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::otemo:: Olá pessoal..

Vou tentar relatar aqui, com algumas fotos, a minha viagem pela Bolívia e Peru, para que assim eu possa contribuir com os mochileiros que quiserem seguir esse roteiro, assim como muitos, que através dos seus relatos contribuíram comigo. Bom foram vários meses de planejamento para definir o roteiro, gastos, lugares, passeios etc.. Essa sem sombra de dúvidas foi uma das partes mais importantes das viagem, e (pelo menos para mim) muito prazerosa, já que, estava vivendo na teoria, o que logo mais viveria na prática, mas chega de lenga lenga e vamos para o relato. Ahhhh, eu programei a viagem para ir sozinho, mas tive a surpresa da companhia do meu irmão, Henrique, que decidiu ir comigo aos 45 do segundo tempo,...rsrs.. O roteiro que segui foi o seguinte:

 

Dia 05 – Saída são paulo Barra funda (ônibus)

Dia 06 – Chegada a Corumbá

Dia 07 – Saída trem da morte (Quijarro)

Dia 08 – Chegada a Santa Cruz de la Sierra e Partida para La Paz

Dia 09 – Chegada a La Paz

Dia 10 – La Paz

Dia 11 – La Paz

Dia 12 – La Paz

Dia 13 – Copacabana/Isla del Sol

Dia 14 – Isla del Sol/Copacabana – Saída para Cusco

Dia 15 – Cusco – City Tour

Dia 16 – Cusco – Vale sagrado

Dia 17 - Trilha Inca

Dia 18 – Trilha Inca

Dia 19 – Trilha Inca

Dia 20 – Trilha Inca

Dia 21 – Cusco (Dia livre)

Dia 22 – Retorno São Paulo

 

Dia 05 – Saída são Paulo (Barra Funda)

 

Esse foi o inicio da viagem, compramos previamente as passagens pela viação Andorinha, com saída de SP as 16:30, com destino a Puerto Suarez, e o “Bus” saiu pontualmente no horário marcado... O valor da passagem foi R$ 217,00 (vou tentar me lembrar de todos os valores cheios, pois como não anotei nada, os centavos já é demais né...rsrs), e no ônibus víamos pouquíssimos brasileiros (na verdade só 3, contando meu irmão e eu..rsrs) e foi nosso primeiro contato com a cultura Boliviana... No ônibus, entre uma parada e outra, conhecemos uma moça que estava no mesmo ônibus que nós (a outra brasileira) que morava em Corumbá, e já foi nos dando várias dicas no caminho, de onde ir, onde ficar, etc... Chegamos em Corumbá por volta das 11:00 da manhã, num calor de mais de 40°, e nossa amiga Sabá, que conhecemos no Ônibus, nos disse para não dormirmos em Puerto Quijarro ou Puerto Suarez, como queríamos, pois eram lugares muitos perigosos, e não tinha nada para fazer, e nos orientou para carimbarmos nosso passaporte e voltarmos para Corumbá, e dormíssemos em terras Brasileiras, pois se ela tivesse algum tempo, até nos mostraria a cidade... Ficamos entusiasmados com a bondade de Sabá, pois além de nos dar várias dicas, ainda se propôs a nos mostrar a cidade. Isso nos faz pensar que ainda existe muito senso de ajuda e auxilio ao próximo nesse mundo, mesmo sem esperar nada em troca, fomos ajudados ao longo da viagem inteira, como vocês vão ver futuramente no restante dos relatos. Sabá se despediu de nós na rodoviária de Corumbá e seguimos com o “Bus” até Puerto Suarez, que era na próxima cidade, na fronteira entre Brasil e Bolívia. Desembarcamos já no lado Boliviano, bem na porta da Aduana Boliviana, e grande foi choque... A cidade é muito diferente de Corumbá, que está no lado Brasileiro, carros diferentes, em mal ou péssimo estado de conservação, pessoas muito diferentes, porém simpáticas, muita, mas muita poeira, e como em Corumbá, sol escaldante de mais de 40°. Descemos e voltamos andando até a Aduana Brasileira para carimbar os passaportes (Obs: Não é necessário passaporte para entrar na Bolívia, apenas com o RG, e a carteira de vacinação da Febre amarela, tirada com 10 dias de antecedência). Chegando na aduana Brasileira, havia uma fila quilométrica de Bolivianos, com certeza mais de 120 pessoas. Fomos procurando o final da fila, e com muito custo encontramos o ultimo, um Boliviano muito simpático que nos informou que não precisaríamos aguardar, e que deveríamos entrar direto na aduana, pois os brasileiros eram atendidos prontamente. Fizemos o que nos foi orientado, e entramos direto na Aduana, com muito medo de sermos linxado...rs

 

Entramos na Aduana brasileira, e logo fomo recebidos por um homem da Polícia Federal, que nos indagou para onde estávamos indo, como, o que iríamos fazer, “tocou o terror” gritando: - “Cuidado, não confiem em ninguém, na Bolívia assalto mão armada, e até sequestro estão acontecendo com muita frequência..” Meu irmão em choque perguntou, em qual região que está assim, e ele respondeu: -“A PARTIR DAQUIIIII! SAINDO DAQUI NÃO CONFIEM EM NINGUÉM!!!...rsrs... ::mmm: A cara de choque do meu irmão quando ouviu seria engraçada, se eu não estivesse tenso também..rs :shock: , mas ele nos deixou no guichê, carimbamos o passaporte, e voltamos para aduana Boliviana, para dar saída do Brasil. Ao chegarmos, por volta das 12:10, estava fechada, e votaria a abrir somente as 13:00. Estávamos desconfiando de todos, e tudo, depois do policial..rs, e o pior, não há fila organizada na Aduana, e já havia várias pessoas esperando, ficamos tentando localizar o último da fila, até que chegou um Boliviano que conhecemos no “Bus”, nos reconheceu e perguntou gritando quem era o último da fila, um rapaz de azul respondeu, e ele gritou: -“Os brasileiros estão atrás do de “Celeste”.... Carimbamos o passaporte e voltamos para a fronteira com o Brasil, para pegar um ônibus, ou taxi para Corumbá. Optamos pelo Taxi devido ao cansaço, e o calor que estava, e pagamos R$ 40,00, mas descobrimos depois, que é possível negociar mais barato, por até 30 mangos. Perguntamos por um hotel barato, já que só embarcaríamos no trem da morte no outro dia, e o taxista nos deixou em um que nos cobrou R$130,00 no duplo, que achei muito caro, e a própria moça da recepção me indicou um próximo, que era mais barato chamado Premier Hotel, na R. Antônio Maria Coelho, no centro, pagamos no duplo R$ 80,00 na base da negociação, é um hotel simples, mas arrumado, com ar condicionado, e com um café da manhã razoável, não tenho o que reclamar...

Como combinado com Sabá, ela nos enviou mensagem, e nos encontramos na praça central, onde comemos um delicioso Pintado a orucum, no restaurante Laço de Ouro, serviu bem nós três por R$ 60 (já com a breja gelada, num calor de 40° não tem coisa melhor). Após o tão esperado almoço fomos conhecer a cidade, visitamos um museu (não me recordo o nome) e fomos caminhar pela orla, e aproveitar pra apreciar o lindo por do sol no Rio Paraguai. Pegamos mais algumas dicas, nos despedimos de Sabá e agradecemos a hospitalidade com que nos recebeu, e fomos descansar para o próximo dia da viagem.

Minha opinião: Se está programado pra dormir em Quijarro ou Suarez, vale a pena investir um pouquinho mais (se houver possibilidade) para conhecer Corumbá e pernoitar nela, pois realmente, Quijarro e Suarez é estranho, perigoso e não se tem muito o que fazer, apesar de ser mais barato para alimentação e hospedagem, por estar no lado boliviano. Ahhhh, guarde o Papel verde que você recebe na imigração, você precisará dele para sair do pais (sem pagar propina).

 

Algumas fotos de Corumbá3.JPG.efae7a8b6f87aaeec5521964018ccd15.JPG

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Dia 07/05 – Quijarro – Trem de La Muerte

Acordamos para enfrentar mais um dia de calor..rsrs, tomamos um belo café no hotel, saimos, decididos seguir até a fronteira de ônibus. Mas por curiosidade, paramos no ponto da taxi para perguntar a corrida, e depois de muita negociação fechamos a R$ 25 até a fronteira. Descemos e já pegamos um taxi boliviano (os brasileiros não entram na Bolivia) para nos levar até a estação de Quijarro, a R$ 20, cambiamos alguns dólares, e seguimos para estação chegando as 09:30... O trem Super Pullman da quinta feira, partiria apenas as 16:00, mas seguindo as dicas aqui dos mochileiros, chegamos bem cedo, para não correr o risco de ficarmos sem passagens. No caminho eu ia imaginando as filas, e a quantidade de mochileiros e cambistas que estariam na estação..rs, porém, não havia ninguém, somente nós..rsrs, compramos as passagens e sentamos para nossa longa espera.... Pegamos amizade com o guarda Ricardo, muito simpático, que fica num balcão de informações turísticas dentro da estação, ele nos explicou, que não há mais muita procura para viagem de trem, pois, devido a reforma da estrada que leva à Santa Cruz, as pessoas estão optando pelo “bus” visto que é mais confortável e mais rápida que o trem, *ponto para os mochileiros*. Ficamos sentados esperando a hora do trem, até que conhecemos o primeiro companheiro de viagem, um Brasileiro chamado Danúbio de 19 anos de Goiania, que estava indo pra Machu Picchu, sem saber pra onde, sem saber o roteiro, ele só sabia que queria passar na Isla Del Sol...rsrs. Na hora do almoço, Ricardo se prontificou a olha nossas bagagens para irmos almoçar e já conhecer o Shopping China, que ficar próximo a estação, e confiamos em deixa-las, meio desconfiados é claro... Fomos os três para o tal Shopping China, e não vi nada de muito interessante lá, a não ser o ar condicionado das lojas..rs, fomos a um restaurante lá mesmo, e a comida era cobrada em real, e pasmem, mais caras que no Brasil... Desistimos do nosso almoço no shopping, e fomos em busca de uma opção mais barata, encontrando-a na frente da estação mesmo, um pequeno restaurante, onde nos foi servido uma tal de Papas Lisas (até agora não sei o que é) por B$ 14 cada, já incluso uma Coca de 2 Litros (Já com a tampa amarela, característica da Bolívia para controle de contrabando).

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Voltamos para estação, onde conhecemos mais um brasileiro, do Rio de Janeiro, que também seguiu viagem com a gente. O calor estava insuportável, e conversando com Ricardo, ele conseguiu “um baño com Ducha”, onde tomei um belo banho por B$ 5... Faltando pouco mais de uma hora para o trem sair, descobrimos que Danúbio não havia dado saída do Brasil, e nem entrada na Bolívia, aí começou a correria, outro brasileiro, que morava em Santa Cruz, viu seu desespero e ajudou também, conseguindo um moto taxi, que o levasse até a fronteira, passasse na frente da fila, com um jeitinho boliviano ($$$$$) e voltasse a tempo de pegar o trem, deu tudo certo, e embarcamos os 5 brasileiros rumo a Santa Cruz... O trem é razoavelmente confortável, possui poltronas razoáveis, e um restaurante até legal, onde passamos maior parte da viagem papeando com Joel (brasileiro que morava em Santa Cruz) um senhor com uma vasta experiência de vida, que nos deu várias e várias dicas sobre a vigem... Bom para esse dia é importante tomar cuidado para entrada na Bolívia (como temos que nos cuidar em qualquer lugar do Brasil) pois somos turistas, e está explicito (não temos as feições de Evo Morales..rsrs) .. Não vi, pelo menos no meu caso, a necessidade de madrugar na estação para comprar passagem para o trem, e vários Gringos, chegaram uma hora antes, e compraram suas, sem nenhum problema, e me chamou a atenção também a ausência de cambistas no local. Outra coisa, na minha opinião, não vale muito a pena ir no Shopping China, a não ser que você tenha um certo tempo sem fazer nada, e esteja disposto (no caso de verão) a enfrentar uma caminhada num sol de 40 graus..rs

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3° dia – 08/03 – Santa Cruz

Chegamos por volta das 08:00, e no Bimodal (Mesma estação para trem e bus) por indicação do Joel, compramos as passagens para La Paz, pela companhia Copacabana, para as 16:00, a B$ 150, com Ar condicionado e “calefacción” (aquecimento) muito útil na madrugada fria das cordilheiras, em poltronas semi-leito. No próprio terminal, há um lugar para Duchar, e fomos enfrentar mais uma Ducha gelada..rs, se não me falha a memória, custou B$ 5... Deixamos nossas mochilas na companhia Copacabana já com o ticket de controle de bagagens (coisa rara..rs), e seguimos para conhecer a praça de Santa Cruz, da qual, Joel prontificou-se a nos levar. Despedimo-nos de Joel, trocamos contato, e fomos andar pelo centro de Santa Cruz, mas como tínhamos muito tempo, resolvemos pegar um taxi e ir até a Feira Ramada, que fica a B$ 10 de distância do centro..rs... A feira é muito grande, e foi nosso primeiro contato mais forte com a cultura Boliviana.. Vimos de tudo, e encontramos de tudo na feira, mas nada que chamasse muita atenção... Vale a pena visitar se estiver com um tempo sem fazer nada, e quiser observar um pouco da cultura boliviana, mas não é muito interessante. Voltamos para o centro e fomos almoçar no Burguer King, onde encontramos mais um punhado de Brasileiros, que voltavam de seu mochilão.. Juntamos as mesas, e fizemos aquela bagunça típica Brasileira.., ::hahaha:: e nos deram várias dicas também de onde ir, ficar e fazer. Trocamos contatos e voltamos ao terminal de taxi, acho que B$ 12.. Compramos água, alguns pães de queijo...rsrs, e embarcamos para La Paz...

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