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Depois de passar 1 ano e meio sem viagens internacionais finalmente consegui tirar meu período de férias e viajar pelo Sul da África.

Para essa viagem poder dar certo eu juntei o feriado da Semana Santa com o mês de férias e no final consegui 35 dias de folga.

 

Essa viagem não teve um planejamento detalhado, mas foi um sucesso. Isso foi legal por que o roteiro era flexível e muita coisa eu realmente só decidi na hora, quando já estava lá. Em tão pouco tempo não posso dizer que conheço todos estes países, para mim o importante é que visitei os locais que queria, que considero highlights do Sul da África, e interagi com o povo.

 

Segue o mapa da rota realizada:

 

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598da65357926_SouthAfrica.png.fe8f3c282c6ab47834d256d3daa0cf5d.pngÁfrica do Sul - Johannesburgo

 

A aventura em solo africano teve início em Johannesburgo, para chegar até lá peguei um voo da South África Airways(SAA) saindo de São Paulo. Foram aproximadamente 9 horas de voo, a diferença de fuso horário é de +5 horas em relação a Brasília. As aeronaves da SAA são confortáveis, tem sistema de entretenimento, bom serviço e bons preços (R$1665 / GRU – JNB com taxas).

 

A imigração na África do Sul não tem burocracia, o agente pergunta se a viagem é a trabalho ou turismo e pronto! Carimba 3 meses de permanência no passaporte, simples assim. (Brasileiros não precisam de visto para a África do Sul)

 

O aeroporto (OR Tambo) é enorme e recebe voos do mundo inteiro, realmente investiram muita grana para receber os turistas durante a copa de 2010. O meu voo chegou lá às 7h da manhã, e isso foi ótimo, pois tive o dia inteiro para conhecer a cidade e ter as minhas primeiras impressões da África do Sul.

 

Fiquei hospedado no Shoestrings Airport Lodge, em Rhodesfield, pertinho do aeroporto e da estação de trem (ZAR 150). De lá é super fácil se locomover para Sandton, Park Station e Pretória dentre outros. Nessa passagem por Johanesburgo conheci o Museu do Apartheid, o parque de diversões (Gold Reef City), a Nelson Mandela Square, em Sandton, e fiz um bate volta a Pretoria para visitar o Voortrekker Monument. Tudo isso em um final de semana, antes de voar para Victoria Falls.

 

A primeira impressão de Johannesburgo não foi muito boa, clima frio, muitos carros, muitos prédios e grande vai e vem de pessoas. Depois dos passeios tudo foi ficando mais interessante, jantei uma noite em um hotel que tinha próximo ao meu hostel, fora do orçamento mochileiro, mas a comida era ótima e tinha carnes exóticas (ZAR 160).

 

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Voortrekker Monument

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Zimbabwe.png.4f3704a70b393bdac15628d152e08757.png Zimbáue - Victoria Falls

 

Depois de 2 dias na África do Sul peguei um voo para Victoria Falls no Zimbábue. Fiz esse trecho de avião porque eu tinha milhas a vencer no programa da United Airlines, o voo foi operado pela SAA e foi tudo tranquilo.

 

Em Vic. Falls tudo é muito simples, chegamos por volta do meio dia e pela primeira vez senti o calor da África. O aeroporto é bem pequeno e o desembarque foi feito na própria pista. Ao ver meu passaporte brasileiro o agente sorriu e me saudou, em português, com um bom dia bem alegre.

 

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Aeroporto de Vic. Falls

 

A fila da imigração é um pouco lenta, esperei uns 45 min para fazer todo o procedimento. Solicitei o visto com múltiplas entradas e fiz o pagamento (US$45). No Zimbábue eles utilizam o dólar americano como moeda local.

 

Do aeroporto para a cidade a única opção é pegar um táxi. Fiquei novamente no Shoestrings Lodge, não sei se é do mesmo dono, mas o nome é o mesmo. Esse é, sem dúvida, o hostel mais animado de Victoria Falls. Lá eles têm boa estrutura, boa comida, tenda de massagem, bar, piscina e rolam festinhas todos os dias.

 

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Shoestrings Lodge

 

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Cataratas

 

No mesmo dia que cheguei à cidade visitei as cachoeiras durante a tarde. Assim como em Foz do Iguaçu, há diferentes pontos de observação das cataratas. Na entrada do parque as pessoas vedem artesanato e oferecem capas de chuva, eu pensava que não era necessário, mas não há como não se molhar. A queda d’água é muito forte e o vapor que sobe cai logo em seguida como uma forte chuva.

 

Achei totalmente seguro andar na rua, a cidade é bem pequena e não tem como se perder. Tem restaurantes, LAN house, supermercados, feirinhas e muitas agências que oferecem passeios. As grandes atrações da cidade são as cataratas e a ponte. Durante os dias que estive lá comprei o pacote de aventura que inclui salto de Bungee Jump, Bridge Slide e Bridge Swing (US$165). Essas 3 atividades são feitas na ponte que liga a Zâmbia e o Zimbábue.

 

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Victoria Falls Bridge

 

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Salto de Bungee

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Botswana.png.923cc611a0134fd1dc739b11bd91c0eb.png Botsuana - Chobe

 

No dia seguinte eu fiz um Safári no Chobe National Park, localizado na Botsuana, e foi um dos passeios que mais gostei de fazer. O passeio durou o dia todo, eles me pegaram no hostel pela manhã e seguimos rumo a fronteira. O procedimento entrada/saída é bem rápido, como eu tinha o visto de múltiplas entrada no Zimbábue não tive nenhum problema em fazer esse passeio. Já na Botsuana, assim que chegamos à agência que organiza o passeio, foi servido o café da manhã com pães, bolo, café, chá e biscoitos.

 

A primeira parte do passeio foi feita no rio Zambeze, pegamos um barco e fizemos uma espécie de cruzeiro para observar as belezas do rio e tudo que estava às suas margens. Foi possível ver manadas de elefantes, hipopótamos, empalas e crocodilos dentre outros...No barco eles oferecem água, e refrigerantes. O almoço também foi bem farto e com direito a sobremesas.

 

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Rio Zambeze

 

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Elefantes

 

A segunda parte foi feita após o almoço, é o que chamamos de game drive, a parte terrestre do passeio. Nos enfiamos no caminhãozinho e saímos em busca dos animais pela savana. Não consegui ver os Big five, mas fiquei super contente em ver 3 deles, dentre outros animais que ali habitam. Os três foram leão, elefante e búfalo (faltaram o rinoceronte e o leopardo). Leopardos são muito difíceis de serem vistos, em dias quentes como aquele, eles fogem para as regiões mais fechadas onde tem mais sombra e podem ficar no topo das árvores.

 

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Girafas

 

A experiência do safári foi bem interessante. Os motoristas, que também são guias, conhecem bem o parque, fazem paradas para fotos e dão muitas explicações sobre a fauna e vida dos animais. No final do dia voltamos para o Zimbábue para aproveitar o restinho do dia com a galera mochileira. :D

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Zambia.png.97141e3494657510f2237eb6a5ae3af0.png Zâmbia - Livingstone

 

Para entrar na Zâmbia o visto é um pouco mais caro (US$50, única entrada), peguei minha mochila numa manhã e fui caminhando do Zimbábue até a Zâmbia. Na fronteira há muita gente que trabalha com câmbio de moedas. Eles trocam, Dólares, Euro, Rands e dólares da namibianos. A moeda oficial da Zâmbia é o Kwacha.

 

Em Livingstone fiquei hospedado no Jollyboys backpackers, quem faz reserva de hospedagem tem transporte gratuito até fronteira, eles mandam um carro para lá 2 ou 3 vezes por dia para pegar e deixar pessoas. A entrada para visitar as cachoeiras fica nesse mesmo local. No meu caso, não tinha reserva de nada, nem sabia dessa opção, peguei um táxi e paguei US$2. O Jollyboys tem boa estrutura e fica bem de frente ao Memorial do David Livingstone, primeiro inglês a explorar a região, que acabou dando nome à cidade.

 

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Jollyboys Backpackers

 

Durante a noite é possível encontrar barzinhos pela cidade onde rola música ao vivo, African Jazz, Blues, e música local. Durante minha estadia em Livingstone dei também uma passadinha rápida num mercado local conhecido como Maramba Market, é o maior da cidade.

 

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Museu Livingstone

 

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Avião em frente ao museu

 

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Maramba Market

 

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Tenda de cereais

 

 

Até então eu não tinha entendido como é que funcionava o sistema de transporte para a população local, porque não existem linhas regulares de ônibus entre as cidades e não há hora certa para sair, a regra é sair quando estiver cheio. Eu ficava imaginando se eles realmente esperavam dias e dias para poder viajar e como é que eles faziam para viajar quando a grana não dava. Foi ai que iniciei minha maratona de caronas pela África. Foram várias e várias saindo da Zâmbia, e cruzando toda a Namíbia, até chegar a Cape Town.

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Namibia.png.22d46ec341e895b72ab8113680e69b6d.png Namíbia - Windhoek

 

Na Namíbia os brasileiros têm entrada livre, não precisa pagar para obter um visto, mas eles são bem exigentes no preenchimento do folheto da imigração. Você deve colocar o número exato de dias que pretende ficar no país, o endereço do local de hospedagem, e a quantia que pretende gastar nesse período. No meu caso, eu disse que ficaria 10 dias e o agente carimbou exatamente 10 dias.

 

A primeira cidade da Namíbia é Katima Mulilo, não tem absolutamente nada de interessante, não quis me hospedar lá. Parei em um posto de gasolina, fiz uma pausa para lanche, e comecei a conversar com as pessoas que estavam ali para saber como deixar a cidade. Juntamente comigo, havia mais 4 pessoas que queriam ir para Windhoek, mas não havia transporte para levar nos. Nesse dia esperei muito, muito mesmo, e tive que fazer uma combinação de trechos para chegar a capital.

 

Peguei um carro até a cidade de Rundu, cheguei de madrugada, esperei o dia amanhecer e lá consegui uma carona com Angolanos até Windhoek. Essa foi uma das melhores caronas que peguei, o carro era novinho e fomos ouvindo muito Afro house e Semba com Puto Português (Cantor angolano que particularmente gosto muito).

 

A chegada a Windhoek foi surpreendente, eu já tinha visto algumas fotos da cidade, mas ela é realmente muito mais desenvolvida do que eu pensava. As ruas são limpas, arborizadas, o trânsito flui, os prédios são bonitos, e as pessoas são elegantes. Foi eleita a cidade mais limpa da África.

 

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Avenida da Independência

 

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Metropolitan Namíbia

 

Fiquei hospedado no Cardboard Box, o quarto era confortável e pela manhã rolava umas panquecas muito boas. A capital é muito boa para compras, muita gente da Zâmbia e da Angola vai lá para fazer compras. Os Angolanos são facilmente reconhecidos pelo seu sotaque mwangolê. Um dia eu estava no shopping e assisti a um desfile de cabelos africanos, modelos belíssimas esbanjando muito charme, e elegância, com suas roupas e penteados.

 

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Zoo Park

 

Em um giro pelo centro pude apreciar os jardins do Zôo Park na avenida da independência, a galeria nacional, o parlamento da Namíbia e a igreja de Cristo.

 

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Christians Church

 

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Parlamento da Namíbia

 

Swakopmund

 

Swakopmund foi outra grande surpresa na Namíbia, esta é uma cidade costeira muito aconchegante e com grande influência alemã. Foi lá que tive o meu primeiro contato com o Atlântico durante essa viagem.

 

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Hotel Legacy

 

A cidade de Swakopmund é como se fosse um Oásis no meio do deserto. Depois de horas dirigindo em uma rodovia com paisagens desérticas chegamos à entrada da cidade. O caminho da entrada é repleto de palmeiras e todas as casas são de arquitetura alemã.

 

Em Swakop é possível fazer sandboarding, andar de quadriciclo, e de camelo no deserto. Caminhar pela orla é muito relaxante, lá, do outro lado do Atlântico, o sol se põe no meio do oceano. Outras atividades bastante populares são salto de paraquedas, voo de balão pelo deserto e cruzeiro para ver golfinhos e leões marinhos.

 

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Antonius Residence

 

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Sossusvlei

 

De volta a Windhoek eu queria ir até Sossusvlei, mas o tour oferecido pelas agências era muito caro, o meu orçamento mochileiro não alcançava. O passeio de dois dias custa o equivalente a R$800 e a saídas geralmente são na Sexta e no Sábado. Durante a semana só rola se tiver gente suficiente e o preço é diferenciado.

 

A solução foi correr atrás de uma boa e velha carona, foram 3 até chegar ao Sossusvlei Lodge. Fiz paradas em Mariental, e Maltahohe. A famosa placa do Trópico de Capricórnio é vista no caminho entre Windhoek e Rehoboth.

 

Em Maltahohe consegui uma carona com um grupo de italianos que estava indo para Sossusvlei, o motorista era um Sul Africano filho de Portuguesa com Italiano. Logo, falava português, inglês e italiano fluentemente. Um cara muito gente boa!

 

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Sossusvlei Lodge

 

No Sossusvlei Lodge eu aluguei uma barraca (ZAR 120) e acampei por duas noites no deserto. O céu a noite era espetacular, bons momentos de reflexão com direito a chuva de estrelas cadentes. Lá mesmo no Hotel eu contratei o passeio para visitar os vales e as dunas, me custou ZAR 600. No caminho passamos pela famosa duna 45, Big Mama, Big Daddy e visitamos Deadvlei (vale de árvores mortas). Utilizando a mesma permissão de entrada no parque eu fui até o Sesriem Canyon por conta própria no período da tarde.

 

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Deadvlei

 

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Sesriem Canyon

 

Para voltar para Mariental, peguei carona com um casal de velhinhos que fez o passeio comigo, eles são de Cape Town e estavam viajando pela Namíbia. Saindo de Mariental a próxima parada foi em Keetmanshoop, após uma refeição rápida segui adiante, o objetivo era chegar a Luderitz.

 

Luderitz

 

Luderitz é uma cidade pequena, mas com muita história. No passado já foi liderada pelos Alemães e pelos Sul Africanos. A cidade lembra um pouco Swakopmund, mas tem um charme diferente. Próximo a Luderitz está localizada a cidade fantasma de Kolmanskop, a região foi abandonada após a primeira guerra mundial, quando foram encerradas as atividades nas minas de diamantes. As casas abandonadas servem hoje como atração turística e cenário para filmes.

 

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Casas em Kolmanskop

 

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Casa Abandonada

 

Anualmente é realizada uma competição onde um diamante é enterrado em uma das casas, depois de dada a largada quem encontrar o pote com o diamante é o dono da pedra.

 

Foi ótimo viajar pela Namíbia, 10 dias bem aproveitados.

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598da6551ab7e_SouthAfrica.png.a3e326adcd4f88283a20e5662278b1c8.pngÁfrica do Sul - Cidade do Cabo

 

Na fronteira Namíbia/África do Sul peguei carona com um caminhoneiro, 14hs de viagem até chegar a Cape Town. Na Namíbia as estradas são retas gigantescas e a paisagem é quase sempre árida, desértica. Já na África do Sul tudo é muito bonito, as estradas rodeiam as montanhas, passam por fazendas, plantações de uva, é possível ver criações de gado, pequenos lagos e muito verde. ::otemo::

 

A Cidade do Cabo é maravilhosa, fiquei hospedado em Long Street, no Blue Mountain Backpackers. As melhores guesthouses de Cape Town ficam em Long Street, pois este é um ponto central. Está de frente à Table Mountain, próximo ao Waterfront, Camps Bay e Green point.

 

No mesmo dia em que cheguei a Cape Town fui conhecer o Waterfront a noite. Jantei em um restaurante português chamado Tasca de Belem, estava passando em frente, procurando local para comer, e fui atraído pela música, estava tocando Nelson Freitas. O restaurante tem ótima comida e preços razoáveis.

 

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Waterfront a noite

 

Na manhã seguinte o clima estava ótimo para subir a Table Mountain, acordei de manhãzinha o dia estava ensolarado e dava pra ver toda a montanha. Em Cape Town o clima muda muito rápido, às vezes faz frio pela manhã, e calor durante a tarde. No dia seguinte, por exemplo, a montanha amanheceu coberta de nuvens e estava muito frio para subir até lá.

De cima da Table Mountain da para apreciar toda a Cidade do Cabo. Dá pra ver a orla, o estádio, os picos vizinhos (Lion’s Head e Signal hill) e bem ao fundo Robben Island, ilha onde Nelson Mandela ficou preso durante 27 anos.

 

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Lion's Head

 

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Boneco da Coca-Cola

 

Gostaria muito de ter visitado Robben Island, até comprei o bilhete, mas no dia o passeio foi cancelado devido às condições climáticas. Começou a chover, então cancelaram o passeio e devolveram o dinheiro. Eu tinha a opção de reagendar o passeio, mas teria que esperar 3 dias.

 

O passeio pela Península do Cabo também foi sensacional, reservei no próprio hostel e eles fizeram o contato com o pessoal da BazBus. Pegaram-me pontualmente às 8h no hostel, e após pegar todos os passageiros, começamos o tour passando por Camps Bay rumo a Hout Bay. Em Hout Bay tem uma feirinha, e é possível fazer um passeio de barco para ver leões marinhos. Ninguém do grupo teve interesse em fazer esse passeio, fizemos uma pausa para pic nic e seguimos para Boulders Beach, em Simon’s Town, para visitar a colônia de pingüins.

 

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Hout Bay

 

Já na reserva do Cabo da Boa Esperança fizemos um trecho de bike, paramos para o almoço, e em seguida subimos em uma caminhada de aproximadamente 30 min para apreciar o visual. Terminamos a visita tirando fotos no local onde fica a famosa placa “Cape of Good Hop”.

 

Em Cape Town fiz amizade com a galera de um estúdio de dança, lá eles organizam festinhas muito boas. A melhor de todas foi um baile Afro-Latino, no German’s Club, eram dois salões, um rolando Salsa e outro só de Kizomba. Sucesso demais, todos ficaram impressionados em ver um brasileiro fã de ritmos Afro-latinos.

 

A visita ao aquário também é imperdível, a garotada enlouquece ao ver o aquário de "Nemos" (peixe-palhaço).

 

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Aquário em Cape Town

 

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Cabo da boa esperança

 

Encerradas as minhas atividades em Cape Town o plano inicial era seguir pela Garden Route rumo a Port Elizabeth, e Durban, para finalizar a viagem. A idéia me parecia ótima até chegar lá, mas no dia de deixar o hostel levantei da cama, senti o clima e mudei de idéia. Tomei um banho quente e fui para rodoviária, comprei passagens para Maputo (Moçambique, hahahah). Ainda me restavam 8 dias de viagem.

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Mozambique.png.ec224812dde7cb2dfb12ab5df48d8e30.png Moçambique - Maputo

 

Moçambique e África do Sul são países vizinhos, mas com realidades totalmente diferentes. O Moçambique é bem mais pobre, bastou cruzar a fronteira para a paisagem mudar totalmente e aparecer muito lixo nas ruas, carros velhos e chapas lotadas. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelo país gostei da vibe moçambicana, clima tropical, boa receptividade, boa música, boa comida e praias belíssimas. Isso era o que me esperava na última semana de viagem.

 

Moçambique, assim como o Brasil, foi colônia portuguesa mas tem muitos traços da cultura Árabe. Nas ruas de Maputo é possível ver muitas obras deixadas pelos portugueses, assim como, mesquitas islâmicas e prédios da comunidade muçulmana. O próprio nome do país deriva do nome de um comerciante Árabe, Mossa Al Bique, o idioma oficial é o Português.

 

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Estátua Samora Machel

 

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Fortaleza em Maputo

 

Em Maputo fiquei no Fatima’s backpackers, na avenida Mao Tse Tung. Em um dia deu para conhecer muita coisa da capital.

No próprio Fátimas eu fiz a reserva do traslado (700 meticais) para a praia Tofo em Inhambane. São 9h de viagem, o carro sai por volta das 5h da manhã e vai até o Fatima's Backpackers de Tofo.

 

Tofo

 

A praia do Tofo é muito tranquila, é um ótimo local para mergulhar e relaxar. A praia é deserta, areia branquinha e poucas ondas.

Mergulhei com a galera da Tofo Scuba e foi sensacional!!! Mergulho com direito a ver tubarão baleia e tartarugas, isso fez valer a pena toda a distância percorrida.

 

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Praia do Tofo

 

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Botes na praia

 

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Pôr do sol

 

De volta a Maputo fiquei sabendo de um grande festival de Zouk que ocorre anualmente na cidade.Festival Tropical Zouk, um evento organizado pela MCEL, companhia telemóvel de Maputo, que traz cantores famosos de Zouk de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, França e Caribe. Uma excelente forma de encerrar a passagem por Moçambique, quem curte música luso-africana sabe a alegria que é participar de um evento como este.

 

Enfim... hora de voltar pra casa. Peguei o Intercape com destino a Johannesburgo e lá embarquei de volta para o Brasil já cheio de saudades daquela terra. Grande aventura em terras africanas, ótimas recordações de Moçambique, Zimbábue, Zâmbia, Namíbia, Botsuana e África do Sul.

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INFORMAÇÕES ADICIONAIS

 

África do Sul

Idioma: Inglês

Moeda: Rand (ZAR)

Fuso: UTC +2

Capital: Cidade do Cabo – Legislativa / Pretória – Executiva / Bloemfontein - judiciária

Visto: Brasileiros não precisam de visto

 

Voos Domésticos:

Airlink - http://www.flyairlink.com

Kulula - http://www.kulula.com

Mango - http://flymango.com

SAA - http://www.flysaa.com

 

Transporte terrestre

Intercape - http://www.intercape.co.za

Translux - https://www.translux.co.za

Greyhound - https://www.greyhound.co.za

Baz Bus - http://www.bazbus.com

 

Obs: Para fazer a conversão de Rands para Real basta dividir o valor por 4(Por exemplo 100 ZAR = R$25)

 

Zimbábue

Idioma: Inglês

Moeda: Dólar Americano (US$)

Fuso: UTC +2

Capital: Harare

Visto: Single – US$35 / Double entry – US$45

Voos Domésticos:Air Zimbabwe - http://www.airzimbabwe.com

 

Zâmbia

Idioma: Inglês

Moeda: Kwacha (ZMW)

Fuso: UTC +2

Capital: Lusaka

Visto: Single – US$50 / Double entry – US$80

Voos domésticos: Proflight: http://www.flyzambia.com/

 

Botsuana

Idioma: Inglês

Moeda: Pula (BWP)

Fuso: UTC +2

Capital: Gaborone

Visto: Brasileiros não precisam de visto

Voos domésticos: Air Botswana – http://www.airbotswana.co.bw

 

Namíbia

Idioma: Inglês

Moeda: Dólar Namibiano (NAD)

Fuso: UTC +1

Capital: Windhoek

Visto: Brasileiros não precisam de visto

Vôos domésticos: Air Namíbia - http://www.airnamibia.co.na

Obs: O Rand Sul Africano e o Dólar Namibiano tem mesmo valor, a conversão é 1:1 (1 ZAR = 1 NAD)

 

Moçambique

Idioma: Português

Moeda: Metical (MZN)

Fuso: UTC +2

Capital: Maputo

Visto: Single US$80, válido por 30 dias.

Voos domésticos:

LAM Mozambique – http://www.lam.co.mz

Kaya Airlines

Obs: Para fazer a conversão de Meticais para Real basta dividir o valor por 15. (Por exemplo 150 MZN = R$10)

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