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Oi gente. Depois de todas as dicas boas que peguei no site, quero retribuir. Então aqui vai meu relato de viagem. Passei 37 dias na Europa, a maior parte sozinha, no trajeto Amsterdam (day trips para Delft e Haarlem), Maastricht, Paris, Londres (day trips para Bath e Salisbury + Stonehenge), St. Malo e Mont Saint-Michel. Espero que as dicas sejam úteis.

 

Preparativos:

 

Comprei a passagem, com ida Rio – Amsterdam e volta Paris – Rio, pela KLM, por 2.070 reais, com todas as taxas incluídas. Comprei pouco mais de três meses antes da viagem. O único inconveniente foi o vôo de volta, diurno, mas compensava pelo valor da passagem. Fiz um VTM de euros e outro de libras.

 

Roupas de Inverno

Um dos meus preparativos de viagem foi o de comprar roupas de inverno. Eu queria comprar poucas porque sabia que lá seria melhor e mais barato. Comprei um sobretudo de lã em um outlet da Animale, e ele suportou bem o frio.

Comprei meias térmicas, cardigãs e uma calça térmica na Damart, site recomendado pelo Conexão Paris. Nunca uma compra online deu tão errado. Deveria chegar na casa da minha prima em Paris, porque eles não fazem entregas no exterior. Alguas coisas demoraram cinco meses para chegar, quando eu já tinha ido e voltado. O prazo era de 3 a 5 dias úteis. Até hoje eles mandam coisas que eu não pedi e cobram no meu cartão de crédito. Deu um trabalhão para a minha prima, eu fiquei super irritada e o pior de tudo é que as roupas são bem mais caras que a maioria das roupas térmicas que eu vi a venda lá, e não são melhores. Já gastei um dinheirão a mais tentando resolver os problemas com eles e nada resolve. Meus e-mails para lá passaram de “Please help me solve this” para “Do you think I'm f@#king stupid? Stop sending me your crap”. Não recomendo.

Lá, eu achei as roupas da H&M muito boas e por preços razoáveis. Comprei uma meia calça com angorá que me deixava confortável em qualquer temperatura por 20 euros, além de um cardigã ótimo. Botas com pelinho por dentro são fáceis de achar, mas para a chuva inglesa eu acabei comprando galochas. O pé fica sempre seco, e com palmilhas térmicas elas são confortáveis para o frio. Comprei um par até os joelhos, preto com bolinhas brancas, em promoção por 25 libras na London Retro, na Oxford Street.

 

24/01 – Amsterdam

Cheguei em Amstedam no dia 24 de janeiro, com uma temperatura de menos sete graus. É bem fácil sair do Schiphol, há muitos ônibus e um trem que vai para a Estação Central. Se você não tiver olhado antes, é só perguntar no Tourist Office.

O albergue foi bem fácil de achar. Fiquei no HOSTEL VAN GOGH, exatamente atrás do museu. O albergue é excelente, muito confortável, com lâmpadas de leitura e tomadas individuais no quarto e secador de cabelo no banheiro (geralmente nem uso, mas foi útil no inverno). Os quartos são bem espaçosos e também tem cofres individuais. Dá para guardar o computador, a câmera, a carteira e sobra espaço. O café da manhã é pago a parte, e custa 5 euros. É pago diariamente, ou seja, dá para escolher pela conveniência do dia. Achei essa área do MUSEUMPLEIN muito agradável, segura, com bons restaurantes e muitos passeios interessantes. Dá para ir a pé para o centro, de ônibus ou de bonde.

Eu baixei o aplicativo gratuito 9292, sobre transporte em Amsterdam. Você coloca onde está e para onde quer ir e ele te dá as melhores rotas (fala a que horas tal ônibus passa e que horas te deixa lá, ou que horas passa tal bonde e que horas te deixa lá. Tem muitas opções)

 

Fui passear no VONDELPARK, que estava coberto de neve, e depois almocei em um restaurante italiano lá perto. Depois fui para o STEDELIJK, o museu de arte moderna, que fecha mais tarde às quintas feiras. Os dois valeram muito a pena.

No Stedelijk, comprei o MUSEUM KAART. Eu tinha lido sobre ele no Ducs Amsterdam e no Bailandesa, minhas duas grandes fontes sobre a cidade, e valeu muito a pena. É um cartão que custa cinquenta euros e te dá acesso sem taxas extras, e muitas vezes pulando a fila, a um grande número de museus no país por um ano. Mesmo ficando na Holanda por apenas doze dias, foi uma grande economia, já que só o Anne Frank, o Van Gogh e o Rijksmuseum davam mais do que isso. E eu provavelmente não teria entrado em alguns outros museus sem ele.

 

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25/01 – Amsterdam

No segundo dia, acordei e fui andando para a ANNE FRANK HUIS. Estava frio, mas foi bom andar para ver a beleza dos canais. O museu é muito emocionante. A parte em que as famílias viveram está vazia, sem nenhum móvel, a pedido do Otto Frank, mas dá para ver as fotos de filmes que a Anne e a irmã colavam na parede. No resto do museu há relatos da história, com vídeos de pessoas que os conheceram e do próprio Otto Frank, histórias da segunda guerra e objetos da época. O museu tem um centro de estudos para discutir preconceito nos dias de hoje, e que propõe algumas enquetes para que os visitantes votem o que é preconceito. Uma das partes mais emocionantes para mim foi ver a foto da turma de pré-escola da Anne, com o relato do destino de cada uma daquelas crianças durante a guerra. O café é muito bom e a lojinha vende o diário em muitas línguas, inclusive português.

Depois de lá fui andando até a Praça do DAM, onde ficam o Palácio Real e a NIEUWE KERK, igreja do século XVI convertida em centro cultural. Lá dentro tinha uma exposição sobre índios americanos.

Fui então para o AMSTERDAM MUSEUM. Almocei no restaurante do museu, muito bom e com preço razoável, e depois entrei para conhecer a coleção. A primeira exposição se chamava Amsterdam DNA e é sobre a história da cidade. Quando você entra, você pega um panfleto com um código de barras na sua língua, e depois é só colocá-lo perto dos leitores para que os vídeos sejam exibidos na sua língua. A segunda exposição era de pinturas da época de ouro do barroco. É um museu muito interessante e interativo, recomendo mesmo para quem não costuma gostar muito de museus.

Depois do museu fui à praça HET SPUI, onde havia uma feirinha de livros, que tem, aliás, livros em inglês.

 

26/01 – Amsterdam

Acordei no dia seguinte para uma tempestade de neve e sensação térmica de -13 graus. Aguentei bem melhor que eu esperava. Descobri que consigo andar o quanto quiser, contanto que pare de vez em quando para tomar um ché quente.

Comecei o dia seguinte no BAIRRO DA LUZ VERMELHA. Fui a OUDE KERK, uma igreja do século XIV na beira de um canal. Como a Nieuwe Kerk, ela não funciona mais como igreja. Ela é tão bonita que eu demorei algum tempo para perceber que ela está cercada por janelas com prostitutas. Foi uma surpresa, achei que as janelas só funcionavam à noite.

Depois fui, lá perto, ao AMSTELKRIG, a igreja escondida. Por fora, parece um edifício normal, mas quando subimos as escadas encontramos uma igreja secreta nos últimos andares de três prédios. Muito interessante.

No caminho para a Praça do Dam, resolvi passar pelo DER WAAG, uma parte da antiga muralha da cidade. Eu tinha lido que hoje era um café, mas imaginei que devia ser muito caro. Acabou que era bastante razoável, e eu almocei lá à moda holandesa: um sanduíche para o almoço.

Ainda tinha um tempo antes do tour, então fui lá na CENTRAAL STATION comprar um ov-chipkaart. Em Amsterdam existem várias companhias de transporte, e esse cartão é de uma delas, então dá para andar nele em alguns ônibus e nos bondes. Não peguei metrô, então não sei se ele inclui. Mas uma coisa importante é que ele cobra pela distância percorrida, então você tem que entrar, colocar o cartão na maquininha, eles te cobram 4 euros, e depois, na hora de sair, você tem que faer check-out para receber o troco. Ou seja, quem tenta ser espertinho e não fazer check-out leva o maior prejuízo.

Uma hora da tarde, fui fazer o FREE WALKING TOUR, que funciona no esquema de gorjetas. A guia era bastante simpática e achei que valeu a pena. Nós fomos na casa da Anne Frank, no bairro da luz vermelha, na Oude Kerk, na estátua do Multatuli, na casa mais estreita estreita dos canais e na ponte mais larga, no Palácio Real e na sede da Companhia das Índias Orientais. Também passamos por uma prova de queijo, e ela explicou um pouco sobre os coffee shops, e mesmo indicou um para quem quisesse. Depois fomos a um restaurante comer um prato típico holandês. Eu comi o stamppot, uma espécie de purê de batatas com verduras acompanhado de salsichão ou almôndegas. Tem mais de uma companhia que faz o tour, eu fiz com o Sandeman.

 

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27/01 – Amsterdam

O MUSEU VAN GOGH estava fechado para reformas, então não conheci o prédio. Mas grande parte da coleção estava no HERMITAGE AMSTERDAM, ao lado do rio Amstel, que dá nome à cidade. E havia também uma exposição de pintura impressionista. Estava muito bom e e fiquei lá até o começo da tarde. Algumas coisas eram muito bem pensadas, como as pinturas em molduras de vidro para que os dois lados fossem visíveis – Van Gogh tinha pintado no verso de uma pintura antiga. Ou os novelos de lã que ele enrolava para estudar como duas cores ficam juntas. A lojinha do museu é uma perdição, tem livros fantásticos, roupas e bolsas com estampas de pinturas.

Passe pela REMBRANDTPLATZ, com a escultura de Rembrandt, e pela WATERLOOPLEIN, com sua feirinha de antiguidades para chegar a REMBRANDTHUIS, afinal já era hora de prestar homenagem ao mestre holandês. Muita gente se decepciona com esse museu porque esperam ver quadros dele, mas eu já sabia que para isso eu deveria ir ao Rijksmuseum. O Rembrandt faliu alguns anos antes da sua morte, o que levou à produção de um inventário. Com base nele, a casa foi remobiliada, muitos anos depois, com artefatos da época e que se adequem às descrições. Foi uma boa experiência, especialmente porque eu tinha decidido a hora justamente para pegar uma demonstração do processo de produção de gravuras, em que eles mostram as técnicas diferentes e produzem uma. A moça foi muito atenciosa com as crianças presentes. Em outro andar, eles mostravam como ele produzia tintas.

Esse dia deve ser lembrado como a primeira vez em que eu comi stroopwafels, espécie de waffle recheado como caramelo. Você coloca ele em cima do seu café ou chá para que o caramelo amoleça e depois come quentinho. Dizem que o melhor é o do supermercado Albert Heijn. Adorei, e trouxe alguns na mala.

 

28/01 – Amsterdam

Fui, no dia seguinte, ao HUIS MARSEILLE, centro de exibição de fotografia. Achei muito interessante. Depois fui, lá perto, ao HET GRACHTENHUIS, o museu dos canais. Apesar de não aceitar meu Museum Kaart, valeu muito a pena. É um museu interativo que mostra a construção de canais e a construção de casas em cima do terreno da cidade. Tudo por meio de maquetes e hologramas. O atendente foi extremamente simpático (como quase todos os holandeses na viagem, aliás).

Em seguida, voltei à Praça do Dam para visitar o PALÁCIO REAL. A arquitetura é muito bonita, e foi bom que eu peguei o audioguide. Eu não sabia que ele tinha sido comstruído para ser a sede da República.

 

29/01 – Amsterdam

No sexto dia, fui à SINAGOGA PORTUGUESA, considerada uma das mais belas do mundo. Aproveitei para conhecer o MUSEU JUDAICO, dentro do qual há cinco sinagogas.

Depois fui ao VERZETSMUSEUM, o Museu da Resistência. Tinha muita informação em inglês e audioguides em outras línguas. Tinha objetos, vídeos com relatos e criava uma atmosfera muito diferente. O museu é planejado de forma que o percurso principal seja o do holandês comum, o que a maioria fez, enquanto as salas laterais falam dos resistentes e colaboracionistas. Então fala muito da vida cotidiana sob a ocupação.

Passei pela WATERLOOPLEIN mais uma vez, e dessa vez tive tempo até de dar uma olhada. Os sobretudos eram bem baratos (30 euros para cima), e tinha alguns souvenirs, bijuterias, camisas de rock.

De noite fui ao TOUR DO BAIRRO DA LUZ VERMELHA, organizado pela mesma companhia do free walking tour. O slogan do passeio: “está em Amsterdam sozinho e quer conhecer o Bairro da LuzVermelha com alguém?” disse exatamente o que eu queria, hehe. O guia explicava a organização do bairro, o maior do tipo em Amsterdam. Cada rua é dedicada a um tipo físico, com uma rua com travestis. Também falou sobre como funciona a questão dos impostos, do botão do pânico em cada quarto, e até do preço médio cobrado.

 

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30/01 – Amsterdam

De manhã aproveitei o clima mais quente (positivo e tudo o mais) para conferir o VONDELPARK sem neve. Dava até para ver grama, hehe. Ao meio dia fui ao CONCERTGEBOUW, que tem concertos de graça toda quarta-feira na hora do almoço. Vi um concerto de órgão fantástico. Depois resolvi provar comida indonésia, famosa em Amsterdam. Aproveitando a dica do Lonely Planet, fui ao Sama Sebo, perto do albergue. Eles tem um prato degustação para quem nunca provou a comida antes, e que tem um pouco de tudo. Sério. Vem macarrão, arroz, vários legumes cozidos, almôndegas, frango assado, um espetinho de frango com molho apimentado, carne de boi, pão frito indonésio. Consegui comer pouco mais de metade do que veio, achei delicioso e custou só 16 euros. O garçon, que tinha me explicado os pratos, ainda ofereceu para levar uma marmita, mas eu não tinha microondas.Mas ele me deu o pão para levar.

Depois do almoço fui finalmente ao RIJKSMUSEUM, o museu nacional holandês. Ele ainda estava em reformas, e só reabriu por completo em abril, mas eu vi a ala que estava aberta, e que tinha vários Vermeers e Rembrandts, inclusive a Ronda Noturna. O audioguide vale muito a pena.

 

31/01 - Delft

No dia 31, peguei o trem para DELFT, cidadezinha a uma hora de distância. Não é preciso comprar um bilhete de trem, porque é possível fazer a viagem com o Ov-chipkaart. Há umas máquinas em que é possível checar quanto crédito é preciso para ir para outra cidade e voltar.

Andei um pouco pela cidade, aproveitando os canais, e fui ao VERMEERCENTRUM, na antiga Corporação de Ofícios dos Pintores de Delft. Conta sobre a vida dele, tem reproduções de todos os quadros e fala dos métodos dele, como em um estúdio em que se tenta reproduzir seu modo único de retratar a luz. Um êxtase para aficcionados.

Depois fui à lindíssima NIEUWE KERK, construída com tr:ês tipos de material e por isso em três cores. Lá está enterrado William de Orange, que comandou a independência da Holanda em relação à Espanha. Lá na frente tinha uma feira.

Fui a OUDE KERK, outra igreja maravilhosa, onde está o túmulo de Vermeer.

Fui ao HET PRISENHOF, onde William de Orange foi assassinado. As marcas de bala ainda são visíveis na parede. Tinha uma exposição muito interessante sobre a porcelana típica de Delft, aquela azul, perguntando a que ponto as imitações modernas são arte, a que ponto são kitsch. Comprei alguns souvenirs naquela porcelana, apesar de me avisarem de que quando é barata não é feita lá, mas na China.

 

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01/02 – Amsterdam

No nono dia em Amsterdam fui a OBA, a enorme biblioteca pública, de onde a vista é supostamente linda. Infelizmente o tempo feio não me deixou conferir. O restaurante lá em cima é muito bom e barato. Passei na porta do Nemo, o imponente museu de ciência. Foi um programa que eu queria ter feito, mas abdiquei em favor de outros. O terraço também é famoso pela vista.

Depois foi ao HOUSEBOAT MUSEUM, um museu privado que mostra como as pessoas vivem nas casas-barco, como elas tem eletricidade, água e gás, etc. Não estava incluído no Museum Pass, mas era bem razoável, 3 euros de entrada. Só está aberto alguns dias da semana, no entanto.

Depois fui ao MUSEUM VAN LOON, uma casa do século XIX preservada para mostrar como vivia a elite dessa época. Gostei bastante.

 

02/02 – Haarlem

No décimo e último dia fui a HAARLEM, cidade a quinze minutos de Amsterdam. Conheci a GROTE KERK, com o famoso órgão que foi tocado por Mozart. Fui ao TEYLERS MUSEUM. Depois fui ao THE HIDING PLACE, casa em que uma família escondia judeus. A história é muito interessante, o esconderijo é claustrofóbico, mas o passeio teve ares de pregação, com muita conversa religiosa. Acabou me cansando. Fui visitar a igreja de ST. BAVO. Depois fui ao DE ADRIAAN, moinho de vento reconstruído em 2002, todo de madeira, e aberto para visitação. O tour é muito legal, podemos ver como o moinho funciona. Valeu muito a pena.

 

03/02 – Maastricht

De manhã acordei e fui a MAASTRICHT, cidade no sul da Holanda. Fui com o ov-chipkaart e fiquei no albergue STAYOKAY MAASTRICHT. Minha primeira dificuldade foi chegar lá. Eles tinham colocado um ônibus como o melhor para chegar lá. Eu esperei ele por 40 minutos congelantes e, quando perguntei ao motorista, ele me disse que outro ônibus ia para lá. Esperei o outro ônibus por mais quarenta minutos, e o motorista me disse o nome de um terceiro ônibus. Irritada, entrei no primeiro ônibus que passou e perguntei ao motorista, que me disse ainda outro número. Irritada e perdendo a sensação nos dedinhos, resolvi pegar um táxi.

Fora esse incidente, gostei do albergue. O quarto não era nada demais, colchão ruinzinho e aqueles chuveiros que tem que apertar o botão a cada 30 segundos. Mas tinha um bar/restaurante muito bom e barato. A porção com 16 biterballen custava apenas 3 euros. E os atendentes eram simpáticos.

Eu tinha ido para Maastricht especialmente para ver a livraria SELEXYS DOMINICANEN, então me pus a caminho. Andei pela beira do rio Maas depois entrei na cidade passando pelo VRIJTHOF, maravilhosa praça central da cidade. A livraria é freqüentemente considerada a mais bonita do mundo. Ela fica em uma antiga igreja dominicana, que estava sem uso há muitos anos. Ela já tinha sido usada como estacionamento de bicicletas antes de ser comprada por essa rede de livrarias. Deu para notar que ela virou um centro cultural da cidade, estava sempre lotada. Tem um café lá dentro. E realmente merece o título de mais bonita do mundo.

 

04/02 - Maastricht

Na manhã seguinte fui até o BONNEFANTENMUSEUM, mas estava fechado. Depois voltei ao VRIJTHOF e visitei a igreja ST. SERVAAS, que tem uma área arqueológica muito legal. Depois fui ao SPANISH GOVERNMENT MUSEUM, museu muito interativo e diferente. Passei um tempo caminhando pela cidade, aproveitando o último dia.

 

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05/02 – Paris

Cheguei em Paris e fui direto para a casa da minha prima, no subúrbio. Achei Paris o lugar mais difícil para comprar um cartão de metrô. Não é fácil entender as opções. E o cartão semanal vale da próxima segunda a domingo, não uma semana a partir do dia comprado, o que é inconveniente para turistas.

Quando fui à cidade, já eram quatro horas da tarde, então resolvi apenas flanar um pouco. Era minha segunda vez na cidade, então queria rever alguns lugares que eu tinha achado maravilhosos e sentir o clima da cidade mais uma vez. Quando cheguei à NOTRE DAME, vi que tinha uma espécie de arquibancada na frente, em comemoração aos 800 anos da catedral. Era perfeito para sentar e apreciá-la, então foi o que eu fiz. Depois entrei na igreja por um tempo e terminei a noite tomando um chocolate quente no Café de Flore (onde, aliás, havia um ratinho). Antes de voltar para casa, comprei o Pariscope, revista semanal que tem todos os eventos de Paris e custa só 0,40 euros.

 

06/02 - Paris

Fui a PINACOTHÈQUE de manhã, ver uma exposição fantástica que punha lado a lado quadros de Van Gogh com quadros de Hiroshige, artista japonês que foi uma grande inspiração para muitos dos impressionistas. Foi maravilhoso, e estava lotado. A Pinacothèque também tinha uma exposição com fotos do tsunami.

Almocei perto da Ópera e fui ao MUSÉE GUSTAVE MOREAU, artista que eu tinha visto no Musée d'Orsay da última vez que vim e que tinha me impressionado muito.

 

07/02 – Paris

De manhã fui ver a exposição Canaletto à Venise no MUSÉE MAILLOL. Fui porque gosto de Canaletto, mas também gostei bastante da exposição permanente, do escultor Maillol, e da exposição sobre Pixi.

À tarde fui a LA DÉFENSE, bairro moderno ao norte de Paris, com uma arquitetura muito interessante.

À noite, fui às passagens perto da ópera para jantar, e comi um Magret de Canard ao molho poivre excelente e por um preço bem razoável.

 

08/02 - Paris

No dia 08, acordei cedo para ir visitar o Jim Morrison no PÈRE LACHAISE. Eu tirei uma foto do mapa no celular e tentava encontrar os túmulos por ele, mas estava bem difícil por causa do tamanho. Devia ter comprado um mapinha nas bancas próximas. De qualquer modo, achei os túmulos que eu queria ver. Alguns túmulos tem histórias interessantes, como o do Victor Noir. A estátua parece ter uma ereção, então virou uma superstição em Paris que tocá-la ajudaria as mulheres que querem ficar grávidas. O metal está bem descolorido na parte, hehe.

De tarde fui ao PALAIS DE TOKYO, mas lá não tinha muita coisa exposta. Então fui também ao MUSÉE D'ART MODERNE, logo ao lado, que tinha a exposição L'art en guerre, 1938-1947.

 

09/02 - Paris

Sábado fui ao MARCHÉ AUX PUCES. Ele não é tão perto do metrô, e tive que perguntar algumas vezes para achar. O exterior é bem feio, parece um camelódromo. Por dentro é bem charmosinho, tem muitas coisas diferentes, mas é bem caro. Tinha móveis muito antigos, porcelanas, quadros, bolsas de marca, moedas antigas. Foi legal de conhecer.

À tarde fui ao COUR ST. EMILION, um lugar charmosinho onde fomos jantar.

 

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10/02 - Londres

Eu comprei a passagem de trem pelo EUROSTAR para Londres com meses de antecedência, então foi apenas 38 libras. No Lonely Planet e aqui no fórum eu tinha lido que valia mais a pena do que ir de avião, já que o check-in do avião é muito antes, tem que esperar a mala chegar, os aeroportos são muito longe das cidades. O trem realmente é prático. Eu cheguei na Gare du Nord uma hora antes da saída, já que a gente faz a imigração em Paris mesmo, e foi tudo bem fácil. O lugar do Eurostar é bem sinalizado. A imigração foi bem fácil e rápida, eu tinha todos os documentos na bolsa, preenchi o papel que eles dão, e a funcionária só me perguntou quanto tempo eu ia ficar lá e quando eu voltava para o Brasil. A viagem foi agradável e chegar no St. Pancreas foi muito conveniente.

Fui andando para o ASTOR MUSEUM INN, que era logo ao lado do British Museum. O albergue era muito bom, limpo, agradável, divertido. Todos as chaves dos quartos tinham chaveirinhos turísticos, e o albergue era decorado com frases de viagens, o que dava um clima legal. Os beliches vermelhos tinham lockers embaixo, e eles te alugam cadeados se o seu não for do tamanho apropriado. O wi-fi era bastante bom. Eu me senti muito segura na área.

De tarde saí para caminhar por BLOOMSBURY, fui até TRAFALGAR SQUARE, PICCADILLY CIRCUS e depois cheguei até o HYDE PARK. Estava bem cansada, então resolvi voltar para o albergue de metrô. Comprei um TRAVELCARD de uma semana. Uma passagem sozinha custa quase 5 libras, mas o passe de uma semana, contando o custo do cartão, que você pode devolver depois, é 35 libras. E vem em um Oyster Card, então você pode recarregar depois para continuar usando.

 

11/02 - Londres

Antes de ir para Londres, eu tinha pesquisado o preço das atrações. Vi que tinha muita coisa de graça, mas muitas das atrações eram bem carinhas. Vi o LONDON PASS, e resolvi comprar um de três dias e ir em todas as atrações mais caras nesse meio tempo. Comprei pela internet e fui buscá-lo no Soho. Depois peguei o metrô fui a TOWER OF LONDON, que eu queria muito visitar. O tour, com um dos guardas da Torre, os beefeaters, está incluído. O guarda era muito engraçado, e o tour com as informações da Tower passou em um instante. Depuis fui visitar alguns dos lugares famosos lá dentro, a Prince's Tower, as jóias da coroa, o traitor's gate, celas que abrigaram pessoas famosas como Lady Jane Grey, a rainha dos nove dias.

Almocei um gnocchi maravilhoso em um lugar ali do lado e fui para a TOWER BRIDGE, também incluída no London Pass. A Tower Bridge Esperience é subir na parte mais alta da ponte, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade, com muitas informações sobre os prédios ao redor. Bem legal.

Fui em seguida ao SHAKESPEARE'S GLOBE, reconstrução do teatro para o qual Shakespeare escreveu grande parte de suas obras. A reconstrução foi idéia de um ator americano, o que ainda faz os britânicos um pouco constrangidos, e é a poucos metros de onde o original estava. A reconstrução é tão fiel à época quanto possível, com as únicas concessões à modernidade para sprinklers e acesso para deficientes físicos. No verão, eles encenam peças no teatro. Há ainda uma exposição sobre a vida de Shakespeare com artefatos da época e uma lojinha excelente.

 

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12/02 - Londres

No dia 12 acordei e fui para o CHURCHILL WAR ROOMS, o antigo bunker que o Churchill usou na segunda guerra mundial. Depois da guerra, ele foi fechado como estava, inclusive com os pinos nos mapas indicando a posição dos exércitos, e foi reaberto como museu nos anos 80. Uma verdadeira aula de história. Tem uma parte sobre a vida dele.

Depois fui lá perto para WESTMINSTER ABBEY, a abadia onde estão enterradas a rainha Elizabeth I e Mary Stuart (ironicamente). O audioguide está incluído na entrada. Fiz o caminho sugerido, e adorei o passeio.

Fui fazer o tour do ROYAL ALBERT HALL, casa de concertos em que os Beatles já tocaram. O tour é bem legal, conta a história da construção do museu, e das mudanças para melhorar a acústica. Até assistimos um pouco do ensaio do Cirque du Soleil, que ia se apresentar de noite.

Como o Royal Albert Hall já é do outro lado da rua do HYDE PARK, aproveitei para passear lá. À noite fiz algo que raramente faço quando viajo e fui ver um filme: a entrada na rede Curzon também estava incluída no London Pass. Escolhi a cinebiografia de um dos maiores diretores britânicos: Hitchcock.

 

13/02 - Londres

De manhã fui até ST. PAUL'S, mas escolhi mal o dia: era quarta-feira de cinzas, e a catedral estava aberta para qualquer um, mas não podíamos subir para ver a famosa vista da cidade. No entanto, a Catedral é maravilhosa.

Fui depois para HMS BELFAST, navio de guerra ancorado no Tâmisa e aberto para visitação. Ele foi usado na Segunda Guerra. Apesar de muito interessante, não recomendo para quem estiver machucado ou muito cansado, já que temos que subir e descer muitas escadas. Melhor no início da viagem.

Fui até o BRITAIN AT WAR EXPERIENCE, sobre o qual tinha lido no livrinho do London Pass, mas estava fechado. Resolvi ir até APSLEY HOUSE, então, mas também estava fechado. Maldito livrinho desatualizado. Fui então até o WELLINGTON ARCH, lá perto. Lá de cima a vista do Hyde Park é bonita, e o museu tem uma coleção arqueológica legal.

Depois fui até o SHERLOCK HOLMES MUSEUM, pequeno museu não incluído no London Pass. O museu é uma reconstrução com objetos da época do apartamento como descrito nos livros. O endereço é inconfundível para qualquer fã: 221B Baker Street.

 

14/02 – Bath

De manhã peguei o trem para BATH, cidade a uma hora de Londres. Eu tinha comprado as passagens no Brasil, porque me avisaram que era mais barato com antecedência, e ficou por 25 libras ida e volta.

Fui à atração mais conhecida de Bath, as TERMAS ROMANAS, que são as mais bem preservadas no norte da Europa. Bath tem uma fonte natural de água quente, e você pode beber um copo ao fim do tour, se quiser.

Depois fui ao FREE WALKING TOUR oferecido pela prefeitura (ou seja, eles não pedem gorjetas). Tinha tanta gente que tiveram que dividir em dois tours. O guia era bem preparado, e tinha imagens antigas da cidade que podiamos comparar com o atual. Fomos a pontos famosos da cidade, conhecida pela arquitetura Georgiana, como o Circus e o Crescent, e a outros menos famosos. Também passamos em frente à casa da Jane Austen, que odiava Bath.

O tour acabou bem ao lado da PULTENEY BRIDGE, então resolvi ir lá vê-la. Antigamente todas as pontes eram construídas com lojas e casas, mas essa é a única nesse estilo que sobreviveu na Inglaterra.

 

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Oi, Júlia! Tô adorando seu relato! E suas fotos são maravilhosas ; )

Queria te perguntar algumas coisas, se você não se importar, já que também tô planejando um mochilão. Também quero viajar mais devagar.

Como você decidiu as day trips?

Qual foi o seguro saúde?

 

Obrigada!

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