Membros _Willian Postado Outubro 12, 2013 Membros Postado Outubro 12, 2013 Galera segue meu relato sobre a viagem que fiz pra Buenos Aires Vou começar o relato falando do transporte do aeroporto até o hostel em que eu tinha reserva. Na saída do desembarque têm umas empresas que fazem o transporte. Eu fiz pela Manoel Tenda de Lion (acho que era esse o nome), me cobraram 90 pesos para me levarem do aeroporto de Ezeiza até a porta do hostel. Achei o preço muito bom pela distância e por ser uma empresa. Até etiqueta de identificação eles colocam na sua bagagem na hora que você entra no microonibus e sua mala vai pro bagageiro. Eles nos transportam até uma espécie de terminal da própria empresa. Chegando lá, desci do microonibus, peguei minha mala e, por volta de 20 min depois, chegou o táxi que me deixou na porta do hostel. Achei tudo muito tranquilo e seguro. O hostel escolhido foi o Milhouse Avenue (tem outro Milhouse, o Hipo, que fica próximo). Cheguei no hostel por volta da meia noite e estava rolando uma festa. Som alto, geral dançando, tomando uma cerveja ou um drink e se divertindo. Infelizmente, entre fazer o check in, pagar o valor que faltava das diárias, subir para o quarto, guardar a mala, tomar banho e botar a roupa, a festa acabou. Quando desci (por volta das 2 da madruga), já estava todo mundo comprando o ingresso para a balada que ia rolar numa boate. Paguei 90 pesos e fui pra balada. Esse valor incluía o transfer até a balada, a entrada vip (acesso ao camarote) e uma ficha de bebida. O transfer foi feito num microonibus só com o pessoal dos dois hostels (Avenue e Hipo), já fui me enturmando com a galera e fazendo amizade. Na volta, eu e mais outros brasileiros nos dividimos em 2 taxis e chegamos ao hostel por volta de 5 da manhã, pagamos uns 15, 20 pesos, não me lembro exatamente. No outro dia acordei a tempo de pegar o café da manhã, que era bem simples (umas torradas, geleia,cereal, suco, leite, café e laranja, acho que era só isso). Mas, saindo do hostel tem vários cafés e restaurante que oferecem opções de desayunos entre 20 e poucos, 40 pesos. Vai do bolso e do gosto de cada um. Mas, eu queria era andar na cidade e conhecer as coisas. Dei uma volta pela 9 de Julho, tirei fotos no obelisco, passei pelo Teatro Colón, mas não fiz a visita lá dentro, eram 110 pesos a entrada. Depois descobri (através de uma brasileira que estava no hostel) que em alguns dias rola espetáculo gratuito, indo ao espetáculo você entra no Teatro Colón e conhece as coisas lá dentro. Entretanto, no período em que fiquei em Buenos Aires, só teve um desses espetáculos gratuitos (que foi o que essa brasileira foi e só me contou depois que foi). Para saber que dia tem esses espetáculos gratuitos, é só ir ao teatro e ler os cartazes dos espetáculos. Veja o dia, o horário e se é pago ou não. Saí do teatro e andei mais um pouco até chegar em um restaurante que me pareceu bom. O preço tava bacana, por volta de 80 pesos e incluía 1 bebida, prato principal e sobremesa, chama-se il gatto, se não me engano. Não me decepcionei. Depois continuei andando, cheguei na Av. Florida e fui andando por ela até acabar e chegar na Plaza San Martin. Essa praça é muito bonita, ótimo lugar para andar e tirar umas fotos. Atravessei a rua e cheguei à Torre Inglesa, bonita também. Depois, voltei para a Florida e tomei um café no Havana Café, muito famoso em Buenos Aires. Em seguida voltei para o hostel, tudo isso andando e conhecendo a cidade. Chegando ao hostel fui para a área em que têm umas mesas e cadeiras, mesa de sinuca e bar. É o ponto de encontro da galera. Quando não estão na rua, nem dormindo, quase ninguém fica nos quartos, fica nesse espaço conversando, tomando uma cerveja ou uns drinks, comendo, jogando sinuca ou na internet. Lá pras 23h começou a festa, desta vez no Hipo, eles revezam, mas quem tá hospedado em um pode ir para a festa do outro sem problemas e, como é um esquenta pra balada, vai muita gente. Como é perto, vai todo mundo a pé mesmo. Sábado noite, 2 opções de balada: Pacha ou Terrazzas. Gente de Buenos Aires, falou que a Terazza ultimamente estava melhor que a Pacha. Além disso estava 30 pesos mais barata. Ao fim do esquenta, pagamos 120 pesos e partimos para a Terrazza. Mesmo esquema da sexta, microonibus levando, entrada sem pegar fila, mas dessa vez não rolou camarote nem 1 ficha de bebida. Não nos arrependemos de ter escolhido a Terraza em vez da Pacha, pra mim, foi a melhor balada que curti em Buenos Aires (fui em 5 baladas, 4 boates diferentes). Saindo de lá dividi o táxi com 3 pessoas, total da corrida 100 pesos, 25 pra cada um. Domingo é dia da feira de San Telmo (é o único dia em que fazem esta feira), fui lá conferir. A feira funciona em uma praça e em várias ruas que chegam a esta praça. Aliás, a praça é a menor parte da feira. Nas ruas, cada um monta sua barraca, sua banca ou só põe um pano no chão e a mercadoria em cima. Tem de tudo: antiguidades, artesanatos, roupas, cd, coisas de couro (carteira, cinto, pochete, bolsa de moeda, pulseira, cordão...), comida e por aí vai. Também têm muitos músicos fazendo som por estas ruas. Na frente de uma igreja perto da praça, tinha um grupo que parecia uma mini orquestra, mas tocava tango. Tem vários bares e restaurantes ao redor da praça, bom pra sentar e beber ou comer alguma coisa. Da praça fui para a Casa Rosada, pois domingo tem visitação lá dentro, mas quando cheguei já tinha encerrado o horário. Apesar disso cheguei a tempo de ver a cerimônia de troca da bandeira. Domingo a noite: festa no hostel e mais balada, dessa vez fomos pra Kika, 40 pesos a entrada (compramos a entrada no hostel, colocaram uma pulseira no nosso braço, entramos no táxi e fomos pra Kika, dividi o táxi com 3 pessoas, ficou por volta de 10 pesos). Tivemos um pequeno problema ao chegar, o segurança disse que a pulseira que usávamos não dava direito a entrar na boate. Aí um outro brasileiro já ficou mais esquentado e queria brigar. Mas eu pedi pra ele ficar quieto que eu ia conversar com o chefe da segurança. Fui lá gastar meu espanhol com o cara, no começo ele disse que não podíamos entrar, que a pulseira não valia nada, etc. Eu expliquei que estava no Milhouse Hostel e eles tinham nos vendido a pulseira como ingresso e tal. O cara fez que não conhecia o Milhouse (acho que a cidade toda conhece o hostel, é bem famoso) e disse que não podíamos entrar. Falei que não tinha problema, íamos voltar ao hostel, explicar o que tinha acontecido e pedir nosso dinheiro de volta. Falei também que eu era o primeiro a chegar na Kika, mas que muita gente do hostel tinha comprado e tava indo também. Perguntei no que ele podia “me ajudar” pra evitar contratempo e tal. Aí o cara veio com uma conversa que podia nos dar um cartão que dava acesso a entrada, mas tínhamos que pagar 100 pesos e esse valor seria integralmente revertido em consumação. Eu falei pra ele que não ia pagar mais nada pra entrar porque já tinha feito o pagamento no hostel. Perguntei quanto era a cerveja, ele respondeu que era 40 pesos. Eu disse que com certeza gastaria mais de 100 pesos com cerveja, mas não queria o tal cartão. Se não pudéssemos entrar, eu voltaria para o hostel, pegaria o dinheiro de volta e ia pra outra balada. Aí ele resolveu “deixar” eu e o pessoal que tava comigo entrar, mas devido a isso não curti a balada direito. Fiquei um pouco grilado... território estrangeiro sabe-se lá, não sabemos os costumes, nem as leis. Enfim, apesar da estrutura da boate ser massa, o som muito bacana e o pessoal bem animado, não consegui curtir a balada como deveria. Detalhe: outros brasileiros, que estavam no mesmo quarto que eu lá no hostel, foram para outra balada, mas chegando lá acharam meio sem graça, ficaram na porta e acabou que ganharam de uma promoter que estava lá na porta a pulseira pra entrar na Kika. No outro dia relatei o ocorrido para 3 pessoas que trabalhavam no hostel (inclusive pra que colocou a pulseira no meu braço), eles meio que levaram um susto e disse que iam verificar o que tinha acontecido. Pena que na hora não lembrei de ver ou perguntar o nome do segurança. Na segunda a tarde fui ao Jardim Botânico, ao jardim japonês, a um parque que fica próximo do planetário, caminhei um pouco por Palermo e retornei no começo da noite para o hostel. No Jardim Botânico a entrada é gratuita, no japonês paga 24 pesos. Os dois são muito bonitos, vale a visita. A noite, mais festa no hostel, mas dessa vez não fui pra balada. Terça fui à Galeria Pacífico, na Florida e a tarde passeei pela Recoleta: cemitério, uma igreja que tem ao lado, uma galeria de lojas e a praça que tem a flor (Floralis Generica, é um monumento gigante feito de aço inoxidável). O cemitério tem entrada gratuita e funciona até as 17h, muito bonito, vale muito a visita. Ao lado do cemitério tem uma igreja e dentro dela um museu com pinturas, objetos e imagens antigos. Para entrar nesse pequeno museu paga 6 pesos. Pouco depois da igreja tem essa galeria com umas lojas de design e móveis, nesta galeria fica o Hard Rock Café. Passamos pela galeria e fomos para a praça das nações unidas, onde fica a Floralis. O momumento é gigante, muito bonito. Saindo de lá passamos pela frente da faculdade de direito e ciências sociais (fica ao lado da praça, tem umas colunas no estilo romano, bem legal). Voltamos para a galeria e entramos no Hard Rock para tomar um chopp e conhecer o lugar. Ambiente muito legal, muito bom para petiscar, tomar um drink e conversar ao som de um bom e velho rock and roll. Pena que tínhamos pouco tempo, às 20h ia começar uma aula de tango no hostel e eu não queria perder. Depois da aula, festinha no hostel e outra balada – a Hype, é uma festa que todo mundo fala, fui conferir. Foi na Kika, não sei se essa festa sempre rola lá ou se vai passando por outros lugares. Dessa vez, nenhum tipo de problema na Kika, chegamos com a pulseira que compramos no hostel e entramos tranquilmente. Sobre a balada: som excelente, mas tinha pouca gente, a boate estava bem vazia. Quarta a tarde andei por Puerto Madero e terminei o passeio no TGI Fridays, tava no happy hour 2x1 ou 50% em alguns produtos. Valeu muito a pena, o preço ficou excelente, além do que o Fridays é o Fridays. A noite fui no show de tango, paguei 320 pesos, foi excelente. Esse preço incluiu transfer ida e volta, 1 aula de tango, jantar (entrada, prato principal, sobremesa e bebidas – água, refri, vinho e cerveja, eu e mais 4 brasileiros bebemos 3 garrafas de vinho, hehehe) e o show de tango. De volta ao hostel, mais um esquenta e depois balada. Dessa vez na Asia de Cuba, em Puerto Madero. Paguei acho que 40 pesos pela entrada (já tinha bebido mto vinho, hahaha) no hostel mesmo. A boate é muito boa, ambiente muito bacana, o som excelente e o pessoal bem animado. Na quinta foi a despedida, acordei na hora de fazer o passeio pelo Boca. O valor cobrado pelo hostel foi 90 pesos (o valor incluía transporte de ida + volta, entrada no museu e estádio do Boca e almoço). Fomos e voltamos de ônibus (coletivo normal da cidade), visitamos o museu e o estádio do Boca, depois fomos para o Caminito, onde almoçamos em um restaurante, tivemos um tempo pra olhar as lojas e comprar as coisas, depois retornamos para o hostel. Sobre o museu e estádio do boca: Não deixem de ir, é muito massa. Sobre o Caminito e as lojas, muito legal. Lá terminei de comprar algumas coisas. Sobre o restaurante que almoçamos: a carne estava deliciosa. De volta ao hostel, ainda fui a Famoso Café Tortoni e à Galeria Pacífico. O Café Tortoni tem um ambiente antigo bem bacana. Tomei um capuccino com um churros, estavam gostosos, mas nada de extraordinário. Acho que valeu mais a pena pelo ambiente do que pelo que comi. Lembra vagamente a Confeitaria Colombo, no Rio. A visita à Galeria Pacífico tinha 2 objetivos: tomar o famoso sorvete do Freddo (Dulce de leche, muito muito bom) e fazer compra numa loja parecida com a nossa conhecida Imaginarium, mas com um preço bem melhor. Missão cumprida, voltei para o hostel, peguei a mala e parti pro aeroporto. Fim de viagem! Hasta Luego mi Buenos Aires querido! Dicas finais: - Achei o Hostel Milhouse um excelente lugar para conhecer gente e se divertir. Se você quer calmaria não se hospede lá, mas se quer conhecer gente do mundo inteiro e se divertir bastante, corre pra lá. O quarto e banheiro são bem simples, mas quem quer ficar no quarto estando em Buenos Aires? Só usei mesmo pra dormir e tomar banho. Ah, tem armário individual nos quartos, é só levar o cadeado e trancar a mala dentro. O Staff do hostel é muito camarada, principalmente as mulheres. São descontraídos, se enturmam com os hóspedes e sempre ajudam no que possível. Acho que todos falam inglês. - Tente falar espanhol com os argentinos. Percebi que eles são simpáticos com quem chega tentando falar espanhol. Já quem chega falando inglês eles são meio secos, não conversam com a mesma simpatia. Se não sabe falar nada em espanhol, tente pelo menos o básico (holla, yo..., a mi me gusta, etc) e vá no português mesmo. Eles entendem o portunhol e costumam ser solícitos com quem chega falando assim. Deixe o inglês para conversar com os turistas que for conhecendo. - Quando for pegar táxi, antes pergunte +- quando vai custar a corrida e tenha dinheiro trocado para pagar o valor exato, sem precisar de troco. Não peguei notas falsas nem fiquei sabendo de ninguém que pegou, mas não custa nada evitar. Citar
Membros adisson.oliveira Postado Novembro 25, 2013 Membros Postado Novembro 25, 2013 Muito bom seu Relato! Valeu pelas dicas, estou indo sozinho e vi que a melhor opção é ficar em Hostel mesmo, não é? Abraço. Citar
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