Membros de Honra ogum777 Postado Fevereiro 22, 2009 Membros de Honra Postado Fevereiro 22, 2009 Folha de São Paulo, 22/02/2009 - caderno ciência Mar subirá 1,80 m até 2100, diz estudo Cálculo de cientista alemão feito com dados mais robustos revê previsão oficial do painel do clima da ONU em 200% Medições feitas por francesa comprovam que velocidade do fenômeno -alimentado pelo aquecimento global-aumentou para o dobro EDUARDO GERAQUE ENVIADO ESPECIAL A CHICAGO A velocidade com que o nível do mar está subindo agora é quase o dobro daquela verificada no século 20. Já se sabia que o fenômeno -alimentado pelo aquecimento global- era grave, mas os dados mais recentes, coletados desde 1993, mostram que a elevação da linha d'água até 2100 será de 1,80 metro, mais do que o dobro da prevista pelo painel do clima da ONU. "Entre 1993 e 2008, a taxa média global registrada foi de 3,4 mm por ano", disse à Folha a pesquisadora francesa Anny Cazenave, do Centro Nacional de Estudos Espaciais de Toulouse (França). Esse número, obtido por medições de satélite que geraram uma série histórica inédita, ganha um ar de gravidade quando comparado a outro: entre 1950 e 2000, a elevação média do mar era de 1,8 mm por ano, diz a cientista. "Mas a maior surpresa não é essa", diz Cazenave, que apresentou suas recentes medições -processadas até dezembro- na reunião da AAAS (Sociedade Americana para o Avanço da Ciência), encerrada na semana passada em Chicago. "As causas dessa aceleração do nível do mar também mudaram", diz. Entre 2003 e 2008, o derretimento das geleiras e dos mantos de gelo (Groelândia e Antártida) contribuiu com 80% da elevação. A expansão térmica -o aumento de volume da água pelo aquecimento- ajudou com cerca de 20%. Na virada do século, porém, o cenário ainda era diferente. Entre 1993 e 2003, o aquecimento da água do mar explicava 50% do fenômeno, enquanto as massas de gelo respondiam por 40%. (Ainda não existem dados para explicar os 10% que fechariam a conta.) Para os cientistas, não há dúvida: as atenções devem ser voltadas agora para regiões como o Ártico, a Antártida e as demais geleiras continentais. Entre essas áreas, o norte da Terra é o mais rico em gelo. Um metro a mais "Hoje, tanto os mantos de gelo quanto as geleiras continentais [na Antártida, na Groelândia, nos Andes ou no Himalaia] têm igual relevância, mas tudo indica que os primeiros serão cada vez mais importantes daqui para a frente", disse Stefan Rahmstorf, pesquisador da Universidade de Potsdam (Alemanha), que apresentou suas pesquisas no evento da AAAS, às margens do rio Chicago. As contas do pesquisador alemão sobre o futuro do nível médio do mar indicam que os modelos apresentados até hoje estão otimistas demais. "Em 2100, posso dizer agora, o nível dos oceanos deverá estar aproximadamente um metro acima do que estava previsto pelo modelo [mais pessimista] do IPCC", o painel do clima das Nações Unidas que contou com a participação de Rahmstorf. Acreditava-se que nível do mar não deveria subir mais do que 60 cm até 2100 (comparado com 1980-1999). Agora, porém, estima-se a marca de 1,80 metro. "E o nível do mar não vai parar de subir em 2100. Ele poderá chegar até 3,5 metros em 2200 e bater os 5 metros em 2300", disse Rahmstorf. No passado, mostrou o pesquisador, o nível do mar atingiu o pico há 40 milhões de anos. As águas estavam mais de 70 metros acima do que estão hoje. Apesar de um nível do mar elevado não ser novidade para o planeta, a espécie humana, que surgiu há apenas 200 mil anos, nunca viu algo assim. De acordo com Cazenave, as medições já feitas nestes últimos 16 anos mostram três regiões onde a subida do nível do mar já é realidade. "As áreas mais afetadas são o oeste do oceano Pacífico, o litoral da Austrália e também a Groelândia", diz a cientista. Como as previsões não são uniformes, e levam em conta valores médios, uma pergunta de interesse pessoal foi feita por um espectador da palestra em Chicago. "Sou da Flórida. Quero saber o que vai ocorrer lá", disse. "Vocês [cientistas] é que têm de dizer onde o mar subirá nos próximos anos." Mas os cientistas silenciaram, e a questão também continua aberta para quem vive na Califórnia, no Taiti ou no Recife. Diante da dúvida, o melhor que cidades costeiras têm a fazer é se prepararem para o pior. ------------- aqui um adendo meu. passei parte de minha infância em recife. lembro da shistórias de locais que o mar tinha engolido. lembro de uma foto de um amigo dos meus pais. quando perguntaram onde tinha sido tirada a foto (o cidadão tava em cima de um muro), ele apontou pra dentro do mar uns 50 metros e falou: "era ali". isso faz uns 30 anos. agora fiquei sabendo que umas praias que eu frequentava na boa viagem praticamente não existem mais....
Membros de Honra Sandro Postado Fevereiro 23, 2009 Membros de Honra Postado Fevereiro 23, 2009 O mundo está em colapso e as pessoas que ainda não estão sentindo os efeitos direto na pele não enxergam as extensões dessa catástrofe. Em 2005 na Cordilheira Branca, no norte do Peru, a geleira Broggi desapareceu devido ao aquecimento climático. Nos últimos 20 anos, as geleiras ao longo da Patagônia diminuíram entre 10% e 20%. A geleira Viedma é a que mais degelou no sul da Argentina, e segundo estudos e acompanhamento pode desaparecer junto com muitas das geleiras menores da Patagônia nos próximos 20 ou 30 anos. As geleiras que mais estão perdendo massa comprovadamente devido ao aumento da temperatura estão na Europa. Na Noruega tem geleira que regrediu mais de 3 metros em 2006. Antes, em 2005, a diminuição havia sido de 30cm. Nos Pirineus, a situação também é semelhante. No Alaska vilarejos estão afundando devido ao derretimento da camada congelada do subsolo e suas populações tendo que abandonar as casas. A diminuição do gelo dificultou a vida de animais como os ursos polares, que caçam na periferia das áreas congeladas, assim como as áreas de reprodução e amamentação das focas estarem acompanhando os limites das plataformas de gelo que recuam. Consequentemente isto está fazendo com que povos Esquimós migrem cada vez mais para o norte também. Cientistas especializados em assuntos relativos a atmosfera previram que o aquecimento global mostraria sua face, em breve, nas regiões do norte. O que estão descobrindo agora só confirma os seus receios. Enquanto a temperatura global aumentou 0,55º C nos últimos 100 anos, no Alasca, Sibéria e Noroeste do Canadá o aumento foi de 2,75º C em 30 anos. Agora até mosquitos estão sobrevivendo e se reproduzindo no deserto polar. No Tibet a situação também já é crítica, segundo um relatório da ONU de 2007, caso continue o ritmo anual de aquecimento global, 80% das geleiras do Himalaia terão derretido em 30 anos, o que ameaçará o fornecimento de água de um sexto da população mundial. Outros estudos são mais otimistas. Segundo a Avaliação de Mudança Climática Nacional da China, em 2050 cerca de 27% das geleiras do planalto tibetano terão derretido. Em geral, as geleiras na área recuaram 74 metros em 2006 e a incidência de avalanches no Everest associadas ao aquecimento climático só tem aumentado, matando alpinistas e Sherpas. Centenas de Ilhas da Micronésia como as Ilhas Marshall e da Polinésia Francesa estão sendo destruídas por ciclones cada vez mais constantes e pela elevação do nível do mar, o Atol de Morurôa que se recupera da contaminação por radiação nuclear dos testes efetuados pela França até meados de 1995 teve mais da metade de sua área submersa em 2006. Os países de Kiribati e Tuvalu também estão sumindo sob as águas. O aumento na temperatura dos oceanos associado a poluição estão matando colônias de corais ao redor do planeta. As previsões variam. Alguns dizem que, em 50 ou 100 anos, 90% dos os recifes estarão mortos. Sem dúvida, isso causará um colapso na economia de muitos países, que têm hoje a pesca e o turismo em áreas recifais como fonte de renda. Um quinto dos recifes de coral já morreram ou foram destruídos devido aos efeitos das alterações climáticas, estando os restantes em situação de grande vulnerabilidade, revela um novo estudo da rede Global Coral Reef Monitoring, divulgado na cúpula climática da ONU, realizada na Polônia recentemente. Em Abrolhos na Bahia 10% da área de cobertura das colônias analisadas já sumiu em três anos, Com os níveis de progressão atuais, até 2100, 60% das colônias dos Corais Cérebro (endêmicos do litoral do Brasil) poderão morrer. “No Caribe, a cobertura viva de corais já caiu de uma média de 55% em 1977 para 5% em 2001, enquanto as macroalgas que os substituem aumentaram de 5 para 40%”, diz Jeremy Jackson, um dos ecologistas marinhos mais influentes da atualidade. Só na Costa Rica nos últimos 20 anos se extinguiram mais de 100 espécies de sapos devido as mudanças climáticas. Outra área crítica é o aumento de problemas de saúde, especialmente a massificação das doenças tropicais como a malária e a dengue, que, nos últimos anos, alcançou proporções de epidemia. Terça feira (17) enquanto as potências mundiais voltavam suas atenções para Jerusalém onde Shimon Peres se decidia qual partido iria formar o novo governo liderando o parlamento um gigantesco bloco de gelo, maior que a ilha do Havaí, se desprendeu da placa de gelo de Wilkins, na Península da Antártida. Segundo informações do Conselho Superior de Pesquisas Científicas, CSIC, da Espanha, o bloco se separou do continente devido aos efeitos do Aquecimento Global. O enorme bloco de gelo de 14 mil quilômetros quadrados se fragmentou em uma série de icebergs gigantes que estão à deriva no Atlântico Sul e estão sendo monitorados por uma equipe de cientistas do CSIC, que está analisando o impacto da ruptura sobre o ecossistema do Mar de Bellingshausen. A equipe de oceanógrafos já havia observado que a frente de gelo do Mar de Bellingshausen havia retrocedido pelo menos 550 km nas últimas duas semanas, além das temperaturas da água do mar estarem extraordinariamente mais quentes na região. Em março de 2008 uma parte da extremidade da plataforma já havia se desintegrado, colocando em risco a maior parte da geleira. Apesar do aumento da temperatura ter desempenhado papel decisivo no evento, diversos abalos sísmicos maiores que 5.0 graus ocorridos ao longo da Dorsal pacífico Antártica podem ter contribuído. Nos últimos 50 anos a península antártica experimentou uma elevação de meio grau centígrado por década, considerado o maior aumento de temperatura registrado no planeta. De acordo com os pesquisadores, a ruptura recente do bloco e sua fragmentação terão efeitos significativos no aumento do nível do mar com efeitos ainda não previstos nos ecossistemas antárticos. Em 04 de novembro de 2003 o gigantesco iceberg B-15 se rompeu em dois grandes pedaços a leste-nordeste da Ilha Ross, no Mar de Ross, na Antártida. Dois anos depois, um dos enormes blocos chamado B15-A, de 129 km de comprimento, encalhou na região extrema de McMurdo Sound e impediu durante muitos dias que as correntes marítimas levassem o gelo acumulado na direção ao Mar de Ross. Na ocasião o bloqueio se tornou um grande problema para os pinguins, que tiveram que caminhar uma distância muito maior até alcançar o mar aberto para se alimentarem. Três meses depois o B-15A, novamente à deriva, se chocou com a extremidade de 5 quilômetros da lingueta de gelo de Drygalski, partindo-a. Diversos são os processos que causam a formação ou nascimento de novos icebergs, entre eles a ação dos ventos e das ondas, a colisão com outros icebergs ou o colapso da montanha, que não consegue suportar a si mesma. O "nascimento" de icebergs iguais a esse na Antártida ocorrem todos os anos e é parte do ciclo natural da camada de gelo. Um estudo feito com base nos últimos 30 anos mostra que grandes icebergs se rompem em períodos entre cinco e dez anos, mas esse período parece estar encurtando provavelmente devido às mudanças climáticas atuais. Localização da Plataforma de gelo Wilkins (Parte superior a esquerda): http://nsidc.org/data/iceshelves_images/images/wilk.jpg Plataforma Wilkins em 27 de dezembro de 2008 (Parte superior a esquerda): ftp://sidads.colorado.edu/pub/DATASETS/ICESHELVES/wilkins/wilk_2008362_1315_modis_ch02.png Plataforma Wilkins após colapso em 17 e fevereiro de 2009 (Parte superior a esquerda): ftp://sidads.colorado.edu/pub/DATASETS/ICESHELVES/wilkins/wilk_2009048_1430_modis_ch02.png Acompanhe o colapso da plataforma Wilkins: http://www.esa.int/esaEO/SEMWZS5DHNF_index_0.html Matéria do CSIC: http://www.csic.es/wi/VisualizarDocumento.jsp?id_object=0902bf8a800fa155&user=usuario-internet&docbase=CSIC_PROD Matéria do Centro de Dados Nacional de Neve e Gelo da Universidade do Colorado – NSIDC: http://nsidc.org/news/press/20080325_Wilkins.html http://nsidc.org/pubs/notes/63/Notes_63_web.pdf [creditos]Revista Scientific American Marine Pollution Bulletin Revista Super Interessante Conselho Superior de Pesquisas Científicas – CSIC / Espanha Centro de Dados Nacional de Neve e Gelo da Universidade do Colorado – NSIDC / NOAA Agência Espacial Européia - ESA[/creditos]
Admin Silnei Postado Fevereiro 23, 2009 Admin Postado Fevereiro 23, 2009 A National Geographic produziu um documentário chamado Six Degrees Could Change the World que fala do que provavelmente aconteceria se houvesse um aumento de 6 graus na temperatura média do planeta. Eles mostram os possíveis efeitos grau a grau até + 6 . Infelizmente não consegui achar legendado no Youtube, mas pra quem está interessado, segue em inglês: [t1]+ 1 grau[/t1] [t1]+ 2 Graus[/t1] [t1]+ 3 Graus[/t1] [t1]+ 4 Graus[/t1] [t1]+ 5 Graus[/t1] [t1]+ 6 Graus[/t1]
Membros de Honra ogum777 Postado Fevereiro 23, 2009 Autor Membros de Honra Postado Fevereiro 23, 2009 o interessante é que o mundo não vai acabar. os mares já estiveram a 70 metros mais altos do que atualmente, e tb um outro tanto mais baixos. agora, a vida humana roda, junto com 90% dos tipos de vida por hora existentes. insetos com certeza vão adorar. a mosquitaiada pode virar a forma de vida predomintante, assim como baratas. as espécies de frio sentirão muito. as espécies de calor ampliarão sua cocupação. o mesmo vale par adoenças. progressivamente teremos as doenças tropicais avançando par ao sul e para o norte do planeta. não nos espantemos com o aumento de casos de malária, febre amarela e outros.
Membros de Honra ogum777 Postado Fevereiro 23, 2009 Autor Membros de Honra Postado Fevereiro 23, 2009 apenas confirmando o que disse no post anterior, duas notícias interessantes. vejam que não se liga, na notícia, a ocorrência como efeito do aquecimento global. claro, a culpa é só do mosquito.... uma notícia é de 2007, outra, mais ipressinante, é de 2009. febre amarela no rio grande do sul.... da folha de são paulo: 11/05/2007 - 09h26 Quase extinta, malária ressurge em São Paulo Publicidade JOSÉ ERNESTO CREDENDIO da Folha de S.Paulo Doença normalmente associada aos grotões do país, a malária sofreu uma explosão de casos entre o último trimestre de 2006 e março na cidade de São Paulo. No período, foram confirmados 67 casos, contra seis de 1990 até o terceiro trimestre do ano passado. Além de São Paulo, houve transmissão de casos (chamados autóctones) neste ano em apenas outras cinco cidades do Estado --Bertioga, Juquitiba, Mogi-Guaçu, Pariquera-Açu e Rifaina. Em 2007, houve um caso em cada uma delas. Duas hipóteses, levantadas por especialistas no assunto e pela Secretaria de Estado da Saúde, explicam o aumento. A primeira é desmatamento, que leva as pessoas a entrar em contato com o mosquito transmissor --a zona sul da cidade de São Paulo, local onde se concentram os casos, é a principal região de mata da cidade e alvo de ocupações irregulares. A outra explicação cogitada é a melhoria do sistema de notificações do problema. Zona sul Desde a década de 90, o recorde de doenças foi registrado em 1986, quando houve 75 confirmações. Com exceção do ano passado, não havia mais de 30 casos no Estado desde 1993. O foco em São Paulo foi descoberto no final de 2006 pela Secretaria Municipal de Saúde. Na época, um grupo foi acampar nas matas de Marsilac (zona sul), dentro da serra do Mar, e voltou com sintomas, como febre, dor de cabeça e calafrios. Nas formas mais leves, quando a infecção se dá de maneira branda, podem ocorrer casos em que o doente jamais apresenta o sintoma. A exemplo da dengue, a transmissão da malária ocorre quando um mosquito pica um portador da doença e depois ataca a pessoa sadia. Como a serra é considerada região endêmica do mosquito transmissor da malária, a secretaria e a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) fizeram uma busca para rastrear todos os casos suspeitos da doença. Em cerca de seis meses, foram encontrados os 67 casos, todos da forma mais branda da malária, provocada pelo Plasmodium vivax, em que o período de incubação (após a picada) vai de oito a 30 dias. Os sintomas se prolongam por, em média, duas semanas. Os casos de malária em São Paulo não são motivo para alarme, diz a diretora do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde, Cilmara Polido da Silva. Segundo ela, não houve registro de morte nem de casos mais graves da doença. "Esses registros não podem ser considerados um problema de saúde pública, como ocorre com a dengue", disse Cilmara. O risco maior é para mulheres grávidas, pois a malária pode representar risco de vida tanto para a mãe como para o feto, principalmente se o diagnóstico for tardio, pois o tratamento deve ser iniciado logo após os primeiros sintomas. O médico infectologista Luiz Jacintho da Silva, ex-superintendente da Sucen, afirma que o número de casos pode ser maior, pois os médicos do Estado não dispõem, na maioria das vezes, de treinamento adequado para realizar o diagnóstico. Esse mesmo problema já havia sido apontado em um trabalho divulgado em agosto de 2006 pelo CVE. Na maioria das vezes, o exame de laboratório só é pedido quando o paciente relata ter ido a um local em que a doença é endêmica. "Um sobrinho meu ficou duas semanas pensando estar com dengue. Era malária, que ele havia adquirido em São Sebastião [litoral norte de SP]", disse. Prevenção A diretora do CVE afirma que praticamente não há como prevenir a malária a não ser detectando rapidamente os casos e fornecendo tratamento adequado aos doentes. Há risco de o parasita ficar alojado no corpo e voltar à corrente sangüínea, reiniciando o ciclo de transmissão. Para se prevenir contra a malária é necessário evitar matas fechadas entre o entardecer e a madrugada e, em trilhas, usar roupas e repelentes que dificultem picadas de insetos. do site g1: 07/01/09 - 19h14 - Atualizado em 07/01/09 - 19h14 Rio Grande do Sul confirma morte por febre amarela 500 mil doses de vacina foram distribuídas a moradores de áreas de risco. Novo caso suspeito foi notificado em Porto Alegre e será analisado. Do G1, em São Paulo A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul confirmou, nesta quarta-feira (7), a morte de uma pessoa por febre amarela silvestre. O caso foi registrado na cidade de Santo Ângelo, em 25 de dezembro, mas a vítima pode ter contraído a doença em Eugênio de Castro (RS). De acordo com na nota divulgada pela Secretaria, um novo caso suspeito foi notificado na terça-feira (6), em Porto Alegre, em um paciente que esteve no município de Pirapó (RS). A confirmação depende de análise laboratorial dos exames. O secretário da Saúde, Osmar Terra, afirmou que 500 mil doses de vacina foram distribuídas a moradores das áreas de risco, na região noroeste do estado, e que um reforço de mais 500 mil doses foi solicitado ao Ministério da Saúde. Ele descartou a possibilidade de epidemia. A vacina contra febre amarela tem duração de dez anos e deve ser aplicada em crianças a partir dos nove meses de idade. Pessoas que pretendam viajar para os municípios de risco devem receber a dose em um posto de saúde, com dez dias de antecedência.
Membros de Honra ogum777 Postado Fevereiro 23, 2009 Autor Membros de Honra Postado Fevereiro 23, 2009 12/01/2009 - 09h28 Calor duplica problemas por picadas de insetos JULLIANE SILVEIRA da Folha de S.Paulo No verão, duplica o número de problemas decorrentes de picadas de insetos, de acordo com especialistas. O calor e a umidade elevam a atividade desses animais e tornam mais rápido seu ciclo de vida. O aquecimento global é outro fator que, segundo estudiosos, contribui para aumentar a presença de insetos. A elevação da temperatura tem aumentado as populações de insetos mais ao sul, inclusive dos que transmitem doenças como a leishmaniose cutânea e a dengue. "Há favorecimento do ciclo biológico. Já existe [o mosquito] Aedes aegypti no Uruguai, na Argentina. No ano passado, constatamos presença do inseto em cemitérios de Buenos Aires, algo antes inimaginável", afirma o entomologista Anthony Erico Guimarães, do Instituto Oswaldo Cruz. Áreas litorâneas e rurais, destinos comuns durante as férias, costumam concentrar insetos. O uso de repelentes cosméticos é indicado, mas só durante a estadia no local. "Não se recomenda usar repelentes por longos períodos. Se a pessoa vive em uma cidade com clima propício aos insetos, não há muito o que fazer", acrescenta Guimarães. Para ele, nem as telas protetoras ajudam muito na cidade. "O mosquito urbano se cria na casa, então as telas vão prendê-lo no interior do imóvel. No máximo, pode-se cobrir a cama com mosquiteiro." Usar inseticidas em spray ou em pastilhas também ajuda. No entanto, os insetos podem adquirir resistência ao produto. "Deve-se variar a marca e usar o mínimo", diz o biólogo Odair Bueno, do Centro de Estudos de Insetos Sociais da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro. Para a saúde, o ideal é aplicar o inseticida um ou dois dias antes de chegar à casa de praia ou de campo. Se isso for impossível, deve-se deixar as janelas abertas. "Deixar o ambiente arejado vai ajudar na dispersão do produto. Quando não há ar, aquela partícula cai --e ela deve circular no ambiente para se aderir onde se quer", diz o dermatologista José Hermenio Lima, professor da Universidade Federal do Paraná e pesquisador do Massachusetts General Hospital (EUA). Alergia Segundo Meire Parada, dermatologista da Unifesp, alergias a picadas de insetos são muito comuns na infância. Porém, diz Wilson Tartuce Aun, diretor da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), ocorre confusão na hora de identificar uma possível alergia. "Alguns insetos causam reação local em qualquer um. É comum achar que é alergia, mas é uma irritação", diz. Uma forma de saber se o problema é alérgico é observar o grupo. Se vários membros da família sofreram reações parecidas, deve ser só uma reação local. Já a alergia pode trazer sintomas como coceira em outras partes do corpo e bolhas. Picadas de vespas, abelhas e formigas em grande quantidade são mais perigosas do que os ataques dos mosquitos.
Membros de Honra Sandro Postado Fevereiro 26, 2009 Membros de Honra Postado Fevereiro 26, 2009 [t1]Países em extinção[/t1] [t3]Com o nível do mar cada vez mais alto, ilhas paradisíacas do Pacífico Sul estão desaparecendo. E os moradores estão se transformando nos primeiros refugiados do aquecimento global[/t3] As ilhas paradisíacas do Pacífico Sul estão sumindo. Em poucos anos, algumas delas devem ficar desertas: cansados das freqüentes inundações, os moradores estão indo embora. Entre as 12 nações-arquipélagos da região, duas estão em alerta máximo. Com a elevação do nível do mar, os países de Kiribati e Tuvalu podem ser engolidos pelo mar, saindo do mapa de vez até o fim deste século. Hoje, quem mora nessas ilhas conhece paisagens bem diferentes das fotos turísticas. No começo do ano, marés altas provocam inundações a toda hora. A água invade as casas e causa erosões. Com as raízes atacadas dia a dia pelas ondas, as palmeiras estão caindo. Quando a maré sobe, poças d'água surgem repentinamente, espalhando o lixo pelas ruas de areia. Em algumas regiões, já é possível atingir água cavando apenas 1 metro de profundidade.O governo dos dois países já preparou um programa de emergência para arranjar alojamento para seus 115 mil moradores, os primeiros refugiados do aquecimento global. O fenômeno é uma das provas dramáticas do aquecimento da Terra. Com a temperatura do planeta 0,7ºC maior no último século, as calotas polares derretem e o nível do mar aumenta. No Alasca, as ruas feitas de gelo há séculos estão esburacando e derretendo. Na Antártida, placas de gelo do tamanho de cidades se descolam com freqüência cada vez maior. O efeito é ainda mais incômodo para quem vive em lugares como Tuvalu, o 4o menor país do mundo, onde o ponto culminante tem 5 metros de altura e a largura das ilhas não passa de 500 metros. "Com todos os fatores que temos vivenciado, Tuvalu irá lentamente erodir nos próximos 40 ou 50 anos", afirma Tauala Katea, cientista do centro meteorológico de Tuvalu. A ironia é que pequenas nações como essa contribuem pouquíssimo com a poluição ou com o aquecimento do planeta. Em Tuvalu e Kiribati, os moradores importam 80% do que comem. A economia de Tuvalu depende da remessa de dinheiro dos tuvaluanos que moram no exterior e da venda do domínio de internet ".tv". Em 1998, o país recebeu de emissoras de televisão americanas US$ 50 milhões por poderem usar o ".tv" por 12 anos no endereço da internet. Até o século 19, Tuvalu foi colônia espanhola, com milhares de habitantes levados ao Peru e à Bolívia como escravos. Depois, os dois países se tornaram colônias britânicas - Tuvalu faz parte da monarquia britânica até hoje. Durante as batalhas do Pacífico na 2ª Guerra Mundial, Kiribati foi invadido pelo Japão. Depois, abrigou testes nuclea-res americanos. Aconteceram ali testes de bombas de hidrogênio que assustaram o mundo na década de 1950 por serem 5 mil vezes mais potentes que a bomba lançada em Hiroshima em 1945. Hoje, os dois países abrigam pescadores e artesãos. As mulheres andam na rua com suas blusas e saias largas e coloridas, e até as autoridades vestem-se à vontade, como o presidente de Kiribati, que concede entrevistas de camiseta simples e chinelo. As crianças passam o dia nos coqueiros e na praia. No entanto, todos percebem o que está acontecendo com o seu paraíso particular. Perigo em casa O pior acontece entre os meses de janeiro a março, quando marés altas são mais comuns. As ruas de Tuvalu ficam freqüentemente alagadas e algumas casas, cobertas por água. A fúria do mar, cada vez mais freqüente, chega muitas vezes a ultrapassar as barreiras de cimento que protegem estradas entre uma ilha e outra. Diques estão espalhados por toda parte, na esperança de conter a água. Se há aumento repentino da maré, plantações de bwabwai (raiz rica em amido, um dos principais cultivos de Kiribati) ficam alagadas de repente. Quando o nível do mar volta ao normal, deixa a terra salgada, secando as árvores e fazendo com que arbustos mais resistentes ocupem a terra. A situação fica mais preocupante porque o começo do ano coincide com a época de ciclones tropicais na região. Como a maioria das ilhas é redonda e formada por corais, quando um ciclone aparece não há para onde correr nem o que salvar. Já foram registradas ondas de 3,48 metros de altura em Tuvalu. Em Kiribati, a erosão costeira está em todos os lados. Uma série de tempestades em 2001 fez com que algumas ligações entre as ilhas desaparecessem. A ilha de Tepuka Savilivili, do arquipélago de Tuvalu, teve suas últimas palmeiras arrastadas e foi encoberta pelas ondas depois de um ciclone. Para conter o avanço da água, os moradores fazem proteções na beira-mar, que precisam ser freqüentemente refeitas. Mas as ilhas não estariam a salvo nem se paredes indestrutíveis a cercassem. Como o solo é poroso, a alta das marés força a água subterrânea para cima. É por isso que acontecem inundações repentinas e poças d'água surgem mesmo em dias claros. Esse movimento é contido pelos recifes de corais que circundam todas as ilhas do Pacífico Sul. O problema é que, também por causa do aquecimento global, os corais do Sri Lanka até a Nova Zelândia estão morrendo. Com a água nos pés, os moradores se batem até para lidar com os mortos. Em 2004, a kiribatiana Wanita Limpus teve que exumar o corpo do avô, enterrado na ilha de Betio, uma das maiores do país. "Em vez de encontrarmos o corpo do meu avô, encontramos água, a só 1 metro de profundidade", diz ela. Hoje morando na Austrália, Wanita se impressiona com a força do mar sempre que volta ao país de origem. "A água cada vez mais invade as casas." Os cientistas locais confirmam a impressão dos moradores. "O nível do mar está subindo continuamente nos últimos anos", afirma Nakibae Teuatabo, da Unidade de Mudança Climática do Ministério do Meio Ambiente do país. Segundo ele, em algumas ilhas o índice de erosão chega 2,5 metros por ano. "Quanto à temperatura das ilhas, estamos certos de que ela também aumentou." Ciência urgente Segundo dados dos últimos 50 anos, coletados pela Universidade do Havaí, o nível do mar na região vem se elevando1,07 milímetro por ano, em média. Outras medições falam em 0,8 milímetro anualmente. Em 1992, o Centro Nacional Australiano de Meteorologia iniciou um megaprojeto para coletar dados marítimos indiscutíveis. O sistema tem estações de medição em 12 ilhas do Pacífico Sul, cada uma com sensores acústicos, medidores de temperatura, pressão, e métodos para descontar do cálculo marés e movimentos das placas continentais da Terra. "Mas ainda é cedo demais para obter estatísticas em longo prazo da alteração do nível do mar na região", afirma Nick Harvey, professor de Estudos Ambientais da Universidade de Adelaide, Austrália. Também é provável que a população das ilhas tenha sua parcela de culpa pelo que acontece em casa. Para o oceanógrafo John Hunter, do centro de pequisas australiano Antarctic Climate and Ecosystems, o aumento de eventos como alagamentos insulares pode estar vinculado ao aquecimento global, mas talvez não. "Nós simplesmente não podemos confirmar nada no momento. Os problemas de Tuvalu com o nível do mar e a salinidade são complexos e podem ter múltiplas causas", diz ele. Outras influên-cias poderiam ser ondas mais altas devido a tempestades, redução da chuva, aumento da erosão costeira por causa de construções em locais inadequados, o uso demasiado de água doce e a falta de tratamento de esgoto. "Todos esses fatores estão relacionados." Hora de dar adeus Com o mar subindo ou não, por causa do aquecimento global ou não, o fato é que a perspectiva para o futuro dos países-ilhas não é animadora. O Pacífico Sul está numa das mais fortes áreas de calor do planeta, o que faz o nível do mar lá ser 9 milímetros maior que a média dos oceanos. Até o fim deste século, a temperatura média do mundo pode aumentar 5,8 oC e o nível do mar subir até 48 centímetros. Com essa elevação, ilhas que estão apenas cerca de meio metro acima do mar sofrerão com permanentes inundações. A erosão nas áreas costeiras também deve aumentar, destruindo algumas ilhas por completo. A melhor opção é adaptar-se às mudanças climáticas da Terra, ou seja: ir embora de lá. "Mais cedo ou mais tarde, as ilhas dessa região deverão ser abandonadas", afirma John Hunter. Já estão sendo. Sem esperança de que a situação melhore, o governo dos dois países preparou uma retirada gradual. Há uma comunidade kiribatiana em Brisbane, na Austrália, com os cerca de 60 primeiros refugiados do aquecimento global. Dois em cada 10 tuvaluanos estão vivendo fora do país, a maioria deles em Auckland, Nova Zelândia. A comunidade de Tuvalu é a que cresce mais rápido por lá. Os dois países seguem procurando abrigo. O problema é que nem sequer os vizinhos ajudam. Há 10 anos, o governo australiano proibiu que refugiados de Tuvalu e Kiribati mudassem para a Austrália. Em contrapartida, na Nova Zelândia há uma cota de 75 refugiados para ingressar por ano - nesse ritmo, levaria 1 200 anos para toda a população evacuar o país. Como a maioria dos moradores tem uma vida típica de nativos de praia, quando decidem ir embora das ilhas, são obrigados a mudar também de estilo de vida. "Aqui você tem que ter um salário. Tudo é um desafio. Tudo custa dinheiro", afirma Telaki Taniela, um tuvaluano de 32 anos que mora em Auckland. Telaki passou a infância brincando na praia de Funafuti, capital do país, onde as únicas coisas que precisava saber era como pescar e como subir nos coqueiros das ilhas. Em 1997, ele resolveu fugir do aquecimento global com toda a família. Quando chegou ao território neozelandês, decidiu abrir um mercadinho para sustentar os filhos e a mulher. "Antes bastava pescar para a gente sobreviver", afirma. "Mas, como não quero acordar um dia dentro d'água, tive que vir para cá." Por isso, um sentimento de melancolia toma a comunidade tuvaluana na Nova Zelândia. Fala Haulangi, uma líder dos exilados de Tuvalu em Auckland, resolveu montar um programa de rádio semanal sobre a cultura tuvaluana. Sua principal preocupação é os moradores perderem a identidade com o país. "O que eu vou ser se meu país desaparecer? Sou de Tuvalu, um país que não existe mais", diz ela. Leilani Gosschalk, uma tuvaluana que também vive na Austrália, passou a infância na ilha de Tepuka Savilivili, que hoje não existe mais. "Acho inevitável que nossa cultura e nossa terra acabem", diz. [creditos]Giovana Vitola Revista Super Interessante / janeiro de 2007[/creditos]
Membros de Honra Sandro Postado Fevereiro 26, 2009 Membros de Honra Postado Fevereiro 26, 2009 No final de 2006, cientistas da Universidade Jadavpur, localizada em Calcutá, na Índia, anunciaram o desaparecimento de duas ilhas situadas em seu país. Uma delas, Lohachara, foi lar de mais de 10.000 pessoas no passado. Hoje, está submersa, assim como Suparibhanga, uma ilha próxima, que era desabitada. A descoberta, feita por meio de imagens de satélite, ganhou as páginas dos principais jornais brasileiros. Embora a maior parte da imprensa tenha atribuído o sumiço dessas porções de terra à elevação do nível dos oceanos, é mais provável que o seu desaparecimento esteja relacionado a alterações no clima do planeta, que têm ocorrido nas últimas décadas e contribuem, por exemplo, para um aquecimento anormal dos oceanos. Isso afeta a atmosfera, permitindo a formação de ciclones e ventos fortes que, por sua vez, propiciam a formação de grandes ondas de tempestades, que são capazes de provocar a erosão de praias e até de ilhas – processo que pode causar o seu desaparecimento em longo prazo. Porém, se as mudanças climáticas globais contribuíram para o desaparecimento das duas ilhas indianas, saiba que elas também estão ligadas ao surgimento de uma nova ilha no planeta. Em abril de 2007, um centro de pesquisas dos Estados Unidos confirmou, por meio de imagens de satélites, essa descoberta, feita por um explorador americano. Localizada na costa leste da Groelândia, a nova ilha era considerada a ponta de uma península. Uma grande geleira que a ligava ao continente, porém, derreteu, deixando essa porção de terra cercada apenas pelas águas do oceano Ártico, sem conexão com o continente. Por isso, a ilha acabou sendo batizada como Ilha do Aquecimento. Embora seja sempre um fato curioso, é comum ilhas surgirem e desaparecerem. Para você ter uma idéia, no fundo do oceano Pacífico, há muitas elevações, com cerca de dois mil metros, de topo achatado. Trata-se de vulcões antigos, que cessaram de expelir lava e morreram. No passado, essas montanhas estiveram na superfície. Porém, por estarem localizadas sobre o fundo oceânico, acabaram por exercer peso sobre ele, afundando a crosta do oceano ao longo do tempo, passando a ficar, então, submersas. Mas se esse é um exemplo de ilha que desapareceu, no sul da Islândia, uma ilha vulcânica – Surtsey – se formou rapidamente. Em novembro de 1963, pescadores viram fumaça saindo da água. Tratava-se de um vulcão se elevou até 174 metros acima do nível do mar e entrou em extinção em 1967. Uma outra ilha também está surgindo ao sul do Havaí: o vulcão Lo'ihi tem 3 mil metros de altura e está a apenas mil metros abaixo da superfície do mar. O seu desenvolvimento é acompanhado pelos pesquisadores da Universidade do Havaí. Só mesmo a Terra para ter eventos tão incríveis! [creditos]Isa Brehme Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geofísica Marinha, Universidade Federal Fluminense Revista Ciência Hoje Criança 181 / julho de 2007[/creditos]
Membros de Honra Sandro Postado Fevereiro 26, 2009 Membros de Honra Postado Fevereiro 26, 2009 [t1]Aumento do nível do mar leva Maldivas a procurar território[/t1] [t3]O presidente eleito da República das Maldivas, Mohamed Nasheed, anunciou planos para comprar um novo território para o seu povo.[/t3] Ele está tão preocupado com o aumento do nível do mar causado pelo aquecimento global que acredita que os habitantes das ilhas que formam o país podem acabar tendo que se estabelecer em outros países. Com suas praias de areias brancas, palmeiras e mais de mil ilhas e atóis de coral banhadas pelas águas do Oceano Índico, as Maldivas, um ex-protetorado britânico, parecem um paraíso. Mas seu território está encolhendo a cada ano. No último século, o nível do mar em partes do arquipélago subiu quase 20 centímetros. As Maldivas são a nação com a costa mais próxima ao nível do mar no mundo - seu relevo mais alto fica dois metros acima do nível do mar. A Organização das Nações Unidas (ONU) estimam que o nível do mar pode subir globalmente até quase 60 centímetros este século. Nasheed teme que até uma elevação pequena possa levar à inundação de algumas ilhas. "Nós não podemos fazer nada para impedir as mudanças climáticas sozinhos então nós temos que comprar terra em outro lugar. É uma apólice de seguros para o pior quadro possível", afirmou. O turismo traz milhões de dólares para o país anualmente. O plano do presidente eleito é criar o que ele qualifica como um "fundo soberano" (aplicação de parte das reservas internacionais em investimentos de maior risco e retorno) gerado pela "importação de turistas" da forma como os países árabes fizeram com a exportação de petróleo. "O Kuwait investiu em empresas, nós vamos investir em terras", afirmou. Nasheed procura um lugar próximo, com cultura, culinária e clima semelhantes - possivelmente na Índia ou Sri Lanka. Mas a Austrália também está sendo levada em conta por causa das dimensões de territórios não-ocupados. Ele teme que, se não tomar medidas prevendo o futuro, os descendentes dos 300 mil habitantes das ilhas Maldivas podem se tornar refugiados ambientais. "Nós não queremos deixar as Maldivas, mas nós não queremos ser refugiados vivendo em tendas por décadas", concluiu Nasheed. [creditos]Rob Norris BBC News / 10 de novembro de 2008[/creditos]
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