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Cara, seu relato tá ficando show de bola. parabéns.

 

Bem, vamos as perguntas.

 

Eu pretendo esse final de ano ir a tiwanaku por conta. já fui duas vezes com guia, acho que seria divertido ir por conta própria. Eu sei que no cemitério tem as ditas vans pra tiwanaku, pergunto:

 

- Quanto custa ida e volta?

- onde a van de deixa quando se chega a tiwanaku? é perto das ruínas?

- Onde se pega a van para voltar?

- Qual o horário de ida e o de volta?

 

Obrigado desde já.

 

Aletucs,

Se eu me lembro bem o valor da passagem está entre B$10,00 a B$ 15,00. Bem baratinho. Se não me engano, tanto ida qto volta são o mesmo preço. Na ida a van te deixa nas ruínas. Na volta, nós caminhamos alguns quarteirões. De cinco a dez minutos de caminhada, o ponto fica numa pracinha, numa "vila" próxima. Basta seguir reto. É melhor pegar a van neste lugar pois é seu ponto inicial e o pessoal espera lotar para poder sair, portanto, não tem um horário exato de saída. Quanto à ida, se não me engano as vans saem a cada meia hora.

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TERCEIRA PARTE

 

Relógios ajustados para o novo fuso horário, chegamos em Puno por volta das duas da tarde. Puno fica do outro lado do Lago Titicaca. A grande atração da cidade segundo os guias eram as ilhas flutuantes dos Uros. Portanto, em Puno só fizemos este passeio mesmo. Na cidade existem alguns táxis iguais aos tuc-tuc's indianos. Taí um meio de transporte que sinto não ter utilizado, afinal de contas nesta viagem a gente usou vários tipos de transporte - avião até Campo Grande, moto-táxi em Corumbá, trem (da Morte), ônibus, táxi, van, off road 4x4 (no Salar) , bicicleta (downhill), balsa (no Lago Titicaca), e mais pra frente barco (em Paracas), avião monomotor (em Cuzco), prancha de sandboard (em Ica). Pegamos um táxi (normal) da rodoviária até o porto, onde saem os barcos para as ilhas. Agora era tudo em Nuevo Sol, a moeda do Peru. Os preços eram bem mais salgados que na Bolívia. Mas ainda assim mais baratos que no Brasil. Na média um real vale um nuevo sol e quinze centavos. Chegamos no porto quase às quatro da tarde, um dos últimos horários de saída deste barco. Aqui tinham muitos turistas europeus, inclusive mais idosos, que pareciam ser mais endinheirados. A mulecada mochileira européia topa ir para a Bolívia, mas os mais velhos não curtem a falta de infra-estrutura de lá. Realmente, o Peru recebe muito mais turistas que a Bolívia, e está mais bem preparado para recebê-los.

O barco que leva às Ilhas dos Uros é bem confortável. O guia explica tudo em espanhol e em inglês.

As ilhas flutuantes são feitas de totora, um arbusto da região que também serve para fazer suas próprias casas, barcos, artesanato, e inclusive serve como comida. O povo que mora ali é de descendência aimara. O guia explica como são feitas as ilhas e como vive o povo local. No entanto, algumas coisas achei um pouco exageradas (também percebi isso em outros lugares no Peru): parece que tudo ali é sagrado, o lago, as montanhas, as ruínas, os animais, etc etc etc. Me parece que, na gana de conseguir impressionar os turistas, os próprios guias e até mesmo moradores inventam que as coisas são sagradas. Um taxista, brincando, chegou a dizer: “no Peru, tudo é sagrado”. O morador da ilha flutuante que estava nos contando um pouco da história daquele lugar juntamente com o guia, além de enaltecer absurdamente o Lago Titicaca, disse que o lago tem o formato da cabeça de um puma (animal também sagrado), de ponta cabeça. Ele dizia aquilo como se a origem do formato do lago tivesse algo de extraordinário, fruto de uma força maior. Daí ele virou de ponta cabeça o mapa para vermos o formato da cabeça do puma. Sinceramente, nem com muuuuuita imaginação! E os gringos olhavam atônitos :shock: , alguns pensando ter adquirido um aprendizado espiritual, e outros com cara de “ué”. :?:

 

O passeio terminou por volta das seis, seis e meia da tarde. Voltamos pra rodoviária, que é perto. Havíamos deixado as mochilas na empresa que vende os bilhetes de ônibus. Jantamos e esperamos o horário de saída do bus. Nesta rodoviária o banheiro também era zuado. Só se dava descarga ao pegar uma caneca cheia de água pra jogar no vaso. Havia um latão cheio de água, onde se enchia a caneca. Então, vc fazia suas necessidades, fechava a porta sem dar descarga, enchia a leiteira, e voltava pra dentro do banheiro pra “dar descarga”. Ah, e isso ainda tinha custo! (custava por volta de um nuevo sol). ::vapapu::

 

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Pegamos um bus por volta das dez da noite e chegamos em Arequipa por volta das quatro, cinco horas da manhã. A rodoviária de Arequipa é bem movimentada, mesmo a essa hora. Do lado de fora, já se mostrava, imponente, o vulcão El Misti, que ainda é considerado ativo.

Arequipa é uma das maiores cidades do Peru. É uma cidade bonita, charmosa (pelo menos as partes que visitamos). É muito agradável visitar seu centro. Ali encontramos a praça central, uma igreja antiga, bem bonita e conservada, comércio, quinquilharias para turistas, restaurantes, etc. Experimentamos o famoso pisco peruano. Há uma rixa entre chilenos e peruanos sobre quem faz o melhor pisco. O drink mais comum tem pisco, limão, gotas de angostura e clara de ovo batida. Lembra, de longe, uma caipirinha mais leve. Também experimentamos a folha de coca coberta por chocolate. É boa! No Peru, assim como na Bolívia, a folha de coca também não possui restrições.

Fizemos o passeio com os ônibus de dois andares (Tour Campina), que percorrem uma parte da cidade, visitando um mirante, uma indústria que trata a lã de alpacas e lhamas, um restaurante onde se serve o cuy, etc. Tudo envolto pela bela paisagem da cidade, com o vulcão El Misti e uma cadeia de lindas montanhas ao fundo. O cuy é um assunto à parte. Trata-se de uma iguaria típica do Peru: aqui conhecemos pelo nome de porquinho-da-índia. Existem diversas formas de prepará-lo. O Cuy Chactado é talvez aquela que seja mais repugnante: o porquinho assado vem, estirado, sobre o prato, com a boca aberta, dentão pra fora, patinhas esticadas. É um pouco mais caro que os pratos comuns. Achei que possui pouca carne, bastante pele, e lembra o gosto da carne de um pernil suíno. ::cool:::'>

 

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Arequipa é uma cidade em que vale a pena ficar algum tempo. Em nosso roteiro, havíamos reservado um dia pra conhecer a cidade e dois pra fazer o passeio para o Cânion Del Colca, nos arredores de Arequipa. No fim das contas, acho q mais um dia em Arequipa seria muito bom. No hostel onde ficamos encontramos um casal de Campinas que havia acabado de chegar, mas mal deu tempo de conversar pois já estávamos de saída para o passeio do Cânion. Por ser um passeio de dois dias, esperava mais dele, mas ainda assim vale a pena fazê-lo.

O ônibus passa por belas paisagens. Muitas montanhas e alguns animais pelo caminho (lhamas, alpacas, vicuñas). Na tarde do primeiro dia damos uma parada numa espécie de resort de águas termais. Se paga à parte pra entrar no resort mas não é caro. Este resort situa-se às margens de um rio, entre pequenas montanhas. Um lugar muito bonito.

No fim da tarde paramos na pequena cidade de Chivay para jantar e se hospedar. O hostel incluso no preço do passeio, o jantar não. O jantar é em um restaurante em que são apresentadas danças típicas, inclusive uma dança muito louca onde a mulher dá chicotadas no homem. No fim, todos os turistas são convidados a entrarem na roda.

A parte ruim foi a hospedagem. Muito ruim. ::bad:: Parecia algo feito nas coxas, às pressas. O grupo foi dividido em várias pousadas ruins. Umas mais ruins que as outras. A nossa, aparentemente foi a pior. O guia encaminhou famílias com crianças e idosos pra pousadas um pouco melhores. O café da manhã foi bem ruim tbm. Quando for contratar este passeio, atente-se para isto.

No dia seguinte, continuando o passeio, o bus faz uma parada em uma pequena cidade onde podemos comprar artesanato e tirar fotos com uma águia andina e com crianças segurando filhotes de lhamas. É meio incômoda a situação, pois ao mesmo tempo que a tentação de tirar fotos com eles é grande (pagando é claro), percebemos que a águia está amarrada, não pode voar, é criada pra isso, e as crianças que posam pra fotos estão ali trabalhando. Não vou discutir isso agora pois não é o espaço mais indicado pra isso, e me alongaria no relato.

Continuando na estrada, o bus passa por desfiladeiros, o cânion. O guia aponta para algumas rachaduras nas montanhas, causadas por um forte terremoto que atingiu aquela região recentemente (de uns 10 anos pra cá, não lembro exatamente o ano). Aquela região sofre micro-temores o tempo todo. Dizem que sete por dia. Mas não sentimos exatamente por serem micro-tremores. Em alguns lugares é possível ver placas “Zona protegida de sismos”. :shock:

Por ali há também alguns túmulos indígenas antigos nas montanhas, que vemos de longe.

Ao final, chegamos no mirante do Cânion propriamente dito. É super alto! Paisagem espetacular!

Reza a lenda que ali é possível ver os condores saindo de seus ninhos nos desfiladeiros e voando cada vez mais altos, passando perto do mirante. Aqui cabe explicar algo extremamente importante. O Wagner (meu amigo, que estava no rolê) é mundialmente conhecido por ser a zica em pessoa! Se algo deu errado, é porque ele estava por perto! Nem vou contar aqui o que já aconteceu outras vezes para chegarmos a esta conclusão.... O fato é que, desta vez, não apareceu NENHUM condor pra vermos. NENHUM!! ::grr:: Já vi relatos onde as pessoas dizem ter visto ONZE condores no ar! O guia disse que em oito anos ininterruptos de trabalho, apenas três vezes os condores não haviam aparecido, e este era um destes dias. Pois é, fica pra próxima. Santa Zica! :twisted:

 

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Quando voltamos a Arequipa, fomos gastar um pouquinho num dos Cassinos da cidade (só para sentir o gostinho) e depois fomos dar o check out no hostel (La Merced). Nossas mochilas estavam lá. Não foi preciso pagar nada a mais por isso. Já estávamos meio atrasados para seguir à rodoviária. Eis que a Zica ataca de novo!!! :twisted: O Wagner havia deixado um par de tênis pra lavar no hostel. Quando ele fez o downhill em La Paz, usou um par de All Star. Como havia chovido no trajeto, o tênis ficou encharcado e imundo por causa da terra. E qdo fomos pegar o tênis de volta, ele havia sumido! O Wagner tinha levado apenas dois pares. O pessoal do hostel não achou, estávamos atrasados, procurando. O gerente decidiu que iria pagar, mas o valor não cobria o prejuízo. O tênis é mais caro. No fim das contas, o atraso não nos deu tempo de reclamar muito, e tivemos que ir embora um tanto contrariados. :(

 

Chegando em cima da hora na rodoviária, fomos para a fila do ônibus que iria nos levar a Nazca. O ônibus saiu por volta das oito da noite. Na fila deixei meu RG cair. Um cara que estava logo atrás pegou e me devolveu, respondendo em português. Era o Júnior, um paulistano que também estava de rolê pelo Peru (sozinho) e ao ver o RG brasileiro aproveitou para puxar papo. Ele iria pegar o mesmo ônibus que a gente, mas no andar de baixo do bus, numa poltrona mais confortável e mais cara. Aliás, aqui cabe uma consideração: Este ônibus era da empresa Cruz Del Sur. De Arequipa até Nazca íamos levar em torno de dez a doze horas e a gente estava bem cansado, por isso optamos por um ônibus de uma empresa boa. Antes de entrar, passávamos por um detector de metal e aguardávamos numa sala bem confortável. Não sei exatamente o porquê do detector, mas vale lembrar que o Peru já sofreu no passado com alguns ataques extremistas, na guerra do exército com o Sendero Luminoso, que atuou perto daquela região. O ônibus também é muito confortável (bem diferente da Bolívia, e inclusive do Brasil). Poltronas espaçosas, filmes na TV, ar condicionado, jantar, cafézinho, cobertor, almofada (e olha que estávamos no andar de cima no ônibus, o andar mais pobrinho). ::otemo:: Pena que a viagem foi à noite, pois em determinados trechos dava pra ver, prejudicado pelo escuro, o Oceano Pacífico. Neste trajeto o bus passa rente ao litoral em vários trechos, seria o primeiro contato com o Pacífico.

 

Ao chegar em Nazca pela manhãzinha, conversamos com o Júnior e verificamos que nossos roteiros tinham um trecho parecido. Decidimos fazer juntos. Ao sair da velha rodoviária/garagem, negociamos o preço com um taxista, chamado Jefrey. Conseguimos um bom preço para que ele nos levasse a vários lugares. Em Nazca o transporte municipal (ônibus municipal) é ruim e não poderíamos perder muito tempo. Dividindo por três acabamos por fechar um preço razoável. Fomos ao aeroporto, de onde saem os aviões monomotor para sobrevoar as famosas linhas de Nazca. Logo no início dos relatos, informei que os preços eram bem parecidos com aqueles que constam no meu roteiro, exceto um ou outro ítem. Pois é, este foi o ítem com a maior diferença. Para sobrevoar as linhas de Nazca paga-se 90 dólares pelo vôo e 25 soles pela taxa de embarque!! ::ahhhh:: No aeroporto informaram que este valor aumentou muito recentemente pois agora é exigido por parte do Governo maiores itens e garantias de segurança das companhias, além da presença de um co-piloto, que não era necessário antes. Diziam: “Se antigamente voava-se de teco-teco, agora o avião é melhor”. Não conheci os aviões antigos, mas, sinceramente, os atuais não são lá grande coisa. Bom, eu também não entendo nada de aviões....

 

Embarcamos eu, o Wagner, o Júnior e uma gringa (não me lembro exatamente de onde). O namorado dela ficou no aeroporto, não quis ir. Eu nunca tinha voado num avião de pequeno porte. Engraçado como ele dá uns trancos em pleno ar. Parece que está passando por um buraco! Logo começamos a avistar os desenhos. Podemos acompanhar com um mapa que nos entregam no aeroporto: o trapézio, o astronauta, a aranha, o macaco, o condor, etc. Alguns não são tão nítidos. As janelas do avião também não ajudam, pois elas estão com vários riscos e acaba por desfocar a câmera fotográfica. O avião faz muitos movimentos e rápidos, o que pode gerar um desconforto. Lembra a sensação do Barco Viking do Playcenter (pra quem é de SP, sabe do que estou falando). Desde a noite anterior, quando jantamos dentro do ônibus, eu senti que não havia feito a digestão completamente. Creio que o balanço do ônibus enquanto eu comia teve influência nisso. Também dentro do ônibus eu comi alguns chocolates e tomei um café. O gosto deles estava na minha garganta, como se não tivesse digerido-os. Mas até aí tudo bem, não estava me incomodando pra valer. Em Nazca, nem tomei café da manhã, pra não sofrer com o balanço do avião. Pois é, me F#@/ todo! Chamei o Hugo mesmo assim! ::dãã2::ãã2::'> Agora imagine a cena: um avião pequeno, com seis lugares, um piloto, um co-piloto, quatro turistas, uma dezena de janelas e, é claro, nenhuma abria. Ainda bem que já tem saquinhos pra aprisionar o Hugo dentro do avião! Os pilotos já estão acostumados com isso, rsrsrs. Mas os turistas não! O Wagner e a gringa quase chamaram o Hugo também só de sentir o cheiro, kkkkk ::lol4:: . Ainda havia quinze minutos de vôo! Perdi metade do vôo, nem conseguia olhar pela janela, senão ia passar mal de novo. Pedi pro Wagner tirar as fotos por mim pois eu não estava em condições. ::essa:: Mas até eu passando mal tirava fotos melhores que ele!! Nunca vi ninguém tirar fotos tão ruins! ::prestessao:: Desde o começo do rolê eu havia percebido isso. Toda vez que eu pedia pra ele tirar alguma foto eu me arrependia: desfocado, cabeça cortada, dedo na frente, etc. Resultado: temos fotos de meio-macaco, meia-aranha, meio-colibri, ou simplesmente, fotos do nada! KKK, algumas figuras ele nem conseguiu captar! Após o vôo, cambaleante e carregando o saquinho onde aprisionei o Hugo, virei motivo de chacota por parte de meus amigos e de nojinho por parte da gringa. ::tchann::

 

Voltamos ao táxi. Fomos visitar Chauchilla, o cemitério de múmias de Nazca. A cultura pré-incaica que existia em Nazca durou de 300 a.C. a 800 a.C. Por ser uma região bem árida, foi possível manter em bom estado as múmias. Há múmias adultas e crianças, todos em posição fetal. Podemos observar que algumas possuem longos cabelos, típicos dos sacerdotes. O cemitério já foi vítima de saques. Acredita-se que havia metais preciosos junto às múmias. Esta civilização produziu arquitetos, médicos, artesãos, etc. Construíram naquela terra tão seca uma inteligente rede de aquedutos a prova de terremotos, que também fomos visitar. O taxista, Jefrey, também nos levou em uma oficina onde um artesão trabalha com cerâmica, fazendo máscaras, vasos, estátuas, etc. Depois visitamos uma pequena empresa onde se trabalha peças em prata: brincos, anéis, colares, etc. Estes dois últimos nem estavam em nosso roteiro, foi indicação do taxista. Subimos o mirante das Linhas de Nazca. Trata-se de uma torre onde se pode ver duas figuras (as “mãos” e a “árvore”). Normalmente quem não chega a voar para ver as linhas pode, no mínimo, ver estas duas figuras. A torre está localizada na estrada intercontinental, que liga as Américas de Norte a Sul, e atrai expedições que querem cruzar as Américas. Também visitamos o museu Maria Reiche, que leva o nome da maior pesquisadora das linhas de Nazca. Maria Reiche, alemã, passava dias no deserto pesquisando, medindo, catalogando as linhas. As vezes até acampava no deserto. A maioria das linhas foi feita limpando as pedras do solo, deixando uma pequena área (uma linha) sem pedras. As pedras estão em todo lugar nesta região. Ainda não se sabe exatamente o motivo do povo que habitava esta região ter feito as linhas. A hipótese mais aceita é que se trata de uma espécie de calendário astronômico, para ajudar a saber a época de plantio e colheita. Na região quase não chove e nem venta (por isso as linhas mantiveram-se intactas por tanto tempo). Durante quase todo o ano a temperatura fica estável. Portanto eles não tem estações do ano bem definidas como a gente. Saber as posições dos astros seria bem importante para a agricultura. Outros dizem ser um meio de comunicação com os deuses. Enfim, o habitantes de Nazca, fizeram as linhas por volta de 400 a 650 d.C., ou seja, bem depois das múmias de Chauchilla. As linhas foram feitas com grande precisão, considerando-se que apenas podia-se observá-las bem do alto. O Museu Maria Reiche fica exatamente onde era sua casa. Alí podemos ver mapas, fotos, uma múmia de Chauchilla, objetos usados para medir as linhas, etc.

 

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Depois disso, Jefrey nos deixou num ponto da estrada onde poderíamos finalmente almoçar (era umas três, quatro da tarde) e pegar o bus para Ica. Chegando em Ica, pegamos outro táxi (estando em três, valia a pena pegar táxi) para o Hostel Casa de Arena 2. Sem dúvida um ótimo hostel. Recomendadíssimo. ::otemo:: Preço bom, tem piscina e sempre rola festas. Mas como somos zicados, :twisted: nos hospedamos exatamente de um domingo para segunda, que não tem festas. Rsrsr. O café da manhã era pago à parte. Se hospedando neste hostel é possível um desconto para o passeio nas dunas de Huacachina. Sem festa, fomos passear à noite e conhecer os arredores. Existem alguns barzinhos e restaurantes bem aconchegantes, todos no entorno de um lago. No dia seguinte, abrimos a janela do quarto e lá estavam as dunas, que não conseguimos ver na escuridão da noite. Fomos no passeio da dunas e foi uma das coisas mais legais de todo o rolê. Também pudemos praticar sandboard. Nunca imaginei que sandboard fosse tão legal! ::otemo:: Vencido o medo inicial, descemos uma duna, duas, três... daí o guia nos levou pra maior delas. Arregamos! Todos! ::hãã::

De volta ao hostel, um merecido mergulho na piscina (eu e o Júnior, pois o Wagner não gosta de água ::tchann:: ). Almoço especial também: ceviche! Eu curti, mas é bem apimentado. Tomamos umas geladas debaixo daquele Sol forte e seguimos viagem. Novamente de táxi, fomos visitar as bodegas produtoras de vinho e pisco, a famosa “aguardente” de uva peruana. Essa também não estava no roteiro, foi indicação do Júnior. Visitamos duas bodegas. A primeira era mais chiquezinha chama-se La Casa Del Catador, um restaurante turístico. Alí nos mostraram como se fazia o pisco e experimentamos algumas variações da bebida. No caminho entre uma e outra bodega, que são próximas, escutamos um peruano chamando : “Ei, pun......eiros!” Não vou reproduzir o que ele disse aqui pois acredito que estaria ferindo as regras do site. Só posso dizer que é algo que apenas homens fazem, geralmente quando estão sozinhos, rsrsr (o famoso cinco contra um). Não acreditávamos no que estávamos ouvindo. ::lol3:: Mas o peruano repetiu. E ao ver nossa cara de estranhamento, ele caía na gargalhada. O taxista, que conhecia o peruano, nos disse que os peruanos aprenderam o palavrão com outros brasileiros. Toda vez que viam um brasileiro falavam isso! Kkkk Foi a nossa vez de cair na gargalhada, que foi respondida com outra gargalhada por parte dos peruanos! ::hahaha:: Foram cumprimentar o taxista e nos disseram que ele (o taxista) era pun..... eiro! Kkkkk. ::lol4:: Entramos na bodega Lazo, que já tinha 203 anos! O dono, Sr. Murillo, veio nos recepcionar. Estava bebadíssimo!!! ::dãã2::ãã2::'> Muito receptivo, sorriso aberto, entre um passo torto e um tropeço, se mostrou mais feliz ao saber que éramos brasileiros. ::otemo:: Disse ter um carinho especial. Não pareceu ser simples papo de vendedor. Nos levou no galpão onde ficam os tonéis cheios de pisco e vinho, com grande variedade de sabores. É claro, nós experimentamos todos. De repente, tava todo mundo feliz naquele lugar!! Felizes e bêbados!!! rsrsr ::hein: . O senhor Murillo contou piada, cantou, mostrou a estátua em homenagem a “El borracho” (o bêbado) que possui em sua bodega. Depois, seriamente, nos apresentou a estátua de Pachacutec, o primeiro grande imperador Inca, símbolo de devoção. No fim das contas, levamos algumas garrafas, borrachos e muito felizes!!! Felizes porque fizemos muita coisa legal neste dia, que estava bonito, além de conhecer o grande figura Sr. Murillo. O táxi nos levava agora para Paracas, que é razoavelmente próximo, sob um belíssimo por do Sol, mas isso é assunto pra última parte do relato. ::otemo::

 

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oi Marcos, estou acompanhando seu relato, farei igualzinho seu roteiro, mas de forma inversa. Uma dúvida, o vôo de Nazca é 90 dólares mais taxa de embarque por pessoa ou por grupo? Valeu

 

 

Fala xará! Qdo vc vai? Já que vai fazer o caminho inverso, atente para os horários de ônibus. Em alguns lugares só há poucos horários de saída. Em alguma das respostas anteriores eu coloquei o link de um site com os horários de ônibus. Ele é bem útil. Qto à sua questão, o vôo é 90 dólares mais taxa de embarque de 25 soles por pessoa! Salgado né? E a gente descobriu isso qdo chegamos lá. Quase desistimos do vôo, mas mesmo sendo caro vale muito a pena. Cuidado para não fazer que nem eu e perder metade do vôo, rsrsrs.

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Oi Marcos, td bom? Parabéns pelo relato! ::otemo::

Pretendo fazer uma parte do que vc fez em novembro tbm, o que me ajuda muito como ponto de referência!

Vc gostou da Thiago Tours para fazer o passeio do Salar? Passagem de ônibus vc comprou ainda no Brasil ou na hora mesmo? Muita gente compra na hora, mas como a época é a mesma saber de quem estava lá na mesma época, se estava sussa ou não, é uma mega ajuda.

Estou ansiosa para ler onde mais vc foi no Peru, ai talvez eu tenha mais coisa para te perguntar.

Mas as suas fotos ficaram lindas...vou querer voltar depois para fazer as cidades q não vou conseguir fazer dessa vez kk

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Oi Marcos, td bom? Parabéns pelo relato! ::otemo::

Pretendo fazer uma parte do que vc fez em novembro tbm, o que me ajuda muito como ponto de referência!

Vc gostou da Thiago Tours para fazer o passeio do Salar? Passagem de ônibus vc comprou ainda no Brasil ou na hora mesmo? Muita gente compra na hora, mas como a época é a mesma saber de quem estava lá na mesma época, se estava sussa ou não, é uma mega ajuda.

Estou ansiosa para ler onde mais vc foi no Peru, ai talvez eu tenha mais coisa para te perguntar.

Mas as suas fotos ficaram lindas...vou querer voltar depois para fazer as cidades q não vou conseguir fazer dessa vez kk

 

 

Valeu Juliana!

Então, as únicas passagens que comprei com antecedência foram a de avião de sp a Campo Grande e de ônibus na volta, de Cuzco para São Paulo. No geral foi bem tranquilo conseguir passagem na hora. Os únicos lugares onde comprei passagem com algumas poucas horas de antecedência foi de Sta Cruz para Sucre e de Uyuni para La paz. Mas acho q mesmo assim eu conseguiria na hora, se precisasse. Tbm não reservei hostel nenhum. Em La Paz tive q reservar alguns passeios. Não é todo dia que tem e eu tbm não conseguia de um dia para o outro, seguido. Qto à Machu Pichu, ouvi dizer q era necessário reservar com boa antecedência o passeio se fosse pela trilha inca, que é bem "disputada". Mas nós fomos pela Salcantay e foi tranquilo. Salcantay reservamos com dois dias de antecedência. Ah, o trecho de ônibus entre Campo Grande e Corumbá também é bem "disputado".

Nós ficamos na estrada de 10/10/12 a 22/11/12. Não é temporada e é possível conseguir preços mais em conta. Onde conseguimos os maiores descontos foi no Salar e na trilha Salcantay para Machu Pichu. Era o final da estiagem, portanto haviam lugares beeeem secos (bebemos muita água). Algumas paisagens estavam com seus rios secos. E a neve em alguns lugares já havia derretido. Segundo os moradores locais, em novembro começam as chuvas, mas em 2012 as chuvas estavam atrasadas.

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oi Marcos, estou acompanhando seu relato, farei igualzinho seu roteiro, mas de forma inversa. Uma dúvida, o vôo de Nazca é 90 dólares mais taxa de embarque por pessoa ou por grupo? Valeu

 

 

Fala xará! Qdo vc vai? Já que vai fazer o caminho inverso, atente para os horários de ônibus. Em alguns lugares só há poucos horários de saída. Em alguma das respostas anteriores eu coloquei o link de um site com os horários de ônibus. Ele é bem útil. Qto à sua questão, o vôo é 90 dólares mais taxa de embarque de 25 soles por pessoa! Salgado né? E a gente descobriu isso qdo chegamos lá. Quase desistimos do vôo, mas mesmo sendo caro vale muito a pena. Cuidado para não fazer que nem eu e perder metade do vôo, rsrsrs.

 

 

Sabe dizer se existe opção de fazer esse passseio de balão??? Se rolar, acho que deva ser bem mais proveitoso!!!

E realmente esse preço é foda!!!

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oi Marcos, estou acompanhando seu relato, farei igualzinho seu roteiro, mas de forma inversa. Uma dúvida, o vôo de Nazca é 90 dólares mais taxa de embarque por pessoa ou por grupo? Valeu

 

 

Fala xará! Qdo vc vai? Já que vai fazer o caminho inverso, atente para os horários de ônibus. Em alguns lugares só há poucos horários de saída. Em alguma das respostas anteriores eu coloquei o link de um site com os horários de ônibus. Ele é bem útil. Qto à sua questão, o vôo é 90 dólares mais taxa de embarque de 25 soles por pessoa! Salgado né? E a gente descobriu isso qdo chegamos lá. Quase desistimos do vôo, mas mesmo sendo caro vale muito a pena. Cuidado para não fazer que nem eu e perder metade do vôo, rsrsrs.

 

 

Sabe dizer se existe opção de fazer esse passseio de balão??? Se rolar, acho que deva ser bem mais proveitoso!!!

E realmente esse preço é foda!!!

 

 

Pô cara! É uma ótima ideia hein? Imagina ver as linhas de Nazca a bordo de um balão??? Seria show de bola! E acho q seria mais barato. Infelizmente acredito que não exista isso, pelo menos por enquanto. Nunca ouvi falar sobre isso e também não vi nenhum balão por lá. Eu vi teu relato sobre Natal. Tenho familiares e de tempos em tempos vou pra lá. A cidade é bem agradável, pena que anda meio mal cuidada. Mas ainda assim vale muito a pena ir.

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