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14/03

La Paz

 

Acordamos mais tarde, aproveitamos para conhecer mais o hostel (a parte de cima é onde servem o café e tem uma TV com sofás e dvds para quem quiser assistir, além de um jardim de inverno...). O café da manhã era bem simples e pareciam que as poucas coisas que tinham para comer e eram bem contadas. :roll:

 

Eu e o Paulo nos encontramos com o resto do pessoal que estava em um hotel (eles não tinham encontrado vaga pro dia anterior e era bem tarde pra ficarmos procurando). Começamos a pesquisar valores para Chalcataia, Estrada da Morte e outras opções de passeios. Acabamos fechando todos juntos (com exceção dos portugueses que à noite iriam para Uyuni) a estrada da morte que saiu 350 bol e um city tour, com Valle de la Luna incluído por 80 bol (sendo que era um tour só para nós 7, os portugueses fizeram conosco) e o cara ainda aceitou cartão de crédito (não cobrou adicional!) ::otemo:: .

 

Saímos na hora do almoço numa van e nosso guia Rodrigo, foi mostrando um pouco da cidade, dizendo uma monte de informações sobre La Paz e a Bolívia etc etc. Engraçado que muitas vezes ele apontou as deficiências do país que não era poucas... enquanto víamos pichados muros o orgulho a Evo e Che Guevara, talvez os bolivianos não fossem alienados como eu pensava. :o

 

A nossa primeira parada foi no Valle de La Luna e a diferença de temperatura entre lá e o local de onde saímos era gritante ::ahhhh:: ... passamos também pela parte mais rica da cidade, que é bem próxima ao Valle. Vimos casas bonitas, prédios arrumados, parecia que tínhamos saído da Bolívia ::lol3:: (rs) O Valle de la Luna é bem legal, vi muitos comentários de pessoas "metendo o pau" no lugar, pois comparando com o do Atacama não chega aos pés... de qualquer forma, valeu a pena a experiência. :D

 

No retorno paramos num lugar onde tinham vários "quiosquezinhos" para experimentar o tal de la lucha (acho que esse era o nome) um sanduíche preparados pelas cholas limpinhas da cidade ::lol4:: . Nesse sanduíche vinha pernil, tomate e um pedacinho de torresmo e era bom... ::cool:::'>

 

Depois seguimos para ir no mirante... dá pra ver a cidade toda. Não sei se estávamos em La Paz ainda, se era El Alto... parecia um favelão ::lol3:: (rs). Mas tiramos bastante fotos e conseguimos ver vários pontos da cidade que tínhamos parado anteriormente.

 

Em seguida foi a vez da Plaça de Armas de La Paz. Em termos históricos, é a parte mais bonita ::otemo:: . Lá em volta, ficam a catedral, o palácio da polícia e o palácio do presidencial (é onde o Evo fica governando o país ::bruuu:: ...). Aliás, nós passamos também pela casa dele... era bem grande a casa e achamos ela feia.... ::bruuu::

 

Passamos também pelo estádio nacional, por uma praça que era uma cópia do Tiwanacu, uma outra praça que tinha um relógio inglês, presente dos britânicos já que o bolivianos são super atrasados ::hein: , pela 25 de Março deles...

 

Tivemos outra parada em uma viela que encontram-se vários museus e pelo que entendi, La Paz nasceu naquele lugar. Aquele lugar também era super bonitinho e charmoso ::love:: , mas também durante à noite essa ruazinha fica fechada, explicando o motivo pelo qual eles conseguem manter o local arrumado.

 

No final, todos pedimos pro Rodrigo nos deixar na rodoviária pois precisávamos pesquisar valores/companhias para Oruro e de lá, pegarmos o trem (já que o ônibus direto era mega perigoso, mais pra frente explico :roll: ). O que descobrirmos, com muito custo, que havia poucas e boas empresas, porém com com muitos horários e que teríamos que comprar no dia. Aliás, a funcionária da empresa que escolhemos para viajar pra Oruro era bem mal-educada e antipática ::quilpish:: . O preço para o semi-leito era 60 bolivianos e o nome da empresa eu não me recordo. Nesse dia, (logo depois) também compramos o trem de Oruro para Uyuni, para embarcamos no domingo (17/03) às 19h. O trem era o Wara Wara e pagamos pelo melhor vagão, por volta de 95 bolivianos :wink: .

 

Nesse momento nos despedimos dos portugueses, já que eles iriam de buso pra Uyuni e nós resolvemos passear no Mercado de Bruxas (que era bemmm próximo do nosso hostel).

 

O mercado é bem bizarro ::hãã:: , porque além do artesanato, dos itens para bruxaria que as cholas vendem (entre estes os famosos fetos de lhama... horríveis ::bad:: ), é possível encontrar lojas para esportes/equipamentos para montanha falsificados e originais.

 

Foi nessas andanças pelo mercado que acabamos comprando casacos da "North Face" de penas de ganso (mega quentes e super bem feitos ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'> ) por volta de 270 bolivianos, casacos impermeáveis (de verdade! :lol: ) por menos de 200 bolivianos (também North Face) e sacos de dormir que saíram por volta de R$ 20 reais (!!!). O único pois dos sacos é que eles são imensos, mas ajudaram muito em Uyuni...

 

Mesmo cansados e no dia seguinte teríamos a estrada da morte, fomos até o Burguer King e comemos 2 sanduíches gastando módicos R$ 15,00... (precisávamos de um lugar que aceitasse cartão, pois não tínhamos mais bolivianos ::putz:: ).

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15/03

La Paz

 

No dia anterior, um funcionário do hostel havia perguntado se iríamos tomar o café da manhã e eu (só que como a van para a estrada da morte passaria antes das 8h e o café começava exatamente nesse horário) tentei jogar um charme para que ele respondesse que adiantariam um pouco o horário para que pudéssemos comer :twisted: . Só que ele se fez de desentendido e marcou nosso nome no livrinho do Provençal que não iríamos comer no dia seguinte. :evil:

 

Acontece que, como bons bolivianos, os caras do passeio atrasaram e nós estávamos com muita fome. Enquanto o meu Paulo e o Paulo Guilherme aguardavam embaixo, eu, a Letícia e a Angélica subimos na esperança de tomarmos um cafézinho... Só que a funcionária que ficava no "restaurante" não queria que comêssemos já que tínhamos avisado que não tomaríamos café. Lembro de ter sempre muitas bananas à disposição e ela regulou até as bananas ::grr:: . Neste quesito, achamos o hostel péssimo, muito sovinas (peloamor! ::putz:: ).

 

De repente, a van aparece e todos seguimos até a famosa cumbre da estrada da morte, onde o downhill é iniciado. Dentro da van, além da gente e dos 2 carinhas que nos acompanhariam e do motorista, claro, tinha um japonês e um casal israelense. Eu estava mega ansiosa e ao mesmo tempo com medo :oops: . Não sabia o que iria encontrar, até porque não estou acostumada a andar de bicicleta e esse era exatamente o ponto que mais afligiu-me. A Letícia também estava, menos, mas também ansiosa. Ficamos conversando, rindo, imaginando o que seria estrada "peligrosa". Acontece que a menina israelense começou a olhar muito feio para gente e nós ignoramos-a por completo ::tchann:: .

 

Depois de 1h e pouquinho de viagem chegamos a La Cumbre. A chata da israelense e seu amigo (sim, eles eram amigos...) começaram a encher nosso saco pois os óculos de um deles havia sumido dentro da van e colocaram a culpa na gente (depois os imbecis encontraram-o dentro da van ::bruuu:: ).

 

Bom, a cumbre estava com muita neblina, pois altitude lá é bemmm alta e fazia um frio do cão ::Cold:: (temperatura negativa). Os carinhas da agência disseram que estava perigoso demais para começarmos dali e que andaríamos mais um pouquinho. De fato andamos um pouco mais... paramos num lugar onde tinha umas "casinhas de madeira", eles nos deram as roupas, equipamentos de segurança etc (calça, casaco, luvas, joelheira, cotoveleira e capacete que protegia a mandíbula), além da bicicleta. Ele pediu que testássemos as bikes, ver altura do selim... entre outros e deu várias instruções. As principais eram: manter-se a direita, lembrar que não era corrida de fórmula 1 :!: , se quiséssemos parar, teria um cara a frente de todos e atrás da mesma forma, além da van que também nos acompanharia, era só fazer um sinal para estes. Além disso, o primeiro trecho da estrada é feito na parte asfaltada, mais confortável, menos curvas, mais seguro, só que mais frio, mais alto e com carros e caminhões... então teríamos que ser zelosos.

 

Quando começamos a descer, comecei a sentir só um pouquinho do que estava por vir... começou a cair uma chuvinha fina, junto ao frio (mesmo usando segunda pele por baixo, luva de fleece além da luva de proteção, toca de lã e bota impermeável) parecia que as minhas mãos estavam prestes a congela ::Cold::::Cold::::Cold:: r. O fator ir devagar, quase parand, também potencializou a "friaca"... e, claro, que eu estava por último, quer dizer, o Paulo estava me acompanhando logo atrás e o outro rapaz da agência também.

 

O visual realmente é tirar o fôlego ::love:: , mas estava com tanto, mas tanto frio ::Cold:: , que acabei optando por fazer o resto do percurso na parte do asfalto dentro da van. O Paulo também entrou e quando percebemos já estávamos todos molhados e tremendo ::Cold:: . Logo depois, todo mundo acabou entrando, pois estava com muita neblina e os instrutores acharam que não valia a pena o risco. Eles nos deixariam no começo da 2º parte da estrada, onde começa o trecho terra/pedras.

 

Nossa... nem acreditei quando começamos :o , o lugar era belíssimo mesmo, mas era incrível perigos ::ahhhh:: o... era tenso demais ::mmm: . Além das pedras, buracos, terra, precipícios, tinha chovido muito na noite/madrugada anterior, e foram inúmeros os trechos com quedas d'água capazes de derrubar qualquer um que passa-se por ali. As vans nem podiam percorrer mais o caminho atrás da gente, já que a situação estava calamitosa :shock: . A minha bota impermeável ficou parecendo uma piscina :? ... a água entrou, mas não saía... por diversos momentos, eu e o Paulo (sempre os últimos) discutíamos porque ele queria que eu fosse mais rápida e eu pedia pra ele ir atrás de mim, e não ao meu lado ::prestessao:: .

 

Outro fator que deixava qualquer um (pelo menos pessoas equilibradamente aventureiras...rs) com calafrios, era as largura da estrada em determinados trechos ::ahhhh:: . E a cruzes com velas e santos? Tinham milhares pela estrada... inacreditável que os caras usavam aquilo como estrada e tentavam fazer ultrapassagens (como?! hein?! :o:o:o ).

 

Por diversos momentos, eu fiquei com tanto medo que chorava :cry: ... pensando por que eu tinha topado aquela loucura, que claro que eu ficaria doente, que jamais poderia contar aos meus pais etc etc. Mas depois quando paramos num ponto para comer o lanche (sim, o estômago estava quase saindo pela boca...), aliás era um lanche horrível de tomate com ovo frito (mas sabe quando a fome tá parecendo de mendigo ::tchann:: ? pelo menos eu acho que deva ser assim... coitados :| !) que eu prometi que concluiria aquela merd... era uma questão de honra. Quem me conhece, sabe que apesar já ter feito alguns esportes radicais, sou a cagona-mor :o . Já fui para Disney, por exemplo, e não fui no elevador do terror... tá explicado :?:?:?:? ??? rs

 

Mas eu já havia chegado até ali, mesmo que parecendo uma velhinha "dirigindo" mas que persisti e que era uma vencedora por enfrentar meus medos ::otemo:: . Além disso, qual seria a frescura? Eu iria para o salar dali 2 dias... que sabia ser meio punk :evil: ... afinal, entrou na chuva, é pra se molhar, não é? :?::?::?:

 

Bom, eu terminei...aliás, todos terminamos, graças a Deus ::love::::love::::love:: . Ninguém caiu, machucou-se... até porque as condições são bem trashs... imagine tem que ser "resgatado" naquele lugar, naquelas condições... já ouvi muita gente falando sobre os golpes que os médicos curtem dar, além que os hospitais públicos são piores que os nossos... imaginem... :( (apesar que fizemos seguro).

 

Nós chegamos na tal chácara por volta de 16h (saimos por volta de 9h30-10h), ou seja, fizemos o percurso em 6h/6h30 (apesar de tivemos muitas paradas).

 

Agora a questão mais importante era banho, roupas limpas e, claro, água quente... e o lugar era muito ruim. Não tinham portas dividindo entre homens ou mulheres, mas pelo menos as duchas eram fechadas... água quente foi por alguns minutos ::Cold:: (tivemos que tomar banho correndo... até porque tinha barro em tudo que era lugar).

 

Depois almoçamos (a comida também não era aquelas coisas e tinha um cara bem estranha...) porque não agüentávamos de fome! Era o que Deus quisesse...rs ::xiu::

 

Saímos de lá às 17h30, o carro imundo... e eu sem nada nos pés (já que a minha bota tava encharcada... eu tava com muito medo de ficar gripada ::bruuu:: !). O caminho de volta também foi tenso... comecei a ver como a era a outra estrada (porque há outra pra Coroico) e que tinham partes que tinha caído... o trânsito tava bem complicado... :?

 

Demoramos muito para chegar no hostel... eram quase 22h! Aliás, voltando a "super simpática" da israelense. Ao contrário de todo mundo, eu não consegui dormir na van, para passar o tempo, fiquei mexendo no meu ipod apagando umas fotos. Depois fui procura-lo no casaco e/ou na mochila e ele não estava. Todo mundo se mobilizou para olhar se não estava embaixo dos bancos...até porque estava bem escuro... até o japinha, super educado, ficou procurando (e olha que o inglês dele era bem fraquinho... ::hãã2:: ), mas a queridona não quis ajuda ::grr::::grr::::grr:: r. Quando chegamos no destino (tivemos que descer na agência para pegar as fotos - sim, eles dão fotos do downhill, mais a camiseta que tem a frase"I survive to the death road!", a idiota saiu do carro ::toma:: ... e onde estava? Bem embaixo dela... ::vapapu::::vapapu::::vapapu::

 

Em sumo, a agência que nos levou foi muiiito boa. Infelizmente não estou com nome dela aqui agora (mas tenho como pesquisar...), os equipamentos eram antigos e as bikes não era as melhores, mas os caras foram super solícitos ::otemo:: ... me ajudaram inúmeras vezes. Tá vendo como existe gente legal na Bolívia e que curte seu trabalho ::cool:::'> ? Depois ficamos sabendo que a parte de terra da estrada é mantida pelas empresas que fazem o downhill (pois é... Evo Moralles nada! ::bruuu:: ). As fotos ficaram legais, a dona foi super atenciosa :D ... e na hora de pegar as camisetas, a israelense deu mais um showzinho de educação ::quilpish:: , pois puxou a camiseta que estava na mão da Letícia dizendo que aquela era dela! ::grr::::grr::::grr::

 

O dia acabou bem cansativo... foi extremamente tenso ::essa:: ... mas se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi... aka O Rei! =) ::mmm:::otemo::::otemo::::otemo::::otemo::::love::::love::::love::

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Ahhhh, que maaassa!!! A sensação de superação é tudo de melhor, né? ::otemo::

 

Essa aventura aí da Death Road não vai rolar pra mim, mas quero fazer a Salkantay e essa sim, será uma mega-master-superação-das-galáxias! Não tenho os joelhos adequados mas muuita vontade ::mmm: haha

 

Parabéns de novo pelo relato, tá óótimo!!! E agora faltam 15 dias pra minah trip, imagiina uma ansiedade! hahaha

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Oi Lara!

 

Meu, imagino que vc deva estar mega ansiosa... é uma sensação ao mesmo tempo maravilhosa e agoniante...rs (que antítese!) ::lol3::

 

Obrigada... é bom saber que vc está acompanhando ainda! Os dias tem sido mega corridos, mas tento postar pelo menos todos os dias... pelo menos durante a semana (seg-sexta) ::lol4::

 

É fazer trilha não é para qualquer um não... eu, por exemplo, não fiquei muito afim de fazer pra MP, pq nunca acampei na vida :oops: e pq acho que precisaria de uma condição física melhor... ::lol3:: e eu sofri um pouco com o soroche...já viu! :?

 

Com certeza, o melhor dessas experiências, é a superação. Sensação única!

 

Beijão e keep calm! ::otemo::::kiss::

 

Ahhhh, que maaassa!!! A sensação de superação é tudo de melhor, né? ::otemo::

 

Essa aventura aí da Death Road não vai rolar pra mim, mas quero fazer a Salkantay e essa sim, será uma mega-master-superação-das-galáxias! Não tenho os joelhos adequados mas muuita vontade ::mmm: haha

 

Parabéns de novo pelo relato, tá óótimo!!! E agora faltam 15 dias pra minah trip, imagiina uma ansiedade! hahaha

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Dia 16/03

La Paz

 

Esse dia ficará para sempre guardado na minha memória (acho que o Paulo tb), já que aprendei uma lição única na vida ::love:: .

 

Bueno, tínhamos comprado um passeio para o Chalcataia na rodoviária por 60 bolivianos pra esse dia, mas considerando o stress do dia anterior ::essa:: , a resistência estava baixa (passamos frio ::Cold:: , me molhei inteira, dores no corpo... em lugares impossíveis de imaginar...rs) e também pensamos que domingo seguiríamos num viagem mega cansativa até Uyuni, resolvemos dormir um pouco a mais e abortamos o pico nevado :? .

 

Tomamos café tranqüilamente 8) , pegamos nossas roupas sujas (eram muiiiitas), além dos tênis/botas e fomos junto à Angélica a uma lavanderia indicada pelo hostel. Depois no separamos da Angélica e resolvemos andar pela feira que ocorria na região. Fomos até um supermercado (Ketal?), compramos alguns lanchinhos pro dia seguinte, além de outras utilidades (como sacos de lixos para colocar as mochilas e os sacos de dormir no passeio do salar, que teriam sido ótimos se tivessem sido usados :roll: ... as mochilas ficaram mega sujas! ::putz:: )... fomos atrás de uma bateria para câmera (mas resolvemos não comprar), trocamos bolivianos numa casa que estava com uma taxa boa, olhei uns outros artesanatos (mas ía esperar a Letícia e o Paulo G. voltarem do Chalcataia - eles foram - e daí tentaríamos barganhar mais os valores) e depois reencontramos a Angélica, resolvemos almoçar e depois ir a Igreja S. Francisco (bem pertinho do hostel).

 

Antes de irmos procurar um restaurante, o Paulo aproveitou o pc do hostel e resolveu baixar o restante das fotos da máquina para um pendrive que compramos justamente para viagem. De lá seguimos e escolhemos um lugar bem pertinho do Provenzal para comer.

 

Já tínhamos feito o pedido, quando a garçonete avisa que tem que pagar antes de vir o prato...eu fiquei na mesa, enquanto o Paulo e a Angélica foram pagar. Retornam, a garçonete vem com uma sopa e logo depois, com a paceña e o prato de fundo. Aparece de repente uma chola bemmm velhinha, que quase não conseguia se locomover pedindo dinheiro para gente... balançamos a cabeça e falamos que não tínhamos nada ::bad:: . De repente, o Paulo para de comer e fala, cadê a câmera??? ::ahhhh:: Eu olhei pra ele... não tá no seu colo? Olhamos na mochila... e nada da bolsinha com a máquina... olhamos... O Paulo simplesmente saiu correndo para ver se ele não havia deixado no quarto do hostel e eu fui atrás... quando eu cheguei lá, ele desesperado...revirou tudo e ainda dei uma segunda procurada e nada! Aí meu Deus! ::ahhhh:: Voltamos ao primeiro restaurante que passamos quando buscávamos um lugar para comer, na esperança de termos esquecido e alguém guardado... nada! ::ahhhh:: Meu coração saindo pela boca, retornamos ao local onde almoçávamos falamos com Deus e o mundo... a Angélica falou com a garçonete, quando ela disse que foi atender um homem, mas ele saiu rapidamente e que tinha algo em seus braços... sim, tínhamos sido furtados :shock::o:( !

 

Nessa hora, eu não lembro direito da seqüência... mas uma coisa que eu perdi foi a vontade de continuar a viagem :cry: . Depois comecei a chorar :cry::cry::cry: (obvio) e pensar em todo planejamento dessa viagem, do sonho de conhecer MP ::love:: , depois o salar ::love:: e o Atacama ::love:: . Da pesquisa que comecei em 2011, pensando em fazer esse mesmo roteiro em 2012, mas devido ao meu casamento ::love:: , abortei (muito gastos, mas não me arrependo porque tb amo festa e o dia do casório foi o melhor da minha vida ::love::::love::::love:: ), depois vimos que teríamos a oportunidade de fazer uma lua de mel bem legal... mas resolvemos ir ao caribe, pois seria mais tranqüilo, menos perrengue (é uma delícia planejar casamento/ montar uma casa nova, mas estressa...) e no fim de 2012, resolvemos que nas nossas férias faríamos o trecho...até porque tinha perdido minha vó no começo do ano e prometi para mim mesma que tenho que viver bem a vida... ::otemo::

 

E li sobre muitas coisas, tudo o que vocês possam imaginar... deixei de lado quase tudo na minha vida durante janeiro e fevereiro para viagem. Comprei um arsenal de medicamentos...e a câmera, tinha comprado em St. Maarten, na minha honeymoon, pois lá é sem imposto... já imaginando as fotos da próxima viagem que faria. ::hahaha::

 

É muito triste... :cry:

 

Poderiam ter furtado qualquer coisa (lógico que o dinheiro seria complicado ficar sem, além do passaporte), mas menos a câmera e/ou pendrive, que estava junto na bolsinha (pois é! :? ).

 

Lógico que tentamos falar com policiais, que entraram em diversos lugares com a gente... mas a gente nem tinha visto quem era o ser. Eles chamaram a garçonete, mas a dona e a própria disseram que não tinha como ajudar pois era horário de trabalho. O policial deu uma mega bronca nas duas ::toma:: . Ele disse muito rápido e bravo ::vapapu:: , mas lembro-me que afirmou que era por isso que a Bolívia estava na merda ::bruuu:: . Que elas deveriam observar quem entra e quem saí.

 

Depois pensei em procurar o tal do mercado negro, onde é provável que a câmera seria negociada. O Paulo que estava mega nervoso brigou comigo ::prestessao:: ... mas eu tava um misto de tantas coisas, que eu faria qualquer coisa para recuperar a maldita máquina fotográfica ::hein: .

 

Retornando ao hostel, o Paulo teve um ideia... 1h antes ele tinha baixado as últimas fotos da viagem (desde de MP) no computador do Provenzal... por que não tentar recuperar as fotos? Foi nesse momento, que conhecemos uma pessoal super fofa e gentil, a Xilmara ::love:: , uma colombiana que estava a trabalho e que morava nos EUA. Ela viu-me chorando, desesperada e começou a tentar me acalmar ::Ksimno:: ... enquanto todos tentávamos ver se conseguíamos recuperar as fotos... mas não tínhamos os macetes certos para mexer no pc. Foi aí que a Xil teve a ideia de chamar o cara responsável pelo computador :!: ... afinal, de vez em quando, estas merdas dão pau... e todo mundo conhece um técnico, né?

 

Enquanto o Paulo esperava, entre conversas, lágrimas, um sentimento de incapacidade, impotência, eu disse que queria voltar pra casa. Que não agüentava mais, que não tinha vindo para sofrer ::putz:: ... que estava de saco cheio da Bolívia (nessa hora a gente culpa qualquer lugar). O Paulo concordou e disse que esperaria o pessoal chegar, a Angélica, a Letícia e o Paulo G (pois iríamos juntos até o Atacama) e que resolvido o negócio do pc, iríamos atrás de passagens...

 

Graças a Deus, o técnico conseguiu recuperar 500 e tantas ::love:: das 700 e pouco que o Paulo tinha baixado (algumas foram comrropidas, já que eu acessei o face por 2 míseros minutos!). O cara foi muito legal e cobrou 10 bol (inacreditável que existam pessoas honestas ::love:: ... até demais) para nos ajudar. Daí a Xil foi comigo até um lugar para comprar um pendrive. A chola que vendeu-me o usb, disse-me que seria possível comprar boas câmeras por até 200/300 dólares... mas teria que ir num lugar x (era tipo um shopping 25 deles).

 

Retornando ao hostel, encontramos o povo, eles imploraram para não irmos embora. Relembraram a gente que ainda tínhamos 1 semana, passagens de volta compradas, hotéis/hosteis reservados... e melhor, tinha muito coisa boa acontecer ::otemo::::Ksimno:: . Que eles nos passariam as fotos depois no Brasil... que não poderíamos desistir :wink: .

 

Enquanto decidíamos o que iríamos fazer, resolvemos sair os 2 para ver quanto custava uma câmera semelhante a nossa. Mas no caminho senti que o tesão :( todo da viagem tinha ido embora junto com o marginal e a máquina.

 

Foi nessas caminhadas, entre pesquisas e muitos oficinas já cerradas, que alguém nos deu a dica de ir no lugar mais barato de La Paz para eletrônicos. Pegamos um táxi, o rapaz era super atencioso, deu muitas dicas e pediu desculpas pelo seu país ::cool:::'> . Chegamos a esse lugar, que era a própria 25 piorada e começamos a entrar em vários stands.

 

Lá eles tinham a câmera igual a nossa... só que o mínimo era usd 400 e o pagamento em dinheiro ::bad:: . E era exatamente esse a quantia que tínhamos disponível em espécie até o final da viagem. No Atacama/Santiago, sabíamos seria tranqüilo pagar com cartão... mas e no resto da Bolívia? ::essa::

 

Até que já desistindo e num total desânimo, paramos em último lugar. O cara disse fazer por usd 390... usd 380...usd 370, mas que venderia sem a caixa (funcionando era o que importava e era original a meleca...com certeza contrabando...)... o Paulo olhou para mim e disse que íamos embora, que era loucura ir pro Salar sem quase 1 puto no bolso! Daí o homem no desespero, disse que faria usd 360... :twisted:

 

Nem pensamos duas vezes e sabíamos que jamais pagaríamos esse valor em nenhum outro lugar. Decidimos arriscar e compramos ::mmm: . Claro, que tive ficar em cima do cara pois ele já queria passar-me uma outra que parecia estar avariada :x . Fui firme... pegamos os acessórios, mais um cartão de memória, enfiei a câmera por dentro do casaco e buscamos por um táxi.

 

De volta ao hostel, demos graças a Deus pela câmera estar perfeita ::otemo:: e ter cometido uma loucura que tinha valido a pena (só não sabíamos se iríamos encontrar agências que aceitavam cartão). ::mmm:

 

Eu não tinha ficado mega animada, mas mais tranqüila. Decidi que a câmera não sairia do meu corpo... e foi isso que aconteceu. Ela dormia comigo...rs ::lol3::::lol4::

 

Considerações sobre La Paz:

- Das cidades bolivianas, pela quais passamos, essa é a mais preparada pro turismo, isso é, a que menos não-preparada...rs ::lol4:: ;

- O Hostel Provenzal tem um bom custo-benefício (gastamos usd 120 por 4 dias de hospedagem, quarto matrimonial com banheiro e café da manhã). É indicado para quem quer tranquilidade 8) .... Os quartos são limpos e a roupa de cama é limpa. O banheiro também é limpinho e tem água quente. Ahhh, eles possuem elevador e são próximos de tudo. Mas os pontos negativos são: o ralo fica entupido e o box fica parecendo uma piscina (o quarto da Letícia acontecia a mesma coisa ::bruuu:: ; apesar de cortinas, eles não tem nonbreak e você acorda com o sol na cara; ::bruuu:: determinado horário, eles fechem/trancam a entrada e tem que tocar pra entrar (talvez fosse por segurança... mas era ruim, to carina da noite sempre demorava pra abrir) e eles são mãos-de-vaca... no café da manhã, você tinha direito a 1 pão, 1 banana (manteiga dura ou geléia molenga), 1 copinho de suco, além de chá, café e leite... e as bananas ::bruuu::::bruuu::::bruuu:: ;

- Muitos falam sobre eles não aceitarem cartão. O que percebi foi que nas lojinhas de artesanato, alguns restaurantes mais humildes, o nosso hostel e o comércio "25" de eletrônicos não... mas depois vi que havia tantos outros que aceitavam, então acredito que é questão de tempo todos começarem a ter (com exceção das lojinhas/mercado de bruxas...). Já caixas eletrônicos... eu não lembro de ter visto ::bad:: ;

- Realmente, o melhor lugar para compras de toda a viagem ::hãã2:: . Os artesanatos são igualmente belos aos do Peru, existem algumas coisas bem semelhantes e outras bem diferentes. Há lojas que vendem artigos de couro, inclusive bolsas (eu não vi nada parecido no Peru) de couro, bem artesanais e preços baixíssimos; Não esqueçam que os caras, além de excelentes costureiros, são ótimos falsificadores... roupas de frio é o melhor lugar ::otemo:: (olhem e pesquisem bem antes de comprar) e artigos para esporte também... mas tem que pesquisar e ter bons olhos, para não ser enganado :shock: ;

- Os táxis são mega baratos, mais do que no Peru e não tem taxímetro... negocie antes de entrar. Mas os taxistas peruanos são mais simpáticos e falantes;

- Não fui em nenhum restaurante típico, não comi quase nada... a não ser o tal sanduíche (esse eu curti), então não tenho opinião;

- Sobre o frio... até que fez calor nos dias em que estivemos lá, mas à noite esfriava, tipo, 5-10º graus ::Cold:: ;

- A cidade tem muito pedintes... aliás, cuidado :!: . Não sei se a cholhinha queria distrair a gente para ela ou alguém roubar a máquina, mas...;

- Death road é legal. Mas leia com muita atenção meu depoimento. Não é exagero. Avalie suas condições físicas e se está acostumado a andar de bike. Pesquise muitas empresas, faça exigências sobre equipamentos de segurança (a parte mais importante). O preço aqui não é o mais importante e sim a sua vida (prometo ainda colocar o nome da nossa) Aliás, se tiver chovendo/ tiver chovido, coloque depois das meias, entre o tênis um saco plástico nos pés e leve 1 calçado a mais... aliás, use um tênis bem velho; ::cool:::'>

- O city tour é legal e o vale de la luna também. Se você tem tempo disponível, vale a pena, mesmo que vá para o Atacama. Caso não, tente conhecer a pé um pouco do centro da cidade somente;

- No caso da compra de eletrônicos (máquina fotográfica) os preços são super baixos e eles tem coisas verdadeiras sim. Mas atenção na negociação e na hora em que levar pra casa/hotel/hostel :wink: ;

- A lavanderia que usamos, tinha bons preços e entregaram no mesmo dia. Nome? Não lembro, mas era atrás do Provenzal ::otemo:: ;

- Cuidado, cuidado, cuidado, cuidado :!: ... 500 milhões de vezes, cuidado. Sofrer uma violência (seja qual for) em uma viagem de férias, não é nada agradável :x . Tirou fotos? Passe para um pendrive, pro e-mail, pro face e pra onde puder mais. O pendrive guarde num lugar hiper secreto, tipo doleira e nunca tire de lá, a não ser para passar mais fotos. Além disso, nunca, em lugar algum creia que as pessoas não comentem crimes... mesmo que um furto seja bobo, mas fere sentimentos de uma das memórias mais importantes que guardamos, as fotos. Atualmente, tenho informação que esse tipo de crime está acontecendo em qualquer lugar... foi na Bolívia, em La Paz? Mas poderia ter sido em Veneza, em Athenas, em Santiago ou até em Munique/Toronto...(lugares hiper seguros). O importante é que ninguém se machucou, ninguém foi ameaçado :wink: ... a gente nem viu quem era o/a FDP ::vapapu:: . Temos a impressão que pode ter sido um trio de gringos que estavam atrás de nós no restaurante. Além disso, se fosse no Brasil, infelizmente, teria sido pior :| ... aqui, os caras atiram e depois perguntam, não é mesmo? Por isso mesmo, que enfatizo: quer levar sua super câmera profissional com milhões de lentes? Economize na bagagem... é impossível um ser humano tomar conta de tantas coisas, imagine algo que quase de estimação...

 

O que fica aqui é o pensamento que a gente não é nada :roll: . Acima de qualquer foto (eu amo tirar foto! ::love:: ), estão as experiências... e isso ninguém, nenhum malandro, marginal, pode tirar de mim! ::bruuu::::bruuu::::bruuu::

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17/04

La Paz - Oruro - Uyuni

 

Acordamos desanimados mas, ao mesmo tempo, felizes por estarmos saindo de La Paz ::mmm:. Realmente domingo foi o melhor dia melhor pra sair de lá. Quase não havia trânsito e em pouco tempo chegamos na rodoviária ::hãã2:: . Logo em seguida já compramos nossos tickets, pagamos uma taxa por usar a rodoviária (afinal estamos na Bolívia...rs ::lol3:: ) e subimos no buso.

 

O buso era de 2 andares e confortável, apesar de sujo (ficamos na parte de cima e na parte da frente). A viagem até Oruro duraria aproximadamente 4 horas e lá esperaríamos para pegar o trem Wara Wara para Uyuni às 19h.

 

Quando começamos a andar, uma série de coisas muito, mas muito engraçadas aconteceram (a gente estava precisando disso :wink: ):

 

Primeiro, ainda em La Paz e próximo a El Alto, avistamos milhares de pessoas em umas pontes... gente, o que era aquilo??? Era um horror... ::bruuu:: ;

Depois, em El Alto, o buso faz sua primeira parada (haveria uma trezentas até chegarmos em Oruro...), daí entram muitas pessoas, muitas cholas e bem na frente do ônibus tinha um cara parado, de costas com uma mochila... ele parecia um manequim de loja pois não se mexia ::hein: ...( nós pensavámos que o motorista ía dar uma buzinada para ver se ele saía da frente) e não foi que o querido "motó" bateu com o ônibus no "boneco"... sim... foi de leve, mas o motorista foi muito sem noção... ::lol4:: ;

O busão - andando pelas "lindas estradas" bolivianas - andava a 5 km/h...até eu era mais rápida no death road (estas foram as palavras do Paulo e dos meus amigos)...rs ::tchann:: ;

Quando o "motó" avistava uma chola desacompanhada, sabe o que ele fazia? Buzinava ::lol4:: ... elas retribuíam com um sorriso (olha a paquera a la bolívia, será que ele era a versão boliviana do Tom Cruise?);

Ahhh, entrou tudo o que era tipo de gente, nas milhões de paradas... as pessoas ficavam em pé, até na escadinha... :shock: ;

Teve um momento, em El Alto que avistamos dois caras com aquelas máscaras que cobrem o rosto todo, só com os olhinhos de fora (pareciam guerrilheiros, traficantes do morro...) eles faziam umas coisas com as mãos... muito "manos"... no começo ficamos assustados, achando que eles iriam entrar... sei lá. Mas não! Eles deram sinal pro buso continuar....rs ::lol3::::lol3:: ;

Tinham váriassss placas na "estrada", com as fotos do Evo fazendo cara de simpático, com a seguinte frase: Estamos trabalhando por vc! Putz! ::tchann:: ;

Ahhh, vários muros pintados com a frase "Evo, hasta 2050!" - MEDOOOO! ::putz:: ;

E... eu bebi muita água (não façam isso... ou melhor, vou explicar)... fiquei muitooo apertada, tipo, se eu mexe-se um pouquinho, com certeza, faria "pipi" nas calças. Pedi pro Paulo para falar com o motorista se poderia usar o banheiro (já que lá tem sempre que pagar, né?). Sabe qual foi a resposta do motorista: não tem banheiro... lá é um armário... ::putz::::ahhhh:: (devia ter chola até lá dentro!). Daí o motorista deu a ideia de pararmos na estrada, fazer um cabaninha e... vocês sabem o resto!...rs ::lol4:: .

 

Bom, a gente zuou tanto ::lol3::::hahaha:: , mas tanto dentro do ônibus, que até hoje não sei como saí de lá! Realmente foi muito engraçada a situação, porque a estrada é tensa. E de fato, chegamos às 14h em ponto em Oruro.

 

Depois tive que agüentar as piadinhas do meu Paulo (santista) e do Paulo Guilherme (palmeirense) por causa dos corinthianos presos (coitados!)... pra eu ficar quietinha, se poderia ir em cana tb! ::tchann::

 

A cidade de Oruro também é feinha, mas até que maior do que eu imaginava. Além da estação de trem (super arrumadinha, foi uma grata surpresa, além do trem em si ::love:: ), eles tem a maior imagem de uma Santa do mundo, o estádio de futebol e o carnaval que dizem super legal, bonito... diferente do Brasil.

 

Enquanto aguardávamos o trem (lá tem um lugar pra deixar as malas), fomos almoçar e achamos uma lan house onde ligamos para casa dos nossos país e usamos a net.

 

Exatamente às 19h, o trem saiu. Há diferentes vagões e valores. O nosso era melhor ::mmm: e foi por volta de 95 bol (poltrona reclinável, calefação, banheiro, lanchinho, TV - até rolou 2 filmes -, travesseiro e cobertor). A viagem foi de 7 horas... chegamos a 2 da madrugada em Uyuni. Ficamos com calor lá dentro (mas o frio era tenso fora! ::Cold:: ) e, apesar de alguns funcionários grossos, outros foram até atenciosos.

 

Quando saímos do ferroviária ficamos na dúvida, pois já tínhamos decidido não ficar mais na La Magia de Uyuni (era usd 60 e não aceitava cartão... a gente não tinha mais dinheiro ::dãã2::ãã2::'> ), mas graças a Deus, a Letícia logo achou um "cafofo" (era um lugar muito ruim, mas inacreditável que eles tinham TV no quarto e água quente em determinados horários). Não lembro quanto pagamos, mas foi muito barato. ::otemo::

 

Aproveitei, joguei meu saco de dormir na cama, só tirei o tênis e dormi com a roupa que estava mesmo.

 

Considerações sobre estrada/Ouro:

Nós pesquisamos muito antes de decidir qual seria o meio utilizado para chegar em Oruro e a conclusão que fazer o que fizemos, foi a melhor escolha ::cool:::'> . La Paz-Oruro de bus e Oruro-Uyuni de trem. A estrada é muitoooo ruim ::xiu:: . Imagino à noite como não seria... :| não sei o preço do bus direto e avião esteva fora de cogitação, pois o que eu vi, dava medo... então aqui é a questão é segurança, não economize!!! :wink: ;

Oruro não tem nada, mas se puder vir na época do carnaval, deve ser bem bacana, pelas fotos que eu vi :mrgreen: ;

Deu um pouco de medo chegar lá em Uyuni sem reserva... dependendo da época, arrisque... tb dependerá do horário que você chegar de viagem;

Se utilizar o mesmo meio de transportes que a gente, procure ingerir pouca água ::otemo:: ... a não ser que você seja homem (é mais fácil)... os banheiros do ônibus são apenas mais um buraco para colocar cholas - rs ::hahaha:: ;

E... cuidado com o lugar que escolhem para comer... quisemos economizar, todo mundo se deu mal... e eu sei muito bem! (fui eu quem mais se ferrou... vejam nos próximos capítulos...) ::putz::::putz::::putz::::toma::::quilpish::

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18/04

Uyuni

 

Nem parecia que tínhamos dormido ::dãã2::ãã2::'> , mas mesmo assim tomei um banho (quem sabe seria o último até chegar ao Atacama? r ::lol3:: s) e fomos em busca de uma agência para nos levar ao passeio que aceitasse cartão.

 

Depois de conversamos, resolvi que 3 dessas eram prioridade na escolha (desde que aceitavam-se cartão...rs): Cordilleira, Colque e Red Planet. É lógico que há uma gama enorme de agências na região, pois além do sal, a economia de Uyuni vivia em função do turismo. Engraçado é que a Cordilleira (bem próximo de onde estávamos e da estação de trem) estava fechada (isso porque já era quase 10h), a Red Planet não estávamos localizando... foi nessa que achamos a Colque e ela aceitava cartão! ::otemo::

 

O preço estava um pouquinho mais alto que outras agências, mas a Colque tinha escritório no Atacama e se houvesse algum problema, teríamos como reclamar. Além disso, há muitas informações na internet a respeito dela (às vezes não tão boas) mas ela é bem conhecida. Choramos bastante o valor (afinal éramos 5 pessoas) e ficou combinado que seria 750 bol por cabeça, além dos 3% por usar o cartão de crédito (nada mal!). Foi nesse tempo que apareceu mais uma pessoa querendo fechar o passeio. Era um brasileiro bem loirinho, clarinho e baixinho...rs... era o Raoni, um rapaz do interior de São Paulo que acabou ajuntando-se ao grupo. ::cool:::'>

 

Depois de compramos bastante água e deixarmos parte das malas (as maiores) na agência fomos em direção a primeira parte do passeio: o cemitério de trens. E como demos sorte, porque estava um sol e um céu tão azul, que as fotos saíram belas demais! ::love:: Tem muita gente que diz ser bobeira parar ali, mas todo mundo curtiu bastante. Dá para "sacar unas fotitos" bem legais :wink: . Também demos uma passadinha em uma feirinha (não lembro o nome do local, mas é possível adquirir objetos decorativos feitos de sal).

 

Segunda parada e a mais esperada, salar! ::love::::love::::love:: Quando a gente se aproxima é inacreditável saber que está ali... tão pertinho, tão surreal ::hahaha:: ... parece um pedacinho do céu. Lá estava super quente, a gente deixou as janelas abertas enquanto escutávamos o som do vento misturado com o espelho da água que passávamos por cima.

 

O espelho d'água já não era o melhor (afinal, estava acabando a época de chuvas)... tinham partes secas e outras inundadas... mas o importante é que ainda conseguimos aproveitar um pouquinho da água salgada! Tiramos as botas/tênis (recomendação do guia) e todo mundo colocou o pezinho na água. Aliás, muito cuidado com o salar... o chão de sal pode cortar seu pé... ficam uns cristazinhos pinicando o solado do pé enquanto anda-se descalça :| ... mas a gente aproveitou de qualquer jeito! ::hahaha::

 

De lá seguimos ao famoso hotel de Sal que agora é apenas um museu. Nesse local é possível encontrar bandeiras de diversos países, como o do Brasil (aliás achei tão pequenina...) e todo mundo tira as fotos de perspectiva lá (pelo menos nosso caso e dos outros 4x4 eram dessa forma). Aproveitamos e almoçamos (menu: macarrão, tomate, pepino, pão, carne "não sei qual era", maionese, ketchup, mostarda, coca quente e banana).

 

Daí começou o meu drama (o último, thanks God!), mas que me acompanhou até o Atacama... e não desejo para nenhum dos meus inimigos... diarréia :cry::?:roll: .

 

Eu até estava estranhando, pois sou daquelas que só de pensar, já fico ruim, sabe? Mas incrível que no pior lugar pra se enfrentar o mal, com menos condições, banheiro, descargas etc etc... é que eu fiquei ruim. ::bad::

 

A primeira vez foi de visita ao banheiro do Museu que por sorte não tem descarga (terrível... mas o que eu podia fazer?), mas eu tinha levado o meu papel neve...rs.

 

Depois retornamos a agência para pegar as mochilas e seguir para o alojamento passar a noite. Nossa viagem seria de 2h aproximadamente e eu rezando para aquilo tenha sido apenas um sustinho... ::dãã2::ãã2::'>

 

No caminho, já no escuro e no meio do deserto, nosso pneu furou. Já não estava calor e eu não estava bem... os meninos saíram para ajudar o Marin (nosso guia) a trocar o pneu... pois bem, na verdade meu Paulo e o Raoni ficaram admirando e tirando fotos...rs ::lol3:: , enquanto o Paulo G. deu um show e ajudou iluminando com a lanterna enquanto o guia fazia a troca. ::otemo::

 

Graças a Deus logo depois chegamos ao alojamento, que além da nossa turma, tinha mais 2 outras: um grupo de meninos israelenses e um grupo de brasileiros (dá-lhe Brasil...!)

 

Eu e o Paulo ficamos sozinhos num quarto (dormiríamos cada um em um saco de dormir, claro, roupas de cama nojentas ::bruuu:: ....eca), o banheiro era compartilhado. Não tinha descarga ::bruuu::::bruuu::::bruuu:: (para a nossa - ou a minha alegria?! - rs) mas um tonel cheio de água que deveria ser jogado no vaso... e o chuveiro (apenas 1) que para tomar banho de água quente tinha uma taxa de 15 bol. ::grr::

 

Como já tinha sido informada para ser uma das primeiras a tomar banho (depois o lugar fica o caos, quando não acaba a água), segui a risca o conselho e dei-me muito bem =)

 

Por volta das 20h tivemos nossa janta servida: sopa de várias coisas, chás variados (coca, anis e mais um outro sabor), frango assado e batata. Apesar de não estar bem ainda (confirmada com as idas ao banheiro na madrugada, sem luz elétrica, com apenas uma laterna ::ahhhh:: ... tendo que atravessar em plena escuridão, pois o baño era fora da casa e um boliviano bêbado gritando na madrugada ::sos:: ) eu tomei sopa e comi umas batatinhas, mas não me caíram bem... :roll::|::putz::

 

Fomos dormir cedo, pois a terça prometia... e cumpriu! ::bad::::bad::::bad::

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Ahhhhh nããão! Já sofri desse "mal" em uma viagem no Camboja e pela mooooor, não desejo isso pra ninguem! hahaahha quando você tem o seu banheirinho limpinho é tranquilo, mas no meio do NADA é tenso!!! ::ahhhh::

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19/03

Tour pelo Salar de Uyuni (2º dia)

 

Quando acordei, percebi que não estava nada bem. Prometi que ficaria a base de água aquele dia e evitaria fazer grandes caminhadas, para comprometer mais a minha saúde (afinal não sabia o que esperar) :? .

 

No alojamento eles deram um café da manhã com chás variados, café, chocolate, suco de caixinha, pão francês e aqueles bolos prontos (nada mal, né? :wink: eu tomei chá...=( )

 

Saímos... a primeira parada foi no vale das rochas que já era bem alto e estava - apesar do solão - bem frio ::Cold:: . Mas deu pra tirar umas fotos bem legais. Logo seguimos em direção as lagunas, que segundo o guia já estavam bem esbranquiçadas e com suas cores originais (tem haver muito com a época do ano, chuvas etc).

 

Aliás, uma breve observação... se me deixassem ali sozinha... cara, com certeza já podia começar a fazer uma retrospectiva da minha vida porque não duraria muito tempo. ::sos::::sos:: Lá é muito lindo, diferente... parece um sonho ::love:: , bem estilo Dali (não é a toa que tem uma parte do passeio que chama-se Deserto de Dali)... mas imagine morar naquele lugar quase que inóspito? :shock: Tenho muito sorte =) :D

 

Depois passamos pelas lagunas altiplânicas (não lembro os nomes e não estou localizando na net), paramos brevemente em uma delas para o almoço mas começou a ventar tanto ::Cold::::Cold::::Cold:: que o único pedaço de frango grelhado que eu comi foi com muita areia ::bruuu:: . Nessas lagunas era possível ver os lindos flamingos... o cenário é de tirar o fôlego ::ahhhh:: ... parece coisa de papel de parede de computador, de perfeito que é ::love:: .

 

De lá seguimos para o deserto de Siloli, belíssimo como tudo já visto até então ::love:: ... e em seguida, já era possível avistar a árvore de pedra. Infelizmente estava tão frio e o vento estava daqueles ::Cold:: , que sinceramente só admirei de dentro do carro. Mas todo resto do povo (inclusive meu marido) aventurou-se a tirar umas fotinhos... ::lol3::

 

Antes da 16h, já estávamos próximos da laguna colorada, que estava branca por causa das chuvas...mesmo assim era possível ver vários flamingos roseados. O lugar onde pernoitaríamos seria num alojamento em frente a laguna (muito frio ::Cold:: e super alto).

 

Surpreendentemente, esse alojamento era melhor que o primeiro (apesar que água não esquentava muito do chuveiro) e eles tinham descargas! rs ::hahaha::

 

Mas muita gente ficava "hospedado" neste local (creio que deveria ter umas 30 a 40 pessoas).

 

Como o Marin não quis parar o carro na laguna, disse que poderíamos fazer um passeio até lá... andando, claro ::essa:: . Eu resolvi ficar quietinha, quentinha e descansadinha junto à Angélica, enquanto os meninos e a Letícia foram. Enquanto isso, vivi de coca cola e fiquei admirada com uma lhamita de 1 mês que vivia como cachorrinho dentro do alojamento ::love:: .

 

Enquanto eu aguardava uma das meninas do outro grupo tomar banho (15 bol para variar), eu tentei conversar um pouco com o velhinho que era dono do local. Essa história ficará para sempre na minha memória ::lol4:: ... questionei se a lhama era como se fosse um "perro", ele respondeu que "sí", depois quanto tempo de vida ela tinha, ele "1 mês", já que era um membro da família, concluí que ela teria um nome: "como se llama?", ele respondeu como se eu não fosse entender espanhol "LHAMA"... ::tchann::::lol3::::lol3:: eu ri muito... daí disse que sabia que era uma lhama ::putz:: , mas como chamava-me Carla e ele também deveria ter um nome, e lhama também... ele rapidamente respondeu: "ahora ès Carla". ::lol4::::lol4:: Nem precisa dizer como fui zoada o resto da viagem. ::tchann::::hãã2::

 

Logo depois o povo retornou, todos estavam com muito frio ::Cold:: mas diziam ter valido a pena ter ido até lá... apesar da falta de ar (laguna colorada é bemmm alta). Em seguida, nos serviram um chá com bolachas (pois é!).

 

Por volta das 19h30 foi a vez do jantar: sopa de um monte de coisa outra vez, espaghetti a bolanhesa e vinho tinto.(Chique né?) Mas nem me atrevi a comer nada, só tomei mais um chá de coca, para mudar um pouco...rs

 

Acabamos de comer, Marin foi enfático que deveríamos dormir logo já que deveríamos estar de pé às 5h da manhã. A gente não curtiu muito ::essa:: , afinal estávamos cansados de acordar cedo todos os dias, mas se era assim, o que poderíamos fazer, não é?

 

Nesse alojamento o quarto era pro 6... e as roupas de cama igualmente nojentas como de toda Bolívia ::bruuu::::bruuu::::bruuu:: (com exceção de La Paz). Deitei no meu saco, com quinhentas roupas (aquele seria o dia mais frio de todos ::Cold:: ) com a câmera no pescoço ::lol3:: e a lanterna do meu lado.

 

Fiz uma reza para que a situação da minha barriga fosse melhor e menos drástica do que naquele dia... pois até no deserto tive que ir (apesar que é melhor ir na natureza do que num banheiro imundo, nojento ::bruuu:: ...).

 

Demorei para cair no sono ::quilpish:: , mas estava feliz pois logo estaria no Atacama 8) e tinha certeza que seria bem mais tranquilo...ufa! ::mmm:

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Sério Lara que vc conhece o Camboja? Foi a Tailândia tb??? Tenho muitaaa vontade de ir... pelas fotos e alguns amigos que foram e amaram!!!

 

Olha... é inexplicável essa situação... pq eu sou bemmm chatinha pra essas coisas, mas aprendi uma lição daquelas, a de valorizar o que temos. O banheiro mais lindo e limpo do mundo é o meu... e ponto... ::lol3::

 

Além do que, se a gente tá afim de fazermos certas coisas na vida, temos que sabe lidar com esse tipo de situação, não é?!

 

Bjnhos e continue lendo... tá bem próximo do final... ::otemo::

 

Ahhhhh nããão! Já sofri desse "mal" em uma viagem no Camboja e pela mooooor, não desejo isso pra ninguem! hahaahha quando você tem o seu banheirinho limpinho é tranquilo, mas no meio do NADA é tenso!!! ::ahhhh::

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