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[t1]14º Dia (04/01/13, sex): Bate-volta de Santiago a Valparaíso e Viña del Mar[/t1]

Total de Km percorridos (de carro) no dia: 304,6

 

Tiramos o dia para conhecer Valparaíso e Viña del Mar - cidades do litoral chileno próximas a Santiago. Após o café pegamos a estrada sentido Valparaíso, às 13h15. Fomos pela Ruta CH-68, uma rodovia em excelente estado, com faixas duplas e triplas, com boa sinalização e com pedágios.

 

Paramos para abastecer em um Posto Petrobras/BR, na beira da pista, pagamos CH$ 751,00/litro (R$ 3,35) da gasolina "93".

 

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A viagem demorou aproximadamente 2h30, assim que chegamos a Valparaíso fomos a região portuária, ao Ascensor Artillería, que é um meio de transporte que sobe e desce o morro por trilhos, uma mistura de bondinho com teleférico.

 

Ele nos levou ao topo do Cerro Artillería, onde tem o Paseo 21 de Mayo e o Museo Naval y Marítimo. Lá em cima existem mirantes com vista privilegiada para Valparaíso e Viña del Mar. Como chegamos tarde na cidade não tivemos tempo para visitar o museu.

 

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Esse Ascensor é um dos vários existentes em Valparaíso, talvez ele seja o mais turístico, por causa do museu e da visão da cidade do alto do morro.

 

Tiramos algumas fotos e logo descemos e aproveitamos para passear pelas proximidades da Plaza Echaurren, diz a história que essa foi a primeira praça da cidade e que ela existe desde a época colonial.

 

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No entorno dela tem vários prédios antigos e no centro dela há uma fonte. Assim como muitas cidades brasileiras, lá também têm muitas pombas. Seguimos até a Iglesia de la Matriz. Antes de voltarmos ao carro passamos em uma lojinha e compramos DVDs para backup das fotos da viagem, lá o DVD estava mais barato que em Santiago. Dali fomos direto ao Museo Fonck, pois ele estava para fechar.

 

Museo Fonck fica a aproximadamente 10km (30min) da Plaza Echaurren, em Viña del Mar. Esse museu é famoso pelo moai exposto em sua fachada e pelo grande acervo sobre a Ilha de Páscoa. Visitamos o seu interior que é bem interessante e suas várias salas de exposição contam o surgimento geográfico e dos povos do Chile, cada sala mostra uma região, incluindo a Ilha de Páscoa, e todas são ilustradas com objetos e painéis explicativos em espanhol - mesmo sem conhecer a língua dá para entender sem muita dificuldade. No primeiro andar fica a Area Ciencias Naturales, onde ficam expostas diversas espécies de animais empalhados. A entrada custa CH$ 2.000,00 (R$ 8,90) por adulto.

 

Vimos uma torre em estilo gótico, isso despertou nossa curiosidade. Atravessamos a rua e fomos até ela, é a Iglesia de Nuestra Señora del Carmen, ela estava fechada e só observamos sua arquitetura peculiar. Pegamos o carro e demos uma contribuição ao flanelinha.

 

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Sem muita noção de quanto valia CH$ 1.000,00 acabamos dando mais do que isso aos flanelinhas, que eram gentis, não falaram um preço e não exigiram em nenhum momento o pagamento. Diga-se de passagem, bem diferente da maioria dos flanelinhas brasileiros. Vimos como eles ficaram surpresos ao receber mais de CH$ 1.000,00 só depois fazendo as contas fomos entender o motivo.

 

Em seguida fomos conhecer uma das praias mais famosas e badaladas do Chile, o Balneário de Reñaca, que também fica em Viña del Mar. Lá não tinha flanelinhas. Paramos o carro bem em frente da areia. A praia estava lotada e vimos carros de vários países da América do Sul.

 

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Nos aventuramos a molhar os pés no Oceano Pacífico, mesmo com placas dizendo que a água estava imprópria para banho. Comprovamos o que lemos em livros escolares e ouvimos em programas de TV: aquele oceano tem mesmo águas frias, e põe fria nisso! Não é exagero, até a areia estava gelada. Mesmo assim tinha crianças nadando. Incrível!

 

Ficamos só 20 minutos na praia, pois a tarde ia caindo e ainda tínhamos que conhecer outro ponto turístico famoso de Viña del Mar, o Reloj de Flores. Esse relojo foi importado da Suíça em 1962, para deixar a cidade mais bonita para a Copa do Mundo FIFA do mesmo ano, já que Viña del Mar foi uma das cedes da Copa que aconteceu no Chile e que deu o bicampeonato ao Brasil.

 

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Deixamos o carro no estacionamento em frente ao Reloj de Flores, pagamos CH$ 600,00 (R$ 2,60) a hora. Além do relojo deu tempo da gente conhecer o Balneario Caleta Abarca e comprar alguns alfajores.

 

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Ainda com Sol voltamos para Valparaíso e passeamos pela Plaza Sotomayor e pelos arredores dela onde fica a Dirección General del Cuerpo de Bomberos de Valparaíso, o Edificio CSAV, o Hotel Rainha Victória, a Comandancia en Jefe de la Armada de Chile e o Monumento Héroes de Iquique y Mausoleo de Arturo Prat.

 

No Bombeiro tinha um caminhão antigo da marca Ford que podia ser fotografado, ao lado havia uma caixinha de contribuição. O Edificio CSAV parecia um cubo da água, suas janelas de vidro refletiam o céu e se confundiam com ele. Ao lado tem o Hotel Rainha Victória que ocupa um prédio antigo bem charmoso. Em frente a Comandancia en Jefe de la Armada de Chile fica o imponente Monumento Héroes de Iquique y Mausoleo de Arturo Prat. As nuvens pareciam de desenho, favorecendo belas fotografias.

 

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Voltamos a Santiago e chegamos a noite. Não tivemos problemas em dirigir a noite na Ruta CH-68 nem nas ruas de Santiago, com o GPS foi tudo tranquilo. A volta foi mais rápida que a ida, saímos de Valparaíso às 20h25 e chegamos em Santiago às 22h10, fizemos o percurso em 1h45.

 

 

[t3]- Mapa do dia[/t3]

[googlemap]https://www.google.com/maps/ms?msid=211817074823829532138.0004e7aba42dc5ac7b1fe&msa=0[/googlemap]

 

[t3]- Hospedagem em Santiago[/t3]

 

[t3]- Investimentos do dia[/t3]

Hospedagem: R$ 126,36*

Combustível: R$ 89,30

Pedágios: R$ 35,62

Passeios: R$ 35,62*

Estacionamento: R$ 2,67

 

* Valor para 2 pessoas

 

Total de km rodados na viagem: 4.776,8

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[t1]15º Dia (05/01/13, sáb): La Chascona, Cerro San Cristóban e Concha y Toro[/t1]

Total de Km percorridos (de carro) no dia: 62,7

 

No dia 03/01/2013 reservamos a visita à vinícola Concha y Toro pela internet, marcamos para às 17 horas. Com isso ficamos com a tarde livre para fazermos outros passeios em Santiago do Chile. Nesse tempo decidimos visitar a Casa Museo La Chascona e o Cerro San Cristóban, ambos no boêmio bairro Bellavista, e de lá fomos direto à Concha y Toro, localizada no Pirque, uma pequena cidade na Região Metropolitana de Santiago.

 

Saímos do apartamento às 13 horas e em menos de 20 minutos estávamos com o carro estacionado perto da entrada principal do Parque Metropolitano de Santiago, local de acesso ao Cerro San Cristóban, e a pé fomos à Casa Museo La Chascona, antiga casa de Pablo Neruda, poeta chileno ganhador do Nobel de Literatura de 1971, onde hoje funciona um museu com móveis e objetos originais, vários quadros e livros, mantido pela Fundación Pablo Neruda.

 

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Fizemos a visita guiada, com o guia "hablando" espanhol devagar - o que facilitou o entendimento - e em um grupo que tinha chilenos, argentinos e peruanos. O guia conduziu a visita passando muita informação, de forma descontraída ele tirou todas as dúvidas do grupo e mostrou domínio sobre os diversos assuntos relativos a casa e ao poeta Pablo Neruda.

 

Neruda gostava muito do mar e por isso os traços e decoração dos cômodos da casa lembram um barco. "La Chascona" foi construída na década de 1950, aos pés do Cerro San Cristóban, para abrigar sua amante Matilde Urrutia, apelidada "La Chascona" (a descabelada) por Neruda, por causa de seus longos cabelos avermelhados. A casa herdou esse nome em homenagem a Matilde. Que morou na residência até o final da década de 1980.

 

Pagamos CH$ 8.000 (R$ 35,61) por pessoa pela visita guiada na Casa Museo La Chascona. Lá também funciona um café e uma loja de souvenir, onde compramos canecas por CH$ 1.500 (R$ 6,68) cada.

 

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Saímos do museu e fomos conhecer o Parque Metropolitano de Santiago. A entrada é gratuita e para chegar ao cume do Cerro San Cristóban existem três opções: pela rua (a pé ou de bicicleta), de funicular ou de ônibus. Como o funicular estava fechado para manutenção fomos de ônibus, que também é grátis!

 

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No topo do Cerro San Cristóban fica o Santuario Inmaculada Concepción, dele tem-se uma visão panorâmica da cidade de Santiago e fica visível a grande quantidade de poluição no ar da capital chilena.

 

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Além do grande "auditório" a céu aberto, com a cidade ao fundo, também tem uma grande estátua da Imaculada Conceição, uma capela e uma loja de lembrancinhas e livros.

 

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Não deu para gente ficar muito tempo lá, pois tínhamos que ir à vinícola Concha y Toro no horário marcado, às 17 horas. Na descida do Cerro San Cristóban, sentamos do lado direito do ônibus e podemos ver a Gran Torre Santiago, o edifício mais alto da América Latina com 300 metros de altura.

 

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Panorámica de Santiago por GONZALO BAEZA, no Flickr

 

Após 3 horas de passeios pela Casa Museo La Chascona e pelo Parque Metropolitano de Santiago, partimos ao Pirque. Do Parque Metropolitano de Santiago até a viña Concha y Toro foram 26 km, em 50 minutos.

 

Na vinícola tem um estacionamento gratuito aos visitantes. Com nossos números dos pedidos da visita gerados no site da Concha y Toro em mãos, tivemos CH$ 600 (R$ 2,67) de desconto, assim, pagamos, na hora, CH$ 8.000 (R$ 35,61) por pessoa pelo "Tour Tradicional".

 

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O tour foi guiado em espanhol (um pouco mais rápido que o da Casa Museo La Chascona) e teve início pelo antigo casarão de verão da família Concha y Toro, ali a guia contou um pouco da história dessa família e do casarão ao nosso grupo, que tinha colombianos, argentinos e chilenos.

 

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Em seguida passamos em uma parte do pomar de videiras, com várias espécies diferentes e a guia deu informações sobre algumas delas: onde e como são plantadas, aroma, sabor, etc.

 

O que mais marcou nessa parte foi saber que o tipo Carménère, original da França, só é cultivado naturalmente, ou seja, sem interferências genéticas, no Chile, já que na Europa as videiras dessa variedade pegaram praga não sendo mais possível plantá-la naturalmente. No Chile a variedade resistiu graças à geografia do país, que tem ao norte o Deserto do Atacama, ao sul a Patagônia, a leste a Cordilheira dos Andes e a oeste o Oceano Pacífico, que formam barreiras naturais contra pragas, aliado a política adotada pelo governo nas fronteiras, que não permite a entrada de frutas e verduras.

 

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Fizemos a primeira degustação, que foi do vinho Trio Reserva Chardonnay, com dicas. A gente não botava muita fé que "chacoalhar" a taça alterava o sabor da bebida, mas lá aprendemos e pudemos comprovar que realmente isso altera o sabor e o aroma do vinho, já que esse ato oxigena o precioso líquido.

 

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Visitamos uma das bodegas que é revestida de madeira e climatizada, tudo para melhorar o sabor e o aroma dos vinhos.

 

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Depois veio a parte alta da visita: conhecemos a centenária bodega Casillero del Diablo, que fica no subsolo e é climatizada naturalmente. Leva esse nome graças a uma lenda espalhada por Don Melchor, o fundador da vinícola, que ao perceber o sumiço de vinhos daquela adega espalhou que ali morava um diabo. Diz a lenda que depois disso nunca mais roubaram vinhos de lá.

 

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Dentro daquela bodega acontece um espetáculo de imagem, som e luz que conta essa lenda. Em um canto mais reservado, no final de um corredor fechado com grade, tem a figura de um diabo em efeito de luz. Não recomendamos esse passeio a fanáticos religiosos.

 

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Esse vídeo conta um pouco da lenda do Casillero del Diablo:

 

 

 

Fizemos outra degustação, dessa vez de um vinho tinto Casillero del Diablo, aí bebemos certinho, oxigenando o vinho para melhorar o sabor e o aroma. Por fim, ganhamos uma taça escrita "Concha y Toro" e encerrou o tour.

 

Antes de ir embora passamos pelo Wine Bar e compramos dois vinhos Casillero del Diablo, da Concha y Toro, um tinto e outro Shiraz Rose. Pagamos CH$ 3.790 (R$ 16,87) por vinho.

 

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Saímos da viña Concha y Toro às 19 horas, mesmo com GPS erramos caminho e chegamos no apartamento às 20h10.

 

 

 

[t3]Mapa do dia[/t3]

[googlemap]https://www.google.com.br/maps/ms?msid=211817074823829532138.0004ea705a75e8600fbc3&msa=0[/googlemap]

 

 

[t3]Hospedagem em Santiago[/t3]

 

 

[t3]Investimentos do dia[/t3]

 

Hospedagem: R$ 126,36*

Alimentação: R$ 22,80*

Passeios: R$ 142,48*

 

* Valor para 2 pessoas

 

Total de km rodados na viagem: 4.839,5

  • 1 mês depois...
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[t1]16º Dia (06/01/13, dom): Cristo Redentor de los Andes e nossa volta à Argentina[/t1]

Total de Km percorridos (de carro) no dia: 398,1

 

Na nossa última madrugada em Santiago tiramos algumas fotos da sacada do apartamento e a vontade de ficar no Chile aumentava. O tom era de despedida, já que tínhamos que voltar a Mendoza, atravessando novamente a Cordilheira dos Andes, pelo Los Caracoles (Cuesta Juncal), na rota de volta ao Brasil.

 

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Pela manhã, após algumas horas de sono, tomamos banho, fizemos o café da manhã e logo levamos nossas malas para o carro. Saímos do apartamento em Santiago às 11 horas, com poucos pesos chilenos no bolso, já que evitamos fazer um saque extra e ter que pagar 10 reais de tarifa.

 

Sabíamos da existência de três pedágios no Chile, mas não sabíamos quanto era cada um e fomos na torcida para o nosso dinheiro - cerca de CH$ 5.000 - ser o suficiente para pagar esses impostos. Mas não foi!

 

Passamos por dois peajes (pedágios) na Ruta CH-57 (Autopista Los Libertadores), o primeiro foi CH$ 900 e quando chegamos ao segundo o valor duplicou: CH$ 1.800, levamos um susto já imaginando o valor do terceiro, que se fosse perto do dobro do segundo nosso dinheiro não seria suficiente. O terceiro, já na Ruta CH-60, era CH$ 3.300 e não tínhamos esse dinheiro. Perguntamos ao atendente o que poderia ser feito e ele disse que também aceitava reais e pesos argentinos. Aí bateu o desespero, a gente não tinha nenhuma reserva e faltavam 11 reais. Começamos a procurar moedas nas malas fomos achando e por sorte conseguimos juntar os 11 reais. Assim após aproximadamente 10 minutos tivemos a passagem liberada, porém estávamos zerados de dinheiro e tínhamos meio tanque de combustível para atravessar a Cordilheira dos Andes, passando pelo Cristo Redentor de los Andes.

 

Quando nos aproximamos do Los Caracoles o fluxo no sentido Argentina (subida) parou. Por conta das obras que estavam sendo realizadas nesse trecho somente um sentido do tráfego estava liberado. Ficamos uns 15 minutos parados aguardando a liberação do trânsito para continuar a viagem.

 

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Passamos pelo Paso Los Libertadores (a aduana chilena) e na dúvida se precisava parar ou não, paramos. Mas fomos informados que não precisava fazer nenhum procedimento lá para deixar o Chile, somente teríamos que parar na aduana da Argentina.

 

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Depois arriscamos. Em vez de passarmos pelo Túnel Internacional Cristo Redentor, pegamos a via alternativa, de terra, e começamos a subir o Cerro Santa Elena em direção ao Cristo Redentor de los Andes. Não imaginávamos que eram 10 km de subida intensa com curvas estilo "cotovelo" e precipícios no melhor estilo Los Caracoles. O medo de a gasolina acabar era grande, mas voltar não constava em nossos planos.

 

Subimos em 2ª e 3ª marcha, mas conforme nos aproximávamos do cume o motor ia sentindo a altitude, obrigando reduzir as marchas para 2ª nas retas e 1ª nas curvas.

 

Quase na última curva aconteceu o batismo do nosso carro. Cansados de subir e com medo daquilo não ter fim e a gasolina acabar, vimos um carro argentino parado e resolvemos perguntar se faltava muito para chegar ao Cristo Redentor de los Andes. O argentino disse que ele estava logo ali, olhamos para cima e vimos a estátua. Nisso ele comentou algo assim, em espanhol: "carro atrevido, subiu acá". Assim o carro foi batizado: Atrevido!

 

Enfim chegamos com o Atrevido bem perto do cume do Cerro Santa Elena, onde fica o Monumento Histórico Binacional Cristo Redentor de los Andes, que marca a divisa do Chile com a Argentina. Segundo uma placa em uma construção do lado argentino aquele local está a 4.000 metros de altitude, estava ventando muito forte e um frio de "rachar".

 

O monumento foi inaugurado em 13 de março de 1904, para simbolizar a paz entre os dois países que viviam em constantes disputas por terras. A obra foi realizada pelo escultor argentino Mateo Alonso. Foi feita em bronze, pesa 3.600 quilos e atinge 12 metros de altura.

 

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No alto e em meio da Cordilheira dos Andes é possível ver muita montanha, algumas delas com o pico nevado, mesmo sendo janeiro e verão. Não podemos afirmar, não temos certeza, mas uma delas deve ser o Aconcágua, o ponto mais alto do hemisfério sul.

 

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Após passar pelo marco da fronteira, dizer até logo ao Chile e acertar os relógios para o horário argentino: +1 hora, passamos ao lado do Parque Provincial Aconcágua, dessa vez não entramos (no 12º dia da viagem visitamos o mirante), somente paramos no acostamento da Ruta 7 para tirar fotos do Aconcágua que estava sem nuvens.

 

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Logo chegou a aduana argentina. A fila estava grande, demoramos cerca de 1 hora para passar por ela, mas o trâmite foi tranquilo, sem burocracia e rápido. Oficialmente estávamos de volta à Argentina!

 

Com pouco menos de 1/4 do tanque, sabendo que o próximo posto para abastecimento seria em Uspallata e sem dinheiro, ficamos com medo da gasolina acabar e também do nosso cartão não passar.

 

A gasolina não acabou, chegamos a Uspallata e paramos para abastecer no posto da rede YPF. Pedimos para encher o tanque e na hora de pagar o cartão de débito do Santander não passou! Isso porque tínhamos desbloqueado para até o dia 20/01/2013. Não teve jeito tivemos que recorrer ao cartão de crédito internacional (levamos somente para emergências) e pagar 6,5% de IOF.

 

Pagamos AR$ 6,33 (R$ 2,82) por litro da Nafta Super - um dos preços mais baixos que vimos na Argentina, 36 litros ficou em AR$ 230,00 (R$ 102,67), que depois ficou um pouco mais caro por causa do IOF e da taxa de conversão do cartão de crédito.

 

Chegamos a Mendoza às 21 horas - 9 horas após sairmos de Santiago do Chile - e fomos direto ao banco tentar sacar dinheiro. Para nosso desespero em nenhum caixa eletrônico deu certo. Detalhe: já tínhamos feito saques em duas agências do Santander em Mendoza e em nenhuma vez havia dado algum problema. Fomos ao hotel e lá tinha wi-fi, acessamos o internet banking para checar o que estava acontecendo com o nosso cartão. Comprovamos que ele estava bloqueado para uso internacional desde o dia 05/01/2013, por isso, a gente não conseguiu usá-lo. Para nossa sorte e alívio, nos mesmos conseguimos desbloqueá-lo para uso internacional pelo internet banking. Imediatamente fomos ao banco, mesmo sem tomar banho. Afinal também estávamos morrendo de fome.

 

Fomos à agência do Santander na Av. Villanueva Arístides. Era 22h20 quando conseguimos sacar AR$ 1.000,00 (R$ 437,00). Finalmente com dinheiro fomos nos alimentar em um dos restaurantes daquela avenida, comemos empadas e não gostamos. A conta ficou em AR$ 28,80 (R$ 12,86) para duas pessoas, sem bebida. O local aproximado do restaurante está no "Mapa do dia".

 

Voltamos ao hotel, guardamos o carro no estacionamento e dormimos após um dia de alguns apuros ao atravessar a Cordilheira dos Andes.

 

 

[t3]Rota[/t3]

Saindo de Santiago pegamos a Ruta 57 "Autopista Los Libertadores": duplicada, asfalto excelente e dois pedágios até Los Andes. Ruta 60, no Chile com um pedágio, que depois na Argentina torna-se a Ruta 7, que também é pista simples com asfalto muito bom, mas sem pedágios no trecho até a Ruta 40, que é duplicada com asfalto bom e sem pedágio até Mendoza.

 

 

[t3]Mapa do dia [/t3]

https://mapsengine.google.com/map/edit?mid=z5QBFh8ihmnU.kdcYnzkFChp8

 

 

[t3]Hospedagem em Mendoza[/t3]

Em nosso retorno a Mendoza ficamos hospedados no Hotel Sol Andino. O hotel fica em uma esquina e tem elevador, também oferece wi-fi. O quarto para duas pessoas era grande, a cama confortável, ar-condicionado, ventilador de teto, aquecedor, banheiro espaçoso, TV, enfim várias comodidades.

 

O estacionamento gratuito para hóspedes fica a 2 quarteirões do hotel, em um prédio perto da Plaza San Martín. O café da manhã foi razoável, havia opções de medialunas (croissant) - para variar, algumas frutas, sucos de "saquinho", frios e bolo. Nada tão especial.

 

Esse foi o único hotel argentino a cobrar 21% de imposto sobre a tarifa. A gente acredita que eles agiram de má-fé, já que havíamos feito a reserva por um preço possivelmente antigo e eles quiseram acertar o valor cobrando o suposto imposto. No balcão havia um aviso sobre a alteração do valor da diária, que passou a valer alguns dias antes da nossa chegada.

 

 

[t3]Investimentos do dia[/t3]

Hospedagem: R$ 133,93*

Alimentação: R$ 12,86*

Combustível: R$ 102,68

Pedágios: R$ 25,38

 

* Valor para 2 pessoas

 

Total de km rodados na viagem: 5.237,6

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[t1]17º Dia (07/01/13, seg): Sierras Grandes e Museo Casa del Che[/t1]

Total de Km percorridos (de carro) no dia: 676,4

 

Continuando em nossa rota de retorno ao Brasil, acordamos cedo e logo após o café voltamos para a estrada rumo a Córdoba, a penúltima parada para dormir antes de chegarmos a Foz do Iguaçu, no Brasil. Saímos 15 para às 10 horas de Mendoza, pegamos uma rota alternativa utilizando rodovias vicinais, passando por Alta Gracia e chegando a Córdoba às 20 horas.

 

Saindo de Mendoza pegamos a Ruta 7 (duplicado e com asfalto bom) até o trevo para a Ruta 47, uma estrada vicinal de pista simples com asfalto regular, depois pegamos a Ruta 142 também vicinal simples, mas com asfalto um pouco melhor, até chegarmos à Ruta 20 ainda pista simples, e com asfalto bom, seguimos até Alta Gracia por ela e em nenhuma dessas estradas teve pedágio.

 

A vantagem de ir por essas estradas é que a fiscalização e o trânsito são menores o que possibilita andar em uma velocidade maior. Nossa velocidade média foi de 120 km/h o que encurtou o tempo da viagem. A desvantagem é que essas estradas passam no meio das cidades, obrigando a redução drástica da velocidade e algumas vezes por falta de sinalização a gente saiu da estrada, entrando na cidade.

 

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Em Vila Dolores paramos para abastecer em um posto da rede Sumi, colocamos a Nafta S a AR$ 7,83 (R$ 3,49) por litro. Como estava muito caro colocamos apenas AR$ 100,00.

 

Logo chegamos a Mina Clavero, onde passamos pela Sierras Grandes. Na subida da serra tem-se uma visão ampla da região de Mina Clavero, uma região com vegetação rasteira e seca, inclusive na Ruta 20 passamos por algumas pontes sobre rios secos. Paramos para tirar algumas fotos.

 

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Paramos também na nascente do Rio Mina Clavero, que fica ao lado da estrada, ali venta bastante e a sensação térmica é de frio, mas mesmo assim tem quem se aventure em nadar na piscina natural formada pela nascente. Apenas tiramos fotos, "recarregamos" nossas baterias e seguimos viagem.

 

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Uma curiosidade é que do lado de Mina Clavero da Sierras Grandes o clima é seco, com vegetação rasteira e com rios sem água. E do lado de Córdoba o clima muda completamente a vegetação fica mais verde e mais intensa.

 

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Chegamos a Alta Gracia, onde as ruas da cidade não são mapeadas no GPS, e paramos no lago artificial El Tajamar, que foi construído pelos jesuítas em 1659. Em seu contorno tem pista de caminhada/corrida e gramado onde haviam algumas pessoas descansando. Do outro lado do lago fica o Reloj Público, a Parroquia Nuestra Señora de la Merced e o Museo Nacional Estancia Jesuítica de Alta Gracia y Casa del Virrey Liniers.

 

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De lá procuramos o lugar do motivo maior da nossa passagem em Alta Gracia: o Museo Casa del Che. Seguimos as placas e chegamos a Villa Nydia, a casa em que a família Guevara morou entre os anos de 1935 até 1937 e de 1939 a 1943, por causa do ar puro da cidade, na tentativa de amenizar os ataques de asma do ainda menino Che. A casa tem esse nome, pois Nydia era o nome da filha mais nova do primeiro proprietário da casa. A família Guevara mudou-se para Alta Gracia em busca de alívio para a asma do pequeno Ernesto Guevara de la Serna, na época chamado de "Ernestito".

 

Após passarmos pela bilheteria e pagar AR$ 45,00 (R$ 20,00) por pessoa, no valor para estudantes, entramos pela varanda, onde há uma estátua do menino Che e alguns painéis mostrando as casas em que a família morou em Alta Gracia. Também tem uma chama.

 

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Ao entrarmos no museu fomos recepcionados por uma funcionária, que nos deu um folder-guia do museu em português e a pedido de outra visitante ela fez uma visita guiada e nos acompanhamos.

 

Os painéis são em espanhol, assim como a guia. Ela falava devagar e deu para entender quase tudo. Passamos por todas as 11 salas do museu, incluindo a sala número 10, a "Korda" - Sala de projeção, onde assistimos um documentário que narra a infância do Che na cidade e a sala número 9, a biblioteca, onde folhamos alguns livros.

 

MAIS FOTOS DO MUSEU

 

Lá tem uma loja de souvenir, mas achamos tudo muito caro. Compramos apenas chaveiros que estava mais em conta, pagamos cerca de R$ 5,00 por chaveiro. Nossa visita ao Museo Casa del Che durou aproximadamente 2 horas.

 

Saímos de lá e fomos ao centro de Alta Gracia passar pelos pontos turísticos e procurar algum lugar para comer. Estacionamos o carro perto da Plaza Manuel Solares e a pé passamos pela Parroquia Nuestra Señora de la Merced, com estilo barroco colonial e pelo Museo Nacional Estancia Jesuítica de Alta Gracia y Casa del Virrey Liniers, esse prédio foi residência jesuíta, é considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e é o marco "zero" da cidade.

 

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Atravessamos a rua e fomos ao Reloj Público, onde funciona um Centro de Informações Turísticas de Alta Gracia. Pegamos um mapa da cidade, um material muito bem elaborado. Esse relógio foi construído em 1938, em comemoração ao 350º aniversário da cidade. Tiramos algumas fotos do relógio e do lago El Tajamar.

 

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Vimos alguns restaurantes por ali. Entramos em um deles e gostamos do cardápio. Comemos uma espécie de porção de lanches de presunto, queijo e tomate. A gente até ia pedir uma cerveja para acompanhar, mas achamos muito caro. Nossa conta ficou em aproximadamente AR$ 40,00 (R$ 17,86), para duas pessoas.

 

Ainda tivemos tempo para dar uma volta pelo comércio da cidade que estava aberto e bem movimentado. Passamos por algumas fontes da água em ruas e na Plaza Manuel Solares. Registramos algumas delas:

 

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Depois seguimos para Córdoba pela Ruta 5, que é duplicada com asfalto muito bom e com pedágio no km 11 - AR$ 6,00 (R$ 2,70). Em 50 minutos chegamos em Córdoba e fomos direto ao hotel, no calçadão do centro da cidade. Até a gente estacionar o carro, ir procurar o hotel, levar o carro ao estacionamento, voltar ao hotel com as malas e fazer o check-in, demoramos cerca de 2 horas.

 

Quando a gente foi procurar o estacionamento indicado pelo hotel, passamos por outro e anotamos o preço. O indicado pelo hotel era mais longe e mais caro, assim, voltamos ao outro estacionamento e deixamos o carro lá. Pagamos AR$ 20,00 (R$ 8,93) por 1 hora + o pernoite.

 

Voltamos ao hotel com as malas e como o hotel fica no calçadão do centro da cidade, ficamos com medo ao passar por alguns elementos suspeitos, tinha uma senhora possivelmente maluca que gritava para o nada no meio do calçadão. Quando chegamos ao hotel, fizemos o check-in tomamos banho e fizemos a reserva para um hotel em Corrientes, pesquisando na internet e com a ajuda da recepcionista ligamos para alguns hotéis para verificar a disponibilidade, ela não cobrou nada por isso. Depois da reserva feita dormimos.

 

 

[t3]Mapa do dia [/t3]

https://mapsengine.google.com/map/embed?mid=z5QBFh8ihmnU.kybamTuzcHzU

 

 

[t3]Hospedagem em Córdoba[/t3]

As instalações do Garden Hotel são novas e muito confortáveis. Gostamos bastante da suíte e principalmente da cama. A suíte tem ar-condicionado, o chuveiro esquentava rápido e o wi-fi pegava muito bem no quarto. Tudo era novo.

 

O café da manhã foi servido em uma padaria a um quarteirão do hotel e era no estilo à la carte, veio duas medialunas (croissant), um café ou café com leite, um copinho com água com gás e outro com suco concentrado de laranja, geléias e manteiga.

 

A localização na é das melhores, fica no calçadão central de Córdoba e em como todo centro de cidade grande a concentração de usuários de drogas é maior. Também tinha algumas pessoas "loucas" e "flanelinhas" mal encarados pedindo dinheiro.

 

O estacionamento indicado pelo hotel era mais longe e mais caro que um outro. Deixamos o carro no mais próximo. Pagamos AR$ 20,00 (R$ 8,93) por 1 hora + o pernoite.

 

Uma dica válida para quem pensa em conhecer Córdoba, é acessar o site da trivago, lá você pode encontrar uma vasta opção de hotéis pelos melhores preços.

 

 

[t3]Investimentos do dia[/t3]

Hospedagem: R$ 154,02*

Alimentação: R$ 17,86*

Combustível: R$ 44,64

Pedágios: R$ 2,68

Passeios: R$ 40,18*

Estacionamento: R$ 8,93

 

* Valor para 2 pessoas

 

Total de km rodados na viagem: 5.914,0

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[t1]18º Dia (08/01/13, ter): De Córdoba a Corrientes[/t1]

Total de Km percorridos (de carro) no dia: 956,1

 

Acordamos às 9 horas já com as malas e o planejamento no jeito para gente ir de Córdoba a Corrientes, na segunda parte e a mais longa (956 km) da nossa viagem de volta ao Brasil de quatro dias, partindo de Santiago do Chile a Foz do Iguaçu. Nossa parada nesse dia foi na cidade de Corrientes, no norte da Argentina.

 

Antes de partir pegamos os vales café e fomos até a padaria conveniada com o hotel, que fica a um quarteirão do hotel. Nos serviram dois cafés "à la carte" com duas medialunas (croissant), café com ou sem leite, um copinho com água com gás e outro com suco concentrado de laranja, geleias e manteiga.

 

Voltamos ao hotel, pegamos nossas malas, fizemos o check out e fomos buscar o carro. Pagamos o estacionamento - AR$ 20,00 (R$ 8,93) por 1 hora mais o pernoite - e saímos de Córdoba às 10h50.

 

Era uma manhã nublada e logo na saída de Córdoba pegamos um trecho com chuva fraca na Ruta 19, mas conforme a gente se distanciava da cidade a chuva foi passando e com ela a pista dupla, logo o sol apareceu firme e forte e a pista ficou simples. Rodamos poucos quilômetros nessa ruta, porém o suficiente para pagarmos um pedágio de AR$ 5,00 no km 306.

 

Todas as estradas a partir daí são simples, sem trânsito, com asfalto bom, sem sinalização e sem postos, por isso, abastecemos com Nafta Super em um posto da rede YPF na saída de Córdoba, por AR$ 7,35 o litro. Enchemos o tanque, o total ficou em AR$ 280,00.

 

Em Rio Primeiro entramos na Ruta 10, via de acesso à Ruta 17. Como nosso café foi fraco, ficamos com fome cedo.

 

Entramos na pequena cidade Altos de Chipión para procurar algum lugar para comer, mas para nossa surpresa a cidade parecia fantasma. Além de ser muito pequena e ter algumas casas aparentemente abandonadas, ainda não havia ninguém nas ruas e tudo estava fechado. Era a hora da cesta argentina.

 

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Depois de rodar pela cidade, já desistindo, achamos uma sorveteria com a porta a meia altura. Paramos e perguntamos se havia algum lugar aberto e eles nos informaram que não íamos encontrar nada por lá. Com fome seguimos viagem.

Na estrada tinha placas informando que o Nicolás Burdisso é natural da cidade. Ele é jogador de futebol, hoje aos 32 anos defende o Boca Juniors, mas já teve passagem pela seleção argentina.

Em La Paquita, outra cidade pequena (menos de 1.000 habitantes), passamos devagar observando se havia algo aberto, e quase no último quarteirão da cidade achamos uma birosca aberta. Esse foi o único lugar da viagem que tivemos problema com o espanhol. A mulher que nos atendeu falava e a gente não entendia nada.

 

Queríamos comer comida: arroz, se possível feijão e alguma carne com salada. Ela explicava o que ela tinha e a gente tentava explicar para ela o que a gente queria. Por fim pedimos que ela fizesse a tal "ensalada" que ela falava tanto. Ficamos imaginando o que viria, pensamos em uma salada com alface, tomate e palmito, ou algo do tipo. Demorou para ficar pronto e quando vimos o resultado eram empadas.

 

Pedimos para embrulhar para viagem e comemos pela estrada. Tudo para economizar tempo nessa longa viagem.

 

Logo chegamos à Ruta 23 e seguimos por ela até a Villa Trinidad, já na província de Santa Fé, onde entramos na Ruta 39 e seguimos até a Ruta 11, em Gobernador Crespo. Nesses trechos rodamos a 120 km/h, sem radar, polícia, trânsito e com asfalto bom e plano. Passamos por diversas fazendas e sítios, plantações de girassol e por alguns rios/lagos com várias pessoas pescando.

 

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Na Ruta 11 o trânsito é maior por isso a velocidade foi menor. Nela fomos até Resistência e pagamos dois pedágios um por AR$ 5,00 (km 777) e o segundo por AR$ 3,50 (km 929).

 

Também paramos para abastecer em Reconquista, enchemos o tanque com a nafta "5000", em um posto Esso, por AR$ 7,27 o litro, totalizando AR$ 285,00. Aproveitamos e compramos um galão de água, por absurdos AR$ 21,00.

 

Na divisa da província de Santa Fé com Chaco, policiais fiscalizavam caminhões e alguns carros, os relatos sobre policiais corruptos nessa região é grande, mas nós não fomos parados por eles.

 

Logo a noite chegou e a estrada sem sinalização de solo ficou muito perigosa, tivemos que andar a 80 km/h, para nossa sorte logo chegamos a Resistência, a capital da província de Chaco e vizinha de Corrientes, separadas pelo Rio Paraná. Entramos na cidade e achamos um Carrefour, compramos algumas coisas para gente comer na viagem do próximo dia de Corrientes a Foz do Iguaçu, como pães, queijo, salame, suco, água, bolo e cervejas para levar para casa.

 

Saímos do mercado e entramos na Ruta 16, que liga Resistencia a Corrientes. Depois de pagar pedágio (AR$ 3,00), passamos pela Ponte Gral. Belgrano, com seus 1,7 km de distância a 35 metros sobre o Rio Paraná. Como já era noite não deu para ver quase nada, nem fotos tiramos.

 

Procuramos o hotel que a gente tinha reserva e fizemos o check-in às 23h30. Com as paradas foram 12h40 de viagem e 956,1 km percorridos.

 

Tomamos banho, comemos uns lanches e dormimos.

 

 

[t3]Mapa do dia[/t3]

https://mapsengine.google.com/map/embed?mid=z5QBFh8ihmnU.k8yXq9wCw50g

 

* No Google Maps a rota de Córdoba a Corrientes, no trecho de Vera a Resistencia, a Ruta 11 está incompleta e por isso tem um "desvio" pela Ruta 36 e 1. Desconsidere esse trecho do mapa, pois a Ruta 11 segue seu trajeto de Vera até Resistência normalmente, asfaltada e inclusive com uma praça de pedágio.

 

 

[t3]Hospedagem em Corrientes[/t3]

O Hotel Corrientes Plaza fica bem no centro de Corrientes, com entradas pela Plaza Juan Bautista Cabral e pelo estacionamento pala Calle San Lorenzo. O estacionamento é coberto e gratuito para os hóspedes.

 

Na suíte tinha frigobar (algo raro pelos hotéis que passamos), ar condicionado, ventilador de teto, telefone, cama muito confortável com travesseiro e roupa de cama, toalhas e o banheiro era espaçoso com um bom chuveiro.

 

O piso é de carpete, mas o cheiro dentro do quarto não era tão forte quanto o dos corredores. O hotel também oferece wi-fi, elevador, academia e piscina.

 

O café da manhã foi muito gostoso e farto. Tinha opção de medialunas (croissant) salgada e doce, sucos naturais, manteiga e geleias, pão de forma e pão francês, bolos doces, café, leite, chá, bolachas, presunto, queijo, etc. Era muita coisa boa.

 

Achamos o hotel muito chique e acima dos nossos padrões, e isso vale também para o preço:  AR$ 351,00 a diária, para casal.

 

 

[t3]Investimentos do dia[/t3]

Hospedagem: R$ 156,70*

Alimentação: R$ 39,01*

Combustível: R$ 252,23

Pedágios: R$ 9,60

 

* Valor para 2 pessoas

 

Total de km rodados na viagem: 6.870,1

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[t1]19º Dia (09/01/13, qua): De Corrientes a Foz do Iguaçu[/t1]

Total de Km percorridos (de carro) no dia: 636,8

 

Depois de uma boa noite de sono e um café da manhã super reforçado. Fomos ao banco fazer o último saque internacional da viagem, para depois seguirmos de Corrientes a Foz do Iguaçu e enfim chegarmos ao Brasil após 16 dias de viagem pelo Uruguai, Argentina e Chile. O clima estava propício para uma excelente viagem: sol, poucas nuvens e temperatura amena.

 

Saímos de Corrientes, capital do departamento homônimo, por volta das 12h30, levamos lanches que fizemos com os ingredientes comprados no dia anterior no supermercado em Resistencia, com o propósito de não pararmos durante a viagem, para economizamos dinheiro e mais do que isso: tempo!

 

E assim partimos pela Ruta Nacional 12, sentido Puerto Iguaçu, fronteira com o Brasil. Essa estrada é toda asfaltada, em pista simples e em alguns pontos duplicada. O asfalto é muito bom e passamos por três praças de pedágio: Ituzaingó (AR$ 6,50 - km 1.262), Santa Ana (AR$ 5,00 - km 1.375) e Colonia Victoria (AR$ 4,00 - km 1.551).

 

Durante o percurso passamos por diversas lagoas.

 

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Na fronteira do departamento de Corrientes com Misiones apenas tivemos que reduzir a velocidade, mas em nenhum momento fomos parados pela polícia.

 

Logo paramos para abastecer em Candelaria (cidade argentina de Misiones), num posto da rede YPF, enchemos o tanque com nafta Super, por AR$ 7,29 o litro. Com isso chegamos até Puerto Iguazú.

 

Antes de chegar na cidade a estrada passa pelo Parque Nacional Iguazú são poucos quilômetros com paisagem muito bela.

 

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Na cidade fomos a um mercadinho na avenida principal e compramos alfajores para presentear amigos e familiares; e depois fizemos mais um abastecimento para acabar com nossos pesos argentinos, colocamos AR$ 66,50 que rendeu quase 9 litros de nafta Premium ao valor de AR$ 7,80 por litro.

 

Passamos pela aduana argentina sem burocracia, apenas devolvemos o papel que recebemos na aduana em nossa volta a Argentina pela Cordilheira dos Andes, vindo do Chile, e fomos liberados rapidamente.

 

Paramos na Ponte Internacional Tancredo Neves (ou "da Fraternidade"), com 72 metros de altura sobre o Rio Iguaçu e quase 500 metros de comprimento, ligando a Argentina ao Brasil. O Sol estava se pondo e tiramos algumas fotos.

 

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Era 21h30 quando chegamos ao Brasil e fomos procurar o Klein Hostel onde tínhamos reserva para nossas três noites em Foz do Iguaçu.

 

No caminho vimos um shopping. Mortos de fome e com saudade do tradicional arroz e feijão - mesmo sujos e fedidos - paramos para comer. Fizemos nossa refeição no Griletto e dois pratos de comida saíram por R$ 25,40. Depois da comida tomamos um suco cada no Menta Limão, a conta ficou R$ 9,80.

 

Alimentados seguimos a rota até o hostel e após 10 minutos chegamos. Depois de conhecer o hostel e tomar banho fizemos nossas reservas on-line para passeios pelas Cataratas do Iguaçu e pelo complexo turístico da Usina Hidrelétrica de Itaipu, em nossos 20º e 21º dia de viagem respectivamente.

 

 

[t3]Mapa do dia[/t3]

https://mapsengine.google.com/map/embed?mid=z5QBFh8ihmnU.kfN4kkjoBptk

 

 

[t3]Hospedagem em Foz do Iguaçu[/t3]

Passamos três noites no Klein Hostel, Foz do Iguaçu. Foi o lugar que mais nos sentimos em casa, o atendimento é excelente e as instalações nos deixam muito a vontade. O ambiente da piscina e bar foi onde mais ficamos em nosso tempo livre, ao lado do bar tem um videogame e mesa de bilhar.

 

Ficamos em um quarto com banheiro privativo. O wi-fi tinha bom sinal. As toalhas de banho eram gratuitas, com uma troca a cada dois dias. Se houvesse a necessidade de trocar antes era cobrada uma taxa. A cama era confortável e o quarto espaçoso.

 

O único problema é que ele fica encostado na sala e recepção, e isso pode gerar constrangimento se houver barulho por lá na hora de dormir, por exemplo. Mas nós não passamos por isso.

 

A cozinha para uso dos hóspedes era equipada com o necessário para fazer refeições básicas. Fizemos algumas jantas lá, sem nenhum problema.

 

O estacionamento é junto ao hostel e está incluso nos 80 reais da diária.

 

 

[t3]Investimentos do dia[/t3]

Hospedagem: R$ 80,00*

Alimentação: R$ 52,48*

Combustível: R$ 145,76

Pedágios: R$ 6,92

Estacionamento: R$ 4,00

 

* Valor para 2 pessoas

 

Total de km rodados na viagem: 7.506,9

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