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Cheguei em Cuzco de madrugada vindo de La Paz, no ônibus conheci 3 brasileiros do Rio Grande do Sul e rachamos o taxi até o hostel Loki. Depois de algum descanso, fomos a Plaza de Las Armas para procurar agencias para fecharmos nossos passeios, eu iria para Salkantay e eles para Trilha Inka Jungle. Acabamos fechando em agências diferentes pela razão do preço, fechei com a Liz’s Explorer (http://www.lizexplorer.com) e paguei $180 dólares.

 

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Galera fazendo os ultimos acertos nas mochilas.

 

Às 04:00 da manhã do dia seguinte o guia apareceu na porta do hostel para me buscar, nisso conheci um casal de suíços que também fariam a trilha e que estavam no mesmo hostel que eu. Fomos caminhando até a Plaza São Francisco onde encontramos o resto do grupo, no total estávamos em 12 turistas, 1 guia, 1 cozinheiro e 1 homem que cuidava dos cavalos. No grupo havia um casal de alemães, um de suíços, um de brasileiros, mãe e filha canadenses, duas israelenses, um alemão solo e eu.

Por volta das 5:30 partimos de van para o inicio da trilha, são aproximadamente 3 horas de estrada. O começo da viagem não é muito atraente, mais é possível ver picos gigantes cobertos de neve. Com o passar do tempo a paisagem vai mudando e a vista fica muito agradável. As duas ultimas horas de viagem variam entre uma descida por um vale maravilhoso e uma subida em uma estrada de terra até o vilarejo de Mollepata (2.900m). Chegando lá nós tomamos café em uma padaria e começamos a nos arrumar para a trilha.

 

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Pau de arara.

 

Era permitido colocar uma mala com até 3kg com nos cavalos que iriam carregar as coisas. Como nós só teríamos acesso às malas no final de cada dia, peguei uma blusa, agua e alguns sneakers e despachei a minha cargueira. Levei apenas uma mochila de ataque de 15L.

Às 9:30 subimos em um “pau-de-arara” e pegamos uma estrada de terra por mais uns 20 minutos. A vista do mar de montanhas deixava qualquer um de queixo caído, elas lembravam muito as montanhas de Minas Gerais, porém, com um tamanho muito maior. Descemos do “pau-de-arara” e começamos a trilha sob um tempo ensolarado mais com algumas nuvens. O começo foi bem puxadinho, subida forte e em zig-zag que me lembrou “isabeloca” da travessia Petrópolis-Teresópolis. Depois a trilha começa a andar em um sentido só e sem muita inclinação.

 

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Brasil, Alemanha, Canada, Israel e Suiça.

 

A primeira parada foi depois em um campo aberto, onde haviam alguns cavalos e burros se alimentando do pasto e uma coisa que não gostei de ver foram as patas dianteiras dos animais amarradas. Segundo o guia era para eles não atacarem os humanos, mais não seria mais fácil fazer um caminho cercado para os trilheiros? Deu muita dó ver os bichos tendo de “pular” para conseguir se locomover. Também era possível ver outros grupos que iriam fazer a trilha nesse campo aberto.

 

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Mar de montanhas.

 

Depois da breve parada continuamos a trilha, a caminhada já estava bem mais tranquila e ainda sem problemas com a altitude. Conforme íamos contornando as montanhas a vista ia mudando, deixávamos de ver o mar de montanhas e entravamos em um vale onde era possível ver algumas geleiras. Também era possível ver o caminho que seguiríamos pelo vale e olhando até que não parecia tão longe.

 

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Nuvens a esquerda e trilha que seguimos a direita.

 

Quanto mais próximo chegávamos das geleiras, mais o tempo fechava. Nuvens de chuva vinham da nossa esquerda e fazia todo mundo ficar alerta para colocar as roupas de chuva a qualquer momento. Por sorte, quando começou a chover nos estávamos chegando no primeiro ponto de apoio, lugar onde nos almoçaríamos. Logo após pisarmos na área coberta, o céu despencou em uma chuva de granizo que até assustou um pouco. Outros grupos não tiveram a mesma sorte que nós e chegaram ensopados para o almoço. O almoço foi bem caprichado, de entrada tomamos uma sopa e o prato principal foi arroz, salada e hambúrguer. De bebida tivemos chá quente.

Enquanto almoçávamos a chuva parou e entre as nuvens abriu um baita de um sol que fez secar a grama em alguns minutos, grama na qual deitamos para descansar e fazer a digestão. 40 minutos depois voltamos a caminhar pelo vale e agora já era possível ver onde seria o acampamento do primeiro dia, bem na base da montanha.

 

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Chegando ao acampamento.

 

Chegamos ao acampamento no final da tarde e as barracas já haviam sido montadas pelo cozinheiro e o cara do cavalo. O lugar tinha uma certa infraestrutura, era coberto e cercado com uma lona para nos proteger do vento que é muito forte na região, mais não tinha eletricidade. Arrumamos as coisas dentro da barraca e fomos para o lado de fora tomar uma cerveja em um “barzinho” que tinha ali, pagamos 10 Soles em cada cerveja quente de quase 1 litro. Lá fizemos amizade com um grupo de brasileiros que também estavam fazendo a trilha. Varias cervejas depois, o dia foi acabando e o jantar foi servido. Além da sopa e pimenta, não lembro o que mais comemos.

Depois da janta ficamos jogando baralho até que fomos vencidos pelo cansaço. Fui escovar os dentes e quando sai dei de cara com uma das coisas mais bonitas que já vi na minha vida: As geleiras da montanha sendo iluminadas por uma lua quase cheia em um céu lindo! A cena realmente foi de deixar os olhos cheios de lagrimas. Tentei tirar varias fotos, mais não saiu de jeito nenhum. O importante é que guardo essa imagem na cabeça.

 

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Imagina essa geleira reluzindo com a luz da lua. Simplesmente incrivel.

Dia seguinte fomos acordados as 06:00 com um chá na cama, puta mordomia. Rs. Levantamos, tomamos um café caprichado com direito a panquecas e arrumamos as coisas para voltar a camelar. A mochila de 15L que eu estava carregando estava machucando meus ombros, então resolvi carregar a minha cargueira de 45L e deixar a de 15L para o cavalo levar. Apesar de estar levando mais peso, a cargueira era muito mais confortável.

 

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Começando a subida.

 

Por volta das 09:00 começamos a andar sob um tempo instável, o caminho desse dia era com uma paisagem bem diferente da do primeiro. A vegetação era baixa e deixava às pedras a mostra. Também enfrentamos uma bela subida em ziguezague que foi de tirar o folego e foi ai que comecei a perceber os males da altitude. A subida começava em 3.800 metros e nos levava até 4.600, a parte mais alta da trilha. O folego acaba muito antes do que o de costume, você tenta puxar ar e ele simplesmente não vem. A cada ziguezague eu tinha que parar para tomar ar. Mais como o famoso ditado diz e eu repito para todos: devagar e sempre.

 

 

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Subidinha do capeta.

 

Depois da parte mais pesada da subida, a chuva se juntou ao vento forte e eles começaram a torturar a gente sem trégua. A tortura chegou a tanto que em certos mementos até nevou. Por volta de meio dia chegamos ao ponto mais alto onde tem a famosa placa de Salkantay e as centenas de totens de pedras. Segundo o guia, cada visitante tem que levar uma pedra da base da montanha para aquela parte como “oferenda” para a montanha, para que ela te proteja. Para não contrariar a tradição, eu coloquei uma pedra que havia pego na base da montanha no topo do totem mais alto.

 

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Parte mais alta da trilha! Primeira experiencia acima dos 4 mil metros.

 

Tiramos algumas fotos e logo voltamos a andar, o frio estava castigando muito e minhas mãos estavam começando a dar sinais de congelamento. Como estava com os bastões de caminhada e sem luvas impermeáveis, minhas mãos ficaram expostas ao clima o tempo todo. Daquele ponto a trilha já ficava mais fácil e rápida, pois era apenas descida. Os passos apressados nos levaram rapidamente para baixo e em pouco tempo a temperatura aumentou, mais a chuva não parou. Descemos o tempo todo sob chuva e com muita lama nas botas.

 

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Imagina o frio que estava lá.

 

Apesar da descida rápida, parecia que o ponto de parada para o almoço não chegava nunca. Quando finalmente chegamos na cabana coberta e seca, percebi que minha blusa havia falhado e que minha barriga e peito estavam completamente ensopados. Acho que a fricção da barrigueira com a blusa fez com que a agua infiltrasse o tecido.

Coloquei minhas roupas o mais perto possível de onde o pessoal cozinhava para ver se dava uma secada, mais não adiantou, ela pingava de tão molhada. Batemos um rango maravilhoso e tomamos muito chá para nos aquecer. Ficamos um bom tempo batendo um papo esperando a chuva passar mais ela não dava trégua, às vezes caia até granizo.

 

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Pessoal montando acampamento.

 

Ficamos quase duas horas descansando antes de voltarmos a andar, a chuva estava intermitente e a trilha um lamaçal só. Novamente o caminho era só descida e a vegetação voltava a mudar, agora estávamos entrando em mata fechada, bem parecida com a do Brasil. Também era possível ver “cachoeiras” nas encostas das montanhas devido à quantidade de agua que caia do céu.

No meio da tarde chegamos ao segundo acampamento, esse que já tinha uma infraestrutura um pouco melhor do que o primeiro. Tinha luz e até algumas pessoas morando lá. Chegamos embaixo de chuva e fomos para uma cabana esperar a galera terminar de montar as barracas, lá penduramos as roupas molhadas e ficamos tomando algumas cervejas, comendo pipoca e conversando. A noite foi caindo e o jantar foi servido, novamente sopa de entrada e um prato principal que eu não lembro qual era. Rs. De bebida tivemos chá quente e um energético que parecia chocolate quente. Ficamos jogando baralho até o sono bater e irmos todos dormir.

 

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Atravessamos a ponte e começamos a longa descida

 

No terceiro dia fomos acordados novamente com um chá quentinho na porta de nossas barracas, uma maravilha. Ao abrir a porta da barraca já pude ver que o tempo continuava feio, com muita neblina e uma garoa chata. Arrumamos nossas coisas e esperamos o café da manhã ser servido, novamente comemos panquecas, pão com manteiga e chá. Depois do rango ainda ficamos conversando um bom tempo na esperança do tempo dar uma melhorada e enquanto isso, o nosso guia e um outro ficaram jogando bola na chuva. Antes de sairmos o guia nos falou que esse seria o dia mais longo mais que não teríamos muitas dificuldades, pois a trilha era bem nivelada.

Começamos a andar e logo no começo já passamos por uma ponte para atravessar um dos afluentes do rio, essa seria a primeira de muitas. A paisagem lembrava muito as matas aqui do Brasil e o que para mim era comum, para os gringos era totalmente novidade. Eles não paravam de tirar fotos e perguntar sobre as plantas. As encostas das montanhas tinham muitas corredeiras de agua e também muita marca de erosão, sinal de que a natureza ainda não se recuperou das enchentes que afetaram o Peru alguns anos atrás. Por conta dessas erosões, em certo momento tivemos que sair da trilha e ir para uma estrada que seguia pelo outro lado do rio, pois, parte dela havia sido destruída e uma cachoeira havia se formado lá. Seguimos pela estrada o restante do caminho até chegarmos em La Playa, onde almoçamo. Depois de um ótimo rango, algumas brejas e um bom descanso, embarcamos em uma Van e seguimos para o Santa Teresa, vilarejo que teve boa parte de suas construções destruída pelas enchentes.

 

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Águas termais. Já reconstruíram boa parte.

 

Em Santa Teresa nós colocamos nossas malas nas barracas, pegamos as roupas de banho e subimos na van novamente para irmos até as aguas termais para aproveitar já que a chuva havia dado uma trégua. São uns 15/20 minutos de van até chegar, pagamos 15 soles pela van e mais 5 ou 10 para entrar nas aguas termais, tudo por pessoa. O lugar está sendo reconstruído, pois foi totalmente destruído pelas enchentes. Ficamos um bom tempo relaxando nas piscinas, tomando cerveja, jogando conversa fora e sendo comidos pelos pernilongos.

Voltamos ao acampamento e enquanto esperávamos o jantar assistimos o jogo de Peru 2 x 4 Chile (se não me engano) comendo pipoca. O jantar foi maravilhoso e era o que faltava pra botar todo mundo para dormir. Na madrugada caiu uma baita de uma chuva e alagou todas as barracas e consequentemente todas as malas, mais por sorte havia levado meu saco impermeável e minhas roupas se mantiveram secas.

 

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Criançada ensaiando.

 

No quarto dia tomamos um café mais relaxado e sem muita pressa. Arrumamos as coisas e quando iriamos partir apareceu à oportunidade de pegar uma van para cortar mais da metade do caminho do dia que seria por estradas, mais preferi fazer a trilha do jeito “normal”. Saímos andando e passamos pela praça central de Santa Teresa onde estava havendo um ensaio para algum desfile, havia banda e crianças dançando coreografias. Bem legal.

 

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Pedra por pedra a galera foi construindo aquela "barragem".

 

Seguimos andando até avistar o rio, lá o guia fez uma breve parada para explicar como a enchente afetou a região. Mostrou onde haviam algumas casas mais que agora só existem pedras. Descemos até chegar quase na altura do rio e atravessamos uma ponte, lá pudemos ver pessoas pegando pedra por pedra para construir um tipo de barreira. Também vimos caminhões e tratores trabalhando e atravessando um afluente para buscar pedras. Dessa vez estávamos andando contra o fluxo do rio, sempre andando por uma estrada de pedra/terra.

 

 

Uma certa hora o guia perguntou se nos queríamos ter uma experiência diferente e é claro todos nos respondemos que sim. Ele então desceu por uma trilhazinha até o nível do rio onde havia um tipo de tirolesa, um cabo de aço esticado que ligava as duas margens e um carrinho. Eu achei que ele estivesse brincando, mais quando pediu dois voluntários caiu a ficha. Eu e um outro alemão nos voluntariamos, pegamos nossas malas e subimos no carrinho. O esquema era entrar no carrinho e puxar uma corda até chegarmos do outro lado. Lá nos descemos, tiramos as malas e empurramos o carrinho de volta. Do outro lado o pessoal puxou o carrinho pela corda e fez mesmo esquema, colocaram duas meninas e algumas malas no carrinho e empurraram. O carrinho parava na metade do rio, de lá para frente eu e o alemão que puxávamos o carrinho pela corda.

 

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Muito curioso.

 

Depois dessa pequena aventura voltamos a caminhar por uma estrada só que dessa vez do lado esquerdo do rio. Mais durou muito tempo para cruzarmos o rio de novo, só que dessa vez por uma ponte pênsil. A caminhada não tinha muita coisa bonita para ver e a chuva não ajudava, mais quando chegamos perto da hidroelétrica vieram duas imagens um tanto curiosas. Do lado esquerdo havia uma parede de rocha e um buraco gigante de onde brotava uma imensa quantidade de agua, mais a frente havia uma montanha que tinha um “fenômeno” bem parecido. Quando parei para tirar algumas fotos percebi que Armin (Alemão) não estava se sentido muito bem e me ofereci para trocar de mochila com ele, já que a minha estava visivelmente mais leve que a dele. Mochilas trocadas, alemão feliz e seguimos viagem.

Chegamos até a portaria do Santuário Histórico de Machu Picchu e lá tivemos que apresentar nossos passaportes. Após passar a portaria, contornamos a montanha de onde a agua brotava de um buraco e achamos a linha de trem que nos levaria até Aguas Calientes. Lá existem vários “botecos” e banquinhas, mais apenas as banquinhas estavam abertas. Acho que os botecos só abrem em alta temporada.

 

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Dizem que essa foi o homem que fez.

 

Paramos em um desses botecos fechados para comer, o rango havia sido dado para nos quando saímos do camping em um isopor. Comemos, descansamos e seguimos viagem. O caminho a partir daí foi bem “monótono”, o tempo todo acompanhando a linha do trem, rodeado de mata e no final acompanhando um rio do lado esquerdo. A única coisa que distraia a trilha era quando o trem passava. Rs Esse caminho foi o mais fácil e o que pareceu mais demorado.

Depois da longa caminhada finalmente chegamos a Aguas Calientes, uma cidade até que bonita e bem arrumada. Lá o guia nos indicou o hotel em que dormiríamos e como só tinha eu e Armin “sozinho” acabamos ficando no mesmo quarto. No quarto tinha 3 camas e um banheiro, tudo muito apertado mais depois dessa trilha aquilo mais parecia um resort! Rs

Desfizemos as malas para tentar secar algumas roupas, tomamos um banho e saímos para comer alguma coisa. Era por volta de 16:00 quando voltamos e para não perder o jantar colocamos 2 despertadores para tocar as 19:00. Mesmo assim não acordamos de nenhum jeito e se não fosse o pessoal do apartamento da frente nos perderíamos o jantar, que estava marcado para as 20:00. Levantamos rápido, nos trocamos e descemos para encontrar o resto do pessoal na frente do hotel. O guia apareceu e nos levou em um restaurante bem meia boca onde comemos, recebemos os nossos ticket’s de Machu Picchu, do trem para voltar para Cuzco e as instruções para o dia seguinte. Depois do rango voltamos para o hotel onde capotamos já que no dia seguinte teríamos que acordar as 03:00 para irmos para o tão esperado Machu Picchu.

 

Acordamos as 03:30 de matina e apensar da noite passar voando, dormir em uma cama foi revigorante. Deixamos as cargueiras no hotel e partimos apenas com mochilas de ataque. Fomos até a entrada da cidade onde fica uma ponte que segue para o início da escadaria de Machu Phichu.

 

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Começo do sofrimento.

 

A escadaria é íngreme, constante e as vezes com uns degraus muito estreitos. Ela vai cortando a estrada em que os micro-ônibus usam para chegar até a portaria do parque. Conforme íamos subindo, o dia ia clareando, o tempo esquentando e algumas construções de Machu Pichu ficando visíveis. O que nos dava mais animo para terminar de subir aquela escadaria sem fim.

 

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Mapa de Machu Pichu

 

Quando chegamos na portaria do parque só havia um casal de italianos que haviam começado a trilha antes de nos. Mais alguns minutos depois chegou um ônibus com funcionários do parque e uns 30 minutos depois começaram a chegar o ônibus trazendo os turistas. Se não me engano, cada trajeto custa $8. Ficamos na fila esperando o guia chegar e quando ele chegou entramos no parque. Ele foi andando e explicando coisas da civilização, das construções, crenças, etc...

 

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Esperando o guia chegar.

 

Machu Puchu é realmente impressionante, você fica de boca aberta ao ver aquelas milhares de pedras empilhadas de forma tão perfeita. A forma como eles pensavam em tudo, em como ter plantações, sistema de agua e irrigação, organização da cidade... Simplesmente impressionante. Eu passaria uma semana inteira lá para observar tudo, até os mínimos detalhes.

 

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Imagina o trampo para fazer tudo isso.

 

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Tempo e paciencia

 

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Sistema de agua e irrigação funcionam até hoje.

 

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Encaixe perfeito das pedras.

 

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Machu Pichu era uma escola de astronimia e eles estudavam o ceu pelo reflexo das estrelas nessas poças.

 

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Area onde ficavam as plantações. Tudo muito bem planejado.

 

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Pequena fila para subir.

 

Passamos cerca de duas horas acompanhando o guia e depois fomos liberados para poder subir o WaynaPichu. O acesso ao WaynaPichu é restrito e apenas 400 pessoas podem subir por dia, mais conseguimos pegar lugar na fila e partimos em direção ao pico sem problemas. O único problema mesmo eram as centenas de degraus que enfrentaríamos novamente. Demoramos cerca de 45 minutos para chegar ao topo.

 

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Quase nada ingrime e sem degraus.

 

A vista do topo do WaynaPichu é simplesmente incrível. De lá é possível ver de uma vista privilegiada de todo Machupichu, suas construções e formas. É uma ótima oportunidade para sentar, ouvir um reggae e refletir. Só desci de lá pois haviam nuvens de chuva chegando e seria bem perigoso descer aquela escadaria molhada.

 

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O visual compensa tudo.

 

Fui embora do parque com o casal de brasileiros de micro-onibus pois já estava exausto. A viagem de volta demorou coisa de 15 minutos. Chegando em Aguas Calientes nos pegamos nossas coisas no hotel, fomos comer e ficamos esperando dar a hora de pegar o trem para Ollantaytambo.

A estação de trem estava completamente lotada e o grupo acabou se separando. O trem balançava um pouco mais isso só contribuiu para pegar no sono mais fácil. Chegando em Ollantaytambo nós encontramos uma van que nos levaria de volta para Cuzco. Cheguei em Cuzco já de madrugada.

  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores
Postado
Olá. Seu relato ficou muito 10. Muito claro de entender como é o percurso. Estarei lá em Abril e me ajudou muito o que escreveu.

 

Valeu!!

Valeu Leticia!

Com certeza você irá fazer uma viagem inesquecível! Cada passo, degrau e suor vai valer a pena!

Boa viagem! :D

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