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Bom dia a todos!

 

Antes de iniciar meu depoimento sobre o meu mochilão com meu marido sobre os lugares acima, gostaria de avisá-los que não sou das mais organizadas com questão de valores e nomes de agências/cia de ônibus, além de algumas informações mais específicas... e sei que para alguns aqui, no momento de coletar/elaborar roteiro, estes detalhes são de extrema importância, mas... não deu "friendos"!

 

Bueno, eu e o Paulo (meu marido) resolvemos fazer este roteiro apenas 2 e meio antes, então certas preparações foram feitas um pouco na correria, especialmente relativo à parte financeira... não conseguimos levar tudo em espécie como queríamos, e com certeza faria diferença nos gastos da nossa viagem (quando negociamos algo em dinheiro/à vista, é muito mais fácil conseguirmos descontos...).

 

Bom seguem alguns dados/infos antes da viagem:

 

Compramos nossas passagens pela TAM/LAN, no começo de janeiro, com seguintes trechos:

SP-Lima (dia 03/03 - TAM), Lima-Cusco (dia 06/03 - LAN), Calama-Santiago (23/03 - LAN) e Santiago-SP (24/03 - LAN).

O valor total, com taxas de embarque deu R$ 2.200,00 (arredondando), o que consideramos ótimo, considerando ser as melhores empresas aéreas para viajar dentro da América Latina.

Já os outros trechos da viagem, resolvemos deixar para comprarmos dentro das próprias cidades/países (considerando a temporada baixa e o poder de barganha), além disto, se precisássemos mudar algo no roteiro, teríamos um pouco de flexibilidade.

 

Com relação à hospedagem, ficamos com receio de andar com mochilas/peso, e a grande parte não exigia uma pré-reserva, por isso, decidimos antecipar as reservas aqui no Brasil mesmo. Sendo escolhidos os seguintes lugares:

Lima (03-06/03) Loki - quarto matrimonial c banheiro;

Cusco (06-08/03 e 09-11/03) Loki - quarto matrimonial normal nos 2 primeiros dias e na volta de MP, o matrimonial deluxe (mais caro), e os 2 com banheiro;*

Puno (11-12/03) Hotel Punoypampa;

Copacabana (12-13/03) Hotel Estelar del Titicaca;

La Paz (14-17/03) Hostel Provenzal - quarto matrimonial com banheiro;

Uyuni (parte do dia 17-18/03) - Hostal Magia del Uyuni;**

SPA (20-23/03) - Hostal Campo-Base - quarto matrimonial com banheiro;***

Santiago (23-24/03) - Ibis Providencia.***

 

*Notar que não reservamos nada para Águas Calientes (ou MP), porque acreditávamos - seguindo informações coletadas aqui - que compraríamos um pacote com preço legal para MP, com hospedagem incluída;

 

**Nossa ideia era chegar de trem em Uyuni na segunda (e seria de madrugada, segundo informações no site da empresa ferroviária) e a hospedagem (dias 18-20/03) do salar seria mediante fechamento do passeio do salar em Uyuni, que seria resolvido no dia 18/03, pela manhã;

 

***Foram os únicos que tivemos que fazer a pré-reserva pelo cartão de crédito, mas não nos arrependemos, especialmente em Santiago, pois a oferta de bons lugares com preço razoável não era grande.

 

Para a questão de roupas, mochilas, remédios... ou seja, o que levar, como ir etc, fizemos uma boa pesquisa na net e consideramos também nossas necessidades e gostos (e economia de peso e dinheiro...rs), compramos as seguintes coisas - muitos úteis, valeram o investimento feito:

 

Carla

Mochila cargueira Speedo, 40 L (299,90 promoção na Speedo Morumbi)

Bota impermeável Timberland (189,90 promoção na Kanui)

Segundas peles da Decathlon - blusa/calça (cada peça 59,90, total 119,80)

Calça trekking, de tactel, que vira bermuda da Decathlon (119,90)

Calça Moletom Nike para dormir (59,90 promoção na Decathlon)

Luvas de fleece, rosa (9,90 promoção na Decathlon)

 

Paulo

Mochila cargueira com mochila de ataque Curtlo, 70 L (440 promoção no Submarino)

Segundas peles da Decathlon - blusa/calça (cada peça 59,90, total 119,80)

Calça trekking, que vira bermuda, tecido tipo brim (Decathlon 100,00)

 

Uso geral

Travesseiro inflavável (9,90 na Americanas)

Toalha de secagem rápida, Speedo (52,00 na promoção da Speedo Morumbi)

Adaptador Universal (20,00 na Tok Stok)

Remédios (bom, o gasto foi bemmm alto, além dos remédios que costumo usar/só posso usar/uso contínuo, pra resumo comprei remédio pra problemas gerais e básicos, só esqueci do remédio para caso de diarréia, daí tem a lei de Muphy...rs)

Higiene e cuidados pessoais (algumas coisas eu já tinha, como papel higiênico - rs - protetor solar... eu sou bem mulherzinha... mas comprei lenços umedecidos, bepantol baby - devido aos lugares secos e frios que iríamos passar, band-aid, esparadrapo etc).

 

As outras roupas nós tínhamos ou pegamos emprestadas (caso dos casacos impermeáveis e esportivos), já que graças a Deus eu adoro roupas básicas e práticas e tenho amigos e familiares que costumam viajar bastante para lugares frios e nos auxiliaram nesta hora.

 

Caso tenham mais dúvidas com relação aos itens que devem levar (sei que existem vários tópicos no Mochileiros a respeito) e tantas outras na web, podem perguntar, que responderei com mais detalhes, ok?

 

Só uma dica que gostaria de frisar aqui é: leve o menos coisas possíveis, não esqueça que não vai a um desfile de moda e nem passar uma semana em NY/Campos de Jordão e Afins, ou seja, a "vibe" da viagem é diferente. Procure selecionar peças práticas, que pesem pouco, sequem rápido, fáceis de lavar, combinar etc e que esquentem. Além disto, você podem comprar/adquirir roupas/decor durante a viagem e imagine carregar todo este peso, sem contar que é super fácil perder, ser furtado, roubado... se for gastar espaço na mala, não economize em remédios, cuidados com saúde e higiene, além da máquina fotográfica (levamos a Nikon P510), papel/caneta e se possível, um smartphone (Paulo levou o dele), ipod (levei o meu), iphone ou ipad, que podem ser muito úteis com wifi.

 

Ahh, e eu e o Paulo adquirimos também um seguro saúde/viagem pela Mondial, foi 125,00 por pessoa.

 

Bom... e comecemos a viagem:

 

03/03

Santos-SP-Lima

 

Lembro que estar super ansiosa (eu sempre fico antes de viajar), ainda mais que eu andava tensa com questões de saúde, por causa do soroche, problemas alimentícios etc... (eu sofro por antecipação, típico de pessoas extremamente ansiosas...rs).

 

Tivemos que acordar bem cedo, pegamos o transfer das 4h10 da madrugada em Santos e antes das 6h já estávamos em GRU (sem trânsito, tudo é possível). Nosso vôo estava marcado para 8h e pouco e assim que chegamos já fizemos o check-in, despachamos as malas (ops, mochilas, ficando apenas com nossas "mochilas de mão" contendo mais um conjunto de roupas, chinelos havaianas, remédio de uso contínuo, pijamas e equipamentos eletrônicos e de valor (óculos, etc).

 

1h antes, fomos no portão indicado, e uma funcionária da TAM não sabia onde ficava Lima (hein?!), mas outra disse para entrarmos e embarcamos, só que não achávamos o portão - andamos bastante -, quando perguntamos a outros funcionários que nos disseram que era do outro lado do aeroporto... e já estava em cima da hora para terminar o embarque e tivemos que sair correndo... para melhorar a situação minha bota desamarrou e estava morrendo de calor...o Paulo foi na frente, caso tivesse que pedir para esperar...

Bom chegamos no portão e estava lotado de pessoas aguardando para embarcar (pulos de alegria ou não?), quando uma voz anuncia que o vôo x da TAM com destino a Lima atrasaria em 1h e o portão de embarque mudaria (Oi? Eu corri que nem uma louca e o vôo está atrasado? Não creio!).

 

De fato o vôo atrasou apenas 1h e foi bem tranquilo, com a exceção do ar condicionado que fez o avião antecipar o uso de um dos 2 casacos que eu levei. Ademais, não há o que reclamar,já que chegamos antes do previsto e ainda pude assistir uns 2 filmes (adoro viajar em aviões grandes! Uma tela só pra mim e posso escolher o que assistir, daí o tempo passa mais rápido).

 

Já em Lima, no aeroporto internacional, o que irritou foi a parte da imigração, que nunca vi demorar tanto na minha vida... de resto, foi super fácil, até a negociação com o taxista para nos levar até Loki (Miraflores). Chorei tanto e dei uma "mentida", que acabamos pagando 40 soles pela corrida (e sei que foi uma pechincha).

 

Sinceramente, eu esperava mais do Loki, achei muito zoneada a recepção, suja (eu não sou fã de carpetes) e as pessoas que estavam por lá não pareciam ser mochileiros (que depois esta teoria acabou sendo confirmada). Tivemos que no primeiro dia ficar num quarto compartilhado pra 4 pessoas, mas graças a Deus entre as 2 camas havia o banheiro, o que auxiliava manter um pouco da privacidade. Aliás, quando eu fiz a reserva, eles avisaram-me da possibilidade de não haver matrimonial disponível pro dia 03/03, o que acabou acontecendo. Depois convidaram-nos a participar de um churras que estava acontecendo na "cobertura" do prédio e apesar de sermos casados, temos o espírito jovem, e gostamos de nos enturmar, mas não sei o que ocorreu que não curtimos o ambiente... quando eu vi as mãos e unhas do rapaz que manipulava as carnes, achei que a melhor escolha era comer no barzinho do hostel.

 

E o barzinho era bem legal. A trilha sonora era sempre boa, tinham bastante opções de snacks e comidas rápidas, além de bebidas em geral. Optamos por um arroz chifa, sendo que 1 prato individual era gigante e foi dividido entre a gente e experimentamos o famoso Inka Cola. Conclusão: adoramos o arroz e foi mega barato e o refri... lembrava um pouco gosto de remédio...rs

 

Um pouco antes do entardecer, saímos em direção a praia e 3/4 quadras depois, visitamos a Praça do Amor (muito bonita por sinal) e andamos em direção ao Lacomar para ver o famoso por-do-sol. Realmente foi bem bonito... o único inconveniente é que, logo depois do sol ir embora, o calor todo que sentia (estava de saia jeans, camisetinha e havaianas) acabou e deu lugar a um vento bemmm friozinho...rs

 

De lá, pegamos um taxi (normalmente sempre muito bem negociado o valor) e fomos ver o show das Águas. Sem dúvida, este lugar foi uma ótima surpresa. Renderam lindas fotos, muitas risadas, especialmente das crianças em uma das fontes... que surpreendia-as... e outra que passamos embaixo de suas águas. Realmente é sensacional!

 

Voltamos ao Loki, de taxi (sim, é longe), imaginando o que aquela viagem renderia... já que estava apenas começando!

 

E amanhã tem mais...beijos a todos!

::kiss::

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Dia 04/03

Lima

 

Neste dia enrolamos um pouco pra sair do hostel, mas até que foi bom, porque estávamos cansados e às vezes é bom fazer as coisas "despacito", bem devagar...rs :wink:

 

Começamos nosso roteiro indo a Huana Pucclana, sítio arqueológico de uma civilização que viveu em Lima. Este é super fácil de encontrar, é em Miraflores mesmo, fomos a pé e as casas em volta eram bem bonitinhas. Eles oferecem tours em duas línguas diferentes (inglês e espanhol), o preço se não me engane é 12 soles e o lugar é bem bonito. Lá também tem um restaurante super chique, com vistas as ruínas. Achei diferente o local, pois estes povos usaram areia ao invés de pedras (como os incas usavam) e os guias explicam bastante coisas a respeito do local.

 

Depois resolvemos ir ao centro, que do Huana até o Convento de São Francisco deu 15 soles. Quando começamos a rodar pelo local, fiquei simplesmente apaixonada. Especialmente aqueles balcões de madeiras talhados por fora das construções dos séculos passados. Achei o local limpo e fiquei impressionada com a conservação dos jardins (Lima fica na mesma faixa do Atacama, seu clima é bem seco, chove muito pouco, sendo possível ter belos e floridos jardins).

 

Já o Convento de São Francisco é um espetáculo a parte. Primeiro que ele é imenso, inclusive seu pátio. Para entrar deve pagar-se 7 soles e os tours também são realizados nas duas línguas. No começo da visita, a guia te leva para uma biblioteca, hiper antiga, parece cenário de filme. Depois, aos poucos, vai descobrindo-se a história do local, informações sobre arquitetura, influências, materiais e técnicas utilizadas na construção. Temos ainda oportunidade de conhecer obras artísticas e o porquê de ser São Francisco o nome do convento. No final, todos são levados a conhecerem as famosas catacumbas que ficam no subsolo do convento. São bem interessantes e os "labirintos" surpreendentes...rs

 

Após a visita, estávamos morrendo de fome e resolvemos comer pela região mesmo. Eu estava meio receosa com a higiene, mas existem inúmeros opções de restaurantes, que aliam preço e qualidade num mesmo local. Optamos pelo restaurante Toque Criollo (em frente ao Convento). Não era dos mais baratos, mas fomos muito bem atendidos, a comida estava sensacional e tivemos a oportunidade de experimentar uma cusquenha (super aprovada!).

 

O prato escolhido foi lomo saltado, com um arroz com uma papa de milho e/ou batata... que estava divino! Ah detalhe que mais uma vez pedimos apenas 1 prato e deu tranqüilamente para os 2 comerem.

 

Após a digestão, saímos sem rumo, pelas ruas do encantador centro, entrando em lojas de artesanato, encantando com tamanha opções presentes. Também achei os limenhos/peruanos ótimos negociadores, além de serem muito simpáticos e atenciosos com os turistas. As camisetas de algodão também são um espetáculo a parte. Disseram-me (brasileiros que estavam em compras em Lima) que o algodão peruano (Pirwa) é ainda melhor do que o egípcio. Infelizmente, o intuito da nosso mochilão era este e não daria para comprar muita coisa por causa do peso e também do tempo disponível.

 

Chegamos a Plaza de Armas e ao seu redor, catedral, igreja, museus, hotéis, restaurantes e o palácio presidencial. Cogitamos até entrar na catedral, mas nosso tempo disponível não era grande e achamos que nos perder nas ruas, tirando fotos das fachadas seria melhor.

 

No final da tarde, já tínhamos chegado até o palácio da justiça, belíssimo e imponente, onde tiramos nossas últimas fotos daquele dia. À noite, optamos por conhecermos algum restaurante do famoso chef Gastón Acurio e como tínhamos um caminho todo pela frente, Gaston y Astrid não seria o escolhido da vez, resolvemos ir ao mais popular Tanta, na sua unidade de Miraflores, para provar o famoso ceviche peruano, entre outras iguarias.

 

Mais uma vez, fomos surpreendidos pelos tamanhos dos pratos e os preços super convidativos. A minha única tristeza da noite era que não tinha mais ceviche..., mas lembro de termos experimentado o Ají de Galina (hummm) e a sobremesa era um mousse de chocolate com lúcuma (muy bueno).

 

Ahh, lembram-se de ter mencionado sobre os "hospedes" do Loki? Na hora em que voltamos do nosso jantar, descobri que muitos vinham para ondas das praias de Lima... ou seja, a grande maioria eram surfistas, do mundo inteiro, que vinham em buscas das ondas "perfeitas" (jamais pensei que Lima seria um destino de surf, mas viver é aprender...rs). Além disto, o barzinho do hostel, todos os dias tinham baladas loucas lá dentro. Um ótimo pedida pro solteiros/as de plantão... eu, casada e cansada, desmaiei de sono, pois terça seria nosso último dia de passeios em Lima. ::tchann::

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05/03

Lima

 

Como bons santistas, resolvemos dar um pulinho na praias limenhas e descobrir o que elas tinham de especial. Fomos andando desde o hostel até a "orla" da praia, quando vimos que para descer as praias deveríamos andar bastante. O acesso é péssimo, porque as praias são de falésia e a cidade não fica exatamente ao nível do mar. Resolvemos pegar uma avenida bem movimentada (aliás, quando o assunto é trânsito no Peru, pode apostar que você irá se assustar!), e num certo momento, pressenti que seríamos assaltados. Deixa eu explicar melhor, estávamos andando com nossa máquina pendura no pescoço, ao estilo turistão (até então tínhamos usado esta estratégia e não tivemos problema), quando de repente, um motoqueiro para ao lado da calçada um pouco mais a nossa frente, só que ao invés de pegar um celular para falar com alguém ou arrumar algo que tivesse incomodando-o, o cara ficou parecendo um estatua como estivesse esperando passarmos por ele. Por fim, como todo bom brasileiro (e que já foi assaltado) resolvi sair correndo pela avenida (coisa que não deveria ter feito) e atentei ao Paulo fazer a mesma coisa (ele foi mais prudente). Depois que o cara percebeu que não passaríamos por ele, resolveu ligar a moto e ir embora... ::mmm:

 

Finalmente chegamos a praia e naquela parte já estávamos em Barranco. A faixa de "areia" é bem estreita (ou melhor de pedras, já que só vi pedras na praia), além disso, ela é de tombo - um dos bons motivos para ondas perfeitas - e a água do mar extremamente gelada (Pacífico, sabe como é?!). O Paulo detestou, já eu achei pitoresca, bonita, mas nada que chegasse aos pés das praias brasileiras, inclusive da minha cidade (convenhamos que aqui é bem mais fácil ir a praia...rs). 8)

 

Depois decidimos retornar ao centro de Lima - nós havíamos adorado aquele lugar. Pegamos um taxi e assim que chegamos, fizemos algumas aquisições de artesanato, lembrancinhas (obviamente bem negociados). Depois voltamos a linda Plaza de Armas e como já estávamos com fome e o ceviche era o nosso alvo, decidimos rapidamente o restaurante onde iríamos comer. Eu não me lembro do nome, mas lembro dos ingredientes (e como estava bom): pescada, lagostim, cebola roxa, batata doce deles, choclo (milho grande). O prato era lindo e deu razoavelmente para nós 2. Aproveitamos e pedimos um pisco sour, que caiu como uma luva com o prato. ::otemo::

 

Durante a nossa digestão, continuamos andar sem rumo pelas "calles" do centro, observando a linda arquitetura das construções peruanas. Tivemos a sorte também de ver a troca da guarda no palácio presidencial. No meio tarde, resolvemos ir no Museu da Inquisição. Aquele lugar é bem interessante, a visita é guiada e o melhor, não é necessário pagar nada.

 

Um pouco antes das 17h, lembrei-me de outra sugestão dada aqui no fórum, era um tal de museu Larco, onde tinham peças de várias civilizações e diziam ser bem interessante. O museu era bem longe do centro, pegamos um taxi e assim que chegamos, agradeci por termos optado em conhecer o local. A entrada era bem cara, 30 soles, só que valeu a pena. O acervo era bem grande, eles tinham vídeos explicativos e a casa onde funciona o museu é linda demais. Na verdade, não há muito o que comentar, mas vale a pena a visita e os soles desembolsados, pois todo o acervo que vimos lá, não observei em mais nenhum outro local que fomos durante toda viagem. Além disto, a casa também tem um restaurante (ou espaço para eventos) super bonito e bem fino, chique, mas é claro que os preços são exorbitantes. :o

 

Neste dia e no momento em que estávamos saindo, ficamos sabendo da morte do Hugo Chavez e devido à proximidade com a Venezuela, o único assunto foi este o resto do dia.

 

Ah, antes de retornar ao hostel e descansar, voltamos a Lacomar, conhecemos o supermercado que havia por lá (todos os lugares que eu visito, adoro ir em supermercados!). Fomos também na tenda que vende as camisetas humorísticas com o cuy e a lhama como personagens principais (as malhas são super boas e tem uma estampa mais divertida que a outra, pena que são um pouco caras) e fizemos nossa janta num restaurante de fast food mexicano (que fica dentro do shopping, mas não lembro o nome)... para variar, o prato era gigante. ::dãã2::ãã2::'>

 

Retornamos ao hostel e deixamos tudo arrumado, já que nosso vôo para Cusco no dia seguinte era por volta das 9h e de Miraflores até o Aeroporto, o trânsito era bemmm complicado.

 

Resumo geral sobre Lima

 

A cidade tem muitas atrações, por isso, vale a pena ser visitada sim;

Para comer, sem sombra de dúvidas, foi a melhor cidade de todo roteiro do mochilão. Tem preço, qualidade, excelentes restaurantes... afinal, é a capital gastronômica da América Latina; ::love::

O trânsito é caótico e os limenhos/peruanos amam uma buzina. Se tiver horários apertos, procure sair com antecedência do local;

Taxi é a melhor escolha para transporte, primeiro porque é super barato, negociável (eles não tem taxímetro), transporte público é confuso e porque você ganha tempo (esquecendo o trafego) de chegar nos lugares;

Miraflores é melhor lugar para se hospedar, no entanto, para quem é jovem, solteiro e/ou busca balada/agito, Loki é uma ótima escolha, ao contrário, existem inúmeras opções, pesquise!;

A cidade tem problema de violência e segurança, mas Miraflores, bairros nobres e o Centro, contam com câmeras e policiamento. Fora estes locais, cuidado com coisas de valor. O problema não é nem ser furtado, mas sim com assaltados e violência;

O artesanato é belo, tem muita variedade. Procure negociar... agora, se você também vai para Cusco, tirando a parte de malharia/roupas de algodão (tem muito brasileiro indo para fazer compras de roupas), deixe para adquirir lá pois é mais barato; :P

Por falar em Cusco, sua próxima parada é em 3400m de altitude? Evite comer comidas pesadas e de difícil digestão anteriormente a ida, beba muita água e se ficar receoso, comprei a soroche pills e tome duas por dia, de 12 em 12 horas (coisa que eu deveria ter feito =( ); ::putz::

Ahh, o povo limenho, taxistas, vendedores, garçons... são super simpáticos. Adoram conversar, amam o Brasil (e sabem muitas coisas a nosso respeito). E, acreditem, estão mais preparados que muitos brasileiros (é... falam inglês, entendem português e francês). :?::otemo::

 

Ou seja, visitem LIMA =) ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'>

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Lara,

 

Se você tem os mesmos gostos que eu (gastronomia, história, arquitetura, capitais...etc) tenho certeza que vai adorar. Acho legal começa a mochila por lá, porque acredito ser um lugar pra relaxar, acho que o clima da praia auxilía nestas coisas...rs

 

Em qual mês você vai?

 

Beijos e boa viagem!

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Carla,

 

Muito legal essa lista das roupas!!! ::otemo::

Estava na maior dúvida se levo bota impermeável ou tênis de trekking.

Afinal, a bota foi útil? Acabei de perder uma promoção da Kanui nas botas da Vento. :(

 

Abraços.

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Ah... gastronomia!! ::love:: hahahaha

Vou dia 9 de maio! Fico 16 dias em Lima e aí depois vou mochilar pelos outros cantos! Vai dar pra conhecer bem a cidade, com muita calma! :P

 

Continue com os detalhes! haha

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06/03

Lima-Cusco

 

Se não fosse por um funcionário do Hostel (não lembro o nome do rapazzz), provável que teríamos perdido o vôo, porque o celular do Paulo não tocou e nosso amigo nos acordou. Praticamente saímos correndo e daí vimos como o trânsito limenho é só pros fortes...rs

 

Graças a Deus o taxista também foi super ágil, em menos de 1h chegamos ao aeroporto e não me arrependo da volta ter pago 50 soles, ao invés dos 40 da chegada. Com isso, tivemos tempo de tomar um café da manhã e esperarmos tranqüilamente o embarque.

 

Esse foi o primeiro dia que viajei pela Lan e fiquei surpresa com serviço de bordo deles, já que o vôo foi tão rápido (por volta de 45 min) e recebemos 3 tipos diferentes de goluseimas para comer, além das bebidas, é claro. Se deu um medinho no pouso... não sei explicar, mas o avião baixou muito rapidamente que me deu vertigem...rs

 

O processo de pegar as malas e achar um motorista que fizesse um preço bom pela corrida foi extremamente rápido e fácil. Em pouco tempo estaríamos no Loki.

 

O Loki de Cusco é totalmente diferente do que de Lima. Possuem segurança na porta, eles possuem muitos e diferentes dormitórios, o prédio tem uns 400 anos (e isso me encantou imensamente), quase todo mundo que está lá é mochileiro e a única semelhança com o de Lima é que a grande maioria está em busca de festas, agito, gente jovem e paquera.

 

Eu e o Paulo tínhamos reservado, pros 2 primeiros dias, um quarto matrimonial com banheiro. Eis que a Paola - menina que trabalhava no Hostel e tinha um filhinho lindo - nos disse que haveria disponibilidade no deluxe matrimonial (era um pouco mais caro e já tinha feito a reserva pros 2 últimos dias). Eu e o Paulo resolvemos ver o dormitório... nem preciso dizer que amamos... ::love:: parecíamos estar num hotel, ao invés de um hostel: cama king, TV lcd com TV a cabo, edredom branquinho, mesinhas com 2 cadeiras, banheiro grande com chuveiro super quente... e a vista, o que era aquilo? Maravilhosa, podíamos ver a cidade inteira... ::ahhhh::

 

No entanto, resolvemos ver o outro quarto, afinal era mais barato e quase nem ficaríamos. Quando fomos ver o outro quarto, parecíamos estar num calabouço: frio, escuro, minúsculo e ainda por cima do lado do bar do Loki (quem já ficou lá sabe do que estou falando!). Nem precisa dizer que optamos pelo outro quarto...

 

Aquele quarto era fantástico e os quase 50 dólares pagos, foram super festejados. Ficamos de bobeira, dormimos bastante, aproveitamos a vista, a TV e notícias do país (tinha globo internacional e wifi só pro quarto) e ainda fomos pegos de surpresa pela morte do Chorão...=( :o

 

Depois só saímos um pouco antes das 18h para tomarmos uma canja (seguimos as dicas dadas sobre alimentação leve) no bar do hostel. Tomamos muita chá de coca (parece um chá comum) e saímos pra buscar valores/passeios/ticket MP/etc pros próximos dias. Acabamos fechando numa agência que era na esquina da rua onde tem a loja do North Face (tinha locutório, câmbio e vendia prata). E lembro que fechamos os seguintes passeios pelo valor de USD 570 para 2 pessoas: city tour, vale sagrado, trem ida-volta pela IncaRail de Ollay a Águas Calientes, hospedagem em AC com café da manhã, ônibus ida-volta de MP, entradas a MP com guia incluído e ainda, transfer de Ollay a Cusco, passeio para Maras e Morai e ônibus turístico de Cusco a Puno (não lembro nome da empresa, mas o buso era verde e o serviço foi super bom, ainda ganhamos o almoço). :)

 

Ainda aproveitamos e começamos as nossas comprinhas pelos inúmeros mercados artesanais. Aproveitamos também e demos um pulo na Plaza de Armas, na linda e maravilhosa praça de Cusco, onde estão a catedral, a estátua da Pachamama, uma outra igreja, hotéis, restaurantes, o MC Donald's, o Starbucks, cachorros lindos, ambulantes, cholas, turistas... e pouco mais de tudo. ::tchann::

 

Bom, resolvemos voltar... e quem já esteve em Cusco e chegou ficar/conhecer o Loki sabe exatamente que este fica num subida terrível, e ao retorno do hostel, a pé, à noite, em menos de 24 horas de aclimatização, como pode ser terrível essa caminhada. A partir deste momento, eu comecei a conhecer de perto os efeitos do maledito soroche... ::hein:

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Catthy,

 

acabei te respondendo no perfil!

=)

 

Lara,

Poxa... está bem próximo! E você ficará bastante (muito mesmo) tempo em Lima!

Pode deixar que estou detalhando bastante...

 

Bjos

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07/03

Cusco

 

Apesar da cama maravilhosa e super quentinha, a madrugada deste dia foi "osso" para mim. Acordei diversas vezes com uma dor de cabeça terrível. Minha cabeça não parava de latejar e abrir os olhos era algo impossível. A hora de acordar foi difícil, a sorte era que nosso primeiro passeio, o city tour, só sairia às 14h do centro da cidade. A questão era que ainda não tínhamos o tal do boleto turístico e tive que levantar arrastada para comprá-lo. ::essa::

 

Antes de irmos a Prefeitura adquirir o boleto com mais de 10 atrações (130 soles e para estudantes, com até 25 anos, 70 soles), demos uma passada novamente na agência de turismo. O rapaz que tinha nos atendido observou que não estava com uma cara muito boa ::essa:: e sabia que o soroche tinha me pegado de jeito. Orientou-me a comprar o tal do soroche pills, tomá-lo de 8h em 8h, sempre munida de água e que descansasse até o horário de fazermos o passeio.

 

Quando eu tenho enxaquecas, normalmente, fico de mau humor, enjoada e depressiva, é lógico que nem pensei 2 vezes em retornar ao hostel. A dor até deu uma enfraquecida e o Paulo (que também não estava na sua melhor forma) ficou insistindo que tomasse outro caldo de galina do bar do hostel, já que saco vazio não para em pé. ::bad::

 

Às 14h estávamos no local combinado e fomos a primeiro local do city tour: o tempo de Koricancha e convento de Santo Domingo. Sim, o mesmo local onde os incas construíram seu templo do sol, os espanhóis católicos colocaram um convento (inclusive utilizando-se de muitas das pedras usadas) em cima. Aliás, aqui você deve pagar para entrar, pois não faz parte do boleto turístico. O nosso guia deu muitas informações a respeito do lugar e valeu muito a pena conhecer... lá é muito grande, o tempo disponível pelo tour não é suficiente para conhecer tudo, o que é uma pena. Bom, curtimos muito! ::otemo::

 

Depois seguimos em direção a Sacsayhuaman que igualmente a Koricancha foi bem interessante. Estas ruínas ficam num alto de uma colina, num campo extremamente verde e foram usadas enorme pedras (você pensa ..."cacete como estes caras eram bons!!!"). O guia Carlos, por sinal excelente, fez até uma piadinha com a palavra "sexy woman". Ele nos disse que os estudos indicam que este lugar foi construído como uma fortaleza (as paredes são bem altas e é possível ver a cidade de Cusco todinha lá de cima - preparem as câmeras!). :D

 

A próxima ruína que visitamos foi a Quenqo onde eram feitos cerimônias, rituais, alguns de sacrifício. O lugar não era muito grande, mas tem uma construção que forma uma espécie de "caverna" onde tem uma mesa de pedra bem interessante. Outro detalhe observado aqui, assim como foi em "Sacsay" as pedras retas. Tipo, como eles desgastavam para ficarem com aquele formato? Eles tinham algum instrumento capaz de cortas pedras gigantes?! :o

 

Na seqüência fomos as ruínas de Puca Pucara, a minha cabeça estava a ponto de explodir. Eu estava mega enjoada, comecei a ter um pouco de ânsia e fome? Não, definitivamente eu não tinha! A partir daqui eu já não estava mais afim de continuar o tour, apesar de estar interessante e o guia ser muito bom com suas explicações. Eu não prestei muito atenção, mas sei que servia como base de entrada pra última ruína que iríamos, Tambomachay. :?

 

Em Tambomachay estávamos numa altitude bem considerável (não me recordo) e andar era um sacrilégio. Este lugar tinha a entrada mais bonita de todas ruínas até então visitadas, apesar da minha falta de ar e de uma dor no lugar de uma cabeça, fui até o final. Lá tem várias fontes de água, chamam de "banho inca". O Carlos, guia, disse que era fonte da juventude... e antes que pudesse concluir a frase, o Paulo encheu uma garrafinha e começou a beber água... o Carlos quase arrancou da mão dele pois a água não tinha nenhum tipo de tratamento...rs. ::lol4::

 

Mas ainda tínhamos um lugar para ir, acabaram nos levando em uma casinha onde vários artesãos vendiam seus produtos a preços bastante atraentes. Nos serviram também um chá de coca feito com as próprias folhas, aqui minha cabeça deu um descanso e eu consegui fazer boas compras, inclusive de jóias de prata. ::love::

 

No retorno a cidade, minha cabeça voltou a explodir e o Paulo enfatizou da necessidade de jantarmos. O primeiro restaurante que vimos, entramos. Não lembro do nome, só sei que era bem caro e as porções eram individuais de fato. Eu não consegui comer nada. Serviram-me um chá de coca, tomei o soroche pills, mas a qualquer momento era capaz de eu chamar o hugo. Até que a situação ficou incontrolável, não consegui controlar o choro por causa da dor e retornamos ao hostel. ::xiu::

 

Neste momento eu só conhecia 2 palavras: banho e cama. E thanks God me ajudaram muito. ::love::

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