San Pedro do Atacama/Bolivia/Santiago - Fevereiro 2013.

[Natfamelli]

Olá.

Meu nome é Natália e segue o relato da viagem (San Pedro do Atacama/Bolívia/Santiago) que fiz com uma amiga.

Na verdade é quase um roteiro.

A ideia é relatar nossa viagem, os problemas que tivemos e dar algumas dicas.

 

Bom, saímos do Rio de Janeiro dia 11, fomos para São Paulo. De São Paulo fomos para Santiago e depois para Calama. Chegamos em Calama já noite. Resolvemos não ficar em Calama por que lemos coisas não muito boas a respeito da cidade. Então pegamos um transfer com a empresa Linkankabur que faz o trajeto Calama – San Pedro. Dá pra reservar pela internet, sem ter de pagar nada. O preço da ida e volta é $24.000 pesos chilenos. Pode-se comprar a ida e a volta juntas. Chegamos umas 0h no hotel Corvartsh que é um dos melhores da cidade, mas também um dos mais caros. Fizemos a reserva pela internet e tivemos que adiantar uma diária para efetuar a reserva. O preço da diária era $55.000 pesos chilenos para duas pessoas. O hotel é bem limpinho, tem café da manhã e água quente o dia todo, ao contrário do hostel de mesmo nome. Esse hotel fica muito bem localizado, na calle Gustavo del Paige (ou algo parecido) que é no centrinho do vilarejo. A calle Caracoles é a principal rua da cidade e é onde se concentram a maioria dos restaurantes e caixas eletrônicos. Os restaurantes oferecem almoço executivo que inclui sempre uma opção de sopa ou salada, um prato principal e uma sobremesa. Eles sempre servem um pãozinho com um tipo de molho vinagrete picante. Esse almoço custa em torno de $5.000 pesos. Mas para quem não estiver na pilha de gastar essa grana todos os dias, existem opções mais baratas e mais simples pela cidade. Na calle Gustavo del Paige tem um restaurantezinho (se é que podemos chamar aquilo de restaurante) bem simples mesmo, mas que servem uma sopinha bem gostozinha e barata, acho que era em torno de 3.000 pesos. Disseram também que rola um PF por perto da praça e umas empanadas bem boas, mas não conseguimos ir nesses lugares. O restaurante que mais gostamos foi o Casa del Piedra na Caracoles, que não é o mais barato, mas certamente foi o melhor em que estivemos.

 

No primeiro dia (12/02) fomos acertar os detalhes da reserva do passeio para o Salar de Uyuni que sairia outro dia. Preferimos a agência Cordilheira Travellers por termos lido boas indicações no site dos mochileiros. Pagamos $210,00 dolares pelo passeio coletivo de 4 dias e 3 noites. Na tarde deste mesmo dia, fechamos um passeio para o Valle de La Luna com a agência de mesmo nome do nosso hotel. O passeio para o Valle de La Luna inclui uma caminhada fácil pela cordilheira de sal, paramos num mirante que tem a vista para a cordilheira de mesmo nome. O Valle de La Luna é o destino final do passeio. Apreciamos um por do sol fantástico lá.

 

No dia seguinte, fomos no campo de geisers Del Tatio. Esse passeio é uma prévia das altitudes que se pega na Bolívia, ou seja, se você estiver a fim de ir à Bolívia, é bom ia a esse lugar antes para ver se você terá mal de altitude. Esse passeio sai as 4:00 da manhã. As agências oferecem um café da manhã no campo de gêiser. Em geral tem chás, leite com chocolate, pães, ovos cozidos nas águas quentes dos geisers e queijo e presunto. Tem outra agência que tem um café da manhã bem melhor que o nosso, mas não lembro o nome...só sei que é uma que o ônibus parece um caminhão amarelo. Depois desse campo, passamos pelas termas. Nesse local, as pessoas podem se banhar numa água quentinha (em torno de 30°, pelo que disseram...claro que não tive coragem de entrar). Mas o povo diz que não é bom ficar mais que 20 minutos nessa terma por que ela é muito salina e você pode passar mal. Depois das termas, passamos por campos lindos com vista para os vulcões, lhamas e num vilarejo.

 

No terceiro dia, fomos para a laguna Cejar, que é uma laguna super salina onde os corpos flutuam, ou seja, não é possível afundar nessa laguna. A temperatura da água dessa laguna é ambiente, mas depois que você entra na água, seu corpo acostuma e a água fica ótima. Geralmente os guias levam as pessoas para se banhar numa outra laguna de água doce, mas no nosso caso, devido às chuvas do inverno boliviano, não conseguimos visitar essas outras lagunas. Nesse caso, os guias costumam levar água doce numa garrafa de água. Certifique-se que ele está levando água pra todos, caso contrário, leve sua própria água...é extremamente aconselhável. Depois desse banho, fomos apreciar o por do sol em uma outra laguna que fica ao lado da Cejar. Os guias oferecem café da tarde com direito à azeitonas, biscoitos salgados, chá, pisco...

 

No quarto dia, fomos para a Bolívia. Fomos para o ponto de encontro no horário marcado, mas claro(!) que não tinha ninguém, só um alemão estranho que estava jogado na porta da agência. Passado algum tempo, eis que chegam dois sprinters. Encaminhamo-nos para a vazia e, após alguns contratempos, seguimos para a alfândega chilena. Tivemos que esperar cerca de 30 minutos para sermos atendidos. Quando finalmente passamos pela alfândega chilena, começamos a subir para a fronteira da Bolívia. É nesse momento que é bom estar munido de folhas de coca, essa é a hora da subida. Neste ponto, trocamos de carros, saímos dos sprinters e fomos para os 4x4. Antes disse, tomamos café da manhã e passamos pela alfândega boliviana. No primeiro dia de passeio pela Bolívia, passamos na entrada do parque da Bolívia e tivemos que pagar alguns bolivianos (não lembro direito quanto, mas na agência a moça te fala quantos bolivianos são necessários para toda a viagem). Depois passamos por várias lagunas das mais variadas cores, pelo campo de gêiser (local mais frio do trajeto) e pelas termas. Neste ponto é possível se banhar nas águas quentes das termas. Há um restaurante bem simples e banheiros (fedorentos e que custam 3 bolivianos). O almoço, nesse dia, foi no mesmo, lugar onde posteriormente dormimos. O cardápio é bem simples, purê de batata, salsichas fritas e salada de tomate, pepino e abacate, coca-cola e chá. A janta foi sopa de legumes, macarrão com um molho de tomate com azeitonas e queijo. Dormimos num hostel, em quartos para 6 pessoas e banheiros coletivos. Neste local não havia chuveiros, ou seja, limpeza corporal é a base de lencinhos umedecidos. Como estávamos num local em que a temperatura chega a -15°, nos aconselharam a alugar sacos de dormir (no próprio local). No dia seguinte, passamos por mais lagunas e campos cheios de rochas vulcânicas esculpidas pela ação dos ventos até chegarmos no segundo hostel em que ficaríamos. O hostel é bem, mas bem simples mesmo...na verdade é a casa de uma senhorinha bem simpática que foi adaptada para receber turistas. O banho quente é controlado pela senhorinha e os banheiros são do lado de fora da casa. No dia seguinte fomos em direção a cidade de Uyuni, mas antes passamos pelo cemitério de trens. Depois fomos para o salar de Uyuni. O lugar é fantástico, sensacional. No fim deste dia começamos a volta para San Pedro. Dormimos em algum lugar do interior da Bolívia e, no dia seguinte, as 4h da matina, continuamos a volta para San Pedro. Finalmente chegamos à alfândega da Bolívia, tomamos o café da manhã nos mesmo moldes do café da manhã que tomamos na ida, trocamos de carros, passamos na alfândega do Chile e fim...estávamos de volta à civilização (mesmo que a mais simples delas).

 

Importante levar 1 garrafa de água de 5 litros para cada pessoa, papel higiênico e lencinhos umedecidos, comidas (frutas, biscoitos...). Remédios de dor de cabeça, folhas de coca são extremamente recomendados. Caso você tenha o mal de altitude ainda no campo dos gêiseres, é só ir à farmácia e comprar um remédio, na verdade é um tipo de diurético, e tomar antes e durante o passeio pela Bolívia. No regresso para o Chile, é importante se certificar que não há NADA de origem animal e vegetal nas suas coisas (principalmente maçãs argentinas...os chilenos tem um certo pavor à elas).

 

Chegamos a San Pedro umas 11h da manhã, fomos para o nosso hotel e descansamos o resto do dia. Tentamos ir no observatório, mas já estava lotado. Dizem que é fantástico, se vocês tiverem oportunidade, vão. Mas tem que ser na agência que fica na Caracoles, 166 (ou algo do tipo, sei que tem 66 no número), por que tem uns outros observatórios que nem são tão bons.

 

IMPORTANTE: Fiquem atentos no Salar, pois o guia da agência "muito bem recomendada" nos esqueceu no salar por cerca de 1h. A agência é realmente boa, isso é, comparando com alguns relatos que li de pessoas que fizeram esse passeio com outras agências. Entretanto, esse erro aconteceu. Foi péssimo.

 

No dia seguinte, bem cedo, o carro do transfer nos pegou no hotel, pegamos o avião e fomos para Santiago. Ficamos no hotel Vegas que fica na Calle Londres, 48 (se não me engano é esse número mesmo). Este hotel é bom e bem localizado. Fica no centro e perto de estações de metrô. Naquela tarde, ficamos por Santiago mesmo, fomos no Cerro Santa Lucia que fica bem pertinho e passamos numa feirinha de artesanato que fica do outro lado da rua, ainda em frente ao cerro. Dizem que tem um cerro ainda maior e mais bonito, mas não tivemos tempo de visitar. No dia seguinte, alugamos um carro com um casal de brasileiros e fomos visitar Valparaíso e Viñas del Mar. Fica bem mais barato alugar um carro do que pagar aqueles turs. Valparaíso nem é tão legal, mas vinha del mar é mais bonitinha, tem praia e sorveteria. No dia seguinte fomos ao Vale de Casablanca, que fica entre Santiago e o litoral (Valparaíso e Viñas del Mar), fizemos uma visita guiada e degustamos vinho no vinhedo Casas del Bosque. É bem legal! Depois fomos para Isla Negra tentar visitar uma das casas de Pablo Neruda (que é um poeta muito famoso de lá), mas claro que não conseguimos, estava cheio de mais. Voltamos para Santiago e, no dia seguinte, voltamos para o Brasil! Em Santiago comemos em um restaurante que é bem bom chamado “Como água para chocolate”, é bem famoso entre os brasileiros. A comida é muito boa! Perto do hotel Vegas tem um restaurante de massas bem em conta, se perguntar no hotel, eles indicam!

 

Não se esqueça de levar hidratante, protetor labial e protetor solar...são extremamente necessários, é sério!

 

Bom, acho que é isso!!!

Boa viagem e não cuidado para não ser esquecida no salar.

Bjus!!!