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Leo estou adorando o relato!!!

Estou anotando todas as dicas e principalmente os barzinhos indicados ::hahaha::

Vou fazer uma trip super parecida em agosto mas até o momento estou sozinha! Espero conhecer pessoas divertidas por aí!

Ansiosa pelo relato de cusco!

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Saudações TRIcolores!

 

Acompanhando seu relato aqui. Tbm fico meio confusa com esse caminho Arica-Tacna, que bom que vc explicou direitinho. rs

Fala Dani. Que merda foi nosso time heim...?

Pois é...parece complicado mas no fundo é até que fácil viu. Acho que os taxisistas já tão mais que acostumados com a cara de perdido dos turistas e eles mesmos tomam a iniciativa de explicar como tudo funciona.

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..... a partir de Jujuy-Argentina pretendo viajar de carona entre cidades que tenham até 4 horas de viagem. Acho que pra esses lados até compensa mais, devido a preços mais elevados que na Bolívia e Perú.

 

Cara, eu já fiz viagens de mais de 2 mil Km de carona numa boa, mas a idéia de pegar carona em outro país em assusta um pouco. Pesquise bem em jornais, sites e o que conseguir de informação sobre se tem havido problemas com caroneiros nessas regiões pra ter uma idéia como é que rola. Se tiver a oportunidade tire dúvidas em site especializados (tem um monte na net) em caronas pra saber se essa é uma prática comum por lá. O que eu acho que vc não deve fazer é tentar isso sem ter nenhuma informação que possa balizar suas decisões.

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Leo, estou adorando seu relato, de fato está bem completo, com detalhes importantíssimos que irão me ajudar muito na minha trip em setembro. Caros mochileiros, estou preparando meu roteiro para o Peru, embarcarei do Rio, será uma viagem de 12 dias, no roteiro está incluso, CUSCO e MP (reservamos 8 dias), LIMA (2 dias), mas achamos que 8 dias em CUSCO é muuuuito tempo, e queremos acrescentar, AREQUIPA ou PUNO, mas a dúvida é: qual dos dois será melhor?, já que pensamos que o tempo ficará muito corrido e desgastante para fazer os dois. O que vcs sugerem? e Qual seria o meio de transporte, trem ou onibus mais adequado?

 

Grande Aurileide...fiquei surpreso por esta ser sua 1ª e única mensagem no mochileiros, mas é sempre com o primeoro passo que começa né?!

8 dias é um ótimo número pra Cuzco, pode ficar tranquila que tem coisa pra fazer durante 1 mês por lá sem repetir nadinha.

Já Lima eu não conheço pra opinar, mas pelo que vejo por aqui acho que dois dias podem ser até pouco tempo por lá.

Agora, se tiver que escolher entre Arequipa e Puno sem dúvida aposte em Arequipa. Tem muito mais coisa pra fazer por lá do que em Puno. Porém eu deixaria como está: 8 dias em Cuzco e 2 em Lima, talves um dia a menos em cuzco e a mais em Lima, mas não colocaria nenhuma outra cidade no roteiro não.

Vá sempre de Bus noturno. Não tem trem entre Arequipa e Cuzco, e o que faz o trajeto Cuzco-Puno é uma paulada de tão caro. O bus é sempre mais confortável, mais rápido e barato. A viagem noturna em bus de 3 filas te faz economizar com hospedagem e te dá oportunidade de descançar de verdade.

O que me deixou em dúvida foi como vc vai de Cuzco pra Lima?

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Olá Léo e turma,

estou adorando ler tudo, chamo esse tipo de relato de "passional", pois tem tudo nos mínimos detalhes, desde coisas "técnicas" até as coisas de bar! Senti saudades de SPA e nem conheci o bar da praça :shock: , mas mesmo assim valeu! Fomos de carro saindo do Acre até Tacna, depois Arica e Iquique para Santiago, depois para SPA e voltando para a fronteira de Tacna. A Bolívia estou adiando, pois pra mim fica relativamente perto, mas vai chegar a hora! Me identifiquei pq tb trabalho com educação, então o tempo se torna mais precioso ainda! O Peru é fascinante mesmo, fui umas 3 vezes e nunca canso.

Abração a todos e estou ansiosa pela continuação do relato!

Valeu Cris....

 

escrevo de forma passional mesmo...sempre penso no que eu senti quando tenho que descrever em palavras uma situação. Afinal, isso aqui é um relato da MINHA experiencia não é mesmo...?!?!

Eu amei tanto o Peru como a Bolívia, mas quando penso no país que mais me surpreendeu com certeza é a Bolívia. Portanto não demore em conheçe-la....vai amar lá tb.

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Leo estou adorando o relato!!!

Estou anotando todas as dicas e principalmente os barzinhos indicados ::hahaha::

Vou fazer uma trip super parecida em agosto mas até o momento estou sozinha! Espero conhecer pessoas divertidas por aí!

Ansiosa pelo relato de cusco!

 

Leo obrigada pela informação, ansiosa aqui pelo resto do relato.

Pri e Laura,

 

Obrigado pela força...isso motiva a continuar! valeu

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13º Dia – Arequipa

 

Como dormimos cedo, também acordamos cedo. Tão cedo, que a Taia resolveu ir verificar os e-mails enquanto eu tomava um banho pra descer pro café da manhã.

O café é super bem servido: frutas (laranja, banana, maça, manga, etc), suco, chás (vários), café e leite, pães (2 ou 3 tipos), geléia, manteiga. Não que tenha muita coisa a mais que os outros lugares, mas é tudo a vontade e você pode repetir até enjoar. Eu, morto de fome que sou, fiquei com medo de me expulsarem de lá, mas não rolou. Isso sim é diferencial.

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Tava lá, muito tranqüilo, tomando o meu café com o Roger e a Lú quando a Taia apareceu branca, ai eu já fiquei preocupado porque a mina é marrom “bombom” e chega do nada como se tivesse visto um fantasma, “Tâmo fudido” disse ela, “A gente tem muito menos grana no banco do que achou que tinha até agora”. Depois do café fui conferir essa história...Bem, fudido a gente não tava. Tinha grana pra continuar a viagem e fazer tudo o que queríamos sem problemas, além disso, tínhamos U$ 400,00 na doleira para emergências, mas esbanjar nesse ritmo como a gente estava fazendo, de comprar tudo quanto é lembrancinha e bugiganga não ia dar pra continuar, tínhamos que segurar um pouco. Ai já viu né..pra mulherada, viajar e não comprar um monte que quinquilharia inútil, presente, brinco, camiseta, pulseira, etc... é como estar fudido mesmo....rsrsrs.

O resultado disso é que a Taia achou melhor a gente não fazer o passeio ao Cânion del coca. A Lú e o Roger abraçaram a idéia e o único que ficou contrariado fui eu.

Na noite anterior a gente já tinha eliminado Ica do roteiro. Eu particularmente queria muito fazer o passeio pelas ilhas ballestras e reserva de Paracas, mas em SPA as meninas descobriram que Ica fica muito mais perto de Lima do que Arequipa (pra você vêr que elas nem sabiam onde estávamos ao certo) e um futuro passeio a Lima, Trujillo e quem sabe Equador já tinha começado a se delinear. O resultado disso foi Ica ficou pra este próximo passeio. Já o Cânion del coca só Deus pra saber quando seria uma próxima oportunidade. No fim fiquei meio mal humorado um bom tempo, mas passou!

Saímos do hostel pra caminhar e conhecer tudo que fosse possível à pé. A primeira parada foi na catedral de Arequipa (S/ 10). Contratamos uma guia chamada Flor (s/ 10), que foi uma das mais “sacadas” de todas as(os) guias que conhecemos na viagem, tanto em conhecimento do assunto como nas piadinhas descoladas e sarcásticas.

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A Catedral e seu Museu são impressionantes não só pelo tamanho com pela beleza do lugar. É um tour que recomendo. Começa pela nave da igreja e a guia explica o significado de cada coisa. O parlatório, por exemplo, é o lugar onde o arquebispo de Arequipa faz as leituras da liturgia e dá as bênçãos aos fiéis nas maiores comemorações religiosas do catolicismo (Páscoa, Natal, Corpus Cristi, finados). Foi feito em mogno porque é uma das madeiras mais resistentes que existe, veio da Itália patrocinado por um benfeitor local e já pegou fogo duas vezes. O móvel é enorme, com 7 metros de altura, em dois níveis para simbolizar a ascensão de cristo, tem várias figuras como, por exemplo, os doze apóstolos entalhados nas laterais simbolizando a Igreja, a virgem Maria ao alto (a mãe), a cruz (o filho) e anjos (espírito santo) nas quinas. O detalhe interessante fica por conta da figura do diabo com asas e cauda de serpente, esmagado aos pés do móvel, como se o parlatório tivesse caído sobre o satanás simbolizando a vitória sobre o mal.

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Esse é só um exemplo de quanta coisa interessante tem lá dentro. Tudo é simbologia pura e conhecer a história de cada coisa nos dá uma visão completamente diferente de tudo. Senão, seria apenas mais um móvel bem entalhado e bonitinho. E tem coisa pra porra heim! Tem cristo negro, órgão do séc. XVI, estátua pra tudo quanto é lado, sino gigantesco, tem até uma coleção de roupas que na minha opinião inspirou a série Guerra nas Estrelas, tem uma que é o figurino do Dart Vader com certeza. Fala ai...vendo por esse lado a guia saiu baratinho demais não foi???

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Lá você pode tirar fotos de tudo, menos da sala de jóias que tem coisa de muito valor. No final a guia leva você pra um passeio no telhado da Catedral e de lá se tem uma ótima vista da cidade e da praça. Aproveitamos a simpatia da Flor e pedimos umas dicas de alguns lugares tipicamente Peruanos com ótima comida. Ela indicou dois: Ribs e Nueva Palomino. Só conhecemos o Ribs que mais pra frente eu conto.

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Quando saímos de lá ainda tava rolando uma muvuca do Rally Dakar que tinha dado a largada bem de manhã. Tiramos umas fotos da bagunça e fomos até a Igreja da Companhia de Jesus, na esquina da praça. Pensa num altar em ouro, agora pensa em 7 deles dentro da mesma igreja. Assim é lá...a igreja brilha. Cada um dos altares é dedicado a um santo, vai ter santo assim lá longe sô. Sabe o parlatório? O dessa igreja é folheado a ouro, coisa de burguês mesmo. Foto mesmo não pode tirar, mas a gente deu um jeitinho...só que sem flash, ai não ficou lá aquelas coisas. Aqui não tem de pagar entrada se quiser só conhecer a parte da igreja, mas se quiser ir a outra parte que tem lá se paga 10 soles. Essa parte não estava rolando nessa hora, então não sei o que é lá dentro, mas quando alguém passou pela porta e deixou meio aberta eu enfiei a câmera pra dentro e tirei uma foto...outro cristo negro! Lá não parecia ter guia pra nada, não sei se era o horário e eles tinham vazado pro buteco ou se nunca tem mesmo. O que eu queria entender é que ordem pertencia a Companhia de Jesus...alguém sabe? Era dos Jesuítas? Esses caras não eram pra ser os pobrinhos, que não tem luxo material e tals??? E esse monte de ouro truta? Vééééi...se pobrinho jesuíta é assim eu quero virar monge!

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A visita foi rápida, era quase hora do almoço e estavam fechando, então resolvemos voltar ao hostel. Bem em frente a praça de armas, do lado oposto à catedral tem um mercado (El super). Eu queria comprar cigarros e fomos lá. Pra quem fuma fica a dica: no Peru os cigarros são muito mais baratos nos mercados. Quando entramos a Taia, ainda encanada com o lance da grana, achou melhor comprarmos alguma coisa pra comer por ali mesmo, compramos aji de galinha, chicarron de chancho, arroz primavera, talharim chufa e hamburguesa de res, pra 4 pessoas isso tudo deu só S/ 23,69.

Quando chegamos no hostel a gente foi pra cozinha e fizemos os pratos. A Lú e o Roger olharam e decidiram comer em outro lugar. No fim sobrou muita comida. Ai chamei a Taia pra uma conversa e tentei mostrar pra ela que tinha grana sim, que ela devia desencanar disso e curtir a viagem porque ela tava pilhada nessa história. Deu certo!

Uma descansada básica depois do almoço e saímos em direção aos claustros de La Companhia de Jesus, uma espécie de pátio com várias lojas que funcionam no que antes era o convento da companhia de freiras que moravam (leia-se: enclausuravam-se) ali. Fotos, fotos e mais fotos. Em Arequipa tudo é muito bonito, os antigos prédios, igrejas, conventos construídos com cilar deixam a cidade brilhando sob o sol forte, tudo muito branco.

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Saímos dos Claustros por um lugar diferente do que entramos, em uma rua mais estreita, que deixou a gente meio desorientado, mas depois de uma quadra achamos o KFC, Starbucks, McDonald´s e todo o paraíso dos fast foods. Uhuuuu, até que enfim...Café no Starbucks. No dia seguinte descobrimos que toda essa quadra dos fast foods é ao lado da Plaza de armas, mas como achamos que estávamos meio perdidos demos toda a volta pra chegar lá novamente. Na volta, quando estávamos em frente aos claustros deu vontade de tomar queso helado. Não sei o nome da sorveteria que fica ali no claustro, mas o queso de lá não é bom não, se bem que não conheci outro, mas como sempre vi muita gente falando dessa sobremesa por aqui achava que seria uma delícia unânime... e não foi! Pra ninguém! Aliás, se tem uma coisa que não parece é queijo, mas vai saber né..

Meio da tarde, meus pés latejavam de tanto andar. Mas as meninas estavam motivadas, era hora de comprar tranqueiras, então bóra pras artesanias. Começamos pelas que tem ao redor da Plaza de armas, do lado direito de quem vê a catedral de frente. Lá tem umas coisinhas muito legais, mas meio caras. O impressionante é que nessa hora a Taia esqueceu rapidinho aquele discurso que “estamos duros e temos que economizar”, e quando vi umas garrafas Premium de Pisco de tudo quanto é sabor e quis comprar pra mim ela lembrou rapidinho, mas voltou a esquecer dois minutos depois, quando queria um porta copos pra ela enfeitados com viadagem pura. Mulheres...quem entende?!

Continuamos subindo essa rua até encontramos com o mosteiro de São Francisco, ai resolvemos dar uma paradinha nas compras pra conhecer o lugar. A entrada por S/ 5,00 ajudou, mas a guia era ruim com força. O bom era que essa a gente pagava quanto achava que devia, demos só S/5, mas eu tava mesmo era com vontade de cobrar S/5,00 dela. Quando a Lú perguntou qual a influencia de um quadro ela disse: Arte Cuzquenha e depois disto, tudo lá dentro do mosteiro virou arte cuzquenha, absolutamente tudo, até uma luminária com a plaquinha made in Taiwan.

O lugar é bonitinho e a Lú que é mestra e professora de História, deu pra nós e pra guia, uma verdadeira aula do que significava cada coisa, eu que não sou muito ligado em religião entendi certinho o porquê de tantos animais representados em esculturas e pinturas, já que São Francisco era um tipo de defensor da natureza. Quem ficou surpresa com isso foi a guia...é mole?

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Ao lado do mosteiro tem uma praçinha e como toda boa praça tem pipoqueiro. O cheiro de pipoca estourando junto com a pequena fonte no centro da praça trouxe boas lembranças de infância e aproveitamos pra curtir esse momento. Nesta mesma praça tem um museu municipal que se não me engano é sobre a polícia ou a guarda municipal de Arequipa. Estava fechado e a guarda que estava de prontidão na porta do museu informou que ele funciona até as 16 horas, parece bem interessante a julgar pela roupa da guardinha, totalmente diferente dos outros policiais da cidade.

Nesta pracinha tem um fundo, também conhecido como tambos chamado “el fierro”. Se você reparar no mapa turístico que consegue em qualquer agencia ou hostel, vai ver que existem vários do tipo espalhados pela cidade. São lugares especializados em um tipo de produto ou artesanato, neste caso, produtos de metal como ouro, prata e ferro. São bons lugares pra quem procura produtos diferenciados e exclusivos... exclusivos também são os preços!

Na volta descemos pela rua Santa Catalina e passamos no monastério homônimo, que como imaginávamos estava fechando. Deixamos então a visita para o outro dia.

Uma das coisas que mais me impressionou em Arequipa foi a diversidade e qualidade dos artesanatos. Não é a mesma coisa que La Paz, por exemplo, que tem um bilhão de lugares vendendo a mesma coisa ou o mesmo estilo de lembrancinhas, brinquinhos, camisetas e malharia. Tem muita coisa igual é claro, mas também tem muita coisa que só vi em Arequipa e a qualidade sempre me pareceu superior.

O ruim é que parece que não foi só eu que notei isso... estava cada vez mais difícil andar com a meninas. Eu e Roger por diversas vezes, quando percebiamos, tínhamos deixado as duas pra trás, mas também...elas entravam em todas as lojas, todas mesmo!

Já tava escuro e eu com fome! Dei um pitizinho, que era sacanagem demais eu ter andando mais de 4 mil km pra ficar vendo lojinha de artesanato, uma ou outra até vai...mas todas pô?

Então decidimos abandonar a busca por tranqueiras e ir comer. No almoço tínhamos comprado umas hamburguesas já prontas e tava uma delícia. Eu fiquei pensando nesse hambúrguer no meio de um big lanche a tarde inteira e tinha comentado várias vezes sobre isso. Acho que meio que pra se “redimir” de fazer eu passar quase a tarde todas em lojinhas, a Taia sugeriu que usássemos a super cozinha do hostel. Passamos no mercado novamente. Hamburgesa de Res, pão de hambúrguer, maionese, catchup, mostarda, muito queijo, ovos, cebola, alface, tomate e bacon. O suficiente pra 3 mega lanches pra cada (vai ter olho maior que a boca assim lá longe né?). Ainda compramos 2 garrafas de 2 litros de água e uma coca cola de 1,5 litros. Sabe quanto tudo? S/ 46,00. Outra coisa que não ta incluso nesse preço e que nós compramos foi um Box promocional com 10 long neck com duas de cada “sabor” (tipo bock, de trigo, pilsen, etc) por S/18,00. Super supimpa!

No hostel eu fui o cozinheiro! Fiz um creme com ovos cozidos que todo mundo meteu a boca quando eu estava fazendo, mas na hora de comer cada um tinha uma colherinha pra ir passando o creme no lanche a cada mordida que dava. Uma coisa que percebi nessa viagem é como somos viciados em lanches. Praticamente em toda cidade nós comemos lanches, seja fast food ou feito “em casa”.

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O Roger é meio viciadão em limpeza e arrumou tudo depois, ele deu um trato até no que a gente não sujou e fizemos uma “moral” com a dona do hostel por isso.

Após o lanche bateu aquela leseira na galera. Passamos na recepção, pegamos a roupa que tinha ido pra lavanderia e fomos pro quarto tirar uma sonequinha, porque ainda eram 20:30h.

Foi a maior merda que eu podia ter feito! A Taia e eu sempre tivemos um problema: eu durmo no máximo 6 horas por dia, mas ela já dormiu 14 horas seguidas, sem nem levantar pra ir ao banheiro. No meio da soneca eu acordei, olhei no relógio e eram 1:30 da manhã. Putz, e agora? Fui ver se o Roger e a Lú estavam acordados pq estava afim de sair pra algum boteco, mas eles não estavam no hostel. Fiquei dando um tempo na internet e quando o cigarro acabou pensei: agora sim eu tô fudido, sem sono, sem companhia e sem cigarros! Perguntei pro tio da recepção onde tinha cigarros aquela hora e sai na captura. Quando desci as escadas do hostel dei de cara com a Lú e o Roger subindo, voltando de um tour por 4 butecos. Eles disseram que quase derrubaram a porta do nosso quarto e ninguém escutou nada, então decidiram ir sozinhos.

O Roger me acompanhou na busca por cigarro e foi contando sobre os bares que ficam todos na esquina da praça de San Francisco. Quando pergunto pra eles hoje porque voltariam a Arequipa a primeira coisa que eles responder é: “pra voltar naqueles bares”.

Ô raiva que dá!

De volta ao hostel fiquei assistindo TV até enjoar e depois fui rolar de um lado pro outro na cama até o sono vir.

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  • Membros
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Caro Leo, seu relato esta d+++... Estou programando meu mochilão com a esposa, e seu relato esta ajudando muito, mas ainda tenho muitas dúvidas, mas vamos por partes, se vc tiver esta planilha de custos da viagem e puder enviar para meu e-mail vou agradecer muito, e conforme as dúvidas forem surgindo e vou ti incomodar aqui perguntando..

 

E-mail: fernandotrevezani@gmail.com

 

Obrigado e Parabéns pela viagem sensacional, viajando com vcs pelo relato!!!

  • Membros de Honra
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Kkkk, vc lembra que em lá paz, no começo da sua viagem, a Laritza falou das "boliguetes" e "peruguetes" pra vcs?

Entao, eu quero os direitos autorais, Hahahah.

Ow, sua cusqueña ta aqui viu, de trigo, caso nao tenha provado.

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