levar um tripé, ruim é ter que carregá-lo. Eu tive que fazer várias e eliminar as tremidas.

 

Olha, em valores absolutos os passeios são caros, sim. Mas, em termos de investimento, de valor e retorno, acho que é dos melhores do Brasil. Acho que ninguém sai com aquela sensação de que está sendo roubado, como em outros lugares. Sabe aquela experiência de te levarem pro pior restaurante, do guia que não sabe nada, te empurra pra uma lojinha de souvenir e não mostra nada do passeio? Aqueles lugares com banheiros mal conservados, ou os passeios que não incluem nada no preço e você tem que alugar por fora? Nada disso tem em Bonito. Você paga caro, sim, mas te dão tudo que você precisa pra sua experiência ser inesquecível.

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Eu amei tanto Bonito, que vou voltar em alta temporada!

No meu roteiro tem a Fazenda Rio do Peixe, mas seu Moacir já está me fazendo mudar de ideia... hahaha

 

Aguardo o relato do pantanal... que dizem que pernilongos, borrachudos ou seja lá qual for o nome, são capazes de levantar uma pessoa ::lol3::

  • Membros de Honra
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Seguimos para o Pantanal. Correu tudo bem, à exceção de uma placa mal posicionada, entre duas direções, o que nos fez retornar no meio do caminho para perguntar. Já quase chegando na fazenda, havia uma ponte quebrada e não poderíamos seguir com nosso carro sem tração. O dono da fazenda nos levou de 4x4 e deixamos o carro em um estacionamento.

 

Um adendo rápido, o Pantanal é uma área enorme e vale fazer uma pesquisa extensa a respeito antes de fechar os passeios. Pretendo falar mais a respeito em tópico separado, mas só pra adiantar, parece que são mais de dez áreas diferentes de Pantanal, cada uma com suas características e variedades de animais. E muitas fazendas possuem sua especialidade, não há aquela em que você verá tudo do bom e do melhor.

 

A fazenda que escolhemos é pequena, recebe poucos visitantes, de modo que a atenção ao viajante é maior. O review completo eu deixei no Tripadvisor, pra quem quiser ver.

 

http://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g1588112-d3781452-Reviews-Fazenda_23_De_Marco-Miranda_State_of_Mato_Grosso_do_Sul.html

 

O lugar é uma graça.

 

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Continuando, almoçamos uma maravilhosa comida feita em forno a lenha, experiência que se repetiria ainda muitas vezes, visto que as três principais refeições do dia estão inclusas no preço. Logo após fizemos um safári. No caminho vimos mais pássaros e variedade de árvores.Paramos no lago dos Tuiuiús, ave-símbolo do Pantanal. Lá, vimos vários deles, além de outras espécies de pássaros.

 

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Ficavam próximos a um açude, que é repleto de jacarés. Também paramos num mirante, onde muito de longe se via uma ema e um veado campeiro. Também vimos voando em nossa direção um casal de araras vermelhas.

 

Ache o jacaré na foto.

 

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Na volta, tivemos a oportunidade de ver mais um pôr do sol espetacular, do açude que fica próximo à fazenda. Mesmo com a mosquitada atacando (esqueci o repelente), não pude deixar de apreciar. À essa altura já estávamos cansados e isso foi tudo que fizemos no dia. De noite, tomamos uma caipirinha e relaxamos, ao som dos insetos e animais noturnos.

 

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Paty, não deixe de ir à Rio do Peixe. Foi um dos lugares que mais gostei de conhecer, é tudo muito bonito e você terá mais contato mesmo com os guias, o nosso foi muito gente boa. Mas faço uma observação, se já não fiz - dizem que as cachoeiras da Boca da Onça são as melhores. O problema é encarar os quase mil degraus! O diferencial da Rio do Peixe é que é menos cansativa e a fazenda em si tem mais a oferecer, tem o contato com os animais locais, além do famoso almoço (mesmo com as observações que fiz, é muito bom).

 

Quanto aos mosquitos, isso depende muito da região da fazenda em que você vai hospedar. Provavelmente nas da Estrada Parque isso é um problema maior, visto que há rios por perto. De todo modo, se levar o repelente que indiquei, o Exposis (versão Extreme), poucos insetos vão te incomodar.

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