Membros andradelucas Postado Junho 7, 2013 Membros Postado Junho 7, 2013 Minha viagem iniciou em 07 de fevereiro de 2012, é... eu sei o que vc está pensando... todo mundo se justifica por ter atrasado tanto a escrever o seu relato.... mas, fazer oq?? Rsrsrs, o esquema é o seguinte.... as cidades não devem ter mudado de lugar, nem os costumes também, então... se vc está tentando montar um roteiro de viagem, ao ler este relato, espero que possa ter uma ideia do que te espera... Minha viagem começou aqui no mochileiros... a princípio, eu queria apenas ir pro Peru, em busca de Macchu Picchu, após ter conversado com um colega de trabalho, o Jackson, que já havia feito este percurso antes, e me falou muito bem sobre o Peru... Eu encontrei o Mochileiros.com através de indicação dele... Depois de muito pesquisar, eu descobri o Downhill na estrada da morte em coroico, saindo de La Paz, Bolivia... o que me fez repensar o roteiro, pois eu queria muito fazer aquele passeio... daí, comecei a ler outros relatos sobre a Bolivia, e me apaixonei... modifiquei totalmente o roteiro inicial, que previa apenas o Peru, agora, incluí a Bolivia, o que me saiu muito vantajoso, já que o custo de vida na Bolívia era muuuito mais baixo que no Peru, e sem falar nas passagens aéreas... rsrsrsrs. Através do site, um jovem baiano, entrou em contato comigo, procurando companhia para viajar... Seu nome é Leonardo. Trocamos alguns e-mails, ele me add no face, e passamos a conversar, depois por telefone... o roteiro dele era um pouco diferente do meu, mas afim de ter uma companhia agradável (é claro que seria muito mais agradável se fosse uma baiana linda, ao invés de um baiano gente boa... mas.. fazer o que né??? Bola pra frente...). O roteiro do Leo tinha início em Lima, e ele viajaria 15 dias antes que eu... então, ele ficou enrolando la no Peru, até chegar em La paz, onde nos encontraríamos e seguiríamos viagem juntos... Primeiro dia de viagem: Eu sempre quis sair do País... conhecer outros lugares, onde as pessoas falassem outros idiomas.. sempre sonhei que estava entrando em outro país, mas nos meus sonhos, eu sempre acordava antes de entrar, ou era impedido de atravessar a fronteira... ou quando conseguia entrar... todo mundo fala português.. ’ kkkkk. Eu sempre me perguntava como seria estar num lugar onde as pessoas não falam meu idioma... Quando iniciei minha viagem, eu saí de Aracaju, fui pra salvador, de la, pra São Paulo, e então, cheguei em Sta Cruz de La Sierra, Bolivia... Meu primeiro contato internacional... Bom... na verdade, eu já havia tido um contato internacional, na sala de espera em Guarulhos.. uma jovem, loira, linda, Inglesa, estava indo pra Bolivia também... achei que seria uma ótima oportunidade pra treinar meu “the book is on the table”, mas infelizmente a inglesinha não me deu muita moral.. kkkkkk, enfim, não me desanimei com isso... Chegando em Sta Cruz, a fila pra carimbar o passaporte estava lotada... o meu voo estava cheio de brasileiros, estudantes de medicina boliviana (mau sabia eu que encontraria vários brasucas estudando la...), mas foi bem tranquilo... sem perguntas, ou revistas, carimbaram meu passaporte e enfim, estava em terras bolivianas... Obs.. achei interessante comentar, que para entrar na Bolivia, eles te dão um papel com algumas perguntas a serem respondidas, e entre elas estavam as seguintes perguntas... “vc pretende praticar roubos ou homicídios no país?”, “vc pretende traficar drogas ilícitas”?kkkk coisas deste nipe... achei engraçado, e fiquei me perguntado se haveria algum traficante honesto que iria ser sincero e falar... “sim, vim trazer umas maconhas, em troca de umas folhas de coca tratadas...” kkkkkkk Enfim... piadinha sem graça a parte.... estava eu na Bolivia, e uma coisa que todo mundo falava pra mim... “espanhol é igual o português, só que com um sotaque diferente... da pra entender muito bem.. é bem simples...” não sei quem foi o infeliz q inventou isso... queria colocar esta pessoa em Sta Cruz, pra ver se da pra entender bem mesmo.. eu, sem noção nenhuma de espanhol, (confiava no meu portunhol sem nunca haver estudado antes...) encontrei um brasileiro no aeroporto (outro sem noção de espanhol) e resolvemos rachar o taxi até um hostel.... agora, assim comecei a falar com o motorista (um gordinho muito simpático, que gostava de rir) tive a primeira sensação de estar lascado .... não entendia bulhufas do que o cara falava... ele também não nos entendia... mas, enfim... negociamos a corrida, e saímos conversando com o motorista... era de madrugada... passamos por alguns hostels, procurando repouso, mas os preços estavam muito mais acima do que a Alice havia dito.... (Alice era o nome da autora do meu guia...) então, depois de muuuito procurarmos, encontramos uma espelunca, quero dizer, um hostel.. um dos mais esculhambados que fiquei em toda a viagem... bom, como estava muito cansado, depois de praticamente 24h de translado, serviu e muito bem pra minha necessidade básica... DORMIR... Hoje, se eu voltasse pra la, não teria ido a um hostel em sta cruz.. as coisas la, são muito mais caros que no restante do País... o Aeroporto fica muito longe da cidade, e os taxis são caros... e como não iria fazer nada em sta cruz, era só passar a noite pra pegar o voo na mahã seguinte... poderia ter economizado uma grana e dormido no aeroporto, no famoso primeiro andar, como vários mochileiros que estavam la... Enfim.. fica a dica... se não pretende ficar mais tempo em sta cruz, só o pernoite, vale mais a pena, e é muito mais emocionante passar a noite no aeroporto... fazendo jus a sua reputação de mochileiro... rsrsrsrs Amanheceu o dia, o taxista que havia nos levado ao hostel, foi me buscar na manhã seguinte, para que eu pegasse meu voo pra La paz... Isso mesmo, a grande maioria dos mochileiros vão direto pra sucre, mas, como eu iria encontrar o Leo, fui direto pra La Paz... comprei a passagem de avião pela empresa boliviana, não me recordo o nome... Nesta viagem, sentei ao lado de um boliviano muito simpático, ele falava um portunhol bacana, e conversamos praticamente toda a viagem... ele disse que já havia viajado ao Brasil, a Alemanha, e a vários outros países, mas que achou o Brasil um dos países com o custo de vida mais caro... disse q eu iria perceber em La paz, que o custo de vida la, era bem mais inferior que ao praticado em Sta Cruz... Conversa vai, e conversa vem... olho pela janela e me deparo pela primeira vez com aquilo que era meu sonho... ver neve... era o meu primeiro contato “visual” com a cordilheira dos andes... aquelas montanhas gigantes com aquela neve branquinha por cima, me fez parar pra pensar em uma coisa que até então não havia caído a ficha... “La fora, deve fazer muito frio, pensei eu...” e tive a feliz ideia de perguntar ao meu colega de viagem, se em La Paz fazia muito frio... ele sorriu, e disse.. “asdfdkjfah”, é isso mesmo... não entendi bulhufas do q ele disse... mas, no final da frase parece q entedi algo do tipo... “quando vc chegar la vai ver”... momentos depois o piloto estava dando as boas vindas... ele falou que acabávamos de chegar em La Paz, disse o horário, e falou que a temperatura estava a 5 graus... mas, é claro q eu não entendi, só fui perceber quando ele repetiu em inglês, mas o seu inglês não era muito compreensível (assim como todos os demais pilotos brasileiros) eu pedi ajuda ao meu amigo boliviano, que ao se levantar (sempre rindo) me perguntava onde estavam os meus casacos.... “casacos???” é... todos estavam saindo do avião com sobretudo, roupas de couro e tudo mais... enquanto eu, estava com um chapéu do Brasil na cabeça, uma mochila nas costas vestindo um tênis e uma bermuda... então, só pra situar... havia saído de Aracaju, e é claro que la não existe frio... por isso não tinha roupas de frio, e fui direto pra la paz... chegando em uma altitude de aproximadamente 4.061m.... digamos, que não precisa ser inverno pra estar frio... mas... eu tava de férias, com as expectativas a mil... não estava nem aí para o frio... comprei uns chocolates, umas balas (horríveis) de coca, e comprei um par de luvas, que posteriormente, percebi que foram muuuuuito caras... acho que paguei uns 80 bolivianos... mas, realmente estava precisando delas... acho q valeu o dinheiro... O Aeroporto de La Paz, fica um pouco longe da cidade, eu perguntei pra uma senhora simpática como chegar no centro da cidade, e ela me disse que eu tinha duas opções... a primeira era pagar 50bolivianos em um taxi, a outra opção era pagar algo em torno dos 3,8bolivianos e ir de van.... é claro q eu fui de van.... kkkkk olhei na saída do aeroporto, tinha uma fila, perguntei se era a fila pra ir pra cidade... disseram q sim, e já fiquei por la mesmo... hehehehe, eu sei... não sou de furar filas, mas acho q foi a altitude... quando vi, já estava entrando numa vanzinha, bem apertada.... paguei a corrida, disse pro rapaz que queria descer perto da plaza del armas... kkkkk, em todo lugar tem uma plaza de armas... e pra minha alegria, ele falou pra eu descer bem próximo ao hostel que o Leo estava hospedado... Ficamos hospedados no Loki... Assim que encontrei meu companheiro de viagem, partimos para o centro de La Paz, para conhecer um pouco da cidade, e principalmente comprar minhas roupas de frio, bota, mochila, saco de dormir, e uma soroshe phils (uma pilulazinha que serve pra ajudar nos sintomas da altitude)... então... já que iria dar inicio a minha mochilagem de La Paz, eu resolvi que compraria todas as coisas que iria precisar la mesmo, pq aqui no brasil as coisas eram muito caro.... já tem mais de um ano que voltei de viagem, e continuo usando minha mochila, bota e roupas que comprei la... todas estão em perfeito estado... mas, é bom tomar cuidado, pq la existe muita falsificação! Para minha alegria, o Leo entendia bastante destas coisas, e me ajudou muito nas escolhas... já neste mesmo dia, depois de feita as compras, saímos em direção de encontrar uma agencia pra fazer o downhill... andamos, e pesquisamos os preços em váaarias agencias, mas em todas o preço estava bastante salgado... compramos o passeio em uma agencia chamada “(...)” não me lembro do nome da agencia, mas fica em uma casa de andar na calle sarganaga, perto do mercado das bruxas.... A negociação foi pesada, e conseguimos comprar por uma pechincha... eles ficaram de nos buscar no Loki no dia seguinte bem cedo... então, saímos, comemos e fomos dormir para nos preparar para o grande dia... Obs.: Se vc vai pra La paz, e vai chegar assim como eu, de avião, sem antes ter se aclimatado em outra cidade com altitude mais baixa, é aconselhado tomar cuidado com o soroche, o mau da altitude... muitas pessoas passam mau, precisam de oxigênio... mas, muuitas pessoas, inclusive eu, não sente tanto assim... os principais sintomas são o cansaço... uma simples caminhada faz parecer q vc andou vários km... e ainda mais naquelas ladeira íngremes de La paz... nos primeiros dias, eu não conseguia comer.. ficava cansado de mastigar, não conseguia caminhar e falar ao mesmo tempo, mas depois fui me adaptando bem.. Chegando a noite, no hostel, encontramos nossos vizinhos de quarto, e pra minha surpresa, estava dividindo o quarto com uma Israelense que tinha cidadania brasileira, mas, não falava uma palavra em português. Ela era muito gente boa, e falava inglês muito bem, ao contrario de mim, que estava na fase do “The book is on the table”, rsrsrs. Ela tava passando muito mau, acho que tinha comido alguma coisa estragada... eu tinha uma caixa de floratil... hehehe, indicação da Alice... dei pra ela, e pronto... ficou novinha em folha... o que me rendeu alguns benefícios... além de bons momentos de conversa com ela, depois do downhil, precisei de cuidados médicos, e ela estava agradecida, e me deu um gel milagroso contra pancada.... O dia amanheceu, e fomos esperar nosso grupo de passeio pro downhill. Quando a van chegou, estava um grupo de chilenos, uma australiana linda, um velhinho simpático e conversador, que falava vários idiomas... um grupo muito simpático.... chegamos, como todo brasileiro q se preze, fazendo barulho, rindo, contando piadas.... nessa época, todo mundo achava q todo brasileiro cantava “ai se eu te pego”... ai, eles queriam nos agradar e começavam a tocar...as vezes, entravamos na onda, mas nem sempre.... chega uma hora q vc cansa de ouvir... “Nossa, nossa... assim vc me mata...” kkkkkk fiquei com isso na mente por vários dias.... Chegamos no local onde iriamos iniciar nosso passeio. O tiozinho, muito sem noção, trocou de roupa la mesmo, num frio desgraçado, só de cuequinha.. kkkkkk. Então, mas iniciamos o passeio, e por uns instantes pensei no que dizer a família do meu amigo leo... o coitado quase partiu dessa pra melhor, logo nos primeiros metros de descida... ele tentava andar mais rápido, e abaixou na bicicleta pra pegar um “vácuo”, nessa hora a roupa dele prendeu em algum lugar, e ele desequilibrou, e quase caiu.... mas, passado o susto momentâneo, seguimos descendo e parando pra tirar fotos em paisagens de tirar o folego... esse passeio realmente vale muito a pena.... Estavamos descendo e eu muito empolgado, depois de muito tempo sem andar de bicicleta, me sentia o próprio Rubinho... kkkkkk, na parte de estrada de chão, tinha uma pedra grande, e como eu tava muuuuito rápido, numa velocidade alucinante hehehehe, eu não consegui desviar da bendita pedra e ai pronto... fui pro chão... kkkkkkk, nessa hora veio os guias vieram pra perguntar se eu tava bem, se queria parar, ou seguir de carro.... nessa hora só veio na mente a seguinte frase “Yo soy brasileño e no desisto nunca”... kkkkkkk isso mesmo, eu falava as frases metade em portunhol, e metade em português mesmo.. kkkkkkk, e depois da pancada quase não conseguia pensar pra falar...mas, não havia me machucado muito... só umas leves escoriações... levantei, e continuei minha jornada, admirando as belas paisagens... depois de um certo tempo, me recuperei completamente, e voltei a correr... kkkkkkkkk. Não queria ficar por ultimo... sabe como é né??? Bom, após o fim do passeio, tomamos banho, almoçamos e voltamos pra La Paz... Chegamos no hostel, estávamos cansados, e eu com alguns hematomas, devido ao pequeno incidente no passeio.. desta vez, a Israelense que foi beneficiada com o meu floratil foi muito gentil ao me oferecer um gel milagroso que ajudou a combater a dor... Em La paz, andamos bastante, trocamos dinheiro no Banco do Brasil a um cambio excelente... conversamos muito com várias pessoas de diversas nacionalidades.. após três dias la, decidimos ir a Sucre. Pegamos um ônibus pra Sucre. Mas, antes de viajar, sabíamos que iriamos passar a noite na estrada, e como não esperávamos que o ônibus parasse em uma rodoviária equipada com várias lanchonetes, limpas, e bem organizadas, decidimos comprar um lanche no subway pra levar e comer na estrada... depois descobrimos que havíamos feito um ótimo negócio.. O ônibus parou no meio da madrugada, em uma cidadezinha, para que os passageiros fossem ao banheiro, comprassem alguns lanches... e tinham umas “cholitas” vendendo uns lanches de procedência duvidosa... (as cholas, são uma historia a parte daquele país... kkkkkk elas dominam o comercio... kkkkk). O Onibus parou na rodoviária, e nós fomos no banheiro, pagamos o bom e velho 1 boliviano pra usar os banheiros mais imundo que já vi na vida... e a tiazinha tava la, dormindo, coitada... naquele frio, ao relento, ao lado do seu cesto de queijo e biscoito.. acredito eu... não lembro qual era a mercadoria... mas, o ônibus chegou, comemos, conversamos e saímos, e a tiazinha ficou la dormindo... tadinha, não vendeu nada... nos divertimos bastante por la. Encontramos uma alemã, de um outro ônibus, fazendo o percurso contrario ao nosso (estava seguindo pra La Paz) e achou interessante o quanto estávamos rindo das maiores bobagens possíveis... Amanhecemos o dia em Sucre... Citar
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