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Postado (editado)

Olá grupo, boa noite!

 

Estou planejando uma viagem longa para o segundo semestre (2 a 4 meses) que estou divindo em duas fases.

 

Fase (espiritual)

 

Meu roteiro inicia-se pelo Tibet com o objetivo de auto-conhecimento, reflexão e descanso. Porém, entrei em alguns sites que fazem esse tipo de viagens e me ofereceram pacotes muito comerciais com uma duração de 15 a 20 dias que fogem totalmente do meu propósito. Quero estar junto das pessoas, entender sua cultura, história e aprender um pouco do seu conhecimento milenar.

 

Então a minha primeira dúvida nessa parte do roteiro é a seguinte:

 

1. Como eu chego lá? Pensei em voar para Londres, seguir para Beijing e depois descer para o Tibet. Porém, como é possível fazer isso? Trem, avião, onibus?

 

2. Indicação de monastérios. Gostaria de ficar de 15 a 20 meditando, refletindo, pensando... gostaria de saber quais aceitam turistas que não são budistas, mas tem muito respeito pela religião e gostariam de conhecer mais sobre o assunto.

 

Fase Conhecimento

 

Na segunda fase da minha viagem, quero pegar a Trans Siberiana sentido Moscow. Porém, minha dúvida é se eu compro um ticket de Londres para Beijing somente de ida, é possível entrar no país? Pois dalí sigo para o Polônia e outras capitais que me interessam.

 

Acho que por enquanto essas são as grandes questões que preciso entender para continuar a desenhar o meu roteiro.

 

Obrigado,

 

Sergio Barros

Editado por Visitante
  • Membros de Honra
Postado

Se vc pesquisar sobre o tibet, vc só vai conseguir entrar com um tour programado. E tem que ser com um grupo de pessoas da mesma nacionalidade. Ou seja vc vai ter que achar companheiros de viagem brasileiros q vão entrar no Tibet na mesma data e sair na mesma data, teoricamente. Tem um roteiro pre definido, mas não necessariamente qando estiver dentro, vc tera que seguir. Sobre ser menos comercial, vc teria que sair de Lhasa e ir para outras vilas, mas novamente, terá q ter permissão do gov chines. Lhasa hoje está tomado pelos chineses, que construiram lojas e shopping. Se vc quer ir para lá, leia muito sobre a situação politica e como esta a entrada para turistas. Cada epoca muda. Com isso vc também vai ver poder estudar como chegar, onde ficar e o que fazer.

  • 1 mês depois...
  • Colaboradores
Postado

Sérgio,

 

Talvez Lama Michel possa te ajudar. Ele é um lama brasileiro que vive no Tibet. Atualmente creio que está no Brasil (vai dar uma palestra em Santos pelo que sei). Veja http://centrodedharma.com.br/wp/nossos-mestres/lama-michel e http://www.espiritbook.com.br/events/como-a-espiritualidade-pode-nos-ajudar-a-lidar-com-a-realidade. A cidade de Shigatse, onde é seu mosteiro, é no caminho entre Kathmandu e Lhasa.

 

Eu fui ao Tibet em 2003. Como disse o heka, as regras mudam muito. Mas mesmo assim vou descrever minha experiência para tentar te ajudar.

 

Primeiro, não fui pela China e sim pelo Nepal. Meu vôo para lá foi pela África do Sul. Parei 4 dias em Johanesburgo (para visitar) e depois fiz 2 escalas na Índia (Bombaim e Nova Deli) para finalmente chegar a Kathmandu. Entrei no Tibet por Kodari/Zangmu. Naquela época era necessário visto especial para o Tibet (que eu não consegui obter no Brasil, só em kathmandu) e não se podia ir por conta própria. O governo chinês exigia que você fizesse parte de uma excursão, como disse o heka. Porém, não era necessário que fossem somente de pessoas da mesma nacionalidade. As agências em Kathmandu montavam grupos com pessoas de diversas nacionalidades. A viagem por terra de Kathmandu a Lhasa é muito bela (foi uma das mais belas que eu já fiz). Você passa pela subida dos Himalaias, incluindo a vista (um pouco distante) do Monte Everest (pode comprar um passeio opcional até a sua base). Você vai visitar vários mosteiros no caminho, porém todos eles (ou quase todos) turísticos. Demorava 4 dias de Kathmandu a Lhasa e custava cerca de US$ 120,00. Você tem a opção de ir de avião também.

 

Se você for por Beijing, pelo que eu ouvi pela imprensa, há agora um trem que vai direto a Lhasa, mas sugiro pesquisar melhor. Naquela época, os que encontrei e fizeram este roteiro ou foram de avião ou foram de ônibus via Chengdu.

 

Sobre o Tibet em si, naquela época a maior parte dos mosteiros e templos de Lhasa e região eram turísticos, como disse o heka. Neles, você vai encontrar alguns rituais e práticas espontâneos, porém a maioria é empacotada para turistas. Desejando fazer o mesmo que você, eu fui a alguns mosteiros fora de Lhasa, que não precisavam de autorização especial do governo chinês (eu acho que não precisavam). Foram os mosteiros de Tar e Tsurpu. O mosteiro de Tar não é turístico, porém não é muito fácil chegar lá. Os chineses não conhecem bem os locais religiosos do Tibet e provavelmente você precisará pedir informações para os tibetanos. Eu consegui uma carona de um tibetano para ir até lá e voltei com um caminhoneiro. Tsurpu já é bem mais conhecido (havia transporte regular de peregrinos para ele), porém eu senti que a recepção não foi muito amistosa a não peregrinos.

 

Naquela época havia um tempo determinado em que você podia ficar no Tibet (eram 15 dias). Entrando por Beijing, as pessoas que encontrei disseram que tinham direito a 30 dias no Tibet. Se você quisesse prorrogar, precisava pedir uma autorização especial. Se você não usaasse o transporte regular turístico de retorno/saída do Tibet, precisava de uma permissão de viagem para poder transitar pelo Tibet sem ser em um grupo/veículo turístico pré-autorizado.

 

Eu conheci pessoas que se decepcionaram com a viagem ao Tibet, justamente por causa dos chineses estarem tomando conta das grandes cidades, por causa dos locais extremamente turísticos e por causa das dificuldades de se ir aos locais devido às restrições impostas pelo governo chinês. Para ir para fora das áreas liberadas, você precisava contratar um guia/motorista autorizado e obter a autorização do governo ou então estaria como ilegal, o que poderia gerar muitos problemas se a polícia turística o detivesse.

 

Além de tudo isso, você vai ter um outro problema que é a língua. A população comum não fala inglês.

 

No Nepal e na Índia você vai encontrar muitos tibetanos, com mosteiros, escolas, centros de meditação, etc, seguindo a linha do budismo tibetano (lamaísmo), pois muitos se refugiaram lá após a invasão chinesa. E tanto no Nepal quanto na Índia será muito mais fácil o acesso a eles.

 

Na Índia há numa província chamada Ladakh, uma cidade chamada Leh, que é um local de refúgio dos tibetanos comuns. Há também Dharamsala (Mcleod ganj), que é o refúgio da cúpula política e religiosa tibetana (Dalai Lama e governo no exílio). A primeira é como se fosse um local simples no interior. A segunda é como se fosse o Vaticano.

 

No Nepal há muitos mosteiros, nas mais variadas cidades. Quando eu estive lá havia uma guerrilha maoísta que desejava derrubar o governo. Pelo que vi pela imprensa isto acabou, mas como o heka disse, creio que é melhor informar-se bem sobre a situação política antes de ir.

 

Se desejar mais informações, escreva para fernandobalm@bol.com.br ou ligue 11-33410224. Terei prazer em ajudar no que for possível. Porém minhas informações são de 2003 e podem estar defasadas.

 

Sobre a transiberiana, vou colocar um artigo neste site, pois acabei devoltar de uma viagem de lá. Acho que não haverá problemas na sua entrada na Rússia, pois quando eu entrei a atendente somente pediu meu passaporte, perguntou se eu era brasileiro, consultou o sistema e liberou meu acesso, sem perguntar sobre passagem de retorno. Conheci muitos outros viajantes que vão de Beijing a Moscou, passando pela Mongólia, e não tem problemas de entrada na Rússia. A única questão que pode ocorrer, é que a polícia comum nem sempre sabe que brasileiros não precisam de visto (quase todos os outros precisam - europeus, americanos, etc) e podem questioná-lo sobre isso. Como eles também geralmente não falam inglês, talvez você possa ter algum pequeno desconforto com isso.

 

Boa sorte e boa viagem!

  • 3 anos depois...
  • Colaboradores
Postado

O Tibete é incrível. Eu tive a oportunidade de estar lá no início de 2016 e foi um espetáculo. E dá para visitar sem pagar pela permissão especial do governo Chinês e sai muito mais barato. Tem uma parte do Tibete que não tem controle. Tem tudo explicado nessa página: http://foradazonadeconforto.com/como-visitar-o-tibete-sem-a-permissao-do-governo-chines/

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