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Oi, pessoal!

 

Perdão mais uma vez pelo sumiço! É que meu dia-a-dia é pesado pra valer! Mas muitas vezes vou dormir com saudades disso aqui: escrever sobre minha viagem, conversar com vocês. Agradeço os comentários positivos e acho ótimo estar ajudando aos que se preparam para ir ao Perú. Podem contar comigo para dúvidas e sugestões.

 

Vamos aos questionamentos:

 

‘apdianim’, devo ter os contatos de todos os guias em algum folheto ou anotação. Segue o de Juan (Cuzco), que foi quem organizou nossa viagem e nos deu muitas dicas e informações interessantes: 984-633945. O de Jorge, vou procurar e posto aqui assim que encontrar, mas quem nos indicou ele e arranjou tudo foi Juan.

 

GIACOME, o câmbio dólar/soles é isso mesmo: US$1 pra S/.2,50 (encontramos de S/.2,40 até S/.2,60). Já o real/soles, não sei exatamente porque levamos apenas dólares, mas é algo tipo R$1 pra S/.1,20. Quanto a Arequipa, é uma cidade super agradável e lindíssima! Dos passeios que fizemos, aconselho pelo menos dois:

1. Museu Santuários Andinos – Se você gosta, o mínimo que seja, de saber sobre a cultura e a história de um povo, esse é o lugar em Arequipa. É um museu bem equipado e conservado e a visita dura uma hora. Você pode fazer essa visita no primeiro dia e aproveitar o resto da tarde para bater perna pela cidade ou até ir ao Monastério Santa Catalina (mas tem que checar os horários, pois essa é uma visita longa e cara). No dia seguinte...

2. Tour La Campiña – É um tour guiado, em ônibus panorâmico muito legal porque você passeia por toda a cidade, inclusive zona rural. E ainda tem a oportunidade de provar ‘quitutes típicos’ como o queso helado, bombons de várias folhas e milhos. O ônibus sai às 9h e retorna às 14h. Não inclui almoço.

 

‘sgrizone’, não sei a época que você vai, mas eu não arriscaria tanto. Talvez você consiga, se fechar através de alguma agência de turismo assim que chegar lá, mas se for por conta própria, acho difícil!

 

Gente, estou finalizando o próximo dia do meu relato. Acho que é o dia mais difícil de se descrever! Também estou devendo as fotos do último post. Nossa... estou afogada em dívidas!!!

 

Até mais!

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AnaL,

 

Estou AMANDO seu relato e esperando ansiosamente pela continuação...

 

Excelentes dicas! Parabéns!!! ::otemo::

 

Uma dúvida surgiu: onde vc sugere que eu compre artesanatos?

  • 2 semanas depois...
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Ana,

decidi fazer meu 1o mochilão solo - 03/09 a 14/09 - 11 dias no Peru (e, a princípio, Copacabana, na Bolívia).

Li seu relato e extraí mto informação boa! Obrigada por compartilhar :)

Sem dúvidas a viagem foi muito bem aproveitada e bem registrada (lindas fotos), parabéns!

:D

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Olá, pessoal!

Que bom que estão gostando, e que bom que estou ajudando!

Pena que não tenho uma regularidade nas postagens.

Mas fiquem a vontade em perguntar e pedir sugestões, inclusive por mensagens individuais, pois recebo no meu email e fica mais fácil responder.

A seguir... o grande dia!

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08/04 (seg) – O GRANDE DIA: MACHU PICCHU!

 

Acordamos às 4 da madrugada (ainda estava escuro), nos arrumamos e deixamos a mochila pronta para a volta a Cuzco. Conforme combinado na noite anterior, a funcionária do hostal acordou às 4h40 e nos serviu o café da manhã: pão, geléia, café, leite e chá. Enquanto comíamos, outros hóspedes começaram a chegar para o café também. Largamos nossa mochila na recepção e seguimos, ansiosos, para a saída dos ônibus. No caminho, alguns pontos comerciais já funcionando para atender aos turistas madrugadores. Paramos numa quitanda para complementar o lanche: banana é uma ótima pedida!

 

Já havia fila para os ônibus, mas sai um a cada 5 minutos. Continuava um pouco escuro. Eu usava meu gorro e minhas luvas! É, o frio era grande, mas a emoção de estar a caminho da cidade perdida dos inkas era maior ainda! Eu não conseguia acreditar que em alguns minutos estaria em Machu Picchu!

O caminho é lindo, como sempre. Seguimos beirando o rio, com uma paisagem digna de filme (ou novela, hehehe!). Atravessamos uma ponte ‘meia boca’ e começamos a subir a montanha. Caminho estreito, cheio de curvas. Motorista aloprado, cheio de coragem. Turistas malucos, cheios de fé (Era o jeito... hahahaha!). A subida é em zig-zag e o motorista fazia cada curva como se ele fosse o único a passar por ali. Umas duas vezes, cruzamos com outro ônibus descendo... e foi ‘punk’! Mas eles lidam com isso muito naturalmente, como se não houvesse perigo. E tome oração, claro! Depois de uns 40 minutos, chegamos à estação, em frente ao Sanctuary Lodge, o hotel mais chique, e caro, da região (dizem). O parque arqueológico já estava aberto. Meu coração disparou de emoção! Uma fila na entrada, mas logo eles multiplicaram os acessos e a fila foi dissipada. Bilhetes na mão... Coração na boca! Entramos!

Muita ansiedade... quebrada pelo impacto da beleza da primeira vista: logo após cruzar um deck de madeira damos de cara com uma panorâmica de Machu Picchu. Cinco segundos contemplando aquilo tudo. Parecia inacreditável pra mim, mas uma chacoalhada do maridão e eu voltei à realidade... que era aquela mesma: eu estava em Machu Picchu! Depois do momento congelante, começamos a andar rapidinho, o sol não iria esperar por nós! Precisávamos chegar logo à entrada do Wayna Picchu, pois queríamos estar entre os primeiros a subir. No caminho, uma rápida amostra do que nos esperava a partir das 11h (hora marcada para encontrar Jorge e o grupo).

 

Jorge havia nos entregue um mapa de MP para nos orientar até WP, mas nem o seguimos, pois a cidade é bem sinalizada. Chegamos e o sol ainda não havia aparecido. Algumas pessoas já estavam lá, inclusive aquele casal de brasileiros que conhecemos na estação de Ollanta. Uma volta nos arredores e aí sim, o sol começou a surgir, lindo, entre as montanhas. Logo o controle da entrada foi aberto e se formou uma pequena fila. Cada visitante, antes de subir a WP, precisa informar alguns dados para segurança (nome, nacionalidade e assinatura - na entrada e na saída). E, finalmente, começamos a trilha. É sempre sinalizada, mas sem acompanhamento de guia ou fiscal. Alguns comentários que li diziam que não vale a pena encarar essa montanha. Discordo totalmente. O caminho é fascinante! É verdade que se passa por uns perreguezinhos, uns degraus bem altos, uns caminhos estreitos, mas a cada parada a vista é recompensadora. É muito, muito bonito! Já no final da subida, quase chegando ao topo, tem um pequeno túnel de pedras. Antes de atravessá-lo, dei uma mirada de 180° e tive um surto! Isso mesmo. Enlouqueci com a paisagem. É impressionantemente maravilhosa! Toda a MP vista lá de cima! Coisa linda! Passado o ataque, continuamos e chegamos ao topo da montanha. Uma paradinha para o lanche. Todos aproveitam para repor as energias enquanto se deliciam com a vista lá de cima!

 

Bom, não dá pra demorar porque se ficar parado por muito tempo os músculos esfriam e aí fica difícil encarar a descida, que não é fácil! Nos primeiros metros da descida nos deparamos com placas indicativas para ‘La Grand Caverna’. Ali sim, havia dois funcionários do parque que nos informaram que esta trilha nos tomaria cerca de uma hora e meia a mais. Como ainda tínhamos bastante tempo, resolvemos encarar. Nós e aquele outro casal de brasileiros. Isso sim, foi uma péssima escolha. A trilha é super pesada (ou nós já estávamos cansados por causa da subida a WP). Até chegar a caverna é uma descida bem íngreme. Em alguns trechos dá vontade de desistir (mas não adianta mais!). Depois de chegarmos ao destino, algumas fotos e uma aguinha rápida para retornar. Caminho lindo, por dentro da floresta. Mas ‘tudo que desce, sobe’! Danou-se! A cada curva que a trilha dava, imaginávamos que nos depararíamos com o grupo voltando do pico... e nada. Ainda bem que existe o controle pra saber se quem entrou saiu, pois a trilha parecia não ter fim. Mas tem. Finalmente as trilhas se encontraram e nos sentimos aliviados neste momento. Cruzamos com outro grupo de brasileiros que estava subindo a montanha e que nos perguntou se valeria a pena descer até a Grand Caverna. Nós quatro nos olhamos como se perguntando quem daria a notícia: não vale de jeito nenhum. É muito perrengue por muito pouco, apesar de o caminho ser interessante. E no final da visita a MP percebemos que aquele tempo gasto com a trilha da Grand Caverna nos custou momentos de contemplação na cidade perdida. Pois é, acabei não meditando nem apreciando MP como gostaria. Sentimos falta disso. Se querem saber, encarar esta trilha à Grand (grand?!) Caverna foi uma ‘grand’ experiência. Valeu pra poder dizer que eu não iria de novo, apesar de ser um caminho lindo, digno de conto de fadas! Assinadas as saídas, voltamos apressados à entrada do parque para encontrar Jorge e o grupo da visita guiada. No caminho, a equipe da Globo bloqueava a passagem (os turista tinham que contornar), algumas alpacas posavam para os turistas e umas paradinha rápida para fotos.

 

Parêntesis:

O bilhete de entrada a MP vale pelo dia para o qual foi comprado. Desta forma, podemos sair e entrar quantas vezes quisermos. Quer saber o porquê disto? Banheiros, restaurante e lanchonete ficam na entrada, mas do lado de fora.

Chegamos à área externa do parque e logo avistamos Jorge e sua bandeirola de Cuzco com as sete cores do arco-íris (os guias costumam segurar bandeiras para facilitar sua identificação). Apesar de termos comido alguns lanchinhos rápidos, estávamos famintos. Enfrentamos uma pequena fila para encarar um mega sanduba com refri. Foi a refeição mais cara e desejada que tivemos!

 

Curiosidades:

1. A lanchonete, assim como o restaurante, pertence ao Sanctuary Lodge Hotel. Já dá pra imaginar os preços, né? Mas, se você não levar lanche com ‘sustança’, não dá pra aguentar!

2. Em todo lugar no Peru (leiam-se, pontos turísticos) paga-se para usar o banheiro. Em MP não seria diferente: S/.1.

 

Chegou a hora da visita guiada. Jorge juntou o grupo (umas 20 pessoas de várias idades, maioria de brasileiros) e seguimos de volta ao parque arqueológico. Andamos um bocado, subimos, descemos, mas aprendemos muito sobre a história desse povo tão místico e de uma cultura tão rica e interessante. MP é o parque arqueológico inka mais conservado, pois, como é localizado entre grandes montanhas, ficou escondido por muitos anos, até ser descoberto.

Este passeio é fascinante. Aprendemos muita coisa sobre a cultura, sobre a história e sobre o povo da região. Tivemos a sorte de ter um guia culto, divertido, preparado e que desenrola o português. Tenho muito, mas muito o que pra falar sobre este dia, só quenão teria fim e ficaria cansativo para o leitor. Além do mais, não estou aqui para descrever tudo, ‘tintim por tintim’ do que vimos e ouvimos nesta viagem. A intenção é dividir a experiência com outras pessoas interessadas neste país lindo e que sabe receber muito bem, para que saibam que vale muito a pena visitar Cuzco e seus arredores.

 

Deixamos o parque por volta das 13h30. Não sabíamos como seria a descida a AC, se havia fila longa para o ônibus, nem como seria até a partida do trem, às 16h. Havia muita gente na estação em frente ao parque, mas os ônibus saem um seguido ao outro. Mais aventura na descida e chegamos vivos e felizes a AC. Pegamos nossa mochila e resolvemos almoçar ali mesmo, no hostal onde estávamos hospedados. Pois é, lá tem um restaurante e escolhemos uma mesinha na calçada. Ficamos ali, tomando uma Cusqueña (600 ml!!!), conversando sobre a experiência de visitar MP, observando o movimento de turistas prum lado e pro outro, até encontramos um pessoal do nosso grupo (de Jorge). Tudo isso, enquanto esperávamos nosso almoço, que chegou e estava uma delícia! Ah sim, vocês devem estar se perguntando se eu me esqueci de mencionar o momento do banho. Não, não esqueci. É que não dá pra tomar banho antes de seguir de volta para Cuzco. Mas tudo bem, todos no trem devem estar na mesma situação. E estavam! No mesmo trem, encontramos algumas pessoas do grupo de Jorge e a viagem foi super divertida, cheia de comentários e boas lembranças deste dia. Ainda no trem, combinamos com um casal um jantar para a última noite em Cuzco.

 

Em Ollanta, cada um pra um lado, em busca de suas conduções de volta a Cuzco. A nossa, por coincidência, era a mesma de Carol e Francisco, o casal com quem combinamos jantar três dias depois. Continuamos nosso papo, que fez da viagem de volta mais rápida que a da ida. Chegamos a Cuzco no início da noite. Ligamos para Juan, que nos indicou como pegar um táxi e orientar para ir ao hostal dele. Em ‘casa’, tomamos um bom banho, colocamos roupas limpas e saímos em busca de um local pra comer pelas redondezas. Não demorou muito e encontramos uma pizzaria frequentada por locais e com uma placa na porta: “pizza S/.12”. Isso, além da fome, nos atraiu! Comemos rapidinho (uma pizza para os dois foi suficiente!) e voltamos pra dormir. Estávamos exaustos!

 

Custos para duas pessoas:

Bananas em AC - S/.2

Lanche em MP - S/.51

Almoço em AC - S/.54

Pizza em Cuzco - S/.12

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OI Ana, adorei o relato...

 

Estarei indo dia 14 e ainda não me decidi sobre algumas coisas. As passagens de trem vc comprou em Cuzco, foram muito mais caras?

A WP é muito difícil a subida, tenho um pouco de medo de altura,vc fica vendo um abismo embaixo dos pés? Qual hostel vc ficou em AC? Preço?

 

Thanks...

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Ola, meninas!

Que bom que estao gostando!

Lu, fechamos tudo em Cuzco, assim que chegamos la, com Juan. O pacote incluiu Arequipa e MP, com estadias, traslados, passagens e entradas em MP e WP. Por isso, nao tenho como te informar valores separados. So pra vc ter uma ideia, pagamos S/.60 pela diaria com cafe da manha na hospedaje em Cuzco. Se quiser saber mais detalhe, da uma lida no primeiro dia do meu relato.

Quanto a subida a WP, nao eh simples, mas vc nas fica a beira de penhasco! TAMBEM TENHO MEDO DE ALTURA! Mas foi tranquilo. E em relacao a dificuldade da subida, eu sou sedentaria (apenas tenho filhos pequenos) e fiz bem. Agora... no dia seguinte as pernas nao prestam pra nada, kkkkkkkkkk! Mas vale muito a pena subir WP!!!

 

Abcs,

Ana

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