Membros Ferlui Postado Setembro 5, 2013 Membros Postado Setembro 5, 2013 (editado) Saímos eu e minha mulher do Rio em direção a Lisboa em pleno dia do fim do mundo 21/12/2012. Não estávamos interessados se o mundo iria acabar ou não, queríamos era nos divertir. Com um atraso no vôo da British devido a problemas na conexão entre Londres e Lisboa, chegamos em Lisboa ao fim da tarde. Nos hospedamos na Praça Marques de Pombal no Hotel Fênix Garden , um excelente hotel 3 estrelas. Largamos nossas malas no quarto e fomos caminhar pela cidade, indo do início da Av Liberdade até a praça dom Pedro IV no Rossio, subimos em direção ao Carmo pela Rua do Carmo, visitando as ruínas da igreja do Carmo devido ao terremoto de 1755 indo até o Armazém do Chiado. Pela Rua Garret seguimos passando pela famosa pastelaria A Brasileira que fica bem próxima ao Largo do Chiado onde se encontra uma das estátuas de Fernando Pessoa. Caminhamos pelas ruas do Chiado observando a noite portuguesa. Como era sábado e próximo ao Natal, todas as ruas estavam muito enfeitadas com luzes e os jovens se deliciavam nas beiras dos bares em frente a ruelas bem estreitas tomando suas cervejas e jogando papo fora, em uma cena que me lembrava muito o bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro. Como já era tarde, descemos e jantamos no O Ribadouro um bom bacalhau e um bom camarão que levavam o nome da casa. No dia seguinte aproveitamos que era domingo e não se paga algumas atrações e partimos para Belém. Caminhamos do nosso hotel pela Álvares Cabral até chegarmos na basílica da Estrela, e de lá pegamos um taxi para Belém sem antes parar na pastelaria de mesmo nome para comer os famosos pastéis. Confesso que esperava mais da tão falada iguaria portuguesa, já que sou um adorador de doces, mas comemos alguns e fomos em direção ao Mosteiro dos Jerônimos, uma construção grandiosa e espetacular patrimônio da UNESCO onde estão os túmulos de Vasco da Gama e Camões. Ao sairmos dali caminhamos até o Padrão dos Descobrimentos, onde tivemos que pagar para ir até o terraço de onde se podia ver a rosa dos ventos de cima, carta náutica desenhada no chão em frente ao monumento. Caminhamos pela orla até a Torre de Belém visitando a torre por dentro sem precisar pagar. Pegamos um taxi e descemos na Praça do Comércio, caminhando pela baixa através da Rua Augusta até a Praça da Figueira. No meio do caminho paramos para almoçar mais um bacalhau no João do Grão, e não muito satisfeito com o que havia comido (já comi muito bacalhau melhor no Brasil) pegamos na Praça da Figueira o elétrico 22 para irmos ao Castelo de São Jorge onde caminhamos por suas muralhas e de onde vimos o por do sol em Lisboa. Descemos já anoitecendo em direção a igreja de Santo Antonio, sempre parando em alguns mirantes como o de Santa Luzia e o Largo de São Miguel até chegarmos a Praça do Rossio onde vistamos a Pastelaria Suíça e fomos tomar uma Ginginha no Largo de São Domingos. No dia seguinte pegamos o carro na Guerin da Av. Álvares Cabral que alugamos na http://www.rentalcars.com o melhor preço encontrado na internet e cruzamos o Tejo pela belíssima ponte Vasco da Gama com o intuito de irmos ao Outlet Free Port em Alcochete. Passamos algumas horas por lá mas como nosso consumismo não estava em alta saímos de lá sem comprar nada, apesar dos preços estarem muito bons. Voltamos para o outro lado do rio e paramos no Parque das Nações, onde aproveitamos e visitamos o oceanário, que vale e muito uma visita. Como de carro tudo fica perto, voltamos a Belém para ver se tirávamos da cabeça a má impressão dos pastéis de Belém, mas só nos fez confirmar que a iguaria não é mesmo a Brastemp que muitos falam. Voltamos ao hotel para deixar o carro e andamos até o centro para o jantar, mas acabamos comendo uns salgados na Pastelaria Suíça. Arrumamos nossas malas para poder viajar com apenas uma mala e deixamos a outra no hotel já que voltaríamos para a última noite do ano. Pegamos o carro e fomos pelo litoral sul em direção a Estoril, parando para umas fotos no Cassino e sua bonita orla, parando em Cascais com o intuito de almoçarmos, mas como era Natal estava quase tudo fechado. Em Cascais visitamos um forte e também a Boca do Inferno, uma formação rochosa tipo falésia a beira mar, onde se encontra um fenda no formato de uma caverna que ao entrar as ondas faz um enorme barulho, um lugar muito bonito. Como os locais estavam fechados dispensamos o almoço e fomos em direção norte até Cabo da Roca, um farol no alto de uma falésia no ponto mais ocidental de Portugal. O local é impressionante e com o céu super azul foi o perfeito cenário para muitas fotos. Seguimos em direção a Sintra passando antes pelo litoral de Colares onde se situa Adraga, considerada uma das praias mais bonitas da Europa (eu discordo) e Praia Grande. Chegamos em Sintra com fome, deixamos nossa mala no hotel Tivoli, um ótimo hotel 3 estrelas muito bem situado no centro da cidade em frente ao Palácio Nacional e fomos comer no Café Paris. A comida estava fantástica, um bacalhau com batatas ao murro e um polvo a moda. Para sobremesa, um dos melhores doces de Portugal que comi, o famoso Travesseiro de Sintra. O dia estava frio, então caminhamos um pouco pelas ruazinhas do centro e voltamos para o hotel sem antes pedir uns Travesseiros para viagem. Acordamos bem cedo e tomamos o café da manhã na Casa Piriquita, onde o travesseiro superou o da noite anterior. Fomos andando até a Quinta da Regaleira um palácio na encosta da serra cercado de jardins, lagos, grutas ocultando cenários com marcas alquimistas da Maçonaria, Rosa Cruz e os Templários.Andando pelo imenso jardim avistamos passagens secretas subterrâneas, torres, a capela e o Poço Iniciático, que desce até o fundo por escadarias em espiral sustentadas por belíssimas colunas esculpidas em pedra. Este foi um dos palácios mais bonitos de Portugal, passamos algumas horas ali e seguimos para conhecer outro palácio, o Palácio da Pena que foi erguido sobre as ruínas de um antigo convento pelo rei Fernando II no ano de 1838. Este palácio com torres no estilo medieval, meio gótico com elementos de inspiração árabe é um dos palácios mais diferentes que conheci até hoje, pois é muito colorido e de onde se aprecia uma bela vista que vai de Sintra até o oceano. De lá também se avista as ruínas e as muralhas do Palácio dos Mouros. Com o carro abastecido de doces e salgados que compramos na Casa Periquita , partimos em direção a Óbidos, uma belíssima cidade medieval murada e dote de várias rainhas de Portugal. Não sabia que não podia entrar de carro na citadela, então tive que arrastar a mala murada adentro por entre as ruelas em pedregulhos. Nos hospedamos na pousada Casal da Eira Branca, muito bem localizado no centro da cidade de frente para a rua principal onde poderíamos ver da janela de nosso quarto o Castelo e as muralhas. O hotel não tinha café da manhã mas o quarto era enorme ao estilo colonial, nos sentimos como que em uma fazenda em Minas. Óbidos é uma cidade que vale a pena dormir lá, pois a noite é muito boa, diferente do dia lotado de turistas que se espremem por suas ruelas. Ao chegarmos na cidade fomos primeiro andar pelas muralhas e caminhamos em direção ao Castelo que infelizmente não podemos visitar pois estava fechado para uma exposição. Andamos pelas ruelas da cidade visitando as lojas de artesanato e experimentando a ginginha, um licor feito de cerejas servido sem copinhos de chocolate. A noite jantamos no Petrarum Domus na rua principal, um excelente restaurante onde comemos um bacalhau e um polvo. Acordamos cedo, passeamos pela cidade e saímos bem antes do almoço em direção a Alcobaça para conhecer o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, patrimônio da UNESCO. O mosteiro do séc XII em estilo gótico, é constituído de uma igreja e três claustros. Para se conhecer os claustros paga-se um entrada, mas para a igreja é gratuito. A principal atração da igreja são os túmulos de D. Pedro I e D. Inês de Castro, mandado ser construído por D Pedro I para repousar o corpo de sua amada morta por seu pai D. Afonso IV. Mais tarde o corpo de D. Pedro I foi sepultado frente a sua amada. Os túmulos profanados e danificados por soldados durante a invasão francesa em 1810 foram restaurados e colocados em sua posição original frente a frente simbolizando o amor entre os dois o que ainda atrai muitos casais românticos a igreja. Partimos em direção a Nazaré, indo direto ao alto visitar a igreja de N. Sra de Nazaré, padroeira dos navegantes.Lá de cima avista-se a cidade com suas belas praias banhadas pelo Atlântico. Como as cidades são bem próximas, seguimos para Batalha para visitar o Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Esse mosteiro em estilo manuelino e também patrimônio da UNESCO abriga o túmulo de D.João I e foi restaurado no séc XIX. Seguimos dali em direção a Aveiro, passando rápido por Coimbra, parando em Mealhada para um almojanta no Pedro dos Leitões. Experimentei o leitão a bairrada e confesso que a expectativa era maior do que o que me foi oferecido. O leitão a pururuca mineiro feito lá em casa é muito melhor. Chegamos em Aveiro já a noitinha e nos hospedamos no Hotel Aveiro Palace, um moderno hotel situado bem no centro da cidade com vista para os canais. No dia seguinte bem cedo tomamos o café da manhã no hotel, por sinal muito bom, e fomos andar pela cidade. Aveiro é conhecida como a Veneza portuguesa pelo seu canal e suas gôndolas que levam os turistas a passeios até a orla. Passeamos pelo mercado dos peixes, pelas ruelas da cidade experimentando na pastelaria Rossio os famosos ovos moles de Aveiro, doces feitos de ovos como a nossa baba de moça dentro de pasteis tipo “óstia” em formatos de flores, barris, e cones. Esses sim faziam jus a fama. Fomos de carro até Costa Nova a beira mar, um lugarejo onde ainda se mantêm as casas de verão bem ao estilo náutico, com cores vibrantes em listras misturadas ao branco.Lá almoçamos no Restaurante Marisqueira uma tábua de frutos do mar grelhados, pena não estarem quentes como costumamos comer aqui no Brasil. Vale a pena dar um pulo lá. Saímos de Aveiro em direção a Guimarães e nos hospedamos na pousada do Mosteiro de Santa Marinha. Essa pousada indicada por uma prima que havia estado lá recentemente é excepcional. Situada no alto da colina ela por si só já é uma atração turística. Mosteiro erguido durante o séc X e entregue aos Agostinianos no séc XIII que o mantiveram durante 350anos, hoje é uma pousada 5 estrelas com quartos super confortáveis e um restaurante fantástico, o Dona Mafalda, onde depois de um jantar espetacular pude experimentar o verdadeiro toucinho do céu, feito com abóbora, e o pudim abade de priscos feito com toucinho, isso mesmo toucinho de porco, que apesar de não ser fã de pudim foi o mais gostoso que comi na vida. Vale a pena passear pelo jardim da pousada e desbravar as dezenas de salas ornadas com móveis e quadros da época, um verdadeiro museu aberto.Depois de um esplêndido café da manhã visitamos a cidade rapidamente passando pelo Largo da Oliveira, Praça de São Tiago seguindo para o Castelo de Guimarães, o primeiro e mais antigo de Portugal onde nasceu o primeiro rei de Portugal e que está muito bem conservado, com suas muralhas ainda intactas. De lá caminhamos ao Paço dos Duques de Bragança e pegamos a estrada para Bom Jesus do Monte onde se encontra a igreja com o mesmo nome.Ao chegarmos lá me pareceu muito familiar comparada a igreja de Congonhas onde se encontra os Jesuítas esculpidos por Aleijadinho só que em maior escala. Ladeando as escadarias a frente da igreja encontram-se púlpitos com personagens esculpidos em madeira que intervieram na condenação, paixão e morte de Jesus Cristo. De lá nos dirigimos para Braga, parando o carro próximo ao palácio dos Biscainhos partindo a pé pela cidade, conhecendo a Câmara Municipal, o Jardim de Santa Barbara, a Praça da República descendo a Av. Central até o Palácio do Raio e Igreja de Santa Cruz. Depois de um pequeno lanche em um dos shoppings da cidade seguimos para o Porto. Chegamos ao Íbis hotel do centro já a noite, então decidimos sair só no dia seguinte. Ao acordarmos seguimos andando em direção a Ribeira e em frente a Praça D. João I em uma feira de antiguidades encontrei várias moedas antigas de prata para minha coleção. Seguimos em direção a Câmara Municipal, a Igreja dos Clérigos indo até a Praça dos Leões para tomar nosso café da manhã na Padaria Ribeiro. Ali perto visitamos as igrejas das Carmelitas e ao lado a Igreja do Carmo com sua lateral toda recoberta em azulejos portugueses. Descemos em direção ao Palácio da Bolsa, mas infelizmente não entramos pois a visita com hora marcada era só para muito mais tarde e ao voltarmos chegamos atrasados novamente. Do Palácio da Bolsa passamos pela igreja São Francisco chegando a Ribeira. Depois de muitas fotos atravessamos a ponte Luis a pé em direção a Vila Nova de Gaia, caminhamos pela casas de vinho e pegamos um passeio de barco pelo rio Douro passando por entre as pontes e chegando próximo ao mar, um passeio meio sem graça mas que valeu para descansar as pernas. Como recebemos tickets grátis de degustação de vinhos, experimentamos alguns e como a fome já estava chegando decidimos almoçar no O Bacalhoeiro onde comi o melhor bacalhau de toda a viagem, bacalhau na nata e de aperitivo não poderia faltar o tradicional Vinho do Porto. Depois voltamos para o outro lado, subindo em direção a Rua das Flores até a Estação São Bento onde se encontram painéis de azulejos gigantes retratando a história de Portugal. Voltamos ao hotel para tomarmos um banho e jantar na Ribeira no restaurante Vó Maria, onde havíamos reservado anteriormente. O jantar foi perfeito e com a vista do Douro terminamos mais um dia perfeito em Portugal. No dia seguinte andamos sem destino pela cidade, descendo novamente a Ribeira só que por outras ruas, conhecendo novos lugares. Subimos da Ribeira pelo funicular até a Rua Saraiva de Carvalho em direção a Igreja de Santa Clara e a Catedral da Sé partindo de lá para a rua santa Catarina, aruá de comércio mais badalada do Porto. Paramos no Café Majestic, considerado um dos seis cafés mais bonitos do mundo, e nos deliciamos com um creme brulee e um chocolate quente. Seguimos até a capela das Almas e o Mercado do Bolhão e voltamos ao hotel para arrumar as malas para voltarmos a Lisboa. Saímos cedo do Porto em direção a Lisboa, mas parando antes no Santuário de Fátima para assistirmos uma missa e pedirmos proteção e graças a parentes enfermos. Chegamos em Fátima com muito frio, o santuário estava vazio então podemos acender nossas velas e fazer nossos pedidos sem nenhum tumulto. Comprei várias medalhas para amigos e parentes e as benzi dentro da igreja na qual assistimos uma missa em que me emocionei muito. Fui criado dentro do catolicismo, mas nunca fui praticante, mas naquele dia não sei se pelos pedidos que fazia, me emocionei muito e tenho certeza de que serei atendido em todos eles. A frente da imagem de N Sra de Fátima que fica em uma capela aberta do lado de fora da igreja, fiéis rezavam e pagavam promessas a ela então aproveitei mais uma vez para repetir as orações. Como minha mãe e sogra são muito religiosas, compramos umas imagens para elas colocarem em seus santuários. Chegamos a Lisboa no início da noite do dia 31 de dezembro, fomos a rua para jantar e comemos uma excelente Paeja no Restaurante Pinochio. Nossa intenção era participar da festa de réveillon na Praça do Comércio, mas a chuva e o frio nos desanimou e acabamos comemorando no hotel mesmo com Champagne e queijos da Serra e do Azeitão que compramos para comemorar na Confeitaria Nacional. Nossa estadia em Portugal tinha sido perfeita e no dia seguinte seguiríamos para a Asia por mais 30 dias Editado Abril 19, 2015 por Visitante Citar
Membros debalves Postado Outubro 23, 2014 Membros Postado Outubro 23, 2014 Caramba! Muito legal a sua viagem! Gostei bastante do relato e das fotos! Obrigada por compartilhar conosco! Abraços! Citar
Membros Fabricio Rezende Postado Novembro 23, 2014 Membros Postado Novembro 23, 2014 Curti muito o relato de viagem de vcs! Citar
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