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Afinal, isso é ecológico?


ritoky

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ECOLOGIA SOCIAL

 

Meio Ambiente, Relações Sociais, Cultura e Arte:

 

POR UMA ECOLOGIA GENERALIZADA

 

 

Os acontecimentos históricos e sociais que nos últimos anos demoliram, junto com o muro de Berlim e tudo o que ele simbolizava, o velho maniqueísmo político e filosófico "Capitalismo X Comunismo", ou "Esquerda X Direita", carregaram consigo também os esquemas mentais e as visões de mundo economicistas e pseudocientíficas, implantando novas dúvidas e profundos questionamentos no lugar das velhas "certezas", que se mostraram ineficazes e impotentes para gerar novas idéias, novas esperanças e formular perspectivas reais de felicidade e de equilíbrio universal.

 

Ao mesmo tempo em que a velha ordem interna e externa desmoronava, novos fenômenos e novas configurações ideológicas e sociais emergiam, materializando os problemas e as possíveis soluções que deverão ocupar os corações e as mentes neste final de século. As duas faces mais importantes e antagônicas dessa nova configuração mundial são o novo Capitalismo Integrado, que se torna hegemônico em todos os continentes e, do outro lado, a Ecologia e o seu desenvolvimento mais abrangente, a Ecosofia.

 

Na medida em que os povos dos antigos países de economia planificada optavam claramente pela sua inserção na economia mundial de mercado, o Capitalismo, ampliado geograficamente e com um novo ímpeto cultural, onde ele deixava a imagem clássica de "bandido" da História para pretender tornar-se uma espécie de novo "mocinho", repensava os seus métodos e passava a adotar novas práticas sociais ainda mais penetrantes e insidiosas. Entre essas práticas está o domínio absoluto dos meios de informação (a televisão, o rádio, os jornais, etc.) e de formação (a escola, a cultura de mercado, as universidades, etc.) com as quais ele constrói uma nova subjetividade capitalista, ou seja, forma gerações com um sistema de valores, uma ética, uma estética e uma expectativa de produção e de consumo que servem perfeitamente aos propósitos da nova economia de mercado integrada e permite o planejamento da produção massificada com décadas de antecedência. Através do controle do último reduto sagrado da individualidade, a mente das pessoas, o capitalismo transnacional pretende organizar o mundo à sua imagem e semelhança, um mundo superficial, consumista, de valores descartáveis, onde as pessoas busquem a sua identidade no seu patrimônio material, na posse de quinquilharias tecnológicas, como se fossem novos índios deslumbrados pelas miçangas coloridas dos navegadores. Enfim, um sistema e um modo de vida onde o lucro seja o único ponto cardeal, e onde o Ter substitui o Ser, em todas as suas formas.

 

O movimento ecológico mundial, que surgiu há cerca de duas décadas, ainda dentro de uma perspectiva estritamente ambientalista e preservacionista, vem evoluindo para tornar-se a única grande oposição eficaz e articulada ao Capitalismo Mundial Integrado em rápida expansão. Em sua origem, o movimento ecológico estava imerso nas preocupações derivadas das evidências de que a ideologia de "progresso" industrial desenfreado, presente tanto nos antigos países comunistas quanto nos capitalistas, associada a um crescimento demográfico vertiginoso, levaria o gênero humano a um "beco-sem-saida", à destruição inevitável da vida sobre o planeta Terra, a única casa habitável pelo homem. Já não se tratava mais da oposição entre modelos economicistas de sociedades, mas de uma oposição maior, mais perigosa e mais definitiva entre a Vida e a Morte de toda a humanidade.

 

Logo nos primeiros anos surgiram resistências por parte das ideologias ainda dominantes, e até hoje, aqui e ali, emergem críticas cada vez mais cáusticas e furiosas, cada vez mais passionais e menos lógicas, à prioridade que a Ecologia dá à qualidade da vida em detrimento da idéia de "desenvolvimento a qualquer custo". Mas com o passar do tempo a prática ecológica e a observação nos ensinaram a detectar os verdadeiros interesses por detrás do discurso anti-ecológico e desenvolvimentista, que tenta depreciar a busca de uma nova mentalidade como se fosse um projeto utópico e impraticável. Os portadores dessas críticas, liberais ou marxistas, colocam-se sempre disponíveis para assumir cargos políticos e administrativos no sistema convencional de poder, e os ataques à ecologia social são a sua vitrine, onde eles anunciam publicamente que suas posturas são dóceis ao sistema de valores vigente.

 

A consciência ecológica, apesar de um certo ceticismo inicial, expandiu-se rapidamente e tornou-se um novo consenso entre os intelectuais e a juventude de todo o planeta, mobilizando com vigor a opinião pública internacional para questões urgentíssimas como a destruição da camada de ozônio da atmosfera pela emissão de CFC, a redução irreversível da biodiversidade, a destruição das florestas tropicais, a desertificação de grandes áreas do globo, os depósitos de lixo atômico, o efeito estufa, a poluição dos mares e do ar, os acidentes nas usinas nucleares, o esgotamento dos recursos naturais, etc. A pressão pública que esse consenso ecológico produziu não poderia ser ignorada, nem mesmo pela subjetividade capitalista que sustentava as formas antigas de produção e de consumo. Assim, a ecologia preservacionista e o ambientalismo acabaram sendo absorvidos e incorporados ao sistema dominante na sua forma mais simplista, comercial, estereotipada e superficial. Hoje em dia não há praticamente um único chefe de estado ou uma única grande corporação capitalista ou um único grande banco transnacional que não procurem demonstrar preocupações "ecológicas" e não anuncie grandes investimentos em programas supostamente preservacionistas. O Congresso Mundial de Meio Ambiente, realizado no Brasil em 1992, foi o coroamento dessa ecologia oficial capitalista, na qual o sistema alardeou que abriu mão de seus anéis para não perder todos os dedos, ou seja, deu um verniz ecológico às suas políticas globais para manter intocada a ideologia do Ter sobre o Ser, que é em ultima instância a origem de todas as distorções que nos afligem. Pretende-se com isso atacar os sintomas da doença sem que se toque nas causas profundas, e alimentar a ilusão de que, com a atenuação temporária dos sintomas, a doença está curada.

 

Alguns ambientalistas e preservacionistas caíram nesta nova armadilha e se deram por satisfeitos com as medidas institucionais que estão sendo tomadas a partir da reunião dos chefes de Estado acontecida em 1992. Só que os problemas têm raízes muito mais profundas, e certamente não serão resolvidos com um toque-de-mágica exatamente pelo Capitalismo Integrado que esses governos representam. A partir desta constatação, faz-se necessário repensar todo o nosso projeto ecológico e dar o grande salto de qualidade, localizando a verdadeira origem das distorções, a essência dos desvios da nossa cultura, e propor transformações profundas e radicais, não apenas no desempenho formal da política industrial, pois isto é muito pouco, mas na própria subjetividade do ser humano, na sua maneira de pensar o mundo, de relacionar-se com os outros e com a natureza, de aplicar conceitos éticos e estéticos arcaicos e viciados, de submeter-se à subjetividade massificante das campanhas publicitárias, de ser incapaz de livrar-se dos estereótipos e dos preconceitos que infestam os veículos de comunicação, de limitar a sua criatividade aos ditames do mercado e da lógica mediocrizante do lucro.

 

O novo pensamento ecológico, que surgiu para amplificar e aprofundar a visão limitada do ambientalismo e do preservacionismo, sem excluí-los, é claro, teve origem na constatação de que os métodos convencionais de ação ecológica já não estavam produzindo os resultados esperados e estavam sendo facilmente cooptados pelo sistema que pretendiam combater. Novos pensadores, com Felix Guattari, Gregory Bateson, além de outros filósofos, biólogos e escritores formularam nos anos recentes novas teorias de abordagem ecológica da realidade, onde a ecologia do meio ambiente se articula com a ecologia das relações sociais e com a ecologia das subjetividades, a ecologia mental. A esse novo modo de pensar e de agir politicamente deu-se o nome de Ecosofia. Na verdade foram necessários muitos anos de reflexão sobre a fragilidade do preservacionismo da natureza estritamente material para se concluir o óbvio: que não se pode transformar apenas uma das manifestações da sociedade de modo duradouro sem transformá-la integralmente, sistemicamente, através de uma mudança da mentalidade e dos sistemas de valores. A única alternativa eficaz é partir para uma Ecologia Generalizada, que abrace todos os ramos do conhecimento e apresente propostas para todas as manifestações do Ser: da produção de energia à psicanálise, das relações de vizinhança à preservação das espécies em vias de extinção, das neuroses familiares às viagens espaciais, da liberdade artística ao reaproveitamento dos dejetos industriais, dos meios de transporte à linguagem da publicidade, dos conceitos estéticos às práticas partidárias e sindicais, da macro-estrutura administrativa à felicidade no cotidiano, das formas de poder às formas de amar, das necessidades protéicas ao direito à fantasia.

 

Félix Guattari, em seu livro "As Três Ecologias", onde ele introduz a idéia de Ecosofia, ou Ecologia Generalizada, propõe, entre outras coisas, a "ressingularização" do indivíduo, ou seja, passar a ver o indivíduo ecologicamente, como um universo original, singular, dignificado na sua especificidade, e não apenas, como na visão tradicional do capitalismo e do marxismo, como "massas", "estrato social", "minoria racial", "faixa do eleitorado", "grupo marginal", enfim, como "gado" a ser conduzido pelas forças da economia, da ideologia ou da política para a direção que os "pastores do rebanho humano" acharem conveniente, no nosso caso, para o "matadouro" do militarismo e do delírio tecnológico - industrial.

 

Ao lado da "ressingularização", Guattari propõe uma "nova suavidade", uma forma de pensar e de agir que repudie os sistemas fechados, as estatísticas e as pesquisas de opinião, a histeria do consumo, a ditadura das modas e a rigidez das palavras-de-ordem, e inaugure uma nova era de relações mais afetuosas e tranqüilas entre as pessoas, de curiosidade pelo mundo interior do outro, de substituição da angústia e da ansiedade pela sabedoria diante dos fatos naturais da vida como o passar do tempo, o nascimento, a paixão, o envelhecimento, a ternura e a morte. Ele defende um retorno aos prazeres simples, ao convívio pessoal, ao contato com a natureza, à boa conversa, ao namoro, a beber um copo d'água com prazer quando se está com sede, a dormir bem, a fazer amor com um afeto renovado e sem a voracidade do "consumo sexual". Um novo padrão de relacionamento conjugal e uma nova empatia entre pais, filhos e netos fazem parte da nova visão de "família" que a Ecosofia propõe, assim como a percepção de que, no equilíbrio da natureza, não existe o "feio" e o "belo", posto que um pavão não é mais "belo", por exemplo, que um sapo boi; ou de "certo" e "errado", posto que um tubarão não é mais "cruel" que uma ostra, nem o Leão é "imoral" quando avança sobre a zebra desgarrada da manada.

 

Dentro da proposta de "ressingularização", ou seja, da busca da "alteridade" no lugar da "uniformidade" do pensamento, inverte-se o raciocínio tradicional e busca-se o dissenso no lugar do consenso. É fundamental conseguir evitar aquilo que o filósofo Walter Benjamin chamou profeticamente de "mesmice" da vida moderna, como ocorre no monólogo de um ser humano com um computador, com a tecnologia industrial, com os veículos de comunicação de massa e com as pesquisas de opinião. A "mesmice" de que falava Benjamin, caso venha a se impor sobre a pluralidade de opiniões e de valores, poderá levar ao esfacelamento da totalidade humana. É necessário, portanto, o retorno da tradição da oralidade, do diálogo espontâneo, dos contadores de histórias, das interpretações pessoais do sentido de cada coisa. É preciso valorizar a singularidade do discurso de cada ser humano dentro de sua micro-comunidade, de seu território existencial, e também o de cada micro-comunidade no conjunto geral da sociedade.

Na opinião de Guattari, a própria Ciência e a Psicanálise devem ser repensadas para que se aproximem da forma como a Arte percebe o universo: ao invés de teorias fechadas às quais a realidade deve encaixar-se à força, ele propõe um processo contínuo de recriação, de reencantamento, uma revalorização do espaço imaginário, à maneira de um pintor ou de um compositor que, no desenvolvimento criativo de sua obra, jamais repete o mesmo quadro ou a mesma melodia. A Arte, que de todas as formas de realização humana, é a que mais singulariza o Ser, pode servir como parâmetro para a Ciência, assim como para a Política, para a Administração e tudo o mais. Trata-se de re-situar o Ser como centro da identidade, e de jamais permitir que o Ter ocupe este lugar na definição do ser humano sobre si mesmo.

 

Na medida em que as novas tecnologias, como a robotização industrial e agrícola, vão sendo implantadas, é provável que o tempo de trabalho dedicado à produção de bens e de serviços seja reduzido em favor de um maior tempo livre, sem o comprometimento de tantas horas de cada dia, por dezenas de anos a fio, "alugadas" ao sistema de produção e de consumo. Uma vez que essa tendência se confirme, vai depender do tipo de mentalidade em vigor na época, o tipo de uso que esse tempo livre terá. A escolha, nas palavras do próprio Guattari, será entre "a do desemprego, da marginalidade opressiva, da solidão, da angústia, da neurose, ou da cultura, da criação, da pesquisa, da re-invenção do meio ambiente, dos enriquecimentos dos modos de vida e da sensibilidade".

 

O nosso Movimento de Ecologia Social - OS VERDES, vem refletindo sobre todas estas questões e reformulando internamente o seu conceito de Ecologia em direção a uma visão mais completa do ser humano e mais adequada aos desafios do presente. A nossa escolha é clara: neste novo conflito entre o Ter e o Ser, nós defenderemos o Ser, com todas as suas implicações, em todas as áreas da atividade humana e de todas as formas possíveis. Combateremos a expansão da subjetividade capitalista e da visão economicista do mundo exatamente pelos canais que eles utilizam para imporem-se, os meios de comunicação, o ensino, a cultura, a arte, as relações interpessoais, as relações políticas e o trato com a natureza. Queremos não apenas preservar o planeta, mas transformá-lo num território existencial harmônico e agradável, onde palavras como "felicidade" e "paz" saiam do chavão em que foram depreciadas e passem a constituir um projeto global, profundo e conseqüente. Nós acreditamos que uma Ecologia Generalizada, no contexto material, mas também no contexto espiritual, possa reencantar o mundo e substituir as formulações "macro" que fracassaram por uma prática "micro", capaz de recriar o sentido da vida. Nós, OS VERDES, acreditamos firmemente que o ser humano não apenas perdurará, mas que ele prevalecerá. Para fazer valer esta fé, é preciso começar a agir desde agora. É preciso começar a virar os nossos neurônios pelo avesso, antes que eles já não nos pertençam mais.

 

 

Rio de Janeiro, 1991.

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Saudações !!

 

Não entendo como que uma discussão sobre jogar sementes, ( e já muito bem respondida) possa ter virado uma discussão preconceituosa sobre o PT ! Galera, presta atenção !!!!!!!

CZ e Rogério estou com vcs !

 

 

Fabiana

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aaahhhhhh !!!! [xx(]

 

Gente, por favor me entendam ... isso não é uma guerra, somos mochileiros evoluidos (assim espero).[:D]

 

Acho que podemos encerrar este papo Eco-Mochilo-Político não é? [:P]

 

Fabiana, obrigado pelo comentario mas nós estamos tentando encerrar o assunto, ok? O que poderiamos fazer é propor a montagem de um tópico só para "papos cabeças" !!!

 

E comentando sobre a duvida do Ricardo, pelo que eu sei, o ideal é enterrar as frutas, assim a decomposição é mais rapida. Mais se tiver sementes, pode ser que venha a nascer uma planta que não é típica da região.

 

é isso então.

 

Eco-abraço a todos.

 

Cezar

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É isso aí vamos falar de outras coisas.

Vi alguém aí falando que cinzas das foguerias são prejudiciais ao meio ambiente.

As cinzas das fogueiras nada mais são do que nutrientes (na maioria metais) da planta que não são queimados. Esses nutrientes que a planta demorou tanto tempo para absorver pela raiz estão superconcentrados nas cinzas e disponíveis às plantas nas proximidades. Portanto, as cinzas da fogueira são um ótimo adubo pra plantas. O que se deve fazer é espalhar as cinzas nas plantas ao redor do acampamento...

Além disso, as cinzas podem ser usadas para outros fins como pro exemplo evitar invasão de formigas no acampamento. É só jogar as cinzas em torno das barracas.

Abraços

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Ricardo,

 

Putz foi mal, empolguei com esse texto e repassei ao grupo. É bem longo mais é interessante,tras uma abordagem básica sobre a sociedade em que estamos inseridos, ecologia ...

 

Fabiana, é nóis na fita, para o que der e vier.

 

Rog.

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Não poderia deixar meu grupo de fora.

 

Balão do Greenpeace percorre país com mensagem contra Angra 3 e a retomada do programa nuclear brasileiro

Campanha 'Brasil Não É Nuclear' pretende impedir que o governo Lula gaste bilhões de dólares na construção de mais uma usina em Angra dos Reis e em projetos como o submarino nuclear, unidade de enriquecimento de urânio e instalação de quatro pequenos reatores na região Nordeste

 

Na contramão das iniciativas de diversos países, que estão repensando seus programas nucleares dado ao imenso risco que oferece à população e ao meio ambiente do planeta, o governo brasileiro pretende agora em março retomar um antigo plano - construir a terceira usina nuclear do país, Angra 3. Apesar de mais de 80% da população brasileira ser contra o projeto, os preparativos para a retomada do programa nuclear nacional, que incluem ainda projetos como o submarino nuclear, unidade de enriquecimento de urânio e instalação de quatro pequenos reatores na região Nordeste, estão de vento em popa.

 

Para alertar o Brasil sobre o equívoco dessa iniciativa, o Greenpeace iniciou hoje, em Brasília, a Expedição 'Brasil Não É Nuclear', que percorrerá 22 cidades em 13 estados de Norte a Sul, durante 55 dias. A estrela da expedição é um balão que simboliza o planeta Terra e que terá como principal papel atrair as pessoas para debater o assunto com membros da sociedade civil, especialistas e ativistas ambientais.

 

Durante o ato em Brasília, realizado de manhã, o balão foi incorporado à paisagem da Esplanada dos Ministérios. Apesar de não poder subir muito devido aos fortes ventos, o balão atraiu a atenção de quem passou em frente à catedral da cidade. Como o deputado federal Edson Duarte, do Partido Verde da Bahia, que fez questão de comparecer à manifestação. "É muito importante que façamos eventos como este para alertar à população sobre os problemas do programa nuclear brasileiro. Temos que provocar o debate para permitir que a sociedade fique mais informada sobre o assunto," afirmou Duarte, que é o relator do grupo de trabalho de fiscalização nuclear e radioativa da Câmara dos Deputados.

 

Todos que participaram da manifestação puderam deixar seu recado contra a construção da usina de Angra 3 num imenso banner que será levado pelo balão para as demais cidades a serem visitadas durante a expedição. A construção da usina em Angra dos Reis é tão polêmica que não conta com unanimidade nem no próprio governo - as ministras das Minas e Energia, Dilma Roussef, e do Meio Ambiente, Marina Silva, são contra. E não é difícil entender o motivo: as usinas existentes hoje, Angra 1 e 2, ambas em funcionamento, consumiram quase R$ 60 bilhões nos últimos 40 anos, custam R$ 1 milhão por dia e geram apenas 2% de toda a eletricidade produzida no país.

 

"O lixo produzido pelas usinas é altamente radioativo e precisa ficar sob cerrada vigilância por centenas de anos, pois representa um incalculável risco ambiental e à saúde da população. Países como a Alemanha, Espanha e Inglaterra têm suspendido seus projetos nucleares e pesquisam novas formas menos perigosas de geração de energia. O futuro está nas fontes renováveis de energia e não na aventura nuclear", disse Sérgio Dialetachi, coordenador da campanha de nuclear do Greenpeace.

 

 

As assinaturas contra a construção de Angra 3 colhidas nas cidades por onde o balão passar serão entregues ao presidente Lula ao final da expedição, prevista para maio, assim como as manifestações pela internet (clique aqui para participar).

 

Acompanhando o balão em todas as cidades visitadas, estará o personagem Lulinha Nuclear, que fez sucesso no último Fórum Social Mundial, realizado no início do ano em Porto Alegre. O mascote será o anfitrião da expedição e estará em cada cidade que o balão visitar recepcionando as pessoas para se unir ao protesto.

 

A principal missão da expedição é levar à opinião pública informações sobre os problemas ambientais, sociais, econômicos e de segurança de uma retomada do programa nuclear brasileiro. É preciso mostrar ao presidente Lula que o Brasil não pode e não quer enterrar bilhões de dólares num projeto que não atende aos anseios da população, tão carente de serviços básicos por parte do Estado. O Brasil Não É Nuclear!

 

Vamo nessa gente,

 

Rog.

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Joel Pinheiro

 

Taí uma coisa interessante. Sempre que acampo eu faço uma fogueira, mas sempre aparece um chato e faz seu discurso, Fogueira é anti-ecológico, não podemos fazer, tarara tarara...

Se eu disser que faço fogueira para cozinhar, estou mentindo, tenho fogareiro, faço-a para aquecer a noite e juntar a galera em torno para um bom papo, e ficar com seu amor de madrugada, enrolado em uma manta olhando a dança das chamas, não precisa dizer nada só curtindo o momento e ficar sentindo o sereno da madrugada.....

Não sei quanto a vcs, mas para mim a fogueira tem um valor fundamental num camping, assim como armar a barraca, fazer a fogueira e explorar a área em torno, se eu não fizer não tem graça o camping...

Nem vem com aquele papo que pode pegar fogo na floresta, pois tomo todo o cuidado para o fogo fica contido no seu local determinado.

AGORA ALGUÉM PODE ME JUSTIFICAR POR QUE CADA VEZ MAIS HÁ PESSOAS DIZENDO QUE ELA É PREJUDICIAL?????

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Galera ,

 

Leia esse texto sobre a Biomassa, um assunto pouco divulgado pelos meios.

 

 

Biomassa: uma energia brasileira

 

Aurore Bubu

 

Ambientalista

 

 

Biomassa é ainda um termo pouco conhecido fora dos campos da energia e da ecologia, mas já faz parte do cotidiano brasileiro. Fonte de energia não poluente, a biomassa nada mais é do que a matéria orgânica, de origem animal ou vegetal, que pode ser utilizada na produção de energia. Para se ter uma idéia da sua participação na matriz energética brasileira, a biomassa responde por um quarto da energia consumida no País.

 

Esse percentual tende a crescer com a entrada em operação de novas usinas. Até 2006, devem começar a funcionar 26 novos empreendimentos de geração de energia a partir da biomassa selecionados pela Eletrobrás para o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA). Todos os organismos biológicos que podem ser aproveitados como fontes de energia são chamados de biomassa. Entre as matérias-primas mais utilizadas estão a cana-de-açúcar, a beterraba e o eucalipto (dos quais se extrai álcool), o lixo orgânico (que dá origem ao biogás), a lenha e o carvão vegetal, além de alguns óleos vegetais (amendoim, soja, dendê). Em termos mundiais, os recursos renováveis representam cerca de 20% do suprimento total de energia, sendo 14% proveniente de biomassa e 6% de fonte hídrica. No Brasil, a proporção da energia total consumida é cerca de 35% de origem hídrica e 25% de origem em biomassa, significando que os recursos renováveis suprem algo em torno de dois terços dos requisitos energéticos do País. A biomassa é uma forma indireta de aproveitamento da energia solar absorvida pelas plantas, já que resulta da conversão da luz do sol em energia química. Estima-se que existam dois trilhões de toneladas de biomassa no globo terrestre ou cerca de 400 toneladas por pessoa, o que, em termos energéticos, corresponde a 8 vezes o consumo anual mundial de energia primária (produtos energéticos providos pela natureza na sua forma direta, como o petróleo, gás natural, carvão mineral, minério de urânio, lenha e outros). Em 2004, três novas centrais geradoras a biomassa (bagaço de cana) entraram em operação comercial no País, acrescentando 59,44 MW à matriz de energia elétrica nacional. Projeções da Agência Internacional de Energia indicam que o peso relativo da biomassa na geração mundial de eletricidade deverá passar de 10 terawatts/hora (TWh), em 1995, para 27 TWh em 2020. Para se ter uma idéia de quanto isso representa, o Brasil consumiu 321,6 TWh em 2002.

 

Atuando no mercado há mais de 60 anos, a Companhia Energética Santa Elisa, localizada em Sertãozinho (SP), produz 30 MW/h de energia, o suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes. O custo da energia produzida é de US$ 30 por megawatt/hora. "Acaba saindo mais barato do que a energia produzida em uma hidrelétrica, se considerarmos que para construir uma usina desse tipo é necessário gastar muito dinheiro. Há também os problemas ambientais e sociais", explica o diretor administrativo da empresa, Sebastião Henrique Gomes. O diretor destaca ainda as vantagens da biomassa em termos de controle da poluição: "O uso desse tipo de fonte renovável de energia está diminuindo a emissão de gases poluentes no ambiente. Quando aproveitamos o bagaço da cana para produzir energia elétrica, também estamos preservando a natureza". Na produção de energia a partir de biomassa, não há emissão de dióxido de carbono e as cinzas são menos agressivas ao meio ambiente, em comparação com as provenientes de combustíveis fósseis, como o petróleo.

 

Pesquisador do Centro Nacional de Referência em Biomassa (CENBIO), o ambientalista Orlando Nunes lembra que uma das principais vantagens da biomassa é a capacidade de renovação. "É muito importante para um país como o Brasil produzir energia onde ela será consumida e poder produzi-la sem o risco de que acabe", diz. "O uso dessa energia gera empregos e renda ao envolver mão-de-obra local na produção. Mais de 1 milhão de pessoas trabalham com Biomassa no Brasil e o número tende a crescer." Dados do Balanço Energético Nacional (edição 2003) revelam que a participação da biomassa na matriz energética brasileira é de 27%, a partir da utilização de lenha de carvão vegetal (11,9%), bagaço de cana-de-açúcar (12,6%) e outros (2,5%). O potencial autorizado para empreendimentos de geração de energia elétrica, de acordo com a ANEEL, é de 1.376,5 MW, quando se consideram apenas centrais geradoras que utilizam bagaço de cana-de-açúcar (1.198,2 MW), resíduos de madeira (41,2 MW), biogás ou gás de aterro (20 MW) e licor negro (117,1 MW).

 

Rogério félixxxxx!

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E os flamenguistas...o q vcs acham deles? Pra mim deveriam ser todos exterminados. Junto com os petistas!

 

 

auhauhauhauhauhAUHUAHUAHUHAUAHAUhuhauahauahuahauahuah

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