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Saudações galera,

trago aqui o relato de meu mochilão agora em Julho/2013, 25 dias, por Bolívia-Chile-Perú. Vou escrever o relato tudo de uma vez, para facilitar a leitura! Procurei ser o mais sucinto possível.

 

Esse foi meu primeiro mochilão 100% organizado e bancado por mim, tem um valor histórico aí haha. Bem, a viagem começou a ser planejada no início de fevereiro e incialmente era pra ser uma viagem com meu irmão, pois conversávamos sobre isso desde 2007 mas nunca conseguíamos os dois ter tempo e dinheiro ao mesmo tempo haha. No fim meu irmão acabou não podendo e eu seria minha ultima chance nos próximos anos de tirar férias em julho. Buscando parceria para a viagem, não encontrava e resolvi investir aqui no mochileiros.com onde encontrei a galera que fez a viagem. Inicialmente ia com um outro grupo, mas tive que mudar a data da viagem, e acabei encontrando outro pessoal.

Minha principal referência para planejar foi o Guia criativo para o mochileiro independente na América do Sul, 6ª edição. Sensacional, bem organizado e informativo, mas algumas informações estão desatualizadas, nada grave, mas saiu a nova edição esses tempos. Além disso, informações na internet, principalmente aqui no mochileiros.com ajudaram muito.

 

Investimento

Os gastos que tive com o mochilão foram R$ 1177,5 (passagem Tam ida-volta CWB-VVI) + U$ 1500 (2 vôos na Bolívia e custos com passeio, hospedagem, alimentação, lembranças). O fato de ter usado avião em duas ocasiões e alguns passeios (Nasca, Salkantay, Salar 3 dias) ajudaram a atingir esse valor, mas você com certeza consegue diminuir o preço dependendo de como viajar, onde ficar e comer e claro, o valor do dólar.

 

Roteiro

O roteiro que percorremos foi: Sta Cruz>Sucre>Potosí>Uyuni> San Pedro do Atacama>Arequipa>Cusco>Copacabana>La Paz>Sta. Cruz.

Esse que vos escreve acabou indo para Nasca antes de ir para Copacabana em uma cansativa porém recompensadora jornada de busões.

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O que levei

Inicialmente ia levar uma mochila cargueira de 42 L, mas quando fiz um teste, ficou tudo muito apertado, sem espaço para trazer qualquer coisa que quisesse comprar (uma chompa, por exemplo. Se tivesse ido com a de 42L não ia ter espaço!). Ai consegui uma de 77L emprestada e deu boa, uma de 65L já teria sido suficiente.

Como o plano era fazer a trilha de Salkantay e não sabia que clima enfrentariámos no decorrer, levei umas roupas extras, mas que depois se mostraram um peso desnecessário. A mochila acabou indo com 12 kg, sendo 2k o peso da mochila

 

Enfim, o que levei:

1 Bota usada e 1 tênis

3 calças (1 jeans, 1 calça bermuda de trilha e 1 cargo mais grossa para o Salar e Trilha)

2 jogos de segunda pele

4 camisetas manga curta

4 camisetas manga comprida

2 fleece

2 bermudas (1 normal e outra de banho)

1 Jaqueta (fleece+corta vento - leve um corta vento!!!!)

1 gorro

1 Ecohead (muito útil. Vira cachecol, balaclava, gorro, bandana e até mascara de dormir, e não ocupa espaço nem pesa!)

1 roupa de dormir (calça moleton e 1 camisa manga longa velha)

1 par de havaianas

Material de higiene e kit primeiro socorros (dorflex, band aid, água oxigenada, repositor de flora intestinal, esparadrapo, gaze, nebacetim, antigripal, gelol e agulha.

 

Procurei levar o essencial mas depois da trilha vi que levei coisa em excesso. Levaria apenas 3 camisetas manga curta e 2 de manga longa e menos cuecas e meias (tendo em vista a possibilidae de lavar roupas e noite que não teve banho haha)

 

Dinheiro

Levei dólares e aconselho: Leve dólares. O dólar é muito mais valorizado que o real. Só para dar uma noção: 1 dólar equivale a 6,9 bolivianos. 1 real equivale a 2,5 até 2,6 bolivianos. Entretanto, 1 dólar equivale neste momento a 2,4 reais. Mesmo com o dólar em alta, ainda compensa comprá-lo.

 

Eu levei uma pequena parte do dinheiro em espécie, sempre em um saco plástico na doleira (money belt). Leve no saco plástico para não molhar, pois pode dar problema na hora de trocar. O resto levei no Visa Travel Money (VTM). Levei também sempre na doleira, meu cartão normal para qualquer eventualidade e também porque para retirar a passagem de avião dentro da Bolívia precisava apresentar o cartão com o qual foi efetuada a compra (não me pergunte a razão disso! Mas leve. Uma moça que estava com a gente não viu a informação no email da compra e teve que comprar outra passagem na hora. Então cuidado para não fazer a compra com um cartão que você não possa levar). Isso vale para a companhia Amaszonas. Das outras companhias eu não posso afirmar, mas fica a dica pra ler todas as informações antes e depois da compra. Levei também uns 70 reais como uma garantia caso acabassem os dólares ou tivesse problemas para sacar ou trocar.

 

Quanto ao VTM, foi bom. A única coisa ruim foi que em alguns locais não havia caixa eletrônico (Cajero) para sacar em dólar, por ex. San Pedro, e em alguns locais não tem Cajero (Copacabana, Isla del Sol). Então é preciso se programar. Outra coisa ruim é que tem limite de saque por cajero, as vezes é 100, 140, 160, ou 200. Opte sempre pela maior quantia para pagar uma única taxa por saque. E opte sempre por sacar dólar e pagar com espécie. Explico: a taxa de câmbio nas casas é melhor que a do banco. Por exemplo no Atacama, U$ 1,00= $ 500 (pesos chilenos) nas casas. No banco, era U$ 1,00 = ~ $ 417,00. Passando o cartão ou sacando na moeda local você perde muita grana no fim das contas!

 

E como sempre escrevem aqui, SEMPRE VERIFIQUE AS NOTAS QUE RECEBE DAS CASAS DE CÂMBIO. SE ESTIVEREM RASGADAS OU COM MARCAS INSISTA PARA EVITAR PROBLEMAS DEPOIS. Em poucas ocasiões tive problema pq as casas de câmbio não aceitam notas com rasgos ou manchas (carimbo, escrita) por menor que sejam, mesmo que você tenha recém sacado o dinheiro. Quando aceitam, trocam por um câmbio menor. Guardei essas notas para pagar passeios cobrados em dólar e em último caso, dá pra trocar no banco. Não é difícil achar locais pra trocar, só não confie de que em qualquer povoado há onde trocar.

 

Resumo da viagem

Santa Cruz de la Sierra (11,12/07)

Saí de Curitiba às 06:10, meu vôo tinha conexão em São Paulo e depois Assuncion, até finalmente chegar na Bolívia. Foi tudo tranquilo, cheguei em Santa Cruz às 14:15. Chegando lá fui trocar uns 20 dólares só para poder passar a noite, comer, táxis etc, pois o resto da galera só chegaria no dia 12 e assim que chegassem, íamos para Sucre. Nas conexões acabei conhecendo uma moça que estava mochilando também e ia encontrar o namorado e amigos lá em Santa Cruz. Já no aeroporto fomos abordados por dois irmão mineiros que também estavam mochilando, o Jaime e o Alexandre e trocamos umas ideias. O namorado e amigos da moça chegaram e combinamos todos de ir ao Loro Loco Hostel (Avenida Suarez Arana 134) e fomos em dois táxis, 50 bol cada táxi. Eu, Jaime e Alexandre fomos em um táxi e nosso amigo taxista não sabia onde ficava o Loro Loco, ficou de seguir o táxi onde estavam os outros. No carro não funcionava nada além do motor (medidores de velocidade e gasolina, cinto de segurança, seta, nada haha). No fim das contas o cara perdeu o outro táxi de vista mas conseguiu chegar na Suárez Arana, mas não achávamos o Hostel. A rua era um paraguaizinho cortado por fumaças de espetinho de gato e os carros andavam a 0,03km/h e acabou que o taxista mandou a gente descer. Descemos e percorremos a rua inteira duas vezes sem encontrar, até que eu lembrei que tinha um mapa (levei xerox do guia, apenas das cidades onde passaria, reduziu o peso da mochila!) e decidimos procurar a Plaza de Armas e de lá, um hotel, pois já estava anoitecendo. Fomos e encontramos a Plaza e decidimos ficar no Hotel Copacabana, onde rachamos um quarto 3p com banheiro, 100 bol pra cada um. O quarto era fera e a cama idem. Saímos bater umas fotos, conhecer a parte central e jantamos num restaurante perto da Igreja, na parte do terraço com uma vista legal da cidade e a comida era bem boa. Pedimos uma porção pra 3 pessoas mais bebidas e deu 50 bol. Como saíriamos cedo no outro dia não pegaríamos o café da manhã então passamos no mercado comprar algo. No outro dia saímos cedo (o vôo dos dois era de manhã mas o meu grupo só chegaria à tarde, optei por ir com eles pra diminuir custos), pegamos um táxi por 60 bol (20 para cada) e chegamos. O Jaime e o Alexandre pegaram vôo da BoA e eu fiquei vadiando, tentando achar um bom lugar para dormir até a galera chegar. Acabei reencontrando os dois no meio do tour do Salar. Tive que almoçar por lá, o que não foi muito barato (um combo de hamburguer+fritas+refri) por 47 bol e não me alimentou muito não.

 

Lá pelas duas o pessoal do grupo chegou (7 no total: Roberto, Maicon, Fabiana, Romulo, Carlos, Thiago e Isabela) e fomos conversando, almoçando, etc. Eu e mais três (Maicon, Roberto e Fabiana) pegaríamos o vôo das 16h da Amaszonas para Sucre (os outros iriam no outro dia e nos encontrariam apenas em San Pedro). Esse vôo é uma das melhores coisas que você pode fazer na viagem, pois de busão você levará 16h para chegar, numa das piores estradas da bolívia em um ônibus sem banheiro com uma pausa de 15 min no meio do nada para a galera fazer suas necessidades! De avião serão apenas 30 min por U$ 66 num avião bem bacana e ainda ganha um suco (serviço que muita empresa brasileira não anda fazendo haha). A BOA, TAM (Transporte Aéreo Militar) também fazem esse vôo, verifique preços e horários.

 

A Fabiana acabou não levando o cartão de crédito com o qual fez a compra e depois de muito discutir teve que comprar um bilhete novo, mas para o vôo das 16:30, com a promessa de que devolveriam o dinheiro dela. Pagamos a taxa do Aeroporto (25 bol ; a taxa para vôo internacional é U$25,00. Nenhuma taxa desse tipo, nem de aeroporto nem de rodoviária está inclusa no preço das passagens, lembre disso no seu orçamento e se progame durante a viagem! Muita gente - inclusive esse que vos escreve - chega na hora sem saber disso porque não avisam em lugar nenhum).

 

Sucre (12 a 13/07)

Ok, chegamos a Sucre no horário previsto e não tivemos que esperar muito até a Fabi chegar. As malas tudo ok, fomos pegar um táxi. Bastou pisar fora da sala onde estávamos para os taxistas virem em peso, um treco um tanto quanto intimidador haha. Chora daqui, chora de lá e descolamos por 25 bol um táxi para os quatro até a Plaza.

 

Sucre é uma cidade realmente bonita, vale a pena gastar um dia caminhando pelas ruas, ir ao mirador etc. Lá tem o parque Cretáceo que alguns recomendam, outros não. Ninguém dos 4 tinha interesse então no dia 13 já iríamos embora.

Bom, da praça demoramos um pouco para localizar as ruas e tínhamos umas indicações de hospedagem e lá fomos nós procurar onde passar a noite. O guia do Maicon sugeria um tal de Hostal San José, mas rodamos e não encontramos. Como já estava anoitecendo apertamos o passo e em algum lugar sugeriram o Hostal Ciudad Blanca. No meu guia sugeria Hostal San Francisco (Av. Aniceto Arce 191 esq C. Camargo). Decidimos ir no San Francisco e de lá procurar o Ciudad Blanca. O San Francisco é bem bom, mas achamos um pouco caro (acho que estava 130 2p com WC) e fomos ao Ciudad Blanca que é a poucos metros dali, na C Camargo. Lá nos ofereceram um quarto coletivo com 10 camas, sem banheiro por 35 bol, e fechariam o quarto só para a gente, ficamos aí. O quarto e as camas era bem bons, o banheiro estava ok. Recomendo.

 

Deixamos as coisas, demos uma descansada e saímos jantar. Fomos atrás do tal do Bibliocafé que alguém sugeriu no mochileiros.com e encontramos, na verdade tinha dois e optamos por um. O lugar era bem bacana tinha um palco mas sem banda naquele dia e pelo jeito é um lugar mais dedicado a Blues. Fiquei surpreso ao perceber que o som que estava rolando era um blues em espanhol, bem bacana. Um prato lá dá pra duas pessoas e fica bem em conta

No dia seguinte saímos tomar café (saiu 13 bs no Grand Hotel. Misto quente+ xícara gd de café por 13 bs). De lá fomos ao mercado comprar algumas coisas para a viagem a Uyuni e depois buscar informações sobre como chegar lá. Fomos numa agência e o cara nos atendeu muito bem, deu bastante informações. Saímos de lá e decidimos ir ao Mirador antes, valeu muito a pena. A pracinha lá é bonita por si só e a vista lá de cima também é bacana. Voltamos ao Hostal pegar as coisas e bora para a rodoviária (20 bs). Lá queríamos pegar um táxi até Potosí e todos tinham visto que o valor era 40 bs/pessoa, mas não conseguimos por menos de 60 bs/pessoa e os ônibus para lá e para Uyuni ou já tinham saído ou já estavam cheios. No fim não teve jeito. E lá fomos nós a mais de 100km/h nas curvas da estrada, gelando hahahaha a paisagem é muito bela mas só eu fiquei acordado haha

Chegamos em Potosí e o motorista nos deixou na rodoviária para comprar as passagens e nos levaria ao centro após isso. Compramos para as 19h. Tem as 18, 18:30, 19, 19:30, é só prestar atenção nas mulheres gritando estridente e alucinadamente, uma após a outra os horários!

 

De lá o taxista nos levou ao centro mas sinceramente, não valeu a pena. Primeiro que a cidade estava bem parada e muita loja fechada. O legal foi que passou um cortejo folclórico e uma feirinha que tinha, mas fora isso, não achei tão interessante. Se você tem pouco tempo, aconselho ir direto de Sucre para Uyuni; caso tenha tempo, passe por Potosí, pois a gritaria da rodoviária velha é algo realmente engraçado.

 

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Uyuni (14, 15 e 16/07)

Pegamos o busão de Potosí para Uyuni, coisa hilária. Até as 22h tocando música, mas não música tradicional andina, uma mistura impossível de ser rotulada mas com muito reggaeton. Viajamos de noite, então não dava pra ver muita coisa, mas cada vez mais as estrelas se tornavam visíveis e a lua estava crescendo, já valeu a pena. Chegamos em Uyuni às 23:49 com tmeperatura de -8 segundo o termômetro da cidade, frio lazarento haha. Pior que não tínhamos reserva em nenhum hotel. Felizmente assim que descemos do ônibus fomos cercados por várias senhoras fazendo propaganda de hospedagem e aceitamos conhecer o local de uma delas. Decisão certa. o local é HOSTAL VIELI (C. Sucre, 257 - hostalvieli@hotmail.com tel:(591-2)6932377). Recomendo, o local é bem bacana, limpo, vários quartos. Pagamos 35 Bs cada para um quarto com 5 camas sem banheiro. Parecia um porão pois o teto era baixo, mas dava pra ficar mais um dia ali bem de boa. O banheiro estava inacabado, e a porta tinha um janelão sem vidro que deixava o ar frio entrar, mas nada mortal. Recomendo fazer uma reserva em Uyuni, pois por mais que a cidade é pequena, ficar rodando atrás de hotel a -8ºC não é a melhor ideia. Nossos amigos do grupo ficaram no Piedra Blanca e falaram bem.

 

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No outro dia acordamos por volta das 8:00 e fomos tomar café da manhã e fechar o tour pelo Salar. Deu tempo pois os tours iniciam às 10 da manhã. Tomamos um desayuno fera num restaurante /pizzaria na Avenida Ferroviária, no mesmo local onde tem uma empresa turística. 25 Bs um cafézão reforçado com café, suco, pão, omelete, queijo e presunto. No local tinha uma senhora que vende os tours para várias empresas, Antonia ou Antonieta, e fomos trocar uma ideia com ela (Já tinhamos analisado propostas na rua, variando de 650 a 720 Bs) e no fim ela nos recomendou as empresas Cordilleras, Betto Tours e Brisa Tours (esta tinhamos conversado com o motorista por acaso, saindo do hotel). Perguntamos a ela sobre a Colque Tours e ela nos disse que pela Colque era perigoso. No fim acabamos pegando com a Brisa Tours. O Betto da Betto Tours era um sujeito bem conversador e gente boa, era nossa segunda opção. Na Brisa conversamos direto com o dono, o Johnny, gente boa pra caramba e fechou o passeio de 3 dias até San Pedro de Atacama para cada um por 680 Bs (U$ 99). Nosso guia seria o Oscar.

 

Fomos pegar as coisas no hotel, comprar coisas pra viagem (biscoitos, água, chocolate, frutas) e voltamos. O guia chegou atrasado uma meia hora, assim como vários outros. Vi poucos passeios saindo na hora. O carro era de um modelo recente e estava bem conservado, ficamos bem tranquilos, e o Oscar bastante amigável. Se mostrou um cara muito gente boa e muito cuidadoso. Está na pira de aprender inglês para poder se comunicar melhor com os turistas, e demos uma força, além de que ele nos ensinou algumas coisas em Quechua ao longo da viagem. Passamos pegar mais duas garotas de Israel (que haviam comprado com a Colque Tour e foram remanejadas). Carro cheio, teve início o Tour, o grupo estava bem introsado.

 

O Oscar foi um ótimo guia, muito concentrado e cauteloso, só dava umas apressadas na gente quando estávamos batendo foto porque ficava preocupado em não conseguir vagas nas hospedagens (segundo ele) e é uma ótima pessoa. A comida foi excelente todos os dias (café, almoço, chá e janta). Na primeira noite, o banho quente custa 10 Bs. Na segunda noite os hotéis são muito humildes, não tem banho e faz um frio forte, pegamos -20º, a ponto de eu acordar de noite com o dedão do pé duro e ficar uns 10min aquecendo para voltar ao normal e acordar constantemente por conta do frio (estava com segunda pele, fleece, corta vento, gorro, duas meias). Se você tiver meias de lã, é uma boa hora para usar. Terceiro dia foi corrido, pouco tempo em cada lugar, mas um lugar mais impressionante que o outro. Importante: o Oscar comentou que existem zonas no salar conhecidas como Sal que Trabaja, tipo um sal movediço, que periga atolar. Alguns motoristas bebem, alguns são meio doidos, e podem colocar os passageiros em risco então considere isso na hora de fechar o passeio, e nunca force o motorista a fazer algo que ele sabe que não vai dar certo, como sair da rota, ir além quando não dá, etc, pode ser perigoso. Em La Paz ficamos sabendo que com a forte neve que teve na semana seguinte, alguns carros ficaram atolados, alguns outros não puderam nem ir até a fronteira nem voltar, gente passando a noite no carro, resgates de helicóptero etc. Há também história de uma família gringa que locou um carro no verão para cruzar o Salar e até hoje não se sabe onde estão.

 

Bom, chegamos na fronteira e ficamos esperando umas horas até o ônibus aparecer (estava marcado para as 10:30 se não me engano), era umas 12 e pouco. Fila de turistas querendo um lugar no ônibus que parecia não suportar todos com suas mochilas. Os atendentes eram meio mal-educados, respondiam rispidamente qualquer um que perguntasse algo. No fim veio uma caminhonete que levou todas as malas e 3 pessoas, e o resto no busão. 1h até chegar em San Pedro, visual bonito pra caramba, tente ficar acordado!

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San Pedro de Atacama (16, 17 e 18/07)

Quando planejei o mochilão, não pensei em passar por lá pois confesso que desconhecia a cidade. Mas valeu muito a pena, a cidade é bem acolhedora, meio faroeste, mas é cara. Era incrível como o dinheiro desaparecia rápido haha.

Aqui ficamos no Hostel Juriques, que a Fabiana leu em algum relato do mochileiros. Fica um pouco mais longe da parte central mas é um local bem bacana, limpo, banheiro e chuveiros bons, cozinha (embora não tenha muito talher e louça) e wifi. A diária custou $9000,00 em um quarto para quatro pessoas. No coletivo custa $8000. Os quartos tem lockers, é uma boa opção. O dono é o Roberto Carlos, um cara que parece saído de um forte apache, gente boa pra caramba. No hostel tem a agência deles também, os preços são bons, mas acabamos conseguindo preço melhor na Thekara.

 

Nos informamos sobre os passeios e considerando os preços de tudo acabamos decidindo ficar apenas 2 dias completos aqui e fomos comprar passagem para Arica. Aconselho comprar assim que chegar pois no outro dia sobravam poucas passagens no ônibus direto para Arica. Custou $19900.No dia seguinte o resto da galera chegou e os encontramos no hostel.

 

Aqui em San Pedro me ferrei pois não achei caixa para sacar em dólar e a conversão do banco (~417) era uma porcaria se comparada com a das casas de câmbio (500). No fim tive que pegar emprestado da galera, e deu tudo certo, mas perdi usando o cartão. Aconselho de início levar ao invés de U$ 400 em espécie, levar uns U$600 caso decida levar VTM.

A comida aqui era boa, deixo 3 sugestões boas e com preço legal: Pizzaria El Charruá, Restaurante El Toconar (fica perto do Juriques), e o Barros (aqui comida e bebia são baratas e tem música ao vivo, incluindo tradicional. Muita gente da cidade vai lá e costuma lotar).

Quanto aos passeios, decidimos não gastar com coisas parecidas com o que já tínhamos visto no salar (Gêiseres, lagunas etc). Optamos por alugar bikes nas duas manhãs e sair pedalar. Além disso, pegamos o tour por agência para os Valles de la Muerte e la Luna e acabamos indo pra as lagunas pois curtimos a idéia de boiar na laguna Cejar (só não falaram que a água era fria pra caramba haha). Ambos os passeios foram legais, visuais e pôr do sol incriveis. As pedalas também foram muito boas, a sensação é ótima e o legal é pedalar até dar vontade de voltar. Na primeira manhã fomos ao Canon del Diablo e na segunda manhã, pedalamos até a Aldea de Tulor. Recomendo os dois passeios! (Fechamos na Thekara. Alugaram as bikes com kit de reparo por 3000 por 6 horas cada, passeio das lagunas 10000+2000 da entrada, valles por 9000. A Aldea de Tulor custou 3000 para cada uma (na verdade era 5000 se não me engano, mas o cara da agência falou que era 3. Chegamos lá e o Romulo negociou com a senhora da bilheteria e ela fez por menos. O passeio é rápido mas vale a pena, a visita é guiada, dá pra aprender um pouco de história).

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Dia 18/07 às 20:30 pegamos o ônibus para Arica. Ônibus bem top. Chegamos em Arica antes das 6 da manhã, bora cochilar na rodoviária. Tínhamos a informação de que a fronteira só abria as 8h e íamos ficar por lá. Resolvemos perguntar para as pessoas e cada um falava uma coisa diferente, ao ponto de nos orientarem a ir num prédio da polícia para carimbar o passaporte e coisas do tipo (e o pior que fomos e lá falaram que a fronteiraestá aberta 24h). Voltamos para a rodoviária (isso já era quase 9h) e fomos procurar transporte para Tacna. Para isso você deve sair da rodoviária e ir no terminal que tem poucos metros depois. De lá saem carros e ônibus, carros assim que enchem e ônibus a cada 10 min. Os carros custam $4000 POR PESSOA e os ônibus $1500. Optamos por ir de ônibus. Os ônibus são furrebas, alguns caindo aos pedaços, mas como é só 1h de viagem, tranquilo. Decidimos levar as bagagens em cima, os caras começaram a reclamar, não demos bola. Não entendi a razão, talvez por poder ocupar espaço, atrapalhar, sei lá, mas foi de boa. Chegamos de boa em Tacna, com uma folga de tempo pois tem uma diferença de 1h do fuso. Chegamos e já fomos comprar passagem para Arequipa. Descolamos um desconto e a passagem custou a bagatela de 15 soles, na Flores Hermanos, para viajar 6 horas haha e o ônibus bacana, confortável e a cada 5 km entrava alguém para vender alguma coisa.

 

Arequipa (19 a 22/07)

Arequipa foi uma das maiores surpresas da viagem para mim, pois tinha planejado apenas fazer o Canon del Colca e na volta já ir para Nasca, no fim mudou tudo, até porque eu não esperava que a cidade fosse tão bonita. Nós chegamos em Arequipa por volta das 17h. Lá saquei uns dólares na rodoviária e fomos pegar um táxi. Um guarda da rodoviária veio conversar com a gente e disse que ia pegar um táxi bom para nós, e anotar a placa e tudo mais, inesperado, mas muito bacana da parte dele. Não lembro quanto foi o táxi, mas foi barato, ele nos deixou no Wild Rover. Chegando lá, ficamos sabendo que a reserva que havia sido solicitada não foi confirmada, então não teria 10 camas (o grupo saltou de 8 para 10 pois conhecemos duas brasileiras, Larissa e Thaisa na fronteira de San Pedro), apenas 6. Acabamos ficando lá mas tivemos que divir cama. Deixamos as coisas no hostel e fomos fechar o passeio (eu tinha certa urgência pois queria ir para Nasca haha). Uma brasileira que estava no WR indicou a Wasi Tour, e lá fomos. Por ser um grupo grande, conseguimos o Tour de 2 dias de 70 e algo por 55 soles (não incluídos almoços e termas). Saímos jantar no Burguer King (rs) e voltamos. Mais tarde o resto do pessoal chegou. Uma coisa: o Wild Rover realmente não é o melhor lugar para descansar. A estrutura é excelente mas é o lugar pra quem gosta de festa e bagunça, se você não está buscando isso, não fique lá nos finais de semana, as festas são fortes.

Bom no outro dia as 7 e pouco da manhã o ônibus da empresa passou nos buscar para o passeio. Esse tour foi uma das coisas que me arrependo na viagem! Todo mundo aconselha o Tour de 2 dias pra não cansar e não sei o que, mas sinceramente, o primeiro dia foi uma perda de tempo. No tour de 1 dia, você sai as 4 da manhã e vai direto pra Cruz del Condor, Canon etc, e a tarde, águas termais, voltando de noite. O Tour de 2 dias vc chega pro almoço, relaxa uma meia hora, vai paras águas termais e a noite um jantar com show folclórico. Pois bem, os caras levam você num restaurante que cobra 25 soles (tudo bem que é buffet livre, comida boa e tal, mas é caro), as águas termais que nos levaram era água termal bombeada para piscinas normais, coisa sem graça pra caramba, e custava 15 soles. Resolvemos só pagar 5 soles para entrar na área e ver o rio mais de perto. O jantar com a tal Peña Show a musiquinha e danças eram bacanas mas a comida era cara haha Eu e o Roberto acabamos rachando um menú. Depois passamos numa venda para comprar umas coisas pra comer no almoço do outro dia haha.

O segundo dia é o que realmente vale a pena do passeio, por isso sugiro o tour de 1 dia só! O Cañon é alucinante, e foi bem legal ver os condores. O tour de 3 dias inclui um trekking, mas devido aos desmoronamentos que tem ocorrido é possível que não sejam realizados por um tempo.

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Retornamos a Arequipa umas 18h. Quatro de nós (eu, Romulo, Isabela e Thiago) queríamos ir para Nasca e fomos a rodoviária ver passagens, mas acabamos desistindo da ideia pois não tinha passagem de Nasca para Cusco para todos, Decidimos ficar mais um dia em Arequipa e à noite às 20:00, ir para Cusco (passagem 100 soles pela Cruz del Sur, vale a pena, ônibus top, janta, wifi. As vezes descola mais barato, por exemplo, último assento para fechar o busão, etc). Há várias companhias, mas a Cruz é a mais top. Outras boas são a Oltursa, Flores Hermanos, Multitours. Das demais, o preço vai ser proporcional à qualidade do ônibus e serviços oferecidos,e claro , segurança

Nesta noite eu, Thiago, Romulo e Carlos fomos para outra hospedagem, para realmente descansar. Acabamos parando no Hostal Regis (fica na mesma rua do Wild Rover, 1 quadra para baixo). Uma ótima opção, wifi, café da manhã fera incluído, bom preço: 27,5 soles num quarto 4p com banheiro. O atendimento da noite foi bom, o do outro dia pela manhã e tarde uma porcaria mas ainda assim pra mim foi o melhor hotel de toda a viagem, com o mehor chuveiro haha

 

No dia seguinte às 11h descolamos um Free Walking Tour (FWT). Bem bacana, creio que é patrocinado por várias lojas (algumas nas quais nos levaram para conhecer ou comprar algo haha) mas foi bem bacana conhecer um pouco da história e uns lugares meio escondidos. Quando estiver por lá, tente acompanhar um. Apenas demos uma gorjeta pros caras no final. Arequipa é um bom local pra comprar souvenirs, Tem uns itens legais (garrafinhas de Inka Cola só vi lá!) e preço bacana.

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Noite chegou, bora pra Cusco.

 

Cusco (23 a 30/07)

A viagem foi tranquila, chegamos em Cusco por volta das 7:15. Saímos pegar um táxi. Na rodoviária custava 10-15 soles, é só andar umas quadras lá perto do monumento, que você consegue um táxi até a plaza por 3,5-5 soles, vale negociar. Nosso hostel ficava mais acima. Em Cusco não hesite em reservar um hostel, a procura é grande! O Romulo havia feito reserva no Apu Wasi (Calle Concepción 01 Esq. Calle Pumacurco). Achei muito bom e recomendo. A diária em quarto coletivo 6p sem WC era 21 soles, com café da manhã simple mas bacana (à vontade: pão, fruta, cereal, café ou chá), chuveiros bem quentes, cozinha liberada, wifi, lavanderia, mesa de sinuca e um pátio/jardim legal, guarda-bagagem, a algumas quadras da plaza. O pessoal foi muito atencioso e ajudaram bastante. A única coisa ruim dele é que fica numa ladeira o que pega depois que você volta da trilha de Salkantay haha e os táxis cobram mais por ser subida, embora a distância seja mínima. Achei legal da parte deles que eu fui pra Machu Picchu, voltei, fui pra Nasca, voltei e pude pagar só quando fosse embora. Outros 4 de nós ficaram no Wild Rover.

 

Pois bem, deixamos as coisas no hostel e fomos para Plaza procurar agências para fecharmos os passeios, principalmente a trilha de Salkantay. Rodamos bastante em várias agências e encontramos preços variando de U$188 a U$260. Acabamos fechando com a Liz Explore´s pela recomendação em alguns relatos e também pelo atendimento dela e segurança que nos passou. A Liz fez um desconto legal pois éramos 6 pessoas e fechamos também o passeio do Valle Sagrado para o outro dia. A trilha iniciaria dia 25. No pacote estava incluso todo o serviço da trilha+entrada para Montaña Machu Picchu+Sacos de dormir+transporte até Cusco+1,5L de água fervida por pessoa/dia. Essa história da água fervida, no fim nós não recebemos 1,5L por pessoa por dia, dá pra contar uns 3L para todo mundo por dia, tivemos que usar pastilhas de purificação. Passeios fechados, fomos comprar o tal Boleto Turístico e depois almoçar. A nosso pedido, a Liz nos levou num restaurante bem bacana pouco acima na C. Garcilaso, na Plaza San Francisco (se não me engano era QoriSalvia o nome, ou algo assim). Servia Menú com salada, sopa, prato e chicha por s/ 8,5, muito bom. Na janta também tem menú, a la carte e uns combos de sanduíche+fritas+refri por s/ 5. Nesse dia a tarde fomos visitar as ruínas a pé e na volta compramos pão e frios e fizemos uma farofada na praça haha. No outro dia fomos até a Liz para encontrar o grupo com o qual iríamos fazer o Valle Sagrado. Deu uma atrasada mas tudo certo. O passeio vale bastante a pena, nossa guia (Regina) era bem gente boa.

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Voltamos tarde, jantamos e cada um foi arrumar sua mala para a trilha. Nós combinamos na agência que receberíamos dois alforges para os cavalos: 1 para os 6 sacos de dormir e 1 para as roupas. Cada um do grupo poderia levar até 5kg de bagagem, contando com o saco de dormir, mas no 4º dia, cada um deveria levar sua bagagem. Cada um de nós embalou em sacos e levou uma pequena mochila de ataque e a cargueira ficou no hostel. Eu Roberto e Thiago haviamos conversado uns dias antes de levar uma cargueira para os três e revezar. Tecnicamente não seria necessário mas no fim o Thiago levou a cargueira dele o que depois se mostrou uma coisa boa.

 

Trilha de Salkantay

Com certeza um dos pontos altos da viagem e um dos momentos mais aguardados. Foi uma das coisas que mais me motivou e animou nessa viagem depois de tantas fotos que vi, e de fato valeu cada centavo. Não só as paisagens, mas a experiêncccia a mais de 4000m de altitude, a tranquilidade e o silêncio. Saímos cedo no dia 25 (4 da manhã passarm nos buscar no hostel) e na Plaza San Francisco foram buscar o resto da galera. O guia não era o mesmo que nos deu o briefing mas não me preocupei com isso. Partimos para Mollepata, onde tem incício a caminhada, que durou até dia 29.

 

Os serviços foram bons. Comida e acampamento excelentes (café, almoço, chá, janta), sempre chá de coca ao acordar. Equipamentos regulares (uma barraca o zíper tava meio estourado e não fechava a porta toda, passamos frio na primeira noite. Os sacos de dormir eram de fibra e não aguentaram muito bem o frio da primeira e segunda noite, durma de segunda pele, fleece e corta vento). O guia foi bom. O nome do cara era Marco, bem novo, tinha um ritmo de caminhada bem bom, explicava bem as coisas mas ele vacilou ao deixar, por 3 vezes, o grupo por conta própria (parece que na alta temporada os caras emendam uma trilha após a outra e acabam pegando o carro várias vezes pra descansar, e tentam te convencer a fazer o mesmo). Tudo bem que o caminho é bem susse, muita estrada, mas se acontece alguma coisa é um risco.

 

Banho você tem no 2º, 3º (opcional) e 4º dia. No 2º dia você paga 10 soles pelo banho quente, ou pode fazer como nós, ir no rio e se banhar nas águas geladas vindas da montanha haha. 3º dia pode tomar banho nas termas e no 4º é o hostel em águas calientes (talvez seu chuveiro tenha momentos quentes e momentos frios, como o nosso). Não vou me delongar descrevendo o caminho, as fotos falam por si. Para mim o 2º e o 3º dia foram os mais recompensadores em termos de visual, mas também os mais cansativos. No segundo dia é a subida de 4200 para 4600m e a passagem pelo Salkantay. No quarto, o cansaso já acumulou. Após almoço o caminho segue pelos trilhos de trem, muito bacana. Em um determinado ponto, é possível ver uma parte dos terraços de Machu Picchu. Uma coisa meio forçada que rola na trilha são as gorjetas. O guia fala que na manhã seguinte vão despedir o cara dos cavalos, no outro dia o cozinheiro, e que a gente pode dar um presente para eles. Ai na manhã antes de partir reúne todo mundo e fica aquele negócio meio constrangedor.

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Dicas

Uma vez um amigo me disse: A montanha pune!

Parece exagerado, mas de fato ela pune toda falta de preparo físico, falta de equipamento adequado, falta de planejamento, falta de responsabilidade, e isso pode acontecer em Salkantay. Essa trilha tem 74km de extensão e passa por altitudes de pouco mais de 4600m, não é como um passeio no Parque do Ibirapuera, mas também não exige nenhum conhecimento técnico específico além de manusear um saco de dormir e preparar sua mochila. Também não consideraria um super trekking adrenalina como estava esperando. Ela exige preparo físico e foco mas é um trekking bem turístico pois você “só” precisa andar, todo o resto fica por conta da equipe.

Se você quer fazer essa trilha, é totalmente possível, mas saiba que ela exige bastante. Como disse, não precisa conhecimento técnico, mas aprenda a usar e guardar um saco de dormir. É consenso entre viajantes e guias que ela é mais exigente que a Inca (que tem 48km). Se você tem uma vida sedentária você vai sentir dificuldade e talvez não aproveite e aprecie todos os belos cenários de tão cansado que você pode ficar, além de que pode passar mal (vi gente com soroche, gente com falta de ar, é muito comum!) Não é impossível, mas exige preparo, então se prepare, caminhe, use só escadas, suba morros na região onde você mora para ter um contato com esse tipo de atividade pelo menos uns 3 meses antes de viajar. Eu levo uma vida relativamente ativa (caminho bastante toda semana, pratico-quando-dá montanhismo, ando de bike) e senti o seguinte: 1º dia exigiu mais fisicamente, 2º dia exigiu mais respiração, mas também fisicamente. Na primeira noite acordei algumas vezes com falta de ar até aclimatar - você vai sentir como o ar é rarefeito. 3º e 4º dia vai no embalo, mas comecei a sentir dor na virilha. Só usamos o transporte até Santa Tereza (que foi obrigatório), o resto foi tudo nas pernas (por opção e economia), o que contribuiu para nosso cansaço, mas você pode usar transporte em outras situações, claro que pagará por isso.

 

No segundo dia várias pessoas acabam pegando cavalo para o pior trecho da trilha (subir de 4100 para 4600 metros), mas para isso tiveram que desenbolsar 100 soles e avisar antes (na janta ou bem cedo antes de sair), portanto, leve dinheiro, mesmo que você esteja bem de condicionamento, nunca se sabe o que pode acontecer..

No terceiro dia em Santa Tereza é possível ir até as águas termais, custa 15 soles (5 de ida, 5 de ingresso e 5 de volta). Vá! E fique na piscina do meio que é a mais quente! É ótimo para relaxar, no outro dia eu não sentia nenhuma dor ou cansaço. E ainda dá pra tomar banho nos chuveiros. No camping à noite rolou fogueira e uma festa muito doida. Rolou algumas “músicas” brasileiras (Ai se eu te pego, Barabarabara bereberebere, Rap das Armas haha) e só gringo desengonçado haha, foi engraçado pra caramba. Mas também roubaram uns franceses que estavam no nosso grupo; eles deixaram dinheiro e passaporte na barraca, aí já era. No outro dia recuperaram os passaporte pelo menos (por isso nunca tire seu moneybelt!) No quarto dia você leva todo seu equipamento e almoço (exceto saco de dormir que no nosso caso voltava para a empresa) e há a opção de fazer tirolesa e ir de carro (se vc vai de carro vai junto com o pessoal da tirolesa). Havia pessoas do nosso grupo e de outro que foram a pé, juntaram todo mundo e falaram qual o caminho, nenhum guia foi junto (mais uma vez uma baita irresponsabilidade). Mas enfim, o caminho é bacana, vale a pena ir andando. O pessoal que fez a tirolesa também gostou (mas claro que tem que pagar). Nos encontramos para o almoço.

 

O que levar para a trilha: eu não tinha muita informação sobre as temperaturas que enfrentaríamos mas de qualquer forma procurei levar o mínimo possível, até porque minha mochila de ataque é de 15L eu teria que levar tudo no quarto dia:

- 1 Jaqueta (Fleece+corta vento); 2 calças(1 cargo de algodão para os 4 dias e 1 calça bermuda) ; 2 camisas manga longa ; 2 camisas manga curta ; 2 segunda pele pernas

; 1 segunda pele tronco ; 1 gorro ; 1 par de luvas ; 1 Chapéu ; 1 Ecohead ; 1 lanterna de cabeça ; Toalha secagem rápida ; Canivete suíço ; Protetor solar e labial ; Cuecas e meias de trilha (meias comprei em promoção na Decathlon!) ; Óculos de Sol ; Bastão de caminhada (comprei um de madeira no primeiro dia em Mollepata por s/5. Compre, ajuda bastante) ; Básico de higiene e 1os socorros (leve papel higiênico!) ; Snacks e água (pode levar 2 garrafas de 600 ou uma de 2L amassada, ou melhor, um camel-bag!) *Penso que não precisa levar mais de uma calça segunda pele e muitos snakcs.

 

*Pelo amor de Deus: leve um corta vento, leve uma lanterna e vá com uma boa bota! Quando falam para levar uma bota usada, não é uma bota estourada, é amaciada! Lanterna deve ser item individual (uma lanterna simples de cabeça você acha por 20 reais, é uma ótima aquisição!), não fique na dependência da lanterna alheia.

 

Você vai pegar temperaturas bem variáveis: Dia 1: quente e noite fria (a 4100m, pode chegar a -15º na primeira noite); Dia 2 começa frio e depois do almoço vai esquentar, vc vai passar na selva mas a noite é frio, o lugar é bem úmido; Dia 3: quente; Dia 4 quente.

 

Machu Picchu

Outro ponto alto da viagem, finalmente conheci um dos lugares que sonhava em ver de perto desde pirralho. No jantar da noite do dia 28, nosso guia entregou os tickets e combinou o horário de 6 da manhã para estarmos todos na entrada de MP. Optamos por subir a pé (além de mais interessante economizamos U$19 do busão caso fosse ida-volta). Para isso deixamos as mochilas no hostel e saímos às 4 da manhã para chegarmos as 4:30 na Ponte Ruinas e evitar fila. Estava uma temperatura amena e a caminhada foi bem tranquila e muito bacana pois a lua ainda estava Minguante e iluminava perfeitamente bem, a lanterna foi só um backup. Ficamos esperando e comendo nosso café da manhã (última refeição cedida pela agência) e às 5 da manhã o portão abriu. Galera saindo correndo e 15 minutos depois todo mundo morrendo nas escadarias. É umas subida bem exigente, ainda mais depois de 4 dias caminhando, mas vale muito a pena pois com o amanhecer a paisagem vai ficando cada vez mais bonita, você ouve os bichos cantando. 50 minutos depois estávamos na portaria. Lá encontramos o guia, 6h o santuário abriu e ele nos conduziu contando e mostrando várias coisas. Foi legal, mas a visita guiada poderia ser mais longa e completa. Legal que pegamos o nascer do sol, sem dúvida um dos mais belos que eu já vi na vida! Você vê um fio de luz surgindo no meio da montanha e de repente o sol começa a subir, mudando tudo, indescritível. Ok, depois o guia se despediu e cada um ficou por sua própria conta. Batemos algumas fotos e resolvemos subir a Montaña Machu Picchu (só pode entrar até as 11h). Iniciamos a subida umas 8:40. É um bom horário, pois ainda não está tão quente e o caminho é bem aberto, com poucas áreas cobertas para descansar na sombra. Essa subida foi muito na força psicológica pois nossas pernas estavam fraquejando já então fomos em um ritmo mais lento e quase 2h depois chegamos no topo. (Se não fosse o contexto da trilha de Salkantay, não é uma subida muito difícil). Putz, visual alucinante! Não sei como é a vista de Huayna Picchu, mas a Huayna fica bem mais abaixo da Machu Picchu. No cume tiramos um cochilo de umas 2h quase, sob o sol e depois resolvemos almoçar nosso pão com atum. Em MP tem restaurantes e lanchonetes mas ficam na parte baixa, antes da portaria, bem como os banheiros (que paga 1 sol para usar - sendo que o ingresso custou 142 soles!). Tudo ali é caro, uma água 500 ml custa 8-10 soles, um suco de laranja, 13 soles, então, leve seu almoço (Os preços em Águas Calientes são mais caros que em Cusco, mas dá pra comprar um lanche bacana pra levar. Mas leve TUDO dentro da mochila, pois em teoria é proibido levar entrar com comida, mas ninguém revista nada). Ah, você pode entrar e sair pela portaria quantas vezes quiser. Ok, almoço feito, demos mais uns minutos e decidimos voltar.

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De volta às ruínas fomos caminhar, volte e meia colávamos em algum grupo com guia para ouvir as informações (na entrada do parque há guias oficiais, Dá pra montar grupos na hora e negociar o valor) e às 15:30 resolvemos voltar. Encontramos um grupo de estudantes de Biologia da USP na caminhada e voltamos com eles, e resolvemos ir jantar. Após uma pesquisa de preço encontramos o Restaurante Inti Pata, comida muito boa, o menú com Sopa+Prato+Limonada foi 10 soles, um dos mais barato que achamos lá, e tem wifi grátis. Jantamos e fomos tentar descolar um banho no hotel, mas não liberaram. Eu e o Roberto fomos os primeiros do grupo a chegar na cidade e estávamos bem cansados, achamos uma varanda de um restaurante ao lado do hotel fechado e lá ficamos no melhor estilo mendigo até umas 20h, pois o trem só saía as 21. Lá pelas 20h o resto do nosso grupo chegou e fomos para a estação vadiar lá, todo mundo bem cansado. Depois da espera, o trem chegou, muvuca, empurra empurra na estação (nos trens tem os vagões turísticos e os vagões para os locais, estes não tem assento marcado, por isso o povo sai alucinado. Atente para o fato de que existe vagões A,B.C,etc em ambas as categorias). Foi o trem começar a andar todo mundo morreu e ressuscitou só em Ollantaytambo. Lá pegaríamos o transfer para Cusco. Muvuca total na estação, gente berrando para tudo que é lado e achamos a placa (cartolina rs) com nossos nomes. Confusão total, falaram para a gente esperar num canto, depois de um tempo nos conduziram ao ônibus. A príncipio faltava gente e tinha gente que não devia estar no ônibus e depois de umas ligações descobriram que a agência passou nomes errados haha. No fim deu tudo certo, chegamos em Cusco às 2 da manhã (e não antes da 1 como prometido). O ônibus parou perto da Plaza, estava muito frio, acabamos pegando um táxi até o Apu Wasi. Chegando lá, só o tempo de jogar a mochila e cair na cama.

 

No dia 30/07, acordei cedo, tomei um banho demorado e fui agilizar algumas coisas, dentre elas, a ida para Nasca. Botei algumas roupas para lavar, negociei o pagamento do hostel e peguei umas dicas sobre empresas de ônibus. A ideia era ir para a rodoviária comprar as passagens e voltar a tempo de um Free Walking Tour (FWT) por Cusco às 11h, mas não deu, eu tava muito devagar. Acabei sondando as passagens nas agências de turismo em volta da Plaza. Acabei comprando uma pela companhia Palomino por 140 soles. A Palomino foi uma das que o pessoal do hostel indicou. Busão semicama com janta, mas com certeza na rodoviária acha mais barato, foi só uma questão de tempo mesmo. A volta deixei para comprar em Nasca (até porque acho que só a Cruz del Sur vende antecipadamente e faz reserva pela internet). Fui encontrar o Roberto na Plaza para irmos ao FWT mas chegamos à conclusão de que era muito empenho depois das caminhas haha. Fomos almoçar em um restaurante do lado do WildRover (Sabor&Ritmo ou Ritmo&Sabor), menú com sopa+prato+bebida+sobremesa por 6 soles. O lugar é bacana e bem frequetado pela população e a comida era bem boa mas no outro restaurante próximo a Plaza San Francisco a comida era mais saborosa. Depois do almoço deixei dinheiro para o pessoal comprar minha passagem para Copacabana (planejamos sair dia 01/08) e fui aproveitar meu Boleto Turístico nos muses ali perto. Depois fui comprar comida para o Bate-Volta de Nasca. Voltei ao hostel pegar só o básico e fui para a rodoviária, o ônibus saía as 22h.

 

Nasca (31/07)

Essa foi uma das loucuragens da viagem, mas eu fazia questão de ir até Nasca, outra coisa que desde que soube da existência queria ver de perto. A questão é que são 14 horas de viagem e meu tempo estava apertado (voltaria dia 04/08 ao Brasil). Acabei abrindo mão de Puno e La Paz para realizar a façanha, mas valeu a pena. As estradas no Perú são boas, mas essa de Nasca era bizonha. A qualidade da estrada era boa mas ela é cheia de curvas e vai até uma boa altitude para depois descer (Cusco está a uns 3500m e Nasca a 588m do nível do mar). A viagem é forte, creio que os atendentes de bordo sabem exatamente a hora de distribuir sacolas porque do nada a mulher saiu distribuindo sacolas e muita gente passou mal. Eu senti bastante enjôo, mas fechei os olhos, baixei a cabeça e foi tranquilo.

 

Cheguei em Nasca próximo às 10h da manhã, a cidade é um ovo. O ônibus parou dentro do terminal e mal desci apareceu gente oferecendo os passeios, mas eu precisava sentar, dar uma relaxada, dar um tempo para estabilizar a cabeça depois de tanta curva. Ai comprei a passagem de volta na MultiTours, por 80 soles. Um senhor veio oferecer o vôo, falei que ia ver depois (pois queria ir ao aeroporto e negociar lá, pois é possível fechar por U$ 80 dólares lá, enquanto reservar antecipadamente você acaba pagando U$120 e até mais). Ele me ofereceu por U$100 e eu disse que estava caro, que sabia que podia fazer por U$80. Ele saiu e quando eu sai da sala de espera me abordou oferecendo por U$90 e eu chorei um pouco mais. Ele manteve o valor e ofereceu translado ida-volta do aeroporto. Falou que trabalhava para a Aeroparacas (essa e a Aerocondores são bastante recomendadas) e fui com ele mas falei que não queria fechar de cara. Passamos pegar um alemão que reservou o passeio e fomos ao aeroporto. O aeroporto é outro ovo, mas a estrutura é bacana, embora pareça mais uma rodoviária de interior.

No balcão ele já foi pedindo o passaporte e eu vi que o nome da empresa era Aeroserviço Santos. Fiquei meio desconfiado, mas ele explicou que era do mesmo dono, usavam os mesmos aviões e até a moça do balcão foi pegar os documento no balcão da aeroparacas para me tranquilizar haha. Deve ser tudo assim, um dono para 3 empresas. Ok, eu tentei negociar o valor um pouco mais, não rolou, acabei fechando em U$ 90 (na baixa temporada, o vôo sai por U$ 50). O tempo estava bem ruim, muitas nuvens e estava com medo de perder a viagem e o vôo, mas lá estava assim todos os dias da semana, o tempo começava a melhorar às 11h (uma holandesa que conhecemos na trilha de Salkantay falou que não voou pois teve tempestade de areia quando estava lá, e dois dias depois de eu ter voado os vôos estavam suspensos por conta do mau tempo. Cabe verificar a previsão do tempo antes de ir! Eu fiz isso e o tempo estava de acordo com a previsão, a partir das 11 o céu não tinha uma nuvem).

Depois de pagar, descobri que tinha uma taxa de aeroporto de 25 soles pra pagar. Aqui percebi uma das maiores irresponsabilidades minhas nessa viagem. Eu levei U$100 para pagar o vôo, com esperança de fechar por U$85, e mais 108 soles. Gastei 80 soles na passagem, 25 soles na tal taxa de aeroporto, fiquei com 3 soles e U$ 10, isso que já estava no fim da viagem. Mas como eu tinha levado comida e o translado tava garantido, ok, mas caso tivesse ido de táxi, teria problemas para trocar o dinheiro, pois no aeroporto não tem câmbio.

Bom, agora era só esperar. O negócio é bem desorganizado e o esquema é ficar assistindo um documentário da National Geographic que fica rolando na TV do aeroporto, bem interessante para enteder as linhas e a cultura Nasca. O problema é que assiti mais de 5 vezes ele inteiro, pois a espera foi de 4 horas haha. Nesse meio tempo comecei a conversar com o alemão que veio no mesmo carro e no fim pegaríamos o mesmo vôo. Ele também havia chegado de manhã e foi abordado da mesma maneira, mas ele acabou pagando uns U$ 30 a mais que eu.

Tempo melhorando foram chamar a gente para voar. Estava um pouco apreensivo pois já tinha lido notícias de queda de avião lá em Nasca e de aviões bem furrebas voando mas não dava nem queria voltar atrás. Não manjo nada de avião mas o avião no qual voamos pareceu ser novo e bem top. Creio que nos remanejaram para o vôo de alguma companhia ou a galera para o nosso vôo.

Tudo pronto, decolamos e putz, finalmente eu estava tendo a oportunidade de ter a mesma vista dos documentários que assistia, mas o vôo é sinistro, pois faz umas curvas bem fortes, eu senti um pouco de tontura e dor de cabeça, mas permaneci atento o vôo todo. Algumas vezes é difícil ver as linhas, mas consegue. O ruim é que é rápido, mas pude realizar algo que sempre quis. Pouso tranquilo, voltamos à sala de espera e cadê o nosso transporte haha Tive que pedir umas 3 vezes e aí acho que o funcionário pegou um taxista qualquer e mandou eu e o alemão entrar, vacilo nosso não perguntar nada antes onde pararíamos, mas deu tudo certo, o cara nos deixou numa praça. Me despedi do alemão e fui para a praça almoçar (trouxe de cusco pão, atum e um tomate, regado a 600ml de Tampico haha), era umas 17h. Depois passei no banco trocar U$ 5,00 só pra ter grana quando chegasse (o câmbio era 2,69, em cusco era 2,75, portanto só na necessidade). Dei uma volta na cidade, o mais legal é a Plaza, aí acabei indo para o terminal e fiquei dormindo e assistindo novela peruana haha. O ônibus saiu no horário e o serviço da MultiTours é muito bom. A viagem foi cheia de curvas e gente passando mal, mas ok. A janta foi servida no café da manhã e me surpreendi com um hamburguer de frango e um pedaço de bolo de chocolate bons pra caramba. Cheguei em Cusco perto das 10h do dia 01/08. OBS.: A MultiTours tem um ônibus saindo de Rio Branco até Cusco.

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Lá em Cusco andei umas 4 quadras da rodoviária e descolei um táxi por 3,5 soles até a Plaza. De lá fui ao Hostel, deixaram eu tomar banho e ficar o tempo que precisasse. Acabei saindo pra almoçar (no Sabor&Ritmo ou Ritmo&Sabor) e comprar umas lembranças (Arequipa e Cusco achei os melhores lugares para isso) e resolver minha questão financeira (tarde demais). Tive que solicitar mais U$100,00, mas só cairia no dia seguinte. Felizmente levei meu cartão normal e pude sacar Soles (perdi muito na conversão e taxas, mas salvou minha vida e pude pagar o Hostel. Tudo resolvido fui encontrar o pessoal, fomos para a Rodoviária, o ônibus saia às 22h. Nesse momento, estávamos somente eu, Roberto, Maicon e Fabiana. Thiago e Isabela foram no dia 31 para Copacabana e Carlos e Romulo já estavam em La Paz e retornado ao Brasil, respectivamente.

 

Copacabana/Isla del Sol (02/08)

O ônibus para Copacabana foi o barato que saiu caro. A passagem custou 50 soles, o que me alegrou muito haha, mas o ônibus não era lá grandes coisas. Era semicama, mas não tinha manta, e o pessoal comprou as primeiras poltronas do segundo andar, gelado pra caramba! Ainda bem que eu levei minha segunda pele na mochila, acabei colocando durante a viagem, mas mesmo assim foi frio. Eu tinha uma manta pequena (1mX1m) mas estava na cargueira lá no bagageiro. Azar nosso, foi a pior trecho, mais por causa do frio. Chegamos em Puno antes das 6h, descolamos um café da manhã simples mas suficiente por 5 soles e ai esperar o busão pra Copa. O cara da agência queria vender um pacote com os tickets pra Isla del Sol, mas cobrava em Soles, saía bem caro, evite.O ônibus pra Copa saiu com atraso, foi meio confuso, mas saiu, era pra ser ás 7, depois, 7:30, e no fim saiu umas 7:20. A viagem tem um visual bem bacana, mas todo mundo estava morrendo de sono. A fronteira é uma bagunça, mas deu tudo certo e chegamos em Copacabana umas 11h. Já fomos direto nos informar sobre os horários de barcos e pegar umas dicas. Sobre os barcos, as opções de horário e trajeto são:

 

COPACABANA-NORTE: 8:30 ; 13:30

COPACABANA-SUL: 8:30 ; 13:30

SUL-NORTE: 10h ; 14h ; 15h

NORTE-COPACABANA: 8:30 ; 10:30 ; 13:30

SUL-COPACABANA: 10:30 ; 13:30 ; 16 (16:30, não lembro exatamente)

 

Acabamos optando por ir até o SUL e pernoitar mais para o centro, subindo alguns metros, e no outro dia curzaríamos até o norte e de lá voltaríamos para Copacabana. Eu optei por voltar mais cedo e pegar o ônibus turístico das 13:30 para La Paz (o outro era só as 18:30,e no meio-tempo, tem os locais), pois queria comprar um Charango rsrs. Descolei a passagem por 25 bolivianos num ônibus suficiente, mas confortável. A galera comprou por 35 bolivianos numa outra empresa. Em Copacabana é possível deixar as mochilas no Hostal Colonial por 5 bolivianos e não hesitamos, pois não gostaríamos de carregá-las para atravessar a Isla (outra opção seria ir ao Norte ecruzar a Isla até o Sul e pegar um barco para voltar ao Norte pegar as malas, mas encareceria). Voltamos comprar os tickets para a barca e conseguimos os 4 por 70 Bs. Isto feito, fomos almoçar, o cara dos barcos indicou um quiosque (barraca) Nº 7, uma truta por 20 Bs. Eu e o Roberto fomos lá, e rachamos um prato pois não tínhamos muita fome. É simples mas muito boa a comida, e nem eu nem ele passamos mal, recomendo, pois os restaurantes são mais caros. (Estava na época da Fiesta de la Virgen de Copacabana, a cidade ferve! Em Copacabana é difícil conseguir hotel mas na Isla é tranquilo, e não sei se em outros momentos tem esses quiosques, mas fica a sugestão!)

 

13:30 sai o barco, eu dormi 80% do trajeto, mas o visual é belíssimo, o Titicaca é incrível. Chegamos na parte sul da Isla del Sol por volta das 15h, e já de cara a primeira surpresa: tinha que pagar 5 bolivianos para entrar na Isla, e ninguém tinha avisado, todos os turistas questionaram, alguns forçaram, mas não teve jeito, todo mundo teve que pagar (pelo menos consegui passar uma nota de 10 bolivianos bem rasgada que ninguém aceitava, pois na correria o fiscal nem conferiu). Decidimos subir a escadaria e procurar um hostel mais acima, para evitar sobes e desces desnecessários, o que foi uma boa escolha. Acabamos encontrando o Thiago e a Isabela (eles cruzaram vindo do norte e iam pegar a barca para retornar até lá), fomos andando e perguntando os preços, tinha de 15 Bs (na parte mais baixa) a 50 Bs (2p, WC etc). Acabamos conseguindo no Hostal Comunitario, negociando com a dona Dominica, por 30 Bs quarto com banheiro, ducha quente, um tinha 3 camas (eu, Roberto e Maicon) e outro uma de casal, onde a Fabiana dormiu. Era bem localizado, bem central e perto dos restaurantes. Decidimos ir até as ruínas do sul e subir no mirante. No meio tempo, prestigiamos uma festança que rolava na escola, bem interessante. A subida ao mirante deixamos para o fim da tarde para pegar o pôr do sol, a subida matou um pouco, mas devagar chegamos. Muito louca a vista, mas faz um frio forte.

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Voltamos, já estava escurecendo (leve sua lanterna caso faça a mesma coisa) e quando chegamos no hostal, não tinha luz e a D. Dominica, nem sinal haha. Resolvemos sair para comer e depois resolveríamos isso. O pessoal da USP que conhecemos em Machu Picchu tinha indicado o Restaurante Las Velas que serve uma pizza vegetariana orgânica deveras boa, segundo eles (engraçado que nenhum deles era vegetariano). O restaurante fica no meio de um bosque de Eucaliptos (leve sua lanterna!), mas o preço era muito alto para o tamanho da pizza (uns 90 bs e a pizza familiar era pouco maior que uma pizza Sadia). Saímos e fomos procurar, mas não tinha muita opção. Entramos no RESTAURANTE AYMARA e encontramos o que procurávamos: uma pizza gigante por um preço razoável haha. Fomos atendidos pelo próprio dono, um senhor bem gente boa. A pizza pode ser classificada como extra-gigante e o valor era 90-100 bs. Tinha sabores tradicionais e os especiais, Aymara e Titicaca, este, com truta e vegetais, foi nossa escolha. Absurdamente boa a pizza, e sustenta bastante, pois a massa é grossa e tem bastante verduras e carne de truta. Cada um comeu dois pedaços bem grandes e foi o suficiente. Só a bebida era cara (1 copo grande de suco de laranja custou 13 Bs), e depois ficamos sabendo que tinha Coca 2L por 12 Bs haha

Barriga cheia, breu total e silêncio (21:30), só restava dormir. Voltamos ao hostal, e tinha luz, mas conforme o pessoal ia tomando banho, caía a luz pois não suportava muita gente tomando banho ao mesmo tempo.

 

Eu e o Roberto decidimos acordar cedo para ver o nascer do sol, e essa foi uma boa escolha! Além disso eu precisava pegar a barca das 10:30. Tínhamos planejado sair as 5:30 mas estava muito escuro, tudo bem que tínhamos lanterna, mas decidimos esperar clarear um pouco, por segurança, visto que não sabíamos ao certo o caminho a seguir. 6h começou uma luz fraca e partimos. Seguimos o conselho do dono do restaurante de pegar o caminho mais largo, contornando o morro do mirante, pois é mais plano e fácil de seguir. Sem erro, e a luz ia ficando mais intensa. Ai passamos uns hostels e de repente estavamos numa Bilheteria, para nossa surpresa. Felizmente estava fechada, mas sacamos que para usar teria que pagar, só não sabíamos quanto. O bom que tinha um mapa, do qual bati uma foto para usar na caminhada. Da bilheteria pode ir para vários pontos. Continuamos o trajeto rumo à ponta norte, chegou uma parte com uma subida e passamos uma mancha de eucalpitos e mais adiante tinha outra mancha de eucaliptos. Paramos aí, foi muita sorte, estávamos de frente à montanha onde o sol nasce. Surreal! Ficamos uma meia hora ali, cena incrível.

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Debulhamos umas bolachas e partimos. Parecia que não chegava nunca. Aí chegamos numa placa, a entrada norte do caminho pelo qual fomos, o famoso Camino del Inka. Descobrimos que o valor era de 15 Bs (novamente ninguém avisou nada! Revolta não pelo valor em si, mas porque ninguém avisa que tem esse gasto). Era quase 9 horas e também não tinha ninguém ali, melhor para nós. Caminhamos um pouco mais e chegamos no fim, dali dá pra ir para as ruínas, mesa cerimonial etc. O Roberto estava sentindo dor na perna e foi num passo mais lento. Eu acabei por tirar fotos da paisagem e continuei a caminhada um pouco mais rápido para chegar ao cais, poderia ter ido mais devagar pois cheguei 9:30 lá. A parte norte me pareceu mais tranquila e acolhedora. Dei uma sondada nos desayunos e o mais barato (10 bs), tinha gente esperando a comida a mais de 30 min, resolvi comprar umas frutas. 10:30 o barco saiu, 12:30 estava em Copacabana. Deu tempo de ir no Kiosk 7 comer uma truta (de novo, porque é boa pra caramba) e fui pegar o ônibus, onde acabei reencontrando uma austríaca que conheci no Apu Wasi. O ônibus saiu com uns 10 min de atraso. Era confortável, reza a lenda que tinha wifi haha. A viagem foi bem tranquila, o começo é legal ficar olhando pela janela pois a vista do lago é muito fera. Chegamos em La Paz umas 17h. Se eu tivesse mais tempo, sem dúvidas teria ficado até mais tarde e pegaria o ônibus das 18:30

 

La Paz (03 e 04/08)

A cidade é realmente bonita, principalmente as construções históricas, fiquei com remorso de não poder ficar mais um dia. Em La Paz chegamos no que acho que era a rua do terminal, pois o ônibus não entrou em lugar nenhum, parou na rua mesmo. Descemos e já fomos abordados por taxistas. Durante a viagem conheci duas chilenas amigas da Tereza (austríaca) e elas iam para o Loki, eu para o Wild Rover, a Tereza ficou lá na rodoviária. Na rodoviária estavam cobrando caro o táxi, descemos um pouco e negociamos um taxi por 15 Bs até a Plaza. Os dois hostels ficam na mesma direção. Interesse comum, combinamos de ir ao Mercado de las Brujas. Cheguei no WildRover, não tinham confirmado nossa reserva no quarto coletivo (inicialmente pensei que o pessoal não tinha confirmado, mas depois ficou claro que os caras do Wild Rover são desorganizados pra caramba), nos remanejaram para o quarto de 6p, mais caro. Deixei as coisas lá e fui achar um lugar para sacar em dólares e cambiar, mas só achei cajero em bolivianos, além disso, sábado a tarde a cidade estava morta, casas de câmbio fechadas, mas você pode trocar no Loki ou no hostel em frente ao Wild Rover por um bom câmbio (6,9 - nas casas pega por até 6,93). O jeito foi sacar em bolivianos, pois queria comprar um charango e precisava pagar uns empréstimos pro pessoal do grupo. Passei no Loki encontrar as chilenas e fomos ao Mercado de las Brujas, lugar um tanto quanto bizarro, mas vale conhcer. Acabei não comprando o charango pois o mais barato que achamos era 330 bs (engraçado que com minha cara de gringo os preços eram de 500 para cima, aí quando uma das chilenas perguntava era 350, 400 rsrs). Ficamos por lá para jantar, tem uns restaurantes dignos por 15 bs (só a sopa que veio depois do prato principal que era água+óleo+fiapos de frango). Saímos de lá às 20:30, o restaurante já estava fechado, muito estranho. Voltamos, passei numa venda comprar algo para comer na viagem, fui pro hostel tomar um banho, relaxar e agilizar as coisas pra volta. A galera do grupo que saiu às 18:30 de Copa chegou umas 22:45. Verificaram que tinha sido feita confirmação da reserva e foi erro do WR, iam cobrar o preço do quarto coletivo, mais barato. Fizemos uma confraternização, nos despedimos, fui dormir às 00:00. Lá pelas duas acordo com alguém vomitando no beliche de cima e o vômito acabou atingindo meu tênis. Passada a raiva o jeito foi passar uma água e embalar bem pra amocar na movhila.

 

O Thiago tinha vôo pra La Paz no dia 04/08 cedão (acho que era às 06:30), e o meu vôo era ás 09h, acabei indo ao aeroporto com ele mais cedo, para rachar o táxi, saímos do WR perto das 5 da manhã, o táxi deu 35 bs pra cada um. O Thiago foi fazer check-in e aí descobriu a tal Taxa de Embarque de U$ 25,00 para vôo internacional e me avisou, mas tanto eu quanto ele só pagaríamos em Sta Cruz. Nos despedimos e eu fiquei dormindo. Mais tardei fui sacar os dólares, tudo certo.Quando fui pagar a taxa de vôo doméstico (15 bs) havia uma senhora suíça discutindo com a atendente pois também não sabia da taxa internacional e ela só tinha soles. Peguei meu vôo, deu tudo certo, ai em Sta Cruz o jeito foi ficar dormindo pois o vôo para o Brasil era só às 15:30, mas chegou um momento que eu não aguentava mais dormir haha. Fui comer um Subway, que era o mais em conta, perdi umas moedas que ficaram entaladas na máquina de refrigerante, até aí tudo bem.

 

Fiz meu checkin perto das 13h e segui para a imigração e portão de embarque. Ai foi tenso. Após carimbarem a saída me dirigi à mesa onde revistariam a bagagem de mão. Não sei o que estava rolando, de umas 8 pessoas que estavam ali, ficaram 3. O cara que estava controlando a fila me fez um monte de perguntas, tranquilo, ai fui para revistar a bagagem, ok e quando estava saindo um agente me parou e começou a perguntar de onde vinha, para onde ia, no que trabalhava, se eu tinha credencial (na próxima viagem levarei cópia da carteira de trabalho, única coisa que eu não levei cópia!), ai chamou o agente que controlava a fila, começaram a conversar, mencionaram que passei pelo Chile ai o cara fala: “Senhor, sou da Narcóticos, aguarde aqui”. Respondi sem me preocupar “Tudo bem” e mantive a calma, mas comecei a estranhar e a cabeça a imaginar um monte de coisa. Durante todo o tempo tentei me manter firme e despreocupado e não ser desrespeitoso. O cara pediu para acompanhá-lo até uma sala onde tinha uns aparelhos e eu pensei “só falta ser detector de mentira haha” mas no fim era um raio-x. Falou pra eu tirar todos os cintos e bolsas (moneybelt, pochete) e tirou uma radiografia do meu abdômem (certamente para ver se estava escondendo droga - das duas uma: ou tenho muita cara de drogado ou de mula haha). Fez a revelação, ok, me pediu para assinar um livro. Indaguei para que era e ele não respondeu. Mas me liberou e fui para a sala de espera do vôo. No fim eu só fiquei tranquilo quando o avião decolou, e mais tranquilo ainda quando estava com a minha bagagem em SP, que veio aberta e toda revirada, mas nada faltando. Cheguei em Curitiba as 00:15 mais ou menos, tudo certo, encontrei meus pais no aeroporto e assim termina.

 

Valeu cada centavo gasto e cada quilômetro rodado, cada noite mal dormida, foi uma das melhores experiências da minha vida e com certeza voltei diferente de como fui. Um muito obrigado a galera do grupo!

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Relato maneiro cara, muito bem escrito e detalhado. To criando animo aqui pra começar a escrever o meu também.

E vc só esqueceu de contar daquele falso policial, que abordou agent em Sta Cruz pedindo passaportes e querendo uma propinazinha hahahahah

 

Prazer te conhecer cara, abração!

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Samuel, muito massa teu relato. Cara eu tive uma experiência sinistra com essa estrada pra nazca. antes de ir, perguntei pro pessoal que tinha feito se a estrada era boa, disseram que sim. mas eu não me referia a asfalto, que realmente é bom, mas as curvas. blz, fui eu e minha esposa, que era namorada na época.

 

Cara, quando deu umas 9 horas da noite, um pouco antes de parar em abancay, ela começou a passar mal, tontura, mal estar, ai ela começou a entrar em pânico, pq não paravam as curvas, de repente, ela desmaiou. apagou de tanto pânico. ai a terromoça trouxe álcool e jogou na cabeça dela e colocou um algodão com álcool na frente do nariz, ai ela acordou de novo.

 

quando chegou em abancay, umas 10 horas da noite, eu peguei na mochila um calmante e um dramim e dei pra ela, ai ela dormiu o resto da viagem. eu tbm dormi, quando deu umas 3 horas da manhã eu acordei e o ônibus ainda tava fazendo curva. sem mentira, ele não anda nem 2:00 minutos em linha reta. foram 12 horas fazendo curvas, desde cusco até perto de nazca. só param as curvas umas duas horas antes de chegar em nazca.

 

cara, de Arequipa pra cusco é sinistro de curvas assim? nunca fui pra Arequipa e tenho receio que seja igual.

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Relato maneiro cara, muito bem escrito e detalhado. To criando animo aqui pra começar a escrever o meu também.

E vc só esqueceu de contar daquele falso policial, que abordou agent em Sta Cruz pedindo passaportes e querendo uma propinazinha hahahahah

 

Prazer te conhecer cara, abração!

 

Grande Jaime! foi um prazer conhecer vocês também cara, espero poder encontrá-los novamente, e quem sabe combinar uma viagem! Pois a história do guarda fica a dúvida se o cara era falso ou não, pois lembra que ele tava até multando o carro lá??

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Samuel, muito massa teu relato. Cara eu tive uma experiência sinistra com essa estrada pra nazca. antes de ir, perguntei pro pessoal que tinha feito se a estrada era boa, disseram que sim. mas eu não me referia a asfalto, que realmente é bom, mas as curvas. blz, fui eu e minha esposa, que era namorada na época.

 

Cara, quando deu umas 9 horas da noite, um pouco antes de parar em abancay, ela começou a passar mal, tontura, mal estar, ai ela começou a entrar em pânico, pq não paravam as curvas, de repente, ela desmaiou. apagou de tanto pânico. ai a terromoça trouxe álcool e jogou na cabeça dela e colocou um algodão com álcool na frente do nariz, ai ela acordou de novo.

 

quando chegou em abancay, umas 10 horas da noite, eu peguei na mochila um calmante e um dramim e dei pra ela, ai ela dormiu o resto da viagem. eu tbm dormi, quando deu umas 3 horas da manhã eu acordei e o ônibus ainda tava fazendo curva. sem mentira, ele não anda nem 2:00 minutos em linha reta. foram 12 horas fazendo curvas, desde cusco até perto de nazca. só param as curvas umas duas horas antes de chegar em nazca.

 

cara, de Arequipa pra cusco é sinistro de curvas assim? nunca fui pra Arequipa e tenho receio que seja igual.

 

Aletucs que sinistra essa história ai cara, não presenciei nada parecido não, só pessoal vomitando mesmo. Mas é bem, dessa, os caras vão muito rápido nas curvas.

 

De AREQUIPA para CUSCO não tenho muitas lembranças da viagem, pois dormi bastante. Mas acho que era bem de boa, eu não senti nada, nem acordei e também não lembro do pessoal ter comentado qualquer coisa desse tipo

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Bem bacana seu relato. Estive no Salar no dia 17/07 e pegamos -30 graus. Dias depois ouvimos historias desse helicóptero resgatando as pessoas. Quando estava vindo embora por VVI, na imigração me fizeram um monte de perguntas tb, só nao passei pelo Raio-X. Abraços

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