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El Choro Trekking | La Paz - Bolivia 4 Dias


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  • Colaboradores

El Choro Trek

 

A história começa em La Paz – BO. Dicas de um guia de trekking boliviano faz a atenção sobre o El Choro Trek subir consideravelmente. O mesmo falava sobre a facilidade deste trekking que é de 3 a 4 dias.

O caminho de El Choro era usado antigamente pelos Incas que liga El Cumbre (Considerado o ponto mais alto de La Paz sendo também o inicio do trekking) até Coroico, uma cidade mais ou menos 110km de La Paz.

Obs: A história é de 20 Páginas, vou resumir para não ficar chato.

 

Como chegar?

É possível chegar até El Cumbre de duas formas.

1- Taxi: Custo médio de Bs.140,00. Vale a pena se forem em um grupo de 4 pessoas!

2- Onibus: Pegar um onibus que vai até coroico mais pedir para o chofer parar em El Cumbre! Valor de Bs.30,00 por pessoa.

 

Inicio, Primeiro Dia

Era em torno de meio dia quando cheguei a El Cumbre de ônibus. Desta vez acompanhado. Logo “na entrada”, existe uma casa onde conseguimos um mapa e algumas informações realmente muito uteis. Tínhamos que atingir o real El Cumbre que fica a cerca de 30 minutos de caminhada desde a casa de informações. A caminha é quase só de subida em um tereno seco, cinzento que as vezes nos surpreendia com algumas pequenas lagunas.

 

Quando cheguei ao topo, um vento forte soprava, um vento frio, mas um frio bom. Paramos pra comer e eu me afastei em direção a um penhasco onde vi uma das paisagens mais linda que já tinha visto até ai. Eu estava no topo de uma montanha, olhando para vão que era formado por duas outras montanhas. Elas estavam localizadas uma a minha direita e outra a esquerda e juntando aquela onde eu estava, formavam um “U”. Eu olhava para o centro deste “U”. Olhava para um penhasco de pedras escuras e la no final deste penhasco um verde fraco, desbotado que completava a paisagem. Peguei a trilha Inka e comecei a caminhada. Eram decidas em zigue-zague ingrimes em cima de pedras formadas pela própria montanha. Mais ao fundo, onde se encontra o pouco de areá verde da região, era possível ver algumas ruínas, bastante destruídas, construídas com pedras e logo ao lado um pequeno riacho formado pelo degelo das montanhas onde eu estava. Em uma parte desta decida ingrime e demorada, encontrei uma pequena corredeira de água que descia por uma rocha. A água era cristalina. Avaliei o lugar de onde ela vinha e constatei que aquela água era pura pra tomar e me delicie com uma água natural e gelada. Até mais pura do que aquela que eu levava na mochila.

 

Ao chegar la embaixo, me deparei com as ruínas Não tão incríveis mas era possível imaginar suas histórias. Segui a trilha que agora era de terra, grama e pedras colocadas ali por pessoas. Tinha uma largura de 1,5m. Nos cantos da trilha eram pedras maiores que demarcavam os terenos aos arredores. A vegetação era baixa e verde. A trilha seguia logo ao lado de um pequeno riacho que aos poucos ia aumentando e ficando mais rápido e furioso. Após passar por dois pequenos vilarejos, já cansados, decidimos armar acampamento em um ponto onde, da trilha, não era visível O mesmo se localizava ao lado do riacho. Armamos acampamento e decidi explorar o tereno. No meio da minha “explorada”, escorreguei em uma pedra úmida e cai com uma das pernas no riacho. Voltei pro acampamento, tirei a roupa molhada, botei um calçãozinho e fui saciar minha vontade de entrar no riacho. Água congelante mas cristalina. Sabia que essa já não era mais própria para consumo mas igual dava vontade de bebe-la. Preparei um arroz com velas improvisadas que demorou muito para ficar pronto e depois me deitei na barraca antes da chuva chegar.

Segundo Dia

 

Acordei cedo, abri a barraca, o tempo estava úmido, um frio suportável e delicioso, céu nublado e o barulho do rio ao lado, com correntezas furiosas, batendo contras as pedras. As montanhas estavam repletas de um verde mais intenso, talvez por causa da umidade, com exceção de duas, mais ao sul, onde, no dia anterior, eu havia passado. Uma visão deslumbrante, esmagadora que me pegou de surpresa. Aquelas montanhas que atingiam as nuvens, de terra escura e rochosa, agora estavam brancas e brilhantes. Dominadas pelo gelo, pelo frio e pelo vento. Era possível observar, no passar de minutos, a montanha perdendo sua coloração branca e voltando para sua cor acinzentada enquanto derretia aumentando o fluxo do rio que corria a poucos metros de onde estava.

 

Seguimos trilha sem muita enrolação. Estávamos atrasados no roteiro, cerca de 3 horas. O caminho seguia em vegetação baixa e a trilha larga com o chão formado de pedras. Todas colocadas a mão, por alguém, a centenas de anos atras. Em todo seguimento o rio nos acompanhava e nos acalmava com sua melodia agressiva.

 

Estava começando a escurecer quando encontramos o vilarejo de Choro. Na verdade não existe nenhuma casa habitada, apenas duas abandonadas onde não é possível se alojar pelas más condições. Entretanto, existe um pequeno terreno antes da ponte de Choro onde cabe uma barraca. Decidimos que, por falta de resistência física, iriamos passar a noite neste lugar. Armamos a barraca e com algumas velas esquentamos água para fazer uma massa rápida junto com um purê de batatas em pó. Comi e me dirigi a barraca antes que começasse a chover.

 

Terceiro Dia

Cansado e sem energia, agora em uma mata mais densa e fechada, um clima mais úmido e com uma temperatura mais elevada tornavam cada passo mais complicado.

 

Em todo momento eram retas, cobertas por matos. Grande parte da trilha ainda era de pedra. Nada natural, todas colocadas a mão! Então logo vinha uma decida mais ingrime. Já sabia que no final dessa decida encontraríamos com uma cachoeira que desce do topo da montanha para se juntar ao rio principal. Sempre era mais bonita, mas desafiadora, e muitas vezes mais forte do que a anterior. Era sempre uma alegria encontrar esse tipo de cachoeira, pois era o momento de descanso onde era possível se refrescar e curtir uma paisagem linda. As paradas eram em torno de 30 minutos para cada 2 a 3 horas de caminhada. Essa água já não era mais confiável para se beber, pois vinha de uma floresta densa onde habitam muitos animais. Apesar de tudo que tinha de bom na parada, a volta sempre se mostrava complicada. Alem de estar com os músculos duros e frios, todas cachoeiras eram acompanhadas por uma subida de 20 a 30 minutos.

 

Chegamos, finalmente, no ultimo ponto de acampamento. Um vilarejo conhecido como Sandillani. Ele contava com cerca de 10 cabanas habitadas por nativos e um vasto terreno para acampamento. Pedimos que nos preparassem uma janta e armamos acampamento. Antes de dormir fiquei observando o céu que, em parte estava limpo e devido a escuridão total do vilarejo que não tem luz, mostrava toda sua imensidão e suas inúmeras estrelas que não param de surgir. Enquanto a outra parte, mais ao horizonte, estava fechada, cheias de nuvens e com relâmpagos fortes que clareavam toda a imensidão das montanhas, que dali, podiam ser vistas. Quando as primeiras gotas chegaram, entramos na barraca e dormimos sem perceber.

Quarto Dia

 

Acordei, após uma noite chuvosa, em meio aquela aldeia simpática, com o barulho de um martelo batendo forte sobre uma lata. O sol em 1/4 já acertava o teto da barraca, deixando tudo que havia dentro com uma cor alaranjada. Eram 9h. Levantei, desarmei a barraca, estendi sobre uns fios de arrame que se localizavam ao lado da casa do senhor que nos acolheu e pedi para que me preparasse um café pois estava faminto. Não importava tanto se o pão estava mofado. O acompanhamento foi de ovo. Tudo só era visto no prato como fonte de energia.

 

Diferente dos outros dias, esse já inicio mais alegre, afinal só restavam três horas de caminhada até a ultima parada antes de Coroico.

 

Apos a barraca secar, sem muita cerimonia, seguimos viajem para mais uma caminhada, que dessa vez, não tão intensa. A trilha se resumia em mata fechada, solo de barro úmido e somente descida. Sem muitas surpresas e com muito cansaço cerca de 3 horas e meia após a partida, chegamos até a cidadezinha chamada Chairo onde alugamos um carro por Bs.100 e seguimos em direção a Coroico para então retornar a La Paz.

Dicas Sobre o El Choro Trek:

-Pode ser Realizada em em 3 dias e 2 noites.

-É de nível fácil, qualquer pessoa pode fazer sem a utilização de guias e não necessita uma resistência física elevada.

-O consumo médio de aguá diária é de 2L por pessoa.

-Evite umedecer seus tênis/botas. Pois o tempo normalmente é dublado e não da tempo para secar.

-Chegue em torno de 8h da manha no primeiro dia e você vai encontrar neve e não vai atrasar sua caminhada.

-Se programe para armar sua barraca até 18:30 no máximo.

-Se programa para chegar em um vilarejo até 18 horas pois após a metade da trilha, é quase impossível armar barraca em qualquer lugar pois o mato é muito fechado e a trilha estreita.

-Não dependa de madeira para fazer sua comida. Toda madeira é molhada!

-Leve uma sacola para colocar seu lixos recicláveis.

-Se necessário fazer necessidades fisiológicas, faça fora da trilha e enterre.

-Jamais saia com uma mochila que pese mais de 10km. Combine com seu Hostel em La Paz e deixe itens e roupas desnecessária lá.

-Não esqueça seu protetor e seu repelente.

Agradeço a todos e quem fizer este trekking, gostaria de ser informado e ler o relato.

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  • 2 semanas depois...
  • 2 meses depois...
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Olá Dalvan!!

 

Não sei se lembra de mim, mas conversamos pelo blog ano passado antes de vc começar sua viagem, eu também estou fazendo o mochilão pela América do Sul com meu esposo...

Utilizei seu guia e fiz o caminho El choro, está no nosso blog o relato http://diariodeumcasalmochileiro.blogspot.com.br/

Obrigada pela ajuda, seu relato nos fez economizar 200 dólares hehehe

Estamos muito cansados da viagem, e acho que logo retornaremos ao Brasil, obrigada amigo mochileiro

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