Membros Luzazen Postado Julho 26, 2013 Membros Postado Julho 26, 2013 A idéia era passar 7 dias completos na Chapada e um ou dois dias em Salvador. Pesquisando aqui no fórum, comecei a quebrar a cabeça sobre como economizar ao máximo com passeios e transportes. A passagem foi comprada com um mês de antecedência pela Avianca , 570 reais ida e volta, São Paulo - Salvador . Para o trecho Salvador- Lençóis acabei comprando o passagem de ônibus, Rápido Federal (59 reais cada trecho). Cheguei à conclusão que a maneira mais barata seria alugar um carro em Salvador, porém essa opção teria o incoveniente de ter que dirigir sozinha todo o tempo ( meu acompanhante na viagem não dirige) e realmente eu não estava a fim de estresse com estrada, caminhos e caminhões rs, então preferi ir de ônibus mesmo. O avião também foi descartado ,pois os vôos só saem as 5as e Domingos, e eu não tinha flexibilidade de datas. 2a feira dia 15/7. Vôo as 8 h para Salvador saiu e chegou na hora, as 10:30. Como todo bom mochileiro, e com tempo para chegar na rodoviária, resolvi pegar o busão no aeroporto e quase me dei mal. Demorou pra passar, tinha recapeamento na Av. Paralela, chegamos na rodoviária de Salvador ás 12:40. Foi o tempo exato de pegar as passagens no guichê e comprar uns salgados para não morrer de inanição até a parada, que seria só as 18 h. Chegamos em Lençóis as 20 h, 1h mais que o previsto. A pousada Bons Lencóis, que reservei, tinha um transfer feito pela Chapada Adventure, que tive que ligar quando cheguei, pois não havia ninguém lá me aguardando ( embora o combinado por email tinha sido que haveria alguém lá). A pousada é simples, porém bem localizada, a uns 3 quarteirões do centrinho, e achei ótima a relação custo-beneficio, 105 a diária pra casal, quarto com ar condicionado, que nem usamos, ventilador, silencioso. O único inconveniente era um eterno cheiro de esgoto toda vez que entrávamos no quarto, mas que estando lá dentro, após alguns minutos não incomodava mais. Os lencóis (da pousada) nem são tão bons assim (rs), mas o conjunto agradou. O Daniel, que e o dono da Chapada Adventure, foi quem nos buscou. Como eu nao tive nenhuma idéia de passeio para o dia seguinte, acabei fechando com ele o passeio pelo famoso roteiro 1 com algumas alterações: gruta da torrinha, poço do diabo e por do sol no morro do pai Inácio, por 140 reais por pessoa. Não é a opção mais barata, mas certamente a mais pràtica. O aluguel de de um carro seria 100 reais, mais a gasolina, entradas e almoço, pra duas pessoas nao compensa tanto assim, fora o inconveniente de procurar os caminhos pra tudo e dirigir naquela Br. 242 cheia de caminhões ultra lentos. Eu realmente nao estava a fim de guiar nessa viagem. Queria descanso total ! Também não consegui contato de nenhum guia com carro, mandei um email pra associação dos condutores de lençóis que nunca foi respondido (vacilo dos caras). Enfim, acabei fechando o passeio de turista com agência. Deixando as coisas na pousada, fomos jantar. Perguntamos aqui e ali fomos parar no excelente Bodega, na Rua das pedras. Comi um refogadinho de carne com lasanha de beringela excelente ! um prato bem servido por 25 pilas. Valeu a pena. Fomos dormir cedo, cansados do dia. 3af. Acordamos umas 7:30. Café da manhã ok, frutas, pães, pão de queijo, bolos, tudo gostoso. Pontualmente 8:30 o jipe da agência estava lá pra nos pegar. 7 pessoas no total, uma família com dois meninos e um casal de japas maduro além de nós 2. Viagem de cerca de 1h até a gruta da torrinha. Após breve explicação do guia local sobre o percurso e procedimentos, entramos na caverna. O grupo era grande e o guia da caverna ( que e um específico pra isso) foi com o pessoal na frente, a mãe e os meninos, levando um lampião, e ficamos pra trás com o guia da agência (Enéas, figura). Acaverna é muito bacana, com formações raras e tal, e uma impressionante réplica em estalagmite do morro do pai inácio. Mas o percurso é longo e um pouco dificil em algumas partes, com um trecho escorregadio, frestas estreitas e uma parte que tinha que andar agachado. Dá umas 3h de passeio , vale a pena, mas achei mancada mandar um só guia com um grupo grande, e em nenhum momento ele parou para nos esperar. Como eu tenho um joelho muito zoado com ligamento rompido, tenho que fazer tudo mais devagar pra não escorregar. Por isso sempre acabo demorando um pouco mais. Saindo de lá fomos almoçar no restaurante da Lapa Doce (outra gruta próxima), razoável, buffet livre típico, e de lá fomos pro poço do diabo e rio mucugezinho, trilha tranqüila de 1km mais ou menos. Um poço gostoso com uma queda bonita. Última parada, subida no morro do Pai Inácio, cartão postal da Chapada. Na subida da trilha, uma cobra atravessou nosso caminho bem tranqüilamente rs. Nunca tinha visto uma cobra na trilha, foi especial. Pôr do sol magnifico, o tempo estava bonito. Como de costume, o dia amanheceu nublado e foi abrindo, ao longo do dia. Voltamos cansadíssimos pra Lençóis umas 18:30. Banho e jantar no Quilombola, ao lado do Bodega. Comi o famoso godó de banana com carne, bom, 19 por pessoa. Queríamos fazer o passeio pra Fumaça por cima, e acabei fechando mais esse com o Daniel da agência, mas nesse dia mesmo consegui o contato com um guia de carro, pra agendar o passeio pra cachoeira do Buracão. A agência cobraria 520 por pessoa com tudo incluso, achei muito caro, e além disso queria fazer o passeio nos dois últimos dia da minha estada na Chapada, e o passeio com a agência sairia antes disso. 4a f. No horário de sempre, o mesmo pessoal foi lá nos pegar. Os outros eram os mesmos do dia anterior, e mais o pais dos meninos que chegou esse dia, então eramos 8. Aqui, faço um adendo pra ressaltar o cuidado e atenção do Daniel, que enviou um guia a mais, pois eu disse a no dia anterior da nossa dificuldade em acompanhar o grupo na caverna (meu companheiro tem problema cardíaco e teve dificuldade na caverna). Chegamos na Fumaça umas 10:30 pra começar a subida. Na entrada da trilha, uma casinha da Associação dos Condutores do vale do capão, e um guia lá nada simpático, que falava o tempo todo quase excomungando a galera que ia subir a trilha sem guia, pra nao deixar lixo, arracar plantas, etc. Como se todos que sobem sem guia fossem esse tipo de turista, e todos os que vão com guia fossem monitorados o tempo todo pra nao arranca uma planta, ou deixar lixo. Achei o guia um mala. Entendo que o turismo é a fonte de renda da região, mas daí a coagir todos a contratarem guias, é demais. Sempre vai ter gente que contratar, e outros que não podem ou nao precisam, mochileiros que vão num esquema mais econômico de viagem. Todo mundo tem direito de fazer os passeios como bem lhe convier.Já vão deixar grana com comida e hospedagem. A fumaça é uma trilha razoavelmente tranqüila, dá pra subir sem Guia numa boa. Depois desse momento perrengue e idignação, com direito ao premio Mala sem alça pro guia da AC VC , comecamos a trilha. Eu, além de ter o joelho zoado, canso pra caramba pra subir, pois minha freqüência cardíaca sobe muito rápido, parei umas trocentas vezes pra recuperar o fôlego e o grosso do grupo nessas se distanciou, mas aí o Zenildo que era o 2o guia, nos acompanhou. Fizemos a subida em 2h 40. Lá em cima, visual fantástico da Fumaça, com pouca água, mas o suficiente pra fazer o belo espetáculo da fumaça se formando da água que nunca chega ao fundo. Eu nao consegui ver o poço, pois a pedra que tem que se deitar é meio inclinada pra baixo e me deu medinho e vertigem. Fiquei mais do lado e só vi uns 80 por cento do paredão, mas tá ótimo! Lanchamos, o lanche de trilha da agencia e ótimo, super completo, com 2 sanduíches, barrinha, fruta, suco de frutas, amendoim, bolo, etc. Achei melho nem comer muito pra não correr o risco de rolar na descida hehe. Descemos umas 14 h e para baixo todo santo ajuda né, claro que com cuidado, pois na descida o joelho reclama mais, até dei uma derrapadinha básica, sem maiores consequências. Ainda agüentei chacota do Zenildo lá em baixo, dizendo que a volta tinha sido em 2h, ou seja, na subida eu parei por 40 min pra descansar rsrs. Teve uma parada na cachoeira do Riaaachinho, na volta, mas eu preferi não ir e fiquei aguardando no carro. Depois daquela jornada master, não aguentava dar nem mais um passo. Retorno a Lençóis, banho e jantar. Dessa vez segui uma idicacao aqui do fórum e fomos comer no Beco's house, a famosa d. Ivandira, no bequinho ao lado de um larguinho que sai da rua das pedras, tem a farmácia Diamamnte lá e outros restaurantes. Comida boa, PFzão básico bem caseiro, 10 reais, ótima relação custo-beneficio. 5af. Dia 3. Depois dos 2 dias hard, resolvemos ficar mais de boa nesse 3o dia e tiramos a manhã de folga de passeios. Lá pelo meio dia fomos desbravar o caminho pro Serrano e a Cachoeira da Primavera. Logo de e cara erramos a trilha e pegamos uma trilha que sairia no vale do capão, depois de 80km. Felizmente, bem antes disso, percebemos que algo estava errado. O celular ainda tinha sinal, liguei pro Daniel e ele me disse que era a trilha errada. Voltamos e aí sim chegamos no Serrano, uns 15 min de caminhada depois que passa hotel de Lençóis. Muito bacana, poços e muitos turistas e locais. Como queríamos seguir até a Cachoeira da Primavera, perguntei a um menino, este foi um momento hilário davia iagem. Eu: Ô menino, da onde sai a trilha pra Cachoeira da primavera ? Ele: sai dali, mas e difícil chegar lá sozinho. Eu sou guia, posso te levar. Eu: mas eu quero ir sozinha, me disseram que da, é fácil de ver a trilha, nao é ? Ele: nao, nao dá não, é complicado ! Aí o menino chama o amigo, que estava perto, e pergunta a ele: - ô, nao e difícil chega lá na Primavera ? E o outro menino : é não!! Kkkk. Aí o primeiro ficou com cara de tacho, deu uma cutucada no outro, e ele rapidamente percebeu a gafe e disse: é, difícil !!! E eu rachando o bico. Subi a trilha e depois de uns 15 min, chegamos na Cachoeirinha, uma queda d' água pequena e fraca, mas bem gostosinha (boa pras crinaças). De lá perguntamos e tem que seguir a trilha pelo outro lado do rio. Na verdade, lá do serrano, pode-se pegar duas trilhas pra Cachoeirinha, ou pela direita ou pela esquerda dos poços. Como havíamos pego pela eireita,daquele momento, pra continuar subindo até a Primavera, o único caminho possível era pela direita Mais uns 20 minutos, chegamos lá. A cachoeira é bonita, escondida entre pedras enormes. Ficamos um pouquinho, pois já era meio tarde, e voltamos. Infelizmente nao achei a trilha pro Poço do paraíso, nem pro mirante, e nem pro Poço Halley e o Salão De areias coloridas, que estão todos próximos do percurso que fiz, mas vai ficar pra próxima. Nesse dia, como voltamos mais cedo, resolvemos experimentar o restaurante daTiia Zilda, lá no larguinho da farmácia, e foi excelente. Carne de sol com pirão de leite, feijão tropeiros arroz, muito bom ! Ultra bem servido, 21 reais por pessoa bem gastos para mais um dia sem almoço. Alias, normalmente minhas viagens se configuram da seguinte maneira no quesito alimentação : café da manha farto, lanche de trilha e almanta, que é o almoco e janta aglutinados. Embora pra pousada e cama! Nesse dia, falei com o Mateus, que e um dos poucos guias com carro de lençóis, e fechamos o passeio pro pros poços encantado, azul e a cachoeira do Buracão pro domingo e 2a feira. Consegui falar na pousada Casa da roça de ibicoara, pra dormir lá de domingo pra 2a.A pousada foi indicação aqui no fórum, pelo excelente cafe da manhã. O preço era 100 a diária, e ela cobraria mais meia diária pra podermos retornar do buracão à tarde e tomar banho pra retornar a lençóis. Tudo acertado pro grande momento da viagem. 6a f. Mais um dia light. O dia anterior que era pra ser de descanso, acabou. Sendo meio puxadinho, pois a trilha pra Primavera não é super longa, mas é íngreme e cansa um pouco, além das erradas de trilha que nos fizeram caminhar a mais. Meu joelho nesse dia ficou dolorido, então na 6a feira, que estava programando pra talvez ir na cachoeira do mosquito, acabei optando por outro passeio mais fácil e fomos caminhando para o ribeirão de baixo, seguindo a rua da pousada. Uns 4 km de caminhada, chegamos ao rio. Fomos seguindo áté o local que forma um ótimo poço ladeado por pedras lagarteantes ao sol. Nao tinha quase ninguém, apenas uma família. E uns 3 mochileiros do outro lado do rio. Esse foi o dia mais bonito, que amanheceu limpo e assim ficou o dia todo. Ficamos lá um bom tempo curtindo aquela tranqüilidade. Depois tentamos seguir o caminho pro ribeirão do meio, mas novamente não encontramos a trilha. Tem uma trilha que vai bem junto às pedras do rio, que num ponto forma um mini canion de uns 20m de altura. E nesse ponto a trilha ficou bem fechada e achei melhor voltar. Uma pena, mas também o dia foi pra descansar, e não desbravar trilhas meio encobertas. Voltamos cedo, umas 16:30, e voltamos no Bodega. Dessa vez o prato foi um frango com cogumelos hirataki, 23 reais, sensacional. No dia anterior, tinha pesquisado na internet opções de passeios que nao fossem cachoeiras com trilhas íngremes, acabei descobrindo a trilha pra Águas Claras, que sai proxima ao pai Inácio. Vai até este poço, são 6km. Esta trilha pode ir até o vale do Capão pordentro do parque, mas aí sao 12km e achamos muita coisa. Como já tinhamoss economizado em 2 dias fazendo passeios próximos, falamos com o Daniel e fechamos com ele, que seria 160 pilas por pessoa. Como foi decidido meio de última hora, também não deu pra fazer com o Mateus, que já tinha outro passeio agendado. Sábado. Nesse dia às 8:45 o pessoal da Chapada Adventure passou pra nos pegar, com mais um casal maduro e veterano da chapada, uns soteropolianos bem simpáticos. O Daniel nos deixou lá no início da trilha com o guia Pedro, gente boa. A trilha é uma delicia, plana quase o tempo todo. Aberta, com visual dos morros da Chapada doscdois lados. Depois de 2 horas caminhando chegamos em no poço Águas claras (que tem este nome por ser uma água de cor normal, e não cor de coca cola como a maioria dos rios da Chapada) Um poço pequeno e delicioso com uma queda pequena, pra ficar meio sentado levando uma ducha nas costas, muito bom ! Eu adorei esse passeio, meu joelho também rsrs. Sem muitas pedras, sem muita subida nem descida, um visual fantástico. Voltamos umas 15 h, e demos uma passada num orquidário, que eu queria conhecer. Nao era uma época boa, tinta poucas orquídeas, mesmo assim eu gostei. Valeu os 10 reais da entrada. Voltando, como era cedo, resolvemos fazer um lanche e jantar mais tarde. A opção foi uma tapioca no já familiar larguinho da farmácia ,ao lado da Tia Zilda (esqueci o nome). Comi uma tapioca de carne seca com rúcula e queijo, bem gostosa, 10 reais, e mais um açaí que tem na rua das pedras, 9 reais com cupuaçu, acabou virando a janta ! Ficamos pela centro pois ia rolar uma mostra de dança de Lençóis ali na praça. Achei que ia ser tipo um encontro de dançarinos, mas parecia mais apresentação de fim de semestre de uma escolinha de dança, com crianças se apresentando. Assistimos um pouco e voltamos pra pousada. Domingo. Fizemos o Check out na Bons Lençóis e um pouco antes da 9h, o Mateus estava lá pra seguirmos viagem. O carro dele é um Golf novo com banco de couro e ar condicionado, até perguntei como ele não tem pena de andar com o carro por aquelas estradas de terra mal conservadas da Chapada, mas o Mateus é super esperto, dirige muito bem e colocou uma suspensão a gás no carro. Ele também manja de mecânica e conserta o próprio carro. Além disso, é véio de guerra nos caminhos da Chapada, conhece tudo (apesar de ter só 30 anos), e também faz rapel desde moleque.Ele teve a façanha de descer os 3280 metros da Fumaça de rapel. Enfim, o Mateus é O CARA. Recomendo super fazer contato com ele quem vai pra lá, fica bem mais em conta que agência. Além disso ele é gente boa, se vc quiser conversar ele conversa, se não quiser ele fica na dele. Ainda volto na chapada pra fazer uns rapel com ele rs. Tel do Mateus (75) 99668363. Pode dizer que foi a Luciana de S. Paulo que indicou. Ele cobrou 600 reais pelo passeio de 2 dias, só pelo carro e pra levar. Ainda precisei pagar as entradas (20 poço encantado, 15 poço azul e 3 buracão), e o guia local de Ibicoara pro Buracão (obrigatório) mesmo assim saiu bem mais barato que o passeio da Chapada Adventure, que era 520 por pessoa com tudo incluso (hospedagem em Mucugê, almoço nos dois dias e lanche de trilha). Cotei com um outro guia de carro lá em Lençóis que pediu 800 pelo mesmo serviço, então eu super recomendo ir com o Mateus. Vc não tem que se preocupar em achar caminho, nem dirigir, nem nada. É só entrar no carro e curtir. Fomos direto pro poço Encantado, que fica a 1h30 mais ou menos de percurso, em Andaraí. Este é o melhor roteiro, apesar de ser meio contramão, pois o poço Azul fica antes no caminho, mas o horário que o sol bate no Poço Wncantado é das 9 as 13, e no poço Azul das 12 as 14:30 mais ou menos, então tem que ser dessa maneira pra pegar sol nos dois poços. Maravilhoso, sem comentários. O tempo estava nublado até entrarmos no poço, aí lá dentro São Pedro teve dó da gente e um belo raio de sol iluminou o poço, igualzinho às melhores fotos. Incrível !!! Dentro da gruta do poço, o dono resolveu escavar degraus nas rochas, pra facilitar o acesso, e por causa disso foi multado em 50 mil pelo Ibama, e o poço ficou 3 anos fechado. Isso o Mateus quem contou. Saímos de lá meio dia mais ou menos e fomos por uma estrada de terra pro Poço Azul. Você toma uma ducha antes de visitar, pois nele o banho é permitido (com coletes salva vidas, máscara e snorkel, inclusos na entrada). a temperatura da água é deliciosa, a mesma do ambiente, praticamente, e a sensação é de estar levitando em cima de um precipício de 65 m, pois a visibilidade é incrível. Além daquela água de um azul que chega a doer o olho. O raio de sol que entra é bem maior que o do poço encantado, faz um desenho lindo no fundo do poço. Eu simplesmente amei. Ficaria lá o dia todo, mas só deu pra ficar uns 20 min. Pelo menos éramos apenas 4 pessoas quando estive lá. Saí de lá completamente em êxtase, e almoçamos lá mesmo, um buffet bem típico por 17 reais, delicioso, recomendo. Tinha até o tal do mamão salgado que eu ainda não tinha provado (muito bom), além do refogado de palma(um cacto), galinha caipira, carne de sol, feijão tropeiro, tudo do bom e do melhor. E aceita cartão, tanto pro almoço como pras entradas do poço. Saindo de lá, próxima parada foi a incrível Igatu, a cidade de pedra. Igatu floresceu na época do garimpo, com a decadência e por fim proibição do mesmo , a cidade ficou meio abandonada e hoje vive do turismo. Tem um casario de pedra bem antigo, bonito, e no meio daquilo tudo um incrível museu de arte contemporânea, com mostras itinerantes e um Café com um sorvete caseiro maravilhoso ! Uma surpresa agradável. Depois, ainda passamos no bar de Igatu, cujo o dono, o seu Guina, é uma figura que eu gostaria de ter conversado um pouco mais. Nos mostrou alguns diamantezinhos brutos e um lapidado. Aproveitei pra tomar uma tubaína bainana hehehe. Deixamos Igatu umas 17 h e vimos o pôr do sol mais bointo da viagem na estrada. Chegamos em Ibicoara às 18, tudo fechado, nem um mercadinho pra contar história, e fomos pra Casa da Roça, que fica a 4 km da cidade. A dona, a Bárbara, fez a gentileza de nos preparar um café bem legal como lanche (10 por pessoa). O Mateus voltou pra cidade, pois a Casa da Roça não fornece hospedagem aos guias. A pousada é bem simples, porém com frigobar e ventilador. Foi indicação da Samantha aqui do fórum, sobretudo pela propaganda que ela fez do café da manhã. Realmente o café é muito bom, com pães caseiros, omeletes e panquecas de banana, geléias, etc. Mas se eu voltar pra Ibicoara, não ficarei lá de novo. Eles me cobraram meia diária a mais pra eu deixar as malas no quarto e poder voltar do Buracão e tomar um banho, sendo que não fiquei nem 24h na pousada e ela estava vazia, pois era uma segunda feira. Além disso, não hospedam os guias. Acho que poderiam ser mais flexíveis. Então acabei pagando 75 pela diária e meia, achei meio caro. 2a feira, tomamos o célebre café da manhã, aí como não tínhamos achado nada na cidade no domingo, perguntei se poderia levar algo do café para o nosso lanche. o Daniel que é um uruguaio, dono da pousada, marido da Bárbara, disse um "pode " não muito convincente, fiz só um sanduíche de pão com queijo pra cada um. Achei estranho, pois a Samantha tinha escrito no relato dela que o lanche deles (o grupo) que foi com ela, foram as sobras do café da manhã. Não tinha mais ninguém na pousada além da gente e nem comemos muito, enfim... O guia Joábio (outra indicação aqui do fórum ) tel. (77) 91516431 Tim, http://www.facebook.com/joabio.xavier, um rapaz de 25 anos super simpático, estava lá às 8:30 pra irmos pro Buracão. O Mateus nos levou até lá, dá 1h de viagem mais ou menos por uma estrada de terra bem ruim. Chegando lá no começo da trilha, Mateus ficou nos esperando no carro e fomos com o Joábio pra trilha. Dá mais 1h de trilha, entre pedras e cactos, e passa-se por mais três cachoeiras : o buracãozinho (!) e a cachoeira das orquídeas e uma cachoeira lá perto do Buracão, que esqueci o nome, enorme. Chegando perto do cânion do Buracão, existem duas opções : Ou você vai nadando ou vai pela borda do cânion pra chegar na cachoeira, tendo que para isso atravessar uma pinguela estreita com uma cordinha pra se equilibrar. Eu preferi ir nadando (também com colete salva-vidas que o monitor do parque oferece), e o Joábio foi pela borda com meu companheiro, e tirando fotos minhas. Aliás ele tira excelentes fotos, se interessa pelo assunto e já aprendeu várias dicas com os fotógrafos que guiou na vida. Realmente, a cachoeira do Buracão é impressionante. 85m de queda dentro de um cânion é uma visão magnífica, que só se alcança quando se está bem próximo à queda Ainda tivemos o privilégio de ter a cachoeira só pra nós 3 até o meio dia, pois a maioria do pessoal que vem por agência de Lençóis dorme em Mucugê ou Igatu, que têm mais estrutura turística que Ibicoara. Eu recomendo fazer exatamente como eu fiz, dormir em Ibicoara (tem outras opções de pousada lá), e chegar cedo e ter uma cachoeira só pra você. Ficamos até meio dia lá, aí começou a dar frio, e assim que subi da água e devolvi o salva vidas chegou uma turba de umas 25 pessoas. Maravilha, timing perfeito. Pegamos a trilha de volta e paramos na cachoeira das orquídeas, que tem uma queda ótima, não muito forte, para lanchar e voltar. Chegamos na Casa da Roça umas 16h foi o tempo de tomar um banho e seguir viagem. Paradinha rápida em Mucugê pra tomar um lanche (não deu pra ir no projeto Sempre viva devido ao horário), chegamos uma 20h em Lencóis. Ai jantamos novamente na Tia Zilda, aquele prato master e fomos pra rodoviária esperar o ônibus pra Salvador, às 23:30. A viagem levou 7:30 horas, com direito a um pneu furado que foi consertado sem a necessidade de ninguém descer do ônibus, lá pelas 5 da manhã, depois de Feira de Santana. Terça feira 23/7. Chegamos as 7h em Salvador, taxi até o hotel BarraMar na Barra, perto da praia (média de 140 a diária pro casal, reserva pelo Booking). Hotel simples, com um quarto razoável, porém um banheiro minúsculo, que tinha que fazer contorcionismo pra entrar no boxe, e um café da manhã simples, com vários bolos porém poucos frios (só queijo cheddar, bleargh). Mas pelo preço e localização, até que valeu, acho. Descansada básica, `a tarde volta nas praias do Farol da Barra e Porto da Barra, almoço na Barra (fraco, 15 reais por um risoto de frutos do mar), visita à igreja ao lado do Forte São Diogo (vista incrível da praia do porto da barra), Sorvete e açaí (bons!), e à noite fui assistir a um concerto de música contemporânea com a Orquestra da UFBA, lá na reitoria, no Canela. Fui lá também para rever uns amigos músicos que lecionam na UFBA. De lá fomos no Beco do Francês, no Rio vermelho, comer um arroz de polvo bestial. E muita cerveja e conversa, claro. Voltamos de táxi pra Barra. 4a Feira. Visita ao Mercado Modelo e Centro Histórico de Salvador eu já conhecia), o pelourinho e centro cheios de bandeirinhas do São João (ainda!), almoço no restaurante do Senac no Pelourinho (muito bom, 29 reais o quilo), volta ao hotel. Nos cobraram 10 reais a hora adicional pelo late check out, e às 15h pegamos o táxi pro Aeroporto (80 reais). Estava 30 graus em Salvador, chegamos em São Paulo (depois de um atraso de 2h30 no vôo) e aqui, chovendo e 6 graus em Guarulhos, baita choque térmico rs. E assim acabou essa fantástica viagem à Chapada, que certamente voltarei algum dia. Gasto Total da Viagem: 2500 reais. Dá pra gastar menos, se economizar mais nos passeios, dividindo com mais gente ou alugando o carro de Salvador, e gastando menos nas refeições. Apesar que achei os 20 ou 25 por pessoas gastos em Lencóis muito bem empregados hehehe. Consideração Final : Esta foi a primeira viagem que eu não me emputeci com guias turísticos ou pousadas. Ou seja, a primeira viagem que não tive nenhum perrengue muito grande desse tipo. Na Casa da Roça poderia ter tido o atendimento mais cordial, porém o combinado não é caro, eu fui sabendo que teria que pagar a meia diária a mais e concordei. Pro Daniel da Chapada Adventure, só tenho elogios. Ele é um nativo da Chapada que trabalhou anos na pousada onde fiquei, e conseguiu empreender a agência com muita competência, profissionalismo e sensibilidade. É mais caro, mas você não vai ter aborrecimentos. E ele não fica querendo te empurrar o passeio dele, te oferece o que você quer fazer. Nós fechamos o Águas Claras e não ia mais ninguém, depois da gente ele arrumou mais dois pra ir. E sempre sensível às suas necessidades. Alías, ele está prestes a se tornar uma agência com acessibilidade, pois já levou um cadeirante a uns passeios, agora em julho. Está se equipando pra isso. Quanto ao Mateus, também tudo de bom. Um super motorista e guia autônomo. O único perrengue que tive foi com os taxistas de Salvador, que sabidamente querem nos enrolar. Dizem que sabem e não sabem, tome cuidado. De resto, VIVA A CHAPADA ! (Fico devendo as fotos, coloco assim que tiver tempo) 1 Citar
Membros vanessabicudo Postado Fevereiro 10, 2015 Membros Postado Fevereiro 10, 2015 Adorei o seu relato. Esclareceu algumas dúvidas e me deu várias ideias, além dos contatos dos guias o que é sempre bem vindo Citar
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