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[t1]Dia 11 : Cerro Campanário e La Angostura por conta própria[/t1]

 

[t3]Cerro Campanário - Economize no traslado[/t3]

 

O dia seguinte amanheceu com um pouquinho de sol, mas sabia que, de acordo com as previsões do tempo, iria vir muita chuva pela tarde. Reservei a manhã para aproveitar algum mirante com vista da região. Os mais procurados são o Cerro Otto e o Cerro Campanário, este último normalmente visitado durante o chamado circuito chico, um city tour por Bariloche e arredores.

 

O que pouca gente sabe é que dá para ir ao Cerro Campanário com transporte público. É muito fácil, basta pegar o mesmo ônibusque vai por porto (linha 20) e pedir para descer no cerro. Dessa forma, pagamos 14 pesos ao invés dos 90 cobrados pelo circuito chico. Não sei se os outros atrativos do circuito compensam os 76 pesos adicionais, mas não sou fã de nenhum city tour de empresas de turismo, fica algo meio robotizado e não te dão tempo de aproveitar os atrativos locais. Percebi inclusive a pressa das pessoas que tinham ido de excussão para tirar fotos no alto do cerro porque o guia ficava pressionando para voltar.

 

[t3]Cerro Campanário[/t3]

 

Voltando ao Cerro Campanário, é um mirante com vista de 360º de toda a região dos lagos de Bariloche eleito por revistas especializadas como um dos mais belos mirantes no mundo inteiro. Paga-se 50 pesos para subir pelas cadeirinhas abertas e prepare-se para a tradicional foto ao descer no alto do Cerro, vendida separadamente. É um passeio para ser feito em dia de sol, se você tiver sorte pode observar toda a magnitude da natureza dessa região, o Lago Nahuel Huapi, Puerto Blest, os Cerros Catedral, Otto e Tronador, tudo muito bem identificado pelas placas. Quem procura um pouco mais ação, entretanto, pode se decepcionar, pois não há muito o que se fazer a não ser admirar a beleza local. No dia que subimos, apesar do restinho de sol, o vento estava congelante e denunciava a chegada das chuvas e da neve no dia seguinte.

 

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Vista do lago Nauel Huapi do Cerro Camapanario

 

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Ilha no lago Nauel Huapi vista do Cerro Camapanario

 

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Vista do lago Nauel Huapi do Cerro Camapanario

 

[t3]De Bariloche a Villa La Angostura - De ônibus[/t3]

 

Por volta de meio dia, voltamos ao hotel e pegamos o ônibus de linha 10 rumo a rodoviária com dois objetivos : comprar a passagem de volta para Puerto Varas e embarcar para Villa La Angostura, a cerca de 100 km de Bariloche. Aqui fica a outra dica econômica do dia : não precisa pagar 150 pesos para ir a Villa La Angostura pela agência de turismo, basta pegar o transporte na rodoviária. Chegando lá, o ônibus pára bem no centro da cidade e há um posto de informação turística do outro lado da rua.

 

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Porto de Villa La Angostura

 

[t3]Villa La Angostura[/t3]

 

A cidade de La Angostura é um show à parte, típica cidadezinha de montanha, me lembrou muito as cidades da região da Baviera na Alemanha. As casinha de telhado caído, estilo enxamel, jardins bem cuidados repletos de gnomos estão por toda a parte, dando um charme todo especial à cidade. Eu que fiquei decepcionado com o tamanho de Bariloche me encantei com essa cidade. No posto de informações turísticas a guia me mostrou o mapa com as opções de pontos turísticos da cidade. Se você esta sem carro, uma única linha de ônibus parte do mesmo terminal rodoviário que você chegou com destino a três bairros que concentram a vida turística de La Angostura .

 

Devido ao mal tempo, o centro de sky da cidade, o pequeno Cerro Bayo, estava fechado. Decidimos então visitar o porto de onde saem os passeios para os Bosques de Arraynes, chamado Puerto Villa. Como já saímos de Bariloche tarde, obviamente não deu tempo de pegar o passeio, mas só a vista do porto e o restaurante Viejos Tiempos já valeram muito a pena a visita. Imagino essa cidade em um dia de sol como deve ser fantástica.

 

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Porto de Villa La Angostura

 

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Porto de Villa La Angostura

 

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Porto de Villa La Angostura

 

[t3]El Fonda del Tio[/t3]

 

De volta a Bariloche, a chuva deu uma trégua e fomos comer no El Fonda Del Tio, restaurante não turístico e de boa qualidade. Fica em cima de uma ladeira, um pouco afastado do centro. Pedimos uma milanesa deliciosa e uma quilmes para acompanhar. A porção foi farta e o preço mais baixo que outros restaurantes da região. Na volta ao hotel, uma boa caminhada de uns 3 kms, aproveitamos para alugar calças impermeáveis. O aluguel saiu por 15 pesos e fomos pro hotel nos preparar para a neve no dia seguinte.

 

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[t3]Dicas :[/t3]

Cerro Campanário. Não é preciso pagar traslado para circuito chico, basta pegar o ônibus 22 e comprar o ticket para subir o cerro por conta própria. Fique o tempo que desejar.

Passeio a Villa La Angostura - Embora um pouco mais demorado, é possível ir a Villa La Angostura de ônibus de linha. Na cidade há ônibus de linha e táxis que podem lhe levar ao Cerro Bayo ou ao Porto da cidade.

Viejos Tiempos - Pequeno eestaurante espetacular localizado no puerto villa. As massas e o atendimento são excelentes. Bvd. Nahuel Huapi 2136

El fonda del Tio- Restaurante italiano, milanesas deliciosas. Av Bartolome Mitre 1130.

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[t1]Dia 12 : Tempestade de Neve e Cervejas Artesanais em Bariloche[/t1]

 

[t3]Como descobrir o melhor dia para visitar o cerro catedral[/t3]

 

Quem viaja pelos países andinos durante o inverno deve manter sempre o olho na previsão do tempo. Julho e Agosto são os meses mais apropriados para quem deseja curtir o frio e ver a neve, mas são também os mais caros. Na região dos lagos, especificamente, após todos os problemas enfrentados em 2011 por conta das cinzas do vulcão Puheuye, todos ansiavam por uma boa temporada de inverno em 2012 e acho que isso acabou influenciando na alta de preços na região. Quem viaja em Setembro, pode encontrar preços mais baixos, mas tem que levar a possibilidade de ver neve caindo diminuir consideravelmente.

 

No meu caso, acabei dando sorte de viajar em Setembro. Apesar dos preços não estarem mais baixos que em Julho ou Agosto, o câmbio do dólar estava bem mais favorável, chegando a 6 pesos em casas de câmbio oficial, além disso pegamos verdadeira nevasca no Cerro Catedral. Por conta do inverno bastante irregular, com dias de neve , mas também vários dias de sol que derretiam a neve rapidamente no topo das montanha, as próprias agências de turismo de Bariloche estavam descrentes que ainda fosse nevar em Setembro. Você pode estar imaginando que sorte estar no centro de sky justamente no dia que nevou em Setembro. Mas nem só de sorte pode viver o viajante , na realidade, há mais de uma semana eu já sabia que iria nevar no dia 15/09. Qual a mágica? É simples, consulte os sites Snow Forecast e Weather Channel e programe o seu dia-a-dia em Bariloche. Dia sem chuva procure os passeios lacustres e mirantes. Dia de neve corra para o Cerro Catedral.

 

[t3]Cerro Catedral[/t3]

 

Para quem nunca ouviu falar, o Cerro Catedral é o maior complexo de sky da América do Sul, com inúmeras opções de entretenimento, atividades e esportes de inverno. Só fui ter realmente noção do tamanho do lugar quando cheguei lá. Aliás, para ir ao Cerro Catedral também não é preciso nenhuma agência de Turismo, basta pegar o ônibus escrito Catedral na frente e ele lhe deixa na porta do centro de sky facilmente. Há também moradores que lhe levam até o centro de sky em seus próprios carros por uma tarifa pré combinada, fui com um instrutor de sky do cerro que me cobrou o mesmo preço da tarifa de ônibus.

 

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Ao chegar na base do cerro existem várias opções tanto para quem quer esquiar, quanto para quem quer brincar na neve. No início levamos um susto , pois todos os meios de elevação estavam fechados por conta dos fortes ventos. Mas logo depois liberaram a subida nas telesillas (cadeiras de 2 pessoas) e no bondinho fechado para quem não ia esquiar. Entramos no Cable Carryl e logo podíamos ver os flocos de neve caindo pela janela.

 

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Cable Carril

 

O condutor lhe deixa em um lindo refúgio no meio da montanha e lá você pode sair para brincar na neve à vontade. Foi um dos dias mais divertidos do passeio, pois ficamos maravilhados com a quantidade de neve que caía, por vezes formando uma pequena nevasca. A neve recém caída fica com uma aparência bem diferente da que já tinhamos visto e muito gostosa de se brincar. Era um dia perfeito para fazer boneco de neve, brincar de esquibunda, comer bife de chorizo com cerveja patagônica e posar na neve com a foto do seu time preferido (o glorioso Fortaleza Esporte Clube).

 

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Leão das montanhas

 

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Bife de Chorizo e Cerveca Patagonica

 

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Refugio Punta Nevada

 

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Filhote de Neve

 

[t3]Cerveceria Blest[/t3]

 

De volta à cidade, fomos a um fantástico pub de cervejas artesanais, chamado Cerveceria Blest. Recomendo fortemente os chopps de lá. São todos produzidos no local e de diversas variedades como pilsen, stout e ale. Só a pizza de lá que deixou a desejar, acabei com uma baita indigestão durante a noite ( ou terá sido resultado dos 5 chopps?) =)

 

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Cerveza Blest

 

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Cerveza Blest

 

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Cerveza Blest

 

[t3]Dicas :[/t3]

Snow Forecast e Weather Channel - Sites que dão dicas precisas em qual dia irá nevar em Bariloche.

Cerveceria Blest - Não perca a hora da happy hour da melhor cervejaria da região. Excelente atendimento e ambiente para lá de descolado. Av Bustillo.

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[t1]Dia 13 : O Monte Tronador e o Ventisqueiro Negro[/t1]

 

[t3]Cerro Tronador[/t3]

 

Após a farra na neve no Cerro Catedral, aproveitamos nosso último dia em Bariloche para conhecer o famoso Cerro Tronador. Como estava sem carro, optamos por uma excursão de dia inteiro ao custo de 230 pesos por pessoa. Normalmente o preço do passeio é 280, mas no fim da estação sempre rola uma promoção.

 

Após o café da manhã no Hotel Costas del Nahuel o guia nos pegou as 8:00 e pegamos mais alguns passageiros em outros hoteis da região, todos argentinos. Seguimos pela Ruta 40 até a entrada do parque nacional Nahuel Huapi e pagamos a taxa de entrada de 50 pesos. Seguimos então por uma estrada de terra margeando diversos lagos muito bonitos, com algumas paradas para fotos. O guia nos explicava um pouco das particularidades de cada lago, da vegetação e das montanhas vizinhas.

 

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[t3]O Parque Nacional Nahuel Huapi[/t3]

 

Uma das curiosidades que nos contou foram a respeito das casas que se vêem dentro do parque : trata-se da família dos antigos moradores da região antes da fundação do parque, eles têm permissão de morar e explorar a região de forma sustentável. O guia faz uma parada tecnica em um restaurante da região e de lá já se avista o Tronador, este que é um dos marcos divisores da Argentina com o Chile e avistado de várias outras regiões e passeios como o de Puerto Blest. O grande diferencial dessa excursão é a proximidade que se chega do Cerro e do próprio restaurante já dá para escutar os estrondos parecidos com trovões que o gelo provoca ao cair do pico da montanha. Aliás, é daí que surgiu o nome de Cerro Tronador.

 

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Dois moradores do parque

 

[t3]Ventisqueiro Negro[/t3]

 

Mas a parte mais emocionante do passeio é sem dúvida a visita ao Ventisqueiro Negro, um glacial milenar de gelo negro, que compõe uma linda paisagem com os picos brancos nevados ao fundo. O Cerro Tronador é um vulcão adormecido e toda região ao redor possui rochas vulcânicas. De lá é possível não somente escutar o barulho de trovão do gelo despencando da montanha como também ver a pequena avalanche que se forma na cordillera. Uma visão inesquecível para sentir a força dos Andes. A excursão fica no glacial até a hora permitida para a volta (devido a estrada estreita somente é permitido um sentido de manhã e o sentido inverso à tarde).

 

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Panorâmica Ventisqueo Negro e Cerro Tronador

 

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Ventisquero Negro

 

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Gelo Negro

 

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Rochas Vulcanicas e Glaciais Milenares

 

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Composição do Ventiquero

 

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Cerro Tronador

 

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Detalhe Cerro Tronador

 

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Ventisquero Negro

 

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Cerro Tronador

 

[t3]Dicas de Bariloche[/t3]

 

De volta a Bariloche aproveitamos o dolar valorizado e fizemos a festa nas lojas de chocolate, o que mais me surpreendeu foi o waffer com dulce de leche de uma delas. Nunca vi tanto doce de leite numa sobremesa só, não conseguimos comer tudo. Para fechar nossa passagem pela Argentina, comemos uma boa pasta com vinho no El Chiringuito, que não estava no meu roteiro, mas foi uma grata surpresa da estadia em Bariloche.

 

 

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File com pasta no El Chiringuito

 

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Cafe e Waffer de Dulce de Leche

 

[t3]Avaliação Final[/t3]

 

Foram seis dias muito bem aproveitados por esse sensacional rincón sulamericano. Posso afirmar sem sombra de dúvida que Bariloche merece a fama que tem, proporcionando todos o tipos de passeios e lazer para cada estilo de viajante. Do vovô à criança, do mochileiro ao casal em lua de mel, Bariloche te oferece todas as opções para uma viagem inesquecível.

 

[t3]Dicas :[/t3]

Passeio de dia inteiro ao Cerro Tronador. $230 pesos mais entrada no parque de $ 50 pesos.

El Chiringuito- Bom restaurante no centro de Bariloche sem burburinho de turistas. Qualigia, 283

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[t1]Dia 14 : Estrada com Neve e Festas da Pátria no Chile[/t1]

 

[t3]De Bariloche a Puerto Varas - De ônibus[/t3]

 

Depois dos cinco dias em Bariloche, voltamos a Puerto Varas de ônibus. Porém desta vez a estrada estava muito mais bonita, toda branquinha de neve. Nos sentimos na terra do Papai Noel. Reconhecemos logo que o motorista era o mesmo da viagem de ida a Bariloche e, como quase todo chileno, era uma simpatia só. Logo nos convidou para ir a cabine do ônibus para poder tirar fotos mais nítidas. Quem tem dúvidas como é a travessia da fronteira pela estrada com neve digo que foi surpreendentemente belíssimo e, ao contrário do que imaginava, não sentimos em nenhum momento algum perigo. As estradas permaneceram abertas em bom estado de tráfego, com equipes para remover a neve frequentes.

 

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Atravessando os Andes

 

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Deixando a Argentina

 

A viagem transcorreu rápida, conversamos com o motorista bastante sobre futebol, achei incrível como eles conhecem tudo sobre o futebol brasileiro. No caminho também notamos que quase toda casa da região tinha uma bandeira do Chile hasteada na frente, no começo achamos que era alguma característica daquela região, mas nosso novo colega falou que aquela era a semana da pátria no Chile, correspondendo mais ou menos em festividades ao nosso período do carnaval. Uma semana de feriado, comidas típicas e festas em todo o país. A imigração dessa vez foi bem contundente, os carabineros são bem rigorosos e contavam com cães farejadores que fizeram passageiros abrirem diversas malas. Não é permitido entrar com qualquer alimento de origem vegetal ou animal no Chile e eu me esqueci disso. Não deu outra, acharam minha maçã verde em uma sacola dentro do ônibus e só informaram que estavam descartando, ainda bem que não quiseram nem saber de quem era, rsrsrsrs

 

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Fronteira Chile - Argentina

 

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Fronteira Chile - Argentina

 

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Bus Norte - Otima companhia chilena

 

Ao chegar na cidade pegamos um táxi para a Casa Kalfu, hotel pequeno e charmoso em uma região mais tranquila da cidade. Deixamos as malas no hotel e corremos para o centro da cidade para reservar o passeio pelo Lago de Todos os Santos, que ouvira falar se a parte mais bonita da travessia dos lagos. Diferente de quando deixamos a cidade rumo a Bariloche, desta vez fazia um solzinho tímido, o que nos deixou ainda mais animados para fazer o passeio no dia seguinte e quem sabe finalmente conseguir avistar o Vulcão Osorno.

 

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Decom na Turistur!!!

 

[t3]Turistur - Os males do monopólio[/t3]

 

Qual não foi nossa decepção quando nos deparamos com o escritório da Turistur totalmente fechado e sem qualquer aviso do horário de funcionamento no feriado. Bateu até um frio na espinha, depois de tanta expectativa, chegar até aqui e não fazer o passeio pelo Lago até Peulla seria um verdadeiro desastre. Procuramos de todos os modos outras alternativas, inclusive o centro de informações turísticas e outras agências de viagens da cidade, mas ninguém sabia ao certo se ainda havia vagas para o passeio do dia seguinte, ou sequer informar se realmente haveria o passeio. Nesse ponto, senti novamente a falta de preparo dos chilenos para o turismo, como deixar a principal atração da cidade na mão de uma única empresa ? Além disso, tive ainda mais dificuldade para trocar dólares nesse dia do que quando cheguei no Chile, Todas as casas de câmbio estavam fechadas e nem uma loja fazia câmbio, mesmo que informalmente. E olha que estava tentado trocar dolares, imagina se fosse real ? O jeito foi apelar para caixa de banco, que no Chile cobram 3000 pesos de comissão, fora a taxa do seu banco de origem.

 

Ficamos passeamos pela cidade, fomos a Igreja, ao cais perto do lago e praças bem cuidadas. Já era quase de noite quando voltamos ao escritório da Turistur que, surpreendentemente, resolveu abrir as portas na surdina, parece até que estavam fazendo algo ilegal, rsrsrsrsrsrsr Para descontar minha raiva, ainda fiz a antipática atendente receber o valor que estava exposto na vitrine pelo passeio de Peulla, pois queriam cobrar 34000 pesos ao inves dos 30000 no cartaz da porta. Não sabia nem se tem DECOM do Chile, mas me recusei veementemente a pagar a mais pelo passeio e funcionou. Agora estavamos quites =) !!!

 

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Lago LLanquilhue

 

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Gruta Imagem Nossa Senhora

 

[t3]As festas da pátria chilenas[/t3]

 

Ao sair de lá, já aliviados, e com pesos na carteira fomos curtir as festividades do cumpadres do sul. Ao som da cueca chilena, dança típica oficial do Chile, escolhemos uma das barraquinhas que vendiam churrasquinho e uma bebida chamada Terremoto, algo que parecia ser vinho com um suco de groselha, perfeito para aguentar a noite fria dos Andes. Foi incrível observar o respeito alheio, por vezes vários grupos erravam as letras ou notas, mas o publico pacientemente aplaudia seus compatriotas, um exemplo que gostaria de ver seguido no meu país. Assim é o povo chileno, tão característico na Capital quanto no interior.

 

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Casal dançando a cueca chilena

 

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Festividades da Pátria Chilena

 

 

[t3]Dicas :[/t3]

Hotel Casa Kalfu - Um dos poucos hotéis de puerto varas com preço acessível. Diárias apto duplo U$ 80,00. Av Tronador 1134.

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[t1]Dia 15 : Os lagos andinos chilenos[/t1]

 

[t3]Saltos de Petrohue[/t3]

 

Pela manhã, o proprietário do hotel fez a gentileza de nos deixar em frente ao casino, lugar de onde parte a excursão para Peulla para quem não está hospedado em algum dos hotéis parceiros da Turistur, Com algum atraso o ônibus apareceu e logo rumamos em direção aos Saltos de Petrohue.

 

A cachoeira fica dentro do Parque Vicente Perez que se corresponde com o limítrofe Parque Nahuel Huapi do lado argentino. A estrada de acesso é razoável, asfaltada em grande parte. Ao chegar no centro de recepção, paga-se uma taxa se não me engano de 1500 pesos por pessoa e segue-se as passarelas margeando o rio em direção à cachoeira. A visão é incrivelmente bela, a cor da água é de esmeralda, semelhante ao lagos que havia conhecido na região dos Alpes Bávaros na Alemanha : não é a toa que toda a região dos lagos no Chile foi colonizada pelos germânicos. Sem dúvida nenhuma, conhecer os saltos foi uma dos momentos mais belos da viagem até então, mas infelizmente os vulcões ao fundo continuavam escondidos pelas nuvens.

 

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Petrohue - Os Saltos

 

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Petrohue - O Rio

 

[t3]Lago de todos os santos[/t3]

 

Depois de um tempo, nosso ônibus saiu rumo ao porto para embarcar no catamarã pelo Lago de Todos os Santos, ou Lago Esmeralda. O dia ainda estava nublado e , mesmo sem o sol para abrilhantar a paisagem, achamos a cor da água muito marcante. A navegação é tranquila pelo Lago, observando as encostas arborizadas repletas de cachoeiras, picos nevados e ilhas fluviais.

 

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Ilha Lacustre

 

[t3]Peulla[/t3]

 

Após algum tempo chegamos a Peulla, um pequeno povoado na divisa com a Argentina. Nos relatos que tinha visto, muitas pessoas se queixam que não há nada para se fazer aqui, mas não é bem assim : existem diversas trilhas que você pode fazer por conta própria e conhecer as redondezas. Existe uma cachoeira inclusive que pode ser facilmente visitada. Já se sua praia não é aventura, pode-se ficar tranquilamente em um dos dois hotéis da região, que possuem confortáveis acomodações e restaurantes de grande porte.

 

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Navegação nos lagos Chilenos

 

No meu caso, preferi seguir as trilhas do cerro ao lado do porto cujas setas apontavam para um mirante no alto da serra ou para um lago que ficava a uma razoavel distância. Infelizmente, os guias da Turistur todos vão para os hotéis e não dão nenhuma informação a respeito das trilhas, tivemos que desbravar a região sozinhos mesmo. A trilha foi bastante legal de ser feita, conta com pontes de madeira nos trechos mais úmidos e depois de uma meia hora de subida chega-se a uma pequena barragem que compõe a cachoeira que pode ser visitada abaixo e uma usina elétrica. Infelizmente, não tivemos tempo se subir até o mirante. No caminho paramos várias vezes para admirar a paisagem e curiosidades do caminho como este teleférico pre-histórico que deve ter sido usado para trazer os materiais para construção das edificações que encontrávamos.

 

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Trilha em Peulla

 

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Paisagem na trilha

 

Ao descer da trilha, ainda dei tempo de visitar a cachoeira embaixo e fomos em direção aos hotéis, onde o grupo estava almoçando. Como havia trazido vinho e salame de cervo na mochila, preferimos fazer um piquenique na área externa do hotel, foi bem bacana. Na hora de voltar ao barco,o sol começou a dar as caras, será que finalmente iria ver o vulcão dessa vez?

 

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Cachoeira Véu de Noiva

 

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Hotel em Peulla

 

[t3]Vulcões Andinos - O Osorno[/t3]

 

O barco percorre exatamente o mesmo caminho da ida, mas dessa vez dava para avistar melhor os picos nevados no caminho, até que finalmente o indefectível vulcão em formato de cone ficou à vista, finalmente avistamos o Osorno , agora sim nossa viagem estava completa. . O vulcão Osoono foi a cereja do bolo do passeio, todos queriam bater uma foto ao lado desse senhor milenar dos andes. Ainda foi possível avista outro vulcão adormecido no caminho, o Pontiagudo.

 

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Lago Esmeralda

 

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Finalmente o Osorno

 

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Mais uma do vulcão

 

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Vulcão Pontiagudo : outro vulcão adormecido da região

 

Descemos em uma cantina italiana no caminho do nosso Hotel e saboreamos uma boa pizza com cerveja Torrobayo, que se tornou minha bebida preferida no Chile ao lado do Trio da Concha Y Toro. De noite ainda deu tempo de dar uma esticada novamente no centro da cidade para comer um churrasquinho com terremoto. No caminho comprei minha primeira garrafa de Marques Concha y Toro que está devidamente acondionada na minha adega agora aguardando uma ocasião especial para ser servido.

 

 

[t3]Avaliação Final[/t3]

 

A noite acabou e voltamos para o hotel já com pena de ter que deixar para trás essa fantástica região chilena tão pitoresca quanto bela. Das playas de montevideo ao esplendores vulcânicos do Lago Esmeralda foram quinze dias de viagem pela América do Sul, experiências únicas guardadas eternamente em nossa alma para sempre. Era chegada a hora de voltar para o Brasil, mas não sem antes fazer um pitstop na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, iríamos finalmente conhecer a cidade que povoa o imaginário de todo turista brasileiro.

 

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[t3]Dicas :[/t3]

Passeio de dia inteiro a Peulla. Belíssima navegação no lago esmeralda, com paradas nos saltos de petrohue e vista dos vulcões. Exija o preço do catálogo. $ 30000 pesos em Ago/12. Exclusivo Turistur,

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Mário,

 

Que viagem incrível e que relato detalhado! Deu uma vontade imensa de conhecer o Chile! Fui à Montevidéu em Janeiro e deixei de ver alguns pontos que você sugeriu. Uma pena!

 

Abraços!

  • Membros
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Puxa Cecília, que bom que gostou do relato. É uma pena mesmo você não ter visto antes de viajar para Montevideo, tem uns lugares "escondidinhos", mas bem legais por lá :)

 

Agora o Chile realmente é espetacular, especialmente a região de Puerto Varas, se você pude ir, não pense duas vezes. Recomendadíssimo, seja no verão ou no inverno!!! Sem falar que o chileno é super gente boa com nós brasileiros... ::hahaha::

 

Um abraço,

  • Membros
Postado

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Relato SENSACIONAL, Mario ! :D

 

Já está entre os meus preferidos. Com certeza usarei-o como fonte de informação para realizar o meu roteiro ::otemo::

 

Parabéns novamente, ótimas fotos ::cool:::'>

 

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  • 1 ano depois...
  • Membros
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Adorei seu post, vou imprimir e tentar seguir os mesmo passos rsss.

Sou do Crato, e estou indo agora em junho, porém minha rota é um pouco diferente: Crato - Fortaleza, Fortaleza-Assunção-Py, Resistencia-Ar, Montevidéo-Uy, Colônia-Uy, Buenos Aires-Ar e volto aéreo pra Assunção, Assunção-Fortaleza- Crato.

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